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Guias e Dicas
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curso de histologia II, Notas de estudo de Bioquímica

curso de histologia

Tipologia: Notas de estudo

2013

Compartilhado em 26/02/2013

leonan-alves-4
leonan-alves-4 🇧🇷

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Baixe curso de histologia II e outras Notas de estudo em PDF para Bioquímica, somente na Docsity! O Portal Educação € Portal Educação Sites Associados urso de ogia Clínica ÓDULO II à disponível apenas como parâmetro de estudos para ada. E proibida qualquer forma de comercialização do ui contido são dados aos seus respectivos autores 1. TECIDO EPITELIAL ...............sesrsrererereeeseneneerererererenenencarerererenenencaserereneneneneasa 4 A. Características gerais...........mmeereeeneasaserererererenensarererereeneneacererenenenensasa 4 Junções Intercelulares . Origem embrionária ..... Funções dos epitélios ..............reeeererereerereeeeeererereererereeeeese Especializações da membrana superficial das células epiteliais B. Classificação dos epitélios... C. Tecido epitelial de revestimento ........................ Classificação dos tecidos epiteliais de revestimento.. D. Tecido epitelial glandular... Classificação das glândulas Histologia glandular............ Regulação da função glandular H. TECIDO CONJUNTIVO . .. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. A. Características gerais............emeememeserereeeeneae Erro! Indicador não definido. B. Constituintes celulares .. 27 Fibroblastos Macrófagos . Mastócitos... Plasmócitos. Células Adiposas .. Leucócitos.......... C. Constituintes da matriz extracelular. Fibras... Substância Fundamental Amorfa. D. Classificação..............ememesereenees Tecido conjuntivo propriamente dito ... Tecido conjuntivo de propriedades especiais .. 2 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação Os tecidos epiteliais apresentam funções e morfologia variados. Entretanto, algumas características são comuns a todos os tipos de epitélios conhecidos, as quais serão descritas e discutidas a seguir. As células dos epitélios possuem grande variação quanto à morfologia, apresentando-se como células achatadas em alguns epitélios, passando por células cúbicas em outros, até células cilíndricas. Os núcleos celulares costumam acompanhar o formato da célula, de modo que células mais alongadas (cilíndricas) possuem núcleos mais alongados que as células cúbicas, por exemplo. O formato dos núcleos constitui uma característica importante para critérios de classificação, visto que na microscopia de luz os limites celulares são imprecisos, de modo que a localização e morfologia nucleares auxiliam na determinação do tipo de epitélio em análise, além de sua divisão em múltiplas camadas ou não. Essas diferenças morfológicas são devidas à organização das células no epitélio em questão. O formato poliédrico dessas unidades teciduais é consequente da organização em camadas celulares justapostas, formando folhetos ou aglomerados tridimensionais. Ademais, entre as células epiteliais, encontra-se apenas uma fina camada glicoprotéica, que é o glicocalix, sintetizado pelas próprias células epiteliais. Núcleo Citoplasma Glicocatix , | | | Membrana plasmática Foto de microscopia eletrônica de transmissão, indicando o glicocálix. Modificado de hittp://phy .asu.edu/phy598-bio/D5%20Notes%2006.htm Esta camada de glicoproteínas desempenha importantes funções em fenômenos como pinocitose, imunologia e até mesmo na adesividade e 5 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação reconhecimento entre células epiteliais vizinhas. As células epiteliais geralmente se encontram apoiadas sobre uma camada de tecido conjuntivo, de modo que nos epitélios que revestem as cavidades de órgãos ocos, como os dos aparelhos digestivo, respiratório e urinário, essa camada de conjuntivo recebe o nome de lâmina própria. Entre as células epiteliais e o tecido conjuntivo adjacente, encontra- se uma estrutura denominada lâmina basal, somente visível em microscópio eletrônico de transmissão, e cujos componentes principais são colágeno tipo IV, as glicoproteínas laminina e entactina e ainda proteoglicanas, como perlecan. Essa constituição molecular pode apresentar variações entre diferentes tecidos. Ainda, esta camada apresenta-se em outros tecidos além do epitelial, onde outros tipos celulares entram em contanto com tecido conjuntivo, ou mesmo entre camadas de tecido epitelial adjacentes, como nos glomérulos renais e alvéolos pulmonares. As funções da lâmina basal vão de um papel estrutural, até a atuação na filtração de moléculas, influência na polaridade das células, regulação da proliferação e diferenciação celulares, influência no metabolismo celular e organização de proteínas da membrana plasmática. A lâmina basal une-se à lâmina reticular, uma rede de fibras reticulares e colágenas fina numa matriz de mucopolissacarídeo. Estas duas lâminas compõem a membrana basal, que pode ser visualizada na microscopia óptica com a reação de PAS (Ácido Periódico de Schiff) e colorações de prata. 6 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Portal Educação Células epiteliais Células epiteliais Lâmina basal Fibras de colágeno 10 um Fotografia de microscopia eletrônica de varredura, com indicação da lâmina basal. Modificado de Alberts et al., 2004. Outra característica comum entre as células epiteliais da maioria dos epitélios de revestimento trata-se da inexistência de vasos sanguíneos e linfáticos. A nutrição das células epiteliais se dá por difusão de líquido tissular dos vasos do tecido conjuntivo subjacente. Junções Intercelulares As células epiteliais são relativamente resistentes à tração, de modo que quanto maior for o atrito a que determinado epitélio é submetido, maior será a coesão entre suas células. Esta coesão se viabiliza pela presença da glicocálix, dos íons de cálcio e, sobretudo, pela presença de junções intercelulares. As estruturas de adesão especializadas que ocorrem nos pontos de contato entre as células e entre as células e a matriz extracelular adjacente são denominadas junções celulares. Essas estruturas podem ser funcionalmente classificadas como junções bloqueadoras, comunicantes ou de ancoramento. 7 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores > Portal Educação de algumas substâncias, atuar em conjunto com outros tecidos na função sensorial e na secreção de algumas substâncias. Especializações da membrana superficial das células epiteliais Alguns epitélios que desempenham funções especiais apresentam especializações de membrana, sem suas células superficiais. Essas especializações podem ser de diferentes tipos, os quais são descritos a seguir. Microvilos são evaginações da membrana sob a forma de dedos de luva, observados em células epiteliais com função de absorção. Os microvilos aumentam a eficiência dos processos de absorção, ampliando muito a superfície de contato com o ambiente. Encontrados, por exemplo, nas células do epitélio intestinal e de partes do rim. http:/Avww .ufmt.br/bionet/conteudos/15.10.04/microvilos.htm Cílios e flagelos são estruturas alongadas, cilíndricas, dotadas de mobilidade, revestidas pela membrana celular e que apresentam dois túbulos centrais mais dezoito periféricos agrupados dois a dois. Os cílios são encontrados em epitélios como, por exemplo, o da traquéia e das trompas uterinas. Calcula-se que uma célula ciliada tenha, em média, 250 cílios na sua superfície apical. No corpo humano, os flagelos são encontrados nos espermatozóides. Suas estruturas são semelhantes à 10 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores “OQ > Portal Educação dos cílios, com a diferença de que o flagelo é geralmente mais longo, e apresenta-se individualmente por célula. Imagem dos cílios observados no epitélio da traquéia. 1) Cílios; 2) Células calificiformes; 3) Epitélio pseudo-estratificado ciliado. http:/Avww.micron.uer;.br/atlas/celula/celluz.htm Estereocílios são microvilos longos, ramificados e imóveis, que não devem ser confundidos com os verdadeiros cílios. São encontrados na região apical das células de revestimento do túbulo seminífero (célula de Sertoli), do epidídimo e do ducto deferente. Imagem dos estereocílios observados no epidídimo, aparelho reprodutor masculino. 1) Estereocílios; 2) Epitélio pseudo-estratificado cilíndrico. http:/Ayww.micron.uer;.br/atlas/celula/celluz.htm q Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação B. Classificação dos epitélios Os epitélios podem ser diferenciados de acordo com sua morfologia e sua função específica em epitélios de revestimento e epitélios grandulares. Esta classificação, no entanto, pode ser considerada meramente didática, visto que há epitélios de revestimento nos quais todas as células são secretoras, como ocorre no estômago, e ainda células glandulares espalhadas células de revestimento, como ocorre com as células mucosas do intestino delgado ou traquéia. C. Tecido epitelial de revestimento No tecido epitelial de revestimento, as células se apresentam organizadas em camadas, cobrindo toda a superfície externa do corpo e as cavidades corpóreas. Dois tipos especiais de células epiteliais merecem uma breve discussão, separadamente. As células neuroepiteliais, de origem epitelial, constituintes de epitélios com funções sensoriais especializadas, como as papilas gustativas ou as células da mucosa olfatória. Já as células mioepiteliais são células epiteliais modificadas com propriedades contráteis, presentes em algumas glândulas simples e compostas. A contração dessas células força o produto de secreção para o interior do sistema de ductos, uma vez que se localizam ao redor da unidade secretora. São especialmente desenvolvidas nas glândulas sudoríparas e mamárias. Classificação dos tecidos epiteliais de revestimento Os epitélios de revestimento são classificados de acordo com critérios essencialmente morfológicos, baseando-se em dois aspectos: o número de camadas que possuem e a forma das células da camada mais superficial. De acordo com o número de camadas, podem ser simples (camada única de células) ou estratificado (mais de uma camada), e quanto à forma, os epitélios podem ser pavimentosos, cúbicos, ou prismáticos. Existem ainda outros tipos, o epitélio de transição, e o epitélio pseudo-estratificado, que também serão discutidos abaixo. 12 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ > Portal Educação Corte do córtex renal. 1) Células epiteliais pavimentosas da Cápsula de Bowman; 2) Células cúbicas dos túbulos contorcidos. http:/Avww.micron.uer;.br/atlas/epit/epitluz.ntm Epitélio cúbico estratificado Duas ou mais camadas de células com uma camada superficial de células cúbicas típicas. Frequentemente ele ocorre como um epitélio de duas camadas distintas que reveste os ductos excretores das glândulas exócrinas. Corte de glândula sudorípara, corada com Tricrômico de Gomori. Observe a porção secretora (*); tecido conjuntivo (x). http://acd.ufrj.br/labhac/epitcubestrat.htm 15 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação Epitélio cilíndrico (ou prismático) simples Consiste num epitélio formado por uma única camada de células altas e estreitas, com a altura consideravelmente maior do que a largura. Encontrado em órgãos que realizam funções secretoras e absortivas, como, por exemplo, o do estômago e intestino delgado. Eptslio clinárico simples Bum Detalhe da mucosa da vesícula. 1) Epitélio cilíndrico simples; 2) Tecido conjuntivo frouxo — Lâmina própria. http:/Ayww.micron.uer;.br/atlas/digest'digestluz2.htm Epitélio cilíndrico (ou prismático) estratificado Epitélio raro, com várias camadas de células, sendo a camada superficial de células altas e prismáticas. É encontrado na conjuntiva ocular e nos grandes ductos excretores de glândulas salivares. Epitélio pseudo-estratificado cilíndrico ciliado Neste tipo de epitélio todas as células repousam sobre a lâmina basal, mas devido a diferenças de alturas, nem todas atingem a superfície, de modo que os núcleos estão presentes em diferentes posições, dando a impressão de que há varias camadas de células, quando na verdade, há somente uma. Esse tipo de epitélio é encontrado no sistema respiratório e reprodutor. 16 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ > Portal Educação por epitélio pseudo-estratificado cilíndrico com estereocílios e tecido conjuntivo frouxo intertubular (*). http://acd.ufr.brllabhac/figura63.htm Epitélio de transição É um epitélio estratificado cuja forma das células superficiais varia de acordo com o estado de repleção do órgão. Está limitado ao sistema urinário, sendo o epitélio típico da bexiga. Quando o epitélio está sob pequena tensão, as células superficiais são grandes e “em forma de almofadas”. Quando o epitélio é distendido as células superficiais tornam-se achatadas e alongadas, e a altura total do epitélio diminui. Corte histológico da bexiga urinária. 1) Células basais cubóides; 2) Células superficiais globosas; 3) Tecido conjuntivo frouxo. http:/Avww.micron.uer;.br/atlas/epit/epitluz.ntm 17 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores “OQ > Portal Educação Célula caliciforme do duodeno: zg = zona de Golgi; m = mucina; T = teça; mv = microvilosidades; L = luz e N = núcleo. http:/Avww.pucrs.br/fabio/histologia/atlasvirtual/ Quanto à presença ou não de ducto Uma glândula pode apresentar ou não ducto ou ductos, portanto considerando este critério podemos encontrar dois diferentes tipos de glândulas, as endócrinas e as exócrinas. Hiófise Tiregide e paratireóides (o) e Suprarenal Testículo Glândulas endócrinas do homem e da mulher. Uma cortesia de Saraiva S/A Livreiros Editores, disponível em http://biologiacesaresezar.editorasaraiva.com.br/biologia/site/apoioaoprofessor/apoiovolume2Z.cfm 20 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação As glândulas endócrinas são desprovidas de ducto ou sistema de ductos, de modo que a secreção (geralmente um hormônio) é lançada diretamente no interior dos vasos sanguíneos. Estas glândulas, de acordo com o arranjo de suas células, podem ser classificadas em: a) cordonais, cujas células se dispõem em cordões maciços que se anastomosam entre si, entremeados por capilares sanguíneos, como a hipófise, paratireóide e adrenal; e b) Vesiculares ou foliculares, cujas células (cúbicas) se agrupam formando vesículas, constituídas por uma só camada de células, limitando um espaço no qual é armazenado o produto de secreção, como a tireóide. Glândulas endócrinas. A — Cordonal; B — Vesicular. Modificado de Junqueira & Carneiro, 2004. As glândulas exócrinas apresentam uma porção secretora, responsável pela síntese e liberação de substâncias, e ductos que levam o produto de secreção para o exterior do corpo ou lúmen de um órgão cavitário. Exemplos de glândulas exócrinas são as glândulas salivares, sudoríparas, tubulares intestinais. As glândulas exócrinas são classificadas quanto ao modo de liberação de sua secreção em merócrinas, apócrinas e holócrinas. As merócrinas são aquelas cuja secreção é liberada para a superfície livre através de vesículas, recobertas por membrana, pelo processo de exocitose, não resultando em perda de citoplasma. Como exemplos podem ser citadas a parte exócrina do pâncreas e as glândulas lacrimais. Nas glândulas exócrinas apócrinas, a secreção é liberada com uma parte do citoplasma da célula. A parte celular restante, então, regenera a porção perdida. Exemplos: as glândulas mamárias e sudoríparas axilares. Já nas glândulas holócrinas, a célula inteira morre e destaca-se formando a secreção da glândula. As células perdidas 2 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação são substituídas a partir da divisão de células vizinhas, como nas glândulas sebáceas da pele. Céutase des ntegrando a sou conteúdo iberado A — Glândulas exócrinas merócrinas; B — Glândulas exócrinas apócrinas; C — Glândulas exócrinas holócrinas. Modificado de http://www.mhhe.com/biosci/ap/histology. mh/glands.html Quanto ao tipo de secreção, as glândulas exócrinas podem ser serosas, mucosas ou mistas (seromucosas). As glândulas serosas liberam um produto fino e aquoso. As células da unidade secretora dessa glândula possuem no seu citoplasma apical pequenos grânulos de secreção, os grânulos de ziminogênio. Já as glândulas mucusas produzem uma secreção espessa e viscosa, o muco, que forma uma camada protetora sobre os órgãos ocos que se comunicam com o exterior do corpo. As células das unidades secretoras estão cheias de mucinogênio, que é precursor do muco, que pode ser fracamente corado com a hematoxilina-eosina (H.E.). As glândulas mistas, ou seromucosas, contêm tanto células mucosas como serosas nas unidades secretoras. A forma de organização desses dois tipos de células varia de uma glândula para outra. Como exemplos deste último tipo podemos citar a glândula salivar mandibular e sublingual. 22 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação glândulas se processa através do controle nervoso, por meio de neurotransmissores e pelo próprio controle hormonal. Il. Tecido Conjuntivo A. Características gerais O tecido conjuntivo, na verdade, é constituído por diferentes tipos de tecidos cuja função geral principal é a manutenção da forma do organismo, garantindo seu estabelecimento e desenvolvimento correto. Tais diferentes tipos de tecidos conjuntivos apresentam variações quanto à proporção entre o número de células e a substância fundamental, bem como sua natureza e organização de componentes. A presença de grande quantidade de substância intercelular que está presente em todos os tipos de conjuntivos permite a conexão apropriada entre as células e órgãos, fornecendo suporte ao corpo. Além da função estrutural, o tecido conjuntivo pode desempenhar outras funções biológicas, como a reserva de hormônios controladores do metabolismo celular, por exemplo. 25 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação Corte da derme. 1) Epitélio (epiderme); 2 e 3) Dois tipos diferentes de tecido conjuntivo. http:/Ayww.micron.uerj.br/atlas/C onjuntivo/conj0.htm Os tecidos conjuntivos se originam a partir do mesoderma, o folheto embrionário intermediário, entretanto, o ectoderma da região da cabeça também tem participação. O mesênquima, que consiste no tecido conjuntivo embrionário, se origina a partir de camadas laterais do mesoderma esplânico e dos somitos mesodérmicos, de modo que os demais tecidos conjuntivos adultos se originam do mesênquima. Este tecido embrionário apresenta células alongadas de núcleo oval, cromatina fina e nucléolo bastante proeminente, com inúmeros prolongamentos citoplasmáticos imersos em grande quantidade de uma matriz extracelular viscosa e de poucas fibras Os tecidos conjuntivos são formados por dois tipos básicos de constituintes, que serão abordados aqui separadamente para fins didáticos, desde que fique claro que estão intrinsecamente relacionados e são interdependentes. Os componentes dos tecidos conjuntivos serão divididos, então, em constituintes celulares e da matriz extracelular, de modo que o último envolve as fibras e a substância fundamental. Os componentes celulares envolvem diferentes tipos de células, e irão variar de um tipo de tecido conjuntivo para outro. A matriz extracelular, diferente de outros tipos de tecido, é o componente tecidual mais abundante, de modo que suas proteínas 26 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores > Portal Educação fibrosas e a substância fundamental serão descritos separadamente, e também relacionados aos diferentes tipos de conjuntivo. Corte histológico de tecido conjuntivo do esôfago. http:/Avww.pucrs.br/fabio/histologia/atlasvirtual/ Serão abordados primeiramente os componentes gerais dos diferentes conjuntivos, e em seguida, os tipos de conjuntivos serão descritos. B. Constituintes celulares Antes de se iniciar a descrição das células do conjuntivo faz-se necessário destacar que nem todas as células que podem ser encontradas no conjuntivo são originadas neste tecido. Os leucócitos, por exemplo, são originadas de outros tecidos e podem se estabelecer temporariamente no conjuntivo. Fibroblastos Em geral, são as células mais abundantes no conjuntivo. Apresentam uma forma quiescente, com menor taxa de síntese, os fibrócitos. São células fixas e alongadas, com citoplasma abundante, rico em retículo endoplasmático e aparelho de Golgi bem desenvolvido, além de inúmeros prolongamentos. O núcleo é grande e 27 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação antígeno que é capaz de criar uma população de células específica para combatê- lo). A IL-1 é responsável pela febre nas infecções e inflamações que ocorrem no corpo. Ela vai ao hipotálamo e estimula a produção de prostaglandinas, que ativam o sistema de elevação da temperatura. A IL-1 também aumenta a produção de prostaglandinas pelos leucócitos , que vai contribuir para a inflamação e dor. Além disso a IL-1 estimula a síntese de proteínas de adesão leucocitária nos endotélios (como a ICAM-1) e facilita a adesão dos leucócitos para realizar a diapedese. Os macráfagos são resposáveis pelo sistema monocítico fagocitário (SMF), pois se originam da maturação dos monócitos que chegam pelo sangue. Existem células que são morfologicamente diferentes dos macrófagos, mas tem a mesma função, e provém dos monócitos da mesma forma, sendo, então parte do SMF. São eles: - Monócito sanguineo, circulante no sangue; - Micróglia, do sistema nervoso central; - Células de Kuppfer, presentes no fígado; - Macrófagos alveolares, no pulmão; - Células dendríticas, encontradas na região subcortical dos linfonodos; - Macrófagos sinusais, presentes na polpa vermelha do baço. - Macrófagos das serosas (peritônio, pericárdio e pleura); - Células de Langerhans, da pele. Fotografia de microscopia eletrônica de varredura de um macrófago realizando fagocitose. http:/Avww.virtual.epm.br/material/tis/curr-bio/trab2004/2ano/imuno/celulas.htm 30 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação Mastócitos São células grandes, livres, caracterizadas pela presença, em seu citoplasma, de inúmeros grânulos metacromáticos, os quais são tão abundantes que podem chegar a mascarar o núcleo esférico e central. São de difícil detecção nos preparados corados com Hematoxilina e Eosina (HE), destacando-se naqueles corados com azul-de-toluidina que cora os grânulos dos mastócitos de vermelho. A principal função dos mastócitos é armazenar potentes mediadores químicos da inflamação, como heparina (anticoagulante), histamina (vasodilatador), serotonina, o fator quimiotático dos eosinófilos na anafilaxia (ECF-A, Eosinophil Chimiotactic Factor of Anaphylaxis). Os mastócitos secretam também a substância de ação lenta (SRS-A, Slow-Reacting Substance of Anaphylaxis). Além disso, a superfície dos mastócitos contém receptores específicos para imunoglobulina E (IgE) produzida pelos plasmócitos. A maior parte das moléculas de IgE fixa-se na superfície dos mastócitos e dos granulócitos basófilos. A liberação de mediadores químicos armazenados nos mastócitos promove reações alérgicas denominadas “reações de sensibilidade imediata”, nas quais atrai os leucócitos até o local e causa também vasodilatação. O choque anafilático é um exemplo deste tipo de reação, sendo o mastócito a principal célula responsável por este tipo de reação alérgica. O processo de ativação da degranulação (exocitose) se baseia na sensibilização destas células (mastócitos). Esta sensibilização ocorre da seguinte forma: o primeiro contato com o alérgeno (substância irritante que causa a alergia) estimula a produção de IgE específicas que se unem aos receptores de superfície dos mastócitos, pois estes são rico em receptores de IgE. No segundo contanto, as IgE ligadas ao mastócito se ligam ao alérgeno e desencadeia a liberação de todos os mediadores inflamatórios. Com isso a histamina causa uma vasodilatação, a heparina é anticoagulante, o ECF- A chama os eosinófilos e a fator quimiotáxico dos neutrófilos chama os neutrófilos ao local. O SRS-A (slow reacting substance of anaphilaxis) tem como efeito produzir contração lenta da musculatura lisa. Esta contração da musculatura lisa é importante quando essa reação anafilática ocorre no pulmão e leva a uma broncoconstricção (asma alérgica). 31 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação Mastócito NÃO Ativado Mastócito Ativado http://www.asmabronquica.com.br/medical/inflamacao. alergica.html Plasmócitos São células ovóides com citoplasma muito basófilo, graças à sua riqueza em retículo endoplasmático rugoso. O núcleo é excêntrico e esférico, apresentando cromatina disposta em forma de raios de uma roda. Originam-se a partir dos linfócitos B do sangue, que entram no tecido conjuntivo e diferenciam-se em plasmócitos. Os plasmócitos são abundantes nos órgãos linfáticos, no tecido conjuntivo frouxo da lâmina própria e submucosa do trato gastrointestinal, e no aparelho genital feminino (útero), ou seja, áreas sujeitas à penetração de bactérias e proteínas estranhas, mas são menos numerosos no tecido conjuntivo frouxo de outras áreas do corpo. Aumentam de número nas áreas de inflamação crônica. Sua principal função é produzir os anticorpos que atuam nas respostas imune do organismo. Os anticorpos são proteínas específicas, da classe das imunoglobulinas, fabricadas em resposta à penetração de moléculas estranhas que recebem o nome de antígeno. Apesar de estar demonstrado experimentalmente que certos antígenos necessitam entrar em contato com o macrófago para determinar uma resposta antigênica pelos plasmócitos, sabemos que há antígenos que atuam diretamente sobre os plasmócitos. Neste último caso, o plasmócito produz anticorpos sem necessitar da cooperação do macrófago. 32 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação Granulócitos Basophil Neutrophil — Eosinophil 632% n0D6: Ea Figura superior, basófilo, neutrófilo e eosinófilo. Fonte: http://diverge.hunter.cuny .edu/-weigang/Lecture-syllabus.html Na figura de baixo, linfócito e monócito. Modificado de http://curlygirl.naturlink.pt'tecidosa.htm C. Constituintes da matriz extracelular Fibras As fibras constituintes do tecido conjuntivo são formadas por proteínas cujas estruturas se polimerizam, de modo a formar estruturas alongadas. Os principais tipos de fibras encontradas no tecido conjuntivo são as colágenas, as reticulares e as elásticas. Essas fibras se organizam em dois sistemas de fibras, o sistema colágeno, que engloba as fibras colágenas e reticulares, e o sistema elástico, formado por fibras elásticas, elaunínicas e oxitalânicas. A distribuição dos tipos de fibras varia de acordo com o tipo de tecido conjuntivo em estudo, de forma que o principal tipo de fibra encontrada é que determinará as propriedades do tecido. 35 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação Fibras Colágenas O colágeno é a proteína mais abundante no organismo, constituindo cerca de 30% do seu peso seco. Essa família de proteínas é sintetizada por diferentes tipos celulares, e apresentam composição química, características morfológicas, distribuição, funções e patologias distintas, sendo formadas atualmente por mais de tipos geneticamente diferentes. Esses tipos de colágeno podem ser classificados de acordo com sua estrutura e função, a saber: colágenos que formam longas fibrilas (tipo 1, II, III, V e XI), colágenos associados a fibrilas (tipos IX e XII), colágeno que forma rede (tipo IV) e colágeno de ancoragem (tipo VII). As fibras de colágeno tipo | são as mais frequentes no tecido conjuntivo e apresentam coloração branca no seu estado fresco. Apresentam grande resistência à tração e são inelásticas. Dos três tipos de fibras são as mais calibrosas. Nos cortes corados pela hematoxilina e eosina (HE) elas se coram em rosa-claro pela eosina; coram-se em vermelho pelo tricrômico de Van Gieson, em azul pelo tricrômico de Mallory e em verde pelo tricrômico de Masson. Ocorrem isoladas ou em feixes e apresentam um curso retilíneo ou levemente ondulado. Cada fibra colágena é composta de agregados paralelos de várias fibrilas. As fibrilas possuem de 20 a 90 nanômetros de espessura e são de comprimento indefinido, e cada fibrila é composta por feixes de microfibrilas paralelas. As microfibrilas só podem ser vistas ao microscópio eletrônico. Cada microfibrila é composta quimicamente por moléculas de tropocolágeno, polimerizadas. A molécula de tropocolágeno é formada por três cadeias polipeptídicas, chamadas unidades alfa que apresentam uma configuração helicoidal e estão enroladas uma em torno da outra da esquerda para direita. As três cadeias são conectadas por pontes de hidrogênio e interações hidrofóbicas. Posteriormente, ligações covalentes também reforçam esta estrutura. O colágeno é produzido pro diversos tipos celulares como fibroblasto, osteoblasto, odontoblasto, condrócito e célula muscular lisa. 36 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação Microfibrila Molécula de tropocalágeno Nes, Cadeia A 3 Fibra colágena Modificado de http://fig.cox.miami.edu/-cmallery/150/physiol/physiology htm Fibras Reticulares São fibras muito delicadas (diâmetro de 0,5 a 2 micrômetros) e quimicamente formadas por colágeno do tipo Ill associado a elevado teor de glicoproteínas, sendo, portanto consideradas como as precursoras das fibras colágenas (fibras pré- colágenas). Nas preparações histológicas de rotina as fibras reticulares não são visíveis. Somente com determinadas impregnações pela prata (daí o termo argirofílicas ou argentafins) ou com o método do ácido periódico de Schiff (PAS), devido ao alto conteúdo de cadeias de açúcares associados a estas fibras (glicoproteínas e proteoglicanas), é que estas fibras podem ser observadas como uma rede em determinados órgãos. São formadas por finas fibrilas frouxamente unidas por pontes provavelmente comportas das cadeias de açúcares. As fibras reticulares formam redes flexíveis e delicadas ao redor de capilares, fibras musculares, nervos, células adiposas e hepatócitos, e servem como uma rede para a sustentação de células ou de grupos células nos órgãos endócrinos e linfáticos. São especialmente abundantes e estão sempre associadas a um tipo celular especial, a célula reticular, que ocorre no tecido conjuntivo reticular encontrado formando o arcabouço dos órgãos hemopoéticos (baço, linfonodos, medula óssea vermelha, etc). Essas fibras são sintetizadas por fibroblastos, condroblastos, osteoblastos e por células epiteliais. 37 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação D. Classificação As diferentes classificações existentes quanto aos tipos de tecidos conjuntivos refletem a morfologia e funcionalidade do tecido, identificando a organização estrutural ali encontrada, bem como seus componentes principais. Apesar da multiplicidade de opiniões, nenhuma classificação é considerada perfeita, de modo que a classificação aqui utilizada é aquela que parece ser a mais didática: Do TECIDO CONJUNTIVO CT] Rá om Teci iuntivo de Tecidi Ea propriamente dito propriedades especiais de suporte —— Fromxo Tecido conjuntivo de Tecido cartilaginoso propriedades especiais Densa Tecido ósseo Tecidoadiposo —— Modelado — Tecidoelástico —— Não-modelado | Tecido reticular ou hemocitopoético — (linfóide e mielóide) Tecido Mucoso (Modificado de Junqueira & Carneiro, 2004) O tecido conjuntivo de propriedades especiais adiposo, e os tecidos conjuntivos de suporte (cartilaginoso e ósseo) serão abordados separadamente. 40 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação Tecido conjuntivo propriamente dito Tecido conjuntivo frouxo Este é o tipo de tecido conjuntivo mais amplamente distribuído no organismo animal, que fornece suporte às estruturas que normalmente não são submetidas à grandes pressões ou atritos, e apresenta-se formado por células (todos os tipos celulares constituintes do conjuntivo), fibras (os dois sistemas) e substância fundamental amorfa, sem que haja, no entanto, predominância de nenhum desses elementos. É de consistência delicada, flexível, bem vascularizado e pouco resistente a trações. As células mais comumente encontradas são fibroblastos e macrófagos, mas os outros tipos descritos estão presentes. Conhecido também como tecido conjuntivo irregularmente disposto ou tecido conjuntivo areolar, devido aos numerosos pequenos espaços entre as células e as fibras. Está presente ao redor dos vasos sanguíneos e nervos, entre os feixes musculares e as camadas de musculatura lisa dos órgãos ocos. É encontrado sob a maioria dos epitélios onde fornece sustentação e um suprimento vascular. Ele compõe o tecido intersticial na maioria dos órgãos, permitindo movimentos fáceis e deslocamento dos órgãos. Com o tecido adiposo ele forma o tecido conjuntivo subcutâneo, a pia-máter e a aracnóide. Desempenha as seguintes funções: sustentação de outros tecidos, preenchimento, amortecimento de choques mecânicos, participação em cicatrizações, atividades de defesa, entre outras. 41 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação 1) Epiderme; 2) Tecido conjuntivo frouxo da derme papilar. Coloração: tricrômico de Gomori. http:/Avww.micron.uer;.br/atlas/Conjuntivo/conj4.htm Tecido conjuntivo denso Tipo de tecido conjuntivo menos flexível e mais resistente às trações. Este apresenta menos células do que no tecido conjuntivo frouxo, dentre as quais se sobressaem os fibroblastos, e nele há predomínio de fibras colágenas sobre os outros componentes. Pode ser: modelado (regular) ou não modelado (irregular). Modelado (Regular) Apresenta os feixes colágenos orientados segundo uma organização fixa, paralelos, e alinhados aos fibroblastos. Trata-se de um conjuntivo que formou suas fibras colágenas em resposta a trações exercidas num determinado sentido. As fibras orientam-se de modo a oferecer o máximo de resistência ás forças que normalmente atuam sobre o tecido. É encontrado nos tendões, ligamentos cartilaginosos e ligamentos elásticos. Os tendões podem ser descritos como o modelo típico deste tipo de tecido, consistindo de estruturas alongadas e cilíndricas que conectam ossos à musculatura estriada esquelética. São formados por densos feixes de colágeno, alinhados, separados por pouca quantidade de substância fundamental amorfa. Os tendões são estruturas inextensíveis, de coloração esbranquiçada, devido à riqueza de 42 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Tecido conjuntivo mucoso do cordão umbilical. http:/Avww.pucrs.br/fabio/histologia/atlasvirtual Tecido Reticular É um tecido bastante delicado, que tem a formação de uma rede arquitetônica de suporte para as células de alguns órgãos, como os órgãos linfóides e tecidos hematopoéticos. Apresenta-se como uma trama tridimensional onde predominam as fibras reticulares e células reticulares (fibroblastos especializados), entre as quais encontramos os retículos. A estrutura que se forma é algo semelhante a uma esponja, em cujas trabéculas são encontradas células e fluidos que se movem livremente. Pode ser mielóide, encontrado na medula óssea vermelha e linfóide, encontrado nos órgãos linfóides. Corte de linfonodo, com impregnação por prata, indicando as fibras reticulares (FR). http:/Avww.pucrs.br/fabio/histologia/atlasvirtual 45 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação HI. Tecido Adiposo A. Características gerais O tecido adiposo consiste de um tipo especial de conjuntivo, no qual há o predomínio de células que apresentam depósitos de gordura sob forma de triglicerídeos — essas células são os adipócitos. Os triglicerídeos constituem a principal reserva de energia para o organismo, uma vez que os outros depósitos existentes, nos hepatócitos e músculo esquelético são em forma de glicogênio. Os triglicerídeos são uma fonte de energia mais eficiente, uma vez que fornecem 9,3 kcal/g, contra somente 4,1 kcal/g do glicogênio. Além da reserva de energia, o tecido adiposo localizado logo abaixo da pele também apresenta um papel estrutural significativo, influenciando nas formas e contornos do corpo, e atua ainda como um verdadeiro amortecedor de impacto, como nas plantas dos pés e nas palmas das mãos. O tecido adiposo, como as gorduras não são boas condutoras de calor, também exerce função como isolante térmico do organismo. O tecido adiposo pode ocorrer como células isoladas ou em pequenos grupos em meio ao tecido conjuntivo, por exemplo, no entanto a maior parte deste tecido forma grandes agregados. Formado a partir do tecido conjuntivo reticular, o tecido adiposo pode ser considerado como uma forma especial de tecido reticular. O tecido adiposo se forma a partir de agrupamentos de células do tecido conjuntivo reticular altamente vascularizado, no qual ocorrem depósitos de gordura. A gordura se acumula no interior do citoplasma das células reticulares que posteriormente perdem os prolongamentos citoplasmáticos e se tornam esféricas. Classificação A classificação do tecido adiposo se baseia na função exercida pelo tecido, na sua localização e principalmente pela forma de organização e pigmentação dos 46 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores OQ Portal Educação grânulos de gordura intracitoplasmáticos. Assim sendo encontramos dois tipos diferentes de tecido adiposo: o tecido adiposo branco ou unilocular e o tecido adiposo pardo ou multilocular. B. Tecido adiposo unilocular A célula adiposa deste tecido é de formato esférico ou poliédrico, apresentando a quase totalidade de seu interior ocupado por uma única gotícula de gordura. Desta forma, encontramos o citoplasma e o núcleo deslocados excentricamente, com o citoplasma reduzido a uma fina camada contendo o núcleo achatado. Caracterizado por um rico suprimento sanguíneo, diferencia-se de outros tipos de tecido conjuntivo por apresentar como seu principal componente as células com e por sua escassa quantidade de substância fundamental. Circundando as células encontramos uma densa rede de fibras reticulares. Sua cor varia entre o branco e o amarelo escuro, dependendo em parte da dieta. Essa coloração deve-se principalmente ao acúmulo de carotenóides dissolvidos na gordura. O tecido unilocular é dividido em lóbulos incompletos por septos de tecido conjuntivo, os quais contêm vasos e nervos. Desses septos partem fibras reticulares que vão sustentar as células adiposas. Nos cortes histológicos comuns, cada célula mostra apenas uma delgada camada de citoplasma, como se fosse um anel em torno do vacúolo deixado pela gotícula lipídica removida (pelo álcool e pelo xilol). O tecido adiposo unilocular distribui-se por todo o corpo e seu acúmulo em certos locais depende do sexo, idade e hábitos do indivíduo. Forma o panículo adiposo, camada disposta sob a pele. Este tipo de tecido atua como reserva energética para o organismo, bem como isolante térmico e mecânico (amortecedor de choques mecânicos). O importante papel que o tecido adiposo pode interpretar na economia hídrica de um organismo é bem exemplificado pelas gibas do camelo e dromedário, nos quais o citoplasma das células adiposas é um local de armazenamento de água. A capacidade das células adiposas absorverem água é preservada durante certo tempo após a morte do organismo, um fenômeno mais óbvio nos animais recém 47 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
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