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Alimentobovino, Notas de estudo de Agronomia

Alimentobovino

Tipologia: Notas de estudo

2015

Compartilhado em 04/01/2015

mateus-valdir-muller-6
mateus-valdir-muller-6 🇧🇷

4.6

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Baixe Alimentobovino e outras Notas de estudo em PDF para Agronomia, somente na Docsity! ALIMENTOS NA NUTRIÇÃO DE BOVINOS Fabiano Alvim Barbosa - Médico Veterinário, Mestre em Zootecnia/Nutrição de Ruminantes, Doutorando - Produção Animal da Escola de Veterinária/UFMG - junho/2004. http://www.agronomia.com.br/artigos_nutricao_bovinos.html, visitada em 02/10/2005 1. ALIMENTOS, RESÍDUOS E SUBPRODUTOS Os alimentos são classificados de acordo com a Associação Americana Oficial de Controle de Alimentos (AAFCO) e o Conselho Nacional de Pesquisas dos EUA (NRC) e adaptada por F.B. MORRISON: • Alimentos volumosos - são aqueles alimentos de baixo teor energético, com altos teores em fibra ou em água. Possuem menos de 60% de NDT e ou mais de 18% de fibra bruta (FB) e podem ser divididos em secos e úmidos. São os de mais baixo custo na propriedade. Os mais usados para os bovinos de corte são as pastagens naturais ou artificiais (braquiárias e panicuns em sua maioria), capineiras (capim elefante), silagens (capim, milho, sorgo), cana-de-açúcar, bagaço de cana hidrolisado; entre os menos usados estão: milheto, fenos de gramíneas, silagem de girassol, palhadas de culturas, etc. • Alimentos concentrados - são aqueles com alto teor de energia, mais de 60% de NDT, menos de 18% de FB, sendo divididos em: o Energético: alimentos concentrados com menos de 20% de proteína bruta (PB); origem vegetal - milho, sorgo, trigo, arroz, melaço, polpa cítrica; origem animal - sebos e gordura animal; o Protéicos: alimentos concentrados com mais de 20% de PB; origem vegetal - farelo de soja, farelo de algodão, farelo de girassol, soja grão, farelo de amendoim, caroço de algodão, cama de frango -; origem animal - farinha de sangue, de peixe, carne e ossos (sendo esta última atualmente proibida pelo Ministério Agricultura para uso em ruminantes). • Minerais - compostos de minerais usados na alimentação animal: fosfato bicálcico, calcário, sal comum, sulfato de cobre, sulfato de zinco, óxido de magnésio, etc. • Vitaminas - compostas das vitaminas lipossolúveis e hidrossolúveis; • Aditivos - compostos de substâncias como antibióticos, hormônios, probióticos, antioxidante, corantes, etc. • Outros alimentos - aqueles que não se classificam nos itens anteriores (TEIXEIRA, 1998; MELLO, 1999). 2. ALIMENTOS VOLUMOSOS As leguminosas e as gramíneas são as principais fontes de forragem para bovinos. Forragens de alta qualidade podem suprir a maioria dos nutrientes dependendo da categoria animal em questão, da espécie forrageira, tipo de solo e fertilidade, idade da planta entre outros. Fatores importantes na determinação da qualidade é a idade ao corte ou pastejo e o estágio de maturação da planta, com idade avançada, as plantas decrescem em proteína, energia, cálcio, fósforo e matéria seca digestível enquanto aumenta a fibra (FDN, FDA e lignina. Podem ser utilizadas in natura, silagem, pré-secada, ou feno. As pastagens se bem manejadas são boa fonte de nutrientes. Elas têm a vantagem adicional de eliminar a necessidade de manejo manual do material. Adequada fertilização e manejo são necessários para manter uma boa pastagem. Freqüente rotação de pequenos lotes reduz perdas, mas requer maior mão de obra. Como a quantidade e qualidade das pastagens mudam durante o inverno, os animais necessitam um manejo diferenciado: pastagem diferida, pastagens armazenadas e outros alimentos (TEIXEIRA, 1997). 2 As pastagens tropicais se caracterizam por altos rendimentos forrageiros quando adubadas, mas o valor alimentício da forragem produzida não é muito alto. Graças ao alto teor de fibra, baixo teor de proteína e baixa digestibilidade das gramíneas tropicais, a produção por animal é inferior àquela realizada em pastagens de azevém, aveia, etc. Os ganho de peso vivo da ordem de 0,4 a 0,6kg/dia/novilho tem sido observados em pastagens tropicais, sem suplementação. O manejo da pastagem deve ser conduzido de modo a manter constante a disponibilidade de forragem em torno de 2000kg de MS/ha durante a estação de pastejo, e/ou uma oferta de forragem em torno de 8 a 10% de peso vivo animal. Diferimento de pastagem e uso de feno, silagem, cana+uréia são práticas de manejo para aliviar a falta de pasto na seca, e assim, contornar o problema da estacionalidade da produção de forragens das pastagens (GOMIDE, 1999). 3. ALIMENTOS CONCENTRADOS 3.1 Milho Segundo TEIXEIRA (1998) o milho, dentre os grãos de cereais é o mais largamente empregado, rico em energia e pobre em proteína, principalmente lisina. É rico em pró-vitamina A (betacaroteno) e pigmentantes (xantofila). Baixos teores de triptofano, lisina, cálcio, riboflavina, niacina e vitamina D (LANA, 2000). A parte principal da planta é a espiga composta de 70% de grãos, 20% de sabugo e 10% de palhas. O milho pode ser usado de diversas formas como fonte volumosa ou concentrado energético. É considerado alimento concentrado energético padrão. • ROLÃO DO MILHO - é constituído da palhada do milho depois de feita a colheita das espigas. Contudo pode ser feito de toda a planta, incluindo a espiga, tornando-o mais rico em nutriente, usado como fonte volumosa na dieta de ruminantes; • SILAGEM DE MILHO - é uma excelente cultura para confecção de silagem por apresentar boa produção forragem por área e boa quantidade de açucares para produção de ácido lático, fundamental para o processo. É fonte volumosa para ruminantes; • PALHADAS e SABUGOS - é um resíduo da colheita do grão que pode ser utilizado como fonte de fibra na dieta de ruminantes, é de baixo valor nutritivo; • MILHO DESINTEGRADO COM PALHA E SABUGO (MDPS) - é obtido pela moagem das espigas inteiras, é fonte energética na dieta de ruminantes, apresenta menor valor nutritivo do que o milho grão é rico em fibra; • MILHO GRÃO - constitui a base energética da dieta de várias espécies animais, deve ser isento de fungos, micotoxinas, pesticidas, sementes tóxicas. É composto de amido (60%), casca (6,5%), glúten (10%), gérmen (8,5%), água (15%). O processamento do grão pode alterar o seu valor nutritivo pela moagem, gelatinização, floculação e laminação, mudando o local e a intensidade de digestão. • FARELO DE GLÚTEN DE MILHO 60 - é o resíduo seco de milho após a remoção da maior parte do amido e do gérmen, e da separação do farelo pelo processo empregado nas fabricações do amido de milho ou do xarope, por via úmida, ou ainda, pelo tratamento enzimático do endosperma. Ë uma excelente fonte de proteína (e proteína não degradada no rúmen) e energia, não é muito palatável (TEIXEIRA, 1997). Como nome comercial é conhecido por protenose ou glutenose. • FARELO DE GLÚTEN DE MILHO 22 - é a parte da membrana externa do grão de milho que fica após a extração da maior parte do amido, do glúten e do gérmen pelo processo empregado na produção do amido, ou do xarope por via úmida. Pode conter extrativos fermentados do milho e/ou farelo de gérmen de milho. É uma boa fonte de proteína (aproximadamente 22%, de alta degradabilidade ruminal) e energia comparável ao do sorgo, tem média palatabilidade (TEIXEIRA, 1997). Como nome comercial é conhecido por promil ou refinazil. 5 boa palatabilidade, e pode substituir totalmente o farelo soja em dietas de vacas, apesar de apresentar o problema do gossipol em níveis que não afetam a vaca a não ser quando utilizado em conjunto com o caroço de algodão. É rico em fósforo e pobre em lisina, triptofano, vitamina D e pró-vitamina A (LANA, 2000). O caroço de algodão é um alimento com moderado nível de proteína, alta gordura, fibra e energia. Pode ser encontrado com línter ou deslintado, que possui um pouco mais de energia e proteína. Devido a sazonalidade de sua produção deve ser armazenado em lugar limpo, seco. Sua utilização inteiro apresenta melhores resultados que na forma moída ou triturada (TEIXEIRA, 1997). Os problemas provocados pelo uso de farelo de algodão e caroço são atribuídos ao gossipol e aos ácidos graxos ciclopropenóides. O gossipol é um alcalóide polifenólico de cor amarela encontrado nas sementes em formas de grânulos. Os ácidos graxos ciclopropenóides são encontrados no óleo contido nas sementes que causa diminuição da fertilidade do touro e da vaca (LANA, 2000). Segundo SANTOS (1997) os sinais de intoxicação do gossipol incluem dispnéia, diminuição da taxa de crescimento e anorexia. Em fêmeas ruminantes estudos in vitro há um comprometimento no desenvolvimento de embriões e produção de progesterona por células luteínicas, mas in vivo no que se refere à fertilidade, ciclicidade e morfologia de ovários não houve efeitos do gossipol devido à capacidade de detoxificação. Nos machos o gossipol provoca alterações específicas sobre a cauda do espermatozóide, aumento do diâmetro do lúmen dos túbulos seminíferos, diminuição de camadas celulares e epitélio seminífero e do tamanho das células de Sertoli, o estudo mostrou que após voltar à dieta controle sem farelo e caroço de algodão ocorreu reversibilidade dos efeitos no epitélio seminífero. 3.9 Farelo de Girassol Segundo TEIXEIRA (1998) o farelo de girassol é resultante da moagem das sementes de girassol no processo industrial para extração de seu óleo para consumo humano. Nele é permitido a detecção de cascas de girassol, desde que não ultrapasse o nível máximo estipulado para fibra bruta (15%). É adequado suplemento protéico apresentando boa apetecibilidade pelos ruminantes. O teor de proteína bruta varia de 28 a 45%, mas é deficiente em lisina. 3.10 Farelo de amendoim Segundo TEIXEIRA (1998) o amendoim é cultivado em larga escala em muitos países, inclusive no Brasil, principalmente para ser empregado na alimentação humana, produção de óleo e de manteiga. Da indústria do óleo resulta o farelo, que é um suplemento protéico para alimentação animal. Quando proveniente por processos vindo do amendoim descascado e desticulado, tem seu valor nutritivo muito próximo ao farelo de soja e superior ao do algodão. É pobre em Ca, caroteno e metionina, triptofano e lisina e é rico em niacina e ácido pantotênico (LANA, 2000). Um sério problema enfrentado neste farelo é sua freqüente contaminação por fungos produtores de micotoxina. Quando a estocagem é feita em ambiente favorável de temperatura e umidade, ocorre condição ótima para desenvolvimento de fungos. Seu teor de aflatoxina deve ser declarado para comercialização de no máximo 0,5 ppm (ANFAR, 1985). 3.11 Farinha de carne e ossos Segundo TEIXEIRA (1998) é produzida em graxaria de frigoríficos a partir de ossos e com resíduos de tecidos de animais após desossa completa da carcaça de bovinos e/ou suínos. Não deve conter cascos chifres, pêlos, conteúdo estomacal, sangue e outras matérias estranhas. A maior participação de restos de carne em relação ao conteúdo de ossos determinará o teor protéico, de cálcio e de fósforo do produto. Contêm cerca de 54% de PB, sendo aproximadamente 50% não degradada no rúmen. Não é palatável devendo ser introduzida gradativamente na dieta (TEIXEIRA, 1997). De acordo com a Portaria no. 365 de 03/07/96 do Ministério da Agricultura está proibido o uso de farinha de carne e ossos e proteína in natura oriunda de ruminantes nas rações desses animais. Segundo LANA (2000) os teores de proteína bruta varia de 40 a 55%, e a relação Ca:P deve ser de no máximo 2,2:1. Possui P maior que 3,8%. 6 3.12 Farinha de peixe Segundo TEIXEIRA (1997) é um sub-produto da industrialização de pescados, contém mais de 60% de PB da qual 65% não é degradada no rúmen. Tem excelente balanço de aminoácidos, sendo rica em metionina e lisina. Entretanto, considerável variação na degradabilidade ruminal ocorre devido a diferentes métodos de processamento. É rica em cálcio e fósforo e por causa do odor e gosto, a aceitabilidade pode ser problema, necessitando adaptação, pode ter também elevado teor de cloreto de sódio, não podendo exceder 7% do produto (TEIXEIRA, 1998). 3.13 Farinha de sangue Segundo TEIXIERA (1997) é um produto constituído de sangue coagulado, seco e moído, na forma de farinha. É rica em proteína bruta (80%) com alto nível de proteína não degradável no rúmen (acima de 80%), sendo fonte de aminoácidos de excelente qualidade. Entretanto o método de processamento pode afetar a qualidade do produto, diminuindo a disponibilidade de aminoácidos, fato que pode ocorrer também com outros produtos que sofrem tratamento térmico. Segundo LANA (2000) sua proteína é de baixa qualidade (pequena concentração de isoleucina), pobre em vitaminas e baixa palatabilidade. Deve ter no máximo 11% de umidade, pois pode ocorrer contaminação microbiana. De acordo com o Ministério da Agricultura está proibido o uso deste alimento nas rações desses animais. 3.14 Cama de frango Segundo TEIXEIRA (1998) a cama de frango é uma mistura de substrato, comumente chamado de cama, de fezes, pena de aves e restos de ração. Sua composição química varia de acordo com o tipo de cama, densidade das aves no galinheiro que a produziram, tipo de alimentação, manejo da cama, tempo de armazenagem e altura da cama. Contudo, apresenta de 19 a 25% de proteína bruta, sendo que 40 a 44% dela é constituída de proteína verdadeira e 60% de NDT. Apresenta boa aceitabilidade pelos animais e normalmente é fornecida como substituto de farelo protéicos - algodão e soja - na proporção de 40 a 60% da ração concentrada para bovinos de corte. De acordo com o Ministério da Agricultura está proibido o uso deste alimento nas rações desses animais 3.15 Sebo Segundo TEIXEIRA (1997) o sebo é 100% gordura e não supri outro nutriente para a ração a não ser a energia, apresentando alta densidade energética (177% NDT). Segundo LANA (2000) não ultrapassar o nível de 5% de extrato etéreo na dieta de bovinos de corte, por causar diminuição da digestibilidade da fibra. De acordo com o Ministério da Agricultura está proibido o uso deste alimento nas rações desses animais 3.16 Uréia Segundo TEIXEIRA (1998) a uréia é um composto quaternário, constituído por nitrogênio (46,4%), carbono, oxigênio e hidrogênio, de cor branca cristalina e de sabor amargo, solúvel em água e álcool. Sua síntese industrial se faz a partir do gás metano submetido à temperatura superior a 1000 graus. A uréia é utilizada pelos ruminantes como fonte protéica, ao atingir o rúmen do animal, é imediatamente degradada pela ação da enzima urease produzida pelas bactérias ruminais, formando o gás carbônico e amônia. Determinadas bactérias promovem a combinação de amônia com os esqueletos de carbono (cetoácidos) resultantes da degradação de carboidratos, sintetizando aminoácidos que são utilizados na constituição de sua proteína. As bactérias do rúmen (proteína microbiana) sofrem hidrólise no intestino delgado com formação de aminoácidos que são absorvidos e vão ser utilizados como fonte protéica para o animal. Seu valor protéico é de 290% (46,4% de N x 6,25). 7 Deve ser feita uma adaptação no seu fornecimento para que não ocorra intoxicação, sendo na primeira quinzena 33% do total ou 13g/100kg de peso vivo; na segunda quinzena 66% do total ou 26g/100kg de peso vivo; a partir da terceira quinzena 100% do total ou 40g/100kg de peso vivo, sendo usado este limite por animal por dia. Pode ser usado 50g de uréia/100kg de peso vivo, quando se usa amido (cereais) na dieta e o fornecimento é feito parcelado durante todo o dia. O fornecimento deve ser contínuo, pois os animais perdem a adaptação em 3 dias, tendo que fazer nova adaptação caso haja interrupção desta. Os níveis de intoxicação causados pelo excesso de amônia começam a aparecer quando o nível de nitrogênio amoniacal alcança valores de 1mg/100ml de sangue e o pH ruminal chega a 8. A capacidade do fígado em converter a amônia absorvida do rúmen em uréia, está em torno de 84 mg de nitrogênio amoniacal/100ml de fluído ruminal. USOS: Volumosos secos (70 a 90% de matéria seca (MS)): até 2% de uréia Volumosos úmidos (20 a 40% de MS): até 1% de uréia Ensilagem: até 1% de uréia Cana-de-açúcar (15 primeiros dias): 0,5% de uréia Cana-de-açúcar (após 15 dias): 1% de uréia Mistura mineral: de 10 a 40% Mistura múltipla: de 2 a 20% Melaço: 9kg de melaço + 1kg de uréia Ração concentrada: até 3% de uréia Quadro 1 - Níveis recomendados dos principais ingredientes para rações de bovinos Ingredientes Nível de uso Observações Milho grão sem restrição 3kg/UA/dia UA= Unidade Animal (450kg peso vivo) Farelo Glúten 60 2,5kg/UA/dia 20 - 40% da dieta (MS) Farelo Glúten 22 2,5kg/UA/dia 20 - 40% da dieta (MS) Sorgo grão 3kg/UA/dia substitui 100% do milho Farelo trigo 30 a 40% do concentrado bezerros 10 a 20 % do concentrado Farelo arroz desengordurado 20 a 30% do concentrado bezerros 10 a 20% do concentrado Farelo raspa mandioca substitui 100% do milho - Polpa cítrica 3kg/UA/dia 20% a 40% da dieta (MS) Farelo soja sem restrição base protéica do concentrado Soja grão 2kg/UA /dia 10 a 15% da dieta (MS) Farelo algodão até 30% do concentrado bezerros até 20% concentrado Caroço algodão 2,5 a 3kg/dia (engorda) 10 a 15 % dieta - touros não é recomendado Farelo de girassol até 30% do concentrado - Farelo de amendoim 20 a 30% do concentrado 3kg/UA/dia Farinha de carne e ossos 3 a 5% do concentrado Proibido pelo MAARA - fonte bovina Farinha de sangue 3 a 5% do concentrado Proibido pelo MAARA - fonte bovina Farinha de peixe até 10% do concentrado 3 a 4 % na dieta (MS) Cama de frango 40 a 60% do concentrado Proibido pelo MAARA - fonte bovina Sebo até 5% de Ext. etéreo na dieta Proibido pelo MAARA - fonte bovina Uréia - Vide item 2.16 Casca amendoim 12 a 15% da MS total Substituição do volumoso Casca de arroz 10 a 15% da MS total Substituição do volumoso Casca de algodão 30 a 35% da MS total Substituição do volumoso FONTE: Teixeira (1997), Santos (1997), Gonçalves & Borges (1997), Teixeira (1998), Lana (2000), Valadares Filho (2002). 10 5. COMPOSIÇÃO DE ALIMENTOS Quadro 6 - Composição de alimentos e seus nutrientes expressos em base matéria seca (MS). Composição MS (%) PB (%) NDT (%) ELm (Mcal) Elg (Mcal) Ca (%) P (%) FDN (%) FDA (%) Milho grão 88,0 9,0 85,0 2,067 1,393 0,02 0,29 9,0 3,0 Sorgo grão 88,0 9,0 82,0 1,820 1,190 0,03 0,20 8,8 3,0 Farelo arroz 91,0 14,8 69,0 1,663 1,056 0,06 0,99 33,0 18,0 Raspa mandioca 87,3 3,5 68,0 1,569 0,913 0,17 0,09 13,0 7,0 Farelo trigo 89,0 14,0 71,0 1,662 1,056 0,13 1,02 31,0 15,0 Polpa cítrica 91,0 6,7 77,0 1,910 1,235 1,84 0,12 25,0 22,0 Farelo soja 88,0 45,0 82,0 2,112 1,438 0,3 0,68 12,0 10,0 Soja grão 91,0 38,0 93,0 2,350 1,650 0,4 0,52 12,0 10,0 Caroço algodão 90,0 23,5 96,0 2,471 1,730 0,21 0,64 47,4 38,6 Farelo algodão 88,0 38,0 68,0 1,865 1,236 0,15 0,8 25,0 18,0 Far. amendoim 91,0 49,5 72,0 1,910 1,235 0,12 0,58 25,0 15,0 Far. girassol 93,0 28,0 67,0 1,470 0,880 0,40 1,10 40,0 17,0 Cama frango 86,0 18,0 61,0 1,342 0,765 2,32 0,60 38,0 15,0 Farinha peixe 94,0 55,0 60,0 1,775 1,120 8,80 4,80 1,0 0 Farinha sangue 91,5 80,0 60,0 1,510 0,910 0,40 0,25 1,0 0 Sebo animal 99,0 0 177,0 4,750 3,510 0,57 0,06 0 0 B. brizantha - águas 27,9 9,0 54,5 1,067 0,517 0,22 0,16 69,7 39,6 B. brizantha - seca 57,0 4,0 48,0 0,970 0,320 0,20 0,12 80,0 45,0 Cana de açucar 21,0 1,9 60,0 1,314 0,736 0,13 0,03 55,0 42,0 FONTE : N.R.C (1996), PLERUMI. 11 6. CÁLCULO DA DIETA Quadro 7 - Dieta total para diferentes categorias de bovinos de corte, expressos em matéria natural e seca, e análise de seus respectivos nutrientes de acordo com a formulação. Vacas Novilhas Crescimento Engorda Ingestão diária Matéria seca Matéria natural Matéria seca Matéria natural Matéria seca Matéria natural Matéria seca Matéria natural Braquiária brizantha - águas (kg) - - - - 5,81 20,84 - - Braquária brizantha - secas (kg) 9,37 33,58 8,57 15,04 - - - - Cana de açúcar (kg) - - - - - - 4,64 22,07 Caroço de algodão (kg) 1,34 1,49 2,01 2,23 0,77 0,86 2,06 2,29 Polpa cítrica (kg) 1,43 1,57 - - 1,66 1,82 2,06 2,29 Sorgo grão moído (kg) - - - - - - 1,40 1,59 Uréia (kg) - - 0,04 0,04 - - 0,08 0,08 Suplemento mineral (kg)* 0,10 0,10 0,09 0,09 0,06 0,06 0,07 0,07 TOTAL (kg) 12,23 36,73 10,7 17,39 8,3 23,58 10,3 28,36 Quadro 8 - Análise das formulações Nutrientes Exigência Atendida Exigência Atendida Exigência Atendida Exigência Atendida P.B. (%) 10,25 10,25 8,6 8,6 9,2 9,83 10,20 10,20 NDT (%) - 61,21 - 56,44 - 62,50 - 72,77 Elm (Mcal/kg) 1,31 1,31 1,24 1,24 1,340 1,360 1,67 1,715 Elg (Mcal/kg) - - - - 0,770 0,770 1,06 1,086 FDA (%) - 37,12 - 43,3 - 35,7 - 32,25 FDN (%) - 61,49 - 73,0 - 58,2 - 40,44 Ca (%) 0,29 0,54 0,31 0,39 0,20 0,65 0,37 0,58 P (%) 0,20 0,28 0,19 0,29 0,12 0,25 0,19 0,25 Na (%) 0,10 0,10 0,1 0,1 0,08 0,08 0,08 0,08 * Suplemento mineral: 16% Ca; 8,8% P; 0,5%Mg; 1,2% S; 12,3% Na; 1687 ppm Fe; 4250 ppm Zn; 1550 ppm Cu; 150 ppm I; 107 ppm Co; 18ppm Se; 1400 ppm Mn Os cálculos foram feitos com o Software "PLE RUMI" (versão 1.2 - E.T.S.I.A.). 12 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GOMIDE, J.A. Potencial das pastagens tropicais para a produção de carne e leite. In: Simpósio de Brasilândia, p. 15-40, Brasilândia de Minas. Anais..., 1999 GONÇALVES, L.C., BORGES, I. Alimentos e alimentação de gado de leite. Escola Veterinária UFMG, Belo Horizonte, 45 p.,1997. LANA, R.P. Sistema Viçosa de formulação de rações. Viçosa: UFV, 60 p., 2000. MELLO, A.O. A. Alternativas de alimentação para engorda intensiva. Cad. Téc. Vet. Zootc., n.29, p.13-22, Belo Horizonte, 1999. NATIONAL RESEARCH COUNCIL. Nutrient Requeriments of Beef Cattle. Washington, D.C. National Academy of Sciences, 7 ed., 242 p., 1996. SANTOS, R.L. Efeitos do gossipol sobre a reprodução. Cad. Téc. Esc.Vet.UFMG, n.21, p.73-82, Belo Horizonte, 1997. TEIXEIRA, A.S. Alimentos e alimentação dos animais. Lavras, UFLA - FAEPE, 402 p., 1998. TEIXEIRA, J.C., EVANGELISTA, A.R., ALQUERES, M.M. et al. Utilização da Amiréia 150S como suplemento nitrogenado para bovinos em sistema de pastejo. In : XXXV Reunião Anual da S.B.Z.Botucatu, v.1, p.482-483, Anais..., 1998. TEIXEIRA, J.C. Alimentação de bovinos leiteiros. Lavras, UFLA - FAEPE, 267 p., 1997. VALADARES FILHO, S.C, PAULINO, P.V.R., MAGALHÃES, K.A., PAULINO, M.F. Modelos nutricionais alternativos para otimização de renda na produção de bovinos de corte. In: III Simcorte, Viçosa, Anais... p.197-254, 2002.
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