Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

portugues, Notas de estudo de Língua Portuguesa

apostila - apostila

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 07/05/2010

rogerio-dos-santos-9
rogerio-dos-santos-9 🇧🇷

9 documentos

1 / 139

Documentos relacionados


Pré-visualização parcial do texto

Baixe portugues e outras Notas de estudo em PDF para Língua Portuguesa, somente na Docsity! APOSTILA DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA OPERADOR DA PETROBRAS Encontre o material de estudo para seu concurso preferido em www .acheiconcursos.com.br Conteúdo: -. Compreensão e interpretação de textos . Tipologia textual . Ortografia oficial Acentuação gráfica Emprego das classes de palavras Emprego do sinal indicativo de crase Sintaxe da oração e do período Pontuação Concordância nominal e verbal 10. Regência nominal e verbal 11. Significação das palavras DONDA MN INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS ORIENTAÇÃO PARA AS QUESTÕES DE TEXTO Ler duas vezes o texto. A primeira para ter noção do assunto, a segunda para prestar atenção às partes. Lembrar-se de que cada parágrafo desenvolve uma idéia. 2. Lerduas vezes o comando da questão, para saber realmente o que se pede. 3. Ler duas vezes cada alternativa para eliminar o que é absurdo. Geralmente um terço das afirmativas o são. 4. Seo comando pede a idéia principal ou tema, normalmente deve situar-se no primeiro ou no último parágrafo - introdução ou conclusão. Se o comando busca argumentação, deve localizarse nos parágrafos intermediários - desenvolvimento. Durante a leitura, pode-se sublinhar o que for mais significativo e/ou fazer observações à margem do texto. sa Texto 1 Sinhá Vitória falou assim, mas Fabiano resmungou, franziu a testa, achando a frase extravagante. As aves matarem bois e cabras, que lembrança! Olhou a mulher, desconfiado, julgou que ela estivesse tresvariando. (GR. Vidas Secas.) 1. Com relação à tipologia e estrutura textuais, julgue os itens abaixo. a) Trata-se de um texto predominantemente narrativo. b) Não há quaisquer índices de descrição. c) Há no texto a presença do narrador externo ou com visão exterior, apenas. d) Percebe-se no texto a presença do discurso indireto livre. e) O vocábulo tresvariando traduz a idéia de inferioridade. Leia ostextos seguintes. Pausa Poética Texto 2 Sujeito sem predicados Objeto Sem voz Passivo Já meio pretérito Vendedor de artigos indefinidos Procura por subordinada Que possua alguns adjetivos Nem precisam ser superlativos Desde que não venha precedida De relativos e transitivos Para um encontro vocálico Com vistas a uma conjugação mais que perfeita E possível caso genitivo (S.P) Texto 3 Sou divorciado - 56 anos desejo conhecer uma mulher, desimpedida, que viva só, que precise de alguém muito sério para juntos serem felizes. 800.0031 (discretamente falar com Astrogildo) (O Popular. Goiânia, 25/9/99.) 2. Com base na leitura dos textos 2 e 3, julgue os itens subsequentes. a) No texto 2, o eu-lírico usa da metalinguagem para caracterizar o sujeito e o objeto de sua procura. b) Nos dois textos percebemos a utilização do aspecto descritivo. c) Há no texto 3 a presença da função referencial da linguagem. d) A expressão meio pretérito, do texto 2, fica explicitada cronologicamente na linguagem referencial do texto 3. e) Na leitura dos dois textos, pode-se afirmar que ambos expressam a mesma visão idealizada e poética do amor. 3. Ainda em relação à leitura dos textos 2 e 3, julgue os itens. a) A expressão "Desde que não venha precedida de relativos e transitivos", no texto 2, tem seu correlato em "mulher desimpedida, que viva só", do texto 3. b) No texto 2 tem-se a presença ela linguagem metafórica. c) O vocábulo por (texto 2) estabelece idéia de causalidade. d) A função poética da linguagem está presente apenas no texto 3. e) A expressão "desde que" (texto 2) estabelece idéia de causalidade. Texto VII Língua morta Uma nova ameaça paira sobre a língua portuguesa. Depois de os economistas e cientistas poluírem a última flor do lácio com termos estrangeiros de necessidade duvidosa, vêm agora os especialistas em informática 5 | com expressões como "deletar", "ressetar” (com um ou dois esses?), "backup" et cetera. Por que não usar os simples e portugueses equivalentes "apagar", "religar" e "cópia de segurança”? E evidente que as línguas evoluem recebendo 10 | influências umas das outras. De outro modo. o próprio português não existiria, e nós ainda estaríamos falando o indo-europeu. Sem cair no extremo xenófobo dos franceses que, por força de lei, pretendem eliminar os anglicismos, há 15 | que se reconhecer que devem existir certos limites para a incorporação de termos de outros idiomas. Em primeiro lugar, é preciso que não exista um equivalente vernáculo, ou seja, que a nova palavra de fato enriqueça a língua e não a deturpe dando-lhe apenas um sotaque 20 | estrangeiro. Não se trata de purismo ou amor incontido pelo passado, mas sim de preservar um léxico que permita a comunicação entre os mais variados setores da sociedade. Quem chegar a um trabalhador rural, por 25 | exemplo, e pedir-lhe que "delete" alguma coisa, cer- tamente não se fará compreender. Já o bom e velho "apagar" é termo conhecido de todos os que dominam minimamente o português. Tentar preservar a língua adquire, assim, um caráter socializante. 30 A batalha contra o "inforrmatiquês" deve ser tra- vada enquanto é tempo, ou o idioma português correrá o sério risco de tornar-se a mais viva das línguas mortas. (Folha de S. Paulo) 7. Com base na leitura do texto e informações nele contidas, julgue os itens. a) Predomina no texto a linguagem objetiva. b) Temos a linguagem metafórica nas linhas 2 e 3. c) Percebe-se no texto índice de subjetividade. d) Da leitura do texto depreende-se um tom questionador e niilista. e) O vocábulo "informatiquês" é exemplo de neologismo. 8. Julgue os itens abaixo quanto aos aspectos morfossintáticos e semânticos. a) Em "Depois de os economistas e cientistas poluírem a última flor do lácio. economistas poluírem a última flor do lácio”. b) Na linha 4, o verbo vir pode ser utilizado na terceira pessoa do singular. c) Pode substituir "devem existir" (|. 16) por devem haver certos limites, conforme as regras de concordância verbal. d) Pode-se inserir o acento indicativo de crase na linha 25, de acordo com os padrões da norma culta. e) A expressão "ou seja" (|. 19) estabelece no texto idéia de oposição. ." pode-se dizer: "Depois dos 9. Julgue os itens abaixo quanto à releitura e correção gramatical de determinadas passagens do texto. a) Linhas 7 a 9. Porque não usar os equivalentes e portugueses simples "apagar", "religar" e "cópia de segurança”. b) Linhas 10 e 11. Recebendo influências umas das outras, é evidente que as línguas evoluem. c) De outro modo, estaríamos falando a hindu-europeu, o próprio português não existiria ainda. (Is. 11 a 13) d) Linhas 22 a 25. Não se trata de purismo ou amor incontido pelo passado, mais sim preservar o léxico que permite à comunicação de setores mais privados da sociedade. e) Já o bom e velho "apagar" é termo conhecido por todos aqueles que dominariam minimamente um português. Leia o texto e faça o que se pede. Texto VIII Cuidados no Trânsito * Ande com as portas trancadas e janelas fecha- das sempre que possível. * Nunca coloque a mão para fora para evitar que relógio, pulseiras ou anéis sejam arrancados. 5 * Mantenha-se sempre atento. A polícia informa que este é principal fator de proteção, pois assaltantes evitam se aproximar de pessoas atentas. * Evite andar sozinho. * Nunca pare seu veículo lado a lado com outro 10 | veículo. Assim, se o assaltante descer do carro que estiver próximo, você terá mais chance de enxergar e fugir. * Mantenha o carro sempre engatado, pronto para arrancar. 15 * Deixe seu telefone celular à mão, com um número de socorro discado, pronto para chamar. * Se você sente que alguém suspeito está se aproximando do seu carro e você não pode arrancar, uma alternativa pode ser bater na traseira do carro da 20 | frente para chamar a atenção. * Mas se alguém suspeito bater na traseira de seu carro e não houver muitas pessoas em volta ou com você, evite descer do carro ou mesmo abrir a janela. Esta pode ser uma tática de assalto. 25 * Uma alternativa para espantar assaltantes também pode ser carregar um boneco do tamanho de uma pessoa adulta na poltrona do carona. * Diferente do que se imagina, o horário mais frequente de assaltos e sequestros-relâmpagos é entre 30 | as 20 e 24 horas, e não durante a madrugada. * Ao chegar em casa: se você estiver de carro, veja se não há ninguém suspeito. Se desconfiar de alguém, dê uma volta no quarteirão. Se você estiver a pé, tenha a chave na mão e não entre em casa se vir 35 | algum movimento estranho. (Cartilha contra a violência) 10. Julgue os itens abaixo quanto à releitura e correção gramatical de determinadas passagens do texto. a) Linhas 15 e 16. Deixe seu telefone celular na mão, com o número de socorro discado, pronto para chamar. b) Para evitar que relógio, pulseiras ou anéis sejam arrancados, nunca coloque a mão para fora. (Is. 3 e 4) c) Linhas 5 a 7. Visto que assaltantes evitam se aproximar de pessoas atentas, mantenha-se sempre atento; a polícia informa que é esse o fator de proteção principal. d) Carregar um boneco do tamanho de uma pessoa adulta na poltrona do carro é a melhor alternativa para espantar assaltantes. e) Sempre mantenha o carro engatado, pronto para arrancar. Texto IX Saiu na Imprensa Fiesp lança cartilha sobre cobrança da água São Paulo - A iminência da cobrança pelo uso da água na bacia do rio Paraíba do Sul, que corta os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, levou a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) a elaborar a cartilha "Água e Indústria - Compreenda Esta Nova Relação". Segundo a instituição, a publicação tem o objetivo de contribuir com a Agência Nacional de Águas (ANA) nó cadastramento de todos os usuários da água da bacia e esclarecer as principais dúvidas sobre o custo e a cobrança da água, que incidirá sobre 180 cidades e cerca de 8 mil indústrias que estão localizadas na região. A cartilha traz dicas para evitar o desperdício de água nas empresas, mostrando que é possível reduzir o consumo de água entre 20% a 50% e conseguir com isso um aumento nos lucros em até 10%. Segundo a publicação, o custo da água representa, em média, 1% do faturamento de uma empresa, podendo chegar a mais de 4%. Mostra ainda as bases legais para a cobrança do uso da água, quem vai pagar e quem irá cobrar por isso. (Por: Maura Campa - Agência Estado, 1º de outubro de 2002) 11. Com base na leitura do texto, julgue os itens e assinale a alternativa correta. |- Verifica-se o predomínio da linguagem denotativa - objetiva. Il - A idéia central da passagem gira em torno da cobrança de água no vale do Paraíba. HI - A cartilha relata sobre o desperdício de águas pela população e apresenta orientações a fim de reduzir o consumo. IV - Pela leitura do trecho, é correto dizer que a cobrança do uso de água constitui-se um ato ilegal. a) Todos os itens estão corretos. b) Ositens |, Ile Illestão corretos. c) Somente o item | está correto. d) Os itens | e IV estão corretos e) Os itens Ile lllestão corretos. Texto X Ao sobrevir das chuvas, a Terra, (...), transfigura-se em mutações fantásticas, contrastando com a desolação anterior. Os vales secos fazem se rios. Insulam-se os cômoros escalvados, repentinamente verdejantes. A vegetação recama de flores, cobrindo-os, os grotões escancelados, e disfarça a dureza das barrancas (...). Cai a temperatura. Com o desaparecer das soalheiras anulase a secura anormal dos ares. Novos tons na paisagem: a transparência do espaço salienta mais ligeira, em todas as variantes da forma e da cor. (Euclides da Cunha. Os Sertões.) 12. Com base na leitura do texto, julgue os itens e assinale a alternativa correta. |- Trata-se de um trecho predominantemente descritivo. I- Os vocábulos "vales", cômoros”, "grotões" pertencem ao mesmo campo semântico. Ill - Percebe-se que o articulados do texto utilizouse um tom apaixonado e irônico ao descrever a terra. IV - A idéia central do trecho gira em torno da trans formação ocorridas na natureza após as chuvas. V- Por ser um texto de natureza informativa, não há qualquer índice de subjetividade. A quantidade de itens corretos é equivalente a sescu NANA Texto XII Alguém faltou do outro lado «À tão aguardada Terceira Guerra Mundial começou na semana passada. E irônico que, durante todo o período da chamada Guerra Fria, ela não tenha dado o ar de sua graça. O panorama nunca lhe fora 5 | tão propício. Havia duas superpotências, cada uma arrastando como aliados metade do mundo, e ambas detentoras de um arsenal nuclear que as fazia capazes de destruir uma à outra, e ao resto, centenas de vezes. Também não faltaram as ocasiões de 10 | enfrentamento: a crise de Berlim (1961), a dos foguetes de Cuba (1962). Nesses dois episódios, os Estados Unidos de Kennedy e a União Soviética de Kruchev estiveram à beira do grande embate. A guerra do Vietnã, em que um lutava de um lado e o outro 15 | apoiava o lado contrário, foi outra excelente ocasião para o choque. No entanto, a Terceira não veio, em nenhuma dessas oportunidades. E irônico, irônico e paradoxal, que ela não tenha vindo durante toda a era de concorrência entre as superpotências, para 20 | finalmente eclodir no reinado absoluto de apenas uma delas, época de um mundo apaziguado e de fim da história. Veio no momento errado, mas que veio, veio. Não estava, nas cenas levadas de um extremo a outro do 25 | planeta, o conjunto dos elementos com que ela sempre foi pintada'? O choque apocalíptico no céu, a mortandade em massa, o terror... Não há dúvida, era a Terceira. A grande esperada. A grande temida. No entanto, apesar da evidência das cenas na TV, resto, é 30 | de rigor reconhecer, a sensação de que ficou faltando algo. Está bem, não se vai duvidar aqui de que se tratava da grande guerra. O cenário correspondia, descontados alguns exageros a mais, outros a menos, àquele com que inúmeros filmes nos acostumaram, ao 35 | pensar nela. No entanto... No entanto, ainda que mal se pergunte - e é este o item que transmite a sensação de que algo está faltando: trata-se de guerra contra quem? Eis o problema. E uma guerra em que falta o outro lado. Se 40 |o leitor tem em mente os palestinos, que raio de adversários são esses - pouco mais que um bando de favelados, armados mais frequentemente de paus e pedras que de outra coisa? Se tem em mente o Afeganistão, que raio de adversário é esse, cujas lutas 45 | tribais o situam a um degrau da Idade da Pedra? Não. Não dá para imaginar a Terceira tendo como oponentes, de um lado, a super e invencível América, e do outro os esfarrapados palestinos, ou os obscuros afegãos. Eis outro paradoxo, o maior, dos eventos da 50 | semana passada. Ao desencadear a Terceira Guerra Mundial, o outro lado faltou. Foi como um encontro marcado em que um dos lados, na hora H, não dá as caras. Ou como a noiva que deixa o noivo só no altar. Um dos lados ficou sangrando sozinho, por isso 55 | mesmo mais tonto ainda, e mais perplexo. (Roberto Pompeu de Toledo in: Veja 19/set/2001, com adaptações.) 17. Com base na leitura do texto XII, julgue os itens abaixo. a) Trata-se de um texto predominantemente de natureza objetiva. b) Não há, no texto, quaisquer exemplos de linguagem conotativa. c) Verifica-se, ao longo do texto, o uso da função referencial da linguagem, porém, sem índice de subjetividade. d) Percebe-se, no texto, a presença da interlocução entre o articulador do texto e os leitores. e) Há nas linhas 3 e 4 a presença da ironia. 18. Com base na leitura do texto e informações nele contidas, julgue os itens a) Aterceira guerra surgiu devido a uma reação contra os palestinos, de acordo com o articulador do texto. b) Da leitura do texto, pode-se dizer que a idéia central gira em torno da miséria dos países do oriente. c) Na paráfrase do trecho: Na semana passada, começou a Terceira Guerra Mundial tão aguardada (ls. 1 e 2); houve a manutenção do sentido original. d) Em: Ao desencadear o outro lado, faltou a Terceira Guerra Mundial: na releitura do texto, manteve-se o sentido original. e) De acordo com o articulador do texto, a guerra veio no momento errado, enigmático - o que podemos comprovar com o fragmento: "O choque apocalíptico no céu, a mortandade em massa, o terror..." 19. Quanto aos aspectos morfossintáticos e semânticos julgue os itens abaixo. a) Nas linhas 2 e 3 as vírgulas se justificam pela presença de adjunto adverbial deslocado. b) Em "Havia duas superpotências cada uma arrastando como aliados metade do mundo..." (ls. 5 a 7) Na substituição do verbo destacado obteríamos: Podiam existir duas superpotências. c) Em"... trata-se de guerra contra quem"? (|. 38) Se flexionarmos o substantivo no plural, o verbo também irá para o plural. d) No trecho: "... descontados alguns exageros a mais..." (Is. 33 e 34) Se substituirmos o vocábulo destacado por bastante, teremos: "descontados bastantes exageros a mais...” e) No trecho: "Ou como a noiva que deixa o noivo só no altar. Um dos lados ficou sangrando sozinho, por isso mesmo mais tonto ainda, e mais perplexo (Is. 53 a 55)". Se colocarmos a sentença no plural as palavras só e sozinho permanecerão invariáveis. 20. Quanto aos aspectos morfossintáticos e semânticos, julgue os itens. a) No trecho: "A Guerra do Vietnã, em que um lutava de um lado e o outro apoiava o lado contrário, foi outra excelente ocasião para o choque." (Is. 13 a 16) As vírgulas podem ser retiradas sem alteração de sentido visto que se trata de uma restritiva. b) Em: "Ao desencadear a Terceira Guerra Mundial, o outro lado faltou."(Is. 50 e 51) A vírgula se justifica por antecipar oração adverbial. c) No trecho: "Nesses dois episódios, os Estados Unidos de Kennedy e a União Soviética de Kruchev estiveram à beira do grande embate." (Is. 11 a 13) O verbo destacado poderia ser flexionado no singular a fim de concordar com o núcleo mais próximo. d) Na passagem: "os esfarrapados palestinos, ou os obscuros afegãos.” (Is. 48 e 49) Caso tivéssemos a estrutura: os esfarrapados palestinos e afegão. Teríamos as seguintes possibilidades de concordância: - Os esfarrapados palestino e o afegão. - O esfarrapado palestino e afegão. e) Notrecho: "... e ambas detentoras de um arsenal nuclear que as fazia capazes de destruir uma à outra...” (Is. 7 e 8). Se acrescentarmos o vocábulo meio antes do adjetivo capazes, teremos uma variação de gênero. Leia o trecho a seguir e faça o que se pede. Texto XIII A Rosa de Hiroshima Pensem nas crianças Mudas telepáticas Pensem nas meninas Cegas inexatas 5 | Pensem nas mulheres Rotas alteradas Pensem nas feridas Como rosas cálidas Mas oh não se esqueçam 10 | Darosa da rosa Da rosa de Hiroshima A rosa hereditária Arosa radioativa Estúpida e inválida 15] A rosa com cirrose A anti-rosa atômica Sem cor sem perfume Sem rosa sem nada 21. Com base na leitura do texto e informações nele contidas, julgue os itens. a) Percebe-se, no texto, a presença da função conotativa da linguagem, além da poética. b) Os adjetivos presentes no texto marcam a presença do aspecto descritivo. c) Em: "Como rosas cálidas" - temos a presença da comparação. d) Percebe-se, ao longo do texto, a presença da linguagem conotativa ou metafórica. e) Nota-se, ao longo do texto, o predomínio da coerência, no entanto, não houve o uso de conectores a fim de estabelecer a coesão textual. 22. A partir da leitura dos textos XIl e XIII, julgue os itens. a) Verifica-se, na leitura dos dois textos, a exploração de conteúdos semelhantes - a guerra. b) Nos dois textos percebe-se a exploração do lado mais fraco da sociedade, ou seja, no texto XII (último parágrafo); no texto XIll os versos de 1 a 5. c) O texto XIII, ao contrário do texto XII, há uma exploração de idéias desfavoráveis à guerra. d) No trecho: O choque apocalíptico no céu, a mortandade em massa, o terror... (Is. 26 e 27 - texto XII) são imagens que estão implícitas no texto Rosa de Hiroshima. e) Embora os dois textos tenham estruturas textuais distintas, convergem para o mesmo lado - uma reflexão a respeito dos efeitos da destruição provocada pela guerra. Texto XVI Tarde sertaneja Ainda retiniam as últimas badaladas das Trindades, quando longe, pela várzea além, começaram a ressoar as ondulações afetuosas e tocantes de uma voz que vinha aboiando. Quem nunca ouviu essa ária rude, improvisada 5 | pelos nossos vaqueiros do sertão, não imagina o encanto que produzem os seus arpejos maviosos, quando se derramam pela solidão, ao pôr-do-sol, nessa hora mística do crepúsculo, em que o eco tem vibrações crebras e| profundas. 10 Não se distinguem palavras na canção do boiadeiro, nem ele as articula, pois fala do seu gado, com essa outra linguagem do coração, que enternece os animais e os cativa. Arrebatado pela inspiração, o bardo sertanejo fere as cordas mais afetuosas de sua alma, e vai soltando às 15 | auras da tarde em estrofes ignotas, o seu hino agreste. VOCABULÁRIO DE APOIO: abolar: trabalhar com bois, guiar uma boiada ária: melodia arpejos: execução rápida e sucessiva de notas de um acorde arregoar: abrir regos, fendas na terra aura: brisa, aragem bardo: poeta, trovador candente: ardente, quente crebras: frequentes, repetidas especar: amparar, escorar estóico: impassível, rígido flagelo: calamidade ignoto: desconhecido, obscuro limbo: orla, rebordo, edremidade so: afável, afetuoso ecoar, ressoar trindades: toque das ave-orarias solstício de verão: dias mais longos do ano 25. Julgue os itens seguintes, considerando as idéias expressas nos textos XV e XVI. a) Infere-se da argumentação presente no texto XVI que a opinião do narrador é desfavorável ao comportamento do homem flagelado. b) No texto XVI, a relação homem-natureza está metaforicamente representada pelo canto do boiadeiro. c) A respeito dos textos XV e XVI, é correto afirmar que o primeiro é predominantemente narrativo, enquanto o segundo é plenamente descritivo. d) Oalto grau de idealização do homem sertanejo pode ser comprovado pelo trecho: "Arrebatado pela inspiração, o bardo sertanejo fere as cordas mais afetuosas de sua alma." (Texto XVI). 26. Em relação aos aspectos morfossintáticos dos textos XV e XVI, julgue os itens. a) No texto XVI, os vocábulos afetuosas e tocantes (|. 3), são determinantes do termo ondulações (Il. 3). b) Na oração, "Enfrenta-a estóico" (texto XV, |. 15), o termo destacado é predicativo do objeto. c) A expressão "pouco a pouco" (texto XV Is. 4 e 5) é uma locução adverbial que intensifica a invasão da terra pelo limbo. d) No quarto parágrafo do texto XV, a palavra homem funciona como aposto de um sujeito indeterminado. e) Nas expressões: "na canção do boiadeiro" (texto XVI, |. 10) e "outra linguagem do coração”, (texto XVI, Is. 11 e 12) os termos destacados são adjuntos adverbiais. Texto XVII A ânfora de argila -. et vinum effunditur.. (MAT., IX, 7) 1 | Está cheia demais minha ânfora de argila. Transborda a essência: és pobre e eu posso reparti-la contigo, ó tu que vens de tão longe e tão perto 4 | passas de mim! É longo e estéril o deserto... Meu vinho é puro e toca os bordos do meu vaso: antes que o beba o chão Peregrino do Acaso, 7 | chega-te, e vem matar no bocal generoso a eterna sede do teu cântaro poroso! Enche-o e parte! Depois, olha atrás... e recorda! 10 | Todo amor não é mais do que um "eu" que transborda. (Guilherme de Almeida, Livro de horas de Sóror Dolorosa. Meus Versos mais Queridos. Rio de Janeiro: Ediouro, s.d., p. 52.) 27. Com relação às idéias do texto XVII, julgue os itens abaixo. a) As funções emotiva e conativa da linguagem podem ser identificadas no poema. b) O eu-lírico é generoso ao oferecer o seu vinho, e sua ânfora está transbordando. c) A leitura dos versos 2 e 10 permite a interpretação de "essência" como amor. d) No texto, há uma relação de complementaridade entre poeta e interlocutor, que pode ser constatada nos fragmentos mostrados na tabela abaixo. poeta interlocutor “ânfora de argila” (v. 1) “cântaro poroso" (v. 8) “cheia demais minha ânfora” (v. 1) “a eterna sede do teu cântaro” (v. 8) e) De acordo com o verso 9, com o transcurso do tempo, as trocas afetivas vivenciadas transformam se em lembranças. 28. Julgue os itens que se seguem, com referência às idéias explícitas ou implícitas no texto XVII. a) Como a argila é matéria bruta, a "ânfora de argila" (v. |) representa, no poema, a falta de amor. b) No verso 3, em "tão longe e tão perto”, há uma coordenação de adjuntos adverbiais de "vens". c) O pronome "te", em "chega-te” (v. 7), refere-se a "Peregrino do Acaso" (v. 6), vocativo dirigido ao interlocutor. d) Se a forma de tratamento utilizada para o interlocutor fosse "você", então o verso 9 estaria assim escrito: Encha-o e parta! Depois, olhe atrás... e recorde! Texto XVIII A voz dos escritores José Saramago e Wole Soyinka compartilham o fato de terem sido ambos agraciados com o Nobel de Literatura: Saramago em 1998, o nigeriano Soyinka em 1986. Os dois fizeram parte de um grupo de escritores que 5 | esteve em Ramallah, examinando as condições locais e entrevistando-se com Yasser Arafat. Soyinka escreveu que sente, por um lado, arrepios quando escuta os árabes chamarem de mártires os terroristas suicidas. Mas, por outro, conta que ouviu relatos em que "tanques arrombam 10 | e atravessam paredes à noite, despejando escombros sobre membros da família adormecidos" - e, diante disso, concluiu ser impossível "continuar, visceralmente desengajado ou não se sentir moralmente agredido". Eis o escritor em sua nobre dimensão de servir - para os leitores, 15 | para seu próprio povo e para o mundo em geral - de reservatório de consciência. Saramago comparou o que viu na Cisjordânia a Auschwitz. Cometeu não só um exagero, mas também o pecado de se ter rebaixado - ele tão digno e tão bom 20 | escritor - à vulgaridade dos paralelos demagógicos. Em bom português do Brasil, "apelou". O.k., Hitler é alguém que habita esfera única na es cala da degradação humana. Mas outras comparações são cabíveis. Milosevic, por exemplo, ou Pinochet. Milosevic está sendo julgado por um 25 | tribunal internacional. Pinochet foi denunciado na Espanha e preso na Inglaterra. São dois casos que introduziram a moda de julgar chefes de Estado em outros países que não os seus. Ariel Sharon seria candidatíssimo a igual destino. 30 (Roberto Pompeu de Toledo. Veja, 17/4/2002, p. 126, com adaptações.) 29. Considerando as idéias do texto XVIll julgue os itens abaixo. a) A posição do escritor nigeriano Soyinka acerca do conflito no Oriente Médio é ambígua, uma vez que não defende os interesses dos árabes nem os interesses dos judeus. b) A comparação feita por Saramago entre a Cisjordânia e Auschwitz permite concluir que ele considera o território árabe atual como um campo de concentração onde os judeus estariam reproduzindo situações semelhantes às sofridas por seus ancestrais durante a Segunda Guerra Mundial. C) Infere-se do texto que, se Hitler ainda estivesse vivo, ele provavelmente seria julgado por seus crimes de guerra em um tribunal internacional. d) Para o autor do texto, servir de "reservatório de consciência" (|. 16) é tarefa para os líderes das comunidades em confronto. e) Ariel Sharon seria candidato a ser julgado por um tribunal internacional devido ao massacre étnico que vem praticando nos campos da Cisjordânia, principalmente após a perda do apoio dos setores religiosos e do governo dos Estados Unidos da América. 30. Quanto à adequação às idéias gerais do texto XVIII e à correção gramatical, julgue os itens a seguir. a) O único elo de ligação comum entre José Saramago e Wole Soyinka é o fato que ambos os dois receberam o Nobel de Literatura. b) Se, segundo o jornalista, "Em bom português do Brasil", Saramago "apelou", diria-se no português culto que ele pecou ao traçar "paralelos demagógicos”. c) Deduz-se pelo texto e pode ser comprovado nos dados históricos que Hitler, Pinochet e Milosevic são personalidades que muito mal causaram a Humanidade. d) Nas linhas 20 e 21, o trecho entre travessões é uma intercalação e, portanto, pode ser retirado do texto sem nenhum prejuízo para o texto. Texto XVIX Ação e engajamento Quem vê o Dalai Lama falando em meditação não pressupõe que ele considere a ação e o engajamento fundamentais. E que ambos, para ele, devam andar de mãos dadas com a espiritualidade. Para o Dalai, rezar é importante, mas não basta. É preciso arregaçar as mangas, deixar de lado a preguiça e o eterno álibi da falta de Texto XXI O livro é fruto de um trabalho coletivo: começa com o responsável pelo texto verbal, e supõe o empresário e o editor, a que se somam revisores, capistas, ilustradores, tradutores, cada um convocado em um 5 | dado momento da produção; depois de pronta a obra, interferem distribuidores e livreiros. Um objeto dessa espécie tem, pois, vários donos, destacando-se pelo menos três: dois associam-se ao mundo do capital - o impressor, que transforma a matéria-prima em objeto 10 | manufaturado, e o mercador, que tenta vendê-lo; o terceiro - o redator do texto - ocupa o lugar da mão-de- obra, ao lado dos demais trabalhadores mencionados. Os três figurantes, por seu turno, buscam obter rendimentos graças ao exercício de suas tarefas particulares. (Regina Ziberman. “Idéias”. In: Jornal rio Brasil. 28/10/2000, p. 1, com adaptações.) 35. No texto XXII, o livro é visto como um a) produto que tem um valor no mercado consumidor. b) objeto que possui poder transformador da sociedade. c) fenômeno que representa um risco para as estruturas sociais conservadoras. d) portador de mensagens que alargam os horizontes dos leitores. e) fenômeno revolucionário no processo de produção de bens duráveis. 36. Assinale a opção correta a respeito do emprego das estruturas lingúísticas no texto XXII a) Se, em lugar da palavra "coletivo" (l. 1), tivesse sido usada a expressão sinônima de todos, a forma verbal "começa" (|. 1) deveria ter sido substituída por começam. b) Se a expressão "o responsável" (|. 2) fosse utilizada no plural, seria obrigatória a utilização de começam em lugar de "começa" (1. 1). c) Nas linhas 3 e 4, se os termos "revisores, capistas, ilustradores, tradutores" fossem empregados no singular, a forma verbal "somam" também deveria ser empregada no singular. d) Caso a expressão "cada um” (l. 4) fosse substituída por todos, o termo "convocado" (|. 4) deveria ser substituído por seu plural. e) Na linha 14, a palavra "graças" está empregada no plural para concordar com "rendimentos". 37. O direito de propriedade, contudo, foi uma conquista dos escritores, responsáveis pela elaboração do texto escrito. A luta tomou alguns séculos, , Originalmente, tipógrafos se consideravam os senhores cio produto que vendiam; depois, editores e livreiros reclamaram esse posto, que, , acabou tornando-se atributo do autor. (Idem, ihidem) Na ordem em que aparecem, as lacunas do texto acima serão preenchidas de forma coesa e coerente pelos termos a) por qual e por conseguinte. b) por que e consoante. c) porque e todavia. d) porquê e conquanto. e)pelosquais e porquanto. 38. Os fragmentos a seguir constituem um texto, mas estão ordenados aleatoriamente. 1 - Explicando melhor: primeiro, foi a criação elos cites, depois a possibilidade de compra via rede e agora a criação dos livros eletrônicos e de uma tecnologia de suporte para facilitar sua produção e divulgação, além do incremento às relações editoriais. Il - Hoje, por exemplo, já existem os chamados reeditores (re-publishers), que transformam livros de papel em livros eletrônicos e comercializam-nos via Internet. HI - Os livros eletrônicos e seus correlatos navegam no que tem sido chamado de a terceira onda da Web. (Fragmentos adaptados de Cláudia Nina: "Idéias" In: Jornal do Brasil, 28/10/2000, p.4, com adaptações.) Considerando que a organização de um texto pressupõe a ordenação lógica e coerente de seus fragmentos, assinale a opção cuja sequência, aplicada aos fragmentos acima, atende ao referido pressuposto. al led bile o) Il, le a) IL Ilel elle dl Texto XXIII O mercado editorial brasileiro ainda mantém um pé atrás na hora de analisar o futuro do livro diante dos avanços tecnológicos. Conscientes do surgimento de uma nova forma de leitura, os editores preferem evitar a euforia que tomou conta do mundo digital e garantem que o livro de papel ainda é capaz de sobreviver por muito tempo. Mas há argumentos fortes para a expansão dos livros eletrônicos. (Rodrigo Alves e Cláudia Nina. “Idéias ". In. Jomal do Brasil. 28/10/2000, p. 4, com adaptações.) 39. Com base no texto XXIII, assinale a opção em que o argumento apresentado não é favorável ao livro eletrônico. a) O livro tradicional desaparece nas mãos do leitor, amarela, envelhece. No mundo digital, no entanto, as páginas eternizam-se. b) Eletronicamente, os livros ganham aparatos que facilitam a leitura e o estudo das obras, como programas que possibilitam a criação de notas, comentários e até desenhos no corpo da leitura. c) Os livros eletrônicos admitem a inserção de dicionários para serem consultados durante a leitura. d) O livro eletrônico pode ser lido com o tipo de letra que o leitor desejar. Assim, quem tem problemas de visão pode selecionar uma letra maior. e) O livro tradicional pode ser impresso em diversos tipos de papel e permite um trabalho editorial artístico específico, perceptível aos sentidos como a visão, o tato, o olfato e até mesmo a audição do rumor do movimento das páginas. Texto XXIV Do ponto de vista dos escritores, os livros eletrônicos permanecem uma incógnita. E a defesa do livro tradicional é imediata. O livro de papel não vai desaparecer nunca. É um contato quase erótico do 5 | leitor com o produto”, diz a escritora Lygia Fagundes Telles. Com quatro títulos publicados na Alemanha, a autora de As meninas acredita que o surgimento dos livros eletrônicos seja como veredas em um grande sertão. "Antes, pensava-se que a televisão iria acabar 10 | com o rádio e depois que a televisão iria acabar com o cinema. Nada disso aconteceu", afirma a escritora. "Tudo o que é matéria da palavra é uma paixão. E a nossa ponte com o próximo, seja através de que técnica for”, conclui Lygia. 15 A arena digital está aberta. E os gladiadores da palavra, em todo os setores, que se preparem. (Cláudia Nina. “Idéias”. In: Jornal elo Brasil, 28/10/2000. p. 4, com adaptações). 40. As informações de um texto podem ser veiculadas por meio de estruturas lingúísticas diferentes, em diferentes estilos. Assinale a opção em que a reescritura de trecho do texto XXIV, localizado nas linhas referenciadas, está incorreta do ponto de vista gramatical ou estilístico. a) Linhas de 1 a 3: Do ponto de vista dos escritores, os livros eletrônicos permanecem uma incógnita, e eles defendem o livro tradicional imediatamente. b) Linhas de 3 a 5: A escritora Lygia Fagundes Telles disse que o livro de papel não vai desaparecer nunca. E também disse tratar-se de um contato quase erótico do leitor com o livro. c) Linhas de 7 a 9: A autora de As meninas, que têm quatro títulos publicados na Alemanha, acredita que o surgimento dos livros eletrônicos sejam como veredas em um grande sertão. d) Linhas de 9 a 12: A escritora afirmou: "Antes, pensava-se que a televisão iria acabar com o rádio e depois que a televisão iria acabar com o cinema. Nada disso aconteceu”. e) Linhas 12 a 14: Lygia concluiu dizendo que tudo o que é matéria da palavra é uma paixão; é a nossa ponte com o próximo, seja por meio de que técnica for. Texto XXIV Os urubus e sabiás "Tudo aconteceu numa terra distante, no tempo em que os bichos falavam... Os urubus, aves por na- tureza becadas, mas sem grandes dotes para o canto, decidiram que, mesmo contra a natureza, eles have- 5 | riam de se tornar grandes cantores. E para isto fun- daram escolas e importaram professores, gargareja- ram dó-ré-mi-fá, mandaram imprimir diplomas, e fizeram competições entre si, para ver quais deles seriam os mais importantes e teriam a permissão para 10 | mandar nos outros. Foi assim que eles organizaram concursos e se deram nomes pomposos, e o sonho de cada urubuzinho, instrutor em início de carreira, era se tornar um respeitável urubu titular, a quem todos chamam por Vossa Excelência. Tudo ia muito bem até 15 | que a doce trangúilidade da hierarquia dos urubus foi estremecida. A floresta foi invadida por bandos de pintassilgos tagarelas, que brincavam com os canários e faziam serenatas com os sabiás... Os velhos urubus entortaram o bico, o rancor encrespou a testa, e eles 20 | convocaram pintassilgos, sabiás e canários para um inquérito. "- Onde estão os documentos dos seus concursos?" E as pobres aves se olharam perplexas, porque nunca haviam imaginado que tais coisas houvessem. Não haviam passado por escolas de 25 | canto, porque o canto nascera com elas. E nunca apresentaram um diploma para provar que sabiam cantar, mas cantavam, simplesmente... "-Não, assim não pode ser. Cantar sem titulação devida é um desrespeito à ordem. 30 E urubus, em uníssono, expulsaram da floresta os passarinhos que cantavam sem alvarás... MORAL: Em terra de urubus diplomados não se ouve canto de sabiá. 41. Julgue se os itens abaixo estão corretos quanto aos aspectos semânticos e gramaticais. a) "Cantar sem titulação devida é um desrespeito à ordem." (Is. 28 e 29). Em tal contexto, eram ordeiros apenas os entitulados. b) O segmento "o rancor encrespou a testa" (Is. 19 e 20) caracteriza uma comparação como figura de linguagem. c) Otermo "gargarejaram" (|. 6) pode ser substituído por "gargantearam" sem prejuízos de ordem semântica. d) A mudança topológica do adjetivo acarreta variações semânticas no segmento "Os velhos urubus" (ls. 17 e 18) assim como em: os velhos marinheiros e marinheiros velhos. 42. Julgue os itens quanto aos aspectos morfossintáticos e semânticos. a) O texto classifica-se como fábula ou um apólogo, por atribuir a seres inanimados características de seres humanos. b) O objetivo dos urubus era coibir o direito de canto dos pintassilgos; caçá-los, portanto. c) Tornou-se impossível urubus e pintassilgos coabitaram a mesma floresta. d) Trata-se de uma estrutura exclusivamente dissertativa. 43. Julgue os itens a) "O saber institucionalizado não aceita outras formas de saber que não as controladas por lei." A proposição identifica-se com a moral do texto. b) O poder dos urubus pode ser comparado ao das corporações ditatoriais que não aceitam o sucesso de quem não podem controlar. c) Considerando a ordem estabelecida na floresta pelos urubus, pode-se afirmar que os canários, pintassilgos e sabiás são amorais. d) A exceção dos sabiás, os outros pássaros poderiam viver na floresta desde que participassem dos concursos. Quanto aos aspectos morfossintáticos e semânticos, julgue os itens a seguir. 44. Releia o primeiro parágrafo do texto e julgue os itens. a) O parágrafo é aberto pela presença de sujeito inexistente. b) A primeira ocorrência da palavra que é conjunção integrante. Estive fazendo um levantamento de todas as mensagens que me enviaram pela Internet, e observei como elas mudaram a minha vida. Primeiro, deixei de ir a bares e boates por medo 5 | de me envolver com alguém ligado a alguma quadrilha de ladrões de órgãos, com terror ele que me roubem as córneas, arranquem-me os dois rins, ou até mesmo esperma, deixando-me estirado dentro de unia banhei- ra cheia degelo com uma mensagem: "Chame a emer- 10 | gência ou morrerá". Em seguida, deixei também de ir ao cinema, com medo de sentar-me em uma poltrona com seringa infectada com o vírus da AIDS. Depois, parei de atender o telefone para evitar que me pedissem para digitar *9 e minha linha ser 15 | clonada e eu ter de pagar unia conta astronômica. Acabei dando o meu celular porque iriam me pre- sentear com um modelo mais novo, de outra marca, o que nunca aconteceu. Então, tive de comprar outro, alas o abandonei em um canto com medo de que as 20 | microondas me dessem câncer no cérebro. Deixei de comer vários alimentos com medo dos estrógenos. Parei de comer galinha e hambúrgueres porque eles não são mais que carne ele monstros horríveis sem olhos, cabeludos e cultivados 25 | em um laboratório. Deixei de ter relações sexuais por medo de com- prar preservativos furados que me contagiem com al- guma doença venérea. Aproveitei e abandonei o hábi- so |to de tomar qualquer coisa em lata para não morrer devido aos resíduos infectados pela urina de rato. Deixei de ir aos shoppings com medo de que se- questrem a minha mulher e a obriguem a gastar todos os limites do cartão ele crédito ou coloquem alguém 35 | morto no porta-malas do automóvel dela. Eu participei arduamente em uma campanha con- tra a tortura ele alguns ursos asiáticos que tinham a bílis extraída, e contra o desmatamento da floresta amazônica. 40 Fiquei praticamente arruinado financeiramente por comprar todos os antivírus existentes para evitar que a maldita rã da Budweiser invadisse o meu micro ou que os Teletubies se apoderassem do meu protetor de tela. 45 Quis fazer o meu testamento e entregá-lo ao meu advogado para doar os meus bens para a instituição beneficente que recebe um centavo de dólar por pes- soa que anota seu nome na corrente pela luta da in- dependência das mulheres no Paquistão, mas não 50 pude entregar porque tive medo de passar a língua sobre a cola na borda do envelope e contaminar-me com as baratas ali incubadas, segundo me haviam me informado por e-mail. E acabei acreditando, como se não bastasse, que 55 tudo de ruim e de injusto que me aconteceu é porque quebrei todas as correntes ridículas que me enviaram e acabei sendo amaldiçoado. Resultado: estou em tratamento psiquiátrico. (Mensagem circulada pela Intemet, em dezembro de 2001, com adaptações.) 48. Comparando os textos XXVI e XXVII quanto às idéias, à tipologia textual e às relações discursivas, julgue os seguintes itens. a) No texto XXVI, predomina a construção expositiva do tema, com o intuito de advertir o leitor acerca dos boatos circulantes em correspondências eletrônicas; no texto XXVII, no entanto, tem-se unia estrutura eminentemente narrativa, em que a personagem recebedora desse tipo de mensagem expõe as limitações e os vexames passados, em decorrência de dar crédito ao conteúdo dos e-mails. b) Com respeito ao assunto e ao enfoque dado ao tema, o texto XXVII constitui uma paráfrase, expandida, do texto XXVI. c) Distinta da estruturação do texto XXVI, a constituição do texto XXVII está embalada em uma seg relações de consequências com suas respectivas causas. d) O segundo parágrafo do XXVII apresenta, por meio ele uma construção perifrástica, uma referência direta a uma informação explícita no texto XXVI. e) Há, em cada um dos dois textos, com referência ao conteúdo dos e-mails, alusões aos seguintes aspectos: finalidades publicitárias, solicitação ele auxílios para casos de doenças graves, advertências quanto à saúde, troca de mensagens de amizades, preocupação política e ecológica e ampliação das fontes de consulta. ncia de 49. Julgue se os itens que se seguem respeitam as idéias básicas elo texto XXVII e estão gramaticalmente corretos. a) No que diz respeito às telecomunicações, o narrador tomou as seguintes providências: desligou o telefone, afim de evitar que pedissem para ele a digitação de asterisco 9; doou o celular, na expectativa de ser presenteado com um modelo mais recente; adquiriu outro aparelho por temer que as microondas o dessem câncer no cérebro. b) No tocante à área alimentar, o narrador parou de ingerir alguns alimentos, por medo do desequilíbrio hormonal: outros, tais quais frango e sanduíche de carne moída, devido à aparência ou aos constituintes orgânicos, desenvolvidos em laboratório. c) A violência urbana é denunciada nesse tipo de mensagem, por meio da referência aos shoppings, grandes lugares comerciais onde costumam acontecer extorsões financeiras e agressões à liberdade, a exemplo de sequestros e gastos ilimitados em cartões de crédito, respectivamente. d) A preocupação com a preservação da fauna e ela flora está explícita na referência às campanhas contrárias à existência da rã da Budweiser; aos resíduos da urina de ratos nas latas de cerveja, à tortura da extirpação da bílis de alguns ursos asiáticos e ao desmatamento da floresta amazônica. e) Incluindo as contribuições para a luta pela independência das mulheres paquistanesas, os boatos foram tantos, que o narrador foi à procura de um advogado, para doar os bens materiais, e de um tratamento psiquiátrico, para preservar a sua saúde mental. 50. Analisando as passagens do texto XXVII sob a ótica dos processos de coordenação esubordinação, julgue os itens subsequentes. a) Exercem a função de complemento direto das formas verbais a elas relacionadas as seguintes expressões: "uni levantamento" (1. 1), "alguém morto” (Is. 32 e 33), "todos os antivírus existentes" (|. 39) e "a língua" (I. 48). b) Nos trechos "Chame a emergência" (|. 9 e 10), "pagar uma conta astronômica" (|. 15), "dessem câncer" (|. 20) e "comprar preservativos" (Is. 25 e 26), as formas verbais não são intransitivas. c) Os seguintes nomes têm significação incompleta e carecem de uma expansão sintática que lhes complete o sentido: "medo" (I. 4), "infectada" (|. 12) e "hábito" (1. 27). d) Na construção parei de comer galinha, deixei de ter relações sexuais, abandonei o hábito de tomar qualquer coisa em lata, deixei de ir aos shoppings, entre as orações, estabelece-se uma relação de coordenação, mas, dentro de cada oração, dá-se a subordinação dos termos. e) Em todos os parágrafos, a função de sujeito sintático da oração inicial é marcada, flexionalmente, pelo uso da primeira pessoa dosingular, que corres ponde, semanticamente, à voz do narrador. Texto XXVIII Leia o texto a seguir e responda às questões 51 a 53. Objeto da moda Um objeto estranho ameaça incorporar-se à| elegância masculina. Seu aparecimento ocorreu na Itá- lia, e sua presença já se faz sentir em outras cidades européias. É a maçaranduba. 5 A primeira singularidade da maçaranduba consiste em que ela absolutamente não participa da sorte das demais peças do equipamento humano a que se junta. É que a maçaranduba fica perto do vestuário, sem se ligar a ele. E ciosa de sua 10 | independência ao contrário dos outros elementos que colaboram na apresentação do homem em público. Estes seguem conosco na condição de servos dóceis, ao passo que ela mantém liberdade de movimentos. E exige de nossa parte atenções especiais, sob pena de 15 | abandonar-nos à primeira distração. Concorda em fazer-nos companhia, irias sem o compromisso de aturar-nos o dia inteiro. Dir-se-ia, mesmo, que nós é que a acompanhamos no seu ir e vir pretensiosa pelas ruas. 20 A maçaranduba está sempre à mostra. ostensiva e vaidosa. Sua tendência é para assumir a liderança do conjunto e exibir-se em evoluções fantasiosas. que exigem certas habilidades do portador. Assim, quando não tem o que fazer (e de ordinário não tem) descreve 25 | círculos e volteios que pretendem ser graciosos em sua gratuidade. A maçgaranduba parece ter mau gênio? Parece, não; tem. Já o demonstrou sempre que algum transeunte lhe despertou antipatia ou lhe recordou 30 | episódios menos agradáveis. Ela não é de suportar opiniões contrárias às suas. A falta de melhor argumento, na polêmica, ergue-se inopinadamente, avança como um raio e procura alcançar a parte doutrinária alheia nos pontos mais vulneráveis, desde 35 |0 lombo até os óculos. Sua agressividade impulsiva costuma levá-la à polícia, quando não se recolhe inerte e indiferente a um canto deixando que seu portador pague a nota dos estragos. A maçaranduba é basicamente feita de madeira, 40 |às vezes se beneficia de espécies vegetais não: compactas, o que lhe permite estocar recursos ofensi- vos ele grande temibilidade. Ao vê-la aproximar-se, tome cuidado, pois sua ira não se satisfaz com simples equimoses. 45 A impertinência da maçaranduba, para não dizer arrogância, deve-se talvez ao fato de que em outras eras foi símbolo de poder e, sob formas diversas, esteve ligada à realeza e a seu irmão gêmeo, o absolutismo. Em mãos governamentais, era du- 50 | plamente terrível: pela contundência material e pela espiritual. Diga-se em favor da maçaranduba, para que o retrato não fique excessivamente carregado, que al- gumas espécies são inclinadas à generosidade, e se comprazem em ajudar pessoas encanecidas ou faltas de visão. Contudo, trata-se de exceção. (Carlos Drummond de Andrade. Folha da Tarde. 12/2/1983, com adaptações.) 51. Em cada um dos itens seguintes, julgue se a reescritura do trecho indicado do texto XXVIII, destacada em negrito, mantém as idéias originais desse trecho. a) "Um objeto (...) magaranduba." (Is. | a 4): A magaranduba é um estranho objeto que ameaça incorporar-se à elegância masculina: seu surgimento aconteceu na Itália, mas sua presença já se faz sentir em outros centros europeus. Texto XXX A denúncia da Anistia Internacional quanto à prática, no Brasil, de torturas c execuções por es- quadrões da morte de modo algum surpreende as autoridades governamentais. E fato notório que as 5 | violações aos direitos humanos se sucedem no país com frequência indesejável, embora diante da reação indignada da sociedade e dos órgãos oficiais e encarregados de reprimi-las. Desde a criação da Comissão de Defesa de Direitos Humanos no 10 | âmbito do Ministério da Justiça, já lá se vão mais de três anos, os atentados contra a dignidade e incolumidade física das pessoas têm diminuído. Com o restabelecimento da legalidade demo- crática, após os anos de vigência do regime militar, 15 | instalou-se outro comportamento. Leis específicas e ações concretas têm sido adotadas para prevenir e punir os desrespeitos às prerrogativas humanas da pessoa. Os inquéritos de organizações internacionais em torno do problema passaram a 20 | servir de impulso ao sistema de garantias contra abusos do gênero. (Direitos humanos. "Opinião". In: Correio Braziliense, 20/6/1999, p. 30. com adaptações.) 58. No texto XXX, o objeto da denúncia da Anistia Internacional é explicitado de várias maneiras. Em cada um dos itens abaixo, julgue se o trecho destacado corresponde ao objeto da denúncia. a) "à prática (...) de torturas e execuções por esquadrões da morte" (Is. 1a 3) b) "violações aos direitos humanos" (|. 5) c) "atentados contra a dignidade e incolumidade física das pessoas" (Is. 11 e 12) d) "legalidade democrática" (Is. 13e 14) e) "desrespeitos às prerrogativas humanas da pessoa” (Is. 17 e 18). 59. Quanto à correção gramatical e à preservação dos sentidos textuais do texto XXX, seria correto substituir "modo algum" (l. 3) por algum modo. "as violações aos" (Is 4 e 5) por violar aos. lá se vão” (|. 10) por há. têm diminuído" (l. 12) por diminuiu. "humanas da pessoa" (1.18) por das pessoas humanas. a) b) e) d) ) e Texto XXXI Se o delírio capitalista exacerba a competição excludente, promove a desumanização ao trocar afetos e sentimentos por competência desligada de consideração ética e potencializa a acumulação 5 | econômica que esvazia o significado da vida, o que nos oferece o terror? Haverá quem diga que o capitalismo, promo- vendo a miséria na lógica que implanta, também é frio, e de forma duradoura. 10 Sucede que a ordem vigente no mundo, até ocorrer a barbárie planejada para ser exposta frente às cantaras de televisão mundiais, era a que fomos construindo - nada mais nada menos. Como tem sido a construção? Iniciativa e proveito de uns. 15 | Omissão de muitos. Incapacidade de construir al- ternativas efetivas, reforçada pela crítica ácida el destrutiva sobre quem ousa propor e executar ino- vações. Louvação de princípios humanos que en- goliram pouco a pouco os seres humanos, como 20 | aqueles que colocam organizações e suas regras acima do humano, da defesa de Estados que pro- movem o terror do Estado em múltiplas formas, contra o cidadão, dominação dos povos, uns sobre os outros, ódios meramente humanos que são potencializados invocando-se a divindade. (Roseli Fisclunan. Tempo de clamar por paz. In: Correio Braziliense, 17/9/2001, p. 4, com adaptações.) 60. Quanto às estruturas sintáticas empregadas no texto XXXI, julgue os itens que se seguem. a) A oração principal do primeiro parágrafo do texto é "o que nos oferece o terror?" (|. 5 e 6). b) A primeira oração do texto expressa uma circunstância, no caso, unia condição. c) Pelas ligações sintáticas, subentende-se a idéia da expressão "Se o delírio capitalista” no início da segunda oração do texto. d) Seria correto o deslocamento da oração destacada por vírgulas nas linhas de 10 a 12 para imediatamente após "que" (l. 12), mantendo-a entre vírgulas. e) Mantém-se o sentido textual se as duas orações sintaticamente independentes iniciadas na linha (1.15) por "Omissão" e por "Incapacidade" forem unidas pela conjunção e. 61. A respeito dos mecanismos de coerência c coesão na argumentação do texto XXXI, julgue os itens a seguir. a) Iniciar o texto por unia pergunta constitui um defeito de argumentação, que deve ser evitado porque levanta uma expectativa não-respondida textualmente. b) O raciocínio iniciado por "Haverá quem diga" (1. 7) representa a tese, a idéia a ser defendida pelo autor. c) Em "a que fornos construindo" (Is. 12 e 13), o termo sublinhado refere-se a "ordem vigente no mundo" (I. 10). d) A resposta a "Corno teta sido a construção? (Is. 13 e 14) é dada, até o final do texto, na forma de uma enumeração de argumentos iniciados por substantivos. e) O texto sustenta sua tese em citações indiretas das idéias de outros pensadores ou autores. 62. Julgue os itens abaixo quanto às estruturas do texto XXXI. a) Na linha 16, a substituição do trecho “reforçada pela" por embora haja acarretaria prejuízo à coerência do texto. b) A substituição da preposição "sobre" (l. 17) por a preserva a correção gramatical e as relações semânticas da oração em que ocorre. c) Por ser opcional o uso do sinal indicativo de crase em certas expressões, preserva-se a correção gramatical ao se escrever pouco à pouco, na linha 19. d) O valor semântico de "como" (|. 19) é explicativo, semelhante a porque. e) A preposição "contra" é subentendida no início dos seguintes termos da enumeração iniciada na linha23: "[contra] dominação”, "[contra] uns", [contra] ódios". Texto XXXII Confúcio ensinava que, ao observarmos um ho- mem magnificamente digno e virtuoso, podemos nos regozijar, porque qualquer um da mesma sociedade - ou da espécie humana - poderá atingir o mesmo 5 | grau de dignidade e virtude. Alertava, porém, que, e da mestria forma, devemos ficar alertas quando vemos alguém extremamente vil, pois equivalente vileza poderá ser encontrada em qualquer um. Ou seja, não estamos isolados sobre a face da Terra. 10 | Quem de nós se eleva eleva os demais, quem de nós decai leva consigo todos. (Idem, ibidem.) 63. Julgue os itens seguintes com relação à organização das idéias no texto acima. a) A expressão "o mesmo mau" (|. 5) remete a "magnificamente" (|. 2). b) Subentende-se "Confúcio" corno sujeito de "Alertava” (1. 5). c) Nas linhas 5 e 6, a concordância ele "alertas com "devemos" é gramaticalmente opcional: aí também é possível empregar alerta. d) Nas linhas 7 e 8, a relação morfológica entre e "vileza" é semelhante à que existe entre torpe e torpeza e entre triste e tristeza. e) Na linha 10, as duas ocorrências consecutivas de "eleva" estão gramaticalmente corretas. Texto XXXIII Nos séculos XVI e XVII, os escritos dos cha- mados fundadores do Direito Internacional sus- tentavam o ideal da civitas maxima gentium, constituída de seres humanos organizados soci- 5 | almente em estados e coextensiva com a própria humanidade. Nenhum Estado pode considerar-se acima do Direito, cujas normas tem por destinatários últimos os seles humanos. (Antônio Augusto Cançado Trindade. O acesso direto à justiça internacional, In: Correio Braziliense, 6/8/2001, "Direito & Justiça”. p. 1, com adaptações.) 64. A respeito das estruturas lingúísticas do texto acima, julgue os itens subsequentes. a) Nas linhas 2 e 3, a forma verbal “sustentavam" está empregada no plural porque eleve concordar com "fundadores". b) Pelo caráter explicativo da oração, seria correto incluir a expressão que era imediatamente antes de "constituída" (1. 4). c) O emprego da inicial maiúscula na palavra "Estado" (|. 6) constitui uma violação das regras gramaticais, uma incoerência, já que a ocorrência na linha 5, no plural, inicia-se por minúscula. d) Na linha 7, o pronome "cujas" corresponde a em que e refere-se a "Estado". e) O emprego textual de "últimos" (1. 8) significa que o Estado e o Direito vêm antes dos seres humanos e são mais importantes que eles. GABARITO COMENTADO Texto | Questão 1 Itens certos: (a), (d) Itens errados: (b), (c), (e) (b) As expressões assim, extravagante e desconfiado indicam elementos descritivos. (c) Representam índice de narrador - onisciente: "Que lembrança" e "olhou a mulher, desconfiado, ...” (e) A expressão traduz a idéia de alucinado, desvairado. (d) Na expressão a combinação entre bastantes... a mais constitui exemplo de pleonasmo vicioso. (e) O vocábulo "sozinho" concorda com o substantivo a que se refere. Questão 20 Item certo: (b) Itens errados: (a), (c), (d), (e) (a) A estrutura oracional em questão é de natureza explicativa. (c) O verbo deverá concordar com o sujeito compos to, permanecendo no plural. (d) Quanto à concordância nominal, se o artigo for utilizado no plural ele não se repete na estrutura linguística: Os esfarrapados palestinos e afegão. O esfarrapado palestino e afegão. (e) O vocábulo meio é advérbio, portanto, permanece invariável. Texto XIII Questão 21 Itens certos: (b), (0), (d) Itens errados: (a), (e) (a) Percebe-se a função conativa ou apelativa. (e) Ao longo do texto houve o emprego de elementos coesivos: preposições e conjunções. Questão 22 Itens certos: (a), (d) Itens errados: (b), (c), (e) (b) Há nos textos alusão ao lado mais fraco da sociedade. (0) Os textos não apresentam idéias contrárias entre si. (e) Os textos não abordam efeitos da destruição provocados pela guerra. Texto XIV Questão 23 Itens certos: (0), (e) Itens errados (a), (b), (d) (a) Os filmes representam exemplo de uma inversão de valores. Linhas 22 e 23. (b) As expressões referem a elementos explicitados no texto. Vejam as linhas 5 a 12. (d) O deslocamento da oração adjetiva altera o sentido do texto. Questão 24 Itens certos: (a), (b), (c), (e) Item errado: (d) (d) O texto não faz alusão à anorexia. Observe as linhas 37 a 40. Textos XV e XVI Questão 25 Itens certos: (b), (d) Itens errados: (a), (c) (a) O narrador mostra-se favorável ao comportamento do homem flagelado. (o) No segundo ocorre o predomínio do índice des critivo. Questão 26 Item certo: (a) Itens errados: (b), (c), (d), (e) (b) O termo classifica-se como predicativo do sujeito. (c) Estabelece idéia de modo. (d) "O homem" desempenha o papel de complemento verbal. (e) As expressões destacadas são adjuntos adnominais. Texto XVII Questão 27 Itens certos: (a), (b), (c), (d), (e) Questão 28 Itens certos: (0), (d) Itens errados: (a), (b) (a) A expressão "ânfora" representa "o ser transbordante de amor”. (b) A expressão "de perto" funciona como adjunto adverbial da forma verbal - passar. Texto XVII Questão 29 Itens certos: (b), (c) Itens errados: (a), (d), (e) (a) A posição do escritor nigeriano Soyinka não é de natureza ambígua, porque condena veementemente o emprego da violência por ambas as partes. (d) Para o autor, serviu de "reservatório de consciência" e missão para os escritores. (e) Trata-se de extrapolação. O texto não faz referência e esse pedido de apoio. Questão 30 Todos os itens estão errados. (a) "Elo de ligação" representa um pleonasmo vicioso. Há também solecismo de regência nominal pela ausência de preposição de em (...) fato que (...) (b) Houve erro de colocação pronominal. Como o verbo está no futuro do pretérito, teríamos a forma: Dir-se-ia (mesóclise). (o) No contexto, dever-se-ia empregar o homônimo mal (substantivo). (d) A supressão do trecho entre travessões acarreta modificações na estrutura semântica do texto. Texto XIX Questão 31 Itens certos: (a), (c) Itens errados: (b), (d) (b) Para Dalai Lama, engajamento não se vincula necessariamente àpolítica partidária. (d) De acordo com articulador do texto, pode-se optar por três posturas, portanto devemos excluir o primeiro elemento de enumeração proposta no item. Texto XX Questão 32 Itens certos: (b), (d) Itens errados: (a), (c) (a) O texto denuncia a ausência de preocupação ecológica no Estado de Goiás. (o) A relação entre os dois quadros produz progressividade temática temporal, portanto sugere a devastação da vegetação abundante do século XVIII. Texto XXI Questão 33 Itens certos: (0), (d), (e) Itens errados: (a), (b) (a) No texto, o eu-lírico tematiza o amor incondicional, o que, aliás, é incoerente com a imagem de um parceiro idealizado. (b) A expressão constitui exemplo de linguagem conotativa. Questão 34 Itens certos: (b), (d) Itens errados: (a), (c) (a) Em ocorrência como "amar o que o mar traz à praia”, o verbo amar é transitivo direto. (c) O pronome "Este" refere-se a algo a ser dito - natureza catafórica. Os pronomes "esse" ou "aquele" remetem a algo já mencionado - natureza anafórica. Texto XXI 35.a 36.d 37.0 38.e Texto XXIII 39.e Texto XXIV 40.c Texto XXV 41.E, EEE 42. E, EEE 43.C,C,C,E 44.E,E,C,E, E 45.C,C,C,E,E,C Texto XXVI 46.E,C,C,C,C 47.C,E,C,E,C Texto XXVII 48.C,E,C,C,E 49.E,E,E,E,E 50.C,C,C,C,C uuOO oou ow O wu =uCuu OSC uu Sou EuuGu Euuu gOG BóGui Xunso Xodo &Xou XOuo goouo Suuu Sou Sówo DO DSO Dos DO FoySO Eos riso rooo X: Texto XXXII 63.C,C,E,C,C Texto XXXIII 64.E,C,E,E,E Vil. "Bois truculentos e nédias novilhas deitadas pelo gramal ruminavam tranquilamente à sombra de altos troncos. As aves domésticas grazinavam em torno da casa, balavam as ovelhas, e mugiam algumas vacas, que vinham por si mesmas procurando os currais; mas não se ouvia, nem se divisava voz nem figura humana. Parecia que ali não se achava morador algum.” (GUIMARAES, Bernardo. A escrava Isaura. 172 ed., São Paulo, Ática, 1991.) IX. A demissão é um dos momentos mais difíceis na carreira de um profissional. A perda do emprego costuma gerar uma série de conflitos internos: mágoa, revolta, incerteza em relação ao futuro e dúvidas sobre sua capacidade. Mesmo sendo uma possibilidade concreta na vida de qualquer profissional, somos quase sempre pegos de surpresa pela notícia. x. Não basta a igualdade perante a lei. É preciso igual oportunidade. E igual oportunidade implica igual condição. Porque, se as condições não são iguais, ninguém dirá que sejam iguais as oportunidades. XI. "A palavra nepotismo foi cunhada na Idade Média para designar o costume imperial dos antigos papas de transformar sobrinhos e netos em funcionários da Igreja. Meio milênio depois, tais hábitos se multiplicaram na administração pública brasileira. Investidos em seus mandatos, os deputados de Brasília chamam a família para assessorá-los, como se fossem levar problemas domésticos, e não os da comunidade, para o plenário.” GABARITO 1 — Narrativo Il — Descritivo HI - Dissertativo-Argumentativo IV - Dissertativo V — Narrativo VI — Descritivo VII — Narrativo VII — Descritivo IX — Dissertativo X — Dissertativo XI- Dissertativo-Informativo ORTOGRAFIA OFICIAL REGRAS PRÁTICAS PARA O EMPREGO DE LETRAS 1. REPRESENTAÇÃO DO FONEMA /Z/ a) Dependendo da sílaba inicial da palavra, pode ser representado pelas letras z, x, s: Sílaba inicial a > usa-se Z - azar, azia, azedo, azorrague, azêmola... Exceções: Ásia, asa, asilo, asinino. Siílaba inicial e > usa-se x - exame, exemplo, exímio, êxodo, exumar ... Exceções: esôfago, esotérico, (há também exotérico) Sílaba inicial i > usa-se s - isento, isolado, &sabel, Isaura, Isidoro... Silaba inicial o > usa-se s -hosana, Osório, Osíris, Oséias... Exceção: ozônio Sílaba inicial u > usa-se s - usar, usina, usura, usufruto ... b) No segmento final da palavra (sílaba ou sufixo), pode ser representado pelas letras z es: 1) letra z - se o fonema /z/ não vier entre vogais: az, oz - (adj. oxítonos) audaz, loquaz, veloz, atroz... iz, uz - (pal. oxítonas) cicatriz, matriz, cuscuz, mastruz ... Exceções: anis, abatis, obus. ez, eza - (subst. abstratos) maciez, embriaguez, avareza ... 2) letra s - se o fonema /z/ vier entre vogais: asa - casa, brasa... ase -frase, crase ... aso - vaso, caso... Exceções: gaze, prazo. ês(a) - camponês, marquesa ... ese -tese, catequese ... esia - maresia, burguesia ... eso - ileso, obeso, indefeso... isa - poetisa, pesquisa ... Exceções: baliza, coriza, ojeriza ise - valise, análise, hemoptise ... Exceção: deslize. iso — aviso, liso, riso, siso... Exceções: guizo, granizo. oso(a) - gostoso, jeitoso, meloso... Exceção: gozo. ose — hipnose, sacarose, apoteose ... uso(a) - fuso, musa, medusa ... Exceção: cafuzo(a). c) Verbos: Terminação izar - derivados de nomes sem "s” na última sílaba: > utilizar, avalizar, dinam izar, centralizar ... - cognatos (derivados com mesmo radical) com sufixo "ismo": > (batismo) batizar - (catecismo) catequizar ... Terminação isar - derivados de nomes com "s" na última sílaba: > avisar, analisar, pesquisar, alisar, bisar ... Verbos pôr e querer - com "s" em todas as flexões: > pus, pusesse, pusera, quis, quisesse, quisera ... d) Nas derivações sufixais: letra z - se não houver "s” na última sílaba da palavra primitiva: > marzinho, canzarrão, balázio, bambuzal, pobrezinho ... letra s - se houver "s" na última sílaba da palavra primitiva: > japonesinho, braseiro, parafusinho, camiseiro, extasiado... e) Depois de ditongos: letra s - lousa, coisa, aplauso, clausura, maisena, Creusa... 2. REPRESENTAÇÃO DO FONEMA /X/ Emprego da letra X a) depois das sílabas iniciais: me - mexerico, mexicano, mexer ... Exceção: mecha la — laxante... li- lixa... lu- lixo... gra-graxa... bru — bruxa... en - enxame, enxoval, enxurrada... Exceção: enchova. Observação: Quando en for prefixo, prevalece a grafia da palavra primitiva: > encharcar, enchapelar, encher, enxadrista... b) depois de ditongos: > caixa, am eixa, frouxo, queixo ... Exceção: recauchutar. 3. OUTROS CASOS DE ORTOGRAFIA 1. Letrag Palavras terminadas em: ágio - presságio égio- privilégio ígio — vestígio ógio — relógio úgio — refúgio ACENTUAÇÃO GRÁFICA 1. REGRAS DE ACENTUAÇÃO BASEADAS NA TONICIDADE TERMINAÇÕES TONICIDADE a(as) | e(es)| o(os) | em(ens)| outras(*) 1. Oxítonas x x x x não 2. Monossilabas tônicas x x x não não 3. Paroxítonas não | não | não não x 4. Proparoxítonas x x x x x (*) Terminadas em, n, rx, ps, um, i(s), us, à, ão, ditongos. Exemplos: Oxitonas: araçá, lilás, dendê, revés, paletó, retrós, porém. Monossilabas tônicas: trás, lá, fé, rés, mês, pó, cós, dá-lo. Paroxítonas: útil, éden, âmbar, tórax, bíceps, álbum, ímã, sótão, júri. Proparoxítonas: friíssimo, ínterim, anátema, bávaro, álibi, período. Observações: 1. Veja que só não são acentuadas as paroxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s), em(ens). 2. Alguns gramáticos, entre eles Celso Cunha, baseados no Formulário Ortográfico de 1943, consideram proparoxítonos os vocábulos terminados em ditongos crescentes, como glória, série, sábio, água, tênue, mágoa, gêmeo, etc. 2. OUTRAS REGRAS DE ACENTUAÇÃO 1) Ditongos (éi, ói, éu) - abertos e tônicos: > éi- réis, fiéis, idéia; 5 > éu- céu, chapéu, mundéu. dói, faróis, jóia; 2) Hiatos a) Hiato êe - ocorre na 3º pessoa do plural dos verbos. dar -dêem ver-vêem ler - lêem crer-crêem Observação: O mesmo ocorre com derivados desses verbos: desdêem, prevêem, antevêem, provêem, relêem, descrêem, etc. b) Hiato do - ocorre na 1º pessoa do singular dos verbos terminados em: > oar - vôo, magôo, enjôo, abotõo, cordo, cdo, etc. > oer - môo, rôo, remôo, condôo-me, etc. e "u" - quando tônicos, sozinhos ou seguidos de c) Hiatos em Exemplos: ca-í, sa-ú-de, fa-ís-ca, ba-la-ús-tre. Exceções (não são acentuados): a) "i" seguido de nh: campainha, moinho, fuinha, tainha, etc. b) "i" e "u" repetidos: xiita, vadiice, juuna, paracuuba, etc. 3) Acento Diferencial: a) vocábulos tônicos pára, pêlo(s), pêra, pêlo(a)(as), péra, pôr, pôde, pêlo(s), pólo(s), póla(s), pôla(s), ás, côa(s). b) na 3º pessoa do plural dos verbos ter, vir (e seus derivados ) Verbos 3 pes. Singular 3 pes. plural Ter tem têm Vir vem vêm Conter contém contêm Intervir intervém intervêm 4) Acentuação dos grupos gue, gui, que, qui: "ur a) Trema: sonoro e átono: tranquilo; b) Acento: "u" sonoro e tônico: averigúe. Exemplos: arguo, argúis, argúi, argúimos, argúis, argúem. EXERCÍCIOS E QUESTÕES DE CONCURSOS Falso/verdadeiro 1.( fácil, ânsia, cuíca, heroína; canoa, coco, caju, feri-los; possuías, querías, graúdo, baía; ônix, latex, fênix. tórax, mantém, revêem, obtêm, vêm; abdômen, dúplex, sanduíche, biquíni; averígue, águem, mínguam, apazigúei; tonel, garoa, xiita, paisinho; papeizinhos, Queops, linguiça, averíguo; fóssil, ágeis, barbárie, maquinária. 2 3 4 5. 6 7. 8 9 1 0.( Múltipla escolha 11. Há um vocábulo que não pode ser acentuado: a) xadrez; b) faisca; c) oasis; d) por. 12. Assinale o item em que todas as palavras estão acentuadas corretamente e pela mesma regra: a) juíza, período, friíssimo, possuía; b) mistério, pônei, tínheis, andróide; c) caráter, uréter, míster, fêmur; d) pôde, pêlo, pára, pólo; e) péla, côa, pêras, ás. 3. Há apenas uma palavra incorreta: celulóide, chá, chafariz, itens; camponês, capuz, cáimbra, ímã; 1 a) b) c) di-lo, fê-lo, dá-los, fá-lo-íeis; d) ) Cássio, Vânia, Carmen, Andréa; e) quinquagésimo, quota, cinquenta, quão. 14. Todos os vocábulos estão corretos: a) colmeia, baia, homilia, xerox; b) acróbata, aerólito, hieróglifo, circuito; c) elíptico, anzóis, tabú, fluido; d) órgão, efêmero, gauchada, câibra; e) substantivo, míster, júri, secretaria. 15. Todos os vocábulos devem ser acentuados: a) publico, amnesia, nefelibata; . No que se refere à acentuação gráfica, é correto afirmar que: três, terá, e será recebem acento gráfico por serem palavras oxítonas, terminadas, respectivamente, em s e a. comunitário, imprudência e homicídio seguem a mesma regra de acentuação gráfica. ódigo e trânsito seguem a regra de acentuação gráfica das palavras trissílabas terminadas em o. o acento gráfico da forma verbal "está" justifica-se pela existência do pronome demonstrativo "esta. 1 a) b) o) d Soss a 2 17. Quanto à acentuação, assinale a opção incorreta. a) Acarta, o ofício, o telegrama tem suas secretas consolações. b) Confissões difíceis pedem folha branca. Escreve memórias, faturas. c) Escreve romances, relatórios, cartas de suicídio, exposições de motivos, mas escreve. e) Telefone, já és poesia. Preto e patético ficas entre coisas. 18. Acentua-se a forma sublinhada em ..."pô-la na cadeia", porque é: a) forma tônica em hiato; b) paroxítona terminada em o fechado; c) forma verbal em que, depois do o, assimilou-se o r ao Ido pronome; d) homografia com a preposição por; e) acento distintivo de timbre. 19. Assinale a sequência em que todas as palavras são acentuadas em obediência à mesma regra: a) alguém - afável - açúcar - também; b) chapéu - heróico - último - próximo; c) egoísta - faísca - cafeína - viúvo; d) estréia - família - imóvel - espontâneo. 20. Marque a alternativa correta, quanto à acentuação gráfica. a) Os polos agrícolas do sul são ferteis e prosperos. b) O parlamentar pôde participar da assembléia anterior e vai emitir agora um juízo sobre o tema. c) Louvaríamos a iniciativa se tivessemos participado democrâticamente de sua formulação. d) O País tem muitos contribuíntes e, portanto, muita renda, mas é preciso distribuí-la. GABARITO 1.V 5.V 9. F 13.B 17.A 2.v 6.V 10.F 144 180 3.F 7.F 11L.A 15.D 19.0 4.F 8.v 12D 16.B 0.B solteirão - solteirona Quando os substantivos flexionam-se em gênero, dizemos que são biformes; contudo, há substantivos que não possuem flexão de gênero, são os substantivos uniformes. Os substantivos uniformes se classificam em: a) Epicenos - Referem-se a nomes de animais, acrescidos dos termos macho / fêmea ou outros adjetivos que façam o mesmo efeito. Exemplos: cobra macho / fêmea tatu macho / fêmea b) Sobrecomuns - Referem-se a pessoas; são substantivos que possuem apenas um gênero. Exemplos: acriança, a testemunha, o bebê. c) Comum de dois gêneros - Referem-se a pessoas; são substantivos que apresentam uma única forma. O artigo é que distinguirá o gênero. Exemplos: o colega la colega o cliente la cliente Alguns substantivos mudam sua significação ao mudarem de gênero; eis alguns mais importantes: o baliza (soldado) a baliza (marco) o cabeça (chefe) acabeça (parte do corpo) o capital (dinheiro) acapital (cidade) o guia (pessoa) aguia (documento) o rádio (aparelho) a rádio (estação receptora) o coral (grupo / cor) acoral (cobra) o lente (professor) a lente (vidro de aumento) Alguns outros substantivos flexionados em gênero: abade — abadessa herói - heroína ajudante - ajudanta hóspede - hóspeda alfaiate - modista imperador - imperatriz aprendiz - aprendiza javali - gironda bispo - episcopisa ladrão - ladra capitari - tartaruga leão - leoa cavalheiro - dama macharão - onça caxaréu - baleia marechal - marechala cônego - canonisa mocetão - mocetona cônsul - consulesa monge - monja cupim - arará mu -mula czar - czarina papa - papisa diácono - diaconisa pardal - pardoca, pardaloca donzel - donzela peão - peã elefante - elefoa presidente - presidenta faisão - faisã réu-ré gamo - corça senador - senatriz genro - nora sultão - sultana gigante - giganta valentão - valentona guaiamu - pata-choca zangão — abelha “senadora é a mulher que exerce a função. Obs.: Eis alguns substantivos que muitos confundem seu gênero: o telefonema, a personagem, o diabete, o tapa, o dó (pena), a omoplata, o suéter, o champanha, o lança-perfume, o eclipse. Os substantivos são flexionados em número: singular e plural. O singular é marcado pela ausência do s (desinência de número) e o plural, pela presença do s. Existem outras regras que norteiam a flexão de número. 1) O plural dos substantivos terminados em vogal ou ditongo forma-se pelo acréscimo de s ao singular. Singular I Plural abacaxi abacaxis jê jês álcali álcalis jiló jilós babalaô babalaôs liceu liceus boi bois mão mãos café cafés órgão órgãos degrau degraus rei reis grau graus tiziu tizius guaraná guaranás troféu troféus herói heróis urubu urubus Incluem-se nesta regra os substantivos terminados em vogal nasal. Como a nasalidade das vogais e, i, o eu, em posição final, é representada graficamente por m e não se pode escrever ms, muda-se o m em n. Assim: virgem faz no plural virgens, pudim faz pudins, tom faz tons, atum faz atuns. 2) Os substantivos terminados em ão formam o plural de três maneiras: a) a maioria muda o ão em des. Singular I ação ladrão botão lição canção procissão coração reunião eleição talão fração boqueirão Plural ações ladrões botões lições canções procissões corações reuniões eleições talões frações boqueirões Neste grupo se incluem todos os aumentativos: Singular I amigalhão moleirão bobalhão narigão casarão pobretão chapelão rapagão dramalhão sabichão espertalhão vagalhão Plural amigalhões moleirões bobalhões narigões casarões pobretões chapelões rapagões dramalhões sabichões espertalhões vagalhões b) um reduzido número muda o final ão em ães: Singular I alemão charlatão bastião escrivão cão guardião capelão pão capitão sacristão catalão tabelião Plural alemães charlatães bastiães escrivães cães guardiães capelães pães capitães sacristães catalães tabeliães Cc) um número pequeno de oxítonas e todas as paroxítonas simplesmente acrescentam um s à forma singular. Singular I Plural cidadão cidadãos acórdão acórdãos cortesão cortesãos bênção bênçãos cristão cristãos gólfão góltãos desvão desvãos órião órfãos irmão irmãos órgão órgãos pagão pagãos sótão sótãos Observações: 1º) Neste grupo incluem-se os monossílabos tônicos chão, grão, mão e vôo, que fazem no plural chãos, grãos, mãos e vôos. 2) Artesão, quando significa "artífice", faz no plural artesãos; no sentido de "adorno arquitetônico", o seu plural pode ser artesãos ou artesões. &) Para alguns substantivos finalizados em ão, não há ainda uma forma de plural definitivamente fixada, notando- se, porém, na linguagem corrente, uma preferência sensível pela formação mais comum, em des. É o caso dos seguintes: Singular I Plural alão - alões — alães ermitãos- ermitões - ermitães alazões — alazães hortelão hortelãos - hortelões aldeãos aldeão - aldeões — aldeães refrão refrões - refrãos anão anãos — anões rufião rufiães - rufiões anciãos ancião — anciões — anciães sultão sultões — sultãos - sultães castelão castelãos — castelões truão truães-truões corrimão corrimãos — corrimões verão verões - verãos deão deães — deões vilão vilãos - vilões Observações: 1º) Corrimão, como composto de mão, deveria apresentar apenas o plural corrimãos; a existência de corrimões explica-se pelo esquecimento da formação original da palavra. 2) A lista destes plurais vacilantes poderia ser acrescida com formas como charlatões, cortesões, guardiões e sacristãos, que coexistem com charlatães, cortesãos, guardiães e sacristães, as preferidas na língua culta. *) Os substantivos terminados em r, z e n formam o plural pelo acréscimo de es ao singular. Singular I Plural abdômen abdômenes feitor feitores açúcar açúcares líquen líquenes cânon cânones matiz matizes cartaz cartazes mulher mulheres cruz cruzes pilar pilares dólmen dólmenes vez vezes Principais sufixos formadores do grau diminutivo sintético - — acho: riacho; penacho; fogacho; rabicho - — ebre: casebre - — eco:livreco; boteco; jornaleco; baileco - — ejo: vilarejo; lugarejo; animalejo - | elho: rapazelho; antiguelho - — eto, eta: livreto; folheto; poemeto; maleta; saleta; Julieta; papeleta - — ico, ica: namorico; burrico; abanico - — im: espadim; flautim; selim; tamborim; fortim; espadachim -— inho, inha: livrinho; globulinho; cintinho; irmãozinho; partinha - — ola, olo: bandeirola; nucléolo; sacola; casinhola - ito, ita: cabrito; mosquito; senhorita; Anita Diminutivo Analítico: > Acriança habitava a pequena aldeia indígena. > Pegaram as pequenas pedras do caminho. Diminutivo Sintético: > A criança habitava a aldeota indígena. > Pegaram os pedriscos do caminho. ALGUNS SUBSTANTIVOS CURIOSOS ... casa diminutivo - casucha cavalo - diminutivo - cavalicoque gema - diminutivo - gêmula igreja - diminutivo - igrejola questão - diminutivo - questiúncula ramo - diminutivo - ramúsculo rei - diminutivo - régulo saco diminutivo - saquitel face aumentativo - façoila ladrão - aumentativo - ladravaz ou ladroaço lobo = aumentativo - lobaz poeta - aumentativo - poetastro tiro - aumentativo - tirázio EXERCÍCIOS 1) Dê o plural de: ) cirurgião-dentista ) livre-pensador ) porta-retrato ) água-marinha ) grão-duque ) quinta-feira ) abelha-mestra i) alto-falante VIVI 2) A palavra pavão forma o plural da mesma maneira que a palavra: a) alemão d) procissão b) cristão e) capelão c) pagão 3) A alternativa em que todas as palavras têm o o aberto no plural é: ) subornos, gostos e adornos ) porcos, poros e esforços ) miolos, acórdãos e ferrolhos ) impostos, engodos e encostos e) reforços, piolhos e esposos a) b) o) d 4)0s.... eos... .. são verdadeiras .... .... da natureza. a) amor-perfeitos / beija-flores / obras-primas b) amores-perfeitos / beijas-flores / obra-primas c) amores-perfeitos / beija-flores / obras-prima d) amores-perfeitos / beija-flores / obras-primas e) amor-perfeito / beija-flores / obra-primas 5) O plural de vice-presidente e tenente-coronel é: a) vice-presidentes / tenente-coronéis b) vices-presidentes / tenente-coronéis c) vices-presidente / tenentes-coronel d) vices-presidentes / tenentes-coronéis e) vice-presidentes / tenentes-coronéis 6) Passando os substantivos em destaque na frase: diminutivo plural, tem-se como resultado: a) botãozinhos e papelzinhos b) botôesinhos e papelzinhos c) botãozinhos e papeizinhos d) botôezinhos e papeizinhos e) botôezinhos e papelzinhos RESPOSTAS: 1) a) cirurgiões-dentistas ou cirurgiães-dentistas; b) livres-pensadores; oc) porta-retratos; d) águas-marinhas; e) grão-duques; f) abaixo-assinados; 9) quintas-feiras, h) abelhas-mestras; i) alto-falantes; 2d 4d - 6d 3)b - 5)e "O indiozinho queria comprar botão e papel” para o ADJETIVO (MORFOSSINTAXE - FLEXÃO NOMINAL) Adjetivo é a palavra que qualifica o substantivo, indicando-lhe qualidade, característica ou origem. O aluno moreno é brasileiro e muito inteligente. 1. CLASSIFICAÇÃO SEMÂNTICA 1. Restritivo Não pode ser aplicado a todos os seres da mesma espécie. > Aluno inteligente. Mulher sincera. Homem fiel. Cidade limpa. 2. Explicativo (sem restrição) Pode ser aplicado a todos os seres da mesma espécie. > Homem mortal. Água mole. Pedra dura. Animal irracional 3. Uniforme (sem flexão de gênero) > Aluno(a) gentil, inteligente e fiel. 4. Biforme (com flexão de gênero) > Aluno(a) bonito(a), dedicado(a) e sincero(a). 2. CLASSIFICAÇÃO ESTRUTURAL 1. Simples (um só radical): lindo, elegante, bom, verde, claro. 2. Composto (mais de um radical): azul-claro, político-social. 3. Primitivo (original): fácil, nobre, afável, ruim, sério, ágil. 4. Derivado (de outro vocábulo): hospitalar, antiácido, feioso. 3. FLEXÃO DOS COMPOSTOS Regra geral: só o último termo pode flexionar-se em gênero e número. > Instrumentos médico-cirúrgicos > Salas médico-cirúrgicas > Traumas afetivo-emocionais. Exceções: 1. Cores, indicadas com auxílio de substantivo, ficam invariáveis: Vestido rosa > Vestidos rosa. Blusa gelo > Blusas gelo. Bandeira azul-turquesa > Bandeiras azul-turquesa. Terno cinza-chumbo 5 Ternos cinza-chumbo. 2. Também ficam invariáveis:azul-marinho, azul-celeste. 3. Flexionam-se ambos os termos: surdo-mudo > surda-muda > surdos-mudos > surdas-mudas. 4. GRAU DO ADJETIVO 1. COMPARATIVO a) de igualdade (tão/tanto ... como/quanto) > Os alunos eram tão dedicados como/quanto os mestres. > Os alunos eram tão dedicados como/quanto inteligentes. b) de inferioridade (menos ... que, menos ... do que) > O salário era menos interessante que/do que o trabalho. > O salário era menos interessante que/do que necessário. c) de superioridade (mais ... que, mais... do que) > Português era mais fácil que/do que Matemática. > Português era mais fácil que/do que complicado. 2. SUPERLATIVO a) relativo de inferioridade (o menos ... de) > Seu chute era o menos confiável do time. b) relativo de superioridade (o mais ... de) > O brasileiro tem sido o mais confiante dos sul-americanos. c) absoluto analítico (com auxilio de outra palavra) > Os concursos têm sido exageradamente difíceis. d) absoluto sintético (com sufixos) 1) vernáculo (português + sufixo): > Aplaudimos tua decisão. > Aplaudimos a tua decisão. Se o possessivo não vier seguido de substantivo explícito é obrigatória a ocorrência do artigo. > Aplaudiram a tua decisão e não a minha. 5) Decisões as mais oportunas / as mais oportunas decisões. No superlativo relativo, não se usa o artigo antes e depois do substantivo. > Tomou decisões as mais oportunas. > Tomou as decisões mais oportunas. é errado: Tomou as decisões as mais oportunas. 6) Faz uns dez anos. O artigo indefinido, posto antes de um numeral, designa quantidade aproximada. > Faz uns dez anos que saí de lá. ?) Em um /num. Os artigos definidos e indefinidos contraem-se com preposições: de + o= do, de + a= da, etc. As formas de + um e em + um podem-se usar contraídas (dum e num) ou separadas (de um, em um). > Estava em uma cidade grande. Estava numa cidade grande. EXERCÍCIOS 1) Procure e assinale a única alternativa em que há erro, quanto ao problema do emprego do artigo. a) Nem todas as opiniões são valiosas. b) Disse-me que conhece todo o Brasil. c) Leu todos os dez romances do escritor. d) Andou por todo Portugal. e) Todas cinco, menos uma, estão corretas. 2) Nas frases que seguem, há um artigo (definido ou indefinido) grifado. Indique o seu valor, de acordo com o código que segue: 1- O artigo está especificando o substantivo. 2- Oartigo está generalizando o substantivo. 3- O artigo está intensificando o substantivo. 4- O artigo está designando a espécie toda do substantivo. 5- O artigo está conferindo maior familiaridade ao substantivo. 6- O artigo está designando quantidade aproximada. )( ) Afinal, todos sabiam que o João não seria capaz disso. )( ) Anchieta catequizou o índio brasileiro e lhe ensinou os rudimentos da fé católica. )( ) Respondeu as perguntas com uma convicção, que não deixou dúvida em ninguém. )( ) Não vamos discutir uma decisão qualquer, mas a decisão que desencadeou todos esses icontecimentos. e)( ) Tomemos ao acaso um objeto do mundo físico e observemos a sua forma. DU ) Durante uns cinco dias frequentou minha casa, depois desapareceu. 3) Coloque o artigo nos espaços vazios conforme o termo subsequente o aceite ou não. Quando necessário, faça a contração da preposição com o artigo. Afinal, estamos em .. Brasilouem...... -... Portugal? Estados Unidos, fora isso nunca saímos de .. casos estão sob controle. . família estrangeira que vem para o Brasil procura logo seus parentes. vinte jogadores estão gripados. quatro saíram. -. casa. RESPOSTAS: 2) a)5 o3 e)2 b)4 1 6 3) ajno;- c)os ejos bjos; d)- - NUMERAL Numeral é uma palavra que exprime número de ordem, múltiplo ou fração. Os numerais classificam-se em: 1º) Cardinais: um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, treze, catorze, vinte, trinta, quarenta, cinquenta, cem, mil, milhão, bilhão. 2º) Ordinais: primeiro, segundo, terceiro, etc. 3º) Fracionários: meio, um terço, um quarto, um quinto, um sexto, um sétimo, um oitavo, um nono, um décimo, treze avos, catorze avos, vinte avos, trinta avos, quarenta avos, cinquenta avos, centésimo, milésimo, milionésimo, bilionésimo. 4º) Multiplicativos: dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo, sêxtuplo, sétuplo, óctuplo, nônuplo, décuplo, cêntuplo. Atenção para a grafia dos numerais cardinais: 16 — dezesseis 600 — seiscentos 50 - cinquenta 60 — sessenta 17 — dezessete 13-treze 14 — catorze ou quatorze Atenção para a grafia dos seguintes numerais ordinais: 6º - sexto 400º - quadringentésimo 900º - nongentésimo 80º - octogésimo 11º - undécimo 600º - seiscentésimo 70º - septuagésimo 300º - trecentésimo 12º - duodécimo 500º - quingentésimo 100º - centésimo 1.000º - milésimo 50º - quinquagésimo 700º - setingentésimo 200º - ducentésimo 800º - octingentésimo 60º - sexagésimo OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: 1º) Na designação de papas, reis, séculos, capítulos, tomos ou partes de obras, usam-se os ordinais para a série de 1a 10; daí em diante, usam-se os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo. Exemplos: D. Pedro Il (segundo), Luís XV (quinze), D. João VI (sexto), João XXIII (vinte e três), Pio X (décimo), Capítulo XX (vinte). 2) Quando o substantivo vier depois do numeral, usam-se sempre os ordinais. Exemplos: primeira parte, décimo quinto capítulo, vigésimo século. 3 ) Na numeração de artigos, leis, decretos, portarias e outros textos legais, usa-se o ordinal até 9 e daí em diante o cardinal. Exemplos: artigo 1º (primeiro), artigo 12 (doze). 4) Aos numerais que designam um conjunto determinado de seres dá-se o nome de numerais coletivos. Exemplos: dúzia, centena. 5) Aleitura e escrita por extenso dos cardinais com postos deve ser feita da seguinte forma: a) Se houver dois ou três algarismos, coloca-se a conjunção e entre eles. Exemplos: 94 = noventa e quatro ; 743 = setecentos e quarenta e três. b) Se houver quatro algarismos, omite-se a conjunção e entre o primeiro algarismo e os demais (isto é, entre o milhar e a centena). Exemplo: 2438 = dois mil quatrocentos e trinta e oito. Obs.: Se a centena começar por zero, o emprego do e é obrigatório. 5062 = cinco mil e sessenta e dois. Será também obrigatório o emprego do e se a centena terminar por zeros. 2300 = dois mil e trezentos. c) Se Houver vários grupos de três algarismos, omite-se o e entre cada um dos grupos. 5450 126230 = - cinco bilhões quatrocentos e cinquenta milhões, cento e vinte e seis mil duzentos e trinta. 6) Formas variantes: Alguns numerais admitem formas variantes como catorze / quatorze, bilhão / bilião. Nota: As formas cincoenta (50) e hum (1) são erradas. EXERCÍCIOS 1) O ordinal trecentésimo setuagésimo corresponde a: a)37 b) 360 c) 370 2) O ordinal nongentésimo quinquagésimo corresponde a: a)95 b) 950 c) 9050 3) O ordinal quingentésimo octogésimo corresponde a: a) 58 b) 580 c) 588 4) O ordinal quadragésimo oitavo corresponde a: a) 480 b) 448 c)48 5) Em todas as frases abaixo, os numerais foram corretamente empregados, exceto em: a) Oartigo vinte e cinco deste código foi revogado. b) Seu depoimento foi transcrito na página duzentos e vinte e dois. C) Ainda não li o capitulo sétimo desta obra. d) Este terremoto ocorreu no século dez antes de Cristo. 6) Assinale os itens em que a correspondência cardinal / ordinal está incorreta; em seguida, faça a devida correção. a) 907 = nongentésimo sétimo b) 650 = seiscentésimo quingentésimo c) 84 = octingentésimo quadragésimo d) 321 = trigésimo vigésimo primeiro e) 750 = setingentésimo quinquagésimo - OS pronomes me, te, lhe, nos, vos, lhes (O.I.) combinam-se com o, a. os, as (O.D.), da seguinte forma: me +0, a, 05, as > mo, ma, mos, mas. te+o,a,0s,as>to,ta, tos, tas. lhe +0,a, os, as > lho, lha, lhos, lhas. nos +0,a, os, as > no-lo, no-la, no-los, no-las. vos +0, a, 05, as > vo-lo, vo-la, vo-los, vo-las. lhes +0, a, os, as > lho, lha, lhos, lhas > Não perdoará os crimes aos maus. obj. direto obj. indireto > Não lhos perdoará. lhe (0.1) + 08 (0.d) f. Função sintática dos pronomes oblíquos 1)o,a,0s,as - objeto direto > Jamais o acompanharei nesta loucura. - sujeito de verbos causativos (mandar, deixar, fazer) e sensitivos (ver, ouvir, sentir) > Deixei-o sair em péssimas companhias. 2) lhe, lhes - objeto indireto (pessoa) > Não façam apenas o que lhes convém. - adjunto adnominal ou objeto indireto de posse (valor de um possessivo) > A flecha transpassou-lhe o coração. - complemento nominal (acompanha verbo de ligação) > Era-lhe impossível sorrir. 3) me, te, nos, vos - objeto direto ou indireto > Todos os súditos me obedeciam cegamente. (o.i.) -> Os peregrinos me acompanhavam eufóricos. (0.d.) - adjunto adnominal ou objeto indireto de posse. > Capitu captou-me as intenções. (minhas) - complemento nominal > A vitória parecia-me impossível. - sujeito (verbos sensitivos / causativos) > Deixei-me cair a seus pés... Pronomes de Tratamento Referem-se às pessoas de modo cerimonioso ou oficial. Pronomes Abreviaturas Autoridades Vossa Excelência V. Exa. Governamentais Vossa Magnificência |V. Mag*. Reitores Vossa Alteza V.A. Príncipes, duques Vossa Majestade V.M. Reis, imperadores Vossa Reverendíssima | V. Rev". Sacerdotes Vossa Eminência V. Emê. Cardeais Vossa Santidade v.s. Papa Vossa Senhoria v. sa. As demais Observação: Vossa - para falar com (2º pes. gram. - o receptor) Sua | -parafalarde (3º pes. gram. - o assunto) EXERCÍCIOS E QUESTÕES DE CONCURSOS Falso / Verdadeiro ) Vou consigo ao teatro hoje à noite. ) Esta pesquisa é para mim fazer logo. ) Nada de sério houve entre eu e você. ) Ela conversou demoradamente com nós. ) Pára, estou falando contigo! ) Colocaram uma questão para eu fazer. ) Espero que me empreste os seus lápis. ) Não quero brigas entre a turma e ti. ) Este livro é para eu ler com calma. ) Achas que seria fácil para mim vender o carro? 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 1 0.( Múltipla escolha 11. Complete as lacunas com me, eu ou mim. 1. Não há desentendimentos entre vocês e 2. O plano era para desistir. 3. E triste para aceitar isso. 4. Já houve discussões sobre você e 5. Deixem explicar o que houve. a) mim, eu, eu, eu, eu; b) eu, eu, mim, mim, me; c) mim, eu, mim, mim, eu; d) mim, eu, mim, mim, me; e) eu, mim, eu, mim, eu. 12. Assinale o item em que o pronome pessoal tem valor possessivo. a) Enviei-lhe seu disco preferido. b) Ninguém nos viu ontem à noite. c) O policial surpreendeu o ladrão em sua casa. d) Acariciei-lhe os cabelos com ternura. e) Mande-lhe lembranças minhas. 13. Assinale a alternativa em que o pronome "lhe" pode ser adjunto adnominal. a)... anunciou-lhe: Amanhã partirei. b) Ao traidor, não lhe perdoarei nunca. c) A mãe apalpava-lhe o coração. d) Comuniquei-lhe o fato pela manhã. e) Sim, alguém lhe propôs o emprego. 14. De acordo com a práxis consagrada do uso dos pronomes de tratamento, assinale a alternativa correta. a) Pela presente, enviamos a V Sº. a relação de seus débitos e solicitamos-lhe a gentileza de saldá-los com urgência. (correspondência comercial) b) Vossa Alteza Real, o Príncipe de Gales, virá ao Brasil para participar da ECO-92. (nota de jornal) c) Sua Santidade pode ter a certeza de que sua presença entre nós é motivo de júbilo e, de místico fervor. (discurso pronunciado em recepção diplomática ao Sumo Pontífice) d) Solicito a V. Ex. dignar-vos aceitar as homenagens devidas, por justiça, a quem tanto engrandeceu a pátria. (ofício dirigido a ministro do Supremo Tribunal) 15. Assinale a frase em que o pronome possessivo foi usado incorretamente. a) Vossa Senhoria trouxe seu discurso e os documentos indeferidos? b) Vossa Reverendíssima queira desculpar-me se interrompo vosso trabalho. c) Voltando ao Vaticano, Sua Santidade falará a fiéis de várias nacionalidades. d) Informamos que Vossa Excelência e seus auxiliares conseguiram muitas adesões. e) Sua Excelência, o Sr. Ministro da Justiça, considerou a medida inconstitucional. GABARITO 1.F 4.F 7. 10.V 13.C 2.F 5.V 8.v 11.D 14.A 3.F 6.v 9.V 5.B 2. PRONOMES POSSESSIVOS Indicam "posse" e "possuidor", posicionam os seres em relação às pessoas gramaticais. f pes. 2 pes. |? pes. * pes.pl. 2 pes. pl. meu(s) teu(s) seu(s) nosso(s) vosso(s) minha(s) tua(s) sua(s) vossa(s) vossa(s) Emprego dos possessivos a. É erro a falta de correlação entre pronomes possessivos e pessoais: teu(s), tua(s) > tu seu(s), sua(s) > ele(s) / você(s) > Se você vier à festa, traga o seu irmão. > Se tu vieres à festa, traz o teuirmão. b. O pronome seu quase sempre traz ambiguidade: > Chegou Pedro, Maria e o seu filho. De quem é o filho? de Pedro? de Maria? ou seu? c. Constitui pleonasmo vicioso usar pronome possessivo referindo-se às partes do próprio corpo: > Estou sentindo muita dor nomeujoelho. Poderia sentir dor no joelho de outra pessoa? PRONOMES RELATIVOS Substituem um termo comum a duas orações, estabelecendo uma relação de subordinação entre elas. > Conheço o aluno. O aluno chegou atrasado. Conheço o aluno chegou atrasado Pronomes relativos: que, quem, o qual, onde, quanto, como, cujo. Emprego dos pronomes relativos: Pronomes: Características e emprego quem - refere-se a pessoas - prep. “a” com V.T.D. > Conheça a mulher a quem tanto amas. que - refere-se a coisas ou pessoas - antecedente mais próximo > Você é a pessoa que sempre chega na hora. > O estudo é o caminho que conduz ao sucesso. > Aquela é a mãe da menina que venceu a prova. qual - refere-se a coisas ou pessoas - antecedente mais distante > Aquela é a mãe da menina a qual é muito gentil. onde - equivalente a “em que” ou “no qual” - indica “lugar” - “aonde” e “donde” (com verbos de movimento) > Visitaremos a casa onde nasceu Bilac. > Ela sabe aonde você quer chegar. Observação: Outras palavras usadas em frase interrogativa, serão, com certeza, advérbios interrogativos. > Quando começaram as provas? (adv. de tempo) > Como tens vindo para o trabalho? (adv. de modo) > Poderias dizer aonde queres ir? (adv. de lugar) EXERCÍCIOS E QUESTÕES DE CONCURSOS Falso / Verdadeiro 1.( ) Qualquer problema o deixa abalado. Pronome indefinido adjetivo. 2.( ) Todos foram responsáveis pelo sucesso. Pronome relativo substantivo. 3.( ) Explique-me o que deve ser feito. Pronome demonstrativo. 4.( ) Ela irá conosco ao desfile. Pronome pessoal reto. 5« ) Todo concursando deve ser muito entusiasmado. Pronomes indefinidos. 6.( ) Na cidade do México, os veículos com placas de final par circulam às segundas, quartas e sextas-feiras; os automóveis que as placas têm final ímpar rodam às terças, quintas e sábados. 7.( ) Contadas todas as horas onde ficam enredados no tráfego, os brasileiros perdem quatro dias a cada ano; os americanos passam, no mínimo, dois meses por ano esperando o sinal abrir. 8.( ) A proposta do secretário, com a qual, lamentavelmente, o prefeito não concorda, poderia solucionar os graves problemas de congestionamento no tráfego da cidade. 9.( ) Na reunião do conselho diretor, durante a qual foram discutidas questões fundamentais para a reestruturação do anel viário da cidade, fechou-se um acordo com os políticos. 10.( ) Tendo em vista a falta de soluções de longo prazo, os técnicos em engenharia de trânsito, cujos trabalham para a prefeitura de São Paulo, estão apelando para operações de emergência. Múltipla escolha 11. Assinale a frase em que não há pronome substantivo. a) Você já fez seus trabalhos? E omeu? b) Ele aparenta seus trinta anos. c) Não conheço seus pais, nem ela os meus. d) Este é o nosso material e não o teu. e) Responda à minha carta. 12. Só em uma frase a palavra "muito" é pronome indefinido, assinale-a. a) Há muito não a vejo. b) Ele é muito calmo; c) Trata-se de caso muito famoso. d) Ele estivera passando muito mal. e) Você é muito competente. 13. Assinale a opção que completa corretamente as lacunas da frase: Ao comparar os diversos rios do mundo com o Amazonas, defendia com azedume e paixão a proeminência sobrecadaum a) desse - daquele; d) deste - desse; b) daquele - destes; e) deste - desses. c) deste - daqueles; 14. Assinale o item em que há erro no emprego do demonstrativo. a) Paulo, que é isso que você leva? b) "Amai vossos irmãos"! São essas as verdadeiras palavras de amor. c) Dezessete de dezembro de 1980! Foi significativo para mim esse dia. d) Pedro, esse livro que está com José é meu. e) Não estou de acordo com aquelas palavras que José disse. 15. Assinale a opção que completa corretamente as lacunas das frases. 1. O lugar moro é muito pobre. 2. Esse foio livro gostei mais. 3. Anovela enredo é fraco dá pouca audiência. a) onde - que - cujo; b) em que - de que - cujo 0; c) no qual - o qual - do qual o; d) que - que - cujo 0; e) em que - de que - cujo. 16. Aponte, nas séries abaixo, a construção errada que envolve pronome relativo. a) Aquele livro ali já está vendido. b) O filme a que assistimos é interessante. c) Não foram poucas as pessoas que visitaste. d) Esta foi a questão de que te esqueceste. e) Ligando o rádio, ouvirás as canções que mais gostas. 17. Destaque a frase em que o pronome relativo e a regência foram usados corretamente. a) E um cidadão em cuja honestidade se pode confiar. b) Feliz o pai cujos os filhos são ajuizados. c) Comprou uma casa maravilhosa, cuja casa lhe custou uma fortuna. d) Preciso de um pincel delicado, sem o cujo não poderei terminar o quadro. ejOs jovens, cujos pais conversei com eles, prometeram mudar de atitude. 18. Assinale a alternativa que preencha corretamente as lacunas abaixo. 1. Veja bem estes olhos se tem ouvido falar. 2. Veja bem estes olhos se dedicaram muitos versos. 3. Veja bem estes olhos brilho fala o poeta. 4. Veja bem estes olhos se extraem confissões e promessas. a) de que, a que, cujo, dos quais; b) que, que, sobre o qual, que; c) sobre os quais, que, de que, de onde; d) dos quais, aos quais, sobre cujo, dos quais; e) em cujos quais, aos quais, sobre o, dos quais. 19. Em todos os itens estão destacados Pronomes, exceto em: a) Certas notícias nos deixam tristes. b) Alguma coisa terrível aconteceu. c) Sabe o que aconteceu? d) Quando chegaste a Brasília? e) Um chora e outro ri. 20. Na frase: "Os que ficarem nesta sala saberão de algumas novidades." Pronomes: at; b)2; co3 d4 es. GABARITO 1.V 5.F 9.V 13.C 17.A 2.F 6.F 10.F 14.D 18D 3.V 7.F 11.E 15.E 19.D 4. 8.v 12.4 16.E 20.D VERBO Verbo é uma palavra que exprime ação, estado, fato ou fenômeno. Dentre as classes de palavras, o verbo é a mais rica em flexões. Com efeito, o verbo possui diferentes flexões para indicar a pessoa do discurso, o número, o tempo, o modo e a voz. O verbo flexiona-se em número e pessoa: Singular Plural 1º pessoa: eu penso nós pensamos 2º pessoa: tu pensas vós pensais 3º pessoa: ele pensa eles pensam EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS Tempo é a variação que indica o momento em que se dá o fato expresso pelo verbo. Os três tempos naturais são o Presente, o Pretérito (ou Passado) e o Futuro. O Presente designa um fato ocorrido no momento em que se fala; o Pretérito, antes do momento em que se fala; e o Futuro, após o momento em que se fala. > Leio uma revista instrutiva. (Presente) > Liuma revista instrutiva. (Pretérito) > Lerei uma revista instrutiva. (Futuro) TEMPOS DO MODO INDICATIVO 1) Presente: estudo 2) Pretérito: Imperfeito: estudava Perfeito: estudei Mais-que-perfeito: estudara 3) Futuro: do Presente: estudarei do Pretérito: estudaria Dados os tempos do modo indicativo, veremos, em seguida, o emprego dos mesmos e sua correlação. PRESENTE O presente do indicativo emprega-se: 1) Para enunciar um fato atual: > Caia chuva. > Océuestá limpo. 2) Para indicar ações e estados permanentes: > A terra gira em torno do próprio eixo. > Deus é Pai! 3) Para expressar uma ação habitual do sujeito: > Sou tímido. > Como muito pouco. 4) Para dar vivacidade a fatos ocorridos no passado (presente histórico): "A Avenida é o mar dos foliões. Serpentinas cortam o ar..., rolam das escadas, pendem das árvores e dos fios...” (M. Rebelo) 5) Para marcar um fato futuro, mas próximo; neste caso, para impedir qualquer ambiguidade, se faz acompanhar geralmente de um adjunto adverbial: "Outro dia eu volto, talvez depois de amanhã..." (A. Bessa Luís) PRETÉRITO IMPERFEITO A própria denominação deste tempo - Pretérito Imperfeito - ensina-nos o seu valor fundamental: o de designar um fato passado, mas não concluído imperfeito = não perfeito, inacabado). Podemos empregá-lo assim: 1) Quando, pelo pensamento, nos transportamos a uma época passada e descrevemos o que então era presente: > Ocalor ia aumentando e o vento despenteava meu cabelo. 2) Pelo futuro do pretérito, para denotar um fato que seria consequência certa e imediata de outro, que não ocorreu, ou não poderia ocorrer: > Se eu não fosse mulher, ia também! > Farei conforme mandares. > Quando puder, venha ver-me. FUTURO DO SUBJUNTIVO COMPOSTO Indica um fato futuro como terminado em relação a outro fato futuro (dentro do sentido geral do modo subjuntivo): 3 D. Flor, não leia este livro; ou, se o houver lido até aqui, abandone o resto. MODOS DO VERBO Os modos indicam as diferentes maneiras de um fato se realizar. São três: 1º) o Indicativo: Exprime um fato certo, positivo: Vou hoje. Sairás cedo. 2º) o Imperativo: Exprime ordem, proibição, conselho, pedido: > Volte logo. Não fiquem aqui. Sede prudentes. 3º) o Subjuntivo: Enuncia um fato possível, duvidoso, hipotético: > É possível que chova. Se você trabalhasse... Além desses três modos, existem as formas nominais do verbo (infinitivo, gerúndio, particípio), que enunciam um fato de maneira vaga, imprecisa, impes soal. 19 Infinitivo: plantar, vender, ferir. 2º) Gerúndio: | plantando, vendendo, ferindo. 3º) Particípio: plantado, vendido, ferido. Chamam-se formas nominais porque, sem embargo de sua significação verbal, podem desempenhar as funções próprias dos nomes substantivos e adjetivos: o andar, água fervendo, tempo perdido. O Infinitivo pode ser Pessoal ou Impessoal. 1º) Pessoal, quando tem sujeito: > Para sermos vencedores é preciso lutar. (sujeito oculto nós) 2º) Impessoal, quando não tem sujeito: > Serou não ser, eis a questão. O infinitivo pessoal ora se apresenta flexionado, ora não flexionado: Flexionado: andares, andarmos, andardes, andarem. Não flexionado: andar eu, andar ele. Quanto à voz, os verbos se classificam em: 1) Ativos: O sujeito faz a ação: > O patrão chamou o empregado. 2) Passivos: O sujeito sofre a ação. > O empregado foi chamado pelo patrão. 3) Reflexivos: O sujeito faz e recebe a ação. > A criança feriu-se na gangorra. Verbos Auxiliares são os que se juntam a uma forma nominal de outro verbo para constituir os tempos compostos e as locuções verbais: ter, haver, ser, estar. > Tenho estudado muito esta semana. > Jacinto havia chegado naquele momento. > Somos castigados pelos nossos erros. > O mecânico estava consertando o carro. > O secretário vai anunciar os resultados. Os verbos da língua portuguesa se agrupam em três conjugações, de conformidade com a terminação do infinitivo: 1) Os da primeira conjugação terminam em - ar: cantar 2) Os da segunda conjugação terminam em - er: bater 3) Os da terceira conjugação terminam em partir. Cada conjugação se caracteriza por uma vogal temática: A (1º conjugação), E (2º conjugação), | (3º conjugação). Observações: - O verbo pôr (antigo poer) perdeu a vogal temática do infinitivo. É um verbo anômalo da segunda conjugação. - A nossa língua possui mais de 11 mil verbos, dos quais mais de 10 mil são da primeira conjugação. Num verbo devemos distinguir o radical, que é a parte geralmente invariável e as desinências, que variam para denotar os diversos acidentes gramaticais. Radical Desinências Radical Desinências cant- ar cant- o bat- er bat- las part- ir part- Imos diz- er diss- eram Há a desinência modo-temporal, indicando a que modo e tempo a flexão verbal pertence e há a desinência número-pessoal indicando a que pessoa e número a flexão verbal pertence. Ex.: canta-re - mos > DNP DMT A DNP (desinência número-pessoal) indica que o verbo está na 1º pessoa do plural. A DMT (desinência modo-temporal) indica que o verbo está no futuro do presente do indicativo. Dividem-se os tempos em primitivos e derivados. São tempos primitivos: 1) olnfinitivo Impessoal. 2) o Presente do Indicativo (1º e 2º pessoa do singular e 2º pessoa do plural). 3) o Pretérito Perfeito do Indicativo (3º pessoa do plural). FORMAÇÃO DO IMPERATIVO O imperativo afirmativo deriva do presente do indicativo, da segunda pessoa do singular (tu) e da segunda do plural (vós), mediante a supressão dos final; as demais pessoas (você, nós, vocês) são tomadas do presente do subjuntivo. O imperativo negativo não possui, em Português, formas especiais; suas pessoas são iguais às correspondentes do presente do subjuntivo. Atente para o seguinte quadro da formação do imperativo: Pessoas Indicativo imperativo Subjuntivo estro Tu . dize € digas > não digas Você dizes > (8) diga € diga > não diga Nós digamos E digamos > não digamos Vós dizeis 5 (-s) dizei E digais > não digais Vocês digam € digam > não digam FORMAÇAO DOS TEMPOS COMPOSTOS Eis como se formam os tempos compostos: 1) Os tempos compostos da voz ativa são formados pelos verbos auxiliares ter ou haver, seguidos do particípio do verbo principal: > Tenho falado. > Haviam saído. 2) Os tempos compostos da voz passiva se formam com o concurso simultâneo dos auxiliares ter (ou haver) e ser, seguidos do particípio do verbo principal: > Tenho sido maltratado. > Tinham (ou haviam) sido vistos no cinema. Outro tipo de conjugação composta - também chamada conjugação perifrástica - são as locuções verbais, constituídas de verbo auxiliar mais gerúndio ou infinitivo: > Tenho de ir hoje. > Hei de ir amanhã. > Estava lendo o jornal. Quanto à conjugação, dividem-se os verbos em: 1) Regulares: os que seguem um paradigma ou modelo comum de conjugação. Cantar, bater, partir, etc. 2) Irregulares: os que sofrem alterações no radical e nas terminações afastando-se do paradigma. Dar, ouvir, etc. Entre os irregulares, destacam-se os anômalos, como o verbo pôr (sem vogal temática no infinitivo), ser eir (que apresentam radicais diferentes). São verbos que possuem profundas modificações em seus radicais. 3) Defectivos: os que não possuem a conjugação completa, não sendo usados em certos modos, tempos ou pessoas: abolir, reaver, precaver, etc. CONJUGAÇÃO DOS PRINCIPAIS VERBOS IRREGULARES SER I ESTAR [ TER [ HAVER MODO INDICATIVO PRESENTE sou estou tenho hei és estás tens hás é está tem há somos estamos temos havemos sois estais tendes haveis são estão têm hão PRETÉRITO IMPERFEITO ser | estar Ler [haver PRETÉRITO tersido | ter estado | ter tido | ter havido INFINITIVO PESSOAL PRESENTE ser estar ter haver seres estares teres haveres ser estar ter haver sermos estarmos termos havermos serdes estardes terdes haverdes serem estarem terem haverem PRETÉRITO tersido ter estado tertido ter havido teressido teres estado teres tido teres havido tersido ter estado tertido ter havido termossido termos estado termos tido termos havido terdes sido terdes estado terdes tido terdes havido teremsido terem estado terem tido terem havido GERÚNDIO PRESENTE sendo estando tendo havendo PRETÉRITO tenho sido tenho estado tenho tido tenho havido PARTICÍPIO sido estado tido havido CONJUGAÇÃO DOS VERBOS REGULARES - PARADIGMAS 1º CONJUGAÇÃO — AR 2º CONJUGAÇÃO - ER 3º CONJUGAÇÃO -IR cantar bater partir MODO INDICATIVO PRESENTE canto bato parto cantas bates partes canta bate parte cantamos batemos partimos cantais bateis partis cantam batam partem PRETÉRITO IMPERFEITO cantava batia partia cantavas batias partias cantava batia partia cantávamos batíamos partíamos cantáveis batíeis partíeis cantavam batiam partiam PRETÉRITO PERFEITO cantei bati parti cantaste bateste partiste cantou bateu partiu cantamos batemos partimos cantastes batestes partistes cantaram bateram partiram PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO tenho cantado tens cantado tem cantado temos cantado tendes cantado tenho batido tens batido tem batido temos batido tendes batido tenho partido tens partido tem partido temos partido tendes partido têm cantado têm batido têm partido PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO cantara batera partira cantaras bateras partiras cantara batera partira cantáramos batêramos partíramos cantáreis batêreis partíreis cantaram bateram partiram PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO tinha cantado tinha batido tinha partido tinhas cantado tinhas batido tinhas partido tinha cantado tinha batido tinha partido tínhamos cantado tínhamos batido tínhamos partido tínheis cantado tínheis batido tínheis partido tinham cantado tinham batido tinham partido FUTURO DO PRESENTE cantarei cantarás cantará cantaremos cantareis cantarão baterei baterás baterá bateremos batereis baterão partirei partirás partirá partiremos partireis partirão FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO terei cantado terei batido terei partido terás cantado terás batido terás partido terá cantado terá batido terá partido teremos cantado teremos batido teremos partido tereis cantado tereis batido tereis partido terão cantado terão batido terão partido FUTURO DO PRETÉRITO cantaria bateria partiria cantarias baterías partirias cantaria bateria partiria cantaríamos bateríamos partiríamos cantaríeis bateríeis partiríeis cantariam bateriam partiram FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO teria cantado teria batido teria partido terias cantado terias batido terias partido teria cantado teria batido teria partido teríamos cantado teríamos batido teríamos partido teríeis cantado teríeis batido teríeis partido teriam cantado teriam batido teriam partido MODO SUBJUNTIVO PRESENTE cante bata parta cantes batas partas cante bata parta cantemos batamos partamos canteis batais partais cantem batam partam PRETÉRITO IMPERFEITO cantasse batesse partisse cantasses batesses partisses cantasse batesse partisse cantássemos batêssemos partissemos cantásseis batêsseis partísseis cantassem batessem partissem PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO tenha cantado tenha batido tenha partido tenhas cantado tenhas batido tenhas partido tenha cantado tenha batido tenha partido tenhamos cantado tenhamos batido tenhamos partido tenhais cantado tenham cantado tenhais batido tenham batido tenhais partido tenham partido PRETI ÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMP! OsTO tivesse cantado tivesses cantado tivesse cantado tivéssemos cantado tivésseis cantado tivessem cantado tivesse batido tivesses batido tivesse batido tivéssemos batido tivésseis batido tivessem batido tivesse partido tivesses partido tivesse partido tivéssemos partido tivésseis partido tivessem partido FUTURO cantar bater partir cantares bateres partires cantar bater partir cantarmos batermos partirmos cantardes baterdes partirdes cantarem baterem partirem FUTURO COMPOSTO tiver cantado tiver batido tiver partido tiveres cantado tiveres batido tiveres partido tiver cantado tiver batido tiver partido tivermos cantado tivermos batido tivermos partido tiverdes cantado tiverdes batido tiverdes partido tiverem cantado tiverem batido tiverem partido MODO IMPERATIVO AFIRMATIVO canta tu bate tu parte tu cante você bata você parta você cantemos nós batamos nós partamos nós cantai vós batei vós partivós cantem vocês batam vocês partam vocês NEGATIVO não cantes tu não cante você não cantemos nós não canteis vós não cantem vocês não batas tu não bata você não batamos nós não batais vós não batam vocês não partas tu não parta você não partamos nós não partais vós não partam vocês FORMAS NOMINAIS INFINITIVO PRESENTE IMPESSOAL cantar bater partir PRESENTE PESSOAL cantar bater partir cantares bateres partires cantar bater partir cantarmos batermos partirmos cantardes baterdes partirdes cantarem baterem partirem PRETÉRITO IMPESSOAL PERDER Indicativo Presente: perco, perdes, perde, perdemos, perdeis, perdem. Subjuntivo Presente: perca, percas, perca, percamos, percais, percam. Regular nos demais tempos e modos. PODER Indicativo Presente: posso, podes, pode, podemos, podeis, podem. Pretérito Imperfeito: podia, podias, podia, podíamos, podíeis, podiam. Pretérito Perfeito: pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes, puderam. Pretérito Mais-Que-Perfeito: pudera, puderas, etc. Imperativo: não existe. Subjuntivo Presente: possa, possas, possa, possamos, possais, possam. Pretérito Imperfeito: pudesse, pudesses, etc. Futuro: puder, puderes, puder, pudermos, puderdes, puderem. Infi o Impessoal: Poder. Infinitivo Pessoal: poder, poderes, poder, podermos, poderdes, poderem. Gerúndio: podendo. Particípio: podido. PÓR Indicativo Presente: ponho, pões, põe, pomos, pondes, pôem. Pretérito Imperfeito: punha, punhas, punha, púnhamos, púnheis, punham. Pretérito Perfeito: pus, puseste, pôs, pusemos, pusestes, puseram. Pretérito Mais -Que-Perfeito: pusera, puseras, pusera, puséramos, puséreis, puseram. Futuro do Presente: porei, porás, porá, poremos, poreis, porão. Futuro do Pretérito: poria, porias, poria, poríamos, poríeis, poriam. Imperativo Afirmativo: põe, ponha, ponhamos, ponde, ponham. Subjuntivo Presente: ponha, ponhas, ponha, ponhamos, ponhais, ponham. Pretérito Imperfeito: pusesse, pusesses, pusesse, puséssemos, pusésseis, pusessem. Futuro: puser, puseres, puser, pusermos, puserdes, puserem. | : pôr, pores, pôr, pormos, pordes, porem. li ivo Impessoal: pôr. Gerúndio: pondo. Parti QUERER Indicativo Presente: quero, queres, quer, queremos, quereis, querem. Pretérito Imperfeito: queria, querias, queria, queríamos, queríeis, queriam. Pretérito Perfeito: quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram. Pretérito Mais-Que-Perfeito: quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quiséreis, quiseram. Futuro do Presente: quererei, quererás, quererá, quereremos, querereis, quererão. Futuro do Pretérito: quereria, quererias, et: Imperativo Afirmativo: quer tu, queira você, queiramos nós, querei vós, queiram vocês. Imperativo Negati não queiras, não queira, não queiramos, não queirais, não queiram. Subjuntivo Presente: queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram. Imperfeito: quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos, quisésseis, quisessem. Futuro: quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiserdes, quiserem. Gerún: querendo. Particípio: querido. Os compostos benquerer e malquerer, além do particípio regular, benquerido e malquerido, têm outro, irregular: benquisto e malquisto, usados como adjetivos. SABER Indicativo Presente: sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem. Pretérito Perfeito: soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam. Pretérito Mais-QuePerfeito: soubera, souberas, soubera, etc. Subjuntivo Presente: saiba, saibas, saiba, saibamos, saibais, saibam. Pretérito Imperfeito: soubesse, soubesses, etc. Futuro: souber, souberes, souber, etc. Imperativo Afirmativo: sabe, saiba, saibamos, sabei, saibam. Regular nos demais. TRAZER Indicativo Presente: trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem. Pretérito Imperfeito: trazia, trazias, etc. Pretérito Perfeito: trouxe, trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxestes, trouxeram. Pretérito Mais-Que-Perfeits trouxera, trouxeras, trouxera, trouxéramos, trouxéreis, trouxeram. Futuro do Presente: trarei, trarás, trar: traremos, trareis, trarão. Futuro do Pretérito: traria, trarias, traria, traríamos, traríeis, trariam. Imperativo Afirmativo: traze, traga, tragamos, trazei, tragam. Subjuntivo Presente: traga, tragas, traga, tragamos, tragai: tragam. Pretérito Imperfeito: trouxesse, trouxesses, trouxesse, trouxéssemos, trouxésseis, trouxessem. Futuro: trouxer, trouxeres, trouxer, trouxermos, trouxerdes, trouxerem. Infinitivo Pessoal: trazer, trazeres, trazer, trazermos, trazerdes, trazerem. Gerúndio: trazendo. Particípio: trazido. VALER Indicativo Presente: valho, vales, vale, valemos, valeis, valem. Subjuntivo Presente: valha, valhas, valha, valhamos, valhais, valham. Imperativo Afirmativo: vale, valha, valhamos, valei, valham. Nos outros tempos é regular. Assim se conjugam equivaler e desvaler. VER Indicativo Presente: vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem. Pretérito Perfeito: vi, viste, viu, vimos, vistes, viram. Pretérito Mais-Que-Perfeito: vira, viras, vira, víramos, víreis, viram. Imperativo Afirmativo: vê, veja, vejamos, vede, vejam. Subjuntivo Presente: veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam. Pretérito Imperfeito: visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem. Futuro: vir, vires, vir, virmos, virdes, virem. Gerúndio: vendo. Particípio: visto. Como ver, se conjugam: antever, entrever, prever, rever. ABOLIR (Defectivo) Indicativo Presente: não possui a 1º pessoa do singular, aboles, abole, abolimos, abolis, abolem. Imperativo Afirmativo: abole, aboli. Subjuntivo Presente: não existe. Defectivo nas formas em que ao L do radical seguiria Aou O, o que ocorre apenas no Indicativo Presente e derivados. CAIR Indicativo Presente: caio, cais, cai, caímos, caís, caem. Subjuntivo Presente: caia, caias, caia, caiamos, caiais, caiam. Imperativo Afirmativo: cai, caia, caiamos, caí, caiam. Regular nos demais. Seguem este modelo os verbos em -air: decair, recair, sair, sobressair, trair, distrair, abstrair, detrair, subtrair, etc. COBRIR Indicativo Presente: cubro, cobres, cobre, cobrimos, cobris, cobrem. Subjuntivo Presente: cubra, cubras, cubra, cubramos, cubrais, cubram. Imperativo Afirmativo: cobre, cubra, cubramos, cobri, cubram. Particípio: coberto. Note: o > u na primeira pessoa do singular do Indicativo Presente e em todas as pessoas do Subjuntivo Presente. Assim se conjugam: dormir, embolir, tossir, descobrir, encobrir. Os três primeiros porém, têm o particípio regular. Abrir, entreabrir e reabrir seguem cobrir no particípio: aberto, entreaberto, reaberto. FALIR Indicativo Presente: (não possui as outras pessoas) falimos, falis. Pretérito Imperfeito: falia, falias, falia, etc. Pretérito Perfeito: fali, faliste, faliu, etc. Pretérito Mais-Que-Perfeito: falira, faliras, falira, etc. Particípio: falido. Verbo regular defectivo. Usa-se apenas nas formas em que ao L segue o |. Não possui Presente do Subjuntivo e Imperativo Negativo. Seguem falir: aguerrir, empedernir, espavorir, remir, etc. MENTIR Indicativo Presente: minto, mentes, mente, mentimos, mentis, mentem. Subjuntivo Presente: minta, mintas, minta, mintamos, mintais, mintam. Imperativo Afirmativo: mente, minta, mintamos, menti, mintam. Regular no resto da conjugação. Como no verbo ferir, a vogal E muda em I na primeira pessoa do Indicativo Presente e em todo o Subjuntivo Presente, mas, por ser nasal, conserva o timbre fechado na segunda e terceira pessoa do singular e terceira do plural do Presente do Indicativo. Seguem este modelo: desmentir, sentir, consentir, ressentir, pressentir. FRIGIR Indicativo Presente: frijo, freges, frege, frigimos, frigis, fregem. Subjuntivo Presente: frija, frijas, frija, etc. Imperativo Afirmativo: frege, fria, frijamos, frigi, frijam. Particípio: frito. Regular no resto da conjugação. IR Indicativo Presente: vou, vais, vai, vamos, ides, vão. Pretérito Imperfeito: ia, ias, ia, íamos, íeis, iam. Pretérito Perfeito: fui, foste, foi, fomos, fostes, foram. Prete Mais-Que-Perfeito: fora, foras, fora, etc. Futuro do Presente: Irei, irás, irá, etc. Futuro do Pretérito: iria, irias, iria, etc. Imperativo Afirmativo: vai, vá, vamos, ide, vão. Subjuntivo Presente: vá, vás, vá, vamos, vades, vão. Pretérito Imperfeito: fosse, fosses, fosse, etc. Futuro: for, fores, for, formos, fordes, forem. Gerúndio: indo. Infinitivo Pessoal: ir, ires, ir, irmos, irdes, irem. Parti ido. OUVIR Indicativo Presente: ouço, ouves, ouve, ouvimos, ouvis, ouvem. Imperativo Afirmativo: ouve, ouça, ouçamos, ouvi, ouçam. Subjuntivo Presente: ouça, ouças, ouça, etc. Particípio: ouvido. Regular no resto da conjugação. PEDIR Indicativo Presente: peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem. Imperativo Afirmativo: pede, peça, peçamos, pedi, peçam. Subjuntivo Presente: peça, peças, peça, peçamos, peçais, peçam. Regular no resto da conjugação. Conjugam-se assim: despedir, expedir, impedir, desimpedir, medir. RIR Indicativo Presente: rio, ris, ri, rimos, rides, riem. Pretérito Perfeito: ri, riste, riu, rimos, ristes, riram. Imperativo Afirmativo: ri, ria, riamos, ride, riam. Subjuntivo Presente: ria, rias, ria, riamos, riais, riam. Imperfeito: risse, risses, risse, etc. Particípio: rido. VIR Indicativo Presente: venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm. Pretérito Imperfeito: vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham. Pretérito Perfeito: vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram. Pretérito Mais-Que- Perf viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram. Futuro do Presente: virei, virás, virá, etc. Futuro do Pretérito: viria, virias, viria, etc. Imperativo Afirmativo: vem, venha, venhamos, vinde, venham. Subjuntivo Presente: venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham. Pretérito Imperfei viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem. Futuro: vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem. Infinitivo Pessoal: vir, vires, vir, virmos, virdes, virem. Gerúndio: vindo. Pai pio: vindo. Por este, se conjugam: advir, convir, intervir, provir, sobrevir, avir-se, desavir-se. Desavindo, além do particípio, é adjetivo: casais desavindos. VERBOS DERIVADOS DE TER, HAVER, PÔR, VER E VIR VERBOS DERIVADOS DE TER O verbo ter já foi conjugado. Por ele se conjugam: abster-se, ater-se, conter, deter, entreter, manter, obter, reter, suster. CONTER Indicativo Presente: contenho, conténs, contém, contemos, contendes, contêm. Pretérito Perfeito: contive, contiveste, conteve, contivemos, contivestes, contiveram. Pretérito Imperfeito: continha, continhas, continha, contínhamos, contínheis, continham. Pretérito Mais-Que-Perfeito: contivera, contiveras, contivera, contivéramos , contivéreis, contiveram. Futuro do Presente: conterei, conterás, conterá, conteremos, contereis, conterão. Futuro do Pretérito: conteria, conterias, conteria, conteríamos, conteríeis, conteriam. Imperativo Afirmativo: contém tu, contenha você, contenhamos nós, contende vós, contenham vocês. Imperativo Neg: : não contenhas tu, não contenha você, não contenhamos nós, não contenhais vós, não contenham vocês. Subjuntivo Presente: contenha, contenhas, contenha, contenhamos, contenhais, contenham. Pretérito Imperfeito: contivesse, contivesses, contivesse, contivéssemos, contivésseis, contivessem. Futuro: contiver, contiveres, contiver, contivermos, contiverdes, contiverem. Gerúndio: contendo. Particípio: contido. Infinitivo Pessoal: conter, conteres, conter, contermos, conterdes, conterem. Infinitivo Impessoal: conter. VERBOS DERIVADOS DE HAVER Por este verbo, conjuga-se o reaver, que é um verbo defectivo, mas possui apenas as formas em que há a letra v. Não tem presente do subjuntivo e, portanto, nem imperativo negativo. REAVER (Defectivo) Indicativo Presente: (não possui as outras pessoas) reavemos, reaveis. Pretérito Perfeito: reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouveram. Pretérito Imperfeito: reavia, reavias, reavia, reavíamos, reavíeis, reaviam. Pretérito Mais-Que-Perfeito: reouvera, reouveras, reouvera, reouvéramos, reouvéreis, reouveram. Futuro do Presente: reaverei, reaverás, reaverá, reaveremos, reavereis, reaverão. Futuro do Pretérito: reaveria, reaverias, reaveria, reaveríamos, reaveríeis, reaveriam. Imperfeito Subjuntivo: reouvesse, reouvesses, reouvesse, reouvéssemos, reouvésseis, reouvessem. Futuro do Subjuntivo: reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes, reouverem. Gerúndio: reavendo. Particípio: reavido. Infinitivo Pessoal: reaver, reaveres, reaver, reavermos, reaverdes, reaverem. Infinitivo Impessoal: reaver. VERBOS DERIVADOS DE PÓR O verbo pôr não tem Z em nenhum de seus tem pos. Não se escreve, portanto, puz, puzesse, etc. Por ele se conjugam os compostos: antepor, opor, compor, contrapor, decompor, depor, descompor, dispor, entrepor, expor, impor, indispor, interpor, justapor, pospor, propor, predispor, pressupor, recompor, repor, sobrepor, superpor, supor, transpor. Ex.: Gutenberg inventou a imprensa. > A imprensa foi inventada por Gutenberg. Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo revestirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo. Ex.: Os calores intensos provocam as chuvas. > As chuvas são provocadas pelos calores intensos. Eu o acompanharei. > Ele será acompanhado por mim. Obs.: Quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não haverá complemento agente da passiva. Ex.: Prejudicaram-me. > Fui prejudicado. CONJUGAÇÃO DE UM VERBO NA VOZ PASSIVA ANALÍTICA: VERBO GUIAR Indicativo Presente: sou guiado, és guiado, é guiado, somos guiados, sois guiados, são guiados. Pretérito Imperfeito: era guiado, eras guiado, era guiado, éramos guiados, éreis guiados, eram guiados. Pretérito Perfeito Simples: fui guiado, foste guiado, foi guiado, fomos guiados, fostes guiados, foram guiados. Pretérito Perfeito Composto: tenho sido guiado, tens sido guiado, tem sido guiado, temos sido guiados, tendes sido guiados, têm sido guiados. Pretérito Mais-Que-Perfeito: fora guiado, foras guiado, fora guiado, fôramos guiados, fôreis guiados, foram guiados. Pretérito Mais-Que Perfeito Composto: tinha sido guiado, tinhas sido guiado, tinha sido guiado, tínhamos sido guiados, tínheis sido guiados, tinham sido guiados. Futuro do Presente Simples: serei guiado, serás guiado, será guiado, seremos guiados, sereis guiados, serão guiados. Futuro do Presente Composto: terei sido guiado, terás sido guiado, terá sido guiado, teremos sido guiados, tereis sido guiados, terão sido guiados. Futuro do Pretérito Simples: seria guiado, serias guiado, seria guiado, seríamos guiados, seríeis guiados, seriam guiados. Futuro do Pretérito Composto: teria sido guiado, terias sido guiado, teria sido guiado, teríamos sido guiados, teríeis sido guiados, teriam sido guiados. Imperativo Afirmativo: sê guiado, seja guiado, sejamos guiados, sede guiados, sejam guiados. Imperativo Negativo: não sejas guiado, não seja guiado, não sejamos guiados, não sejais guiadas, não sejam guiados. Pretérito Imperfeito: fosse guiado, fosses guiado, fosse guiado, fôssemos guiados, fôsseis guiados, fôssem guiados. Pretérito Perfeito: tenha sido guiado, tenhas sido guiado, tenha sido guiado, tenhamos sido guiados, tenhais sido guiados, tenham sido guiados. Pretérito Mais-Que-Perfeito: tivesse sido guiado, tivesses sido guiado, tivesse sido guiado, tivéssemos sido guiados, tivésseis sido guiados, tivessem sido guiados. Futuro Simples: for guiado, fores guiado, for guiado, formos guiados, fordes guiados, forem guiados. Futuro Composto: tiver sido guiado, tiveres sido guiado, tiver sido guiado, tivermos sido guiados, tiverdes sido guiados, tiverem sido guiados. Infinitivo Impessoal Presente: ser guiado. Infinitivo Impessoal Pretérito: ter sido guiado. Infinitivo Pessoal Presente: ser guiado, seres guiado, ser guiado, sermos guiados, serdes guiados, serem guiados. In' [ i sido guiado, ter sido guiado, termos sido guiados, terdes sido guiados, terem sido guiados. Gerúndio Presente: sendo guiado. Gerúndio Pretérito: tendo sido guiado. Parti guiado. CONJUGAÇÃO DOS VERBOS PRONOMINAIS: VERBO LEMBRAR-SE Indicativo Presente: lembro-me, lembras-te, lembra-se, lembramo-nos, lembrai-vos, lembram-se. Pretérito Imperfeito: lembrava-me, lembravas-te, lembrava-se, lembrávamo-nos, lembráveis-vos, lembravam-se. Pretérito Perfeito Simples: lembrei-me, lembraste-te, lembrou-se, etc. Pretérito Perfeito Composto: tenho-me lembrado, tens-te lembrado, tem-se lembrado, temonos lembrado, tendes-vos lembrado, têm-se lembrado. Pretérito Mais- Que-Perfeito Simples: lembrara-me, lembraras-te, lembrara-se, lembráramo-nos, lembráreis -vos, lembraram-se. Pret: Mais-Que-Perfeito Composto: tinha-me lembrado, tinhas-te lembrado, tinha-se lembrado, tínhamo-nos lembrado, tínheis-vos lembrado, tinham-se lembrado. Futuro do Presente Simples: lembrar-me-ei, lembrar-te-ás. lembrar-se-á, lembrar-nos emos, lembrar-vos-eis, lembrar-se-ão. Futuro do Presente Composto: ter-me-í lembrado, ter-te-ás lembrado, ter-se-á lembrado, ter-nos-emos lembrado, ter-vos-eis lembrado, ter-se-ão lembrado. Futuro do Pretérito Simples: lembrar-me-ia, lembrar-te-ias, lembrar-se-ia, lembrar-nos-íamos, lembrar-vos-íeis, lembrar-se-iam. Futuro do Pretérito Composto: ter-meia lembrado, ter-te-ias lembrado, ter-se- ia lembrado, ternos-íamos lembrado, ter-vos-íeis lembrado, ter-se-iam lembrado. Subjuntivo Presente: lembre- me, lembres-te, lembre-se, lembremo-nos, lembreis-vos, lembrem-se. Pretérito Imperfeito: lembrasse-me, lembrasses-te, lembrasse-se, lembrássemo-nos, lembrásseis-vos, lembrassem-se. Pretérito Perfeito: nesse tempo não se usam pronomes oblíquos pospostos, mas antepostos ao verbo: que me tenha lembrado, que te tenhas lembrado, que se tenha lembrado, etc. Pretérito Mais-Que-Perfeito: tivesse-me lembrado, tivesses-te lembrado, tivessese lembrado, tivéssemo-nos lembrado, tivésseis-vos lembrado, tivessem-se lembrado. Futuro Simples: neste tempo, os pronomes oblíquos são antepostos ao verbo: se me lembrar, se te lembrares, se se lembrar, etc. Futuro Composto: neste tempo os pronomes oblíquos são antepostos ao verbo: se me tiver lembrado, se te tiveres lembrado, se se tiver lembrado, etc. Imperativo Afirmativo: lembra-te, lembra-se, lembremo-nos, lembrai-vos, lembrem-se. Imperativo Negativo: não te lembres, não se lembre, não nos lembremos, etc. Infinitivo Presente Impessoal: ter-me lembrado. | ivo Presente Pessoal: lembrar-me, lembrares-te, lembrar-se, lembrarmo-nos, lembrardes-vos, lembrarem se. Infinitivo Pretérito Pessoal: ter-me lembrado, tereste lembrado, ter-se lembrado, termo-nos lembrado, terdes-vos lembrado, terem-se lembrado. Infinitivo Pretérito Impessoal: ter-se lembrado. Gerúndio Presente: lembrando-se. Gerúndio Pretérito: tendo- se lembrado. Particípio: não admite a forma pronominal. VERBOS ANÔMALOS São chamados de anômalos os verbos que apresentam mais de um radical em sua conjugação. Em português, são anômalos os verbos ser, ir, pôr e vir, cujas conjugações já vimos. VERBOS DEFECTIVOS Verbos defectivos são os que não possuem a conjugação completa por não serem usados em certos modos, tempos ou pessoas. A defectividade verbal verifica-se principalmente em formas que, por serem antieufônicas (exemplos: abolir, primeira pessoa do singular do Indicativo Presente) ou homofônicas (exemplo: soer, primeira pessoa do singular do Presente do Indicativo), não foram vivificadas pelo uso. Há, porém, casos de verbos defectivos que não se explicam por nenhuma razão de ordem fonética, mas pelo simples desuso. Registra- se maior incidência de defectividade verbal na terceira conjugação e em formas rizotônicas. Os verbos defectivos podem ser distribuídos em quatro grupos: 1º) Os que não têm as formas em que ao radical seguem ou "O", o que ocorre apenas no Presente do Indicativo e do Subjuntivo e no Imperativo. O verbo abolir serve de exemplo: Indicativo Subjuntivo Imperativo Presente Presente Afirmativo Negativo aboles abole abole abolimos abolis abolem aboli Pertencem a este grupo, entre outros, aturdir, brandir, carpir, colorir, delir, demolir, exaurir, explodir, fremir, haurir, delinguir, extorquir, puir, ruir, retorquir, latir, urgir, tinir, nascer. Obs.: Em escritores modernos aparecem, no entanto, alguns desses verbos, na primeira pessoa do Presente do Indicativo, como explodo, lato, etc. 2º) Os que só se usam nas formas em que ao radical segue "", ou seja, nas formas arrizotônicas. A defectividade desses verbos, como nos do primeiro grupo, só se verifica no Presente do Indicativo e do Subjuntivo e no Imperativo. Sirva de exemplo, o verbo falir. Indicativo Subjuntivo Imperativo Presente Presente Afirmativo Negativo falimos falis Seguem este paradigma: aguerrir, embair, empedernir, remir, transir, etc. Pertencem também a este grupo os verbos adequar e precaver-se, pois só possuem as formas arrizotônicas. Obs.: Rizotônicos são os vocábulos cujo acento tônico incide no radical. Aqueles, pelo contrário, que têm o acento tônico depois do radical, se dizem arrizotônicos. 3º) Verbos, que pela sua significação, não podem ter Imperativo (acontecer, poder e caber) ou que, por exprimir ação recíproca (entrechocar-se, entreolhar-se) se usam exclusivamente nas três pessoas do plural. 4º) Os três seguintes, já estudados, que apresentam particularidades especiais: reaver, prazer e soer. Verbos que exprimem fenômenos meteorológicos, como chover, ventar, trovejar, etc. a rigor não são defectivos, uma vez que, em sentido figurado, podem ser usados em todas as pessoas. As formas inexistentes dos verbos defectivos são compensadas: a) com as de um verbo sinônimo: eu recupero, tu recuperas, etc. (para reaver); eu redimo, tu redimes, ele redime, eles redimem (para remir); eu me previno ou me acautelo, etc. (para precaver); b) com construções perifrásticas: estou demolindo, estou colorindo, vou à falência; embora o cachorro comece a latir, eto. VERBOS ABUNDANTES Verbos abundantes são os que apresentam duas ou mais formas em certos tempos, modos ou pessoas: comprazi-me e comprouve-me, apiedo-me e apiado-me, elegido e eleito. Estas variantes verbais são mais comuns no particípio, havendo numerosos verbos, geralmente transitivos, que, ao lado do particípio regular em "ado" ou "ido", possuem outro, irregular, às vezes, proveniente do particípio latino. Eis alguns desses verbos: absolver: absolvido, absolto aceitar: aceitado, aceito acender: acendido, aceso anexar: anexado, anexo assentar: assentado, assente benzer: benzido, bento confundir: contundido, contuso despertar: despertado, desperto dispersar: dispersado, disperso entregar: entregado, entregue eleger: elegido, eleito erigii erigido, ereto expelir: expelido, expulso expulsar: expulsado, expulso expressar: expressado, expresso exprimir: exprimido, expresso extinguir: extinguido, extinto frigir: frigido, frito ganhar: ganhado, ganho incorrer: incorrido, incurso imprimir: imprimido, impresso incluir: incluído, incluso inserir: inderido, inserto isentar: isentado, isento limpar: limpado, limpo matar: matado, morto morrer: morrido, morto nascer: nascido, nato As formas regulares usam-se, via de regra, com os auxiliares ter e haver (voz ativa) e as irregulares com os auxiliares ser e estar (voz passiva). Exemplos: Foi temeridade haver aceitado o convite. O convite foi aceito pelo professor. O caçador tinha soltado os cães. Os cães não seriam soltos pelo caçador. O pescador teria salvado o náufrago. O náufrago (estaria ou seria) salvo. Esta regra, no entanto, não é seguida rigorosamente, havendo numerosas formas irregulares que se usam tanto na voz ativa como na passiva, e algumas formas regulares também são empregadas na voz passiva. Exemplos: Tinha aceitado ou aceito o convite. O convite foi aceito. Tinha acendido ou aceso as velas. As velas eram acesas ou acendidas. Tinham elegido ou eleito os candidatos. Os candidatos são ou estão eleitos. As formas irregulares, sem dúvida por serem mais breves, gozam de franca preferência, na língua atual e algumas, tanto se impuseram, que acabaram por suplantar as concorrentes. E o caso de ganho e pago, que vêm tornando obsoletos os particípios ganhado e pagado. Assim também se explicam as formas pasmo e empregue, por pasmado e empregado, indevidamente condenadas por alguns autores, mas de largo uso na língua falada e escrita. ) precavieste ) precaveste ) precaviste ejn.d.a. b) o) d 4) Assinale a alternativa que se encaixe no período seguinte: "Se você ... quem sabe você ... -.. O dinheiro.” a) requeresse / interviesse / reouvesse b) requisesse / intervisse / reavesse c) requeresse / intervisse / reavesse d) requeresse /interviesse / reavesse e) requisesse / intervisse / reouvesse -.. e 0 seu irmão ..... - mais 5) Assinale a opção que completa corretamente as lacunas da seguinte frase: "Quando .... aperfeiçoado, o computador certa mente um eficiente meio de controle de toda a vida social. a) estivesse / será d) estivesse / era b) estiver / seria e) estiver / será c) esteja /era .. todos os documentos, ...... obtiver / redija / aguarda obteres / rediges / aguardes ) -... a chamada de seu nome. ) ) ) obtiveres / redige / aguarda ) ) -. UM requerimento e ..... obter / redija / aguarde 7) .... numa questão difícil de ser resolvida e... ... Seus bens graças ao bom senso. a) interviu / reouve d) interveio / reouve b) interveio / rehaveu e) interviu / rehouve C) interviu / reaveu ) a) Eu águo as flores que a sua mãe planta. b) Ninguém creu no que ela declarou. c) Se pores tudo em ordem, ficarei satisfeito. d) Foi aos gritos que ela interveio na discussão. e) Eu môo o grão, você depois faz o pão. ) ) Os vegetais clorofilados sintetizam seu próprio alimento. ) Se ela vir de carro, chame-me. ) Lembramos-lhes que o eucalipto é uma excelente planta para o reflorestamento. ) Há rumores de que pode haver novo racionamento de gasolina. ) RESPOSTAS td 4a 7d 2)b 5)e 8)c 3) 6)e 9)b ADVÉRBIO É uma palavra que modifica (que se refere) a um verbo, a um adjetivo, a um outro advérbio. A maioria dos advérbios modifica o verbo, ao qual acrescenta uma circunstância. Só os de intensidade é que podem também modificar adjetivos e advérbios. > Mora muito longe. (muito = modifica o advérbio longe). > Sairei cedo para alcançar os excursionistas (cedo = modifica o verbo sairei. > Eram exercícios bem difíceis (bem = modifica o adjetivo difíceis ). CLASSIFICAÇÃO DOS ADVÉRBIOS 1º) De Afirmação: sim, certamente, deveras, realmente, incontestavelmente, efetivamente. 2º) De Dúvida: talvez, quiçá, acaso, porventura, provavelmente, decerto, certo. 3º) De Intensidade: muito, mui, pouco, assaz, bastante, mais, menos, tão, demasiado, meio, todo, completamente, profundamente, demasiadamente, excessivamente, demais, nada, ligeiramente, levemente, quão, quanto, bem, mas, quase, apenas, como. 4º) De Lugar: abaixo, acima, acolá, cá, lá, aqui, ali, aí, além, algures, aquém, alhures, nenhures, atrás, fora, afora, dentro, longe, adiante, diante, onde, avante, através, defronte, aonde, donde, detrás. 5º) De Modo: bem, mal, assim, depressa, devagar, como, adrede, debalde, melhor, pior, aliás, calmamente, livremente, propositadamente, selvagemente, e quase todos os advérbios terminados em “mente”. 6º) De Negação: não, absolutamente. 7º) De Tempo: agora, hoje, amanhã, depois, ontem, anteontem, já, sempre, amiúde, nunca, jamais, ainda, logo, antes, cedo, tarde, ora, afinal, outrora, então, breve, aqui, nisto, aí, entrementes, breve mente, imediatamente, raramente, finalmente, comumente, presentemente, etc. Há ainda advérbios interrogativos: onde? aonde? quando? como? por quê?: Onde estão eles? Quando sairão? Como viajaram? Por que não telefonaram? LOCUÇÕES ADVERBIAIS São duas ou mais palavras com função de advérbio: às tontas, às claras, às pressas, às ocultas, à toa, de vez em quando, de quando em quando, de propósito, às vezes, ao acaso, ao léu, de repente, de chofre, a olhos vistos, de cor, de improviso, em breve, por atacado, em cima, por trás, para trás, de perto, sem dúvida, passo a passo, etc. PREPOSIÇÃO Preposição é a palavra que liga um termo a outro: > Casa de pedra; > livro de Paulo; > falou com ele. Dividem-se as preposições em essenciais (as que sempre foram preposições) eacidentais (palavras de outras classes gramaticais que, às vezes, funcionam como preposição). 1º) Preposições Essenciais: a, ante, após, até, com, de, dês, desde, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás. Exemplos: > Fumava cigarro após cigarro. > Está vestida de branco. 2º) Preposições Acidentais: conforme, consoante, segundo, durante, mediante, visto, como, etc. Exemplos: > Os heróis tiveram como prêmio uma coroa de louros. > Vovô dormiu durante a viagem. LOCUÇÕES PREPOSITIVAS São expressões com a função das preposições. Em geral são formadas de advérbio (ou locução adverbial) + preposição: abaixo de, acima de, por trás de, em frente de, junto a, perto de, longe de, depois de, antes de, através de, embaixo de, em cima de, em face de, etc. Exemplo: Passamos através de mata cerrada. COMBINAÇÕES E CONTRAÇÕES As preposições a, de, em, per e para, unem-se com outras palavras, formando um só vocábulo. Há combinação quando a preposição se une sem perda de fonema; se a preposição sofre queda de fonema, haverá contração. A preposição combina-se com os artigos, pronomes demonstrativos e com advérbios. As preposições a, de, em, per contraem-se com os artigos, e, algumas delas, com certos pronomes e advérbios. a+a=á aras=8 a + aquele = âquele a + aquela = âquela a + aquilo = àquilo de+o=do de + ele = dele de + este = deste de + isto = disto de + aqui = daqui em + esse = nesse em+o=no em + um = num em + aquele = naquele per+o = pelo INTERJEIÇÃO Interjeição é a palavra que exprime um estado emotivo. As interjeições são um recurso da linguagem afetiva e emocional. Podem exprimir e registrar os mais variados sentimentos. Classificam-se em: 1 2 3 4 5 6 7, 8 9) de repetição: bis! 10 de saudação: alô! olá! salve! bom dia! de dor: ai! ui! ai de mim! de desejo: oxalá! tomara! de alegria: ah! oh! eh! viva! de animação: eia! coragem! avante! upa! força! vamos! de aplauso: bem! bravo! apoiado! de aversão: ih! chi! irra! ora bolas! de apelo: ó!. alô! psit! psiu! de silêncio: psiu! silêncio! 11) de advertência: cuidado! devagar! atenção! 12) de indignação: fora! morra! LOCUÇÃO INTERJETIVA É uma expressão formada de mais de uma palavra, com valor de interjeição: Meu Deus! Muito bem! Ai de mim! Ora bolas! Valha-me Deus! Quem me dera! As interjeições são proferidas em tom de voz especial e, dependendo desta circunstância, a mesma interjeição pode expressar sentimentos diversos. EXERCÍCIOS 1) Assinale a alternativa em que ocorre combinação de uma preposição com um pronome demonstrativo. a) Estou na mesma situação. b) Neste momento, encerramos nossas trans missões. c) Daqui não saio. d) Ando só pela vida. e) Acordei num lugar estranho. ) ) Os candidatos começaram a escrever. = advérbio ) Eua vi ontem. = pronome pessoal do caso oblíquo. ) Veja o que você fez! = pronome demonstrativo. ) O inspetor acaba de chegar. = artigo definido
Docsity logo



Copyright © 2024 Ladybird Srl - Via Leonardo da Vinci 16, 10126, Torino, Italy - VAT 10816460017 - All rights reserved