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Guias e Dicas
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Relatorio III completo, Quissico, Notas de estudo de Atualidades

lagoa, quissico, zavala,

Tipologia: Notas de estudo

2014

Compartilhado em 30/11/2014

cristovao-nhamuave-11
cristovao-nhamuave-11 🇧🇷

4.3

(13)

7 documentos

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Baixe Relatorio III completo, Quissico e outras Notas de estudo em PDF para Atualidades, somente na Docsity! Faculdade de Ciências Naturais e Matemática Departamento de Biologia Nomes dos estudantes Cristóvão Nhamuave Edson Arlindo Langa Gomes José Gomes Relatório de Trabalho de campo III (Realizado na Lagoa de Quissíco) Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilitação em Ensino de Química Universidade Pedagógica Massinga 2014 2     Cristóvão Nhamuave Edson Arlindo Langa Gomes José Gomes Relatório de Trabalho de campo III (Realizado na Lagoa de Quissíco) Relatório de trabalho de Campo a ser apresentado ao Departamento de Ciências Naturais e Matemática, curso de Biologia para efeitos de avaliação. Docente: Dr. Elvino Ferrão Universidade Pedagógica Massinga 2014 2.2.5. Discussão ..................................................................................................................... 24 2.2.6. Diversidade animal da lagoa Quissíco......................................................................... 26 2.3. Ecologia.............................................................................................................................. 29 2.3.1. O Lago ......................................................................................................................... 30 2.3.2. A vegetação ................................................................................................................. 31   Capitulo III.................................................................................................................................... 33 3. Educação Ambiental e Saúde Pública....................................................................................... 33 3.1. Objectivos........................................................................................................................... 33 3.2. Conferências ALMA-ATA e OTTAWA ........................................................................... 33 3.2.1.1. Os cuidados primários de saúde ............................................................................... 34 3.3. Carta de OTTAWA (Primeira conferência internacional sobre promoção da saúde)........ 35 3.3.1. Promoção da Saúde ..................................................................................................... 35 3.4. Resultados obtidos mencionados na declaração final e no plano de acção de Joanesburgo (África do Sul - 2002) ............................................................................................................... 39 3.4.1. Água............................................................................................................................. 39 3.4.2. Recursos Naturais e Biodiversidade ............................................................................ 40 3.4.3. Pescas........................................................................................................................... 40 3.4.4. Padrões de consumo e produção.................................................................................. 41 3.4.5. Saúde ........................................................................................................................... 41   Capitulo IV.................................................................................................................................... 42 4. Rol Playing ............................................................................................................................... 42   Capitulo V..................................................................................................................................... 45 5. Conclusão.................................................................................................................................. 45 5.1. Sugestões............................................................................................................................ 46 5.2. Bibliografia......................................................................................................................... 47 Apêndice: Projecto........................................................................................................................ 48 Anexo............................................................................................................................................ 48 III     Índice de tabelas e gráficos Tabela Pág. Tabela 1: resultados do levantamento vegetal de Covele……………………………………….14 Tabela 2: resultados do levantamento vegetal de Macomane…………………………………...15 Tabela 3: resultados do levantamento animal de Covele …………………………………….....22 Tabela 4: resultados do levantamento animal de Macomane …………………………………..23 Gráfico 1: dispersão de vegetal …………………………………………………………………17 Gráfico 2: Dispersão Animal …………………………………………………………………...24     IV     Abreviaturas EA – Educação Ambiental EASP – Educação Ambiental e Saúde Pública OMS – Organização Mundial da Saúde PEA – Processo de Ensino e Aprendizagem UP – Universidade Pedagógica VII     Agradecimentos Agradecemos a Deus por ter nos protegido durante a realização do trabalho no campo em estudo porque sem ele nada poderíamos ter feito. Agradecemos também ao departamento de Biologia pelo apoio concedido para a realização do Trabalho de Campo II. Agradecemos ao Administrador da Vila de Inharrime pelo acolhimento oferecido durante a nossa estadia na vila, agradecemos aos docentes que estiveram connosco na realização e orientação das actividades feitas no rio Inharrime. Agradecemos ainda a todos amigos e familiares que tem-nos apoiado na nossa carreira estudantil. VIII     Resumo O presente relatório aborda todos os aspectos tratados no trabalho de campo que decorreu na Vila municipal de Quissíco distrito de Zavala província de Inhambane, com o intuito de colocar os estudantes diante da realidade da biodiversidade que circunda o lago Quissíco, estudar o comportamento biológico ambiental das águas salobres presentes no local. O trabalho aborda assuntos de forma especifica de acordo com cada área de estudo, a primeira é a botânica que faz um levantamento da vegetação de circunda o lago, de referir que fizeram-se recolhas de dados em todas as margens do lago para fazer uma analise comparativa e sua dinâmica ao longo do seu curso, o mesmo procedimento foi realizado em Zoologia onde levantamento de animais foi realizado nas duas margens do lago, para complementar essas duas áreas de estudo teve de introduzira ecologia que estabelece ligação directa entre os organismos animais e vegetais la presentes, tendo em conta que são vários ecossistemas encontrados na área de estudo, dendo os de regiões costeiras e de florestas abertas. O lago Quissíco como objecto de estudo ofereceu-nos diversos materiais a serem abordados, neste caso puderam-se constatar vários tipos de peixe que são a base de desenvolvimento e sustento das comunidades locais, havendo pescadores artesanais e revendedores que levam o peixe do lago para longe das imediações. Em consonância com o protocolo foram realizadas actividades de educação ambiental e Saúde Publica com o intuito de compreender o nível de implementação de diversas cartas e decretos que visão promover a saúde nas comunidades, fazer o uso sustentável dos recursos naturais e desenvolver hábitos saudáveis de vida, essas cartas estão sendo obedecidas a um certo nível, havendo preocupação local e conservar o meio ambiente e os seis determinantes. Actividades de Didáctica também foram realizadas concretamente os Rol Plays que abordaram diversos assuntos de importância social e de grande relevância para o desenvolvimento de habilidades pessoais a cada estudante em maneiras enovativas de estudo, tais apresentações resultaram em conclusões que estão presentes no capitulo especifico que aborta este assunto. Este e mais assuntos estão presentes neste relatório. Palavras-chave: Biodiversidade, animal, vegetal, lago, Quissíco, estudo. IX     12     pelas Direcções Distritais de Agricultura e Pescas, de Educação, Indústria, Comércio e Turismo, do Plano e Finanças, da Saúde e de Coordenação da Acção Social. A área cultivada pelo sector familiar é de 35.606 hectares que corresponde a cerca de 14% do total da área do distrito. O acesso à terra é determinado maioritariamente pelos usuais laços de família e parentesco e não existe nenhum mercado para a sua venda ou troca. Imagem: lagoa de Quissíco Fonte: Google imagens 1.4. Historial Enteemos passados, nas guerras do reinado de Gungunhana, as pessoas habitavam em Manjacas, província de Gaza onde eram governados por Chipenanhane, que seria o rei dos Chopes naquele local. Tempos passaram e Gungunhana pediu Munhandse ou óleo de mafura do Chipenanhane que lhe ofereceu sem nenhum remorso, posto isso o Gungunhana exigiu que o rei dos chopes lhe desse o óleo de mafura a todo momento dado sabor agradável do mesmo tendo este recusado a fazer essa exigência alegando que aquelas terras são dele e não se submeteria a servir outo rei. Dai Gungunhana se impos dizendo ser o verdadeiro rei, e mandou suas tropas para levar o óleo de mafura a força e nesse acontecimento fora destruída a aldeia de Chipenanhane. Apos esse ataque o povo daquele local dispersou-se parra vários locais diferentes, mas a maior parte fugiu parra um local chamado Chidenguele, ainda na província de Gaza, onde viveram no meio da água em um local secreto chamado Chirunguine para fugir as perseguições que corriam. As tropas de Gungunhana chefiadas por Maguiguane Cossa tentaram chegar 13     naquele local para destruir os indivíduos que haviam sobrado e falharam por três vezes, dado sigilo e complexidade do acesso ao novo aldeia que fora por eles criada. Em outra tentativa foi encontrada uma mulher que se fazia fora da aldeia procurando carril para cozinhar e esta foi ameaçada de morte caso não revelasse o segredo para ter acesso a aldeia onde se refugiavam, esta por sua vês revelou o segredo aos soldados e estes penetraram na aldeia e mataram o rei Mahohue, que era o que governava naquele lugar. Apos a morte deste, os refugiados fugiram em quatro grupos, todos para o alto mar onde conseguiram escapar das tropas de Maguiguane. O primeiro grupo foi sobressair em Ndenguine, o segundo saiu em Canda, o terceiro saiu em Chissico, e o último saiu naquele local e maravilhou-se por encontrar la mariscos como mexilhão e levaram-no como sua riqueza. Estes fundaram a nova aldeia em local fora chamado de Nhamanawe mas temiam que as águas do mar pudessem se encontrar-se com as águas do lago e destruir a aldeia, dai que tiveram de atravessar o lado em direcção ao interior, mas uma das ameaças do lago eram os hipopótamos que o habitavam, dai que para sua travessia tiveram de buscar ajuda do seu curandeiro local que facilitou a travessia, chegado ao lado do interior foi chamado de Nfiki e foi empossado o novo rei Mucavele. Este novo rei teve de dividir a aldeia em três, pois o número de indivíduos que a habitavam era elevado e sendo assim foram impostos dois chefes de bairro chamados Mandave, Dakele e Nhacudima, que chefiavam os dois bairros e prestavam contas ao rei Mucavele. Apos a morte de Mucavele tomou posse o seu filho Nhacodolane. Esse período coincidiu com a captura do Gungunhana pelos Portugueses e a tomada de poder pelos mesmos em Moçambique onde exigiram que se fizesse o recenseamento geral da população e chegado naquele local perguntaram quem era o rei ou chefe máximo daquele local e foi indicado o Nhacodolane e dai os portugueses chamaram a zona de Nhacodo. 14     Capitulo II 2. Trabalho de Campo De acordo com OLIVEIRA (2006:32) trabalho de campo é uma tipologia de aula devidamente programada e definida que consiste em colocar o aluno em contexto real e prático de aprendizagem em um ambiente natural e que confira a possibilidade de aliar os conhecimentos teóricos aprendidos na sala de aulas e na prática por meio de determinadas actividades previamente definidas 2.1. Botânica Botânica é a parte da biologia que estuda as plantas, alga, fungos e as iterações entre esses seres. A Botânica é uma cadeira que abordada no primeiro ano de licenciatura em biologia para os cursos da UP. 2.1.1. Objectivos • Identificar as características da área de estudo • Indicar as espécies existentes na área de estudo • Comparar as espécies vegetais das diferentes áreas de estudo 2.1.2. Material • Fita métrica: serve para a demarcação da área de estudo; • Máquina fotográfica: usada para a captura de imagens da área de estudo; • Blocos de notas e esferográficas: para a anotação dos diferentes dados analisados • Protocolo: usado para a orientação das actividades realizadas; 2.1.3. Procedimentos Os estudos referentes da Botânica foram feitos em dois locais diferentes, em duas margens do lago. No dia 10 a margem escolhida foi a de Covele, e no dia 11 prosseguimos com as mesmas investigações na margem de Macomane. Em consonância com as exigências do protocolo, os estudos foram organizados e dirigidos em áreas específicas de estudo, demarcadas com uma fita métrica num espaço de 55m2 em uma 17     Abrus precatorius 2 2 2 5 1 1 1 Caseira gladiformes 4 3 5 Colpoon compressum 2 1 Hyphaena coreacea 2 3 1 A tabela acima descrita revela que a vegetação do lago na margem de Macomane e bem presente, pois há predominância intensiva de plantas arbustivas e frondosas, principalmente de arvores como a Garcinia Levingston e outras. Mostra-se também presente no local plantas rastejantes ou trepadeiras que quase ocupam toda a área de estudo pela sua extensão, que é o caso de  Abrus precatorius. Um factor interessante neste local é a presença_____________ por baixo de grandes árvores e arbustos, esse factor cria uma certa curiosidade na forma de distribuição e absorção dos raios solares parra a fotossíntese, pois, o que pareceu a primeira impressão é a incapacidade de penetração directa dos raios as zonas baixas pela intensa e frondosa copa presente na superfície. Esse factor dificulta o crescimento de gramíneas ou plantas rastejantes minúsculas que pode se atrever a surgiu. 2.1.5. Discussão Tendo em conta as duas áreas observadas nota-se uma diferença gradual de vegetação, na primeira área de estudo a característica geral é de floresta aberta caracterizada pela presença de arbustos e gramíneas com pouca abundancia de árvores, mas la presentes, enquanto na segunda área nota-se uma vegetação fechada que não foi muito explorada pois como referida a diversidade e densidade vegetal é acentuada, característica de uma floresta. 2.1.5.1. Cálculo da dispersão           Xi (Xi - ) (Xi - )2 Formulas Resolução CV= δ * 100% δ=  (−)2 = 247 = 3,4 δ=  31,727 = V= δ * 100% δ=4,53 δ= 2,12 CV= 2,123,41% = 62,3%   18     Gráfico 1: dispersão de vegetal 2.1.6. Diversidade vegetal O lago Quissíco possui uma imensa diversidade vegetal na sua composição, vegetação a qual fornece matéria rica parra investigações e descobertas científicas em vários campos de estudo. Podemos citar algumas das plantas que compõem este panorama. Imagem: Aloe marlothii Uma planta de 2 a 4 m, com um único caule, e folhas suculentas não ramificadas. O caule é densamente coberto com folhas velhas e secas. As folhas são cinzentas-esverdeadas, com ambas superfícies cheias de espinhos aguçados e duros; as margens tem dentes 2 -1,4 1,96 3 -0,4 0,16 2 -1,4 1,96 6 2,6 6,76 0 -3,4 11,56 6 2,6 6,76 5 1,6 2,56 T=24 ____ 31,72 Classificação taxonómica Reino: Plantae Divisão: Magnoliophyta Classe: Liliopsida Ordem: Asparagales Família: Asphodelaceae Género: Aloe Espécie: Aloe marlothii   0.00% 10.00% 20.00% 30.00% 40.00% 50.00% 60.00% 70.00% Margem de Covele Margem de Macomane Dispersao Vegetal 19     vermelho-acastanhados. A inflorescência é ramificada, com as flores dispersas de forma horizontal, roxas quando em botão e laranjas quando abertas. Tem uma distribuição por todas as partes das margens da lagoa e pode ser encontrada no meio de uma floresta fechada assim como em campos abertos. É usada neste local para fins medicinais como desmamentar das crianças. Imagem: Bridelia catártica Um arbusto de folhagem ampla ou pequena árvore muito ramificada de 4 a 6 m de altura. O caule é castanho ou cinzento, liso. As folhas são ovais a elípticas, verdes brilhantes na parte superior, verde pálido na parte inferior. As flores são muito pequenas, verdes a amarelas em pequenas espigas. As frutas são bagas, quase esféricas, brancas a vermelhas, e roxas-pretas quando maduras. Ocorre principalmente na margem de Macomane, em abundancia. Esta planta é muito rica medicinalmente, pois as suas raízes são usadas para tratar diferentes tipos de efeminadas como dores de coluna, impotência sexual, anemia, asma, sarampo. Em língua local esta planta é chamada de tlatlangate onde traduzida para português pode ser chamada de “desmancha sangue”, pela sua diversidade medicinal. Classificação taxonómica Reino: Plantae Filo: Magnoliophyta Classe: Magnoliopsida Ordem: Malpighiales Familia: Phyllanthaceae Tribu: Bridelieae Género: Bridelia Espécie: Bridelia cathartica 22     vermelho-alaranjado, ambos os cones são produzidos dentro de cinco a dez anos de vida da planta. Esta espécie tolera luz filtrada e só pode ficar a pleno sol se ao longo da costa. É comumente encontrada na sombra da floresta nas margens de dunas e em pastagem arborizada onde pode ocorrer em grande número, às vezes ocorrendo dentro de 50m da praia. As plantas são geralmente monóculos ou raramente ramificados, formando algumas vezes touceiras a partir de brotações produzidas na base. Os caules são subterrâneos (embora muito ocasionalmente hastes podem ser encontrados atingindo mais de um metro de comprimento.. A parte mais espectacular destas plantas é os seus impressionantes laranja-vermelho escarlate com cones que contrastam com a folhagem verde escura. Os cones masculinos e femininos são formados em plantas separadas(planta dióica) e, ambos são muito chamativos e coloridos. 2.2. Zoologia Zoologia é a parte da biologia que estuda os animais, sua morfologia e as iterações entre esses seres. A Zoologia é uma cadeira que abordada no primeiro ano de licenciatura em biologia para os cursos da UP e tem uma grande importância no conhecimento dos diferentes animais e seus modos de vida para explicar o seu papel na natureza e garantir o equilíbrio ecológico. 2.2.1. Objectivos • Identificar as características da área de estudo • Indicar as espécies animais existentes na área de estudo • Comparar as espécies animais das diferentes áreas de estudo 2.2.2. Material • Fita métrica: serve para a demarcação da área de estudo; • Máquina fotográfica: usada para a captura de imagens da área de estudo; • Blocos de notas e esferográficas: para a anotação dos diferentes dados analisados • Protocolo: usado para a orientação das actividades realizadas; 23     2.2.3. Procedimentos Os estudos referentes da Zoologia foram feitos em dois locais diferentes, em duas margens do lago tal como na Botânica. No dia 10 a margem escolhida foi a de Covele, e no dia 11 prosseguimos com as mesmas investigações na margem de Macomane. Em consonância com as exigências do protocolo, os estudos foram organizados e dirigidos em áreas específicas de estudo, demarcadas com uma fita métrica num espaço de 55m2 em uma região rica em biodiversidade. Na área total foram divididas subáreas de 8m2 onde se fizeram os levantamentos de toda vegetação existente no local. De referir que a área de estudo de zoologia é a mesma com a botânica. 2.2.4. Resultados As imagens da área de estudo de Zoologia são as mesmas que foram usadas para estudar a Botânica, deste modo não seria relevante repeti-las, mas importante é descrever as espécies animais presentes na área, como mostra a tabela a baixo, nos resultados na primeira área de estudo feita na margem de Covele. Tabela 3: resultados do levantamento animal de Covele Espécies Q1 Q2 Q3 Q4 Q5 Q6 Q7 Danaus plexippus 1 1 Papilio machaon 1 1 Locusta migratória 1 Leptemis vesiculosa 2 2 2 Musca domestica 2 1 3 Iridomyrmex purpureus Indeterminado A diversidade vegetal segundo PAULE (2000) e VIGA (1998) presente na margem de Covele não é muito forte, pois registaram-se animais de pequeno porte, principalmente de insectos, como o ado de formiga, borboletas, e mosca. Alguns animais destes desempenham papéis fundamentais no equilíbrio e na dispersão de várias sementes de plantas locais. A distribuição dos mesmos é feita de forma irregular pelas quadrículas, pois há casos de quadrículas que não possuem algum animal como mostra a tabela na quadrícula 4 onde esta 24     aparentemente deserta, as formigas e indivíduos da classe insecta, e espécie Leptemis vesiculosa (STORER, 1889). Como referido acima foram feitos dois estudos sobre o mesmo assunto em margens diferentes e a tabela abaixo mostra os resultados da segunda área de estudo. Tabela 4: resultados do levantamento animal de Macomane Espécies Q1 Q2 Q3 Q4 Q5 Q6 Q7 Iridomymex purpureus Indeterminado Achatina fulica 1 1 1 Loxosceles sp. 3 1 1 Leptemis vesiculosa 1 3 2 Leptemis sp. 1 Eristalis tenax 2 1 A diversidade animal deste local quase similar a área anterior, pois regista-se uma variedade de insectos e alguns moluscos, como o caso de caracol, de acordo com a tabela, arranhas também reinam no local de estudo e não facilitam a circulação de pessoas, tendo em conta que a área tem a característica de floresta fechada. Alguns animais foram encontrados neste local, como mostram as imagens abaixo. Imagens: arranha, caracol e vespa, respectivamente. 2.2.5. Discussão Tendo em conta as duas áreas de estudo, notou-se que há uma ligeira semelhança entre os animais presentes nas imediações do lado, são habitadas principalmente por insectos, como o caso de mosca, formigas, borboletas, arranha, vespas, moluscos também habitam essas regiões 27     Imagem: Sarotherodon niloticus A Sarotherodon niloticus é uma das espécies de peixe predominante no lago de Quissíco, sendo uma das fontes de renda mais comuns de se pescar. Esse peixe é africano da família Cichlidae. Alimenta-se de plâncton (fitoplancton e zooplancton). A incubação dos ovos é na boca, diferindo da Tilapia redalli que a faz em ninhos, sendo este o principal aspecto de separação dos géneros Tilapia e Sarotherodon dos Anteriormentea a tilápia-do-Nilo foi classificada no género (Tilapia), e foi mudado o género para (Oreochromis) porque os ovos são incubados na boca da fêmea, e o primeiro ficou para as espécies que não incubam os ovos na boca (o fazem em ninhos). Classificação científica Reino: Animalia Filo: Chordata Classe: Actinopterygii Ordem: Perciformes Família: Cichlidae Subfamília: Pseudocrenilabrinae Género: Sarotherodon Espécie: Sarotherodon niloticus   28     Imagem: Agonostomus monticola A A. Monticola é uma tainha, um peixe que integra uma família conhecida como mugilídeo. Este animal aquático está disseminado por todo o Planeta; a maioria pode ser inserida no género Mugil, mas outros géneros também se enquadram nesta categoria. Ele pode ser encontrado principalmente em litorais de clima temperado e tropical, mas alguns vivem igualmente em águas doces. Este peixe se destaca nas lagoas moçambicanas, partes de um rio que estão próximas de sua foz no mar, onde a água doce se confunde com a salgada. Ele é um animal muito visado Classificação taxonómica Reino: Animália Filo: Chordata Classe: Actinopterygii Ordem: Mugiliformes Família: Mugilidae Género: Agonostomus Espécie: Agonostomus monticola   29     pelos pescadores. Além do mais, é incrivelmente esportivo, devido a sua intensa velocidade e sua proximidade da porção superior das águas, por essa razão é considerado o maior da espécie nas disputas de pesca apeada marítima, também realizada, em alguns pontos, na água doce. Imagem: Brachyplathystoma filamentosum. Características Peixe de grande porte, corpo acinzentado escuro acima da linha lateral e mais claro abaixo desta, cabeça e boca muito grandes com maxilar superior proeminente e barbilhões sensoriais. Pode ultrapassar 2m de comprimento e pesar mais de 150Kg quando estiver em óptimas condições. Este peixe tem a capacidade de estivas em condições ambientais extremas, sendo uma vantagem para o mesmo na resistência e manutenção da espécie. Ocorrem no lago Quissíco e são uma das fontes de renda como resultado do pescado feito no lago. Este peixe é comercializado localmente e consumido pelos próprios moradores e pouco se comercializa para fora da vila de Quissíco. 2.3. Ecologia Ecologia é uma ciência ou ramo da biologia que estuda os seres vivos e suas interacções com o meio ambiente onde vivem. A Ecologia também se encarrega de estudar a abundância Classificação Taxonómica Reino: Animália Filo: Chordata Classe: Actinopterygii Ordem: Siluriformes Família: Pimelodidae Género: Brachyplathystoma Espécie: B. filamentosum 32     Imagem: diferença ecossistémicas Em todas as áreas vegetais existem uma serie de factores que contribuem para o equilíbrio dos animais e vegetais la presentes, esses factores condicionam um equilíbrio e garantia da continuidade da viva na área. Nas imediações do lago várias são as interacções interespecíficas verificadas, como por exemplos a camuflagem onde indivíduos assemelham-se ao meio onde estão inseridos o que lhes confere vantagem de caça e protecção em relação às ameaças. A herbivoria é também uma das interacções desarmónicas predominantes na vegetação, pois os animais, sobretudo insectos e roedores consomem as plantas presentes na região, peso embora seja prejudicial a planta é importante pois garante a sobrevivência desses animais e mantem o equilíbrio do ecossistema. O pedantismo faz também parte das interacções interespecíficas e desarmónicas entre os seres vivos que habitam a área, pois nele um dos indivíduos serve de presa para o outro, e a consequência directa dessa dependência é a morte da presa para alimentação do predador. De salientar que a maior pate das interacções registradas são de organismos de pequeno porte, principalmente de insectos e alguns vertebrados minúsculos Imagens: Interacções ecológicas: camuflagem, herbivoria e predação Assim é podemos considerar que a comunidade de estável, a partir de uma forte interacção entre os animais e vegetais. (AMABIS e MARTHO, 2004). 33     Capitulo III 3. Educação Ambiental e Saúde Pública A Educação Ambiental e Saúde Publica é uma cadeira leccionada na Universidade Pedagógica no âmbito da formação de indivíduos que contem a mente preparada parra enfrentar questões ambientais e resolver problemas de saúde pública. É nesse âmbito que foram desenvolvidas actividades neste campo de saber para conhecer o estado ambiental da lagoa de Quissíco. Os estudos de microbiologia serão realizadas neste capitulo, pela presença de vários ssuntos relacionados. Uma dos focos da microbiologia esta na agua consumida e será abordada e EASP, dai a junção dos dois temas em um. 3.1. Objectivos  Analisar o nível de implementação e usufruto das decisões da OMS sobre os cuidados primários de saúde  Observar situações da implementação das recomendações de ALMA-ATA e OTTAWA  Analisar de forma critica o estado de conservação do meio ambiente local  Observar de forma critica o nível de maneio das espécies animais e vegetais tendo em conta as recomendações da Cúpula Mundial sobre o desenvolvimento sustentável de Johannesburg 3.2. Conferências ALMA-ATA e OTTAWA ALMA-ATA (Conferência Internacional sobre Cuidados de Saúde Primários). Na conferência internacional sobre Cuidados de Saúde Primários de 12 de Setembro de 1978, ALMA-ATA, Cazaquistão, URSS. Sublinhou-se a necessidade de acção urgente por parte de todos os governos, de todos os que trabalham nas áreas da saúde e do desenvolvimento e da comunidade em geral, e formulou-se a seguinte Declaração: 3.2.1. Na área da saúde Saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade - é um direito humano fundamental, e que a consecução do 34     mais alto nível possível de saúde é a mais importante meta social mundial, cuja realização requer a acção de muitos outros sectores sociais e económicos, além do sector saúde.  Declarações que foram formuladas para esta área O desenvolvimento económico e social baseado numa ordem económica internacional é de importância fundamental para a mais plena realização da meta de Saúde para Todos no Ano 2000 e para a redução da lacuna existente entre o estado de saúde dos países em desenvolvimento e o dos desenvolvidos. Os governos têm pela saúde de seus povos uma responsabilidade que só pode ser realizada mediante adequadas medidas sanitárias e sociais. Os cuidados primários de saúde constituem a chave para que essa meta seja atingida, como parte do desenvolvimento, no espírito da justiça social. Os cuidados primários de saúde constituem um essenciais métodos e tecnológicos práticos, cientificamente bem fundamentadas e socialmente aceitáveis, colocadas ao alcance universal de indivíduos e famílias da comunidade, mediante sua plena participação e a um custo que a comunidade e o país possam manter em cada fase de seu desenvolvimento, no espírito de autoconfiança e automedicação. 3.2.1.1. Os cuidados primários de saúde “Têm em vista os principais problemas de saúde da comunidade, proporcionando serviços de protecção, cura e reabilitação, conforme as necessidades”. De acordo com os nossos entrevistados nas comunidades de Covele e Macomane, quanto a protecção estes clamam por não receberem redes mosquiteiras e/ou qualquer outro método de prevenção da malária, também não dispõem de métodos que possam usar na prevenção de cóleras, pois são estas duas doenças que assolam estas comunidades. Para ultrapassar estas adversidades as comunidades usam alguns métodos tradicional como; para protecção Incluem pelo menos: educação, no tocante a problemas prevalecentes de saúde e aos métodos para sua prevenção e controle, promoção da distribuição de alimentos e da nutrição apropriada, previsão adequada de água de boa qualidade e saneamento básico, cuidados de saúde materno-infantil, inclusive planeamento familiar, imunização contra as principais doenças 37     do poço para lavar e tomar banho. A comunidade não trata a agua (fervura) porque esta causa problemas de coração e deve ser consumida quando recomendada pelo hospital. Isto fazia com que a comunidade explicasse a existência dessas enfermidades como resultado de ódio e feitiço. Para tratar essas doenças, o caso da Malária antigamente antes da abrangência dos serviços da saúde e outros sectores como está plasmado na conferência de ALMA-ATA “ cuidados primários de saúde Têm em vista os principais problemas de saúde da comunidade, proporcionando serviços de protecção, cura e reabilitação, conforme as necessidades” a comunidade usava uma mistura de cana-de-açúcar e papaia verde”. Actualmente as políticas que visam a promoção da saúde e cuidados primários de saúde estão a ser cumpridos na íntegra, pois o hospital lança campanhas de vacinação na comunidade, pulverização intra-domiciliária, distribuição de redes e palestras sobre as principais doenças que afectam o distrito. Este trecho é sustentado pela declaração formulada em ALMA-ATA no ponto V que diz “ Os governos têm pela saúde de seus povos uma responsabilidade que só pode ser realizada mediante adequadas medidas sanitárias e sociais. Uma das principais metas sociais dos governos, das organizações internacionais e de toda a comunidade mundial na próxima década deve ser a de que todos os povos do mundo, até o ano 2000, atinjam um nível de saúde que lhes permita levar uma vida social e economicamente produtiva.”  Sobre os incumprimentos das recomendações de ALMA-ATA e OTTAWA formule algumas propostas para contrair essa tendência pelas comunidades e outros (segmentos/sectores) envolvidos Sobre as recomendações de ALMA-ATA e OTTAWA o grupo observou algumas irregularidades no cumprimento das recomendações. Sobre a aderência da comunidade aos serviços hospitalares eles reclamam pelas bichas e maus tratos dos funcionários do hospital e o uso de influências no atendimento, Quebrando os pré- requisitos para a promoção de saúde estipulada na conferência de OTTAWA “Equidade:consiste em eliminar as diferenças desnecessárias,evitáveis e injustas que restringem as oportunidades para se atingir o direito de bem-estar. As políticas de saúde devem privilegiar os grupos desprevilegiado e vulneráveis identificar diferenças injustas e evitáveis, remetendo à dimensão moral e ética subjacente” 38     para esse ponto o grupo recomenda a divulgação da conferência apartir de palalestras para os funcionarios dessa institução pois o incumprimento retarda as metas advogadas na conferencia .  Observe e análise de forma crítica o estado de conservação do ambiente local (Zona de estudo). No concernente a o estado de conservação do ambiente a comunidade tem se mostrado rigorosa aos infractores ou pessoas que vão contra a lei da natureza. A comunidade local promulgou um principio de conservação da vegetação liderado pelo chefe das dez casas “uma planta económica ou de uso na comunidade queimada por mais que seja sua a pessoa é punida (pagamento da multa e reposição da mesma) ”  Observe e analise de forma critica o uso e o maneio das espécie vegetais e animais existentes, tendo presente as recomendações da cúpula mundial sobre o desenvolvimento sustentável - johanesburg. Para o uso sustentável dos recursos animais e vegetais a comunidade de Camuane vive praticamente da pesca e da prática da agricultura. Na pesca ela mostra se a cumprir as normas estipuladas pela capitania. Os pescadores usam redes de 2 cm, recomendadas pelo sector das pescas a nível do distrito, mas existem alguns que usam 1.5 cm e tiram pescado pequeno e em contra partida vende pouco por os utentes gostam de peixes grandes. Eles reclamam pela falta da fiscalizarão porque quando chega o momento de interrupção da pesca existe outro que vão a pesca condicionando o não crescimento das espécies pesqueira no tempo determinado pelo ministério das pesca portanto eles optam pela prática de agricultura como fonte de sustentantabilidade para combater a pobreza. Destaca- se as seguintes as culturas: • Mandioca • Amendoim • Milho • Feijão nyemba. Para a conservação de pescados a comunidade usa a fumagem pois ainda não esta abrangida pela rede nacional de energia eléctrica. Este método é aplaudido pela população porque é eficaz e duradouro e não acarreta muitos custos (fonte oral: Simão Tchume.) 39     3.4. Resultados obtidos mencionados na declaração final e no plano de acção de Joanesburgo (África do Sul - 2002) Na conferencia de Joanesburgo (África do Sul - 2002) foram formuladas varias declarações nas seguintes áreas; Água, Energia, Recursos Naturais e Biodiversidade, Pescas e Saúde. 3.4.1. Água “Até 2015 deve se dividir para metade o número de pessoas que não dispõem de água potável”. Nas comunidades de Kovele e Macomane esta declaração não esta a surtir efeitos, ou seja ainda não há se quer uma fornecedora de agua potável, estas comunidades usam agua dos poços que nem tem o mínimo tratamento para o consumo recomendado pela OMS, tal como ilustram as figuras abaixo a qualidade de saneamento e limpeza dos poços é defeituosa. Imagem: Um dos poços visitados pelo grupo na comunidade de Covele  Recomendações Para a melhoria da qualidade de agua naquelas comunidades, as estruturas locais devem organizar os utentes dos poços em pequenos grupos para limpar os poços; Deve se também sensibilizar esta pessoas no sentido de ferver a agua para beber; Incentivar o uso de medidas que visam a eliminação e/ou diminuição de microrganismos presentes na agua como: Sementes de Moringa e Certeza. 42     Capitulo IV 4. Rol Playing Este capítulo é fala de um importante instrumento de comunicação que é aprendido em Didácticas de Biologia nos diferentes anos académicos, o mesmo tem como propósito transmitir informação de um determinado assunto para comunidades, esses assuntos devem ser de problemas locais. Estas apresentações foram realizadas no período de tarde, como havia sido agendado a prior, e nestas apresentações foram abordados dez (10) temas de interesse social relevante, trazidos da Universidade Pedagógica. Esses temas possuem um impacto social muito forte e são nomeadamente: Doenças diarreicas, Protecção costeira, Malaria, Conservação e limpeza dos espaços públicos, HIV e SIDA, Educação sexual, Kutxinga, Etno-conhecimento, Desenvolvimento rural e Importância (uso e gestão) da água.  Doenças diarreica Num país onde os recursos são escassos, particularmente os destinados à saúde, é essencial que os planejadores disponham de informações e diagnósticos bem fundamentados que lhes permitam elaborar propostas adequadas, capazes de mudar positivamente o quadro sanitário, e com custo - benefício aceitável. Independente da etiologia, este agravo tem causado danos globais de grande magnitude ao país. Isto ocorre tanto de forma directa com o rebaixamento das condições de saúde dos indivíduos, em consequência da desidratação, desnutrição crónica e intercorrências; como de forma indirecta - se considerarmos o abalo à economia causado pelos custos das internações, perda de horas de trabalho do paciente ou familiar, redução de renda familiar, entre outros.    Protecção costeira A zona costeira é a área de abrangência dos efeitos naturais resultantes das interacções terra-mar -ar, leva em conta a paisagem físico-ambiental, em função dos acidentes topográficos situados ao longo do litoral como ilhas e estuários, comporta em sua integridade os processos e interacções características das unidades ecossistémicas. A protecção costeira referida nas apresentações foram o uso de redes de pesca com malha mais grossa, isto para evitar a pesca de peixe miúdo ou ainda em fase de crescimento. Este é um 43     importante aspecto a observar nos pescadores, pois um dos grandes problemas surge da procura de maior quantidades de pesca para a venda e por isso a inconsciência do problema que poderá ser causado. Outra forma de protecção costeira abordada foi a necessidade de conservar ou não cortar o mangal que esta nas margens do rio, lago ou mar, isso porque esses mangais servem de berçários para diferentes espécies de mariscos que vivem no seio desse meio. Uma das mais importantes formas de protecção costeira é a atribuição de intervalos de tempos durante uma certa época do ano para que os pescadores não se façam ao mar, isso para permitir que os mariscos possam crescer reproduzir.  Malaria Entre os métodos de prevenção da malária estão a erradicação dos mosquitos, a prevenção de picadas e medicação. A presença de malária numa dada região pressupõe a conjugação de vários factores: elevada densidade populacional humana, elevada densidade populacional de mosquitos ’anopheles’ e elevada taxa de transmissão entre humanos e mosquito e vice-versa. Entre as comunidades, as campanhas de saúde que promovem a consciencialização para o problema da malária e a importância de medidas de controlo têm-se revelado eficazes para a redução da incidência da doença. Identificar os estágios iniciais de malária pode impedir que a doença se torne fatal. As campanhas alertam também as pessoas no sentido de cobrirem áreas de água estagnada, como tanques ou depósitos, os quais são o meio ideal para a reprodução do mosquito e do parasita.  Conservação e limpeza dos espaços públicos O espaço público é considerado como aquele que seja de uso comum e posse de todos. Entendendo-se a cidade como local de encontros e relações, o espaço público apresenta, em seu ambiente, papel determinante. A limpeza urbana inclui as seguintes operações: - Varredura manual, em que o operador procede à varredura dos resíduos depositados nas vias e outros espaços públicos, com o auxílio de carrinho, pá e vassouras apropriadas; - Lavagem de vias e outros espaços públicos, como túneis, de forma manual ou com recurso a equipamento mecânico; - Eliminação de ervas, com o objectivo de retirar a vegetação infestante existente nos espaços públicos. Para tal, são utilizados equipamentos mecânicos de corte (roçadoras) ou aplicados produtos químicos (herbicidas); 44      Educação sexual A educação sexual busca ensinar e esclarecer questões relacionadas ao sexo, livre de preconceito e tabus. Antigamente e ainda hoje, falar sobre sexo provoca certos constrangimentos em algumas pessoas, mas o tema é de extrema importância, pois esclarece dúvidas sobre preservativos, DTS, organismo masculino e feminino, anticoncepcionais e gravidez. O objectivo principal da educação sexual é preparar os adolescentes para a vida sexual de forma segura, chamando-os à responsabilidade de cuidar de seu próprio corpo para que não ocorram situações futuras indesejadas, como a contracção de uma doença ou uma gravidez precoce e indesejada. Infelizmente o ser humano tende a acreditar que o perigo sempre está ao lado de outras pessoas e que nada irá acontecer com ele mesmo, o que o coloca vulnerável a tais situações.  Etno-conhecimento Etno-conhecimento é um conjunto de saberes que locais que são conhecidos em uma determinada região, conhecimentos que são uma riqueza valorizados por serem importantes para resolver locais. Esses conhecimentos devem ser valorizados pois ajudam a compreender uma diversidade de valores culturais ancestrais que vigoram em uma determinada região. A valorização desses conhecimentos é dever dos moradores locais em conjuntura com as instituições governamentais que tem o dever de promover tais valores em prol da continuidade da cultura local. 47     5.2. Bibliografia AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia das Populações. 2ª Edição, São Paulo, Editora Moderna, 2004 DIVERY, Telve Dimitri, The Insects Of The Word, 2003. OLIVEIRA, Cacilda Lages - Significado e contribuições da afectividade no contexto da Metodologia de Projectos na Educação Básica-dissertação de mestrado, Belo Horizonte-MG, 2006. PAOLEY, Elsa. The Complet Field Greed to Strees of Natal Zululand e Transkei.1ª ed. Natal Flora Publication Trust, Durban, 1993 PAULE, Frages South. Biological Florest. 2a edition, Go More, London. 2000 STORER, Tracy I. ROBERT L. Usinger. Zoologia Geral. São Paulo, 5ª edição, Companhia Editora Nacional, 1889 VIGA, Fausto de Sousa, Pesquizando A Diversidade Vegetal Sem Limites. Volume 3, Porto, 1998 48     Apêndice Projecto 49     4     Estruturalmente o projecto encontra-se dividido em capítulos lógicos que facilitam a compreensão dos requisitos para a sua efectivação, apresentando objectivos (geral e específicos), problematização, justificativa do tema, metodologia usada, perguntas científicas, hipóteses e fundamentação teórico e propostas para solucionar problemas. 1.1. Problematização De acordo com as constatações dos autos, nas comunidades circunvizinhas da lagoa de Quissíco nomeadamente Covele e Macomane, a conservação do peixe através do processo de defumação é frequente devido a disponibilidade dos recursos pesqueiros, as comunidades por não disporem de condições convencionais para a conservação dos alimentos em geral, usam o método de defumação com a posterior secagem do peixe. É notório nestas comunidades a frequência do peixe conservado através o processo de defumação, parece não haver conhecimentos sobre outros métodos como a salga que não permite a colonização do peixe por fungos. Tal como relata DIAS (1983), a conservação do peixe por defumação é mais para reduzir o conteúdo de água, ou seja a actividade de agua (aw), mas mesmo assim não é o suficiente para que não haja a colonização por microrganismos e fungos pois existem aqueles que tem capacidade de resistir as altas temperaturas, tais microrganismos podem ou não serem patogénicos, é na perspectiva de se entender as razões que levam as comunidades acima citadas a usarem somente a defumação como método de conservação de peixe que a pesquisa pretende melhorar e introduzir novo método de conservação do peixe que surge nos a seguinte questão: Porque é que as comunidades de Covele e Macomane usam apenas o método de defumação e posterior secagem ao sol para a conservação do peixe? 1.2. Justificativa da escolha do tema O estudo do melhoramento da conservação do peixe através de salga para alem da defumação justifica-se pelas seguintes razões: Porque nas comunidades circunvizinhas da lagoa de Quissíco (Covele e Macomane) o peixe conservado através da defumação é o mais notório e constitui a uma das base para alimentação destas comunidades; 5     Pretende-se ajudar as comunidades e os praticantes da defumação a aliarem os conhecimentos empíricos da conservação do peixe aos científicos, para poder haver se for o caso o melhoramento da qualidade do peixe conservado tradicionalmente. As comunidades acima citadas possuem salinas que no nosso ponto de vista seria mais rentável usar o sal para conservar o peixe alem da defumação que é sensível a colonização por fungos e bactérias; Também vai possibilitar que as comunidades conheçam novos processo para conservação do seu peixe. 1.3. Objectivos da pesquisa 1.3.1. Objectivo geral  Promover uso do método de conservação do peixe através da salga como alternativa ao de defumação. 1.3.2. Objectivos específicos  Descrever os procedimentos para defumação do peixe e a posterior secagem ao sol.  Indicar as desvantagens da defumação;  Explicar o processo de conservação de peixe pela salga;  Mencionar as vantagens da conservação do peixe através da salga;  Propor formas conservação do peixe que reduzem níveis de deterioração. 1.4. Questões científicas Q1: Quais os procedimentos usados para a defumação do peixe e a secagem ao sol? Q2: Que desvantagens advêm da defumação do peixe? Q3: Que métodos adicionais podem ser colocados para a redução da deterioração do peixe? 1.5. Hipóteses H1: Os procedimentos usados para a secagem do peixe por defumação são a colocação de uma lareira que emita grande quantidade de fumaça e a colocação do peixe por cima da mesma para receber o fumo. H2: As desvantagens que advêm da defumação de peixe são várias, a citar: 6      O curto período de conservação pós defumação;  O ataque por microorganismos (fungos) nos alimentos;  A perda de propriedades organolépticas do peixe, causado pelo fumo emitido. H0: Não há nenhuma desvantagem da defumação do peixe. H3: Os métodos adicionais que podem ser propostos para reduzirem a deterioração do peixe são a salga líquida e a salga solida. II. Referencial teórico O peixe deve ser processado logo após a captura. Caso não seja possível, é recomendável que seja mantido em caixas de gelo. No entanto, essa permanência não deve ser muito prolongada, apenas o tempo necessário para transportar o peixe até o local, onde deverá ser imediatamente processado (CENTEC, 2004). Os peixes devem ser inicialmente lavados, inspeccionados, descartando-se aqueles impróprios para o consumo humano. É obrigatória a evisceração dos peixes destinados à elaboração do produto. Os peixes devem ser bem lavados, a cavidade ventral limpa, a fim de remover resíduos de sangue e vísceras. Os peixes eviscerados e limpos devem ser misturados ao sal (cloreto de sódio) e permanecer ao sal o tempo suficiente para que, a concentração de sal se distribua uniformemente em todo o músculo e permita a cura, em temperatura própria, que garanta a qualidade do produto final (BRASIL, 2000). O processo de salga baseia-se no princípio da desidratação osmótica. Os tecidos do peixe vivo actuam como membranas semipermeáveis e após a morte do animal, estas se tornam permeáveis, permitindo, assim, a entrada de sal por difusão, à medida que ocorre a desidratação dos tecidos (OGAWA et al, 1999). A acção isolada do sal não constitui uma prevenção definitiva contra a deterioração do pescado, sendo necessária uma complementação através da refrigeração, defumação ou secagem (BASTOS, 1988). A operação de secagem consiste em dois fenómenos físicos distintos: a evaporação da água de superfície; e, a passagem da água do centro do produto que se deseja secar, até a sua superfície (FERREIRA et al, 2002). 9      A defumação será a quente, onde o pescado é submetido a temperaturas altas e, a fumaça deve ser de 50 a 70° C. O pescado deve ficar exposto à fumaça por um tempo em torno de 3 a 8 horas. A humidade do produto final é em torno de 55 a 65%, tornando a carne macia para consumo (FERREIRA et al, 2002). Imagem: peixe defumado O método de salga recomendado pelo grupo que deve ser implementado nas comunidades e a salga seca e a posterior secagem baseia-se na aplicação de sal. 3.1.2 Salga seca Neste método, o pescado deve ser salgado na proporção de 30% de sal em relação ao peso da matéria-prima, a qual deverá estar eviscerada, filetada ou em manta. Nesse processo, o sal é colocado directamente sobre a matéria-prima, dissolve e penetra no músculo do pescado. Em contrapartida, a penetração do sal durante a salga seca não ocorre igualmente. Esse método é rápido e pode ser aplicado até na embarcação pesqueira (BASTOS, 1988). 3.1.2.1. Procedimentos da salga Para salgar peixe tem de se ter a certeza que está se usando peixe bem fresco, que o sal está bem limpo. 10      Corta-se o peixe em postas finas se for um peixe muito grande, se for mais pequeno abra- o, espalme-o e retire as vísceras, corta se o peixe em postas fina para facilitar a entrada de sal em toda a superfície do peixe e para que este perca toda a humidade.  A medida de sal por quantidade de peixe é numa proporção de 3 a 3,5 quilogramas de sal por cada 1 quilograma de peixe já limpo e preparado. 
  Cobre-se bem o peixe com a quantidade de sal calculada e coloca-se o peixe em recipientes furados ou cestas para que a humidade possa escorrer após sair do peixe.  Esfrega-se bem o peixe com o sal especialmente nos cortes profundos onde será mais difícil o sal chegar.  Coloca-se primeiro uma camada de sal no fundo do recipiente ou cesto, põe-se o peixe por cima desta e cobre-se de sal novamente, os pedaços de peixe ou os diferentes peixes não devem ficar sobrepostos. 
  Vai-se repetindo o processo alternando camadas de sal e peixe. cobrir no fim com plástico mas não coloque nenhum peso por cima. coloca-se este preparado por cima de pedras por exemplo, para que a água possa escorrer. 3.1.2.2. Aspectos positivos do uso do sal  O custo do sal é muito baixo, método económico de conservação;  O sal por ser altamente higroscópio retira por osmose a água dos Alimentos, dificultando o crescimento de microrganismos;  Sensibiliza os microrganismos à acção do dióxido de carbono;  Reduz a solubilidade de O2 na água, dificultando o crescimento de Microrganismos aeróbios;  Inibem as enzimas proclíticas;  Aumentam a pressão osmótica promove a plasmólise de Microrganismos;  Em soluções superiores a 13% inibe a Trichinelaspiralis;  Em soluções saturadas (cerca de 26,5%), destrói, em um período de 2 a 3 semanas, as larvas de Cistecercusbovise as Cistercercuscelulosae. 11     3.2. Área de estudo O estudo será realizado no distrito de Zavala, Vila de Quissíco, na zona de Covele e Macomane, nas margens do lago Quissíco. Este cita a 7km da vila municipal de Quissíco e é povoado por mais de 5mil famílias que tem como uma das fontes de renda a pesca ou venda do peixe. Imagem: área de estudo 3.3. Cronograma de actividades Período Actividades Ja n Fe v M ar A br M ai Ju n Ju l A go Se pt O ct N ov D ez Observação minuciosa das actividades antropicas que afectam o meio ambiente x Realização de entrevistas aos residentes daquele bairro x Analise dos dados obtidos x Consulta bibliográfica x The image cannot be displayed. Your computer may not have enough memory to open the image, or the image may have been corrupted. Restart your computer, and then open the file again. If the red x still appears, you may have to delete the image and then insert it again.
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