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Guias e Dicas
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Trabalho natureza e propriedade do solo, Trabalhos de Engenharia Agronômica

IMPACTOS DAS ATIVIDADES ANTRÓPICAS SOBRE O MEIO AMBIENTE

Tipologia: Trabalhos

2017

Compartilhado em 14/05/2017

carlos-luiz-vieira
carlos-luiz-vieira 🇧🇷

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Pré-visualização parcial do texto

Baixe Trabalho natureza e propriedade do solo e outras Trabalhos em PDF para Engenharia Agronômica, somente na Docsity! GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE CÁCERES DEPARTAMENTO DE AGRONOMIA “IMPACTOS DAS ATIVIDADES ANTRÓPICAS SOBRE O MEIO AMBIENTE” Aryane L. Ahy Ribeiro Carlos Luiz Vieira Rafael Morais da Silva Cáceres/MT 2017/01 GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE CÁCERES DEPARTAMENTO DE AGRONOMIA “IMPACTOS DAS ATIVIDADES ANTRÓPICAS SOBRE O MEIO AMBIENTE” NATUREZA E PROPRIEDADES DO SOLO Trabalho apresentada para a disciplina de natureza e propriedade do solo no curso de Agronomia, da Universidade do Estado de Mato Grosso. Prof. Eurípedes Maximiano Arantes Cáceres/MT 2017/01 5 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Mineração A atividade mineradora consiste na extração de riquezas minerais dos solos e das formações rochosas que compõem a estrutura terrestre. Trata-se, assim, de uma das mais importantes atividades econômicas tanto no Brasil como em todo o mundo, com destaque para o petróleo e o carvão mineral. No entanto, é preciso ressaltar que essa prática costuma gerar sérios danos ao meio ambiente. Os impactos ambientais da mineração são diversos e apresentam-se em diversas escalas: desde problemas locais específicos até alterações biológicas, geomorfológicas, hídricas e atmosféricas de grandes proporções. Portanto, conhecer esses problemas causados e a minimização de seus efeitos é de grande necessidade para garantir a preservação dos ambientes naturais. Entre as principais alterações nas paisagens e os impactos gerados pela mineração, podemos destacar:  Remoção da vegetação em todas as áreas de extração;  Poluição dos recursos hídricos (superficiais e subterrâneos) pelos produtos químicos utilizados na extração de minérios;  Contaminação dos solos por elementos tóxicos;  Proliferação de processos erosivos, sobretudo em minas antigas ou desativadas que não foram reparadas pelas empresas mineradoras;  Sedimentação e poluição de rios pelo descarte indevido do material produzido não aproveitado (rochas, minerais e equipamentos danificados);  Poluição do ar a partir da queima ao ar livre de mercúrio (muito utilizado na extração de vários tipos de minérios);  Mortandade de peixes em áreas de rios poluídos pelos elementos químicos oriundos de minas;  Evasão forçada de animais silvestres previamente existentes na área de extração mineral;  Poluição sonora gerada em ambientes e cidades localizados no entorno das instalações, embora a legislação vigente limite a extração mineral em áreas urbanas atualmente; 6  Contaminação de águas superficiais (doce e salgada) pelo vazamento direto dos minerais extraídos ou seus componentes, tais como o petróleo. Diversos estudos ambientais indicam que muitos dos materiais gerados pela mineração são rejeitos, estes muitas vezes erroneamente descartados. Na produção de ouro, por exemplo, 99,9% de todo material produzido não é aproveitado, sendo muitas vezes depositado de forma deliberada no leito de rios ou em áreas onde as águas das chuvas escoam para a sedimentação de cursos d’água. Na extração de cobre, por sua vez, menos de 1% do que é extraído costuma ser devidamente aproveitado, ao passo que o restante é lixo. A contaminação por compostos químicos, com destaque para o mercúrio, também é um dos principais danos ambientais provocados pela mineração. Esses compostos são utilizados para a separação de misturas, retirada dos minerais e catalização de reações. Após o processo, costumam ser descartado, o que ocorre muitas vezes de maneira indevida, principalmente em localidades de limitada fiscalização. 2.2 Urbanização De modo geral é nas grandes cidades que se manifestam os maiores problemas ambiental, muito mais frequentemente que no meio rural ou nas pequenas cidades. Os problemas que surgem nos grandes centros urbanos trazem muitas consequências que interferem no meio ambiente de todo o planeta, afetando a flora, a fauna, o clima o relevo e a hidrologia. Os ambientalistas buscaram s causas dos grandes problemas ambientais que enfrentamos hoje, e encontraram na urbanização e na formação dos grandes centros urbanos a base de alguns dos mais importantes impactos ambientais do mundo contemporâneo. Diversas ciências estudam a urbanização de acordo com as formas como ela se processa, a antropologia, a geografia e a sociologia, cada uma propondo uma abordagem acerca do problema do crescimento dos assentamentos urbanos. Assim a urbanização pode ser considerada um processo em que uma determinada localidade sofre uma transformação, perdendo suas características rurais e ganhando características urbanas, essa transformação está usualmente associada ao desenvolvimento da tecnologia e da civilização. Sob a perspectiva demográfica podemos dizer que a urbanização acontece quando há o deslocamento em massa das populações rurais com 7 destinos a agrupamentos urbanos. Outro conceito aplicado ao termo urbanização é a ação de dotar uma determinada área de infraestrutura, ou seja, equipamentos e serviços destinados a garantir a qualidade de vida da população, como transportes, esgotos, saúde, educação, água, eletricidade, etc. 2.3 Produção de energia elétrica A geração de energia elétrica sempre provoca algum efeito na natureza, mas cada processo tem suas particularidades muitas dessas formas de energia ainda são questões a serem discutidas por terem vantagens e desvantagens dos principais tipos de usinas disponíveis, levando em conta não só a questão ambiental, mas também os custos e a viabilidade de cada técnica. 2.3.1 Hidrelétrica Mais de 80% da energia gerada no Brasil vem de usinas hidroelétricas. Essa energia é gerada pela correnteza dos rios, que faz girar turbinas instaladas em quedas d’água. De modo geral, a tecnologia é considerada limpa, uma vez que praticamente não emite gases de efeito estufa, que fortalecem o aquecimento global. O grande problema ambiental – e também social – causado pelas hidroelétricas é a necessidade de represar os rios. Vastas regiões são alagadas, o que provoca não só a retirada das populações humanas do local, como alterações no ecossistema. Contudo, isso torna a geração mais dependente do volume de água e, portanto, exige que haja outras fontes de energia para garantir o abastecimento constante. 2.4 Agropecuária O principal aspecto ambiental da atividade agropecuária é a modificação da forma de uso e ocupação do solo. As atividades agropecuárias são muito importantes para a humanidade, pois estão diretamente relacionadas à produção de alimentos, assim, são geradoras de inúmeros impactos ambientais positivos, como, por exemplo, desenvolvimento regional. No entanto, existem impactos ambientais negativos decorrentes destas atividades, 10 água potável, tanto no meio rural como nos centros urbanos. A contaminação de rios e córregos é mais rápida e acontece imediatamente após a aplicação da água na irrigação por superfície, ou seja, por sulco, faixa e inundação. No Brasil, tem-se verificado sérios problemas devido à aplicação de herbicidas na irrigação por inundação do arroz, uma vez que parte da vazão aplicada sempre circula pelos tabuleiros e retorna aos córregos. É inerente ao método de irrigação por sulco, o escoamento, no seu final, de parte da vazão aplicada no início do sulco. Essa vazão que escoa no final dos sulcos traz sedimentos (em virtude da erosão no início do sulco), fertilizantes, defensivos 8 e herbicidas. No final da parcela, ela é coletada pelo dreno que a conduz aos córregos. A contaminação de rios e córregos também pode ocorrer de um modo pouco mais lento, por meio do lençol freático subsuperficial que arrasta os elementos citados, exceto os sedimentos. Essa contaminação pode ser agravada se, no perfil do solo irrigado, houver sais solúveis, já que a água que se movimenta no perfil do solo arrasta tanto os sais trazidos para a área irrigada pela água de irrigação como os sais dissolvidos no perfil do solo. 2.5 Resíduos e fluidos agroindustriais Resíduos agroindustriais O Brasil apresenta grande potencial agrícola, o que implica na geração de um volume de resíduos que, na maioria das vezes, é simplesmente descartado, fato que também pode justificar um desequilíbrio ambiental. Os resíduos agroindustriais são gerados no processamento de alimentos, fibras, couro, madeira, produção de açúcar e álcool, dentre outros, nos quais a 21 produções, geralmente, é condicionada pela maturidade da cultura ou oferta da matéria-prima. Nos últimos anos, inúmeras investigações foram reportadas utilizando resíduos industriais ou agrícolas como adsorventes e os dados mostram que os mesmos apresentam capacidade de adsorção bastante relevante. Desse modo, a utilização desses resíduos agrícolas como materiais adsorventes permite agregar valor aos resíduos gerados. Dentre eles, pode-se destacar a utilização de casca de laranja, casca de banana, sementes de ameixa, bagaço da maçã, palha de trigo, serragem, fibra de coco, cana de açúcar e pó de bambu, dentre outros. Tais materiais são constituídos, principalmente, por macromoléculas, como substâncias húmicas, lignina, celulose, hemicelulósica, proteínas e pectina, constituídas, principalmente, por grupos funcionais, tais como tiol (-SH), sulfato (-OSO3H), 11 carbonila (C=O), carboxil (-COOH), amina (-NH2), amida (- CONH2), hidroxil (-OH) e fosfato (-OPO3H2), entre outros que são definidos como os principais sítios ativos para adsorção. 2.6 Mecanização A mecanização é o uso de ferramentas para substituir o trabalho dos seres humanos e também se pode referir ao uso delas para auxiliar uma operação humana. A mecanização também levou o desemprego aos trabalhadores rurais, visto que a mão de obra foi substituída por máquinas como tratores, colheitadeiras, semeadeiras e outras, que faziam o trabalho de muitos lavradores. A mecanização no campo está modificando as relações de trabalho no agronegócio brasileiro. O trabalhador rural, antes contratado para fazer o plantio e colheita manual de culturas como a cana-de-açúcar, café e algodão, agora está controlando máquinas. O antigo boia-fria troca também o campo pelo trabalho na cidade, em setores como a construção civil. Para especialistas, o crescimento econômico que amplia a produção tem compensado os impactos da tecnologia no emprego, em que uma única máquina pode substituir 100 ou mais trabalhadores, as vendas de máquinas agrícolas no país são um termômetro da transformação no campo. O número mais que dobrou nos últimos sete anos. Seja no cultivo para exportação ou para consumo nacional, as grandes lavouras de grãos – soja, milho e feijão – já são 100% mecanizadas. Outras culturas, como a cana-de-açúcar e o café, avançam a passos rápidos em direção às máquinas, que criam escala e potencializam o lucro. Até mesmo a fruticultura já experimenta a colheita sem as mãos do homem. Sem a mecanização, tratores, máquinas agrícolas e etc., as atuais produções em grande escala seriam virtualmente impossíveis, pois com o trabalho manual, mesmo com grande quantidade de mão de obra, a qualidade e a quantidade da produção agrícola estariam definitivamente comprometidas. A mecanização ajuda o produtor agrícola a preparar o solo para a plantação, fazer a manutenção das lavouras, transforma o processo de plantio e colheita em operações rápidas e eficientes, sem falar em uma dezena de outras aplicações. 12 2.7 Desmatamento Atualmente todas as formações vegetais, em maior ou menor grau, encontram- se modificadas pela ação humana. Isso ocorreu principalmente por causa das atividades agropecuárias e pelos impactos causados pela industrialização e urbanização. Em muitos casos, sobram apenas algumas manchas em que a vegetação original é encontrada, nos quais, embora com pequenas alterações, ainda preserva suas características principais. A primeira consequência do desmatamento é o comprometimento da biodiversidade, por causa da diminuição ou, mesmo, da extinção de espécies vegetais e animais. As florestas tropicais tem uma enorme biodiversidade e, por isso, possuem um valor incalculável. Muitas espécies, hoje ainda desconhecidas da sociedade urbano-industrial, podem vir a ser a solução para a cura de doenças e poderão ser usadas na alimentação ou como matérias primas. Com o desmatamento, há o risco de essas espécies serem destruídas antes de serem descobertas e estudadas. No Brasil, os incêndios ou queimadas de florestas, que consomem uma quantidade incalculável de biomassa todos os anos, são provocados para o desenvolvimento de atividades agropecuárias, muitas vezes em grandes projetos que recebem incentivos governamentais e, portanto, sob o amparo da lei. Podem também ser resultado de práticas criminosas ou ainda de acidentes, inclusive naturais. A devastação já ocorrida deve-se basicamente a fatores econômicos tanto na Amazônia quanto nas florestas africanas e nas do Sul e Sudeste Asiático. Suas principais causas são: - Extração de madeira; - Instalação de projetos agropecuários; - Implantação de projetos de mineração; - Instalação ou expansão de garimpos; - Construção de usinas hidrelétricas; - Incêndios; - Queimadas (técnica de cultivo tradicional).
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