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Evolução do Pensamento Econômico II: Capítulo 3, Adam Smith, Notas de estudo de Economia

Apostila sobre Adam Smith (especialização do trabalho) para Evolução do Pensamento Econômico II, Capítulo 3 - Unimontes

Tipologia: Notas de estudo

2015
Em oferta
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Compartilhado em 14/03/2015

luiz-rezende-11
luiz-rezende-11 🇧🇷

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Baixe Evolução do Pensamento Econômico II: Capítulo 3, Adam Smith e outras Notas de estudo em PDF para Economia, somente na Docsity! UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO II LUIZ PAULO FONTES DE REZENDE 2 Adam Smith Capítulo 3 – Adam Smith • Contexto histórico das ideias de Smith • A teoria do valor de Smith • Conflito de classes e harmonia social 5 Adam Smith Contexto histórico das ideias de Smith • O que garantia que a divisão do trabalho se processaria em qualquer sociedade, gerando a dependência entre os homens? A divisão do trabalho, segundo Smith, tinha origem em uma propensão natural do homem: a propensão a intercambiar, permutar ou trocar uma coisa pela outra • Qual o mecanismo que transformaria essa dependência em cooperação e solidariedade? A perseguição do interesse individual, em um mercado competitivo, asseguraria o bem-estar coletivo sem a necessidade de uma coordenação central, vale dizer em condições de “laissez faire”. A solução automática do mercado (autorregulador) na alocação eficiente dos recursos econômicos pela mão invisível que compatibiliza os interesses individuais e o interesse coletivo. 6 Adam Smith Contexto histórico das ideias de Smith • Sistema de trocas As pessoas se especializam em determinadas atividades e começam a trocar. Com a especialização advém o aumento da produtividade, melhoria dos bens, aumento da habilidade e destreza na produção. - Como ocorrem a trocas numa economia rudimentar ou sociedade primitiva? Segundo Smith mesmo nesta sociedade já há uma divisão de trabalho em um certo grau. - O trabalhador dirige a um local para oferecer seus produtos por outros alegando a quantidade de trabalho necessário na produção de seu produto. 7 Adam Smith Contexto histórico das ideias de Smith • Exemplo do alfaiate ( tanga ou tecido ) e do padeiro (pão) Quanto vale este produtos? Cada um destes produtores argumentam o tempo de trabalho necessário para produzir tais bens. O alfaiate gastou 10 horas de trabalho e o padeiro 2 horas para produzir uma unidade dos respectivos bens. Sendo assim, a tange deverá ser trocada por 5 pães. O valor dos bens, a relação em que esses bens serão trocados, depende do número de trabalho gasto em sua confecção. Supunha que alfaiate não concorde com este preço e queira no mínimo 12 pães pela tanga por mais que o padeiro argumente em termos valor- trabalho. 10 Adam Smith Contexto histórico das ideias de Smith • Neste processo de tentativa e erro após algum tempo, a quantidade de pães e seu preço se ajustarão a seus valores. Neste momento a economia atinge uma situação de equilíbrio, onde todos os indivíduos trabalham uns para os outros (cooperação). • Mas o que assegura que a economia se ajustará automaticamente? Exatamente o interesse privado, o desejo de ganhar mais. Quando os padeiros desequilibraram a economia, buscavam atender seus próprios interesses, quando retornaram à sua atividade original, também o fizeram. • No mercado concorrencial, a preocupação egoísta com seus próprios interesses, acaba promovendo o interesse da coletividade não exigindo a interferência de quem quer que seja. 11 Adam Smith Contexto histórico das ideias de Smith • Smith diz: “ Dê-me aquilo que eu quero, e você terá isto aqui, que você quer... É desta forma que obtemos uns dos outros a grande maioria dos serviços que necessitamos. Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro ou do padeiro que esperamos nosso jantar, mas da consideração que eles tem pelo seu próprio interesse”. • Em um estágio primitivo todo produto do trabalho pertence ao trabalhador; e a quantidade de trabalho normalmente empregada em adquirir ou produzir uma mercadoria é a única circunstância capaz de regular ou determinar a quantidade de trabalho que ela normalmente deve comprar, comandar ou pela qual deve ser trocada... 12 Adam Smith A teoria do Valor-trabalho de Smith • Smith afirmou que o pré-requisito para qualquer mercadoria ter valor era que ela fosse o produto do trabalho humano. Entretanto, a teoria do valor-trabalho é mais do que isso. Ela afirma que o valor de troca de uma mercadoria é determinado pela quantidade de trabalho contido nessa mercadoria, mais a alocação relativa, em diferentes ocasiões, da mão-de-obra indireta (trabalho que produziu os meios usados na produção da mercadoria) e da mão-de-obra direta (o trabalho que usa os meios para a produção da mercadoria) usadas na produção. • Smith conseguiu ver o trabalho como o determinante do valor de troca apenas nas economias iniciais pré-capitalistas, nas quais não havia capitalistas nem proprietários de terras. 15 Adam Smith A teoria do Valor-trabalho de Smith • A razão pela qual a teoria da soma diferia da teoria do trabalho, aplicada numa sociedade rude, era que o componente lucro de um preço não tinha a necessária relação com o trabalho incorporado á mercadoria. • Smith percebeu que a concorrência tendia igualar os lucros sobre os capitais do mesmo valor, isto é, se um capitalista tivesse $100 em teares e recebesse $40 de lucro por ano sobre eles, a concorrência e a busca de lucros máximos tendiam a criar uma situação em que os $100 de qualquer outro tipo de capital também renderiam $40 de lucro por ano: • “ Os lucros do capital poderiam ser considerados apenas uma denominação diferente para os salários de determinado tipo de trabalho – o trabalho de inspeção e direção. Mas são totalmente diferentes, são regulados por princípios bastante autossuficientes e não são proporcionais à quantidade, à dificuldade ou à criatividade deste suposto trabalho de inspeção e direção. São regulados inteiramente pelo valor do capital empregado e são maiores ou menores em proporção a este valor” 16 Adam Smith A teoria do Valor-trabalho de Smith • Segue-se desse princípio que os preços poderiam continuar proporcionais às quantidades de trabalho incorporadas à mercadoria, apenas no caso do capital por trabalhador ter sido o mesmo em diferentes linhas de produção. Se essa condição se verificasse, os lucros baseados no valor do capital teriam a mesma proporção em relação aos salários de cada linha de produção, e os salários adicionados aos lucros dariam um total ( ou preço, se o aluguel fosse ignorado) proporcional ao trabalho incorporado à produção das mercadorias. Contudo, se o valor do capital diferisse, nos vários setores da economia, a adição dos lucros aos salários daria um total que não seria proporcional ao trabalho incorporado à produção das mercadoria. Smith aceitou como fato empírico de que o valor do capital por trabalhador difere de uma indústria para outra. Desta forma, Smith não conseguiu mostrar como o trabalho incorporado à produção determinava o valor de troca nessas circunstâncias. • A teoria do valor-trabalho de Smith é incompleta e apresenta incoerência lógica. 17 Adam Smith A teoria do Valor-trabalho de Smith • Teoria dos preços de Smith era baseada no custo de produção. • Distinção entre preço de mercado e preço natural • preço de mercado era o verdadeiro preço da mercadoria no mercado, regulado pelas forças da oferta e demanda • Preço natural – o preço ao qual a receita da venda fosse apenas suficiente para dar ao proprietário de terras, ao capitalista e aos trabalhadores – aluguéis, lucros e salários equivalentes aos níveis habituais ou médios de aluguéis, lucros e salários , em termos sociais. • Ligação entre preço de mercado e preço natural: preço de equilíbrio no qual as forças de oferta e demanda tendiam impelir o preço de mercado para junto do preço natural. • Se os preços de mercado fossem mais altos do que o preço natural, os lucros ultrapassariam a taxa média socialmente aceitável e quando abaixo do natural, a taxa de lucro era inferior a média.
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