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Metodologia para o mapeamento da aptidão edáfica para fruticultura do estado da paraíba, Notas de estudo de Engenharia Agrícola

Neste trabalho pretende-se reunir, mapear e disponibilizar informações sobre a aptidão edáfica do estado da Paraíba para o plantio de fruteiras com elevado valor comercial, com o intuito de subsidiar projetos de desenvolvimento e ocupação agrícola, bem como, contribuir para a utilização racional de terras do Estado.

Tipologia: Notas de estudo

2014

Compartilhado em 08/03/2014

paulomegna
paulomegna 🇧🇷

4.7

(12)

268 documentos

1 / 15

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Baixe Metodologia para o mapeamento da aptidão edáfica para fruticultura do estado da paraíba e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Agrícola, somente na Docsity! TECNOLOGIAS ADAPTADAS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO DERMEVAL ARAÚJO FURTADO JOSÉ GERALDO DE VASCONCELOS BARACUHY PAULO ROBERTO MEGNA FRANCISCO SILVANA FERNANDES NETO VERNECK ABRANTES DE SOUSA 2 Tecnologias Adaptadas para o Desenvolvimento Sustentável do Semiárido Brasileiro Volume 1 5 Realização Apoio Livro confeccionado com recursos oriundos do CNPq referente ao Edital n. 35/2010 Revisão e Editoração: Paulo Roberto Megna Francisco Arte da Capa: AGTEC.JR 1.a Edição 1ª. Impressão (2014): 1.000 exemplares Epgraf Av. Assis Chateaubriand, 2840 Distrito Industrial - Campina Grande – PB 6 CAPÍTULO XVII METODOLOGIA PARA O MAPEAMENTO DA APTIDÃO EDÁFICA PARA FRUTICULTURA DO ESTADO DA PARAÍBA Paulo Roberto Megna Francisco Frederico Campos Pereira Ziany Neiva Brandão João Henrique Zonta Djail Santos José Vanildo do Nascimento Silva INTRODUÇÃO A agricultura é uma atividade econômica dependente, em grande parte, do meio físico, e o aspecto ecológico confere fundamental importância ao processo de produção agropecuária. Uma região apresenta várias sub- regiões com distintas condições de solo e clima e, portanto, com distintas aptidões para produzir diferentes bens agrícolas (Gleriani, 2000). Para que haja uma redução dos riscos para a agricultura e consequente diminuição das perdas para os agricultores, torna-se imprescindível identificar, quantificar e mapear as áreas mais favoráveis ao plantio das culturas de sequeiro (Maciel et al., 2009). De acordo com Pereira et al. (2007), o uso adequado da terra deve ser o primeiro passo em direção, não apenas a uma agricultura correta e sustentável, mas também à conservação dos recursos naturais, especialmente o solo, a água e a biodiversidade. O conhecimento da aptidão de terras é fator de grande importância para propiciar o uso adequado da oferta ambiental e, sobretudo, evitar possível sobre utilização dos recursos naturais (EMBRAPA, 2006). Com a disponibilização de programas de sistemas de informação geográfica, se tornou rápido realizar trabalhos de gestão dos recursos naturais, abrangendo cada vez mais projetos ambientais e colaborando na tomada de decisão. Neste trabalho pretende-se reunir, mapear e disponibilizar informações sobre a aptidão edáfica do estado da Paraíba para o plantio de fruteiras com elevado valor comercial, com o intuito de subsidiar projetos de desenvolvimento e ocupação agrícola, bem como, contribuir para a utilização racional de terras do Estado. 7 MATERIAL E MÉTODOS A área de estudo corresponde ao território do estado da Paraíba (Figura 1) que tem uma extensão de 56.413 km², e localiza-se entre os paralelos 6 0 02’12” e 8 0 19’18” de latitude sul e os meridianos 34 0 45’54” e 38 0 45’45” de longitude oeste (Francisco, 2010). Figura 1. Mapa de localização da área de estudo. Fonte: Francisco (2010). Na metodologia de trabalho adotada utilizou-se o programa SPRING 5.1.5, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (MCT/INPE), e baseou-se no Zoneamento Agropecuário do Estado da Paraíba (PARAÍBA, 1978) e o seu respectivo mapa de solos, onde foi digitalizado e ajustado com base no mapa do Plano Estadual de Recursos Hídricos (PARAÍBA, 2006) na escala de 1:250.000 (Figura 2). Utilizando a base do mapa de solos e o Relatório do Zoneamento Agropecuário do Estado da Paraíba (PARAÍBA, 1978) onde consta a identificação dos polígonos e suas respectivas classes, foi possível elaborar o mapa de capacidade de uso das terras, que conforme Lepsch (1991), as categorias do sistema de classificação em capacidade de uso, compreende terras que têm como critério de separação a intensidade do uso agrícola, sendo em número de três, representados pelas letras maiúsculas, A, B e C e as classes de capacidade de uso são em número de oito, convencionalmente representadas por algarismos romanos, de I a VIII e o critério de separação 10 estado. As características edáficas informam que estas terras constituem áreas com classes de capacidade de uso, com limitações severas de utilização para culturas anuais, impostas pelas características de drenagem imperfeita e associações com terras inaptas para a cultura. As áreas inaptas (categoria I) perfazem um total de 35.298,85 km 2 de terras, correspondendo a 62,57% da área total do estado. Estas áreas apresentam restrições no tocante aos aspectos climáticos, em função da ocorrência de um período chuvoso curto no outono, portanto, com disponibilidade hídrica inadequada para a cultura, assim como pelas características edáficas que indicam áreas impróprias para exploração com culturas, sendo representadas por classes de capacidade de uso e/ou associações de classes, cujas características dos solos e topografia apresentam restrições severas para utilização. Figura 4. Mapa de aptidão edáfica para a cultura do Abacaxi. Fonte: Adaptado de PARAÍBA (1978; 2006). Banana – De acordo com o mapa (Figura 5) identificou-se 9.140,19 km 2 de terras com aptidão plena (categorias 1, 1a e 1b), representando 16,20% da área total do estado. As condições climáticas no estado indicam não haver limitações para a cultura; e nestas áreas, as características edáficas informam que estas terras constituem áreas com classes e/ou associações de classes de 11 capacidade de uso que são próprias para a cultura, sem limitações ou com limitações ligeiras de utilização.. As áreas de aptidão moderada (categorias 2, 2a, 2b e 2c) perfazem um total de 12.836,08 km 2 , representando 22,75% da área total do estado. As características edáficas informam que estas terras constituem áreas com classes e/ou associações de classes de capacidade de uso, com limitações moderadas de utilização para culturas anuais, impostas pelas características de fertilidade dos solos e/ou topografia. As área de aptidão restrita (categoria 3 e 3a) perfazem um total de 2.637,34 km 2 , representando 4,68% da área total do estado. As características edáficas informam que estas terras constituem áreas com classes de capacidade de uso, com fortes limitações de utilização para a cultura, impostas pelas características de fertilidade dos solos, de drenagem excessiva e associações com terras inaptas para a cultura. As áreas inaptas (categoria I) perfazem um total de 31.799,38 km 2 de terras, correspondendo a 56,37% da área total do estado. Estas áreas apresentam restrições no tocante aos aspectos climáticos, assim como pelas características edáficas que indicam como impróprias para exploração, sendo representadas por classes de capacidade de uso e/ou associações de classes, cujas características dos solos e topografia apresentam restrições severas para utilização. Figura 5. Mapa de aptidão edáfica para a cultura da banana. Fonte: Adaptado de PARAÍBA (1978; 2006). 12 Caju e Coco-da-baía – De acordo com o mapa (Figura 6) identificou-se 10.102,60 km 2 de terras com aptidão plena (categorias 1, 1a e 1b), representando 17,91% da área total do estado. As condições climáticas no estado indicam não haver limitações para a cultura; no entanto, as características edáficas informam que estas terras constituem áreas com classes e/ou associações de classes de capacidade de uso que são próprias para a cultura, sem limitações ou com limitações ligeiras de utilização, associadas com classes de terras apropriadas para pastagens e com áreas com classe de capacidade de uso constituída por Areias Quartzosas Distróficas, cujas características de textura, profundidade efetiva e topografia plana condicionam adequabilidade para a cultura na faixa litorânea. Figura 6. Mapa de aptidão edáfica para a cultura do caju e coco-da-baía. Fonte: Adaptado de PARAÍBA (1978; 2006). As área de aptidão moderada (categorias 2 e 2a) perfazem um total de 2.299,91 km 2 , representando 4,07% da área total do estado. As características edáficas informam que estas terras constituem áreas com classes de capacidade de uso, com limitações fortes para as culturas impostas pelas características de fertilidade dos solos e/ou drenagem excessiva e associações de classes de terras inaptas para a cultura.
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