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Levantamento fitossociológico de plantas daninhas na cultura do feijão-caupi, BA, Notas de estudo de Agronomia

LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO FEIJÃO-CAUPI (VIGNA UNGUICULATA (L.) WALP.) NO MUNICÍPIO DE VITÓRIA DA CONQUISTA-BA.

Tipologia: Notas de estudo

2017

Compartilhado em 23/05/2017

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Baixe Levantamento fitossociológico de plantas daninhas na cultura do feijão-caupi, BA e outras Notas de estudo em PDF para Agronomia, somente na Docsity! LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO FEIJÃO-CAUPI (Vigna unguiculata (L.) Walp.) NO MUNICÍPIO DE VITÓRIA DA CONQUISTA-BA RAELLY DA SILVA LIMA 2014 RAELLY DA SILVA LIMA LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO FEIJÃO-CAUPI (Vigna unguiculata (L.) Walp.) NO MUNICÍPIO DE VITÓRIA DA CONQUISTA – BA Dissertação apresentada à Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação de Mestrado em Agronomia, área de concentração em Fitotecnia, para obtenção do título de “Mestre”. Orientador: Alcebíades Rebouças São José VITÓRIA DA CONQUISTA – BA BAHIA - BRASIL 2014 A Deus, pelo dom da vida; À minha Mãe Raimunda, às minhas duas irmãs Aldilene e Antonia, à Eloene, e a José Rodrigues, minha avó Maria e meu avô Emanuel (in memoriam) e a todos os meus amigos, pelo apoio, carinho e compreensão em todos os momentos desta e de tantas outras caminhadas. DEDICO A todos que tem sede, sabedoria e fome de conhecimento. OFEREÇO “Não existe nada em toda a natureza que seja mais importante ou que mereça mais atenção que o solo. O solo é que verdadeiramente torna o mundo um ambiente agradável para a Humanidade. É o solo que nutre e provê para toda a natureza; toda a criação depende do solo, que é o alicerce básico para nossa experiência.” (Friedrich Albert Fallon, 1862) AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, Pai todo poderoso, por iluminar meu caminho e me dar forças para seguir em frente na busca deste objetivo, e pela conquista de mais uma etapa de minha vida; A meu grande e único amor José Rodrigues da Silva Filho. Obrigada meu querido pelo amor, pelo apoio, pelo carinho, pelo respeito e por nunca ter deixado de acreditar em mim ao longo desses anos. Mesmo distante você foi, é sempre será meu alicerce! Você é tudo que tive de melhor em minha vida. À minha família, em especial, minha mãe Raimunda, às minhas duas irmãs Aldilene e Antonia, à Eloene, que é mais que uma amiga, é uma irmã de coração. À minha avó e ao único homem que conheci como pai, avô e amigo, EMANUEL (in memoriam). Vocês são o meu alicerce! À Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB, pela oportunidade da realização do curso de Mestrado; À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pela concessão de bolsa de estudos; À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia – FAPESB, pela concessão do auxílio-dissertação; Ao Prof. Dr. Alcebíades Rebouças São José, por gentilmente ter aceitado ser meu orientador, constituindo-se em um amigo, incentivando-me na conquista deste ideal. Obrigada pela confiança depositada em mim, pelo respeito, pela compreensão, incentivo, pelo apoio na execução da dissertação e, acima de tudo, pela imensa confiança em meu trabalho; À pesquisadora da Capes, Adriana Dias Cardoso, por ter aceitado participar da banca examinadora, pela amizade e pelas valiosas contribuições a este trabalho. Muitíssimo obrigada! Ao professor Otoniel Magalhães Morais, pela amizade, apoio e contribuições dadas para a finalização desta etapa de minha vida e por aceitar prontamente a participar da banca de defesa; Ao professor Prof. Dr. Quelmo Silva de Novaes, pelo apoio, ensinamento e compreensão. Muito obrigada pela sua amizade; Ao professor Prof. Dr. Ramon Correia de Vasconcelos, pelo apoio e incentivo na realização desta etapa. Obrigada de todo o meu coração pela amizade, ensinamentos, paciência, confiança e profissionalismo. Sem seu apoio não teria concluído essa etapa de minha vida; À professora Drª. Maria Aparecida Castellani, por sua amizade e carinho e apoio nesses dois anos; À coordenação e aos professores do Programa de Pós-Graduação de Agronomia (Fitotecnia), que, direta ou indiretamente, auxiliaram-me na busca ABSTRACT LIMA, R. S. PHYTOSOCIOLOGICAL CLASSIFICATION OF WEED IN THE CROP OF COWPEA BEAN (Vigna unguiculata (L.) Walp.) IN THE MUNICIPALITY OF VITÓRIA DA CONQUISTA-BA. Vitoria da conquista-BA: UESB, 2014, 91 p. (Dissertation - Mastery in Agronomia, Area of Concentration in Fitotecnia). * ABSTRACT: The weed constitutes one of the factors that most influence the growth, development and productivity of the bean plant. However, to make the correct management of those plants in agricultural areas, must be performed a phytosociological classification of weed, taking into account the type and the rate of infestation in the area in the moment of application of the controlling methods. Therefore, the aim of this study was to identify and quantify the major weed species present in different periods, the culture of cowpea in the municipality of Vitoria da Conquista-Bahia. The work was carried out from October to December of 2013, in the experimental station in the State University of South-west of Bahia – UESB. The experiment was arranged in randomized blocks, with the treatments consisting of periods of control or intercropping of the weeds with the crop. In the first group, the bean crop remained free of weed interference in the periods 0, 0-7, 0-14, 0-21, 0-28, 0-35 e 0-42, 0-49, 0-56, 0-63 and 0-70 (harvest) days after emergence (DAE). In the second group, the bean crop remained under interference from the time of emergence up to the same periods previously described. In the group held in coexistence with weed was catalogued 9815 individuals, while in the group that was held absent from weed until certain periods, was catalogued only 3.238 individuals, obtaining the total of 13.053 individuals. From this total 45 (forty- five) species of weed was identified, distributed in 15 (fifteen) families. Key words: cowpea, phytosociology, competition, coexistence period   Adviser: Alcebíades Rebouças São José, D.Sc., UESB LISTA DE TABELA Tabela 1 - Análise química da amostra de solo da área experimental da Universidade Estadual do sudoeste da Bahia, realizada antes da instalação do experimento em Vitória da Conquista-BA, UESB, 2014. ................................. 31 Tabela 2 - Descrição dos tratamentos experimentais. Vitória da Conquista-BA, UESB, 2014. ...................................................................................................... 32 Tabela 3 - Quantidade total de indivíduos coletados e identificados no levantamento fitossociológico realizado na cultura de feijão-caupi, cv. Novaera, na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, cultivado em Vitória da Conquista-BA, UESB, 2014. ............................................................................. 37 Tabela 4 - Relação de espécies identificadas no levantamento fitossociológico realizado na cultura de feijão-caupi, cv. Novaera, na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, com nome científico, família, nome comum, códigos internacionais e sua classificação botânica. Vitória da Conquista-BA, UESB, 2014. .................................................................................................................. 40 Tabela 5 - Número de indivíduos por espécie de plantas daninhas coletadas nos períodos de convivência de 7, 14, 21, 28, 35, 42, 49, 56, 63, e 70 dias após a emergência (DAE) na cultura do feijão-caupi, cv. Noraera, na área experimental da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, em Vitória da Conquista-BA, 2014. .................................................................................................................. 45 Tabela 6 - Frequência relativa (FR), densidade relativa (DR), abundância relativa (AR) e índice de valor de importância (IVI) das espécies de plantas daninhas coletadas nos períodos de convivência de sete dias após a emergência (DAE) com a cultura do feijão-caupi, na área experimental da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, em Vitória da Conquista-BA, UESB, 2014. ... 48 Tabela 7 - Frequência relativa (FR), densidade relativa (DR), abundância relativa (AR) e índice de valor de importância (IVI) das espécies de plantas daninhas coletadas nos períodos de convivência de 14 e 21 dias após a emergência (DAE) com a cultura do feijão-caupi, na área experimental da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, em Vitória da Conquista-BA, 2014. .................................................................................................................. 50 Tabela 8 - Frequência relativa (FR), densidade relativa (DR), abundância relativa (AR) e índice de valor de importância (IVI) das espécies de plantas daninhas coletadas nos períodos de convivência de 28 e 35 dias após a emergência (DAE) com a cultura do feijão-caupi, na área experimental da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, em Vitória da Conquista-BA, 2014. .................................................................................................................. 52 Tabela 9 - Frequência relativa (FR), densidade relativa (DR), abundância relativa (AR) e índice de valor de importância (IVI) das espécies de plantas daninhas coletadas nos períodos de convivência de 42 e 49 dias após a emergência (DAE) com a cultura do feijão-caupi, na área experimental da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, em Vitória da Conquista-BA, 2014. .................................................................................................................. 54 Tabela 10 - Frequência relativa (FR), densidade relativa (DR), abundância relativa (AR) e índice de valor de importância (IVI) das espécies de plantas daninhas coletadas nos períodos de convivência de 53, 63 e 70 dias após a emergência (DAE) com a cultura do feijão-caupi, na área experimental da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, em Vitória da Conquista-BA, 2014. .................................................................................................................. 57 Tabela 11 - Número de indivíduos por espécie de plantas daninhas coletadas nos períodos de controle de 0,7, 14, 21, 28, 35, 42 e 49 dias após a emergência (DAE) na cultura do feijão-caupi, cv. Noraera, na área experimental da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, em Vitória da Conquista, BA, 2014. .................................................................................................................. 60 Tabela 12 - Frequência relativa (FR), densidade relativa (DR), abundância relativa (AR) e índice de valor de importância (IVI) das espécies de plantas daninhas coletadas nos períodos de controle de 0, 7 e 14 dias após a emergência (DAE), com a cultura do feijão-caupi, na área experimental da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, em Vitória da Conquista-BA, 2014. ............... 62 Tabela 13 - Frequência relativa (FR), densidade relativa (DR), abundância relativa (AR) e índice de valor de importância (IVI) das espécies de plantas LISTA DE APÊNDICES Apêndice A - Número de quadrados com a presença da espécie (NQ), frequência (F), densidade (D) e abundância (A) das espécies de plantas daninhas coletadas nos períodos de convivência de 7 e 14 dias após a emergência (DAE), com a cultura do feijão-caupi. Vitória da Conquista-BA, UESB, 2014. ........... 83 Apêndice B - Número de quadrados com a presença da espécie (NQ), frequência (F), densidade (D) e abundância (A) das espécies de plantas daninhas coletadas nos períodos de convivência de 21 e 28 dias após a emergência (DAE), com a cultura do feijão-caupi. Vitória da Conquista-BA, UESB, 2014.84 Apêndice C - Número de quadrados com a presença da espécie (NQ), frequência (F), densidade (D) e abundância (A) das espécies de plantas daninhas coletadas nos períodos de convivência de 35 e 42 dias após a emergência (DAE), com a cultura do feijão-caupi. Vitória da Conquista-BA, UESB, 2014.85 Apêndice D - Número de quadrados com a presença da espécie (NQ), frequência (F), densidade (D) e abundância (A) das espécies de plantas daninhas coletadas nos períodos de convivência de 49 e 56 dias após a emergência (DAE), com a cultura do feijão-caupi. Vitória da Conquista-BA, UESB, 2014.86 Apêndice E - Número de quadrados com a presença da espécie (NQ), frequência (F), densidade (D) e abundância (A) das espécies de plantas daninhas coletadas nos períodos de convivência de 63 e 70 dias após a emergência (DAE), com a cultura do feijão-caupi. Vitória da Conquista-BA, UESB, 2014.87 Apêndice F - Número de quadrados com a presença da espécie (NQ), frequência (F), densidade (D) e abundância (A) das espécies de plantas daninhas coletadas nos períodos de controle de 0 e 7 dias após a emergência (DAE), com a cultura do feijão-caupi. Vitória da Conquista-BA, UESB, 2014. ................... 88 Apêndice G - Número de quadrados com a presença da espécie (NQ), frequência (F), densidade (D) e abundância (A) das espécies de plantas daninhas coletadas nos períodos de controle de 14 e 21 dias após a emergência (DAE), com a cultura do feijão-caupi. Vitória da Conquista-BA, UESB, 2014. ........... 89 Apêndice H - Número de quadrados com a presença da espécie (NQ), frequência (F), densidade (D) e abundância (A) das espécies de plantas daninhas coletadas nos períodos de controle de 28 e 35 dias após a emergência (DAE), com a cultura do feijão-caupi. Vitória da Conquista-BA, UESB, 2014. ........... 90 Apêndice I - Número de quadrados com a presença da espécie (NQ), frequência (F), densidade (D) e abundância (A) das espécies de plantas daninhas coletadas nos períodos de controle de 42 e 49 dias após a emergência (DAE), com a cultura do feijão-caupi. Vitória da Conquista-BA, UESB, 2014. ...................... 91 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................ 18 2. REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................... 20 2.1 Aspectos gerais do feijão-caupi .................................................................... 20 2.2 Importância econômica do feijão-caupi ........................................................ 22 2.3 Interferências das plantas daninhas ............................................................... 24 2.4 Importância do levantamento fitossociológico ............................................. 25 3. MATERIAL E MÉTODOS ............................................................. 29 3.1 Área de estudo .................................................................................... 29 3.2 Cultivar utilizada no experimento ................................................................. 30 3.3 Instalação e condução do experimento ......................................................... 31 3.4 Delineamento experimental e tratamentos .................................................... 32 3.5 Parâmetros avaliados ..................................................................................... 33 3.5.1 Durante o ciclo da cultura ........................................................................... 33 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................... 37 4.1 Plantas daninhas presentes na área experimental .......................................... 37 4.2 Levantamento das espécies em função dos períodos de Convivência .......... 43 4.3 Levantamentos das espécies em função dos períodos de Controle ............... 59 4.4 Densidade total das plantas daninhas ............................................................ 66 4.5 Densidade das principais plantas daninhas ................................................... 67 5. CONCLUSÕES ................................................................................. 71 REFERÊNCIAS ....................................................................................... 72 20 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Aspectos gerais do feijão-caupi O gênero Vigna ocorre nas regiões tropicais e subtropicais com ampla distribuição mundial. A maioria das espécies está na África, onde 66 delas são consideradas endêmicas. Dentre essas espécies que ocorrem na África, está a V. unguiculata (L.) Walp (FREIRE FILHO, 1988). Apesar de não se saber ao certo a localização do centro de origem do feijão-caupi, acredita-se que o Oeste da África, mais precisamente a Nigéria, seja o centro primário de origem e diversidade da espécie. A ocorrência de formas silvestres somente no Sudoeste da África indica que essa região seja mesmo o centro de origem, tendo as formas primitivas sido levadas para outras regiões da África, Índia e Ásia (COWPEA, 2013; FILGUEIRA, 2008). O feijão-caupi foi introduzido no Brasil no século XVI pelos colonizadores portugueses, no estado da Bahia e, posteriormente, foi levado pelos colonizadores para outras áreas da região Nordeste, depois para Norte e outras regiões do país (FREIRE FILHO e outros, 2005). Atualmente, o Nordeste e o Norte são responsáveis pela maior parte da produção, especialmente o Norte do Brasil (FREIRE FILHO e outros, 2005). O feijão-caupi é uma planta dicotiledônea que pertence à ordem Fabales, família Fabaceae, subfamília Faboideae, tribo Phaseoleae, subtribo Phaseolinea, gênero Vigna e espécie Vigna unguiculata (L.) Walp. No Brasil, somente são cultivados os cultigrupos Unguiculata, conhecido popularmente como feijão fradinho, feijão-de-corda, feijão macassar e feijão-caupi, para produção de grãos secos e verdes e Sesquipedalis, conhecido como feijão-de-metro, para produção de vagem (FREIRE FILHO e outros, 2005). A planta é uma leguminosa anual, herbácea, produz frutos do tipo vagem (KUROZAWA, 2007) e possui germinação epígea, com os cotilédones 21 inseridos no primeiro nó do ramo principal. Seu sistema radicular é do tipo axial, relativamente superficial, embora algumas raízes possam atingir a profundidade de 2,0 m. A raiz principal e as secundárias apresentam nódulos quase sempre eficientes em fixação de nitrogênio, devido à associação com bactérias nitrificadoras nativas do solo. As folhas são compostas, trifolioladas, longo- pecioladas, com folíolos de formato ovalado. As flores são hermafroditas e autoférteis (DONÇA, 2012). Sua propagação é feita exclusivamente por sementes e a semeadura é direta no campo (KUROZAWA, 2007). A cultura tem grande variabilidade genética, principalmente com relação às suas características, como porte e hábito de crescimento (MESQUITA, 2011), ou seja, a arquitetura da planta é bastante variável entre e dentro dos cultivares (VIEIRA e outros, 2001). Assim, a planta pode ser classificada quanto ao porte, como: ereto, semiereto, semiprostrado e prostrado, sendo variados os números de nós e de ramificações; e quanto ao hábito de crescimento, pode ser determinado (quando a planta para de crescer após a emissão da inflorescência na extremidade da haste principal) e indeterminado (quando o ramo principal continua crescendo até o fim do ciclo e não produzindo a inflorescência terminal) (FREIRE FILHO e outros, 2005). O caupi é considerado uma planta C3, que se desenvolve melhor em temperaturas mais amenas, em torno de 21°C, e apresenta baixo ponto de compensação luminosa de 150 a 250 J/m 2 s 1 . Assim, quando as temperaturas são mais baixas, favorecem o desenvolvimento do feijão-caupi, tornando-se mais fácil o controle das plantas C4, na maioria, gramíneas. Entretanto, quando a ocorrência de altas temperaturas e intensa radiação solar favorece o desenvolvimento das gramíneas em detrimento do feijoeiro, torna-se obrigatório iniciar o controle mais precocemente dessas gramíneas C4, bem como de outras espécies, como a beldroega, carurus e tiririca, sendo estes alguns exemplos de 22 plantas daninhas altamente agressivas em cultivos de verão (COBUCCI e outros, 1999). O feijão-caupi é considerado resistente à seca, desenvolve-se bem em condições de alta temperatura, solos arenosos ou de textura média e com boa drenagem (KUROZAWA, 2007). O plantio do feijoeiro pode ser realizado em duas épocas: na primeira época ou primeira safra, é plantada no início da estação chuvosa (novembro a março) e responde por cerca de 71% da produção média anual; e a segunda época ou segunda safra, acontece no final da estação chuvosa (abril a agosto) e responde por 29% da produção média anual, geralmente como uma cultura de safrinha. Vale mencionar que, os principais sistemas de produção do feijão-caupi são: cultivo de sequeiro e em consórcio com as culturas do milho e da mandioca, associado ao cultivo de vazante e cultivo irrigado (FREITAS, 2014). 2.2 Importância econômica do feijão-caupi A produção mundial de feijão-caupi em 2011 atingiu 5 milhões de toneladas de grãos (FAO, 2010). No entanto, acredita-se que as estimativas estejam subestimadas, considerando que vários países, como Índia, Myanmar e Brasil, não fornecem dados estatísticos que separem feijão-caupi e feijão-comum (WANDER, 2013). O autor ainda relata que, dos países que apresentam estatísticas específicas para feijão-caupi, em 2011, os maiores produtores são Nigéria (1,8 milhões de toneladas), Níger (1,5 milhões de toneladas), Burkina Faso (440 mil toneladas), Myanmar (220 mil toneladas), Tanzânia (170 mil toneladas), Camarões (150 mil toneladas) e Mali (130 mil toneladas). A cultura é responsável por 34% da área plantada e 15,6% da produção de feijão (feijão-caupi + feijão-comum) no Brasil (OLIVEIRA, 2008). Anualmente, em média, são produzidas 482 mil toneladas em 1,3 milhão de 25 da época e duração do período de convivência entre a cultura e as plantas daninhas e pelos tratos culturais realizados (PITELLI, 1985). Os prejuízos ocasionados pela competição podem ser quantitativos e qualitativos, sendo o principal a redução causada no rendimento de grãos que pode atingir níveis de até 90%, caso não seja adotado nenhum controle (BLANCO e outros, 1973), além de promover o aumento da altura e acamamento de plantas (FREIRE e outros, 2009). Segundo Pitelli e Neves (1978), a interferência causada pelas plantas daninhas também pode reduzir a estatura das plantas, número de ramos, número de vagens, número de grãos por vagens, no número de nós no caule (FLECK, 1976) e índice de área foliar (HAGOOD e outros, 1980). De acordo com Assunção e outros (2006), algumas espécies de plantas daninhas também servem como hospedeiras alternativas de doenças que atacam o feijoeiro. Dessa forma, as plantas daninhas constituem um dos fatores que mais influencia o crescimento, desenvolvimento e produtividade do feijoeiro. Além do mais, essas plantas podem encarecer as práticas culturais, os custos operacionais de colheita, a secagem e o beneficiamento dos grãos (diminuição de qualidade) (FREITAS e outros 2009). Assim, o conhecimento das plantas daninhas na área de plantio é importante para os produtores, pois facilita a utilização de um manejo adequado destas plantas e, principalmente, um monitoramento constante de qualquer tipo de mudança da flora daninha, tanto ao nível de espécies predominantes quanto de biótipos dentro de cada espécie (CHRISTOFFOLETI, 1998). 2.4 Importância do levantamento fitossociológico A cultura do feijão-caupi é considerada uma espécie com ampla variabilidade genética, tolerante às condições edafoclimáticas desfavoráveis, por 26 possuir capacidade de adaptabilidade aos mais diversos ambientes (MARTINS e outros, 2003), pode ser cultivado nas diversas épocas do ano, sob diferentes sistemas de cultivo (solteiro e consorciado) e nas mais diversas condições edafoclimáticas, o mesmo pode sofrer interferência significativa de plantas daninhas. Além disso, por tratar-se de planta de ciclo vegetativo curto, torna-se bastante sensível à competição, sobretudo, nos estádios iniciais de desenvolvimento vegetativo (COBUCCI e outros, 1999). Dessa maneira, o conhecimento da época e dos períodos de convivência entre a cultura e as plantas daninhas é de grande importância, pois a extensão do período de convivência que afeta a cultura pode ser alterada pelos métodos de controle empregados pelo homem (PITELLI e PITELLI, 2008). Para cultura do feijão caupi, o período crítico de competição das plantas daninhas ocorre entre 11 e 35 dias após sua emergência (FREITAS e outros 2009). As determinações dos períodos de convivência tolerados por uma cultura como as plantas daninhas são obtidas estudando-se os períodos críticos de interferência (PITELLI e DURIGAN, 1984). Tais períodos são de extrema importância para o desenvolvimento de estratégias de manejo das plantas daninhas, indicando o intervalo de tempo, quando o controle químico ou não químico poderá ser mais efetivo na prevenção de danos às plantas cultivadas (SWANTON e WEISE, 1991). Atualmente, existe a preocupação em se avaliar esses períodos associados a outros fatores, que também alteram o grau de interferência das plantas daninhas, como a localidade, a composição florística da comunidade infestante, a cultivar, o sistema de cultivo e o espaçamento utilizado (FREITAS e outros, 2009). Diferentes sistemas de cultivo podem influenciar na população de plantas indesejáveis, pois cada sistema apresenta características diferentes, podendo favorecer ou não o desenvolvimento das espécies. Dentre estes 27 diferentes sistemas de controle adotado, estão a utilização de capinas e herbicidas. Os herbicidas são bastante utilizados em razão da sua maior facilidade e eficiência, entretanto, o seu sucesso depende de alguns princípios, como a identificação das espécies daninhas a serem controladas em determinada área, visto que a escolha do princípio ativo do produto a ser utilizado dependerá da planta daninha existente no local (ERASMO e outros, 2004). Vale ressaltar que, o uso indiscriminado desses produtos pode causar problemas de poluição ambiental, elevar os custos da lavoura, contribuir para o desequilíbrio populacional e selecionar plantas resistentes. É necessário mencionar que, para fazer o manejo das plantas daninhas em uma área agrícola, normalmente, leva-se em consideração o tipo e o grau de infestação da área no momento da aplicação dos métodos de controle, ou pelo histórico de incidência de plantas daninhas (SHIRATSUCHI e outros, 2005). Assim, é importante para a adoção de estratégias de manejo investir em métodos que auxiliem no conhecimento dessas comunidades (ALBERTINO e outros, 2004). Dentre esses métodos, está a fitossociologia. A fitossociologia é um dos métodos mais utilizados no reconhecimento florístico em áreas agrícolas ou não; este método foi proposta por Mueller- Dombois e Ellemberg (1974). Este parâmetro quantitativo realizado num dado local e num dado tempo permite fazer uma avaliação momentânea da composição da vegetação, obtendo dados de frequência, densidade, abundância, índice de importância relativa (ERASMO e outros, 2004). Para Mascarenhas e outros (2009), o levantamento fitossociológico é importante na obtenção do conhecimento sobre as populações e a biologia das espécies invasoras ocorrentes na área em estudo, visto que constitui uma das ferramentas utilizadas para recomendações de manejo tanto na recuperação do solo quanto para a condução de pastagens. O autor ainda relata que o principal prejuízo do desconhecimento da comunidade infestante e de sua biologia é o 30 O solo da área experimental foi classificado como Latossolo Amarelo, distrófico, moderado, textura franco argilo arenosa. O clima regional, segundo a classificação de Köppen, é caracterizada como tropical de altitude (Cwa). 3.2 Cultivar utilizada no experimento A cultivar utilizada foi a BRS Novaera, de crescimento indeterminado, porte semiereto, com floração aos 41 dias, ciclo de 65-70 dias, e produtividade média de 1.100 kg ha -1 em sistema de várzea e 900 kg ha -1 em terra firme (EMBRAPA, 2009). A cultivar BRS Novaera apresenta ramos laterais curtos e tem a inserção das vagens um pouco acima do nível da folhagem. Tem o folíolo central semilanceolado. A cor das vagens na maturidade fisiológica e de colheita é amarelo-clara, podendo apresentar pigmentação roxa nos lados das vagens. Tem grãos de cor branca, grandes, reniformes e com tegumento levemente enrugado e anel do hilo marrom (FREIRE FILHO e outros, 2008). Os autores ainda relatam que a cultivar apresenta alta resistência ao acamamento e uma boa desfolha natural, fato este que a torna uma cultivar com grande potencial para colheita mecânica, com uma leve dessecação e, em solos mais arenosos e ambientes mais secos, sem dessecação. O espaçamento recomendado é de 0,40 m a 0,50 m x 0,10m, com oito a dez plantas por metro linear (m -2 ), o que resulta em uma população de duzentos a duzentos e cinquenta mil plantas por hectare (ha -1 ). Lembrando que, para obter essa população de plantas, são necessários de 40 kg a 50 kg de sementes por hectare (FREIRE FILHO e outros, 2008); EMBRAPA, 2007). 31 3.3 Instalação e condução do experimento O preparo do solo foi realizado com uma aração (camada do solo de 0- 20 cm), seguida de uma gradagem. Antes da semeadura, foi retirada uma amostra composta de solo, na camada de 0-20 cm, e levadas ao laboratório de solos da UESB para determinação dos atributos químicos (Tabela 1). Tabela 1 - Análise química da amostra de solo da área experimental da Universidade Estadual do sudoeste da Bahia, realizada antes da instalação do experimento em Vitória da Conquista-BA, UESB, 2014. pH P K + Ca 2+ Mg 2+ Al 3+ H + S.B. t T V M M.O. H2O(1:2,5) mg/dm 3 ---------------------------cmol dm3---------------------------- -- % -- g/dm3 6,1 7 0,3 3,6 1,1 0,1 2,5 5,2 5 7,7 66 2 41 Para P e K, foi utilizado Extrator Mehlich; para Ca, Mg e Al, foi utilizado (KCl 1N); e para H + Al, foi utilizado (CaCl2 0,01M e SMP). Com base nos resultados, foi realizada adubação de fundação nas linhas de plantio, com 20 Kg de N ha -1 , na forma de ureia; 30 kg de P2O5 ha -1 na forma de superfosfato simples; e 20 Kg de K2O ha -1 , na forma de cloreto de potássio. Os sulcos de plantio foram abertos manualmente com o uso de enxadas, para homogeneizar a profundidade da semeadura. A semeadura do feijão-caupi, cv. Novaera, foi realizada manualmente, com dez sementes por metro linear de fileira, no dia 7 de outubro de 2013. A adubação de cobertura foi realizada aos 30 dias após a emergência (DAE) das plântulas, utilizando-se 30 kg ha -1 de N, na forma de sulfato de amônia e, aos 35 dias após a emergência (DAE), foi realizada uma aplicação dos micronutrientes, zinco (0,25 kg ha -1 ) e molibdênio (0,25 kg ha -1 ). 32 O experimento foi conduzido entre os meses de outubro e janeiro de 2014. Vale ressaltar que, durante o desenvolvimento da cultura, utilizou-se irrigação suplementar, quando necessário. 3.4 Delineamento experimental e tratamentos O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, com 22 tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram arranjados em esquema fatorial 2 x 11, sendo dois fatores: convivência (no mato) e controle (no limpo) das plantas daninhas na cultura do feijão-caupi. No período de convivência, a cultura foi mantida na presença de plantas daninhas por onze períodos iniciais crescentes: 0, 7, 14, 21, 28, 35, 42, 49, 56, 63 e 70 dias após a emergência (DAE) da cultura, a partir dos quais foram controladas por meio de capinas manuais semanais (Tabela 2). Tabela 2 - Descrição dos tratamentos experimentais. Vitória da Conquista- BA, UESB, 2014. Tratamentos 1 Períodos de convivência (DAE) Tratamentos 2 Períodos de controle (DAE) 1 0 12 0 2 0--------7 13 0---------7 3 0-------14 14 0--------14 4 0-------21 15 0--------21 5 0-------28 16 0--------28 6 0-------35 17 0--------35 7 0-------42 18 0--------42 8 0-------49 19 0--------49 9 0-------56 20 0--------56 10 0-------63 21 0--------63 11 0-------70 22 0--------70 1 Tratamentos 1 - 11  Grupo mantido em convivência com plantas daninhas (mato). 2 Tratamentos 12 - 22  Grupo mantido livre de plantas daninhas (limpo). 35 e) Densidade relativa (DR) – foi determinada dividindo-se o número de indivíduos de uma determinada espécie encontrada nas amostragens pelo número total de indivíduos das espécies amostradas dentro da comunidade estudada. f) Abundancia relativa (AR) – esse parâmetro é atribuído ao número de indivíduos de uma determinada espécie, existente numa dada área em um dado período de tempo. Este é calculado em relação ao número total de indivíduos de todas as espécies existentes na área amostrada. g) Índice do valor de importância (IVI) - atribui numericamente à importância de uma determinada espécie dentre as plantas de uma comunidade infestante a que pertencem, ou seja, indica quais as espécies mais importantes dentro da área estudada. Este parâmetro foi obtido por 36 meio da soma dos valores fitossociológicos relativos (densidade, frequência e abundância), expressos em porcentagem. Seu valor máximo é de 300%. O IVI foi determinado pela seguinte equação: 37 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 Plantas daninhas presentes na área experimental No grupo mantido em convivência com plantas daninhas, foram catalogadas 9.815 indivíduos, enquanto que no grupo que foram mantidos ausentes de plantas daninhas até determinados períodos, foram catalogadas somente 3.050 indivíduos, obtendo-se um total de 12.865 indivíduos ( Tabela 3). Os períodos com convivência de plantas daninhas aos 7, 14, 21, 28 e 35 DAE detiveram o maior número de plantas daninhas, com 69,7%. Nos demais períodos, encontraram-se apenas 30,3%. A partir desse momento, houve redução das plantas existentes na área. Quanto aos períodos de controle de plantas daninhas, a área que deteve o maior número de plantas foi o tratamento que ficou com zero DAE de controle, correspondendo a 35,5%, os demais períodos representaram 64,5% do total (Tabela 3). Tabela 3 - Quantidade total de indivíduos coletados e identificados no levantamento fitossociológico realizado na cultura de feijão-caupi, cv. Novaera, na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, cultivado em Vitória da Conquista-BA, UESB, 2014. Períodos (DAE) Tratamentos1 Nº total de indivíduos Tratamentos2 Nº total de indivíduos Total 0 1 - 12 1084 1084 7 2 1399 13 394 1793 14 3 1250 14 388 1638 21 4 1476 15 343 1819 28 5 1432 16 287 1719 35 6 1325 17 267 1592 42 7 889 18 205 1094 49 8 479 19 82 561 56 9 558 20 - 558 63 10 733 21 - 733 70 11 274 22 - 274 Total - 9815 - 3050 12865 *Dias após a emergência – DAE. 1Tratamentos 1 - 11  Grupo mantido em convivência com plantas daninhas (mato). 2Tratamentos 12 - 22  Grupo mantido livre de plantas daninhas (limpo). 40 Tabela 4 - Relação de espécies identificadas no levantamento fitossociológico realizado na cultura de feijão-caupi, cv. Novaera, na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, com nome científico, família, nome comum, códigos internacionais e sua classificação botânica. Vitória da Conquista-BA, UESB, 2014. Nome científico Família Nome comum COD* Classificação Acanthospermum australe Kuntze Asteraceae Carrapicho-rasteiro ACNAU Dicotiledônea Blainvillea biaristata BC. Asteraceae Picão grande -------- Dicotiledônea Bidens pilosa L. Asteraceae Picão-preto BIDPI Dicotiledônea Emilia sonchifolia (L.) DC. Asteraceae Falsa-serralha EMISO Dicotiledônea Parthenium hysterophorus L. Asteraceae Losna-branca PTNHY Dicotiledônea Synedrellopsis grisebachii Hieron Asteraceae Agriãozinho SDPGR Dicotiledônea Amaranthus deflexus L. Amaranthaceae Caruru-rasteiro AMADE Dicotiledônea Amaranthus hybridus var. paniculatus Thell. Amaranthaceae Caruru-roxo AMACH Dicotiledônea Amaranthus hybridus var. patulus Thell Amaranthaceae Caruru-branco AMACH Dicotiledônea Amaranthus retroflexus L. Amaranthaceae Caruru-gigante AMARE Dicotiledônea Amaranthus spinosus L. Amaranthaceae Caruru-de-espinho AMASP Dicotiledônea Amaranthus viridis L. Amaranthaceae Caruru-de-mancha AMAVI Dicotiledônea Senna obtusifolia L. Caesalpinoideae Fedegoso CASOB Dicotiledônea Senna rizzini H.S. Caesalpinoideae Flor de besouro -------- Dicotiledônea Chamaecrista rotundifolia (Pers.) Greene Caesalpinoideae Erva-de-coração CASRO Dicotiledônea Chenopodium album L. Chenopodiaceae Fedegosa CHEAL Dicotiledônea Chenopodium carinatum R. Br. Chenopodiaceae Anserina-rendada CHEPU Dicotiledônea 41 Tabela 4 - (continuação) Nome científico Família Nome comum COD* Classificação Ipomoea triloba L. Convolvulaceae Corda-de-viola IPOTR Dicotiledônea Croto glandulosus L. Euphorbiaceae Levame CVNGL Dicotiledônea Ricinus communis L. Euphorbiaceae Mamona RIICO Dicotiledônea Herissantia crispa (L.) Brizicky Malvaceae Mela-bode ABUCR Dicotiledônea Malvastrum coromandelianum (L.) Garcke Malvaceae Falsa-guanxuma MAVCO Dicotiledônea Pavonia cancellata (L.) Cav. Malvaceae Malva-rasteira PVACD Dicotiledônea Pavonia sidifolia Kunth Malvaceae Vassoura PVAST Dicotiledônea Sida Cordifolia L. Malvaceae Guanxuma SIDCO Dicotiledônea Sida rhombifolia L. Malvaceae Guanxuma SIDRH Dicotiledônea Sida spinosa L. Malvaceae Guanxuma SIDSP Dicotiledônea Mollugo verticillata L. Molluginaceae Molugo MOLVE Dicotiledônea Crotalaria indica L. Papilionoideae Chocalho-de-cascavel CVTIN Dicotiledônea Desmodium adscendentes (Sw.) DC. Papilionoideae Amorico DEDAD Dicotiledônea Portulaca oleracea L. Portulacaceae Beldroega POROL Dicotiledônea Diodia teres Walt Rubiaceae Mata-pasto DIQTE Dicotiledônea Physalia angulata L. Solanaceae Camapú PHYAN Dicotiledônea Solanum americanum Mill. Solanaceae Maria-pretinha SOLAM Dicotiledônea Waltheria indica L. Sterculiaceae Malva-branca WALAM Dicotiledônea Commelina benghalensis L. Commelinaceae Trapoeraba COMBE Monocotiledônea 42 Tabela 4 - (continuação) Nome científico Família Nome comum COD* Classificação Aeschynomene denticulata Rudd. Poaceae Angiquinho AESDE Monocotiledônea Brachiaria brizantha Stapf. Poaceae Braquiarão BRABR Monocotiledônea Brachiaria plantaginea (Link) Hitchc Poaceae Capim-marmelada BRAPL Monocotiledônea Cynodon dactylon (L.) Pers. Poaceae Grama-seda CYNDA Monocotiledônea Digitaria horizantalis Willd. Poaceae Capim-colchão DIGHO Monocotiledônea Eleusine indica (L.) Gaertn Poaceae Capim-pé-de-galinha ELEIN Monocotiledônea Panicum maximum Jacq. Poaceae Capim-colonião PANMA Monocotiledônea Rhynchelytrum repens (Willd.) Poaceae Capim-favorito REYRE Monocotiledônea Sorghum halepense L. Pers. Poaceae Capim-massambará SORHA Monocotiledônea *Códigos internacionais das Weed Society 45 Tabela 5 - Número de indivíduos por espécie de plantas daninhas coletadas nos períodos de convivência de 7, 14, 21, 28, 35, 42, 49, 56, 63, e 70 dias após a emergência (DAE) na cultura do feijão-caupi, cv. Noraera, na área experimental da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, em Vitória da Conquista-BA, 2014. Número de indivíduos por espécie Espécies Período de Convivência (DAE) 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 Total Acanthospermum australe - - - - - - - - 1 - 1 Aeschynomene denticulata - - 1 - - - - - - - 1 Amaranthus deflexus 9 - - - - - - - - - 9 Amaranthus hybridus* 687 187 12 11 1 45 12 5 19 9 988 Amaranthus hybridus** 1 - - - - - - - - - 1 Amaranthus retroflexus 37 6 22 9 199 78 9 18 14 2 394 Amaranthus spinosus 77 203 430 420 190 24 8 46 20 0 41 8 13 3 2365 Amaranthus viridis 8 13 24 12 9 6 - - - - 72 Bidens pilosa - - - 1 - 2 1 2 - 1 7 Blainvillea biaristata 13 116 250 196 136 89 45 45 38 6 934 Brachiaria brizantha - - - - - - - 8 - 1 9 Brachiaria plantaginea 357 519 419 375 460 19 4 19 2 13 0 61 37 2744 Chamaecrista rotundifolia - - - 76 - - 2 - - - 78 Chenopodium album - - 9 32 30 12 6 5 4 3 101 Chenopodium carinatus - - - - - - - - 8 - 8 Commelina benghalensis 17 6 11 8 16 10 12 7 3 - 90 Crotalaria indica - - - - 1 - - 2 - - 3 Croto glandulosus - 5 - - - - - - 2 - 7 Cynodon dactylon - - - - 6 4 10 5 - - 25 Desmodium adscendentes - - - - - - 1 - - - 1 Digitaria horizantalis 14 - - 6 - 1 1 7 4 - 33 Eleusine indica - - - - - - - 1 - - 1 Emilia sonchifolia - - - - 1 1 1 1 - - 4 Herissantia crispa - - - - - - - - - 1 1 Ipomoea triloba 26 7 9 3 6 4 - 9 14 3 81 Malvastrum coromandelianum 1 59 141 79 55 35 29 20 27 42 488 46 Tabela 5 - (continuação) Número de indivíduos por espécie Espécies Período de Convivência (DAE) 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 Tota l Mollugo verticillata - - 13 24 50 2 14 1 - - 104 Panicum maximum - - - 2 - - 8 - 8 1 19 Parthenium hysterophorusL. - 6 1 - - 8 1 32 3 51 Pavonia cancellata - - - 2 2 3 - - 5 4 16 Pavonia sidifolia - - - - - 1 1 - - - 2 Physalia angulata - - - - - 2 - - - - 2 Portulaca oleracea 146 95 125 141 155 90 58 30 48 19 907 Rhynchelytrum repens - - - - - - - - 1 - 1 Ricinus communis - 1 - - - - - - 1 - 2 Senna obtusifolia 6 12 8 7 3 3 5 11 1 1 57 Senna qizzini - - - - - 1 - - - - 1 Sida cordifolia - - - - - - - 2 - - 2 Sida rhombifolia - 15 1 28 5 20 2 16 9 - 96 Sida spinosa - - - - - 2 - - - - 2 Solanum americanum - - - - - 27 23 33 15 8 106 Sorghum halepense - - - - - 1 - - - - 1 Total de indivíduos 1399 125 0 147 6 143 2 132 5 88 9 47 9 55 8 73 3 27 4 9815 *var. Paniculatus; **var. Patulus No período de convivência com plantas daninhas até os 7 DAE, foram identificadas 1.399 espécies, sendo que as que apresentaram os maiores índices de Frequência relativa (FR), Densidade relativa (DR), Abundância relativa (AR) e Índice de Valor de Importância (IVI) foram: Brachiaria plantaginea (24,8%, 25,5%, 11,7% e 62%, respectivamente); Portulaca oleracea (21,8%, 10,4%, 5,4% e 37,7%, respectivamente); e Amaranthus hybridus var. paniculatus (14,2%, 49,1%, 39,1% e 102,5%, respectivamente). A espécie Amaranthus spinosus, apesar de não possuir valores tão expressivos quanto os demais, seu 47 IVI foi de 23,9%, este pode ser considerado representativo na cultura do feijão- caupi, visto que esta planta pode prejudicar o desenvolvimento do feijoeiro (Tabela 6). Vale destacar que, neste mesmo período, foram identificadas seis espécies do gênero Amaranthus: A. hybridus var. paniculatus, A. spinosus, A. retroflexus, A. deflexus, A. viridis e A. hybridus var. patulus. Dentre as espécies, a A. hybridus var. paniculatus foi a que apresentou o maior IVI (102,5%) (Tabela 6). De acordo com Kissmann e Groth (1999), existem no mundo cerca de 60 espécies de plantas classificadas botanicamente como pertencentes ao gênero Amaranthus sp. (caruru ou bredo) e, aproximadamente, 10 destas possuem importância como plantas infestantes das lavouras brasileiras. Os carurus podem ser caracterizados como plantas de difícil manejo, devido ao extenso período de germinação do banco de sementes, rápido crescimento e desenvolvimento, elevada produção de sementes viáveis, longa viabilidade de suas sementes no solo (HORAK e LOUGHIN, 2000). Estas plantas também possuem via de fixação de carbono do tipo C4 e mecanismo fotossintético que confere diversas características vantajosas em relação às plantas C3. Segundo Lorenzi (2000), algumas espécies de caruru podem produzir quantidades superiores a 200.000 sementes. As espécies que obtiveram uma menor FR, DR, AR e IVI foram o Amaranthus hybridus var. patulus e Malvastrum coromandelianum, ambas com 0,7%, 0,1% , 1,1 e 1,9%, respectivamente (Tabela 6). Carvalho e Christoffoleti (2008) relatam em seu trabalho que, não necessariamente, a espécie que se apresenta em maior densidade é a que possui o maior poder de competição, pois, mesmo em densidade baixa, a mesma pode apresentar elevado vigor de crescimento inicial, sistema radicular eficiente, dormência das sementes e ser hospedeira de fitopatógenos, causando, assim, prejuízos à agricultura. 50 completa seu ciclo em menos de 100 dias e M. coromandelianum forma densas infestações que dominam completamente uma cultura anual. A espécie Amaranthus hybridus var. Paniculatus apresentou uma Abundância relativa (AR) alta aos 14 DAE (23,5%) e uma AR baixa aos 21 DAE (3,5%). Para Shiratsuchi e outos (2005), essa diminuição pode ser explicada pelo fato de que as plantas daninhas não se distribuem uniformemente nas áreas onde serão controladas, mas sim de forma aleatória, apresentando uma grande variabilidade espacial. Tabela 7 - Frequência relativa (FR), densidade relativa (DR), abundância relativa (AR) e índice de valor de importância (IVI) das espécies de plantas daninhas coletadas nos períodos de convivência de 14 e 21 dias após a emergência (DAE) com a cultura do feijão-caupi, na área experimental da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, em Vitória da Conquista-BA, 2014. 14 DAE 21 DAE Espécies FR DR AR IVI FR DR AR IVI ---------------%------------- ------------%----------- Amaranthus hybridus* 25,9 41,5 15,4 82,9 2,1 0,8 3,5 6,4 Amaranthus retroflexus 18,4 7,6 4,0 30,0 5,7 1,5 2,4 9,6 Amaranthus spinosus 16,7 9,3 5,3 31,3 9,2 29,1 28,8 67,2 Amaranthus viridis 6,6 4,7 2,9 14,2 3,6 1,6 4,2 9,4 Blainvillea biaristata 6,7 15,0 21,5 43,2 17,0 16,9 9,1 43,0 Brachiaria plantaginea 5,9 16,2 26,7 48,8 19,2 28,4 13,5 61,1 Commelina benghalensis 5,0 1,0 1,8 7,8 4,3 0,8 1,6 6,6 Ipomoea triloba 4,2 1,2 2,8 8,1 2,1 0,6 2,6 5,4 Malvastrum coromandelianum 3,3 0,5 1,4 5,2 15,6 9,6 5,6 30,7 Parthenium hysterophorus 2,5 1,0 4,0 7,5 0,7 0,1 0,9 1,7 Portulaca oleracea 1,7 0,6 3,2 5,5 14,9 8,5 5,2 28,6 Senna obtusifolia 1,7 0,5 2,8 4,9 2,8 0,5 1,7 5,1 Sida rhombifolia 0,7 0,5 2,8 3,9 0,7 0,1 0,9 1,7 Croto glandulosus 0,3 0,4 4,6 5,3 - - - - Ricinus communis 0,3 0,1 0,9 1,3 - - - - Total 100 100 100 300 100 100 100 300 *var. paniculatus 51 Outras espécies também foram encontradas em menores densidades nos dois períodos, como a Sida rhombifolia (1,3% aos 14 DAE e 0,1 aos 21 DAE), Ipomoea triloba (0,6% para ambos os períodos), Parthenium hysterophorus (0,5% aos 14 DAE e 0,1% aos 21 DAE), Amaranthus retroflexus (0,5% aos 14 DAE e 1,5% aos 21 DAE). Segundo Vivian (2011), as plantas daninhas, mesmo em baixa densidade, podem, indiretamente, afetar as lavouras, sendo inóculo ou hospedeiras de pragas e doenças. No caso das Sida sp. (guanxumas), a maioria é hospedeira do vírus do mosaico dourado do feijoeiro, transmitido pela mosca- branca. O Sorghum halepense (capim-massambará) é hospedeiro do vírus do mosaico da cana-de-açúcar. Demais prejuízos indiretos ocorrem pela dificuldade de colheita na presença de plantas daninhas como Ipomoea sp. (corda de viola), Cenchrus echinatus (carrapicho) e Acassia plumosa (unha de gato) ou mesmo pela dificuldade de manejo após o cultivo, a exemplo do que ocorre pelo Cyperus rotundus (tiririca). A maior densidade de plantas daninhas foi verificada aos 21 DAE, com 1476 indivíduos. Resultados diferentes foram encontrados por Freitas e outros (2009) ao estudarem a interferência de plantas daninhas na cultura de feijão caupi. Os autores relataram em seu trabalho que a maior densidade de plantas por metro m 2 foi verificada aos 36 dias, com mais de 1000 indivíduos. Para espécie Chenopodium album, foram identificados os primeiros indivíduos a partir da terceira avaliação (21 DAE). Seu IVI máximo foi atingido aos 35 DAE (11,2%). Para os demais períodos, a quantidade plantas m -2 foi inferior a seis indivíduos (Tabela 7 e 8). Segundo Silva e Silva (2007), a baixa densidade é em virtude da espécie apresentar mecanismos de dormência, visto que esta produz sementes com tegumentos normal e duro. Por esta razão, mesmo sob intenso controle, sempre haverá no solo sementes dessa espécie. 52 Tabela 8 - Frequência relativa (FR), densidade relativa (DR), abundância relativa (AR) e índice de valor de importância (IVI) das espécies de plantas daninhas coletadas nos períodos de convivência de 28 e 35 dias após a emergência (DAE) com a cultura do feijão-caupi, na área experimental da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, em Vitória da Conquista-BA, 2014. 28 DAE 35 DAE Espécies FR DR AR IVI FR DR AR IVI -------------%------------- ------------%------------ Amaranthus hybridus * 1,3 0,8 3,1 5,2 0,6 0,1 0,9 1,6 Amaranthus retroflexus 2,7 0,6 1,3 4,5 9,4 15,0 11,8 36,2 Amaranthus spinosus 9,9 29,3 15,8 55,0 5,0 14,3 21,2 40,5 Bidens pilosa 2,7 0,8 1,7 5,2 1,9 0,7 2,7 5,2 Blainvillea biaristata 15,2 13,7 4,8 33,7 11,9 10,3 6,4 28,5 Brachiaria plantaginea 17,2 26,2 8,1 51,5 22,5 34,7 11,4 68,6 Chamaecrista rotundifolia 0,7 5,3 42,8 48,7 - - - - Chenopodium album 3,3 2,2 3,6 9,2 6,3 2,3 2,7 11,2 Commelina benghalensis 4,0 0,6 0,8 5,3 3,1 1,2 2,9 7,2 Cynodon dactylon 0,7 0,2 1,7 2,6 1,9 0,5 1,8 4,1 Desmodium adscendentes 11,3 5,5 2,6 19,4 10,6 4,2 2,9 17,7 Digitaria horizantalis 2,0 1,7 4,5 8,2 1,3 3,8 22,3 27,3 Emilia sonchifolia 0,7 0,1 1,1 1,9 0,6 0,2 1,8 2,6 Malvastrum coromandelianum 15,2 9,9 3,5 28,5 18,1 11,7 4,8 34,6 Mollugo verticillata 2,7 0,5 1,0 4,1 1,3 0,2 1,3 2,8 Panicum maximum 6,6 2,0 1,6 10,2 3,1 0,4 0,9 4,4 Parthenium hysterophorus 2,0 0,42 1,1 3,5 - - - - Pavonia sidifolia 1,3 0,1 0,6 2,0 - - - - Portulaca oleracea 0,7 0,1 0,6 1,3 - - - - Senna obtusifolia - - - - 0,6 0,1 0,9 1,6 Sida rhombifolia - - - - 0,6 0,1 0,9 1,59 Solanum americanum - - - - 1,3 0,6 2,7 4,4 Total 100 100 100 300 100 100 100 300 * var. paniculatus 55 A partir do período de convivência de 42 dias DAE, foram observadas outras espécies da família Poaceae, além da Brachiaria plantaginea, como: Cynodon dactylon, presente aos 35, 42, 49 e 56 DAE; o Panicum maximum, que surgiu aos 28 DAE, e identificado também aos 49, 63 e 70 dias; e a Brachiaria brizantha, observada aos 56 e 70 DAE. A espécie Digitaria horizantalis também esteve entre as plantas daninhas coletadas em quase todos os períodos de convivência, exceto nos períodos de 14, 21, 35 e 70 dias DAE (Tabela 8, 9, 10). Apesar de originalmente apresentarem importância econômica como forrageiras, essas espécies também podem ser consideradas plantas daninhas (PENSIERO 1999), visto que elas competem pelos recursos do meio. A família Poaceae é reconhecida como a quarta maior família botânica, com aproximadamente 700 gêneros e 10.000 a 11.000 espécies (SOUZA e outros, 2006). A família das Convolvulacea, representada pela espécie Ipomoea triloba, apresentou, em todo o ciclo da cultura do feijão-caupi, baixos valores de IVI. Entretanto, no início do ciclo (7 DAE), apresentou IVI de 11,7%, e durante o desenvolvimento da cultura, houve uma redução no número de espécie e, aos 63 DAE, final do ciclo da cultura do caupi, ocorreu um aumento significativo no Índice de valor de importância (12,1%). Apesar de sua baixa densidade na área, a espécie Ipomoea sp. causa grandes transtornos na agricultura, sendo uma das mais importantes plantas daninhas que interfere nos sistemas de cultivo de culturas anuais e perenes no Brasil. De acordo com Karam e outros (2010), as plantas daninhas que germinam, emergem e desenvolvem em meio à lavoura; passado o período crítico de competição, não é devotada tamanha atenção, por não acarretarem perdas na produção. Todavia, quando realizadas colheitas mecanizadas em lavouras com alta infestação de Ipomoea sp. (corda -de- viola) e Commelinna sp. 56 (trapoeraba), podem ser inviabilizadas, por ocasião do embuchamento dos componentes da plataforma de corte da colhedora. Para a espécie Amaranthus spinosus, a abundância relativa dos três últimos períodos de convivência apresentou maior concentração (rebouleiras) de espécies m -2 , sendo 32,1% (56 DAE), 35,0% (63 DAE) e 39,2% (70 DAE). Esta também apresentou valores de máximo para IVI, sendo 74,4%, 105,7% e 98,4% (Tabela 10). Provavelmente, o aumento de plantas é devido ao início de novo ciclo da espécie, visto que esta pode ser considerada uma planta de ciclo curto. De acordo com Silva e Silva (2007), o ciclo curto de algumas espécies de plantas daninhas é um mecanismo de sobrevivência _às condições adversas. O Amaranthus retroflexus e Amaranthus spinosus estão presentes em todos os períodos de convivência. O Amaranthus spinosus, conhecido como caruru-de-espinho, apresentou maior valor do IVI no período de convivência de 63 DAE, com 105,68% (Tabela 10). Sendo este o maior índice de valor de importância encontrado, seguido por outra espécie do mesmo gênero, o Amaranthus hybridus, com IVI de 102,5% aos 7 DAE (Tabela 7). Outra espécie que foi encontrada em todos os períodos foi a Portulaca oleracea. De acordo com Lorenzi (2000), a beldroega (Portulaca oleracea) é uma espécie altamente prolífica e se adapta bem a solos férteis, o que pode explicar a presença dessas plantas na área. As espécies Blainvillea biaristata e Malvastrum coromandelianum, apesar dos valores expressivos dos índices de valor de importância, pouco se conhece a sua capacidade de causar danos à cultura. 57 Tabela 10 - Frequência relativa (FR), densidade relativa (DR), abundância relativa (AR) e índice de valor de importância (IVI) das espécies de plantas daninhas coletadas nos períodos de convivência de 53, 63 e 70 dias após a emergência (DAE) com a cultura do feijão-caupi, na área experimental da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, em Vitória da Conquista-BA, 2014. 56 DAE 63 DAE 70 DAE Espécies FR DR AR IVI FR DR AR IVI FR DR AR IVI ---------------%---------------- ---------------%----------- -------------%----------- Acanthospermum australe - - - - 0,4 0,1 1,2 1,7 - - - - Amaranthus hybridus var. paniculatus 1,6 0,9 3,2 5,7 2,9 2,6 7,4 12,9 5,4 3,3 5,3 14,0 Amaranthus retroflexus 6,5 3,2 2,9 12,6 8,8 1,9 1,8 12,5 3,6 0,7 1,8 6,1 Amaranthus spinosus 6,5 35,8 32,1 74,4 13,7 57,0 35,0 105,7 10,7 48,5 39,2 98,4 Bidens pilosa 1,6 0,4 1,3 3,3 - - - - 1,8 0,4 1,8 3,9 Blainvillea biaristata 11,3 8,1 4,1 23,5 9,8 5,2 4,5 19,4 5,4 2,2 3,5 11,1 Brachiaria brizantha 1,6 1,4 5,1 8,2 - - - - 1,8 0,4 1,8 3,9 Brachiaria plantaginea 20,2 23,3 6,7 50,1 18,6 8,3 3,8 30,7 21,4 13,5 5,5 40,4 Chenopodium album 1,6 0,9 3,2 5,7 2,9 0,6 1,6 5,0 1,8 1,1 5,3 8,2 Chenopodium carinatus - - - - 0,8 1,1 4,7 6,6 - - - - Commelina benghalensis 4,8 1,3 1,5 7,6 2,9 0,4 1,2 4,5 - - - - Crotalaria indica 0,8 0,4 2,6 3,7 - - - - - - - - Croto glandulosus - - - - 2,0 0,3 1,2 3,4 - - - - Cynodon dactylon 0,8 0,9 6,4 8,1 - - - - - - - - Digitaria horizantalis 2,4 1,3 3,0 6,7 2,0 0,6 2,3 4,8 - - - - Eleusine indica 0,8 0,2 1,3 2,3 - - - - - - - - Emilia sonchifolia 0,8 0,2 1,3 2,3 - - - - - - - - Herissantia crispa - - - - - - - - 1,8 0,4 1,8 3,9 Ipomoea triloba 2,4 1,6 3,9 7,9 2,0 1,9 8,2 12,1 3,6 1,1 2,7 7,3 60 Tabela 11 - Número de indivíduos por espécie de plantas daninhas coletadas nos períodos de controle de 0,7, 14, 21, 28, 35, 42 e 49 dias após a emergência (DAE) na cultura do feijão-caupi, cv. Noraera, na área experimental da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, em Vitória da Conquista, BA, 2014. Número de indivíduos por espécie Espécies Período de Controle (DAE) 0 7 14 21 28 35 42 49 Total Amaranthus hybridus * 225 81 10 2 57 35 13 8 431 Amaranthus retroflexus 27 2 - 5 5 20 3 - 62 Amaranthus spinosus 103 154 215 34 96 13 45 30 690 Amaranthus viridis - 3 - - - 4 - - 7 Bidens pilosa - 1 - - - - - - 1 Blainvillea biaristata 12 21 42 5 6 14 17 5 122 Brachiaria plantaginea 574 90 73 112 58 140 73 18 1138 Chenopodium album 1 5 - 1 4 6 - - 17 Commelina benghalensis 17 - - 5 4 4 4 - 34 Cynodon dactylon - - - - - 2 - - 2 Digitaria horizantalis 4 - - 1 - - 2 - 7 Diodia teres - 8 - - - - - - 8 Emilia sonchifolia - - - - - - 1 - 1 Gleusine indica - - - - 1 - - - 1 Gaia pilosa - - - - - - - 1 1 Ipomoea triloba 19 1 2 3 1 - - - 26 Malvastrum coromandelianum - 1 12 19 9 1 6 4 52 Panicum maximum - - - 4 - - 6 1 11 Parthenium hysterophorus L. - - - 1 - - - 4 5 Pavonia cancellata - - - - - - - 1 1 Portulaca oleracea 81 22 28 143 20 27 14 3 338 Ricinus communis 2 - - - - - - - 2 Senna obtusifolia 19 - 1 - 1 1 - 2 24 Sida rhombifolia - 5 5 4 4 - 18 - 36 Solanum americanum - - - 4 21 - 3 5 33 Total Geral 1084 394 388 343 287 267 205 82 3050 * var. Paniculatus 61 Os resultados para o período de controle na cultura do feijão seguiram o padrão do período de convivência, no qual a espécies Brachiaria plantaginea e o gênero Amaranthus spp. se destacaram quanto aos índices avaliados. Dentro do gênero Amaranthus, as espécies que apresentaram os maiores índices de valor de importância (IVI) foram Amaranthus spinosus e Amaranthus hybridus var. paniculatus. O Amaranthus spinosus apresentou o maior valor do IVI no período de convivência de 14 DAE, com 121,9%, enquanto o Amaranthus hybridus var. paniculatus atingiu um IVI de apenas 66,5% aos 35 DAE. O maior índices de valor de importância para Brachiaria plantaginea, no período de controle, foi aos 7 DAE, com 101,0%, sendo que, no período de convivência, o maior IVI foi aos 14 DAE, com 98,2 % (Tabela 7 e 12). Foi observado que, nos períodos de controles aos 14 DAE, não foi coletada nenhuma espécie de Amaranthus retroflexus, Chenopodium album, Digitaria horizantalis, Ricinus communis, Sida rhombifolia, Amaranthus viridis, Bidens pilosa, Diodia teres (Tabela 12). 62 Tabela 12 - Frequência relativa (FR), densidade relativa (DR), abundância relativa (AR) e índice de valor de importância (IVI) das espécies de plantas daninhas coletadas nos períodos de controle de 0, 7 e 14 dias após a emergência (DAE), com a cultura do feijão-caupi, na área experimental da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, em Vitória da Conquista-BA, 2014. 0 DAE 7 DAE 14 DAE Espécies FR DR AR IVI FR DR AR IVI FR DR AR IVI ---------------%-------------- ---------------%----------- -------------%------------- Amaranthus hybridus var. Paniculatus 8,5 20,8 20,5 49,7 5,3 20,6 33,3 59,1 5,3 2,6 7,1 14,9 Amaranthus retroflexus 5,1 2,5 4,1 11,7 2,6 0,5 1,6 4,8 - - - - Amaranthus spinosus 1,7 9,5 46,8 58,0 10,5 39,1 31,6 81,3 15,8 55,4 50,7 121,9 Amaranthus viridis - - - - 2,6 0,8 2,5 5,9 - - - - Bidens pilosa - - - - 2,6 0,3 0,8 3,7 - - - - Blainvillea biaristata 5,1 1,1 1,8 8,0 5,3 5,3 8,6 19,2 15,8 10,8 9,9 36,5 Brachiaria plantaginea 35,6 53,0 12,4 101,0 26,3 22,8 7,4 56,6 15,8 18,8 17,2 51,8 Chenopodium album 0,9 0,1 0,9 1,8 5,3 1,3 2,1 8,6 - - - - Commelina benghalensis 5,9 1,6 2,2 9,7 2,6 0,3 0,8 3,7 5,3 1,3 3,5 10,1 Digitaria horizantalis 1,7 0,4 1,8 3,9 - - - - - - - - Diodia teres - - - - 2,6 2,1 6,6 11,2 - - - - Ipomoea triloba 5,1 1,8 2,9 9,7 2,6 0,3 0,8 3,7 5,3 0,5 1,4 7,2 Malvastrum coromandelianum - - - - 2,6 2,0 6,6 11,2 15,8 3,1 2,8 21,7 Portulaca oleracea 22,0 7,5 2,8 32,3 26,3 5,6 1,8 33,7 15,8 7,2 6,6 29,6 Ricinus communis 0,9 0,2 1,8 2,9 - - - - - - - - Senna obtusifolia 7,6 1,8 1,9 11,3 5,3 1,3 2,1 8,6 5,3 0,3 0,7 6,2 Sida rhombifolia - - - - 5,3 1,3 2,1 8,6 - - - - Total 100 100 100 300 100 100 100 300 100 100 100 300 65 Para a espécie Gaia pilosa, foi encontrada, no final do ciclo do feijão- caupi, aos 42 DAE, apresentando os respectivos valores: FR de 4,8%, DR de 1,2%, AR de 2,4% e IVI de 8,3% (Tabela 14). Os índices de valores de AR aos 42 DAE e 49 DAE, para a espécie Amaranthus spinosus, foram de 37,8% e 35,2%, respectivamente. Esses índices mostram que essa espécie está presente em reboleiras nas áreas de controle. Quanto ao IVI, foram de 63,2% (42 DAE) e de 81,3% (49 DAE) (Tabela 14). Vale lembrar que o levantamento fitossociológico foi realizado até os 49 DAE, no grupo do controle, em razão da cultura estar com a parte aérea totalmente fechada (solo coberto pela parte área da cultura do feijoeiro). Tabela 14 - Frequência relativa (FR), densidade relativa (DR), abundância relativa (AR) e índice de valor de importância (IVI) das espécies de plantas daninhas coletadas nos períodos de controle de 42 e 49 dias após a emergência (DAE), com a cultura do feijão-caupi, na área experimental da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, em Vitória da Conquista-BA, 2014. 42 DAE 49 DAE Espécies FR DR AR IVI FR DR AR IVI ---------------%------------ ------------%----------- Amaranthus hybridus* 1,7 6,3 21,8 29,8 9,5 9,8 9,4 28,7 Amaranthus retroflexus 5,3 1,5 1,7 8,5 - - - - Amaranthus spinosus 3,5 22,0 37,8 63,3 9,5 36,6 35,2 81,3 Blainvillea biaristata 13,9 8,3 3,6 25,8 4,8 6,1 11,7 22,6 Brachiaria plantaginea 39,7 35,6 5,3 80,6 23,8 22,0 8,5 54,2 Commelina benghalensis 3,5 2,1 3,4 9,0 - - - - Digitaria horizantalis 1,7 1,0 3,3 6,1 - - - - Emilia sonchifolia 1,7 0,5 1,6 3,8 - - - - Gaia pilosa - - - - 4,8 1,2 2,4 8,3 Malvastrum coromandelianum 5,0 2,8 3,4 11,2 9,5 4,9 4,7 19,1 Panicum maximum 5,0 2,8 3,4 11,2 4,8 1,2 2,4 8,3 Parthenium hysterophus - - - - 4,8 4,9 9,4 19,0 Pavonia cancellata - - - - 4,8 1,2 2,4 8,3 Portulaca oleracea 8,6 6,8 4,7 20,1 9,5 3,7 3,5 16,7 Senna obtusifolia - - - - 4,8 2,4 4,7 11,9 Sida rhombifolia 6,9 8,8 7,6 23,3 - - - - Solanum americanum 3,5 1,5 2,4 7,4 9,5 6,1 5,9 21,5 Total 100 100 100 300 100 100 100 300 * var. paniculatus 66 4.4 Densidade total das plantas daninhas Observou-se, na área experimental, que no período de convivência as maiores densidade de plantas daninhas foram atingidas no período de 21 a 35 dias após a emergência (DAE), sendo que a máxima foi atingida aos 28 DAE, com 356 plantas m -2 , com segundo fluxo de emergência aos 63 DAE, com 178 plantas m -2 , decrescendo após este período e atingindo 106 plantas m -2 aos 70 dias DAE. Enquanto que na área ausente de plantas daninhas, até determinado período, as maiores densidade foram alcançadas no período de 0 DAE a 14 DAE, sendo a máxima aos 14 DAE, com 283 plantas m -2 . A partir dos 56 DAE, tanto a capina manual quanto o levantamento fitossociológico foram finalizados no período de controle (ausência de plantas daninhas), visto que a cultura do feijoeiro encontrava-se totalmente fechada (Figura 2). Figura 2 - Densidade total das plantas daninhas que compuseram a comunidade infestante em função dos períodos de convivência e controle com a cultura do feijão-caupi, cultivado em Vitória da Conquista-BA, UESB, 2014. 0 50 100 150 200 250 300 350 400 0 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 D en si d a d e t o ta l (m -2 ) Dias após a emergência Convivência Ausência 67 Estes resultados se diferem do encontrado por Benedetti e outros (2009), cuja densidade de plantas daninhas em resposta aos períodos de convivência atingiu seu valor máximo aos 15 DAE, com 422 plantas m -2 , e foi decrescendo após este período até atingir a uma população de 50 plantas m -2 . De acordo com Radosevich e Holt (1984), a não uniformidade no fluxo de emergência é característica de plantas daninhas. Os autores ainda relatam que, à medida que aumenta a densidade e o desenvolvimento das plantas daninhas, especialmente daquelas que germinaram e emergiram no início do ciclo de uma cultura, intensifica-se a competição interespecífica e intraespecífica, de modo que as plantas daninhas mais altas e desenvolvidas tornam-se dominantes, ao passo que as menores são suprimidas e até chegam a morrer. 4.5 Densidade das principais plantas daninhas As espécies observadas na área de convivência com maior densidade foram Brachiaria plantaginea, com 33 plantas m -2 (7 DAE); Amaranthus hybridus var. paniculatus, com 72 plantas m -2 (7 DAE); e Amaranthus spinosus, com 66 plantas m -2 (21 DAE); e também com um segundo fluxo de emergência aos 63 DAE, com 60 plantas m -2 ( Figura 2). 70 A alta densidade de plantas do gênero Amaranthus pode ser explicada pelo fato da planta ter ciclo bastante curto, variável entre 60-70 dias, para a espécie ter uma boa germinação. Nos meses de maio a agosto, praticamente não há germinação de Amaranthus spp., em virtude da espécie necessitar de temperaturas médias de 20°C para uma boa germinação e desenvolvimento da cultura. Vale enfatizar que a germinação inicia-se nos meses de setembro e outubro e se prolonga até o mês de março. Dessa maneira, nos meses de novembro, dezembro e janeiro, dá-se a máxima infestação de Amaranthus. Nestes meses, tem-se igualmente o máximo desenvolvimento vegetativo de diversas culturas anuais de grande importância econômica, como amendoim, algodão, feijão e, por esta razão, as espécies são bastante prejudiciais a essas culturas nesse período do ano (LEITÃO FILHO, 1968). Para Aguyoh e Masiunas (2003), a alta competitividade das plantas daninhas do gênero Amaranthus pode estar relacionada com o ciclo C4 de assimilação de carbono, proporcionando velocidade no tempo de germinação e no crescimento da espécie e elevada densidade de infestação. Bressanin e outros (2013), trabalhando com adubação nitrogenada sobre a interferência de plantas daninhas em feijoeiro (cultivar „Rubi‟), observaram que as maiores densidades foram representadas por A. deflexus, com 51 plantas m -2 , aos 20 DAE; E. indica, com 33 plantas m -2 , aos 10 DAE; e A. deflexus, com 131 plantas m -2 , aos 20 DAE; e E. indica, com 40 plantas m -2 (Figura 4). 71 5. CONCLUSÕES Foram catalogadas, nos dois grupos, 45 espécies distribuídas em 15 famílias, totalizando 12.865 indivíduos. O maior número de espécies encontradas foi da família Poaceae, Amaranthaceae e Asteraceae. As espécies que predominaram na área foram: Brachiaria plantaginea, Amaranthus hybridus var. paniculatus e Amaranthus spinosus, Blainvillea biaristata, Portulaca oleracea e Malvastrum coromandelianum. 72 REFERÊNCIAS AGUYOH, J. N; MASIUNAS, J.B. Interference of redroot pigweed (Amaranthus retroflexus) with snap beans. Weed Science, 51:202-207.2003. ALBERTINO, S. M. F.; SILVA, J. F.; PARENTE, R. 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Espécies 35 DAE 42 DAE NQ F D A NQ F D A Amaranthus hybridus* 1 0,02 0,02 1,00 5 0,11 1,02 9,0 Amaranthus retroflexus 15 0,34 4,52 13,27 8 0,18 1,77 9,75 Amaranthus spinosus 8 0,18 4,32 23,75 13 0,30 5,64 19,1 Amaranthus viridis 3 0,07 0,20 3,00 2 0,05 0,14 3,0 Bidens pilosa - - - - 2 0,05 0,05 1,00 Blainvillea biaristata 19 0,43 3,09 7,16 21 0,48 2,02 4,2 Brachiaria plantaginea 36 0,82 10,45 12,78 25 0,57 4,41 7,8 Chenopodium album 10 0,23 0,68 3,00 4 0,09 0,27 3,00 Commelina benghalensis 5 0,11 0,36 3,20 8 0,18 0,23 1,25 Crotalaria indica 1 0,02 0,02 1,00 - - - - Cynodon dactylon 2 0,05 0,14 3,00 1 0,02 0,09 4,0 Digitaria horizantalis - - - - 1 0,02 0,02 1,00 Emilia sonchifolia 1 0,02 0,02 1,00 1 0,02 0,02 1,0 Ipomoea triloba 3 0,07 0,14 2,00 3 0,07 0,09 1,3 Malvastrum coromandelianum 17 0,39 1,25 3,24 18 0,41 0,80 1,94 Mollugo verticillata 2 0,05 1,14 25,00 1 0,02 0,05 2,0 Parthenium hysterophorus - - - - 3 0,07 0,18 2,7 Pavonia cancellata 1 0,02 0,05 2,00 2 0,05 0,07 1,50 Pavonia sidifolia - - - - 1 0,02 0,02 1,00 Physalia angulata - - - - 1 0,02 0,05 2,00 Portulaca oleracea 29 0,66 3,52 5,34 16 0,36 2,05 5,6 Senna obtusifolia 2 0,05 0,07 1,50 3 0,07 0,07 1,0 Senna qizzini - - - - 1 0,02 0,02 1,00 Sida rhombifolia 5 0,11 0,11 1,00 - - - - Sida rhombifolia - - - - 12 0,27 0,45 1,7 Sida spinosa - - - - 2 0,05 0,05 1,0 Solanum americanum - - - - 5 0,11 0,61 5,40 Sorghum halepense - - - - 1 0,02 0,02 1,00 Total Geral - 3,64 30,11 112,23 - 3,64 20,20 93,21 *var. Paniculatus 86 Apêndice D - Número de quadrados com a presença da espécie (NQ), frequência (F), densidade (D) e abundância (A) das espécies de plantas daninhas coletadas nos períodos de convivência de 49 e 56 dias após a emergência (DAE), com a cultura do feijão-caupi. Vitória da Conquista-BA, UESB, 2014. Espécies 42 DAE 56 DAE NQ F D A NQ F D A Amaranthus hybridus 2 0,05 0,27 6,00 2 0,05 0,11 2,50 Amaranthus retroflexus 3 0,07 0,20 3,00 8 0,18 0,41 2,25 Amaranthus spinosus 3 0,07 1,05 15,33 8 0,18 4,55 25,00 Bidens pilosa 1 0,02 0,02 1,00 2 0,05 0,05 1,00 Blainvillea biaristata 13 0,30 1,02 3,46 14 0,32 1,02 3,21 Brachiaria brizantha 2 0,05 0,18 4,00 Brachiaria plantaginea 21 0,48 4,36 9,14 25 0,57 2,95 5,20 Chamaecrista rotundifolia 1 0,02 0,05 2,00 Chenopodium album 2 0,05 0,14 3,00 2 0,05 0,11 2,50 Commelina benghalensis 7 0,16 0,27 1,71 6 0,14 0,16 1,17 Crotalaria indica 1 0,02 0,05 2,00 Cynodon dactylon 2 0,05 0,23 5,00 1 0,02 0,11 5,00 Desmodium adscendentes 1 0,02 0,02 1,00 Digitaria horizantalis 1 0,02 0,02 1,00 3 0,07 0,16 2,33 Eleusine indica 1 0,02 0,02 1,00 Emilia sonchifolia 1 0,02 0,02 1,00 1 0,02 0,02 1,00 Ipomoea triloba 3 0,07 0,20 3,00 Malvastrum coromandelianum 10 0,23 0,66 2,90 14 0,32 0,45 1,43 Mollugo verticillata 2 0,05 0,32 7,00 1 0,02 0,02 1,00 Panicum maximum 5 0,11 0,18 1,60 Parthenium hysterophorus 1 0,02 0,02 1,00 Pavonia sidifolia 1 0,02 0,02 1,00 Portulaca oleracea 13 0,30 1,32 4,5 9 0,20 0,68 3,33 Senna obtusifolia 2 0,05 0,11 2,5 4 0,09 0,25 2,75 Sida cordifolia 2 0,05 0,05 1,00 Sida rhombifolia 2 0,05 0,05 1,00 9 0,20 0,36 1,78 Solanum americanum 6 0,14 0,52 3,83 6 0,14 0,75 5,50 Total Geral _- 2,27 10,89 77,95 - 2,82 12,68 77,95 *var. Paniculatus 87 Apêndice E - Número de quadrados com a presença da espécie (NQ), frequência (F), densidade (D) e abundância (A) das espécies de plantas daninhas coletadas nos períodos de convivência de 63 e 70 dias após a emergência (DAE), com a cultura do feijão-caupi. Vitória da Conquista-BA, UESB, 2014. Espécies 63 DAE 70 DAE NQ F D A NQ F D A Acanthospermum australe 1 0,01 0,02 1,00 - - - - Amaranthus hybridus * 3 0,07 0,43 6,33 3 0,07 0,20 3,00 Amaranthus retroflexus 9 0,20 0,32 1,56 2 0,05 0,05 1,00 Amaranthus spinosus 14 0,32 9,50 29,86 6 0,14 3,02 22,17 Bidens pilosa - - - - 1 0,02 0,02 1,00 Blainvillea biaristata 10 0,23 0,86 3,80 3 0,07 0,14 2,00 Brachiaria brizantha - - - - 1 0,02 0,02 1,00 Brachiaria plantaginea 19 0,43 1,39 3,21 12 0,27 0,84 3,08 Chenopodium album 3 0,07 0,09 1,33 1 0,02 0,07 3,00 Chenopodium carinatus 2 0,02 0,18 4,00 - - - - Commelina benghalensis 3 0,07 0,07 1,00 - - - - Herissantia crispa - - - - 1 0,02 0,02 1,00 Croto glandulosus 2 0,05 0,05 1,00 - - - - Digitaria horizantalis 2 0,05 0,09 2,00 - - - - Ipomoea triloba 2 0,05 0,32 7,00 2 0,05 0,07 1,50 Malvastrum coromandelianum 10 0,09 0,61 2,70 7 0,16 0,95 6,00 Panicum maximum 8 0,08 0,18 1,00 1 0,02 0,02 1,00 Parthenium hysterophus 4 0,04 0,73 8,00 2 0,05 0,07 1,50 Pavonia cancellata 5 0,05 0,11 1,00 1 0,02 0,09 4,00 Portulaca oleracea 13 0,30 1,09 3,69 7 0,16 0,43 2,71 Rhynchelytrum repens 1 0,01 0,02 1,00 - - - - Ricinus communis 1 0,01 0,02 1,00 - - - - Senna obtusifolia 1 0,02 0,02 1,00 1 0,02 0,02 1,00 Sida rhombifolia 5 0,11 0,20 1,80 - - - - Solanum americanum 7 0,07 0,34 2,14 5 0,11 0,18 1,60 Total Geral - 2,32 16,66 85,43 - 1,27 6,23 56,56 *var. Paniculatus 90 Apêndice H - Número de quadrados com a presença da espécie (NQ), frequência (F), densidade (D) e abundância (A) das espécies de plantas daninhas coletadas nos períodos de controle de 28 e 35 dias após a emergência (DAE), com a cultura do feijão-caupi. Vitória da Conquista-BA, UESB, 2014. Espécies 28 DAE 35 DAE NQ F D A NQ F D A Amaranthus hybridus * 3 0,07 1,30 19,00 1 0,02 0,80 35,00 Amaranthus retroflexus 4 0,09 0,11 1,25 6 0,14 0,45 3,33 Amaranthus spinosus 5 0,11 2,18 19,20 4 0,09 0,30 3,25 Amaranthus viridis - - - - 3 0,07 0,09 1,33 Blainvillea biaristata 4 0,09 0,14 1,50 5 0,11 0,32 2,80 Brachiaria plantaginea 14 0,32 1,32 4,14 13 0,30 3,18 10,77 Chenopodium album 1 0,02 0,09 4,00 2 0,05 0,14 3,00 Commelina benghalensis 2 0,05 0,09 2,00 2 0,05 0,09 2,00 Cynodon dactylon - - - - 1 0,02 0,05 2,00 Gleusine indica 1 0,02 0,02 1,00 - - - - Ipomoea triloba 1 0,02 0,02 1,00 - - - - Malvastrum coromandelianum 4 0,09 0,20 2,25 1 0,02 0,02 1,00 Portulaca oleracea 9 0,20 0,45 2,22 10 0,23 0,61 2,70 Senna obtusifolia 1 0,02 0,02 1,00 1 0,02 0,02 1,00 Sida rhombifolia 4 0,09 0,09 1,00 - - - - Solanum americanum 3 0,07 0,48 7,00 - - - - Total Geral - 1,27 6,52 66,57 - 1,11 6,07 68,19 * var. Paniculatus 91 Apêndice I - Número de quadrados com a presença da espécie (NQ), frequência (F), densidade (D) e abundância (A) das espécies de plantas daninhas coletadas nos períodos de controle de 42 e 49 dias após a emergência (DAE), com a cultura do feijão-caupi. Vitória da Conquista-BA, UESB, 2014. Espécies 42 DAE 49 DAE NQ F D A NQ F D A Amaranthus hybridus * 1 0,02 0,30 13,00 2 0,05 0,18 4,00 Amaranthus retroflexus 3 0,07 0,07 1,00 - - - - Amaranthus spinosus 2 0,05 1,02 22,50 2 0,05 0,68 15,00 Blainvillea biaristata 8 0,18 0,39 2,13 1 0,02 0,11 5,00 Brachiaria plantaginea 23 0,52 1,66 3,17 5 0,11 0,41 3,60 Commelina benghalensis 2 0,05 0,09 2,00 - - - - Digitaria horizantalis 1 0,02 0,05 2,00 - - - - Emilia sonchifolia 1 0,02 0,02 1,00 - - - - Gaia pilosa - - - - 1 0,02 0,02 1,00 Malvastrum coromandelianum - - - - 2 0,05 0,09 2,00 Malvastrum coromandelianum 3 0,07 0,14 2,00 - - - - Panicum maximum 3 0,07 0,14 2,00 1 0,02 0,02 1,00 Parthenium hysterophus - - - - 1 0,02 0,09 4,00 Pavonia cancellata - - - - 1 0,02 0,02 1,00 Portulaca oleracea 5 0,11 0,32 2,80 2 0,05 0,07 1,50 Sida rhombifolia 4 0,09 0,41 4,50 1 0,02 0,05 2,00 Solanum americanum 2 0,05 0,07 1,50 2 0,05 0,11 2,50 Total Geral - 1,32 4,66 59,60 - 0,48 1,86 42,6 * var. Paniculatus
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