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GEOTECNIA ADELAIDE TCHIHAMBO NGULAFAGNER BATISTA DA SILVALARISSA CI, Trabalhos de Engenharia Civil

Trabalho de Geotecnia que abrange desde o solo ate as fundações

Tipologia: Trabalhos

2016

Compartilhado em 30/07/2016

larissa-botelho-7
larissa-botelho-7 🇧🇷

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Baixe GEOTECNIA ADELAIDE TCHIHAMBO NGULAFAGNER BATISTA DA SILVALARISSA CI e outras Trabalhos em PDF para Engenharia Civil, somente na Docsity! FACULDADE DOS GUARARAPES- FG CURSO BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL – 1 MA GEOTECNIA ADELAIDE TCHIHAMBO NGULA FAGNER BATISTA DA SILVA LARISSA CIBELLE BOTELHO DO NASCIMENTO LETÍCIA FRANCISCA SILVA OLIVEIRA TATIANA MELO DOS SANTOS RECIFE-PE/2016.1 ADELAIDE TCHIHAMBO NGULA FAGNER BATISTA DA SILVA LARISSA CIBELLE BOTELHO DO NASCIMENTO LETÍCIA FRANCISCA SILVA OLIVEIRA 1 TATIANA MELO DOS SANTOS GEOTECNIA Seminário apresentado à Faculdade dos Guararapes – FG, como parte dos requisitos para a obtenção nota na disciplina de Introdução à Engenharia, sob a orientação da professora Anna Katarina do Nascimento Ávila. RECIFE-PE/2016.1 2 matérias terrestre para solução de problemas da engenharia. É a ciência aplicada de prever o comportamento da terra e seus diversos matérias, no sentido de tornar a terra mas habitável para as atividades humanas. E ela abrange nas áreas da mecânica do solo e a mecânica das rochas. MECÂNICA DOS SOLOS É uma disciplina da engenharia civil que procura prever o comportamento maciço, terrosos quando sujeitos a solicitações provocadas. Exemplo: todas as obras de engenharia civil, de uma forma ou de outro, além disso, utilizam o próprio solo como elementos de construções; como barragens, e os aterros de estradas. Portanto, a estabilidade e o comportamento funcional e estético da obra serão determinadas, em grandes parte pelo desempenho dos matérias usados nos maciços terrosos. MECÂNICA DAS ROCHAS É a ciência teórica e aplicada do comportamento mecânico das rochas e maciços rochosos; é o ramo da mecânica que estuda a resposta das rochas e maciços rochosos os campos de forças a que estão sujeito no seu ambiente físico. A mecânica das rochas, tal como é aplicada na pratica da engenharia de minas e engenharia geológica, refere-se aplicação dos princípios da mecânica da engenharia no desenho estruturas em rochas gerada pela atividade mineira, Exemplo: Túneis, poços de minas, escavações subterrâneas ou minas a céu aberto. Tem grande importância no que tange a engenharia civil, a geotécnica serve como suporte nas grandes construções que a engenharia civil precisa, e também deixa que os seres humanos fazem as suas atividade nos solos e rochas. SOLO ORIGEM E FORMAÇÃO DOS SOLOS: É um componente indispensável para obras de engenharia civil, sendo portanto imprescindível que se conheça seu comportamento nas mais diversas situações. Os solos tem sua origem na decomposição das rochas que formavam a crosta terrestre. Todas as obras de engenharia civil, de uma forma ou de outra, apoiam-se sobre o solo, e muitas delas, além disso, utilizam o próprio solo como elemento de construção, como por exemplo as barragens e os aterros de estradas. Portanto, 5 a estabilidade e o comportamento funcional e estético da obra serão determinados, em grande parte, pelo desempenho dos materiais usados nos maciços terrosos. Os solos tem sua origem na decomposição das rochas que formavam inicialmente a crosta terrestre. Esta decomposição ocorre devido a agentes físicos e químicos chamados de agentes de intemperismo. Os principais agentes que promovem a transformação da rocha matriz em solo são: as variações de temperatura, a água ao congelar e degelar, o vento ao fazer variar a umidade do solo, e a presença da fauna e da flora. Além dos agentes de intemperismo, existem também os agentes erosivos que se diferem do primeiro por serem capazes de transportar o material desagregado. De um modo geral o principal agente erosivo é a água que atua na forma de chuva, rio, lagos, oceanos e geleiras. Nos climas áridos, como por exemplo nos desertos, o principal agente causador de erosão é o vento que dá origem à erosão eólica. Desta forma temos dois grandes grupos de solos: os transportados e os residuais. Os solos transportados sofrem o intemperismo em um local e são transportados e depositados em forma de sedimentos em distâncias variadas, já os residuais, decompõem-se e permanecem no mesmo local, guardando de certa forma, a estrutura da rocha matriz da qual foi originado, os solos residuais são solos não transportados. O solo é composto por um grande número de partículas, com dimensões e formas variadas, que formam o seu esqueleto sólido. Esta estrutura não é maciça e por isso não ocupa todo o volume do solo, ela é porosa e portanto possui vazios. Esses vazios podem estar totalmente preenchidos por água, quando então dizemos que o solo está saturado, podem estar completamente ocupados pelo ar, o que significa que o solo está seco ou com ambos (ar e água) que é a forma mais comum na natureza. Por isso, de modo geral, dizemos que o solo é composto por três fases: sólidos, água e ar. O estado do solo é decorrente da proporção em que essas três fases se apresentam, e isso irá determinar como ele vai se comportar. Se o Índice de vazios de um solo é reduzido através de um processo mecânico de compactação, por exemplo, a sua resistência aumenta. Outro exemplo: caso o solo esteja seco e lhe é adicionada uma quantidade adequada de água, sua coesão e consequentemente a sua resistência e plasticidade irão aumentar também. Existem diversos índices que correlacionam o volume e o peso das fases do solo, e que nos possibilitam determinar o estado do solo. ÍNDICES FÍSICOS Os principais índices utilizados para indicar o estado do solo, estão listados na tabela a seguir. Índice Significado Umidade do solo Teor de água contida no solo em função do peso dos sólidos Índice de vazios Volume de vazios em relação ao volume dos sólidos Porosidade do solo Volume de vazios em relação ao volume total Grau de Saturação Teor de vazios preenchidos por água 6 Peso Específico Real dos Grãos Densidade dos grãos sólidos Peso Específico natural Densidade do solo no local Peso Específico Aparente Seco Densidade do solo no local excluído o peso da água CARACTERIZAÇÃO O termo Caracterização é utilizado em Geotecnia para identificar um grupo de ensaios que visam obter algumas características básicas dos solos com o objetivo de avaliar a sua aplicabilidade nas obras de terra. São muito utilizados no início dos estudos, como por exemplo em campanhas de campo para pesquisa de potenciais jazidas de argila, cascalho ou areia. A determinação do Peso Específico Real dos Grãos fornece uma ideia sobre a mineralogia do material e possibilita cálculos que correlacionam vários parâmetros do solo. Outro ensaio é o de Granulometria o qual é composto pelo Peneiramento, para solos granulares, e pelo Ensaio de Sedimentação, quando o solo é coesivo. Com isso pode-se obter a curva granulométrica da amostra. Concluindo os ensaios desse grupo têm-se o Limite de plasticidade e o Limite de liquidez que são conhecidos como Limites de Consistência ou Limites de Atterberg. Deles é obtido o Índice de plasticidade. Com o Peso Específico Real dos Grãos, a curva granulométrica e o Índice de plasticidade, é possível saber se o material poderá ser aplicado, por exemplo, em filtros ou drenos, no caso das areias, se poderão ser utilizados em base de rodovias, no caso dos cascalhos ou em aterros, como os siltes e as argilas. CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS Tendo em vista a grande variedade de tipos e comportamentos apresentados pelos solos, e levando-se em conta as suas diversas aplicações na engenharia, tornou-se inevitável o seu agrupamento em conjuntos que representassem as suas características comuns.[9] Não existe consenso sobre um sistema definitivo de classificação de solos, sendo que os mais utilizados no Brasil são: CLASSIFICAÇÃO GRANULOMÉTRICA - técnica pela qual os diversos tipos de solos são agrupados e designados em função das frações preponderantes dos diversos diâmetros de partículas que os compõem; 1. Sistema Rodoviário de Classificação - sistema de classificação de solos, baseado na granulometria e nos limites de consistência do material; 2. Sistema Unificado de Classificação de Solos - foi criado pelo engenheiro Arthur Casagrande para aplicação em obras de aeroportos, contudo seu emprego foi generalizado sendo muito utilizado atualmente pelos engenheiros geotécnicos, principalmente em barragens de terra; 3. Classificação tátil-visual - sistema baseado no tato e na visão, por isso, para sua realização, é necessário um técnico experiente e bem treinado, que tenha prática nesse procedimento. A Classificação Granulométrica é base para as demais, agrupando os solos segundo os tamanhos predominantes de seus grãos. O Sistema Rodoviário é 7 SONDAGEM A sondagem à percussão é o ensaio mais utilizado na construção civil da maioria dos países e no Brasil foi normatizado pela ABNT na NBR 6484 – “Sondagem de simples reconhecimento com SPT-Método de Ensaio”, que permite a determinação do perfil geológico e a capacidade de carga das diferentes camadas de subsolo, a coleta de amostras destas camadas, a verificação do nível do lençol freático, a determinação da compacidade ou consistência dos solos arenosos ou argilosos, respectivamente e também a determinação de eventuais linhas de ruptura que possam ocorrer em subsuperfície. EXECUÇÃO DE SONDAGEM E um processo repetitivo, que consiste em aberturado do furo, ensaio de penetração e amostragem a cada metro de solo sondado. Desta forma, em cada metro faz-se, inicialmente, a abertura do furo, com um comprimento de 55cm, e o restante dos 45cm para a realização. SONDAGEM GEOTÉCNICA É um procedimento de engenharia que tem por escopo a obtenção de informações de superfície de uma área na terra, ou na água. O principal objetivo da sondagem geotécnica é determinar o perfil do terreno por meio de identificação dos solos ou rochas que formam as camadas ou estratos na subsuperfície. A sondagem geotécnica a trado e um método de investigação que utiliza como instrumento a trado, um tipo de amostrador de solo constituído por lâminas cortantes, que podem ser compostas por duas peças, de forma convexa ou única de forma helicoidal. 10 TERRAPLENAGEM O que é Terraplanagem: Terraplenagem ou terraplanagem é uma técnica construtiva que visa terraplenar, ou seja, encher de terra os vãos de um terreno para ele ficar plano. Este termo, que está relacionado com a construção civil, remete para processos de aplanar ou alisar um determinado terreno, onde muitas vezes terra em excesso é removida para lugares onde há menos terra. A terraplanagem é feita para a criação de obras de engenharia do solo (tais como barragens, estradas de ferro, rodovias, canais e valas), a imposição de fundações para edifícios e estruturas que são erguidas a partir de outros materiais, o nivelamento das áreas em desenvolvimento para a construção, e a remoção das massas de terra, a fim de abrir os depósitos minerais (remoção de carga). Terraplanagem ou terraplenagem: Frequentemente, terraplanagem consta em alguns dicionários como um sinônimo de terraplenagem, mas é aconselhável a utilização do termo terraplenagem, que surgiu primeiro. Apesar disso, algumas pessoas afirmam que existe uma diferença entre as duas palavras, sendo que terraplanagem é só tornar um terreno plano, sem utilizar terra de outro lugar, o que acontece no caso da terraplenagem. Quanto à forma de execução, a terraplenagem pode ser manual ou mecanizada: A terraplenagem manual utiliza a energia muscular do homem, mediante o uso de ferramentas apropriadas. É usada desde tempos imemoriais. Na Antiguidade, registra-se a realização de grandes obras de terraplenagem, em especial pelos egípcios, babilônios e romanos. A terraplenagem mecanizada surgiu na segunda metade do século XIX, com o advento da máquina a vapor e foi impulsionada com o desenvolvimento dos motores de combustão interna, já no início do século X. Assim, em 1920, foi lançado o trator com movido a gasolina, ao qual foi adaptada a lâmina. Nas décadas de 20 e 30, foi criado o primeiro “scraper” propelido, rebocado por trator. Em 1938, surgiu o primeiro “motoscraper”. A partir daí, foram desenvolvidos e aperfeiçoados cada vez mais os equipamentos de terraplenagem. Hoje em dia, há equipamentos sofisticados com eletrônica embarcada, dispondo de cabine climatizada e controle por meio de “joysticks”, substituindo os de embreagem pesada e que exigiam força muscular considerável para a sua operação. A diferença da terraplenagem manual para a mecanizada é uma questão de escala. Por exemplo, para se obter uma produção de 50 m³/h de escavação, são necessários 100 operários na terraplenagem manual ou apenas um operador de escavadeira na terraplenagem mecanizada. Atualmente, cada vez mais os serviços que envolvem a terraplenagem estão quase completamente mecanizados e são executados por máquinas altamente eficientes. Mas necessitam de tarefas preliminares e auxiliares que incluem a limpeza de áreas, colocar para fora de terraplenagem, drenagem ou desvio de águas superficiais, a criação de sistemas de drenagem, de fortalecimento (escoramento) de paredes de escavação, e estabilização do solo. Desmatamento, deslocamento e limpeza: 11 Desmatamento – é a primeira etapa do processo, retirar a maior parte da vegetação, mas lembre-se: é necessário verificar com os órgãos responsáveis na sua cidade quais as medidas legais para a retirada das árvores. Os equipamentos utilizados são moto-serras, pás, serras. Destocamento – é o processo da retirada dos tocos e de todo entulho que sobrou da vegetação, geralmente, é feito através de queimada. Limpeza – após a queimada, é hora de limpar todos os resíduos que sobraram. Depois é necessário retirar a camada vegetal, parte que não pode ser usada como aterro, pois serve como banco genético. Na maioria dos casos é preciso realizar a escavação para deixar o terreno no mesmo nível, aterro e compactaçãodo solo através do rolo compressor. Algumas regiões possuem o solo extremamente úmido, é preciso realizar uma drenagem e o escoamento da água. Técnicas e operações mais utilizadas: Normalmente, o trabalho de terraplenagem não é tão simples quanto pode parecer à primeira vista. Adequar a topografia original de um terreno ao projeto de construção pode ser um trabalho árduo e complexo dependendo das atuais condições do mesmo. Uma boa dica para quem pensa em construir, é consultar um profissional da área antes de adquirir o terreno, para que possa ser auxiliado de modo a escolher um lote cujo a topografia original seja condizente com seus planos de construção. Quando mais próximo ao nível do pavimento térreo for a topografia do terreno, maior será a economia com a terraplenagem, que em alguns casos pode chegar a até 20% do valor da obra. Nem sempre o terreno mais barato é o mais indicado. Infelizmente, nem sempre há condições de escolher o terreno com melhor topografia, e nesta parte é que entram as técnicas de terraplenagem. As operações básicas empregadas em terraplenagem são as seguintes: 1. Escavação: Ato de escavar a terra, rebaixando a topografia natural do terreno para a cota pré-determinada no projeto de construção. 1.2 Escavação com Remoção de terra: Nesta operação, a terra é escavada e carregada em caminhões basculantes que transportarão o material para locais denominados Aterros ou Bota-Foras. 1.3 Escavação sem Remoção de terra: A terra é escavada onde a topografia está acima das cotas do projeto, e é utilizada no Aterro das áreas onde o nível do terreno está abaixo das cotas do projeto de construção. Este processo também é conhecido como "corte e compensação". 2. Aterro: Ato de aterrar determinado local, utilizando-se preferencialmente de terra vermelha, por seu melhor rendimento no trabalho de compactação do aterro, para que áreas abaixo da cota do projeto de construção sejam elevadas. 2.1 Aterro com Importação de terra: Quando não há no próprio terreno material (proveniente de áreas de escavação) suficiente para atingir as cotas do projeto por meio de aterro, é necessário realizar importação de terra, vinda de outro terreno cujo a remoção desta seja necessária. 2.2 Aterro sem Importação de terra: Este é o processo de realizar aterro sem importação de terra, por meio de "corte e compensação". 12 FUNDAÇÕES PROFUNDAS (INDIRETAS): É aquelas cujas bases estão implantadas a mais de duas vezes as suas menores dimensões, e a mais de 3 m de profundidade. FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS (DIRETAS OU RASAS): As fundações diretas classificam-se em: • blocos de fundações; • sapatas; • baldrames; • radier. A seguir são apresentados os diferentes tipos de fundação direta para uma obra simples. BLOCOS: São elementos de fundação superficial que tem faces verticais, inclinadas ou escalonadas e a forma quadrada ou retangular. O bloco é um tipo de fundação que apresenta a altura maior em relação às dimensões de sua base. Os blocos são calculados para resistir à compressão. São executados muitas vezes sem o emprego da armadura. O que caracteriza a fundação em blocos é o fato da distribuição de carga para o terreno ser aproximadamente pontual, ou seja, onde houver pilar existirá um bloco de fundação distribuindo a carga do pilar para o solo. Os blocos podem ser construídos de pedra, tijolos maciços, concreto simples ou de concreto armado. Quando um bloco é construído de concreto armado ele recebe o nome de sapata de fundação. BALDRAME: A fundação em baldrame apresenta uma distribuição de carga para o terreno tipicamente linear, por exemplo, uma parede que se apoia no baldrame, sendo este o elemento que transmite a carga para o solo ao longo de todo o seu comprimento. Um baldrame pode ser construído de pedra, tijolos maciços, concreto simples ou de concreto armado. Quando o baldrame é construído de concreto armado ele recebe o nome de sapata corrida. SAPATA Ela se assemelha ao bloco com a diferença de ter menor altura e ser sempre de concreto armado, ou seja, existe uma malha de ferragem para ajudar no esforço de tração. Essa fundação se difere da fundação de baldrame pelo fato de ser mais resistente, usada em cargas que o baldrame não suporta e que não necessita de uma fundação profunda. Pode ser de três tipo: sapata isolada, associada ou corrida. a. Sapata isolada: Fundação de apenas um pilar. Seu formato parece com o de uma pirâmide na base, podendo ser quadrada, retangular ou circular, diferente do bloco. b. Sapata corrida: Fundação continua, fica logo abaixo das paredes. Sua forma é semelhante a uma pirâmide na base. Existe sapata corrida de alvenaria que é da mesma forma da sapata corrida com a diferença de sua base ser constituída de pedras de calcário e argamassa. Ela é usada ainda em construções de pequeno porte e de custo menos elevado. 15 c. Sapata associada: Utilizada quando há pilares muitos próximos e as sapatas isoladas se sobrepõe. Além disso, podem ser necessárias quando as cargas estruturais forem grandes. RADIER: A fundação em radier é constituída por um único elemento de fundação que distribui toda a carga da edificação para o terreno, constituindo-se em uma distribuição de carga tipicamente superficial. O radier é uma laje de concreto armado, que distribui a carga total da edificação uniformemente pela área de contato. É usado de forma econômica quando as cargas são pequenas e a resistência do terreno é baixa, sendo uma boa opção para que não seja usada a solução de fundação profunda. FUNDAÇÕES PROFUNDAS (INDIRETAS): Quando o solo compatível com a carga da edificação se encontra a mais de 3m de profundidade é necessário recorrer às fundações profundas, sendo três os tipos principais: • estacas; • tubulões; ESTACAS DE FUNDAÇÃO: São elementos alongados, cilíndricos ou prismáticos que se cravam, com um equipamento, chamado bate-estaca, ou se confeccionam no solo de modo a transmitir às cargas da edificação a camadas profundas do terreno. Estas cargas são transmitidas ao terreno através do atrito das paredes laterais da estaca contra o terreno e/ou pela ponta. Entre os principais materiais empregados na confecção das estacas se podem citar: • madeira; • aço; • concreto (pré-moldadas e moldadas). As estacas também são classificadas em estacas de deslocamento e estacas escavadas. As estacas de deslocamento são aquelas introduzidas no terreno através de algum processo que não promova a retirada do solo. As estacas escavadas são aquelas executadas “in situ” através da perfuração do terreno por um processo qualquer, com remoção de material. Nessa categoria se enquadram entre outras as estacas tipo broca, executada manual ou mecanicamente e as do tipo “Strauss”. ESTACA DE MADEIRA: As estacas de madeira são empregadas nas edificações desde a antiguidade. Atualmente, diante das dificuldades de se obter madeiras de boa qualidade, sua utilização é bem mais reduzida. A duração da madeira é praticamente ilimitada, quando mantida permanentemente submersa. No entanto, se estiverem sujeitas à variação do nível d’água apodrecem rapidamente pela ação de fungos aeróbicos, o que deve ser evitado aplicando-se substâncias protetoras como sais tóxicos à base de zinco, cobre ou mercúrio ou ainda pela aplicação do creosoto. Durante a cravação a cabeça da estaca deve ser munida de um anel de aço de modo a evitar o seu rompimento sob os golpes do pilão, a carga admissível das estacas de madeira depende do diâmetro e do tipo de madeira empregado na estaca. 16 ESTACAS METÁLICAS: As estacas metálicas são constituídas principalmente por peças de aço laminado ou soldado tais como perfis de seção I e H, como também por trilhos, geralmente reaproveitados após sua remoção de linhas férreas, quando perdem sua utilização por desgaste. A principal vantagem das estacas de aço está no fato de se prestarem à cravação em quase todos os tipos de terreno, permitindo facilmente a cravação e uma grande capacidade de carga. Sua cravação é facilitada, porque, ao contrário dos outros tipos de estacas, em lugar de fazer compressão lateral do terreno, se limita a cortar as diversas camadas do terreno. ESTACA DE CONCRETO: As estacas de concreto podem ser pré-moldadas ou concretadas no local. ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO: São largamente usadas em todo o mundo possuindo como vantagens em relação as concretadas no local um maior controle de qualidade tanto na concretagem, que é de fácil fiscalização quanto na cravação, além de poderem atravessar correntes de águas subterrâneas o que com as estacas moldadas no local exigiriam cuidados especiais. Para não onerar o custo de transporte das estacas, desde a fábrica até a obra, o seu comprimento é limitado a 12m. Por isso, quando se precisar de estacas com mais de 12m as peças devem ser emendadas. Essas emendas podem ser constituídas por anéis metálicos ou por luvas de encaixe tipo” macho e fêmea”. Quando as estacas não estivem sujeitas a esforços de tração tanto na cravação quanto na utilização. ESTACAS CONCRETADAS NO LOCAL: Existe uma grande variedade de tipos de estacas concretadas no local, diferenciadas entre si, principalmente, pela forma que são escavadas e pela forma de colocação do concreto. Entre os vários tipos existentes destacam-se as estacas tipo Franki e as estacas tipo Strauss. A ESTACA TIPO FRANKI: usa-se um tubo de revestimento cravado dinamicamente com a ponta fechada por meio de bucha e recuperado após a concretagem da estaca. O concreto usado na execução da estaca é relativamente seco com baixo fator água- cimento, resultando em um concreto de slump zero, de modo a permitir o forte apiloamento previsto no método executivo. AS ESTACAS TIPO STRAUSS: foram projetadas, inicialmente, como alternativa às estacas pré-moldadas cravadas por percussão devido ao desconforto causado pelo processo de cravação, quer quanto à vibração ou quanto ao ruído. Por utilizar equipamento leve e econômico a estaca tipo Strauss possui as seguintes vantagens: TUBULÕES DE FUNDAÇÃO: São elementos estruturais de fundação profunda, geralmente, dotados de uma base alargada, construídos concretando-se um poço revestido ou não, aberto no terreno com um tubo de aço de diâmetro mínimo de 70 cm de modo a permitir a entrada e o trabalho de um homem, pelo menos na sua etapa final, para completar a geometria da escavação e fazer a limpeza do solo. Divide-se em dois tipos básicos: os tubulões a céu aberto, normalmente, sem revestimento e não armados no caso de existir somente carga vertical e os a ar comprimido ou pneumático. Os tubulões a ar comprimido são sempre revestidos, podendo esse revestimento ser constituído de uma camisa de concreto armado ou por uma camisa metálica. Neste caso a camisa metálica pode ser recuperada ou não. São utilizados em solos onde haja a presença de água e que não seja possível esgotá-la. O fuste do tubulão é sempre cilíndrico enquanto a base poderá ser circular ou em forma de falsa elipse. CONTENÇÕES 17 São procedimentos adotados para contenção de encostas muito íngremes ou encostas onde há edificações no topo. Consiste na perfuração do terreno da encosta com 15 a 20m de profundidade, geralmente em inclinação que varia de acordo com o tipo de solo e de carga a ser vencida para a estabilização da encosta. Nesta perfuração, é introduzido um tubo por onde passarão cabos ou barra de aços que serão fixados a um bulbo concretado na extremidade interna do furo, dentro da encosta. E na extremidade externa, os cabos são fixados por um sistema de chapas e cunhas, fixando as cortinas concretadas na fachada da encosta. Em geral, os tirantes podem ser passivos e ativos. a. Passivo: São aquelas nos quase são feitas as ancoragens das cortinas concretadas, e a força de tensão destes tirantes acontece quando o solo começa a se movimentar, exercendo a pressão suficiente para se estabilizar. Nota-se que este serviço é estrutural e existe um cálculo e um dimensionamento predeterminado, no qual se leva em consideração a carga do solo e o tipo de maciço para ser estabilizado. b. Ativos ou protendidos: Têm o processo semelhante ativo, no entanto nesse tipo de tirante, é adicionada uma tensão que é exercida por uma tração feita na extremidade externa e, depois, é feito o processo de travamento dos cabos tracionados. As cortinas atirantadas são executadas no local e começa pela perfuração do maciço com uma perfuratriz que consegue a inclinação, o espaçamento e a profundidade necessária para fazer os furos de acordo com a exigência do projeto que determina o ponto ideal que tenha uma boa resistência deste maciço e, assim, conseguir estabilizar a encosta. Depois de perfurado, começa o serviço de limpeza dos furos para eliminar o resíduo da escavação, para então introduzir os tirantes ou cabos, o que é feito com muito cuidado evitando atritos. Em seguida, é injetada a nata de cimento para servir de ancoragem, assim que o concreto tiver a cura suficiente para receber a tração dos tirantes. Perceba que o nome desse tipo de contenção e tirantes por ser feita com tirantes de aço. Esta tração é feita com a ajuda de macacos hidráulicos que são travados por pedaço de chapa e cunhas para sua fixação. E por fim, é feita a proteção da cabeça do tirante com concreto, evitando, assim, a entrada de ar e agua e, consequentemente a corrosão dos tirantes de aços. REFERÊNCIAS EBAH. Fundações. Porto Velho, 2012. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ ABAAAfg9oAF/fundacoes ?part=2> Acesso em: 23 maio 2016. 20 ROLEMBERG, Sérgio. Série Construção Civil. Mecânica dos Solos. Brasília: SENAI/DN, 2012. 21
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