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Guias e Dicas
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Desenho Mecânico I. Prof. Fernando, Notas de estudo de Engenharia Mecânica

Desenho Mecânico I. Prof. Fernando

Tipologia: Notas de estudo

2016
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Baixe Desenho Mecânico I. Prof. Fernando e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Mecânica, somente na Docsity! Desenho Mecânico I Prof. Fernando C1 C4 C3 C2O1 O2 T1 T2 t1 t2 Capítulo 01 seo OS “e o 9 Tangência Concordân 7 - Tangência interna entre circunferências e um arco com raio definido - r3. 9 - Tangência interna e externa entre circunferências e um arco com raio definido - r3. 8 - Tangência externa entre circunferências e um arco com raio definido - r3. O1 O1 O1 O1 C = r1 1 C1 C1 C = r3 3r1 + C = r3 1r3 - C = r4 3r2 + C = r4 2r3 - C =2 r2 C =2 r2 C2 C2 O2 O2 O2 O2 O1 C1 C3 C4 C2 O2 O1 O2 I O1 I C1 C3 C4 C2 O2 O1 O1 C = r1 1 C1 C = r3 1r3 + C = r4 2r3 - C =2 r2 C2 O2 O2 I O1 C1 C = r3 1r3 + C = r4 2r3 - C2 O2 1-3 * O objetivo aqui é fazer arcos tangenciarem circunferências de diversas maneiras Arbitrar Arbitrar 10 - Levantar uma perpendicular na extremidade de uma reta. 11 - Dividir uma reta ao meio e traçar uma perpendicular. 12 - Traçar a bissetriz de um ângulo. A B C E D A A A B B B P 0 P P’ P’ C1 C1 A A P B B0 C2 C3 13 - Dividir um ângulo reto em três partes iguais CB C1 A CB C1 C3 C2 A CB 1-4 15 - Traçar uma tangente por um ponto dado sobre uma circunferência. 14 - Construir um triângulo equilátero dado um lado AB. 16 - De um ponto dado fora da circunferência, traçar tangentes e sua circunferência. BA O O O B C P P P P P A O P 17 - Dividir uma circunferência em 3 e 6 partes iguais. 1-5 Desenho Mecânico I Prof. Fernando Escrita em desenho técnico (NBR 8402) O objetivo da norma NBR 8402 é fixar as condições exigíveis para a escrita usada em desenhos técnicos e documentos semelhantes. As principais exigências na escrita em desenhos técnicos são: a) legibilidade; b) uniformidade; C) adequação à microfilmagem e a outros processos de reprodução. Tabela - Proporcões e dimensões de símbolos gráficos Exemplo de escrita vertical Exemplo de escrita inclinada 2-1 Exercício de Caligrafia Técnica ABCDEF G HI J KL M NO PQ RST UVW XYZ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Ø ABCDEF G HI J KL M NO PQ RST UVW XYZ0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Ø a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v wx y z a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v wx y z Desenho Mecânico I Prof. Fernando 2-2 Margem Formato Dimensões Esquerda Outras Comprimento Espessura linhas da margem A0 841x1189 25 10 175 1,4 A1 594x841 25 10 175 1,0 A2 420x594 25 7 178 0,7 A3 297x420 25 7 178 0,7 A4 210x297 25 7 178 0,7 A legenda deve ficar no canto inferior direito nos formatos A3,A2, A1 e A0, ou ao longo da largura da folha de desenho no formato A4. A legenda consiste basicamente de : 1 - título do desenho 2 - número 3 - escala 4 - logo da empresa/instituição 5 - data e nome 6 - descrição dos componentes: - quantidade - denominação - peça - material, normas, dimensões Disposição da folha para desenho técnico (NBR 10582) Legenda A2 A4 A0 A1 A3 Folhas de desenho (NBR 10068) Desenho Mecânico I Prof. Fernando 2-3 Dobramento de folhas na orientação “retrato” Dobramento de folha (NBR 13142) Desenho Mecânico I Prof. Fernando 2-6 Tipos de linhas (NBR 8403) Tipo de linhas Descrição Aplicações Desenho Mecânico I Prof. Fernando 2-7 Escala (NBR 8196) Para os efeitos desta Norma aplicam-se as definições da NBR 10647. A designação completa de uma escala deve consistir na palavra “ESCALA”, seguida da indicação da relação: a) ESCALA 1:1, para escala natural; b) ESCALA X:1, para escala de ampliação (X > 1); c) ESCALA 1:X, para escala de redução (X > 1). - O valor de “X” deve ser conforme especificado na tabela. - A palavra “ESCALA” pode ser abreviada na forma “ESC.” - A escala deve ser indicada na legenda da folha de desenho. - Quando for necessário o uso de mais de uma escala na folha de desenho, além da escala geral, estas devem estar indicadas junto à identificação do detalhe ou vista a que se referem; na legenda, deve constar a escala geral. - A escala a ser escolhida para um desenho depende da complexidade do objeto ou elemento a ser representado e da finalidade da representação. Em todos os casos, a escala selecionada deve ser suficiente para permitir uma interpretação fácil e clara da informação representada. A escala e o tamanho do objeto ou elemento em questão são parâmetros para a escolha do formato da folha de desenho. O objetivo da norma NBR 8196 é fixar as condições exigíveis para o emprego de escalas e suas designações em desenhos técnicos. Escalas padronizadas para desenho técnico Redução Natural Ampliação 1:2 1:5 1:10 1:20 1:100 1:200 1:500 1:1000 2:1 5:1 10:1 20:1 100:1 200:1 500:1 1000:1 1:1 44 3 5 Esc. 1:1 44 3 5 Esc. 1:2 Esc. 5:1 13 6 0 º 7 Esc. 1:1 60º 13 7 Escala de redução Desenho em Escala Natural 1:1 Escala de ampliação Desenho Mecânico I Prof. Fernando 2-8 Perspectiva Isométrica Cada tipo de perspectiva (Cônica, Cavaleira e Isométrica) mostra o objeto de um jeito. A perspectiva isométrica é a que dá a idéia menos deformada do objeto pois mantém as mesmas proporções do comprimento, da largura e da altura do objeto representado. Exemplos de representações em perspectiva isométrica Ângulos de desenho 30º Desenhando perspectivas isométricas com esquadros Desenho Mecânico I Prof. Fernando 3-2 1ª fase - Trace a perspectiva isométrica do círculo na face superior e marque um ponto A no cruzamento das linhas que dividem o quadrado auxiliar. 2ª fase - A partir do ponto A, trace a perpendicular AB. 3ª fase - Ligue o ponto B ao círculo por meio de duas linhas conforme imagem abaixo. 4ª fase - Apague as linhas de construção e reforce o contorno do cone. 1ª fase - Trace o prisma auxiliar respeitando o comprimento, a largura e a altura aproximados do prisma com elementos arredondados. 3ª fase - Trace os semicírculos que determinam os elementos arredondados, na face anterior e na face posterior do modelo. 4ª fase - Apague as linhas de construção e reforce o contorno do traçado. 2ª fase - Marque, na face anterior e na face posterior, os semiquadrados que auxiliam o traçado dos semicírculos. Exemplos de desenhos isométricos utilizando papel reticulado Cone Peça prismática Perspectiva isométrica Desenho Mecânico I Prof. Fernando 3-3 1 Desenho Mecânico I Prof. Fernando 3-4 4 Desenho Mecânico I Prof. Fernando 3-7 Projeção Ortogonal Capítulo 04 Diedros Projeção Ortogonal Um objeto quando representado em perspectiva isométrica apresentam certa deformação, isto é, não são mostradas em verdadeira grandeza, apesar de conservarem as mesmas proporções do comprimento, da largura e da altura do objeto. Além disso, a representação em perspectiva isométrica nem sempre mostra claramente os detalhes internos da peça. Na indústria, em geral, os desenhos não são representados em perspectiva, mas sim em projeção ortogonal. A projeção ortogonal é uma forma de representar graficamente objetos tridimensionais em superfícies planas, de modo a transmitir suas características com precisão e demonstrar sua verdadeira grandeza. Em qualquer tipo de projeção, os elementos fundamentais são: o Ponto de observação, as linhas projetantes, o plano de projeção e o objeto real imaginário a ser representado (ver figura abaixo). Ponto de observação Pla no de pro jeç ão Linhas projetantes Ob jeto A representação por quadrantes ou Diedros divide o espaço em quatro regiões. Cada diedro é a região limitada por dois semiplanos perpendiculares entre Si. Atualmente, a maioria dos países que utilizam o método de representação por diedros adotam a projeção ortogonal no 1º diedro. No Brasil, a ABNT recomenda a representação no 1º diedro. Entretanto, alguns países, como por exemplo os Estados Unidos e o Canadá, representam seus desenhos técnicos no 3º diedro. No Diedro o objeto se situa entre o observador e o plano de projeção. No 3 Diedro o plano de projeção se situa entre o objeto e o observador. É importante observar em que diedro esta representado o desenho para evitar o risco de interpretar errado as características do objeto. 1º º Este símbolo indica que o desenho técnico está representado no 1º diedro. Este símbolo aparece no canto inferior direito da folha de papel dos desenhos técnicos, dentro da Legenda. Quando o desenho técnico estiver representado no 3º diedro, você verá este outro símbolo: Desenho Mecânico I Prof. Fernando 4-1 04 A E) Primeiro Diedro VISTA POSTERIOR IO 5 5 5 5 É É < É < ê ê Té mw ã k Desenho Mecânico I EEE Prof. Fernando oO “o a” Terceiro Diedro O a 0 & «< b VOO 5 z “ & fz Ê z E 5 « 5 Desenho Mecânico | GER Prof. Fernando UFPR Representar a peça no Primeiro Diedro Desenho Mecânico I Prof. Fernando 4-6 Desenho Mecânico I Prof. Fernando 3 4 4-9 Desenho Mecânico I Prof. Fernando 5 6 4-10 Desenho Mecânico I Prof. Fernando 7 8 4-11 Vistas Auxiliares Quando um componente possui superfícies inclinadas (oblíquas) ele deve ser representado em desenho técnico por meio de vistas auxiliares. Superfícies inclinadas, quando representada apenas por meio das projeções ortogonais aparecem geralmente deformadas (ver exemplo abaixo), indo de oposto ao princípio da projeção ortogonal que é de representar um componente de forma precisa e em verdadeira grandeza. Desenho Mecânico I Prof. Fernando Exemplo de componente com superfície inclinada representado por meio de projeções ortogonais Construindo uma vista auxiliar Superior Frontal Lateral Região deformada Região deformada 5-1 Vistas Auxiliares Componentes com mais de uma superfície inclinada Desenho Mecânico I Prof. Fernando 5-2 Vistas Auxiliares Exemplos de peças com superfícies inclinadas que necessitam de uma ou mais vista auxiliar. Desenho Mecânico I Prof. Fernando 5-3 Representações especiais Desenho Mecânico I Prof. Fernando 5-6 Representações de detalhes ampliados Para melhorar a representação e facilitar a cotagem de pequenos detalhes de um objeto, pode-se recorrer a representação de um detalhe ampliado da região desejada. Isso é feito por meio de uma circunferência em traço fino e contínuo e uma letra maiúscula que identifica o local. Fora da vista o detalhe é desenhado em escala apliada, conforme desenho abaixo. Cotagem Abnt NBR 10126 Capítulo 06 Cotagem (NBR 10126) O objetivo da norma NBR 10126 é fixar os princípios gerais de cotagem a serem aplicados em todos os desenhos técnicos. Aplicação Toda cotagem necessária para descrever uma peça ou componente, clara e completamente, deve ser representada diretamente no desenho. A cotagem deve ser localizada na vista ou corte que represente mais claramente o elemento. Desenhos de detalhes devem usar a mesma unidade (por exemplo, milímetro) para todas as cotas sem o emprego do símbolo. Se for necessário, para evitar mau entendimento, o símbolo da unidade predominante para um determinado desenho deve ser incluído na legenda. Onde outras unidades devem ser empregadas como parte na especificação do desenho (por exemplo, N.m. para torque ou kPA para pressão), o símbolo da unidade apropriada deve ser indicado com o valor. Cotar somente o necessário para descrever o objeto ou produto acabado. Nenhum elemento do objeto ou produto acabado deve ser definido por mais de uma cota. Exceções podem ser feitas: a) onde for necessário a cotagem de um estágio intermediário da produção (por exemplo: o tamanho do elemento antes da cementação e acabamento); b) onde a adição de uma cota auxiliar for vantajosa. Não especificar os processos de fabricação ou os métodos de inspeção, exceto quando forem indispensáveis para assegurar o bom funcionamento ou intercambiabilidade. A cotagem funcional deve ser escrita diretamente no desenho (ver Figura 1). Ocasionalmente a cotagem funcional escrita indiretamente é justificada ou necessária. A Figura 2 mostra o efeito da cotagem funcional escrita indiretamente, aceitável, mantendo os requisitos dimensionais estabelecidos na Figura 1. A cotagem não funcional deve ser localizada de forma mais conveniente para a produção e inspeção. Figura 1 Figura 2 Desenho Mecânico I Prof. Fernando 6-1 As cotas devem ser apresentadas em desenho em caracteres com tamanho suficiente para garantir completa legibilidade, tanto no original como nas reproduções efetuadas no microfilmes (conforme NBR 8402). As cotas devem ser localizadas de tal modo que elas não sejam cortadas ou separadas por qualquer outra linha. Existem dois métodos de cotagem mas somente um deles deve ser utilizado num mesmo desenho: - as cotas devem ser localizadas acima e paralelamente às suas linhas de cotas e preferivelmente no centro (ver Figura 13). Exceção pode ser feita onde a cotagem sobreposta é utilizada (ver Figura 31). As cotas devem ser escritas de modo que possam ser lidas da base e/ou lado direito do desenho. Cotas em linhas de cotas inclinadas devem ser seguidas como mostra a Figura 14. a) método 1: Figura 10 Figura 13 Figura 15 Figura 11 Figura 14 Figura 16 Figura 12 Na cotagem angular podem ser seguidas uma das formas apresentadas nas Figuras 15 e 16. Cotagem (NBR 10126) Desenho Mecânico I Prof. Fernando 6-4 b) Método 2: - as cotas devem ser lidas da base da folha de papel. As linhas de cotas devem ser interrompidas, preferivelmente no meio, para inscrição da cota (ver Figuras 17 e 18). Figura 17 Figura 18 Figura 19 Figura 20 Figura 21 Figura 22 Na cotagem angular podem ser seguidas uma das formas apresentadas nas Figuras 19 e 16. A localização das cotas freqüentemente necessita ser adaptada às várias situações. Portanto, por exemplo, as cotas podem estar: a) no centro submetido da linha de cota, quando a peça é desenhada em meia peça (Figura 20). b) sobre o prolongamento da linha de cota, quando o espaço for limitado (Figura 21). c) sobre o prolongamento horizontal da linha de cota, quando o espaço não permitir a localização com a interrupção da linha de cota não horizontal (Figura 22). Cotagem (NBR 10126) Desenho Mecânico I Prof. Fernando 6-5 Cotas fora de escala (exceto onde a linha de interrupção for utilizada) deve ser sublinhada com linha reta com a mesma largura da linha do algarismo (ver Figura 23). Figura 23 Os símbolos seguintes são usados com cotas para mostrar a identificação das formas e melhorar a interpretação de desenho. Os símbolos de diâmetro e de quadrado podem ser omitidos quando a forma for claramente indicada. Os símbolos devem preceder à cota (ver Figuras 24 a 28). Ø – Diâmetro R – Raio – Quadrado SR – Raio esférico SØ – Diâmetro esférico Figura 27 Figura 28 Figura 24 Figura 25 Figura 26 Cotagem (NBR 10126) Desenho Mecânico I Prof. Fernando 6-6 Figura 34 Figura 36 Figura 37 Figura 35 Cotagem por coordenadas Pode ser mais prático reduzir-se a Tabela, como mostra a Figura 34 do que a Figura 32. Coordenadas para pontos de intersecção em malhas nos desenhos de localização são indicadas como mostra a Figura 35. Coordenadas para pontos arbitrários sem a malha, devem aparecer adjacentes a cada ponto (ver Figura 36) ou na forma de tabela (ver Figura 37). Cotagem (NBR 10126) Desenho Mecânico I Prof. Fernando 6-9 Cotagem combinada Cotagem simples, cotagem aditiva e cotarem por elemento comum podem ser combinadas no desenho (ver Figuras 38 e 39). Indicações especiais Cordas, arcos, ângulos e raios As cotas de cordas, arcos e ângulos, devem ser como mostra a Figura 40. Quando o centro do arco cair fora dos limites do espaço disponível, a linha de cota do raio deve ser quebrada ou interrompida, conforme a necessidade de localizar ou não o centro do arco (ver Figura 12). Quando o tamanho do raio for definido por outras cotas, ele deve ser indicado pela linha de cota do raio com o símbolo R sem cota (ver Figura 41). Figura 38 Figura 39 Figura 40 Figura 41 Cotagem (NBR 10126) Desenho Mecânico I Prof. Fernando 6-10 Elementos equidistantes Onde os elementos equidistantes ou elementos uniformemente distribuídos são parte da especificação do desenho a cotagem pode ser simplificada. Espaçamento linear pode ser cotado como mostra a Figura 42. Se houver alguma possibilidade de confusão, entre o comprimento do espaço e o número de espaçamentos, um espaço deve ser cotado como mostra a Figura 43. Espaçamentos angulares de furos e outros elementos podem ser cotados como mostra a Figura 44. Espaçamentos dos ângulos podem ser omitidos se não causarem dúvidas ou confusão (ver Figura 45). Espaçamentos circulares podem ser cotados indiretamente, dando o número de elementos, como mostra a Figura 46. Figura 42 Figura 43 Figura 44 Figura 45 Figura 46 Cotagem (NBR 10126) Desenho Mecânico I Prof. Fernando 6-11 As cotas devem ser distribuídas pelas vistas de forma a indicar todas as dimensões necessárias para viabilizar a construção do objeto desenhado, porém, não pode haver cotas repetidas ou desnecessárias. Uma região do objeto deve ser cotada apenas uma vez em uma das vistas, naquela que representar de forma mais clara a geometria do objeto, (ver figuras abaixo). Cotagem (NBR 10126) Desenho Mecânico I Prof. Fernando 6-14 Dicas para cotar um desenho Cotagem (NBR 10126) Desenho Mecânico I Prof. Fernando 6-15 Exemplo de cotagem ideal Vistas Seccionais Capítulo 07 Nas figuras abaixo são ilustrados três tipos de cortes possíveis em uma mesma peça. CORTE PLENO OU TOTAL MEIO CORTE CORTE PARCIAL Corte AA Corte AA - O corte pleno ou total é efetuado em um plano que atravessa totalmente a peça. - O meio corte é efetuado por dois planos concorrentes no eixo da peça. - O corte parcial não é representado por nenhuma simbologia e indicação de corte. Na vista onde o corte parcial é efetivamente visualizado, o corte é delimitado por uma linha fina contínua ondulada. Desenho Mecânico I Prof. Fernando 7-3 CORTE POR PLANOS PARALELOS CORTE POR PLANOS CONCORRENTES Corte AA Corte AA Superior Superior Quando os detalhes não estiverem alinhados uns com os outros deverá ser usado o número de planos - paralelos ou concorrentes - necessários à completa representação da peça. Desenho Mecânico I Prof. Fernando 7-4 CORTE E REBATIMENTO POR PLANOS CONCORRENTES CORTE E REBATIMENTO POR MÚLTIPLOS PLANOS CONCORRENTES Corte AA Corte AA Superior Superior A A A A Desenho Mecânico I Prof. Fernando 7-5 REBATIMENTO DE DETALHES NÃO CORTADOS REBATIMENTOS DE NERVURAS NÃO CORTADAS DISTINÇÃO ENTRE ABAS E NERVURAS Superior Corte AA ER RA DO CE RT O Exceções em Corte Desenho Mecânico I Prof. Fernando 7-8 CORTE SEÇÃO Corte A-A Seção A-A Seções Desenho Mecânico I Prof. Fernando 7-9 Elementos de máquinas Capítulo 08 Ligação De apoio De transmissão Elásticos De vedação 1 2 3 4 5 Desenho Mecânico I Prof. Fernando Redondo Retangular Trapezoidal Dente de serra Rd Tr R S Parafusos de grandes diâmetros sujeitos a grandes esforços. Ex.: Equipamentos ferroviários Parafusos que transmitem movimento suave e uniforme. Ex.: Fusos de máquinas Parafusos que sofrem grandes esforços e choques. Ex.: Prensas e morsas Parafusos que exercem grande esforço num só sentido Ex.: Macacos de catraca. passo 8-3 O perfil de rosca triangular é mais comum nos elementos de ligação desmontáveis como os parafusos, porcas e prisioneiros. Os perfis apresentados abaixo (redondo, trapezoidal, retangular e dente de serra) são comuns em elementos de transimssão, por isso são chamados roscas de transmissão. Elementos de ligação1 Desenho Mecânico I Prof. Fernando 8-4 Em desenho técnico costuma-se desenhar o perfil da rosca triangular métrica e Witworth, conforme indicado abaixo: não Repreentação de rosca em desenho técnico A representação convencional de rosca é feita conforme indicado abaixo: Representação convencional de rosca Rosca externa / macho Rosca interna / fêmea Quando o perfil da rosca for diferente do triangular e Witworth, costuma-se desenhar o perfil da rosca apenas em corte parcial de forma a representar o formato e as dimensões de pelo menos um fio de rosca. Elementos de ligação1 Desenho Mecânico I Prof. Fernando 8-5 Parafusos Parafusos de cabeça prismática (atarraxamento externo com chave prismática) Parafusos de cabeça fendada (atarraxamento com chave de fenda) Sextavada Sextavada com rebaixo Sextavada com ressalto Quadrada Cilíndrica Escariada abaulada Redonda Abaulada Escariada Abaulada furada em cruz Parafusos são elementos de fixação, empregados em uniões desmontáveis, isto é, as peças podem ser montadas e desmontadas facilmente, bastando apertar e desapertar os parafusos que as mantêm unidas. Os parafusos se diferenciam pela forma da rosca, da cabeça, da haste e do tipo de acionamento. Eles podem ser classificados pelo formato da cabeça, do corpo, tipo de ponta e forma de aperto (atarraxamento). Aqui será usada a classificação pelo tipo de atarraxamento. Elementos de ligação1 Desenho Mecânico I Prof. Fernando 8-8 Porcas Porcas prismáticas (continuação) Cega De almofada Quadrada Porcas cilíndricas De fenda De nervura De estria De furo de topo De furo lateral De estrias incompletas Elementos de ligação1 Desenho Mecânico I Prof. Fernando 8-9 Porcas Porcas de aperto manual Recartilhada De manípulo Borboleta De haste Elementos de ligação1 Desenho Mecânico I Prof. Fernando 8-10 Prisioneiro Tipos de prisioneiro Exemplos de ligações desmontáveis Tradicional Totalmente roscado Com garganta De corpo reduzido Com garganta e guia Ligação com parafuso Ligação com prisioneiro Ligações com parafuso e porca São parafusos sem cabeça com rosca em ambas as extremidades, sendo recomendados nas situações que exigem montagens e desmontagens freqüentes. Existem diversos tipos, conforme pode ser observado abaixo: Elementos de ligação1 Desenho Mecânico I Prof. Fernando Os elementos de apoio consistem de componentes auxiliares ao funcionamento de máquinas. Alguns elementos de apoio são: buchas, guias, rolamentos e mancais. Buchas As buchas são elementos de máquinas que tem forma cilíndrica ou cônica. Servem para apoiar eixos, guiar brocas e alargadores. Normalmente, a bucha é fabricada com material mais dúctil e leve do que o material do eixo, tais como, alumínio, cobre, latão, que além de tudo, são ótimos dissipadores de calor. As buchas podem ser classificadas quanto ao tipo de solicitação. Nesse sentido, elas podem ser de fricção radial para esforços radiais, de fricção axial para esforços axiais e cônicas para esforços nos dois sentidos. Bucha de fricção radial Bucha de fricção axial Bucha cônica 8-13 Elementos de apoio2 Desenho Mecânico I Prof. Fernando Guias A guia é um elemento de máquina que mantém, com certo rigor, a trajetória de determinado componente. As guias classificam-se em dois grupos: guias de deslizamento e de rolamento. As guias de deslizamentos tem, geralmente as seguintes formas: Em máquinas operatrizes são empregadas combinações de vários perfis de guias de deslizamentos, conhecidos como barramento. No quadro abaixo é apresentado alguns perfis combinados e sua aplicação. As guias de rolamento geram menor atrito que as guias de deslizamento. Isto ocorre porque os elementos rolantes giram entre as guias. Os elementos rolantes podem ser esferas ou roletas, como ilustrações apresentadas abaixo: Guia de deslizamento Guia de rolamento 8-14 Elementos de apoio2 Desenho Mecânico I Prof. Fernando Mancal Mancal de deslizamento Mancal de rolamento O mancal pode ser definido como suporte ou guia em que se apóia um eixo. No ponto de contato entre a superfície do eixo e a superfície do mancal, ocorre atrito e para minimizar esse atrito e facilitar a rotação ou deslocamento axial, geralmente é colocado uma bucha ou um rolamento. Devido a isso, os mancais são divididos em mancais de deslizamento (quando usa bucha) ou de rolamento (quando usa rolamento). Geralmente, os mancais de deslizamento são montados com uma bucha. Esses mancais são usados em máquinas pesadas ou em equipamentos de baixa rotação, porque a baixa velocidade evita superaquecimento dos componentes expostos ao atrito. Quando é necessário aplicar maior velocidade de rotação e menos atrito, o mancal de rolamento é o mais adequado. 8-15 Elementos de apoio2 Desenho Mecânico I Prof. Fernando Eixo-árvore Eixo cônico 8-18 Elementos de transmissão3 Eixo roscado Os eixos cônicos devem ser ajustados a um componente que possua um furo de encaixe cônico. A parte que se ajusta tem um formato cônico e é firmemente presa por uma porca. Uma chaveta é utilizada para evitar a rotação relativa. Rasgo de chaveta Roscado Esse tipo de eixo é composto de rebaixos e furos roscados, o que permite sua utilização como elemento de transmissão e também como eixo prolongador utilizado na fixação de rebolos para retificação interna e de ferramentas para usinagem de furos. Roscado internoRoscado externo Desenho Mecânico I Prof. Fernando Eixo-árvore Eixo ranhurado Eixo estriado 8-19 Elementos de transmissão3 Esse tipo de eixo apresenta uma série de ranhuras longitudinais em torno de sua circunferência. Essas ranhuras engrenam-se com os sulcos correspondentes de peças que serão montadas no eixo. Os eixos ranhurados são utilizados para transmitir grande força. Assim como os eixos cônicos, como chavetas, caracterizam-se por garantir uma boa concentricidade com boa fixação, os eixos-árvore estriados também são utilizados para evitar rotação relativa em barras de direção de automóveis, alavancas de máquinas etc. Desenho Mecânico I Prof. Fernando Engrenagens cilíndricas Engrenagem 8-20 Elementos de transmissão3 Engrenagens são rodas com dentes padronizados que servem para transmitir movimento e força entre dois eixos. Muitas vezes, as engrenagens são usadas para variar o número de rotações e o sentido da rotação de um eixo para o outro. Geralmente em uma montagem com engrenagens de tamanhos diferentes, a menor é chamada de pinhão e a maior de coroa. Existem vários tipos de engrenagem, que são escolhidos de acordo com sua função. Na sequência serão apresentados os tipos mais comuns. Engrenagens cilíndricas têm a forma de cilindro e podem ter dentes retos ou helicoidais (inclinados). Abaixo, pode ser visto alguns exemplo. Em desenho técnico, as engrenagens são representadas De forma normalizada. Como regra geral, a engrenagem é representada como uma peça sólida, sem dentes. Apenas um elemento da engrenagem, o diâmetro primitivo, é indicado por meio de uma traço-ponto, como mostra o desenho. Mas, quando, excepcionalmente, for necessário representar um ou dois dentes, eles devem ser desenhados com linha contínua larga. Conforme ilustrado ao lado. Diâmetro primitivo Desenho Mecânico I Prof. Fernando Polias 8-23 As polias são componentes cilíndricos, movimentados pela rotação de um eixo de motor ou por correias. Polias Correia Exemplo de utilização de polias Polia de disco montada no eixo do motor Correia transmite a rotação do motor para outra polia Polia gira o eixo árvore da máquina Polias com diâmetro < 250 mm são do tipo disco, as de diâmetro > 250 são polias de braço. Polia de disco Polia de braço Elementos de transmissão3 Desenho Mecânico I Prof. Fernando Polias 8-24 Tipos de polias Os tipos de polia são determinados pela forma da superfície na qual a correia se assenta. Elas podem ser planas ou trapezoidais. As polias planas podem apresentar dois formatos na sua superfície de contato: plana ou abaulada. Polia Representação Elementos de transmissão3 Desenho Mecânico I Prof. Fernando Correias 8-25 As correias são elementos que transmitem movimento e força, geralmente, de uma polia (condutora) para outra polia (conduzida). Elas podem ser planas ou trapezoidais (com encosto liso ou dentado). Plana lisa Trapezoidal lisa Plana dentada Trapezoidal dentada Exemplo de utilização de correia Nesse exemplo a correia transmite a rotação entre polias dispostas em eixos não paralelos Correia plana lisa Elementos de transmissão3
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