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A fé de Bergoglio por Bergoglio - Estudando o pensamento do Santo Padre - Gabriel Mota, Notas de estudo de Ciências Sociais

Estudando o pensamento do Santo Padre, Papa Francisco, a partir de suas próprias palavras. O que pensa Papa Francisco a respeito de vários assuntos, tais como: aborto, Bento XVI, capitalismo, casamento, celibato, comunismo, Concílio Vaticano II, demônio, família, feminismo, homossexualismo, inculturação, interpretação bíblica, liturgia, marxismo, missionariedade, modernidade, ordenação de mulheres, relativismo, Teologia da Libertação, etc.

Tipologia: Notas de estudo

2016

Compartilhado em 12/05/2016

luan-motta-4
luan-motta-4 🇧🇷

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Baixe A fé de Bergoglio por Bergoglio - Estudando o pensamento do Santo Padre - Gabriel Mota e outras Notas de estudo em PDF para Ciências Sociais, somente na Docsity! fEiredo in iEinam, Elanctam, (Sathólicam et faipostólicam fEeclésiam. £s Gê DE EERSONDO POR BERCOSNIO Estudando o pensamento do Santo Pedir, Capa Francisco, a parcir de suas próprias palapros, ORGANIZAÇÃO: GABRIEL MOTA eira ie e ARNO, Atua o ara (DUNA “A experiência cristã não é ideológica. É marcada por uma originalidade não-negociável. O que é nascido do espanto do encontro com Jesus Cristo, a maravilha da pessoa de Jesus Cristo. E isso mantém nosso povo, e ela se manifesta na pledade popular. Tanto a Ideologia de esquerda como o Imperialismo econômico do dinheiro, agora triunfante, apaga a originalidade cristã, o encontro com Jesus Cristo que muitos de nosso povo ainda vive em sua simplicidade de fé.” A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 1 Apresentação Salve Maria Santíssima! Peço à Virgem Imaculada a benção sobre esse raso trabalho e dedico esse empenho ao coração da Mãe de Deus para maior glória de Cristo, Nosso Senhor. Aos católicos, fieis da Una e Santa Igreja de Cristo, recolho e transcrevo os ensinamentos do nosso Pastor, Vigário de Cristo e Servo dos servos, Papa Francisco, como uma forma de melhor resumir a sua fé e expô-la de forma acessível. Uma laboriosa leitura foi necessária para compor este “ livrinho”, que poderíamos chama-lo de “compêndio” ou “suma”, da fé de Francisco. Tendo como suporte o site do Vaticano conferi atentamente quase todas as homilias, cartas, audiências, Regina Coeli e Angelus; e muitas mensagens e discursos que estão disponíveis no acervo papal. Além disso, verifiquei a ‘Exortação Apostólica Evangelii Gaudium’, o livro ‘Sobre o Céu e a Terra’ – autoria de Bergoglio e Skorka, o seu livro “El Jesuita” e os “Ejercicios espirituales a los obispos españoles” também de sua autoria, bem como algumas entrevistas a sites e jornais, e uma grande quantidade de homilias dos anos de 1999-2013, época que era arcebispo de Buenos Aires. O leitor pode facilmente se situar sobre o assunto de cada frase, afastando o perigo da leitura “acontextual”, devido aos subtítulos que descrevem o tema dos textos e a escolha pessoal de não os colocar demasiadamente curtos. Em alguns assuntos acrescentei às frases citações externas, seja para complementá-las, fazer ressalvas, comparar ou fundamentar o que foi dito, etc. Dentre essas citações, dei destaque, com textos maiores e mais documentos – logo no início, também nas seções específicas, ao tema da Doutrina Social visto que é abordado muitas vezes. Faz necessário, antes de tudo, avisar que algumas frases eu as traduzi, principalmente as provenientes de entrevistas e homilias do período que Bergoglio era arcebispo de Buenos Aires, portanto, caso apareça alguma dúvida verifique o texto original. Adianto meu pedido de perdão por alguma possível e provável tradução malfeita, quiçá grosseiras; tentei ser o mais fiel possível. Qualquer frase pode ser encontrada na internet ou nos livros de Bergoglio a partir das citações devidamente colocadas ao fim de cada texto. Observo ainda que algumas frases foram colocadas em dada seção por uma ou duas A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 4 Artigo XXXII. Sobre o rigorismo e laxismo................................................................................ 46 Artigo XXXIII. Crise da dignidade humana ................................................................................ 47 Artigo XXXIV. Sobre a defesa da vida ....................................................................................... 48 Artigo XXXV. Sobre a cultura do descarte ................................................................................ 49 Artigo XXXVI. Sobre o aborto................................................................................................... 50 Artigo XXXVII. Sobre a ordenação de mulheres.......................................................................... 51 Artigo XXXVIII. Sobre o papel da mulher no cristianismo ............................................................. 53 Artigo XXXIX. Sobre o papel da mulher na Igreja....................................................................... 54 Artigo XL. Sobre o papel da mulher na família ............................................................................ 56 Artigo XLI. Sobre o feminismo................................................................................................. 58 Artigo XLII. Sobre a Assunção de Maria .................................................................................... 59 Artigo XLIII. Sobre a Imaculada Conceição de Maria ................................................................... 59 Artigo XLIV. Sobre a realeza de Maria........................................................................................ 60 Artigo XLV. Sobre a maternidade de Maria ............................................................................... 61 Artigo XLVI. Mãe da Igreja (“Mater Ecclesiæ”) ........................................................................... 63 Artigo XLVII. Sobre o sim de Maria ............................................................................................. 63 Artigo XLVIII. Sobre o calvário da Virgem Maria ....................................................................... 64 Artigo XLIX. Mais algumas frases sobre Nossa Senhora .............................................................. 65 Artigo L. Sobre a força da oração ............................................................................................. 66 Artigo LI. Oração, diálogo e vivência com Deus .......................................................................... 67 Artigo LII. Sobre o Rosário ......................................................................................................... 68 Artigo LIII. Sobre o terço da Divina misericórdia....................................................................... 69 Artigo LIV. Rezar em família .................................................................................................... 70 Artigo LV. Sobre o testemunho de vida ...................................................................................... 71 Artigo LVI. Sobre a verdadeira paz........................................................................................... 72 Artigo LVII. Sobre o demônio ................................................................................................... 72 Artigo LVIII. Sobre a mundaneidade .......................................................................................... 74 Artigo LIX. Sobre as fofocas e bisbilhotices .............................................................................. 75 Artigo LX. Sobre os sacramentos em geral .................................................................................. 76 Artigo LXI. Sobre o Sacramento do Batismo ............................................................................. 78 Artigo LXII. Sobre a importância do batismo ............................................................................. 79 Artigo LXIII. Sobre a data do batismo ........................................................................................ 80 Artigo LXIV. Sobre o Sacramento do Matrimônio ....................................................................... 81 Artigo LXV. Sobre as discussões no casamento.......................................................................... 83 Artigo LXVI. Sobre a segunda união ........................................................................................... 83 A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 5 Artigo LXVII. Sobre a cultura do provisório ................................................................................. 84 Artigo LXVIII. Sobre a vocação................................................................................................. 85 Artigo LXIX. Sobre a seleção dos vocacionados .......................................................................... 86 Artigo LXX. Sobre o romance do seminarista Bergoglio ............................................................. 86 Artigo LXXI. Sobre o sacerdócio ................................................................................................ 86 Artigo LXXII. Sobre a vida consagrada ........................................................................................ 88 Artigo LXXIII. Sobre o celibato................................................................................................. 88 Artigo LXXIV. Sobre o clericalismo ........................................................................................... 89 Artigo LXXV. Sobre o carreirismo ............................................................................................... 89 Artigo LXXVI. Sobre o bispo..................................................................................................... 90 Artigo LXXVII. Sobre o Sacramento da Penitência ...................................................................... 91 Artigo LXXVIII. Sobre o Sacramento da Unção dos enfermos....................................................... 94 Artigo LXXIX. Sobre o Sacramento do Crisma ........................................................................... 94 Artigo LXXX. Sobre a Eucaristia .................................................................................................. 95 Artigo LXXXI. Sobre a Santa Missa ........................................................................................... 96 Artigo LXXXII. Sobre a liturgia .................................................................................................. 99 Artigo LXXXIII. A mentira do luxo do Palácio Papal ................................................................... 101 Artigo LXXXIV. A mentira das saídas do Papa à noite ................................................................ 102 Artigo LXXXV. Sobre a santidade na Santa Sé .......................................................................... 102 Artigo LXXXVI. Sobre a os abusos sexuais................................................................................. 102 Artigo LXXXVII. Sobre a herética colegialidade primus inter pares ........................................... 103 Artigo LXXXVIII. Sobre o Papa Bento XVI ................................................................................ 104 Artigo LXXXIX. Sobre a música ................................................................................................ 105 Artigo XC. Sobre a salvação de Cristo .................................................................................... 105 Artigo XCI. Sobre o convite à santidade ................................................................................. 106 Artigo XCII. Sobre a Doutrina íntegra ...................................................................................... 108 Artigo XCIII. Sobre as Universidades católicas .......................................................................... 108 Artigo XCIV. Sobre o amor de Deus.......................................................................................... 109 Artigo XCV. Sobre o diálogo em geral...................................................................................... 109 Artigo XCVI. Sobre o diálogo inter-religioso e ecumênico .......................................................... 110 Artigo XCVII. Sobre a esperança cristã................................................................................... 112 Artigo XCVIII. Um resumo da fé Católica, Kerygma.................................................................. 113 Artigo XCIX. A gratidão para com Deus .................................................................................... 114 Artigo C. Sobre a Santíssima Trindade .................................................................................... 114 Artigo CI. Sobre o martírio ...................................................................................................... 114 A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 6 Artigo CII. Sobre a renovação da Igreja ................................................................................. 115 Artigo CIII. Sobre a nova evangelização.................................................................................. 115 Artigo CIV. Sobre a modernidade .......................................................................................... 116 Artigo CV. Sobre o relativismo .............................................................................................. 117 Artigo CVI. Sobre a verdade .................................................................................................. 118 Artigo CVII. Sobre a imutabilidade da Verdade revelada .......................................................... 119 Artigo CVIII. Sobre a chacota do bem....................................................................................... 120 Artigo CIX. Sobre o nominalismo ........................................................................................... 120 Artigo CX. Sobre a primazia de Deus no encontro .................................................................. 120 Artigo CXI. Sobre a vida eterna.............................................................................................. 121 Artigo CXII. Sobre a vida cristã ............................................................................................... 122 Artigo CXIII. Sobre a renúncia.................................................................................................. 124 Artigo CXIV. Sobre o pecado ................................................................................................... 124 Artigo CXV. Sobre os falsos profetas ....................................................................................... 125 Artigo CXVI. Sobre as calamidades naturais.............................................................................. 126 Artigo CXVII. Sobre os idosos................................................................................................ 126 Artigo CXVIII. Sobre a eutanásia ............................................................................................ 127 Artigo CXIX. Sobre o trabalho.................................................................................................. 128 Artigo CXX. Sobre a criação .................................................................................................... 130 Artigo CXXI. Sobre a morte ..................................................................................................... 132 Artigo CXXII. Sobre a ressurreição de Jesus ........................................................................... 133 Artigo CXXIII. Sobre a ressurreição da carne (dos mortos) ....................................................... 135 Artigo CXXIV. Sobre a Ascensão de Jesus................................................................................ 137 Artigo CXXV. Sobre o Espírito Santo ...................................................................................... 137 Artigo CXXVI. Sobre a utilidade dos carismas.......................................................................... 138 Artigo CXXVII. A diversidade de dons e carismas...................................................................... 139 Artigo CXXVIII. Sobre a catolicidade da Igreja ........................................................................... 141 Artigo CXXIX. Sobre a apostolicidade da Igreja ....................................................................... 143 Artigo CXXX. Sobre a santidade da Igreja .............................................................................. 144 Artigo CXXXI. Sobre a sacralidade na Igreja ............................................................................ 147 Artigo CXXXII. Sobre a maternidade da Igreja .......................................................................... 148 Artigo CXXXIII. Sobre a missionariedade da Igreja..................................................................... 150 Artigo CXXXIV. Igreja, desejada por Deus ................................................................................. 151 Artigo CXXXV. Sobre a pertença à Igreja.................................................................................. 151 Artigo CXXXVI. Crer com e na Igreja ......................................................................................... 152 A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 9 Introdução Tamanha é a perturbação nos tempos atuais que mal posso definir o cenário atual. A nossa Igreja, ou melhor dizendo a de Jesus Cristo, vive um momento perturbado, de tal maneira que o que se tinha por certo parece, hoje, ser dado por errado, e este por correto. De que falo? Da doutrina da Igreja, do ensinamento constante daquela que nunca se deixou levar pelas ondas e ventos de vã doutrina, mesmo diante dos poderes seculares que a coagiam. O ar de insegurança que respiramos nos deixou doentes a ponto de fitarmos os olhares sobre o que o Santo Padre diz, a fim de confirmar sua fé católica. Outros estão em estado pior, procurando não uma defesa do papado, mas qualquer palavra dúbia para critica-lo e espalhar o terror no meio do rebanho do Senhor. Quem nos deu a autoridade de jugar o vigário de Cristo? A doença está chegando ao estado terminal. A muitos isso já chegou! Não digo que uma ou outra situação faça pôr-nos a alerta, mas parece que a paranoia é o mal em questão, tudo é motivo de perturbação da alma. O ambiente secularizado e pagão com sua mídia trapaceira agrava mais ainda. Quem nunca ouviu um escândalo de uma suposta declaração do papa? A inquietação bate à porta! Decorridos quase três anos de pontificado de Francisco, há ainda pessoas que põem em xeque a fé do Papa. Assim, proponho sanar ao menos um pouco as dúvidas desses fieis, que suponho serem de boa-fé. A solução proposta é deixar que o próprio Papa nos responda em que crê, por meio de seus escritos. Passando pelos mais singelos aos mais polêmicos e complexos assuntos, notamos a íntima e profunda ortodoxia da fé católica. A estupenda beleza da teologia proposta por Bergoglio é, para defini-la bem, emocionante, pois é viva, sem formalismos, com gosto de realidade. É notável algumas características básicas do pensamento “bergogliano”. Em matéria social, é incontestável a total fundamentação na Doutrina Social da Igreja. Parece, aliás, absurdo alguém, conhecendo a DSI, chamar Jorge Bergoglio de comunista ou outro revolucionário dessa estirpe medíocre. As críticas a globalização fazem-me pensar que ele A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 10 seja um amante do distributismo de G.K. Chesterton, famoso filósofo e jornalista inglês , que centraliza a família e a sociedade familiar no centro da economia, em contraposição aos métodos econômicos liberais. Não gostaria de me delongar nesta introdução para não fatigar o leito, por isto, vos deixo à vontade para ler este simples livrinho. Boa leitura! Gabriel Luan A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 11 Observações preliminares sobre a Doutrina Social da Igreja: - Observações preliminares sobre a Doutrina Social da Igreja: Comunismo: “Alguns existem que, frente à iniquidade do comunismo, que visa a destruir a fé naqueles mesmos a quem promete o bem-estar material, se mostram atemorizados e incertos; mas esta Sé Apostólica, em documentos recentes, indicou claramente qual o caminho a seguir e do qual ninguém se poderá afastar, se não quiser fal tar ao próprio dever.” (Papa Pio XII, Exortação Apostólica Menti Nostrae, 114) “Efetivamente, o comunismo por sua natureza opõe-se a qualquer religião, e a razão por que a considera como o “ópio do povo [...] Tal é, Veneráveis Irmãos, a doutrina da Igreja, a única que, como em qualquer outro campo, assim também no campo social, pode projetar verdadeira luz, a única doutrina de salvação em face da ideologia comunista.” (Papa Pio XI, Encíclica Divinis Redemptoris, 22, 39) “Ao princípio, o comunismo mostrou-se tal qual era em toda a sua perversidade; mas bem depressa se capacitou de que desse modo afastava de si os povos; e por isso mudou de tática e procura atrair as multidões com vários enganos, ocultando os seus desígnios sob a máscara de ideais, em si bons e atraentes. Assim, vendo o desejo geral de paz, os chefes do comunismo fingem ser os mais zelosos fautores e propagandistas do movimento a favor da paz mundial; mas ao mesmo tempo excitam a uma luta de classes que faz correr rios de sangue [...] Assim, sob vários nomes que nem por sombras aludem ao comunismo, fundam associações e periódicos que servem depois unicamente para fazerem penetrar as suas ideias em meios, que doutra forma lhe não seriam facilmente acessíveis, procuram até com perfídia infiltrar-se em associações católicas e religiosas. Em outras partes levam a hipocrisia até fazer crer que o comunismo, em países de maior fé e de maior cultura, tomará outro aspecto mais brando, não impedirá o culto religioso e respeitará a liberdade das consciências. Procurai, Veneráveis Irmãos, que os fiéis não se deixem enganar! O comunismo é intrinsecamente perverso e não se pode admitir em campo nenhum a colaboração com ele, da parte de quem quer que deseje salvar a civilização cristã.” (Papa Pio XI, Encíclica Divinis Redemptoris, 57, 58) A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 14 Observações preliminares sobre a Doutrina Social da Igreja: querem sinceramente o bem do povo é a inviolabilidade da propriedade particular.” (Papa Leão XIII, Encíclica Rerum Novarum, 7) “Declaramos o seguinte: o socialismo, considerado seja como doutrina, seja como fato histórico, seja como “ação”, se realmente continua sendo socialismo, mesmo depois das concessões à verdade e à justiça que mencionamos, é incompatível com os dogmas da Igreja católica, pois concebe a sociedade como totalmente alheia à verdade cristã. Socialismo religioso, socialismo cristão são termos incompatíveis; ninguém pode simultaneamente ser católico convicto e verdadeiro socialista.” (Papa Pio XI, Encíclica Quadragesimo Anno, citada em Denzinger, 3742, 2744) “Parecem, porém ignorar ou não ter na devida conta os gravíssimos e funestos perigos deste socialismo, os que não tratam de lhe resistir forte e energicamente, como o pede a gravidade das circunstâncias. É dever do Nosso múnus pastoral chamar-lhes a atenção para a gravidade e eminência do perigo: lembrem-se todos, que deste socialismo educador foi pai o liberalismo, será herdeiro legítimo o bolchevismo.” (Papa Pio XI, Encíclica Quadragesimo Anno, III, 2) “O socialismo quer se considere como doutrina, quer como facto histórico, ou como ‘ação’, se é verdadeiro socialismo, mesmo depois de se aproximar da verdade e da justiça nos pontos sobreditos, não pode conciliar-se com a doutrina católica; pois concebe a sociedade de modo completamente avesso à verdade cristã.” (Papa Pio XI, Encíclica Quadragesimo Anno, III, 2) Liberalismo e livre mercado: “O livre mercado é uma instituição socialmente importante para a sua capacidade de garantir resultados eficientes na produção de bens e serviços. Existem boas razões para acreditar que, em muitas circunstâncias, o livre mercado seja o instrumento mais eficaz para colocar os recursos e responder eficazmente as necessidades. A doutrina social da Igreja aprecia as vantagens seguras que os mecanismos do livre mercado oferecem [...]” (Compêndio da Doutrina Social da Igreja, 347; Encíclica Centesimus Annus, 34) “A ideia de que se possa confiar tão somente ao mercado (livre) o fornecimento de todas as categorias de bens não é admissível, porque baseada numa visão redutiva da pessoa e da sociedade. Diante do concreto risco de uma ‘ idolatria’ do mercado, a doutrina social da Igreja lhe ressalta o limite, facilmente reveláveis em a A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 15 Observações preliminares sobre a Doutrina Social da Igreja: sua constatada incapacidade de satisfazer as exigências humanas importantes [...]” (Compêndio da Doutrina Social da Igreja, 349; Encíclica Centesimus Annus, 34, 40) “Deus dotou [o homem] de múltiplas e variadas prerrogativas, tais como: direito à vida e à integridade do corpo, direito tanto a receber as coisas necessárias quanto a tender ordenadamente ao fim último que Deus lhe propõe; direito enfim de associação, de propriedade particular e de seu usufruto. Isto, porém, não se deve entender como ensinam os assim chamados liberais no sentido de sua doutrina individualista, que subordina a sociedade à utilidade egoísta do indivíduo , mas sim no sentido de que, por estarem unidos à sociedade segundo uma ordem bem articulada, todos possam, pela mútua colaboração, alcançar a verdadeira prosperidade terrena.” (Papa Pio XI, Encíclia Divini Redemptoris, citado em Denzinger-Hunermann, 3771, 3772) “A livre concorrência [de mercado], ainda que, dentro de determinados limites, seja justa e indubitavelmente proveitosa, não pode de modo algum governar a economia, como provaram sobejamente os fatos desde que se puseram em prática os princípios do funesto individualismo. É necessário, portanto, recorrer a princípios mais elevados e mais nobres, que regulem severa e integramente esse comando – a saber: a justiça social e a caridade social.” (Papa Pio XI, Encíclica Quadragesimo Anno, citada em Denzinger, 3741) “As últimas consequências deste espírito individualista no campo económico são essas que vós, veneráveis Irmãos e amados Filhos, vedes e lamentais : a livre concorrência matou-se a si própria; à liberdade do mercado sucedeu o predomínio económico; à avidez do lucro seguiu-se a desenfreada ambição de predomínio; toda a economia se tornou horrendamente dura, cruel, atroz.” (Papa Pio XI, Encíclica Quadragesimo Anno, III, 1) Base da Doutrina social: “Para evitar o escolho quer do individualismo quer do socialismo ter-se-á em conta o duplo carácter individual e social tanto do capital ou propriedade, como do trabalho. As relações mútuas de um com o outro devem ser reguladas segundo as leis de uma rigorosa justiça comutativa, apoiada na caridade cristã. A livre concorrência contida dentro de justos e razoáveis limites e mais ainda o poderio económico devem estar efetivamente sujeitos à autoridade pública, em tudo o que é da sua alçada. Enfim as públicas instituições adaptarão a sociedade inteira às A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 16 Observações preliminares sobre a Doutrina Social da Igreja: exigências do bem comum, isto é, às regras da justiça; donde necessariamente resultará, que esta função tão importante da vida social, qual é a atividade económica, se encontrará por sua vez reconduzida a uma ordem sã e bem equilibrada.” (Papa Pio XI, Encíclica Quadragesimo Anno, III, 1) “Mas isto só não basta: à lei da justiça deve juntar-se a da caridade, «que é o vínculo da perfeição». Quantos se enganam por tanto os reformadores incautos, que atendendo somente a guardar a justiça comutativa, rejeitam com orgulho o concurso da caridade! De certo não pode a caridade substituir a justiça, quando o devido se nega iniquinamente. Contudo ainda que o homem alcance enf im quanto lhe é devido, restará sempre um campo imenso aberto à caridade: a justiça, bem que praticada com todo o rigor, se pode extirpar as raízes das lutas sociais, não poderá nunca sozinha congraçar os ânimos e unir os corações.” (Papa Pio XI, Encíclica Quadragesimo Anno, III, 3) “[...] Veneráveis Irmãos, não se cansem de inculcar a todas as classes da sociedade as máximas do Evangelho; façamos tudo quanto estiver ao nosso alcance para salvação dos povos, e, sobretudo, alimentem em si e acendam nos outros, nos grandes e nos pequenos a caridade, senhora e rainha de todas as virtudes. Portanto, a salvação [da situação de pobreza] desejada deve ser principalmente o fruto duma grande efusão de caridade, queremos dizer, daquela caridade que compendia em si todo o Evangelho, e que, sempre pronta a sacrificar-se pelo próximo, é o antídoto mais seguro contra o orgulho e o egoísmo do século.” (Papa Leão XIII, Encíclica Rerum Novarum, 35) Leitura indicada: Rerum Novarum, Quadragesimo Anno, Divinis Redemptoris, Compendio da Doutrina Social da Igreja. A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 19 Sobre a ideologização do Evangelho povo ainda vivem em sua simplicidade de fé.” ( Cardeal Bergoglio, entrevista à 30Giorni, 2002) Artigo III. Sobre a ideologização do Evangelho “A opção pela missionariedade do discípulo sofrerá tentações. É importante saber compreender a estratégia do espírito mau, para nos ajudar no discernimento. A ideologização da mensagem evangélica. É uma tentação que se verificou na Igreja desde o início: procurar uma hermenêutica de interpretação evangélica fora da própria mensagem do Evangelho e fora da Igreja.” (Papa Francisco, discurso aos bispos responsáveis pelo CELAM, 28 de julho de 2013) “Existem outras maneiras de ideologização da mensagem [evangélica]. Menciono apenas algumas: O reducionismo socializante. É a ideologização mais fácil de descobrir. Em alguns momentos, foi muito forte. Trata-se de uma pretensão interpretativa com base em uma hermenêutica de acordo com as ciências sociais. Engloba os campos mais variados, desde o liberalismo de mercado até às categorizações marxistas.” (Papa Francisco, discurso aos bispos responsáveis pelo CELAM, 28 de julho de 2013) "Quantos ventos de doutrina conhecemos nestes últimos decénios, quantas correntes ideológicas, quantos modos de pensar!... A pequena barca do pensamento de muitos cristãos foi não raro agitada por essas ondas, lançada de um extremo ao outro: do marxismo ao liberalismo, até ao ponto de chegar à l ibertinagem; do coletivismo ao individualismo radical; do ateísmo a um vago misticismo religioso; do agnosticismo ao sincretismo, e por aí adiante." (Joseph Ratzinger, homilia da Missa Pro Eligendo Pontífice) “A fé transforma-se em ideologia e a ideologia assusta, a ideologia manda embora as pessoas, afasta, afasta as pessoas e afasta a Igreja da gente. Mas é uma doença grave esta dos cristãos ideológicos.” (Papa Francisco, homilia na Missa celebrada na Capela da Casa Santa Marta, 17 de outubro de 2013) A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 20 Sobre o egoísmo Artigo IV. Sobre o egoísmo "A vida humana é uma relação. Só numa relação, e não fechados em nós próprios, podemos ter a vida." (Papa Bento XVI, Perguntas e Respostas, pag. 25) “Quando o homem quer afirmar-se a si mesmo, fechando-se no seu egoísmo e colocando-se no lugar de Deus, acaba por semear a morte.” (Papa Francisco, homilia na Praça São Pedro para o dia da ‘Evangelium Vitae’, 16 de junho de 2013) Artigo V. Sobre a família “Os papéis de paternidade, maternidade, filho ou filha, irmão ou irmã, são a base de qualquer sociedade, e sem eles toda a sociedade perderia consistência e se tornaria anárquica.” (Parish and Family, 18 de janeiro de 2007) "O matrimonio monogâmico constituiu o princípio ordenador fundamental das relações entre homem e mulher, bem como a célula da formação comunitária do Estado a partir da fé bíblica." (Joseph Ratzinger, conferência em Berlim, 28.11.2000) “Muitos nas sociedades modernas tendem a considerar e defender os direitos do indivíduo, o que é muito bom. Mas não por isso se deve esquecer a importância que tem para a sociedade – cristã ou não – os papeis básicos que se dão somente na família fundada no matrimônio. Papel de paternidade, maternidade, filiação e irmandade que estão na base de qualquer sociedade e sem os quais toda sociedade vai perdendo consistência e se tornando anárquica.” (Bergoglio, Mensagem dada em Roma, 18 de janeiro de 2007) "A família é insubstituível para a tranquilidade pessoal e para a educação dos fi lhos. As mães que desejam dedicar-se plenamente à educação dos seus fi lhos e ao serviço da família devem gozar das condições necessárias para o poder fazer, e por isso têm direito de contar com o apoio do Estado. De fato, o papel da mãe é fundamental para o futuro da sociedade. O pai, por seu lado, tem o dever de ser verdadeiramente pai que exerce a sua indispensável responsabilidade e colaboração na educação dos seus fi lhos. Os fi lhos, para o seu crescimento integral, têm o direito de poder contar com o pai e com a mãe, que se ocupem deles e os acompanhem rumo à plenitude da sua vida." (Papa Bento XVI, Discurso Inaugural na V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano) A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 21 Sobre a família “A família é o centro natural da vida humana.” (Parish and Family, 18 de janeiro de 2007). “A família é importante, é necessária para a sobrevivência da humanidade. Se não existe a família, a sobrevivência cultural da humanidade corre perigo. É a base, nos apeteça ou não: a família.” (Papa Francisco, entrevista à Rádio da Arquidiocese do Rio de Janeiro, 27 de julho de 2013) "Jesus nasceu numa família. Ele podia ter vindo de modo espetacular, ou como um guerreiro, um imperador... Mas não: veio como filho, numa família. E poder-se-ia dizer: «Mas este Deus que vem para nos salvar perdeu trinta anos ali, naquela periferia de má fama?». Perdeu trinta anos! Ele quis que fosse assim. O caminho de Jesus era no seio daquela família. «A Mãe conservava tudo isto no seu coração, e Jesus crescia em sabedoria, idade e graça diante de Deus e dos homens». Não se fala de milagres ou curas, de pregações — não fez alguma nessa época — de multidões que acorrem; Em Nazaré tudo parece acontecer «normalmente», segundo os costumes de uma família israelita piedosa e diligente: trabalhava-se, a mãe cozinhava, ocupava-se dos afazeres de casa, passava a ferro... coisas de mãe. O pai, carpinteiro, labutava, ensinava o filho a trabalhar. Trinta anos. «Mas que desperdício, Padre!». Os caminhos de Deus são misteriosos. Mas ali o importante era a família! E isto não constituía um desperdício! Eram grandes santos: Maria, a mulher mais santa, Imaculada, e José, o homem mais justo... A família." (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 17 de dezembro de 2014) “A família nasce deste desígnio de amor, que quer crescer como se constrói uma casa que se torne um lugar de carinho, de ajuda, de esperança e de apoio. Do mesmo modo como o amor de Deus é estável e para sempre, assim também no caso do amor que funda a família, desejamos que ele seja estável e para sempre. Por favor, não devemos deixar-nos dominar pela «cultura do provisório»!” (Papa Francisco, discurso aos noivos, 14 de fevereiro de 2014) “Desde o início, o Criador colocou a sua bênção sobre o homem e a mulher, para que fossem fecundos e se multiplicassem sobre a terra; e assim a família torna presente, no mundo, como que o reflexo de Deus, Uno e Trino.” (Papa Francisco, discurso no Consistório Extraordinário sobre a família, 1º de fevereiro de 2014) A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 24 Sobre a missionariedade ativista versus orante árvore grande e um minúsculo grão." (Joseph Ratzinger, Conferência no Congresso de catequistas e professores, 10.12.2000) “É fundamental que os católicos – tanto clérigos como leigos – saíam ao encontro do povo. Uma vez me dizia um sacerdote muito sábio que estamos diante de uma situação totalmente oposta à que a parábola do pastor apresenta, que tinha noventa e nove ovelhas no curral e foi buscar a que se perdeu: temos uma no curral e noventa e nove que não vamos a buscar.” (Bergoglio, El Jesuita, pag.75) "A Igreja não pode ser um grupo fechado, autosuficiente . Devemos, sobretudo, ser missionários, no sentido de voltar a propor à sociedade aqueles valores que são os fundamentos da forma legal que a sociedade deu a si mesma, e que estão na base da própria possibil idade de construir qualquer comunidade social verdadeiramente humana." (Joseph Ratzinger, Dios y el mundo; repr. em Avvenire, 27.09.2001) “Em outras palavras, creio que uma Igreja que se reduz ao administrativo, a conservar seu pequeno rebanho, é uma Igreja que, amplamente, adoece.” (Bergoglio, El Jesuita, pag.76) Artigo VII. Sobre a missionariedade ativista versus orante “Ouvi bem: «A evangelização faz-se de joelhos». Sede sempre homens e mulheres de oração! Sem o relacionamento constante com Deus a missão torna-se um ofício. O risco do ativismo, de confiar demasiado nas estruturas, está sempre à espreita.” (Papa Francisco, homilia na Basílica Vaticana, 7 de julho de 2013) "O primeiro compromisso missionário de cada um de nós é a oração. É principalmente rezando que se prepara o caminho para o Evangelho; é orando que se abrem os corações ao mistério de Deus e que se dispõem os espíritos ao acolhimento da Palavra de salvação." (Papa Bento XVI, ângelus, 19 de outubro de 2008) “Se olhamos a vida de Jesus, constatamos que, na véspera de cada decisão ou acontecimento importante, Ele Se recolhia em oração intensa e prolongada. Cultivemos a dimensão contemplativa, mesmo no turbilhão dos compromissos mais urgentes e pesados.” (Papa Francisco, homilia na Basílica Vaticana, 7 de julho de 2013) A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 25 A única Igreja de Cristo “[...] uma Igreja que evangeliza, deve começar sempre a partir da oração, do pedir, como os Apóstolos no Cenáculo, o fogo do Espírito Santo.” (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 22 de maio de 2013) “Só a relação fiel e intensa com Deus permite sair dos próprios fechamentos e anunciar o Evangelho com parresia. Sem a oração, o nosso agir torna-se vazio e o nosso anunciar não tem alma e não é animado pelo Espírito.” (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 22 de maio de 2013) “Com efeito, «apóstolo», é uma palavra grega que quer dizer «mandado», «enviado». O apóstolo é uma pessoa mandada, enviada a fazer algo, e os Apóstolos foram escolhidos, chamados e enviados por Jesus, para dar continuidade à sua obra , ou seja, para rezar — é a primeira tarefa do apóstolo — e, segunda, anunciar o Evangelho.” (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 16 de outubro de 2013) “Isto [rezar e anunciar] é importante, porque quando pensamos nos Apóstolos, poderíamos pensar que só foram anunciar o Evangelho, realizar muitas obras. Mas nos primórdios da Igreja houve um problema porque os Apóstolos deviam fazer muitas coisas e então constituíram os diáconos, a fim de que para os Apóstolos sobrasse mais tempo para rezar e anunciar a Palavra de Deus.” (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 16 de outubro de 2013) “É precisamente o convite a começar a partir da contemplação do Senhorio de Cristo, a fim de receber dele a força para anunciar e testemunhar o Evangelho na vida de todos os dias: contemplar e agir, ora et labora, ensina são Bento, são ambos necessários na nossa vida de cristãos.” (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 17 de abril de 2013) Artigo VIII. A única Igreja de Cristo “Ela [diocese] é o sujeito primário da evangelização, enquanto é a manifestação concreta da única Igreja num lugar da terra e, nela, «está verdadeiramente presente e opera a Igreja de Cristo, una, santa, católica e apostólica».” (Papa Francisco, Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, nº 30) A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 26 A única Igreja de Cristo "A Igreja de Cristo não é um partido, não é uma associação nem um clube: a sua estrutura profunda é ineliminável ; não é democrática, e sim sacramental, e portanto hierárquica: porque a hierarquia baseada na sucessão apostólica é condição indispensável para obter a força e a realidade dos sacramentos." (Joseph Ratzinger, a fé em crise) “No «Credo» nós dizemos: «Creio na Igreja, una...», ou seja, professamos que a Igreja é única e que esta Igreja é em si mesmo unidade.” (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 25 de setembro de 2013) "E esta é a Igreja, a vinha do Senhor, a Mãe fecunda e a Mestra solícita, que não tem medo de arregaçar as mangas para derramar o azeite e o vinho sobre as feridas dos homens (cf. Lc 10, 2537) ; que não observa a humanidade a partir de um castelo de vidro para julgar ou classificar as pessoas. Esta é a Igreja Una, Santa, Católica, Apostólica e formada por pecadores, necessitados da sua misericórdia. Esta é a Igreja, a verdadeira Esposa de Cristo, que procura ser fiel ao seu Esposo e à sua doutrina." (Papa Francisco, discurso na conclusão da III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, 18 de outubro de 2014) "(...) a Igreja é de Cristo — é a sua Esposa — e todos os bispos, em comunhão com o Sucessor de Pedro, têm a missão e o dever de a guardar e servir, não como patrões mas como servidores. Neste contexto, o Papa não é o senhor supremo mas, ao contrário, o supremo servidor — o «servus servorum Dei»; o garante da obediência e da conformidade da Igreja com a vontade de Deus, o Evangelho de Cristo e a Tradição da Igreja , pondo de lado qualquer arbítrio pessoal, embora seja — por vontade do próprio Cristo — o «supremo Pastor e Doutor de todos os fiéis» (cân. 749), e goze «na Igreja de poder ordinário, supremo, pleno, imediato e universal» (cf. cân. 331334)." (Papa Francisco, discurso na conclusão da III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, 18 de outubro de 2014) "(...) é precisamente o Bispo que se torna visível no vínculo de cada Igreja com os Apóstolos e com todas as outras comunidades, unidas com os seus Bispos e o Papa na única Igreja do Senhor Jesus, que é a nossa Santa Mãe Igreja Hierárquica." (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 5 de novembro de 2014) "Digo que a verdadeira Igreja é Una, porque os seus fi lhos, de qualquer tempo ou lugar, estão unidos entre si na mesma fé, no mesmo culto Ito, na mesma lei e na participação dos mesmos Sacramentos, sob o mesmo chefe visível, o A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 29 Sobre a secularização Artigo XI. Sobre a secularização "O processo de secularização tende a reduzir a fé e a Igreja ao âmbito privado e íntimo. Além disso, com a negação de toda a transcendência, produziu-se uma crescente deformação ética, um enfraquecimento do sentido do pecado pessoal e social e um aumento progressivo do relativismo." (Papa Francisco, Exortação Evangelii Gaudium, nº 64) "Pretende-se reduzir Deus à esfera privada, a um sentimento, como se Ele não fosse uma realidade objetiva, e assim cada um cria o seu projeto de vida." (Papa Bento XVI, Perguntas e Respostas, pag. 56) “O pecado, no sentido próprio e verdadeiro, é sempre um ato da pessoa, porque é um ato de um homem, individualmente considerado, e não propriamente de um grupo ou de uma comunidade. Falar de pecado social quer dizer, primeiro que tudo, reconhecer que, em virtude de uma solidariedade humana tão misteriosa e imperceptível quanto real e concreta, o pecado de cada um se repercute, de algum modo, sobre os outros.” (Papa São João Paulo II, Exortação Reconciliatio et paenitentia, n.16) “O processo de secularização tende a reduzir a fé e a Igreja Católica ao âmbito do privado e do íntimo. O secularismo, ao negar toda transcendência tem produzido uma crescente deformação ética, uma debilitação do sentido de pecado pessoal e social, um progressivo aumento do relativismo moral que ocasionam uma desorientação generalizada, especialmente na fase da adolescência e juventude tão vunerável às mudanças.” (Bergoglio, Mensagem na V Conferência do CELAM - Aparecida, maio de 2007) “Apesar de toda esta corrente secularista em nossa pátria, a Igreja Católica goza ante a opinião pública de ser uma instituição credível, confiável no que respeita o âmbito da solidariedade e da preocupação pelos mais desfavorecidos em tudo.” (Bergoglio, Mensagem na V Conferência do CELAM - Aparecida, maio de 2007) Artigo XII. Sobre o estado laico “Querem nos dizer: fiquem na sacristia e não façam mais nada (...) Eles dizem que fazemos política, mas isto não é política, é o que nós somos.” (Papa S. João Paulo II, discurso no voo na viagem à América Latina, 1987) A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 30 Sobre o decálogo “O que não é bom é o laicismo militante, o que toma uma posição antitranscendental ou exige que o campo religioso não saia da sacristia. A Igreja dá os valores, e eles que façam o resto.” (Cardeal Bergoglio, Sobre o Céu e a Terra, pag.114) "Na Itália, há os que se agitam porque temem que o cristianismo tire de César o que é de César. Como se dar a César o que lhe pertence não fosse um mandamento de Jesus; como se a legítima, sadia laicidade do Estado não fosse um dos princípios da doutrina católica; como se não fosse tradição da Igreja o contínuo esforço para manter os dois Poderes distintos, assim como, sempre segundo os retos princípios, unidos; como se a mistura entre sacro e profano não tivesse sido mais profundamente marcada na história justamente quando uma porção de fiéis afastou-se da Igreja”. (Papa Pio XII, Discurso aos 23 de Março de 1958) "A laicidade justa é a l iberdade de religião. O Estado não impõe uma religião, mas deixa espaço livre às religiões... O laicismo [atual] já não é o elemento de neutralidade que abre espaços de liberdade para todos. Começa a transforma r - se numa ideologia imposta através da política, e não concede espaço público à visão católica e cristã, que corre o risco de transformar-se em algo puramente privado e, no fundo, mutilado." (Joseph Ratzinger, El laicismo está poniendo en peligro la l iberdad religiosa) Artigo XIII. Sobre o decálogo “O dom dos Dez Mandamentos: uma estrada que Deus nos indica para uma vida verdadeiramente livre, para uma vida plena; não são um hino ao «não» – não deves fazer isto, não deves fazer aquilo, não deves fazer aqueloutro… Não! – São um hino ao «sim» dito a Deus, ao Amor, à vida. Queridos amigos, a nossa vida só é plena em Deus, porque só Ele é o Vivente!” (Papa Francisco, homilia na Praça São Pedro para o dia da ‘Evangelium Vitae’, 16 de junho de 2013) “Santo Agostinho se pergunta lucidamente ‘É o amor que nos faz observar os mandamentos, ou o bem é a observância dos mandamentos que faz nascer o amor?”. E responde: ‘Mas quem pode duvidar de que o amor precede a observância? Com efeito, quem não ama está sem motivações para guardar os mandamentos’.” (Bergoglio, Discurso no Congresso sobre a Veritatis Splendor, 25 de setembro de 2004) A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 31 Sobre o decálogo “Os fieis têm direito de receber a Doutrina moral da Igreja em toda a sua integridade.” (Bergoglio, Discurso no Congresso sobre a Veritatis Splendor, 25 de setembro de 2004) “(...) somente uma moral que reconheça normas morais válidas sempre e para todos, sem nenhuma exceção, pode garantir o fundamento ético da convivência social, tanto nacional quanto internacional.” (Bergoglio, Discurso no Congresso sobre a Veritatis Splendor, 25 de setembro de 2004) “Coração de ternura, o coração que recebe esses dez mandamentos tão conhecidos, não como um preceito externo, mas como um beijo de amor e como a garantia de que por caminho se faz cada vez mais mulher, mais homem, mais maduro, mais para os demais, mais semeador de paz e esperança.” (Bergoglio, homilia, 29 de março de 2000) “Condição preliminar para a paz é o desmantelamento da ditadura do relativismo e da apologia duma moral totalmente autónoma, que impede o reconhecimento de quão imprescindível seja a lei moral natural inscrita por Deus na consciência de cada homem.” (Papa Bento XVI) “O registro de tais mandatos de quem se fala: “Agora Israel escuta os preceitos e as leis que hoje vou te dar”. Não são leis externas, são leis do coração. Leis postas do coração de Deus no coração de seu povo, no coração de cada mulher e cada homem de seu povo.” (Bergoglio, homilia, 29 de março de 2000) “Ressuscitar com Cristo mediante o Batismo, com o dom da fé, para uma herança que não se corrompe, nos leve a procurar em maior medida as realidades de Deus, a pensar mais n’Ele, a rezar mais a Ele. Ser cristão não se reduz a seguir mandamentos, mas significa permanecer em Cristo, pensar como Ele, agir como Ele, amar como Ele; significa deixar que Ele tome posse da nossa vida e que a mude, transforme e liberte das trevas do mal e do pecado.” (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 10 de abril de 2013) “Pensemos nos dez Mandamentos: indicam-nos uma senda a percorrer para amadurecer, para dispor de pontos firmes no modo de nos comportarmos. E são fruto da ternura, do amor do próprio Deus que no-los concedeu. Vós podereis dizer-me: «mas são ordens! São um conjunto de nãos!» Gostaria de vos convidar a lê-los — talvez os tenhais esquecido um pouco — e depois a considerá-los positivamente. Vereis que dizem respeito ao modo de nos comportarmos em relação a Deus, a nós mesmos e ao próximo, A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 34 Sobre a divindade e humanidade de Jesus comum dos ricos e dos pobres, aproveitando maravilhosamente rasgos de caridade que ela havia provocado por toda a parte, fundou sociedades religiosas e uma multidão doutras instituições úteis que, pouco tempo depois, não deviam deixar sem alívio nenhum gênero de miséria." (Papa Leão XIII, Rerum Novarum, nº 16) "Apesar de toda a corrente secularista que invade a sociedade, em muitos países – mesmo onde o cristianismo está em minoria – a Igreja Católica é uma instituição credível perante a opinião pública, fiável no que diz respeito ao âmbito da solidariedade e preocupação pelos mais indigentes. Em repetidas ocasiões, ela serviu de medianeira na solução de problemas que afetam a paz, a concórdia, o meio ambiente, a defesa da vida, os direitos humanos e civis, etc. E como é grande a contribuição das escolas e das universidades católicas no mundo inteiro! E é muito bom que assim seja." (Papa Francisco, Exortação Evangelii Gaudium, nº 65) Artigo XVIII. Sobre a divindade e humanidade de Jesus "Hoje é muito forte a tentação de reduzir Jesus Cristo, o Filho de Deus, unicamente a um Jesus histórico, a um mero homem." (Joseph Ratzinger, Conferência no Congresso de catequistas e professores, 10.12.2000) “Jesus é Deus, mas desceu a caminhar conosco como nosso amigo, como nosso irmão; e aqui nos ilumina ao longo do caminho.” (Papa Francisco, homilia na Praça Sã o Pedro, Domingo de Ramos, 24 de março de 2013) “O cristão adora Jesus, o cristão procura Jesus, o cristão sabe reconhecer as chagas de Jesus.” (Papa Francisco, discurso no encontro com as crianças com deficiências e os doentes do Instituto Seráfico, 4 de outubro de 2013) “Jesus é a encarnação do Deus Vivo, Aquele que traz a vida fazendo frente a tantas obras de morte, fazendo frente ao pecado, ao egoísmo, ao fechamento em si mesmo.” (Papa Francisco, homilia na Praça São Pedro para o dia da ‘Evangelium Vitae’, 16 de junho de 2013) "O Filho de Deus e o Filho de Maria Santíssima são a mesma Pessoa, i s to é, Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem." (Catecismo de São Pio X, §91) “O nascimento de Jesus não é uma fábula! É uma história que aconteceu deveras, em Belém, há dois mil anos. A fé faz-nos reconhecer naquele Menino, nascido de Maria A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 35 Sobre a entrada de Deus na história Virgem, o verdadeiro Filho de Deus, que por amor a nós se fez homem.” (Papa Francisco, discurso aos jovens da Ação Católica Italiana, 20 de dezembro de 2013) “A graça que se manifestou no mundo é Jesus, nascido da Virgem Maria, verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Entrou na nossa história, partilhou o nosso caminho. Veio para nos libertar das trevas e nos dar a luz. N’Ele manifestou-se a graça, a misericórdia, a ternura do Pai: Jesus é o Amor feito carne. Não se trata apenas dum mestre de sabedoria , nem dum ideal para o qual tendemos e do qual sabemos estar inexoravelmente distantes, mas é o sentido da vida e da história que pôs a sua tenda no meio de nós.” (Papa Francisco, homilia da Solenidade do Natal do Senhor, 24 de dezembro de 2013) "O Filho de Deus, fazendo-se homem, não deixou de ser Deus. Em Jesus Cristo, que é Deus e homem, há duas naturezas, a divina e a humana. No Filho de Deus feito homem há só uma Pessoa, que é a divina." (Catecismo de São Pio X, §85- 88) “[...] em Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, a nossa humanidade foi levada para junto de Deus; Ele abriu-nos a passagem; Ele é como um chefe de grupo, quando se escala uma montanha, que chega ao cimo e nos puxa para junto de si, conduzindo-nos para Deus.” (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 17 de abril de 2013) “Deus quis compartilhar a nossa condição humana, a ponto de se fazer um só conosco na pessoa de Jesus, verdadeiro homem e verdadeiro Deus.” (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 18 de dezembro de 2013) Artigo XIX. Sobre a entrada de Deus na história “A presença de Deus no meio da humanidade não se concretizou num mundo ideal, idílico, mas neste mundo real, marcado por muitas situações boas e más, caracterizado por divisões, maldade, pobreza, prepotências e guerras. Ele quis habitar na nossa história como ela é, com todo o peso dos seus limites e dos seus dramas. Agindo deste modo, demonstrou de modo insuperável a sua inclinação misericordiosa e repleta de amor pelas criaturas humanas. Ele é Deus conosco; Jesus é Deus conosco.” (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 18 de dezembro de 2013) A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 36 Sobre o encontro com Jesus Artigo XX. Sobre o encontro com Jesus "É decisivo chegar a este ponto fundamental de um encontro pessoal com Deus, que também hoje se faz presente e que é nosso contemporâneo. [...] Se encontrarmos este centro essencial, compreenderemos também o restante." (Joseph Ratzinger, declarações ao semanário Vita Trentina, Zenit, 07.05.2004) “A coisa mais importante que pode acontecer a uma pessoa é encontrar Jesus: este encontro com Jesus que nos ama, que nos salvou, que deu a sua vida por nós.” (Papa Francisco, homilia na Paróquia São Cirilo Alexandrino, 1º de dezembro de 2013) “Nós podemos formular esta pergunta: mas quando encontro Jesus? Somente no fim? Não, não! Encontramo-lo todos os dias. Mas como? Na oração! Quanto tu rezas, encontras Jesus. Quanto recebes a Comunhão, encontras Jesus nos Sacramentos. Quando levas o teu filho para batizá-lo, encontras Jesus, recebes Jesus.” (Papa Francisco, homilia I domingo do Advento, primeiro de dezembro de 2013) “Na realidade, este viver, este permanecer em Cristo configura tudo aquilo que somos e fazemos. E nós sabemos bem o que isso significa: Contemplá-lo, adorá-lo e abraçá- lo no nosso encontro diário com Ele na Eucaristia, na nossa vida de oração, nos nossos momentos de adoração; reconhecê-lo presente e abraçá-lo também nas pessoas mais necessitadas. O “permanecer” com Cristo não significa isolar-se, mas é um permanecer para ir ao encontro dos demais.” (Papa Francisco, homilia na Catedral de São Sebastião, Rio de Janeiro, 27 de julho de 2013) "O cristianismo não é um sistema intelectual, uma coleção de dogmas ou um moralismo. O cristianismo é, pelo contrári o, um encontro, uma história de amor. Esse "caso" de amor com Cristo, essa história de amor (...), é ao mesmo tempo completamente alheia a qualquer entusiasmo superficial ou romanticismo vago." (Joseph Ratzinger, Dios y el mundo) “A fé é um caminho com Jesus. Recordai sempre isto: a fé consiste em caminhar com Jesus; é um caminho que dura a vida inteira. No final haverá o encontro definitivo.” (Papa Francisco, palavras no Rito de admissão ao Catecumenato, 23 de novembro de 2013) A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 39 Sobre o poder como serviço “Quando Jesus está no centro, até os momentos mais sombrios da nossa existência se iluminam”. (Papa Francisco, homilia no encerramento do Ano da Fé, 24 de novembro de 2013) Artigo XXIV. Sobre o poder como serviço “A Igreja – repetia Bento XVI – não é nossa, mas de Deus; e quantas vezes nós, os consagrados, pensamos que seja nossa! Fazemos dela… qualquer coisa que nos vem à cabeça. Mas não é nossa; é de Deus.” (Papa Francisco, homilia na Basílica Vaticana, 7 de julho de 2013) “Nosso verdadeiro poder tem que ser o serviço . Não se pode adorar a Deus se nosso espírito não acolher o necessitado.” (Cardeal Bergoglio, Sobre o Céu e a Terra, pag.138) “Hoje, juntamente com a festa de São José, celebramos o início do ministério do novo Bispo de Roma, Sucessor de Pedro, que inclui também um poder. É certo que Jesus Cristo deu um poder a Pedro, mas de que poder se trata? À tríplice pergunta de Jesus a Pedro sobre o amor, segue-se o tríplice convite: apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas. Não esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio Papa, para exercer o poder, deve entrar sempre mais naquele serviço que tem o seu vértice luminoso na Cruz; deve olhar para o serviço humilde, concreto, rico de fé, de São José e, como ele, abrir os braços para guardar todo o Povo de Deus e acolher, com afeto e ternura, a humanidade inteira, especialmente os mais pobres, os mais fracos, os mais pequeninos, aqueles que Mateus descreve no Juízo final sobre a caridade: quem tem fome, sede, é estrangeiro, está nu, doente, na prisão (cf. Mt 25, 31-46).” (Papa Francisco, homilia Praça São Pedro na solenidade de São José, 19 de março de 2013) “Mas é triste quando vemos um cristão que não quer humilhar-se, que não aceita servir. É triste quando o cristão se vangloria em toda a parte: ele não é cristão, mas pagão. O cristão serve, abaixa-se.” (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 18 de dezembro de 2013) A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 40 Sobre a educação religiosa “O poder é algo que Deus deu ao homem. Ele lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra e submetei-a. É um dom de Deus que permite participar de sua criação.” (Cardeal Bergoglio, Sobre o Céu e a Terra, pag.119) “É verdade, coitados dos que estão abaixo do medíocre quando ele se acha . Quando um medíocre se acha e lhe dão um pouquinho de poder, coitados dos que estão embaixo. A autoridade vem de cima; agora, como é usada é outra coisa.” (Cardeal Bergoglio, Sobre o Céu e a Terra, pag.121) “Jesus diz que aquele que manda deve ser como aquele que serve. O verdadeiro poder da liderança religiosa é conferido pelo serviço. Assim que deixa de servir, o religioso se transforma em um mero gestor, em um agente de ONG.” (Cardeal Bergoglio, Sobre o Céu e a Terra, pag.180) Artigo XXV. Sobre a educação religiosa “Todo homem e toda mulher têm direito a educar seus filhos em seus valores religiosos. A influência do Estado na privação dessa formação pode levar a casos como o nazismo, no qual as crianças eram doutrinadas com valores alheios aos de seus pais. Os totalitarismos tendem a apostar tudo na educação para puxar sardinha para a sua brasa.” (Cardeal Bergoglio, Sobre o Céu e a Terra, pag.108) “A escola educa para o transcendente, assim como a religião. Mas não abrir as portas à cosmovisão religiosa no âmbito escolar é mutilar o desenvolvimento harmonioso de uma criança.” (Cardeal Bergoglio, Sobre o Céu e a Terra, pag.109) “Se você tira da educação a tradição de seus pais, fica só ideologia. A vida é vis ta com olhos carregados, não existe hermenêutica asséptica nem mesmo na educação. As palavras estão prenhes de história, de experiências de vida.” (Cardeal Bergoglio, Sobre o Céu e a Terra, pag.110) “A Igreja esteve presente na hora de moldar a pátria junto com um povo majoritariamente católico, evangelizado, catequizado.” (Cardeal Bergoglio, Sobre o Céu e a Terra, pag.111) A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 41 Sobre os limites ciência Artigo XXVI. Sobre os limites ciência "A ideia de pôr l imites à pesquisa científica soa como uma blasfémia a os ouvidos do homem moderno. Existe, no entanto, um limite extrínseco: a dignidade do homem. É inaceitável qualquer forma de progresso cujo preço seja a violação da dignidade humana. Se a pesquisa ameaça o homem, torna -se uma deformação da ciência. Embora se argumente que uma ou outra l inha de pesquisa pode abrir possibil idades para o futuro, é preciso dizer "não" quando é o homem que está em jogo. Apesar de ser uma comparação um pouco forte, gostaria de lembrar que já houve um período em que se levaram a cabo experimentações médicas com pessoas que eram consideradas inferiores. Para onde nos levará essa lógica que consiste em tratar um feto ou um embrião como uma coisa?" (Joseph Ratzinger, L’abolition de l’homme) “A ciência tem sua autonomia, que deve ser respeitada e estimulada. Não devemos nos meter na autonomia dos cientistas. A não ser que extrapolem seu campo e se metam no transcendente. Mas, cuidado, quando a autonomia da ciência não impõe limites a si mesma e vai mais adiante, o controle de sua própria criação pode escapar de suas mãos.” (Cardeal Bergoglio, Sobre o Céu e a Terra, pag.105) Artigo XXVII. Sobre a mídia “O problema é, na verdade, da mídia, que às vezes reduz o que dizemos ao conjuntural. Hoje, cada veículo de informação monta algo diferente com dois ou três dados: desinformam.” (Cardeal Bergoglio, Sobre o Céu e a Terra, pag.113) “Para mim, a desinformação é a atitude mais perigosa, porque dizer uma parte da verdade confundi, desorienta o receptor.” (Bergoglio, El Jesuita, pag.112) “Eles [da mídia] desinforma dizendo só parte da verdade, tomam só o que é da conveniência deles, e isso causa muito dano, porque é uma forma de privilegiar o conflito. Se leio cinco jornais, em uma mesma notícia é muito frequente que cada um conte a parte que lhe interessa, segundo a sua tendência.” (Cardeal Bergoglio, Sobre o Céu e a Terra, pag.168) A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 44 Sobre a união homossexual ao plano de Deus. Não se trata de um mero projeto legislativo, mas de uma ação do pai da mentira que pretende confundir e enganar aos filhos de Deus". (Cardeal Bergoglio, Carta aberta em repúdio à união homossexual enviada aos monastérios de Buenos Aires, julho de 2010) “A Igreja, que está do lado da vida, ensina que qualquer ato matrimonial deve permanecer aberto à transmissão da vida.” (Catecismo da Igreja Católica, 2366) “Segundo a ordem moral objetiva, as relações homossexuais são atos destituídos da sua ordenação essencial e indispensável. Não obstante, atesta que os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados e não podem de modo algum ser aprovados.” (Declaração da Congregação para a Doutrina da Fé, Persona Humana, 29 de dezembro de 1975) “O matrimónio não é uma união qualquer entre pessoas humanas. Foi fundado pelo Criador, com uma sua natureza, propriedades essenciais e finalidades. Nenhuma ideologia pode cancelar do espírito humano a certeza de que só existe matrimónio entre duas pessoas de sexo diferente , que através da recíproca doação pessoal, que lhes é própria e exclusiva, tendem à comunhão das suas pessoas.” (Ratzinger, Declaração da Congregação para a Doutrina da Fé, 3 de junho de 2003) “A Igreja ensina que o respeito para com as pessoas homossexuais não pode levar, de modo nenhum, à aprovação do comportamento homossexual ou ao reconhecimento legal das uniões homossexuais.” (Ratzinger, Declaração da Congregação para a Doutrina da Fé, 3 de junho de 2003) “A Igreja é, aos olhos da fé, indefectivelmente santa. [No entanto] A Igreja reúne, portanto, pecadores alcançados pela salvação de Cristo, mas ainda em via de santificação.” (Catecismo da Igreja Católica, 823, 827) “A comissão Episcopal de Leigos da CEA, em seu carácter de cidadãos, teve a iniciativa de realizar uma manifestação diante da possibilidade de sanção da lei de matrimônios para pessoas do mesmo sexo, reafirmando – junto a necessidade de que os meninos tenham direito a ter pai e mãe para sua criação e educação. Por meio destas linhas desejo oferecer meu apoio a esta expressão de responsabilidade do laicato.” (Bergoglio, Carta ao Diretor do Departamento dos leigos, 5 de julho de 2010) "As crianças têm o direito de crescer numa família, com um pai e uma mãe, capazes de criar um ambiente apropriado para o seu desenvolvimento e pa ra A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 45 Sobre a união homossexual a sua maturação afectiva. Por este motivo, na Exortação Apostólica Evangelii gaudium, salientei a contribuição «indispensável» do matrimónio para a sociedade, contributo que «supera o nível da afectividade e das necessidades contingentes do casal» (...) Possa este Diálogo ser um manancial de inspiração para todos a quel es que procuram sustentar e fortalecer a união entre o homem e a mulher no matrimónio como um bem único, natural, fundamental e maravilhoso para as pessoas, as famílias, as comunidades e as sociedades." (Papa Francisco, discurso aos participantes do Encontro Internacional sobre a complementaridade entre homem e mulher, 17 de novembro de 2014) “A essência do ser humano tende para a união do homem e da mulher como realização recíproca, atenção e cuidado, e como o caminho natural para a procriação. Isto confere ao matrimônio transcendência social e carácter público. O matrimônio precede ao Estado, é base da família, célula da sociedade, anterior a toda a legislação e a Igreja mesma. Daqui que a aprovação do projeto de lei questão significaria um real e grave retrocesso antropológico.” (Bergoglio, Carta ao Diretor do Departamento dos leigos, 5 de julho de 2010) “O matrimônio (configurado por varão e mulher) não é o mesmo que a união de duas pessoas do mesmo sexo. Distinguir não é discriminar, mas respeitar; diferenciar para discernir é valorizar com propriedade, não discriminar. Em um tempo em que pomos ênfase na riqueza do pluralismo, diversidade cultural e social, resulta em uma contradição minimizar as diferenças humanas fundamentais. Os cristãos atuam como servidores da Verdade e não como seus donos.” (Bergoglio, Carta ao Diretor do Departamento dos leigos, 5 de julho de 2010) "(...) como todos nós sabemos, a diferença sexual está presente em muitas formas de vida, na longa escala dos seres vivos. Mas unicamente no homem e na mulher ela tem em si a imagem e a semelhança de Deus... pergunto-me se a chamada teoria de gênero não é também expressão de uma frustração e resignação , que visa cancelar a diferença sexual porque já não sabe confrontar-se com ela. Sim, corremos o risco de dar um passo atrás. Com efeito, a remoção da diferença é o problema, não a solução ." (Papa Francisco, Catequese, Audiência Geral de 15 de abril de 2015) “Sempre houve homossexuais. Mas nunca ocorreu na história que se tentasse dar a essa relação o mesmo status do casamento.” (Cardeal Bergoglio, Sobre o Céu e a Terra, pag.99) A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 46 Sobre a adoção de crianças por homossexuais “Equiparar a união homossexual ao casamento, o que considero uma depreciação e um retrocesso antropológico.” (Cardeal Bergoglio, Sobre o Céu e a Terra, pag.99) Artigo XXXI. Sobre a adoção de crianças por homossexuais "Como a experiência confirma, a falta da bipolaridade sexual cria obstáculos ao desenvolvimento normal das crianças eventualmente inseridas no interior dessas uniões. Falta-lhes, de facto, a experiência da maternidade ou paternidade. Inserir crianças nas uniões homossexuais através da adoção significa , na realidade, praticar a violência sobre essas crianças, no sentido que se aprovei ta do seu estado de fraqueza para introduzi -las em ambientes que não favorecem o seu pleno desenvolvimento humano. Não há dúvida que uma tal prática seria gravemente imoral e pôr-se-ia em aberta contradição com o princípio reconhecido também pela Convenção internacional da ONU sobre os direitos da criança, segundo o qual, o interesse superior a tutelar é sempre o da criança, que é a parte mais fraca e indefesa." (Declaração da Congregação para a Doutrina da Fé, 3 de Junho de 2003) “Toda pessoa precisa de um pai masculino e uma mãe feminina que ajudem a criar sua identidade.” (Cardeal Bergoglio, Sobre o Céu e a Terra, pag.99) “Costuma-se argumentar que uma criança estaria melhor se criada por um casal de pessoas do mesmo sexo do que em um orfanato ou instituição . As duas situações não são ideias. O problema é que o Estado não faz o que tem que fazer. Mas a falta do Estado não justifica outra falta do Estado.” (Cardeal Bergoglio, Sobre o Céu e a Terra, pag.101) Artigo XXXII. Sobre o rigorismo e laxismo "O confessor, por exemplo, corre sempre o risco de ser ou demasiado rigorista ou demasiado laxista. Nenhum dos dois é misericordioso, porque nenhum dos dois toma verdadeiramente a seu cargo a pessoa. O rigorista lava as mãos porque remete-o para o mandamento. O laxista lava as mãos dizendo simplesmente “isto não é pecado” ou coisas semelhantes. As pessoas têm de ser acompanhadas, as feridas têm de ser curadas." (Papa Francisco, entrevista a La Civiltà Cattolica, L'Osservatore Romano, 29 de setembro de 2013) A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 49 Sobre a cultura do descarte (Papa Francisco, discurso no X Encontro da Federação Internacional das Associações Médicas Católicas, 20 de setembro de 2013) “Saúdo os participantes na «Marcha pela vida», que teve lugar hoje de manhã em Roma, e convido a manter viva a atenção de todos para o tema tão importante do respeito pela vida humana, desde o momento da sua concepção . A este propósito, apraz-me recordar também a recolha de assinaturas que hoje se realiza em muitas paróquias italianas, com a finalidade de apoiar a iniciativa europeia «Um de nós», para garantir a tutela jurídica do embrião, salvaguardando cada ser humano desde o primeiro instante da sua existência.” (Papa Francisco, Regina Coeli, 12 de maio de 2013) Artigo XXXV. Sobre a cultura do descarte “Infelizmente a sociedade está poluída pela cultura do «descarte», que se opõe ao acolhimento. E as vítimas da cultura do descarte são precisamente as pessoas mais débeis, mais frágeis.” (Papa Francisco, discurso no encontro com as crianças com deficiências e os doentes do Instituto Seráfico, 4 de outubro de 2013) “Toda criança não nascida, mas condenada injustamente ao aborto, tem a face do Senhor, que antes mesmo de nascer, e logo recém-nascida, experimentou a rejeição do mundo. E cada idoso, mesmo se doente ou no final de seus dias, traz consigo a face de Cristo. Não podem ser descartados!" (Papa Francisco, discurso no X Encontro da Federação Internacional das Associações Médicas Católicas, 20 de setembro de 2013) “Esta «cultura do descarte» tende a tornar-se a mentalidade comum, que contagia todos. A vida humana, a pessoa já não é sentida como um valor primário a respeitar e salvaguardar, especialmente se é pobre ou deficiente, se ainda não é útil — como o nascituro — ou se deixou de servir — como o idoso.” (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 5 de junho de 2013) “Esta cultura do descarte tornou-nos insensíveis também aos desperdícios e aos restos alimentares, que são ainda mais repreensíveis quando em todas as partes do mundo, infelizmente, muitas pessoas e famílias sofrem devido à fome e à subalimentação.” (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 5 de junho de 2013) A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 50 Sobre o aborto “Nesta civilização consumista, hedonista, narcisista, estamos nos acostumando ao fato de que certas pessoas são descartáveis.” (Cardeal Bergoglio, Sobre o Céu e a Terra, pag.86) Artigo XXXVI. Sobre o aborto "Nem todas as matérias morais têm o mesmo peso que o aborto e a eutanásia. Por exemplo, se um católi co discordasse do Santo Padre quanto à pena de morte ou à guerra, não seria considerado indigno de apresentar -se para receber a Sagrada Comunhão. Embora a Igreja exorte as autoridades civis a buscar a pa z, e não a guerra, e a exercer a prudência e misericórdia ao castigar os criminosos, ainda seria l ícito recorrer à pena capital ou pegar em armas para repelir um agressor. Pode haver uma legítima diversidade de opinião entre os católicos a respeito da guerra e da pena de morte, mas não a respeito do aborto e da eutanásia." (Joseph Ratzinger, Carta aos bispos dos Estados Unidos, julho de 2004) “Defenda a criança não-nascida, mesmo que te persigam, caluniem, te montem armadilhas, te levem a tribunal ou te matem. Nenhuma criança deve ser privada do direito de nascer, de ser alimentado, de ir à escola.” (Cardeal Bergoglio, Pope Francis: Defend the Unborn From Abortion Even if Persecuted. Artigo disponível em LifeNews) “Dentre todos os crimes que o homem pode realizar contra a vida, o aborto provocado apresenta características que o tornam particularmente grave e detestável. O Concílio Vaticano II define-o, juntamente com o infanticídio, “crime nefando”.” (Encíclica Evangelium Vitae, 58) “O aborto nunca é uma solução. Nós prestamos atenção, apoio e compreensão para salvar as duas vidas: respeitar o ser humano pequeno e indefeso, eles podem tomar medidas para preservar a sua vida, permitir o nascimento e, em seguida, ser criativo na busca de maneiras de trazê-lo para o seu pleno desenvolvimento." (Cardeal Bergoglio, discurso de 2 de outubro de 2012) "A palavra mais citada no Documento de Aparecida é a palavra “vida”, porque a Igreja é muito consciente do fato de que a coisa mais barata na América Latina, coisa com o menor preço.” (Cardeal Bergoglio, apresentação da versão final do Documento de Aparecida, 5 de outubro de 2007) A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 51 Sobre a ordenação de mulheres “Devemos comprometer-nos com a “coerência eucarística”, isto é, devemos estar conscientes de que as pessoas não podem receber a sagrada comunhão e ao mesmo tempo agir ou falar contra os mandamentos, em particular quando o aborto, a eutanásia, e outros crimes graves contra a vida e a família são facil itados. Essa responsabilidade é especialmente válida para os legisladores, governadores e os profissionais de saúde.” (Documento de Aparec ida , parágrafo 436. Aprovado por Bento XVI) “Não deixar avançar o desenvolvimento de um ente que já tem todo o código genético de um ser humano não é ético.” (Cardeal Bergoglio, Sobre o Céu e a Terra, pag.93) "Quem reduz o cristianismo à moralidade perde de vista a essência da mensagem de Cristo: o dom de uma nova amizade, o dom da comunhão com Jesus e, portanto, com Deus. Quem se converte a Cristo não quer ter autonomia moral, não pretende construir a sua bondade com as próprias forças." (Joseph Ratzinger, Conferência no Congresso de catequistas e professores, 10.12.2000) "(...) para muitos, daquilo que a Igreja diz só restam no fim algumas proibições de ordem ética, sobretudo na área da moral sexual e, consequentemente, estes têm a impressão de que aqui somente se quer condenar e l imitar a vida. Talvez, nesse âmbito, se tenha dito demasiado e demasiado frequente e, às vezes, sem a necessária associação de verdade e amor. Mas isto depende também do que os mass media escolhem transmitir." (Papa Bento XVI, O sal da terra, pag. 195) "Não podemos insistir somente sobre questões ligadas ao aborto, ao casamento homossexual e uso dos métodos contraceptivos. Isto não é possível. Eu não falei muito destas coisas e censuraram-me por isso. Mas quando se fala disto, é necessário falar num contexto. De resto, o parecer da Igreja é conhecido e eu sou filho da Igreja, mas não é necessário falar disso continuamente." (Papa Francisco, entrevista a La Civiltà Cattolica, L'Osservatore Romano, 29 de setembro de 2013) Artigo XXXVII. Sobre a ordenação de mulheres "O sacerdócio não é conferido para honra ou para simples vantagem daquele que o recebe; mas sim, para ser um serviço a Deus e à Igreja; ele constitui o objeto de uma vocação específica, totalmente gratuita: «Não fostes vós que me escolhestes a mim; fui eu que vos escolhi a vós e vos constituí...» (Jo. 15, 16; cfr. A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 54 Sobre o papel da mulher na Igreja Artigo XXXIX. Sobre o papel da mulher na Igreja "A Igreja tem, assim, uma grande dívida de gratidão para com as mulheres. (...) as mulheres fazem muito, eu ousaria dizer, pelo governo da Igreja, a começar pelas religiosas, pelas irmãs dos grandes Padres da Igreja, como Santo Ambrósio, até as grandes mulheres da Idade Média – Santa Hildegarda, Santa Catarina de Sena, depois Santa Teresa de Ávila – e por fim, Madre Teresa. Eu diria que esse setor carismático certamente se distingue do setor ministerial no sentido estrito do termo, mas é uma verdadeira e profunda participação no governo da Igreja." (Papa Bento XVI, Perguntas e Respostas, pag. 34) “O grande teólogo Urs von Balthasar trabalhou muito sobre esse tema: o princípio mariano guia a Igreja ao lado do petrino . A Virgem Maria é mais importante do que qualquer bispo e de que qualquer apóstolo.” (Papa Francisco, entrevista ao jornal Corriere della Sera, 05 de março de 2014) "Como poderíamos imaginar o governo da Igreja sem essa contribuição, que por vezes se torna muito visível, como quando Santa Hildegarda criticava os bispos ou quando Santa Brígida e Santa Catari na de Sena admoestavam e obtinham o regresso dos Papas a Roma? Essa contribuição é sempre um fator determinante sem o qual a Igreja não pode viver ." (Papa Bento XVI, Perguntas e Respostas, pag. 34-35) "O ministério sacerdotal do Senhor, como sabemos, está reservado aos homens, porque o ministério sacerdotal é governo no sentido profundo que, em última análise, é o Sacramento (da Ordem) que governa a Igreja. Contudo, é justo perguntar-se se também no serviço ministerial – não obstante Sacramente e carisma serem aqui os dois aspectos únicos em que a Igreja se realiza – não se poderia oferecer às mulheres mais espaço, mais posições de responsabilidade ." (Papa Bento XVI, Perguntas e Respostas, pag. 35) “É verdade que a mulher pode e deve estar mais presente nos lugares de decisão da Igreja. Mas eu chamaria isso de uma promoção de tipo funcional.” (Papa Francisco, entrevista ao jornal Corriere della Sera, 05 de março de 2014) Artigo XL. Sobre o papel do pai na família "Portanto, a primeira necessidade é precisamente esta: que o pai esteja presente na família. Que se encontre próximo da esposa, para compartilhar tudo, alegrias e dores, A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 55 Sobre o papel do pai na família dificuldades e esperanças. E que esteja perto dos filhos no seu crescimento: quando brincam e quando se aplicam, quando estão descontraídos e quando se sentem angustiados, quando se exprimem e quando permanecem calados, quando ousam e quando têm medo, quando dão um passo errado e quando voltam a encontrar o caminho; pai presente, sempre. Estar presente não significa ser controlador, porque os pais demasiados controladores anulam os filhos e não os deixam crescer." (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 4 de fevereiro de 2015) "Um pai bom sabe esperar e perdoar, do profundo do coração. Sem dúvida, também sabe corrigir com firmeza: não se trata de um pai fraco, complacente, sentimental. O pai que sabe corrigir sem aviltar é o mesmo que sabe proteger sem se poupar. Certa vez ouvi numa festa de casamento um pai dizer: «Às vezes tenho que bater um pouco nos filhos... mas nunca no rosto, para não os humilhar». Que bonito! Tem o sentido da dignidade. Deve punir, mas falo de modo correto e vai em frente." (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 4 de fevereiro de 2015) "Por vezes os pais estão tão concentrados em si mesmos e no próprio trabalho ou então nas próprias realizações pessoais, que se esquecem até da família. E deixam as crianças e os jovens sozinhos. Mas, neste caminho comum de reflexão sobre a família, gostaria de dizer a todas as comunidades cristãs que devemos estar mais atentos: a ausência da figura paterna da vida das crianças e dos jovens causa lacunas e feridas que podem até ser muito graves." (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 28 de janeiro de 2015) "Por vezes parece que os pais não sabem bem que lugar ocupar na família e como educar os filhos. E então, na dúvida, abstêm-se, retiram-se e descuidam as suas responsabilidades, talvez refugiando-se numa relação improvável «ao nível» dos filhos. É verdade que deves ser «companheiro» do teu filho, mas sem esquecer que és o pai! Se te comportas só como um companheiro igual ao teu filho, isto não será bom para o jovem." (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 28 de janeiro de 2015) A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 56 Sobre o papel da mulher na família Artigo XLI. Sobre o papel da mulher na família "Deve além disso superar-se a mentalidade segundo a qual a honra da mulher deriva mais do trabalho externo do que da atividade familiar." (Papa João Paulo II, Exortação Apostólica Familiaris Consortio, 23) “Esta é um pouco a missão das mulheres: mães e mulheres! Dar testemunho aos filhos e aos pequenos netos, de que Jesus está vivo, é o Vivente, ressuscitou . Mães e mulheres, ide em frente com este testemunho!” (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 3 de abril de 2013) “[Mães] Continuais a rezar, a confiar os vossos filhos a Deus; Ele tem um coração grande! Batei à porta do Coração de Deus com a prece pelos filhos!” (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 18 de setembro de 2013) “Se no mundo do trabalho e na esfera pública é importante uma contribuição mais incisiva do génio feminino, contudo tal contributo permanece imprescindível no âmbito da família, que para nós cristãos não é simplesmente um lugar particular, mas sim aquela «igreja doméstica», cuja saúde e prosperidade são as condições para a saúde e a prosperidade da Igreja e da própria sociedade.” (Papa Francisco, discurso aos participantes no Congresso Nacional do Centro Italiano Feminino, 25 de janeiro de 2014) "Todavia, esta emancipação da mulher não é verdadeira nem é a razoável e digna liberdade que convém à cristã e nobre missão de mulher e esposa; é antes a corrupção da índole feminina e da dignidade materna e a perversão de toda a família, porquanto o marido fica privado de sua mulher, os fi lhos de sua mãe, a casa e toda a família de sua sempre vigilante guarda. (...) Se, no entanto, em qualquer parte as condições sociais e econômicas da mulher casada tiverem de transformar-se algum tanto devido à alteração dos usos e costumes da convivência humana, compete ao poder público adaptar às necessidades e exigências hodiernas os direitos civis da mulher, tendo sempre em vista o que é requerido pela diversa índole natural do sexo feminino, pela honestidade dos costumes e pelo interesse comum da família, e desde que também a ordem essencial da sociedade doméstica permaneça intacta, como instituída que foi por uma autoridade e sabedoria mais alta que a humana, isto é, divina, e que não pode mudar -se por l ei s públicas ou pela vontade dos indivíduos." (Papa Pio XI, Encíclica Casti Connubi i, 76- 78) A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 59 Sobre a Assunção de Maria Artigo XLIII. Sobre a Assunção de Maria "Pelo que, depois de termos dirigido a Deus repetidas súplicas, e de termos invocado a paz do Espírito de verdade, para glória de Deus onipotente que à virgem Maria concedeu a sua especial benevolência, para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e triunfador do pecado e da morte, para aumento da glória da sua augusta mãe, e para gozo e júbilo de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos s. Pedro e s. Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que: a imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial." (Papa Pio XII, Constituição Apostólica Munificentissimus Deus, n.44) “E o mistério da Assunção de Maria em corpo e alma também está inteiramente inscrito na Ressurreição de Cristo. A humanidade da Mãe foi “atraída” pelo Filho na sua passagem através da morte. Jesus entrou de uma vez por todas na vida eterna com toda a sua humanidade, a qual ele recebera de Maria. Assim, Ela, a Mãe, que o seguira fielmente durante toda a sua vida, tinha-O seguido com o coração, entrou com Ele na vida eterna , que também chamamos de Céu, Paraiso, Casa do Pai.” (Papa Francisco, homilia na Solenidade da Assunção de Maria, 15 de agosto de 2013) Artigo XLIV. Sobre a Imaculada Conceição de Maria "Fazemos memória de nossa Santíssima, Imaculada, e gloriosíssima Senhora Maria, Mãe de Deus e sempre Virgem" (São Tiago Menor, S. Jacob in Liturgia sua) “A nossa Mãe é linda! [...] Em vista desta maternidade, Maria foi preservada do pecado original, ou seja, daquela ruptura na comunhão com Deus, com os outros e com a criação que fere cada ser humano em profundidade.” (Papa Francisco, ângelus, 8 de dezembro de 2013) “Porém, já veio Cristo, Sumo Sacerdote dos bens vindouros. E através de um tabernáculo mais excelente e mais perfeito, não construído por mãos humanas, isto é, não deste mundo.” (Hb 9,11) "Tendo sido o primeiro homem formado de uma terra imaculada, era necessário que o homem perfeito nascesse de uma Virgem igualmente A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 60 Sobre a realeza de Maria imaculada, para que o Filho de Deus, que antes formara o homem, reparasse a vida eterna que os homens tinham perdido" (Santo André, Cartas dos Padres de Acaia, exposição ao procônsul Egeu, atas do martírio de Santo André). “Hoje a Igreja celebra os pais da Virgem Maria, os avós de Jesus: São Joaquim e Sant’Ana. Na casa deles, veio ao mundo Maria, trazendo consigo aquele mistério extraordinário da Imaculada Conceição; na casa deles, cresceu, acompanhada pelo seu amor e pela sua fé; na casa deles, aprendeu a escutar o Senhor e seguir a sua vontade. Vemos aqui o valor precioso da família como lugar privilegiado para transmitir a fé!” (Papa Francisco, alocução do ângelus, 26 de julho de 2013) “Dirijamos agora o nosso olhar à Mãe do Céu, a Virgem Maria. A Virgem Imaculada intercede por nós no Céu como uma boa mãe que guarda os seus filhos. Maria nos ensina, com a sua existência, o que significa ser discípulo missionário. Após ter recebido a graça de ser a Mãe do Verbo encarnado, não guardou para si aquele presente; sentiu-se responsável e partiu, saiu da sua casa e foi, apressadamente, visitar a sua parente Isabel que precisava de ajuda (cf. Lc 1, 38-39); cumpriu um gesto de amor, de caridade e de serviço concreto, levando Jesus que trazia no ventre.” (Papa Francisco, alocução do ângelus, 28 de julho de 2013) “Dirijamo-nos à Virgem Maria: o seu coração imaculado, coração de mãe, partilhou ao máximo a «compaixão» de Deus, especialmente da paixão e da morte de Jesus.” (Papa Francisco, ângelus, 9 de junho de 2013) Artigo XLV. Sobre a realeza de Maria "Desde os primeiros séculos da Igreja católica, elevou o povo cristão orações e cânticos de louvor e de devoção à Rainha do céu tanto nos momentos de alegria, como sobretudo quando se via ameaçado por graves perigos; e nunca foi frustrada a esperança posta na Mãe do Rei divino, Jesus Cristo, nem se enfraqueceu a fé, que nos ensina reinar com materno coração no universo inteiro a Virgem Maria, Mãe de Deus, assim como está coroada de glória na bem- aventurança celeste." (Papa Pio XII, Encíclica Ad Caeli Reginam, n.1) A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 61 Sobre a maternidade de Maria “Sempre nos guie e acompanhe com a sua intercessão a Santíssima Mãe de Deus : Rainha dos Apóstolos rogai por nós!” (Papa Francisco, homilia na Capela Papal, imposição do pálio aos novos arcebispos metropolitanos, 29 de junho de 2013) "Gloriem-se, portanto, todos os féis cristãos de estar submetidos ao império da virgem Mãe de Deus, que tem poder régio e se abrasa de amor materno." (Papa Pio XII, Encíclica Ad Caeli Reginam, n.41) “Confiemos a nossa prece à intercessão de Maria, Rainha de todos os Santos.” (Papa Francisco, ângelus, 1º de novembro de 2013) Artigo XLVI. Sobre a maternidade de Maria “Mãe de Deus. Este é o título principal e essencial de Nossa Senhora . Trata-se duma qualidade, duma função que a fé do povo cristão, na sua terna e genuína devoção à Mãe celeste, desde sempre Lhe reconheceu.” (Papa Francisco, homilia na Solenidade da Santa Mãe de Deus, 1º de janeiro de 2014) "É, portanto, injusta a crítica e a censura que, por esse motivo, fazem não poucos acatólicos e protestantes à nossa devoção para com a virgem Mãe de Deus, como se tirássemos alguma coisa do culto devido somente a Deus e a Jesus Cristo; muito ao contrário, tudo que for de honra e venera ção a nossa Mãe celes te, sem dúvida que redunda em glória para o seu divino Filho, não só porque dele vêm, como de primeira fonte, todas as graças e dons, mesmo excelsos, mas ainda porque 'os pais são a glória dos filhos' (Pr 17, 6)." (Papa Pio XII, Encícl ica Fulgens Corona, n. 13) "Sobretudo desejamos seja claramente evidenciado que Maria, humilde serva do Senhor, é toda relativa a Deus e a Cristo, único mediador e Redentor nosso. E igualmente sejam ilustradas a verdadeira natureza e as intenções do c ul to mariano na Igreja, especialmente lá onde se acham muitos irmãos nossos separados, de modo que os que não fazem parte da comunidade católica compreendam que, longe de ser fim em si mesma, a devoção a Maria é, ao contrário, meio essencialmente ordenado a orientar as almas para Cristo, e assim uni-Ias ao Pai, no amor do Espírito Santo." (Papa Paulo VI, Encerramento III Secção do Concílio Vaticano II) “Que seja excomungado quem não professar que Emanuel é verdadeiramente Deus e, portanto, que a Virgem Maria é verdadeiramente Mãe de A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 64 Sobre o calvário da Virgem Maria “Maria disse o seu «sim» a Deus, um «sim» que transtornou a sua vida humilde de Nazaré, mas não foi o único; antes, foi apenas o primeiro de muitos «sins» pronunciados no seu coração tanto nos seus momentos felizes, como nos dolorosos… muitos «sins» que culminaram no «sim» ao pé da Cruz.” (Papa Francisco, homilia na Jornada Mariana, 13 de outubro de 2013) "Ao dizer seu fiat, no dia da Anunciação, aceitou antecipada e generosamente todos os sofrimentos que ocorreria a seu Filho e para ela a obra da redenção." (Pe. Garrigou Lagrange, A Mãe do Salvador e nossa vida interior, pag. 156) “E Nossa Senhora nunca se afastou daquele amor: a sua vida inteira, todo o seu ser constitui um «sim» àquele amor, é um «sim» a Deus. Maria ouve, obedece interiormente e responde: «Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra»” (Papa Francisco, ângelus, 8 de dezembro de 2013) Artigo XLIX. Sobre o calvário da Virgem Maria “Quando sofrer, olhe sua Mãe Dolorosa com Jesus morto entre seus braços. Compare sua dor. Nada há que se assemelhe.” (Santa Teresa dos Andes) “Maria também conheceu o martírio da Cruz: o martírio do seu coração, o martírio da alma. Ela sofreu tanto, no seu coração, enquanto que Jesus sofria na Cruz. Ela viveu a Paixão do Filho até o fundo de sua alma.” (Papa Francisco, homilia na Solenidade da Assunção de Maria, 15 de agosto de 2013) "Quem estivesse no Calvário veria dois altares, onde se consumavam dois grandes sacrifícios: um era o corpo de Jesus, o outro o coração de Maria.” (Sã o João Crisóstomo) "Esta união da Mãe com o Filho na obra da Redenção (LG 57) alcança o ponto culminante no Calvário, onde Cristo "se ofereceu a si mesmo a Deus como vítima sem mancha" (Hb 9,14), e onde Maria esteve de pé, junto à Cruz (cf. Jo 19,25), "sofrendo profundamente com o seu Unigênito e associando-se com ânimo maternal ao seu sacrifício, consentindo amorosamente na imolação da vítima que ela havia gerado" (LG 58), e oferecendo-a também ela ao eterno Pai." (Papa Paulo VI, Exortação Apostólica Marialis Cultus, n. 20) A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 65 Mais algumas frases sobre Nossa Senhora “Nossa Senhora fez seu o sofrimento do Filho, aceitando com Ele a vontade do Pai naquela obediência fecunda, que confere a vitória genuína sobre o mal e a morte.” (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 23 de outubro de 2013) Artigo L. Mais algumas frases sobre Nossa Senhora "Ela é como uma coluna de fogo, porque como a cera se derrete diante do fogo, assim os demônios perdem suas forças diante da alma que com frequência se encomenda a Maria e trata devotamente de imitá -la." (Santo Afonso Maria de Ligório) “Enquanto adoramos Jesus, peçamos à Maria, a Ela que pôs a disposição do Espirito a grande sala de seu coração para que o Verbo se fizesse carne e habitasse entre nós, que rogue por nós, agora, para que se encha nosso coração e se faça um pouquinho mais parecido com o dela: que é lugar de encontro entre irmãos e de proximidade entre nós e com Deus, Nosso Senhor.” (Bergoglio, homilia, 24 de junho de 2000) "Por isso, Maria chama bem-aventurados os que com esmero imitam sua vida: ‘Agora, filhos, ouvi-me: felizes os que guardam meus caminhos’ (Pr 8, 32). O que ama ou é semelhante ou cuida de parecer-se com a pessoa amada, conforme o célebre dito: o amor, ou os encontra ou faze-os iguais. Por isso exorta São Jerônimo que se amamos a Maria tratemos de imitá-la, porque este é o maior obséquio que podemos oferecer. Procure, pois, o fi lho, conclui São Bernardo, imitar a Mãe se deseja seus favores, porque ao ver-se honrada como mãe o tratará como verdadeiro fi lho." (Santo Afonso Maria de Ligório) “Contemplemos a nossa Mãe, deixando que Ela olhe para nós, porque se trata da nossa Mãe, que nos ama muito; deixemo-nos velar por Ela para aprendermos a ser mais humildes, mas também mais intrépidos na sequela da Palavra de Deus; para recebermos o abraço terno do seu Filho Jesus, um abraço que nos confere vida, esperança e paz.” (Papa Francisco, ângelus, 8 de dezembro de 2013) “Quando nos pomos de joelhos no momento da consagração, enquanto adoramos Jesus dizendo “Meu Senhor e meu Deus”, peçamos à Virgem, a Ela que sabe de vasos vaz ios , que diga a Jesus como em Caná: “não tem vinho”. Peçamos que rogue por nós, agora, para que façamos o que Jesus nos diz. Roga por nós, Mãe, para que sejamos servos e servas fieis, A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 66 Sobre a força da oração para que enchamos até a borda nossos vasos; assim o Senhor converterá a água em vinho de seu Sangue que nos purifica e alegra nosso coração com a esperança.” (Bergoglio, homilia, 24 de junho de 2000) “A mulher que, nas bodas de Caná da Galileia, dera a sua colaboração de fé para a manifestação das maravilhas de Deus na mundo, no Calvário mantém acesa a chama da fé na ressurreição do Filho, e comunica-a aos outros com carinho maternal.” (Papa Francisco, homilia na Solenidade da Santa Mãe de Deus, 1º de janeiro de 2014) "Mas, a dor a abateu, a prostrou por terra por desfalecimento? Ao contrário, 'Stabat juxta crucem’: estava de pé junto a cruz. Não, a espada que atravessou seu coração, não pôde diminuir suas forças: a constância e a afl ição vã o ao uníssono, e sua constância testemunha que não estava menos submissa que afl igida." (Bossuet, citado por Pe. Garrigou Lagrande, A Mãe do Salvador e nossa vida interior, pag. 192) “Maria harmoniza todos os aspectos da vida comunitária: a vida da Sagrada família em Nazaré e a vida da comunidade apostólica em Pentecostes.” (Bergoglio, Conferência no Seminário La Encarnación, 25 de março de 2010) “Em Maria se harmonizam todos os aspectos de uma alma eclesial: Ela é filha, esposa, mãe e amiga.” (Bergoglio, Conferência no Seminário La Encarnación, 25 de março de 2010) Artigo LI. Sobre a força da oração “A pouca fé que temos, mas que é forte! Com esta força podemos dar testemunho de Jesus Cristo, ser cristãos com a vida, com o nosso exemplo! E de onde tiramos esta força? De Deus, na oração. A oração é o respiro da fé: numa relação de confiança, de amor, não pode faltar o diálogo, e a oração é o diálogo da alma com Deus.” (Papa Francisco, ângelus, 6 de outubro de 2013) “Quem reza nunca perde a esperança, mesmo quando se encontra em situações difíceis e até humanamente desesperadas...” (Papa Bento XVI ) A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 69 Sobre o terço da Divina misericórdia e seus aliados. O Terço também nos sustenta nesta batalha.” (Papa Francisco, homilia na Solenidade da Assunção de Maria, 15 de agosto de 2013) "Portanto, visto que os fatos demonstram o quanto esta oração é agradável à Virgem, e o quanto é eficaz na defesa da Igreja e do povo cristão, em alcançar os divinos favores para os simples indivíduos e para a soc i eda de i ntei ra , não há-de causar nenhuma admiração que também outros Nossos Predecessores, com palavras de fervoroso encômio, se hajam aplicado a incrementá -la. Assim Urbano IV afirmou que “cada dia o povo cristão recebe novas graças por meio do Rosário”; Sixto IV proclamou que esta forma de oração “é oportuna, não só para promover a honra de Deus e da Virgem, mas também para afastar os perigos que o mundo nos prepara”; Leão X disse-a “instituída contra os heresiarcas e contra o serpear das heresias”; e Júlio III chamou-lhe “ornamento da Igreja de Roma”. Igualmente Pio V, falando desta oração, disse que, “ao difundir-se ela, os fiéis, inflamados por aquelas meditações e afervorados por aquelas preces, começaram de repente a transformar-se com outros homens; as trevas das heresias começaram dissipar-se, e mais clara começou a manifestar-se a luz da fé católica”. Finalmente, Gregório XIII declarou que “o Rosário foi instituído por S. Domingos para aplacar a ira de Deus e para obter a intercessão da bem-aventurada Virgem”." (Papa Leão XIII, Encíclica Supremi Apostolatus Officio, n. 3) “Gostaria de evocar a importância e a beleza da prece do Santo Rosário. Recitando o Ave-Maria, somos levados a contemplar os mistérios de Jesus, ou seja, a meditar sobre os momentos centrais da sua vida a fim de que, como para Maria e São José, Ele seja o cerne dos nossos pensamentos, das nossas atenções e das nossas obras.” (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 1º de maio de 2013) Artigo LIV. Sobre o terço da Divina misericórdia “Neste momento, gostaria de vos aconselhar um remédio. Mas alguém pensa: «Agora o Papa é farmacêutico?». Trata-se de um «remédio espiritual» chamado Misericórdia. Tomai-o! Contém um Rosário, com o qual podeis rezar também o «terço da Misericórdia», auxílio espiritual para a nossa alma [...]” (Papa Francisco, ângelus, 17 de novembro de 2013) A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 70 Rezar em família Artigo LV. Rezar em família “Queria vos perguntar, queridas famílias: Rezais algumas vezes em família? É preciso simplicidade: para rezar em família, é necessária simplicidade! Rezar juntos o “Pai Nosso”, ao redor da mesa, não é algo extraordinário: é fácil. E rezar juntos o Terço, em família, é muito belo; dá tanta força! E também rezar um pelo outro: o marido pela esposa; a esposa pelo marido; os dois pelos filhos; os filhos pelos pais, pelos avós... Rezar um pelo outro. Isto é rezar em família, e isto fortalece a família: a oração.” (Papa Francisco, homilia na Missa para a Jornada da Família, 27 de outubro de 2013) "Queremos agora, em continuidade de pensamento com os nossos predecessores, recomendar vivamente a recitação do santo Rosário em família. O Concílio Vaticano II pôs bem em evidência que a mesma família, qual célula primeira e vital da sociedade, "deve mostrar-se, pela mútua piedade dos membros e pela oração dirigida a Deus em comum, como um sa ntuário familiar da Igreja" (AA 11). A família cristã, por conseguinte, apresentar-se-á assim como "Igreja doméstica" (LG 11), na medida em que os seus membros, cada qual no seu lugar e dentro das suas atribuições próprias, se dão as mãos no promover a jus tiça, no praticar as obras de misericórdia, no dedicar-se ao serviço dos irmãos, tomando parte no apostolado da comunidade local mais ampla e inserindo-se no seu culto l itúrgico (AA 11); e, ainda, se elevarem a Deus orações suplicantes, em comum; se viesse a falhar este elemento no seio da família, então faltar-lhe-ia o próprio caráter de família cristã. Por isso, à recuperação da noção teológica da família, como Igreja doméstica, deve, coerentemente, seguir-se um esforço por instaurar na vida da mesma família a oração em comum." (Papa Paulo VI, Exortação Apostólica Marialis Cultus, n. 52) “Guardai a fé em família e colocai o sal e o fermento da fé nas coisas de todos os dias.” (Papa Francisco, homilia na Missa para a Jornada da Família, 27 de outubro de 2013) “Seria bom se, sobretudo neste mês de Maio, recitássemos juntos, em família, com os amigos, na paróquia, o Santo Rosário ou alguma oração a Jesus e à Virgem Maria! A oração recitada juntos é um momento precioso para tornar ainda mais sólida a vida famil iar, a amizade! Aprendamos a rezar mais em família e como família!” (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 1º de maio de 2013) A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 71 Sobre o testemunho de vida Artigo LVI. Sobre o testemunho de vida “O melhor anúncio é sempre a vida de verdadeiros cristãos.” (Papa Bento XVI, Perguntas e Respostas, pag. 137) “Recordemo-lo bem todos nós: não se pode anunciar o Evangelho de Jesus sem o testemunho concreto da vida. Quem nos ouve e vê, deve poder ler nas nossas ações aquilo que ouve da nossa boca, e dar glória a Deus! Isto traz-me à mente um conselho que São Francisco de Assis dava aos seus irmãos: Pregai o Evangelho; caso seja necessário, mesmo com as palavras. Pregar com a vida: o testemunho.” (Papa Francisco, homilia na Basílica de São Paulo Extramuros, 14 de abril de 2013) "A fidelidade dos batizados é condição primordial para o anúncio do Evangelho e para a missão da Igreja no mundo. Para manifestar diante dos homens sua força de verdade e de irradiação, a mensagem da salvação deve ser autenticada pelo testemunho de vida dos cristãos: O próprio testemunho da vida cristã e as boas obras feitas em espírito sobrenatural possuem a força de atrair os homens para a fé e para Deus." (Catecismo da Igreja Católica, §2044) “Não tenhais medo de viver e testemunhar a fé nos vários setores da sociedade, nas múltiplas situações da existência humana!” (Papa Bento XVI) “A incoerência dos fiéis e dos Pastores entre aquilo que dizem e o que fazem, entre a palavra e a maneira de viver mina a credibilidade da Igreja.” (Papa Francisco, homilia na Basílica de São Paulo Extramuros, 14 de abril de 2013) "Mais ainda, evangelizar não é tanto um modo de falar, é antes um modo de viver: viver na escuta do Pai e ser seu porta-voz. Não falará por si mes mo, mas dirá o que ouvir (Jo 16, 13), diz o Senhor do Espírito Santo." (Joseph Ratzinger, Conferência no Congresso de catequistas e professores, 10.12.2000) "Quem faz avançar a Igreja são os Santos, porque são precisamente eles que dão este testemunho. Como disseram João Paulo II e também Bento XVI, o mundo de hoje tem tanta necessidade de testemunhas; precisa mais de testemunhas que de mestres. Devemos falar menos, mas falar com a vida toda: a coerência de vida." (Papa Francisco, diálogo na Vigília de Pentecostes, 18 de maio de 2013) A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 74 Sobre a mundaneidade “Até os poderes demoníacos, hostis ao homem, se deparam impotentes diante da íntima união de amor entre Jesus e quantos o recebem com fé.” (Papa Francisco, homilia na Basílica Vaticana, 4 de novembro de 2013) "Contudo, o poder de Satanás não é infinito. Ele não passa de uma criatura, poderosa pelo fato de ser puro espírito, mas sempre criatura: não é ca pa z de impedir a edificação do Reino de Deus. Embora Satanás atue no mundo por ódio contra Deus e seu Reino em Jesus Cristo, e embora a sua ação cause graves danos – de natureza espiritual e, indiretamente, até de natureza física - para cada homem e para a sociedade, esta ação é permitida pela Divina Providência, que com vigor e doçura dirige a história do homem e do mundo. A permissão divina da atividade diabólica é um grande mistério, mas "nós sabemos que Deus coopera em tudo para o bem daqueles que o amam" (Rm 8,28)." (Catecismo da Igreja Católica, §395) “Ao nosso redor, é suficiente ler um jornal — como eu disse — para ver que a presença do mal existe, que o Diabo age. Mas gostaria de dizer em voz alta: Deus é mais forte!” (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 12 de julho de 2013) Artigo LIX. Sobre a mundaneidade “Creio que o mundano é narcisista, é consumista, é hedonista.” (Cardeal Bergoglio, Sobre o Céu e a Terra, pag.55) “Mas, se queremos caminhar pela estrada da mundaneidade, descendo a pactos com o mundo – como queriam fazer com os Macabeus, que a isso se sentiam então tentados – nunca gozaremos da consolação do Senhor. E se procuramos só consolação, esta será uma consolação superficial, uma consolação humana; não aquela do Senhor. A Igreja caminha sempre entre a Cruz e a Ressurreição, entre as perseguições e as consolações do Senhor. E este é o caminho: quem vai por esta estrada não se engana.” (Papa Francisco, homilia na Capela Paulina, 23 de abril de 2013) “O cristão é um homem espiritual, mas isto não significa que seja uma pessoa que vive «nas nuvens», fora da realidade, como se fosse um fantasma. Não! O cristão é uma pessoa que pensa e age de acordo com Deus na vida quotidiana, uma pessoa que deixa que a sua vida seja animada, nutrida pelo Espírito Santo, para ser plena, vida de verdadeiros A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 75 Sobre as fofocas e bisbilhotices filhos. E isto significa realismo e fecundidade.” (Papa Francisco, homilia na Praça São Pedro para o dia da ‘Evangelium Vitae’, 16 de junho de 2013) “Esta é uma boa ocasião para fazer um convite à Igreja a despojar-se. Mas todos nós somos Igreja! Alguém dirá: «Mas do que se deve despojar a Igreja?». Deve despojar-se hoje de um perigo gravíssimo, que ameaça todas as pessoas na Igreja, todos: o perigo da mundaneidade.” (Papa Francisco, discurso da visita pastoral a Assis, encontro com os pobres assistidos pela Cáritas, Sala da Espoliação, 4 de outubro de 2013) “O cristão não pode conviver com o espírito do mundo. A mundaneidade que nos leva à vaidade, à prepotência, ao orgulho. E isto é um ídolo, não é Deus. É um ídolo! E a idolatria é o maior pecado!” (Papa Francisco, discurso da visita pastoral a Assis, encontro com os pobres assistidos pela Cáritas, Sala da Espoliação, 4 de outubro de 2013) “A mundaneidade faz-nos mal. É tão triste encontrar um cristão mundano , convicto — a seu parecer — daquela certeza que a fé lhe dá e certo da segurança que lhe oferece o mundo. Não se pode trabalhar nas duas partes.” (Papa Francisco, discurso da visita pastoral a Assis, encontro com os pobres assistidos pela Cáritas, Sala da Espoliação, 4 de outubro de 2013) “Anunciai a Palavra em cada ocasião: oportuna e inoportunamente. Admoestai, repreendei e exortai com magnanimidade e doutrina. O bispo que não prega é um bispo a meio caminho. E se não anuncia o Senhor, acaba na mundaneidade.” (Papa Francisco, homilia na ordenação episcopal de dois presbíteros, 24 de outubro de 2013) “Ao longo da história houve padres e bispos mundanos. Há aqueles que buscam negociar o aspecto religioso com alianças políticas ou a mundaneidade espiritual.” (Cardeal Bergoglio, Sobre o Céu e a Terra, pag.47) “O pior que pode nos acontecer na vida sacerdotal é sermos mundanos, bispos ou padres light.” (Cardeal Bergoglio, Sobre o Céu e a Terra, pag.48) Artigo LX. Sobre as fofocas e bisbilhotices “O diabo aproveita-se de tudo para dividir! E diz: «Eu não quero falar mal, mas...», e assim começa a divisão. Não, isto não é bom, porque não leva a nada: leva à divisão. Cuidai A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 76 Sobre os sacramentos em geral da amizade entre vós, da vida de família, do amor recíproco.” (Papa Francisco, discurso às monjas de clausura, Capela do Coro da Basílica de Santa Clara, 4 de outubro de 2013) “Quanto mal fazem as bisbilhotices! Nunca murmuremos dos outros, jamais! Quanto dano causam à Igreja as divisões entre os cristãos, o partidarismo, os interesses mesquinhos!” (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 19 de junho de 2013) “Muitas vezes, quando ouvimos as pessoas falar mal dos outros, parece que o pecado da calúnia e o pecado da difamação foram eliminados do decálogo, mas falar mal de uma pessoa é pecado.” (Papa Francisco, homilia na Paróquia São Tomé Apóstolo, 16 de fevereiro de 2014) “[...] vós não sabeis o mal que os mexericos fazem à Igreja, às paróquias, às comunidades! Fazem mal! As bisbilhotices ferem! Antes de coscuvilhar, o cristão deve morder a sua língua! Sim ou não? Morder a língua: isto far-lhe-á bem, porque a língua inchará e não poderá falar, não conseguirá coscuvilhar.” (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 25 de setembro de 2013) Artigo LXI. Sobre os sacramentos em geral “Os Sacramentos expressam e realizam uma comunhão concreta e profunda entre nós, porque neles nós encontramos Cristo Salvador e, através dele, os nossos irmãos na fé. Os Sacramentos não são aparências, não são ritos, mas constituem a força de Cristo; Jesus Cristo está presente nos Sacramentos.” (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 6 de novembro de 2013) "Celebrados dignamente na fé, os sacramentos conferem a graça que significam. São eficazes porque neles age o próprio Cristo; é ele quem batiza, é ele quem atua em seus sacramentos, a fim de comunicar a gra ça significada pelo sacramento. O Pai sempre atende à oração da Igreja de seu Filho, a qual, na epiclese de cada sacramento, exprime sua fé no poder do Espírito. Assim como o fogo transforma nele mesmo tudo o que toca, o Espírito Santo transforma em vida divina o que é submetido ao seu poder." (Catecismo da Igreja Católica, §1127) “Nos Sacramentos a Igreja nos comunica a Vida plena que o Senhor veio trazer. Enquanto filhos às vezes rompamos nossa aliança com o Senhor a nível individual, a Igreja é A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 79 Sobre a importância do batismo “A criança não tem absolutamente nenhuma responsabilidade pelo estado civil de seus pais. E, muitas vezes, um batismo pode ser um novo começo para os pais também.” (30 Giorni, agosto de 2009). “Jesus não tinha necessidade de ser batizado, mas os primeiros teólogos afirmam que, com o seu corpo, com a sua divindade, no batismo benzeu todas as águas, para que as águas tivessem o poder de conferir o Batismo.” (Papa Francisco, homilia na festa do batismo do Senhor, 12 de janeiro de 2014) “[...] o Batismo constitui a «porta» da fé e da vida cristã. Num certo sentido, o Batismo é o bilhete de identidade do cristão, a sua certidão de nascimento e o ato de nascimento na Igreja.” (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 13 de novembro de 2013) “No sacramento do Batismo são perdoados os pecados, o pecado original e todos os nossos pecados pessoais, assim como todas as penas do pecado.” (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 13 de novembro de 2013) “Esta intervenção salvífica [do batismo] não priva a nossa natureza humana da sua debilidade — todos nós somos frágeis, todos somos pecadores — e também não nos priva da responsabilidade de pedir perdão cada vez que erramos! Não me posso batizar várias vezes, mas posso confessar-me e deste modo renovar a graça do Batismo.” (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 13 de novembro de 2013) Artigo LXIII. Sobre a importância do batismo "As crianças devem ser levadas à Igreja para serem batizadas, o mais cedo possível. Os pais e as mães, que pela sua negligência, deixam morrer os fi l hos sem Batismo pecam gravemente..." (Catecismo de São Pio X, §559-561) “Por conseguinte, [o batismo] não é uma formalidade! É um ato que diz profundamente respeito à nossa existência. Uma criança batizada ou uma criança não batizada não é a mesma coisa. Uma pessoa batizada ou uma pessoa não batizada não é a mesma coisa.” (Papa Francisco, audiência geral, catequese 8 de janeiro de 2014) A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 80 Sobre a data do batismo "O Batismo é absolutamente necessário para a salvação, porque o Senhor disse expressamente: Quem não renascer na água e no Espírito Santo, não poderá entrar no reino dos céus." (Cateci smo de São Pio X, §564) "O Senhor mesmo afirma que o Batismo é necessário para a salvação. Também ordenou a seus discípulos que anunciassem o Evangelho e batizassem todas a nações. O Batismo é necessário, para a salvação, para aqueles aos quais o Evangelho foi anunciado e que tiveram a possibilidade de pedir este sacramento. A Igreja não conhece outro meio senão o Batismo para garantir a entrada na bem- aventurança eterna; é por isso que cuida de não negligenciar a missão que recebeu do Senhor..." (Catecismo da Igreja Católica, §1257) “Literalmente, a palavra «batismo» significa «imersão» e, com efeito, este Sacramento constitui uma verdadeira imersão espiritual na morte de Cristo, da qual renascemos com Ele como criaturas novas (cf. Rm 6, 4). Trata-se de um lavacro de regeneração e iluminação. Regeneração, porque realiza aquele nascimento da água e do Espírito, sem a qual ninguém pode entrar no reino dos céus (cf. Jo 3, 5).” (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 13 de novembro de 2013) Artigo LXIV. Sobre a data do batismo “Conhecer a data do nosso Batismo significa conhecer uma data feliz. Mas o risco de não o conhecer significa perder a memória daquilo que o Senhor fez em nós, a memória do dom que recebemos.” (Papa Francisco, audiência geral, catequese 8 de janeiro de 2014) “Assim como eu conheço a data do meu nascimento, devo conhecer também a data do meu Batismo, porque é um dia de festa.” (Papa Francisco, audiência geral, catequese 8 de janeiro de 2014) “Dirijo-vos uma pergunta, que já formulei outras vezes, mas volto a apresentá-la: quem de vós se recorda da data do seu próprio Batismo? Levantem a mão: são poucos (e não o pergunto aos Bispos, para que não se envergonhem...). Mas façamos uma coisa: hoje, quando voltardes para casa, perguntai em que dia fostes batizados, procurai, porque este é o vosso segundo aniversário. O primeiro é do nascimento para a vida e o segundo é do nascimento na Igreja.” (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 13 de novembro de 2013) A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 81 Sobre o Sacramento do Matrimônio Artigo LXV. Sobre o Sacramento do Matrimônio “O que é o matrimónio? É uma verdadeira vocação, como o são o sacerdócio e a vida religiosa. Dois cristãos que casam reconheceram na sua história de amor o chamamento do Senhor, a vocação a formar de duas pessoas , varão e mulher, uma só carne, uma só vida.” (Papa Francisco, discurso no encontro com os jovens da região da Úmbria, 4 de outubro de 2013) "O Matrimônio é um Sacramento instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, que estabelece uma união santa e indissolúvel entre o homem e a mulher, e lhes dá a graça de se amarem um ao outro santamente, e de educarem cristãmente seus fi lhos. (Catecismo de São Pio X, §826) “O matrimónio como sacramento é um dom de Deus e, ao mesmo tempo, um compromisso. O amor de dois noivos é santificado por Cristo, e os cônjuges são chamados a testemunhar e cultivar esta santidade através da sua fidelidade recíproca.” (Papa Francisco, discurso aos bispos da Conferência Episcopal da Áustria, 30 de janeiro de 2014) "A imagem de Deus é o casal no matrimónio: o homem e a mulher; não só o homem, não somente a mulher, mas os dois juntos. Esta é a imagem de Deus: o amor, a aliança de Deus conosco está representada na aliança entre o homem e a mulher." (Papa Francisco, Audiência Geral, catequese, 2 de abril de 2014) "Mas quem se liga a outra pessoa mediante o contrato matrimonial, ainda que depois se arrependa, já não pode mudar, nem anular ou desfazer o que está feito. Por conseguinte, uma vez que o Matrimônio não consiste numa simples promessa, mas numa alienação recíproca, pela qual o marido entrega realmente à mulher o poder sobre o corpo, e a mulher faz outro tanto, com relação ao marido: é necessário que sua celebração se faça com palavras que exprimam tempo presente. Tanto que forem proferidas, essas palavras permanecem em vigor, e conservam marido e mulher l igados por um vínculo indissolúvel." (Catecismo de Trento, II Parte, Cap. VIII, §6) "Com efeito, também Deus é comunhão: as três Pessoas do Pai, Filho e Espírito Santo vivem desde sempre e para sempre em unidade perfeita. É precisamente nisto que A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 84 Sobre a cultura do provisório “Na Doutrina Católica recordamos a nossos fiéis divorciados e casados de novo que não estão excomungados – embora vivam em uma situação à margem daquilo que a indissolubilidade matrimonial e o sacramento do casamento exigem –, e lhes pedimos que se integrem à vida paroquial.” (Cardeal Bergoglio, Sobre o Céu e a Terra, pag.95) “Na sociedade o matrimônio como sacramento tem perdido muito valor . Um desafio para os pastores e os agentes de pastoral é o de algumas situações conjugais impedidas de receber o sacramento do matrimônio e da Eucaristia: ajudá-los a participar da vida da Igreja.” (Bergoglio, Mensagem na V Conferência do CELAM - Aparecida, maio de 2007) "Bento XVI disse duas vezes no último ano, que para a “anulação” do casamento deve ser levado em conta que fé teve essa pessoa quando se casou. Se fosse uma fé geral, mas sabendo perfeitamente o que era o casamento, e o que o levou a fazer isso. E isso é uma coisa que devemos estudar a fundo para saber como ajudar..." (Papa Francisco, entrevista a La Nación, 7 de dezembro de 2014) “No caso dos divorciados e recasados, nos perguntamos: o que fazemos com eles? Que portas lhes poderão ser abertas? E foi uma pergunta pastoral: Então, não lhes vamos dar a comunhão? Não é uma solução; somente isso não é a solução, a solução é a integração. Não estão excomungados, é verdade. Mas não podem ser padrinhos de batismo, não podem ler a leitura na missa, não podem dar a comunhão, não podem dar catequese, não podem umas sete coisas, tenho uma lista aí. Se eu conto isto pareceriam excomungados de facto! Então, abrir as portas um pouco mais”. (Papa Francisco, entrevista a La Nación, 7 de dezembro de 2014) Artigo LXVIII. Sobre a cultura do provisório “A outra dificuldade é esta cultura do provisório: parece que nada é definitivo. Tudo é provisório! Como eu disse antes: o amor, sim, mas enquanto durar. Uma vez ouvi um seminarista que dizia: «Quero tornar-me sacerdote, mas por dez anos. Depois, vou pensar». É a cultura do provisório, mas Jesus não nos salvou provisoriamente: salvou-nos de modo definitivo!” (Papa Francisco, discurso no encontro com os jovens da região da Úmbria, 4 de outubro de 2013) A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 85 Sobre a vocação “Estamos nos dirigindo a uma ditadura do relativismo, que não reconhece nada como definitivo e tem seu mais alto valor no próprio ego e nos próprios desejos.” (Papa Bento XVI) “Não tenhais medo de dar passos definitivos, como o do matrimónio: aprofundai o vosso amor, respeitando os seus tempos e as suas pressões, orai, preparai -vos bem, mas depois tende confiança que o Senhor não vos deixa sozinhos! Fazei-o entrar na vossa casa como um membro da família, e Ele amparar-vos-á sempre.” (Papa Francisco, discurso no encontro com os jovens da região da Úmbria, 4 de outubro de 2013) “Constatamos que muitos jovens relutam em casar -se na igreja por que têm medo do caráter definitivo do matrimônio; aliás, eles retardam também o casamento civil.” (Papa Bento XVI, Perguntas e Respostas, pag. 81) “Há quem diga que hoje o casamento está “fora de moda”. Está fora de moda? Não… Na cultura do provisório, do relativo, muitos pregam que o importante é “ curtir” o momento, que não vale a pena comprometer-se por toda a vida, fazer escolhas definitivas, “para sempre”, uma vez que não se sabe o que reserva o amanhã. Em vista disso eu peço que vocês sejam revolucionários, eu peço que vocês vão contra a corrente; sim, nisto peço que se rebelem: que se rebelem contra esta cultura do provisório que, no fundo, crê que vocês não são capazes de assumir responsabilidades, crê que vocês não são capazes de amar de verdade. Eu tenho confiança em vocês, jovens, e rezo por vocês.” (Papa Francisco, discurso aos voluntários da JMJ RIO2013, 28 de julho de 2013) Artigo LXIX. Sobre a vocação “Como podemos reconhecê-la? Respondo-vos com dois elementos essenciais, sobre o modo como reconhecer esta vocação ao sacerdócio ou à vida consagrada . Rezar e caminhar na Igreja. Estas duas coisas andam juntas, estão interligadas. É Deus que chama, mas é importante ter uma relação quotidiana com Ele, ouvi-lo em silêncio diante do Tabernáculo e no íntimo de nós mesmos, falar-lhe, receber os Sacramentos.” (Papa Francisco, discurso no encontro com os jovens da região da Úmbria, 4 de outubro de 2013) “As vocações nascem na oração e da oração; e só na oração podem perseverar e dar fruto.” (Papa Francisco, Regina Coeli, 21 de abril de 2013) A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 86 Sobre a seleção dos vocacionados Artigo LXX. Sobre a seleção dos vocacionados "Quem entrasse para o estado eclesiástico, sem ser chamado por Deus, faria um mal muito grave e colocar-se-ia em risco de se perder." (Catecismo de Sã o Pio X, §823) "Em muitos lugares, há escassez de vocações ao sacerdócio e à vida consagrada. Por outro lado, apesar da escassez vocacional, hoje temos noção mais clara da necessidade de melhor seleção dos candidatos ao sacerdócio . Não se podem encher os seminários com qualquer tipo de motivações, e menos ainda se estas estão relacionadas com insegurança afetiva, busca de formas de poder, glória humana ou bem-estar económico. Onde há vida, fervor, paixão de levar Cristo aos outros, surgem vocações genuínas." (Papa Francisco, Exortação Evangelium Gaudium, nº 107) Artigo LXXI. Sobre o romance do seminarista Bergoglio “Quando eu era seminarista, fiquei deslumbrado por uma garota que conheci no casamento de um tio. Fiquei surpreso com sua beleza, sua luz intelectual... e, bem, andei confuso um bom tempo, pensava sem parar. Quando voltei ao seminário depois do casamento, não consegui rezar ao longo de uma semana inteira, porque, quando me dispunha a orar, a garota aparecia em minha cabeça. Tive que voltar a pensar no que estava fazendo. Ainda era livre porque era seminarista, podia voltar para casa e tchal. Tive que repensar a opção. Tornei a escolher – ou me deixar escolher – o caminho religioso. Seria anormal se não acontecesse esse tipo de coisa. Quando isso acontece, temos que nos situar novamente.” (Cardeal Bergoglio, Sobre o Céu e a Terra, pag.49) Artigo LXXII. Sobre o sacerdócio “O Senhor chama alguns ao sacerdócio, a se doar a Ele de modo mais total, para amar a todos com o coração do Bom Pastor.” (Papa Francisco, discurso aos voluntários da JMJ RIO2013, 28 de julho de 2013) A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 89 Sobre o clericalismo total de Cristo a nós, e este «sim» torna-nos fecundos.” (Papa Francisco, discurso no encontro com os jovens da região da Úmbria, 4 de outubro de 2013) “Por ora, sou a favor de que se mantenha o celibato, com seus prós e contras, porque são dez séculos de boas experiências mais que de falhas.” (Cardeal Bergoglio, Sobre o Céu e a Terra, pag.50) Artigo LXXV. Sobre o clericalismo “O risco que nós, padres e bispos, devemos evitar é cair no clericalismo, que é uma postura viciada do plano religioso. A Igreja Católica é todo o povo fiel a Deus, inclusive os sacerdotes.” (Cardeal Bergoglio, Sobre o Céu e a Terra, pag.114) “Quando um sacerdote dirige uma diocese ou uma paróquia, tem que escutar sua comunidade para amadurecer as decisões e conduzi-la nesse caminho. Porém, quando se impõe, quando de alguma maneira diz «quem manda aqui sou eu», cai no clericalismo.” (Cardeal Bergoglio, Sobre o Céu e a Terra, pag.114) "O pároco não pode fazer tudo! É impossível! Ele não pode ser um "solista", não pode fazer tudo, mas precisa de outros a gentes pastorais. Tenho a impressão de que hoje, seja nos Movimentos, seja na Ação Católica e nas novas Comunidades que existem, temos agentes que devem ser colaboradores na paróquia para uma pastoral "integrada". O pároco não deve só "fazer", mas também "delegar"." (Papa Bento XVI, Perguntas e Respostas, pag. 75) “O problema (...) é a clericalização, pois, com frequência, os padres clericalizam os leigos e os leigos pedem para ser clericalizados. Se trata de uma cumplicidade pecadora. Mas os leigos têm um potencial nem sempre bem aproveitado.” (Bergoglio, El Jesuita, pag.77) Artigo LXXVI. Sobre o carreirismo “A falta de vigilância torna o Pastor insípido ; fá-lo distraído, esquecido e até intolerante; sedu-lo com a perspectiva da carreira, a sedução do dinheiro e os compromissos com o espírito do mundo; torna-o negligente, transformando-o num A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 90 Sobre o bispo funcionário, num clérigo de Estado, preocupado mais consigo mesmo, com a organização e com as estruturas, do que com o verdadeiro bem do Povo de Deus. Então, como o apóstolo Pedro, corremos o risco de renegar o Senhor, embora formalmente nos apresentemos e falemos em seu nome; ofusca-se a santidade da Mãe Igreja hierárquica, tornando-a menos fecunda.” (Papa Francisco, homilia, com os bispos da Conferência Episcopal Italiana, 23 de maio de 2013) "O carreirismo é uma lepra, uma lepra! Por favor: nada de carreirismo!" (Papa Francisco, discurso à Comunidade da Pontifícia Academia Eclesiástica, 6 de junho de 2013) Artigo LXXVII. Sobre o bispo “O bispo que não reza, o prelado que não escuta a Palavra de Deus, que não celebra todos os dias, que não se confessa regularmente e, do mesmo modo, o sacerdote que não age assim, a longo prazo perdem a união com Jesus, adquirindo uma mediocridade que não é positiva para a Igreja.” (Papa Francisco, audiência geral, catequese 26 de março de 2014) "O episcopado não é uma honorificência, mas um serviço. Jesus quis assim! Na Igreja não deve haver lugar para a mentalidade mundana. A mentalidade mundana diz: «Este homem fez a carreira eclesiástica, tornou-se bispo!». Não, não, na Igreja não deve haver lugar para esta mentalidade. O episcopado é um serviço, não uma honorificência para se vangloriar." (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 5 de novembro de 2014) “Oremos pelos bispos, sacerdotes e diáconos, a fim de que vivam fielmente na Igreja do Senhor esta sua vocação, ao serviço da humanidade, seguindo o exemplo do Bom Pastor, que lavou os pés aos seus discípulos e ofereceu a sua vida na Cruz, para a salvação do mundo.” (Papa Francisco, audiência geral, catequese 26 de março de 2014) "No bispo circundado pelos seus presbíteros no meio de vós está presente nosso Senhor Jesus Cristo, Sumo Sacerdote para toda a eternidade. Com efeito, é Cristo que no ministério do bispo continua a pregar o Evangelho de salvação e a santificar os fiéis mediante os Sacramentos da fé; é Cristo que, na paternidade do bispo, acrescenta novos membros ao seu corpo que é a Igreja; é Cristo que, na sabedoria e prudência do bispo, A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 91 Sobre o Sacramento da Penitência orienta o povo de Deus na peregrinação terrena até à felicidade eterna." (Papa Francisco, homilia de Ordenação Episcopal, 30 de maio de 2014) “O Bispo é antes de tudo um mártir do Ressuscitado. Não uma testemunha isolada, mas juntamente com a Igreja. A sua vida e o seu ministério devem tornar credível a Ressurreição. Unindo-se a Cristo na cruz da verdadeira entrega de si, faz jorrar para a própria Igreja a vida que não morre.” (Papa Francisco, discurso na reunião da Congregação dos bispos, 27 de fevereiro de 2014) “A coragem de morrer, a generosidade de oferecer a própria vida e de se consumir pelo rebanho estão inscritos no «DNA» do episcopado. A renúncia e o sacrifício são conaturais com a missão episcopal. E desejo frisar isto: a renúncia e o sacrifício são congénitos à missão episcopal. O episcopado não é para si, mas para a Igreja, para a grei, sobretudo para aqueles que segundo o mundo são descartáveis.” (Papa Francisco, discurso na reunião da Congregação dos bispos, 27 de fevereiro de 2014) Artigo LXXVIII. Sobre o Sacramento da Penitência "Aqueles que se aproximam do sacramento da Penitência obtêm da misericórdia divina o perdão da ofensa feita a Deus e ao mesmo tempo são reconciliados com a Igreja que feriram pecando, e a qual colabora para sua conversão com caridade exemplo e orações." (Concilio Vaticano II, Constituição Dogmática Lumen Gentium, 11) “Quando nos sentimos pecadores, é importante que nos aproximemos do sacramento da Reconciliação. Alguém poderá dizer: «Mas tenho medo, porque o sacerdote repreender-me-á». Não, o presbítero não te censurará; sabes quem encontrarás no sacramento da Reconciliação? Encontrarás Jesus que te perdoa! É Jesus que te espera ali; trata-se de um Sacramento que faz crescer a Igreja inteira.” (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 6 de novembro de 2013) “[...] quando vamos confessar-nos das nossas debilidades, dos nossos pecados, vamos pedir o perdão de Jesus, mas vamos também renovar o Batismo com este perdão . E isto é bom, é como festejar o dia do Batismo em cada Confissão. Portanto, a Confissão não é uma sessão numa sala de torturas, mas é uma festa. A Confissão é para os batizados, para A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 94 Sobre o Sacramento da Unção dos enfermos “Não tenhais medo da Confissão! Quando estamos em fila para nos confessarmos, sentimos tudo isto, também a vergonha, mas depois quando termina a Confissão sentimo- nos livres, grandes, bons, perdoados, puros e felizes. Esta é a beleza da Confissão!” (Papa Francisco, audiência geral, catequese 19 de fevereiro de 2014) “Gostaria de vos perguntar: quando foi a última vez que te confessaste? Cada um pense nisto... Há dois dias, duas semanas, dois anos, vinte anos, quarenta anos? Cada um faça as contas, mas cada um diga: quando foi a última vez que me confessei? E se já passou muito tempo, não perca nem sequer um dia; vai, que o sacerdote será bom contigo. É Jesus que está ali presente, e é mais bondoso.” (Papa Francisco, audiência geral, catequese 19 de fevereiro de 2014) “Celebrar o Sacramento da Reconciliação significa ser envolvido por um abraço caloroso: é o abraço da misericórdia infinita do Pai. E eu digo-vos: cada vez que nos confessamos, Deus abraça-nos, Deus faz festa! Vamos em frente por este caminho.” (Papa Francisco, audiência geral, catequese 19 de fevereiro de 2014) Artigo LXXIX. Sobre o Sacramento da Unção dos enfermos “Mas na presença de um doente, por vezes pensa-se: «chamemos o sacerdote para que venha»; «Não, dá azar, não o chamemos», ou então, «o doente assusta-se». Por que se pensa assim? Porque um pouco há a ideia de que depois do sacerdote venha a agência funerária. E isto não é verdade. O sacerdote vem para ajudar o doente ou o idoso; por isto é tão importante a visita dos sacerdotes aos doentes. É preciso chamar o sacerdote para junto do doente e dizer: «venha, dê lhe a unção, abençoe-o». É o próprio Jesus que chega para aliviar o doente, para lhe dar força, para lhe dar esperança, para o ajudar; também para lhe perdoar os pecados.” (Papa Francisco, audiência geral, catequese 26 de fevereiro de 2014) Artigo LXXX. Sobre o Sacramento do Crisma “Como cada Sacramento, a Confirmação não é obra dos homens, mas de Deus, que cuida da nossa vida, de maneira a plasmar-nos à imagem do seu Filho, para nos tornar capazes de amar como Ele. E fá-lo infundindo em nós o seu Espírito Santo, cuja ação permeia A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 95 Sobre a Eucaristia cada pessoa e a vida inteira, como transparece dos sete dons que a Tradição, à luz da Sagrada Escritura, sempre evidenciou.” (Papa Francisco, audiência geral, catequese 29 de janeiro de 2014) Artigo LXXXI. Sobre a Eucaristia “Peçamos à nossa Mãe Maria que nos ajude nesta conversão, para sermos verdadeiramente em maior medida àquele Jesus que nós adoramos na Eucaristia.” (Papa Francisco, ângelus, 2 de junho de 2013) “Se os anjos pudessem sentir inveja, nos invejariam porque podemos comungar”. (Papa São Pio X) “E esta transformação [da ressurreição], esta transfiguração do nosso corpo é preparada nesta vida pela relação com Jesus, nos Sacramentos, especialmente na Eucaristia. Nós, que nesta vida somos alimentados pelo Corpo e Sangue, ressuscitaremos como Ele, com Ele e por meio dele.” (Papa Francisco, audiência geral, catequese, 4 de dezembro de 2013) "Não vemos (Jesus na Eucaristia), não o vemos, porém são muitas as coisas que não vemos, mas que existem e são essenciais. Por exemplo, não vemos a nossa razão, mas nós temos uma razão. Não vemos nossa inteligência, mas temos uma inteligência. Numa palavra, não vemos a nossa alma, e no entanto ela existe... Também não vemos a correte elétrica, por exemplo, mas percebemos que ela existe... Em resumo, as coisas mais profundas, aquelas que realmente sustentam a vida e o mundo, nós não vemos, mas podemos ver e sentir os efeitos que produzem." (Papa Bento XVI, Perguntas e Respostas, pag. 15) “Contemplemos, pois, a Igreja-Maria que tem seu centro na Eucaristia: a Igreja- Maria que vive na Eucaristia e nos faz viver graças a Eucaristia.” (Bergoglio, Catequese no 49º Congresso Eucarístico Internacional, 18 de junho de 2008) "A Igreja vive da Eucaristia. Esta verdade não exprime apenas uma experiência diária de fé, mas contém em síntese o próprio núcleo do mistério da Igreja. É com alegria que ela experimenta, de diversas maneiras, a realização incessante desta promessa: «Eu estarei sempre convosco, até ao fim do mundo» (Mt 28, 20); mas, na sagrada Eucaristia, pela conversão do pão e do vinho no corpo A fé de Bergoglio por Bergoglio: o que pensa o Papa Francisco Doutrina Católica Apostólica Romana Créditos ContemplacoesCatolicas.blogspot.com 96 Sobre a Santa Missa e no sangue do Senhor, goza desta presença com uma intensidade sem par. O Concílio Vaticano II justamente afirmou que o sacrifício eucarístico é «fonte e centro de toda a vida cristã».” (Papa S. João Paulo II, Encíclica Ecclesia de Eucharistia, n. 1) “A Eucaristia é a vida da Igreja, é nossa vida. Pensemos na Comunhão que nos une com Jesus ao receber seu Corpo e seu Sangue. Pensemos em seu Sacrifício redentor (porque o que comemos é sua ‘Carne entregue por nós’ e o que bebemos é seu ‘Sangue derramado para o perdão dos pecados’).” (Bergoglio, homilia na Missa de Corpus Christi, 9 de junho de 2012) Artigo LXXXII. Sobre a Santa Missa “Esta tarde, também nós estamos ao redor da mesa do Senhor, do altar do Sacrifício eucarístico onde Ele nos oferece mais uma vez o seu Corpo, tornando presente a única oferenda da Cruz. É ao ouvir a sua Palavra, ao alimentar-nos do seu Corpo e do seu Sangue, que Ele nos faz passar do ser multidão ao ser comunidade, do anonimato à comunhão.” (Papa Francisco, homilia na solenidade de Corpus Christi, 30 de maio de 2013) “Se alguém disser que no sacrifício da Missa não se oferece a Deus um verdadeiro e próprio sacrifício, ou que oferecê-lo não é outra coisa que Cristo nos ser dado a comer, seja excomungado.” (Concílio de Trento, Cânones sobre o Santíssimo Sacrifício da Missa, Cânon 1, Denzinger 918). “Vós [presbíteros] ides continuar a obra santificadora de Cristo; pelo vosso ministério, realiza-se plenamente o sacrifício espiritual dos fiéis, unido ao sacrifício de Cristo, que, através de vossas mãos, em nome de toda a Igreja, é oferecido de forma incruenta sobre o altar na celebração dos Santos Mistérios.” (Papa Francisco, homilia, Ordenações Presbiterais na Basílica Vaticana, 21 de abril de 2013) “Este Sacrifício da Missa foi estabelecido para tomar o lugar de todos os sacrifícios do Antigo Testamento.” (Santo Agostinho) “Deus é pura misericórdia! Bote Cristo: Ele lhe espera também no encontro com a sua Carne na Eucaristia, Sacramento da sua presença, do seu sacrifício de amor [...]” (Papa Francisco, homilia na Praia de Copacabana, 25 de julho de 2013)
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