Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Prevenir acidentes é dever de todos, Trabalhos de Segurança do Trabalho

03. Prevenir acidentes é dever de todos - Telecurso 2000 - Cursos profissionalizantes - Higiene e Segurança do Trabalho

Tipologia: Trabalhos

Antes de 2010

Compartilhado em 20/09/2006

hugo-makoto-6
hugo-makoto-6 🇧🇷

4.7

(78)

242 documentos

1 / 8

Documentos relacionados


Pré-visualização parcial do texto

Baixe Prevenir acidentes é dever de todos e outras Trabalhos em PDF para Segurança do Trabalho, somente na Docsity! 3 A U L A Acidente zero! Essa é uma meta que deve ser alcançada em toda empresa. Com a redução dos acidentes poderão ser eliminados problemas que afetam o homem e a produção. Para que isso aconteça, é necessário que tanto os empresários (que têm por obrigação fornecer um local de trabalho com boas condições de segurança e higiene, maquinaria segura e equipamentos adequa- dos) como os trabalhadores (aos quais cabe a responsabilidade de desempenhar o seu dever com menor perigo possível para si e para os companheiros) estejam comprometidos com uma mentalidade preventiva. Prevenir quer dizer ver antecipadamente; chegar antes do acidente; tomar todas as providências para que o acidente não tenha possibilidade de ocorrer. Para atingir essa mentalidade prevencionista é necessário saber ouvir, orientar e estar ciente de que... Por que prevenir os acidentes? Porque prevenir é mais econômico e sensato que corrigir. Nesta aula serão analisadas as principais medidas preventivas, de alcance individual e coletivo, que visam à proteção do trabalhador. O efeito dominó e os acidentes de trabalho Há muito tempo, especialistas vêm se dedicando ao estudo dos acidentes e de suas causas. Um dos fatos já comprovados é que, quando um acidente acontece, vários fatores entraram em ação antes. Você já observou o que acontece quando enfileiramos pedras de um dominó e depois damos um empurrãozinho em uma delas? Todas as demais, na seqüên- cia, acabam caindo, até a derrubada da última pedra. Podemos imaginar que algo semelhante acontece quando um acidente ocorre. Prevenir acidentes é dever de todos 3 A U L Introdução Nossa aula 3 A U L ABaptista (1974), afirma que Heinrich, em seu livro Industrial Accident Prevention, que em português quer dizer “Prevenção do Acidente Industrial”, sugere que a lesão sofrida por um trabalhador, no exercício de suas atividades profissionais, obedece a uma seqüência de cinco fatores: · hereditariedade e ambiente social · causa pessoal · causa mecânica · acidente · lesão A hereditariedade refere-se ao conjunto de características genéticas, ou seja, transmitidas pelos genes, que passam de uma geração para outra. A cor dos olhos ou o tipo de sangue são exemplos de características físicas herdadas genetica- mente. Da mesma forma, certas características psicológicas também são transmi- tidas dos pais para os filhos, influenciando o modo de ser de cada um. Você já notou com que facilidade uma nova moda se espalha e pega? Ora a onda é usar cabelos longos, ora usar a cabeça raspada. Já houve a época da minissaia, das roupas hippies e hoje impera a moda do “cada um na sua”. Esses exemplos servem para ilustrar quanto o ambiente social, formado pelos grupos de pessoas com os quais cada um se relaciona, direta e indiretamente, afeta o comportamento das pessoas. A causa pessoal está relacionada com a bagagem de conhecimentos e habilidades e com as condições de momento que cada um está atravessando. A probabilidade de envolvimento em acidentes aumenta quando estamos tristes ou deprimidos, ou quando vamos desempenhar uma tarefa para a qual não temos o preparo adequado. A causa mecânica diz respeito às falhas materiais existentes no ambiente de trabalho. Quando o equipamento não apresenta proteção para o trabalha- dor, quando a iluminação do ambiente de trabalho é deficiente ou quando não há boa manutenção do maquinário, os riscos de acidente aumentam consideravelmente. Quando um ou mais dos fatores anteriores se manifestam, ocorre o acidente que pode provocar ou não lesão no trabalhador. O que podemos fazer para evitar que os acidentes ocorram? Exercite sua atenção. Observe os dominós. Uma maneira é controlar os fatores que antecedem o acidente. am bi en te s oc ia l ca us a pe ss oa l ca us a m ec ân ic a ac id en te le sã o lesãoac identecausa m ecânica causa p essoal ambient e social 3 A U L A Proteção coletiva X proteção individual As medidas de proteção coletiva, isto é, que beneficiam a todos os trabalha- dores, indistintamente, devem ter prioridade, conforme determina a legislação que dispõe sobre Segurança e Medicina do Trabalho. Os equipamentos de proteção coletiva são conhecidos pela sigla EPC. Os EPCs devem ser mantidos nas condições que os especialistas em seguran- ça estabelecerem, devendo ser reparados sempre que apresentarem qualquer deficiência. Veja alguns exemplos de aplicação de EPCs: · sistema de exaustão que elimina gases, vapores ou poeiras contaminantes do local de trabalho; · enclausuramento, isto é, fechamento de máquina barulhenta para livrar o ambiente do ruído excessivo; · comando bimanual, que mantém as mãos ocupadas, fora da zona de perigo, durante o ciclo de uma máquina; · cabo de segurança para conter equipamentos suspensos sujeitos a esforços, caso venham a se desprender. Quando não for possível adotar medidas de segurança de ordem geral, para garantir a proteção contra os riscos de acidentes e doenças profissionais, deve- se utilizar os equipamentos de proteção individual, conhecidos pela sigla EPI. São considerados equipamentos de proteção individual todos os dispositi- vos de uso pessoal destinados a proteger a integridade física e a saúde do trabalhador. Os EPIs não evitam os acidentes, como acontece de forma eficaz com a proteção coletiva. Apenas diminuem ou evitam lesões que podem decorrer de acidentes. Veja um exemplo: Luís ia derramar metal fundido dentro de um molde, com uma concha. Ele não percebeu que havia um pouco de água no fundo do molde. Ao derramar o metal, este reagiu com a água, causando uma explosão que atingiu o rosto de Luís. Felizmente Luís estava usando protetor facial. Isso impediu que seu rosto e seus olhos fossem atingidos. Graças ao uso correto do EPI, Luís saiu dessa sem qualquer lesão. Existem EPIs para proteção de praticamente todas as partes do corpo. Veja alguns exemplos: · Cabeça e crânio: capacete de segurança contra impactos, perfurações, ação dos agentes meteorológicos etc. 3 A U L A· Olhos: óculos contra impactos, que evita a cegueira total ou parcial e a conjuntivite. É utilizado em trabalhos onde existe o risco de impacto de estilhaços e cavacos. · Vias respiratórias: protetor respiratório, que previne problemas pulmona- res e das vias respiratórias, e deve ser utilizado em ambientes com poeiras, gases, vapores ou fumos nocivos. · Face: máscara de solda, que protege contra impactos de partículas, respingos de produtos químicos, radiação (infravermelha e ultravioleta) e ofuscamento. Deve ser utilizada nas operações de solda. · Ouvidos: concha, que previne contra a surdez, o cansaço, a irritação e outros problemas psicológicos. Deve ser usada sempre que o ambiente apresentar níveis de ruído superiores aos aceitáveis, de acordo com a norma regulamentadora. · Mãos e braços: luvas, que evitam problemas de pele, choque elétrico, queimaduras, cortes e raspões e devem ser usadas em trabalhos com solda elétrica, produtos químicos, materiais cortantes, ásperos, pesados e quentes. 3 A U L A · Pernas e pés: botas de borracha, que proporcionam isolamento contra eletricidade e umidade. Devem ser utilizadas em ambientes úmidos e em trabalhos que exigem contato com produtos químicos. · Tronco: aventais de couro, que protegem de impactos, respingos de produ- tos químicos, choque elétrico, queimaduras e cortes. Devem ser usados em trabalhos de soldagem elétrica, oxiacetilênica, corte a quente etc. A lei determina que os EPIs sejam aprovados pelo Ministério do Trabalho, mediante certificados de aprovação (CA). As empresas devem fornecer os EPIs gratuitamente aos trabalhadores que deles necessitarem. A lei estabelece também que é obrigação dos empregados usar os equipamentos de proteção individual onde houver risco, assim como os demais meios destinados a sua segurança. É tarefa do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medi- cina do Trabalho (SESMT) e da CIPA ou, na falta desses, do empregador, determinar o tipo adequado de EPI em face do risco que irá neutralizar e quais as pessoas na empresa que deverão utilizá-los. O treinamento é uma fase importante no processo de utilização dos EPIs. Quando o trabalhador recebe instruções sobre a maneira correta de usar o EPI, aceita-o melhor. Sendo assim, quando tiver dúvidas sobre a utilização de um EPI, peça esclarecimentos ao setor de segurança de sua empresa. Controle e conservação dos equipamentos de proteção Cabe ao setor de segurança da empresa, juntamente com outros setores competentes, estabelecer o sistema de controle adequado. A conservação dos equipamentos é outro fator que contribui para a seguran- ça do trabalhador. Portanto, cada profissional deve ter os seus próprios equipa- mentos e deve ser responsável pela sua conservação. Lembre-se: se cada um de nós pensar e atuar com segurança, os acidentes praticamente poderão ser eliminados. Faça sua parte. Comece refletindo sobre os assuntos apresentados nesta aula. Resolva os exercícios a seguir. Não é qualquer EPI que atende a legislação e protege o trabalhador. Apenas aqueles que têm o número do CA e a marca do fabricante gravada no produto é que oferecem proteção efetiva. Cabe ao trabalhador zelar pela própria segurança, recusando os EPIs que não tenham o CA e a identificação clara do fabricante!
Docsity logo



Copyright © 2024 Ladybird Srl - Via Leonardo da Vinci 16, 10126, Torino, Italy - VAT 10816460017 - All rights reserved