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Estabilidade de Metabólitos de Drogas em Urina por EMIT: Química Analítica e Doping, Notas de estudo de Engenharia Química

Este artigo apresenta um estudo sobre a estabilidade de metabólitos de cocaína, maconha e anfetaminas em urina por emit. O documento aborda as propriedades químicas do analito, a matriz biológica e o material de acondicionamento utilizado, além de discutir os critérios de aceitação e rejeição de amostras em laboratórios de toxicologia. O artigo também inclui informações sobre eventos relacionados à química analítica e doping.

Tipologia: Notas de estudo

2013

Compartilhado em 09/01/2013

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Baixe Estabilidade de Metabólitos de Drogas em Urina por EMIT: Química Analítica e Doping e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Química, somente na Docsity! REVISTA DA FEDERAÇÃO NACIONAL DOS PROFISSIONAIS DA QUÍMICA • NÚMERO SETE • JAN/FEV/MAR 2007 EspEcial A pesquisadora Gisele Tonietto e a Cromatografia Iônica Estabilidade dos metabólitos da cocaína, maconha e anfetaminas em urina por EMIT Química Analítica e Doping: em evolução constante artigo EntrEvista dO [SE Comercialização Divulgação Organização XIV CONGRESSO DE (CARDIOLOGIA + DO RIO GRANDE DO SLiL 51 9952 1513 51 9141 5864 a o COUIMIGA 0 JE No. fa) ii]  QUÍMICAHOJE • Revista da Federação Nacional dos Profissionais da Química • Nº 07 jan-mar 2007 agenda dica de livro O SONHO DE MENDELEIEV: A VERDADEIRA HISTORIA DA QUÍMICA PAUL STRATHERN Jorge Zahar Editora Encontrou um livro interessante? Colabore! Escreva para a QH e tenha sua resenha publicada. 1º Encontro sobrE InovaçõEs tEcnológIcas no sanEamEnto - lodos E odorEs Data: 17 a 19 de abril de 2007/ Porto Alegre/RS Local: Salão de Eventos do Hotel Plaza São Rafael Informações: www.abes-rs.org.br IsnaPol 2007 - 6th IntErnatIonal symPosIum on natural PolymErs and comPosItEs Imc - XI IntErnatIonal macromolEcular colloquIum Data: April 22nd – 25th 2007 Local: Hotel Serrano – Gramado – RS Informações: www.meetings2007.com.br 1st latIn amErIcan PEstIcIdE rEsIduE WorkshoP (laPrW 2007) - PEstIcIdEs In Food and EnvIronmEntal samPlEs Data: 06 a 11 de maio de 2007 Local: Santa Maria - RS Informações: http://www.ufsm.br/laprw2007 21º congrEsso brasIlEIro dE cosmEtologIa Data: 15 a 17 de maio de 2007 Local: Transamérica Expo Center - São Paulo - SP Informações: www.abc-cosmetologia.org.br/ congresso/ II sEmInárIo sobrE tEcnologIas lImPas Data: 20 a 22 de junho de 2007 Local: Campus Central da UFRGS - Porto Alegre - RS Informações: www.abes-rs.org.br Iv WorkshoP dE analIstas dE rEsíduos dE agrotóXIcos do Estado do rs Data: 27 a 29 de junho de 2007 Local: Faculdade de Farmácia da UFRGS Informações: www.ufrgs.br/farmacia/workshop ou agrotoxicos@ageventos.com.br sImPEquI - sImPósIo brasIlEIro dE Educação químIca Data: 09 à 11 de julho de 2007 Local: Fortaleza – CE Informações: www.abq.org.br/simpequi/ cobEq/Ic - vII congrEsso brasIlEIro dE EngEnharIa químIca – InIcIação cIEntíFIca Data: 27 de julho à 01 de agosto de 2007 Local: Universidade Federal de São Carlos – UFSCAR São Carlos - SP Informações: DEQ – UFSCAR; www.ufscar.br/ cobeqic07; cobeqic07@power.ufscar.br XlvII congrEsso brasIlEIro dE químIca Data: 17 à 21 de setembro de 2007 Local: Natal/RN Informações: www.abq.org.br/cbq/ analítIca latIn amErIca Data: 26 a 28 de setembro de 2007 Local: Transamérica Expo Center - São Paulo - SP Informações: www.analiticanet.com.br EnbEq 2007 – XII Encontro brasIlEIro sobrE o EnsIno dE EngEnharIa químIca Data: 30 de setembro à 03 de outubro de 2007 Local: Hotel Fazenda Fonte Colina Verde São Pedro – SP Informações: www.abeq.org.br/enbeq2007.php Depois de buscar a chave da Tabela Periódica dos ele- mentos químicos, Dmitri Mendeleiev caiu adormecido sobre sua mesa de trabalho. O sonho que teve iria mudar radicalmente a maneira como vemos o mundo. O livro conta a história da química desde os gregos, passando pela alquimia até a fissão do átomo. Divulgue seu evento Este espaço está disponível para a divulgação de eventos da área da química ou afins, na sua cidade, instituição ou associação. Envie as informações para a revista através do e-mail quimicahoje@terra.com.br  QUÍMICAHOJE • Revista da Federação Nacional dos Profissionais da Química • Nº 07 jan-mar 2007 Gu ilh er me Co st a entrevista Explique como funciona a análise por Cromatografia de Troca Iônica. Na Cromatografia de Íons, a separação é obtida quando os componentes da amostra são carregados pela fase móvel (ou eluente), migram e interagem com a fase estacionária. A velocidade de migração de um dado com- ponente é função do equilíbrio de distribuição da amostra entre as fases móvel e estacionária. Os componentes que tiverem maior afinidade com a fase estacionária migrarão mais lentamente comparados aos de maior afinidade com a fase móvel. Portanto, a separação resulta de diferentes velocidades de migração como uma conseqüência do equilíbrio de distribuição. O que a difere das outras técnicas de cromatografia existentes? Qual a mais vantajosa? A cromatografia é classificada quanto a sua fase móvel. A cromatografia de íons é um caso específico de cromatografia líquida, onde o fenômeno que rege as interações é a troca iônica. Cada cromatografia tem seu campo de aplicação. Existem informações que só serão adquiridas pela cro- matografia gasosa, assim como outras, que só terão sucesso a partir de diferentes interações, portanto todas as cromatografias podem ser encaradas como técnicas complementares que trarão informações diferentes. O desenvolvimento da cromatografia como ferramenta analítica teve início em 1903, quando Michael Tswett, um botânico russo, descobriu que podia separar pigmentos coloridos de folhas passando uma solução por uma coluna preenchida com partículas de giz absorvente. Como os pigmentos separaram-se por bandas de cores diferentes, Tswett chamou seu novo método de “cromatografia” (chroma: cor e graphos: escrita). Hoje, mesmo indiretamente relacionado à separação por cor, o termo ainda é utilizado. Há quem diga que a Cromatografia de Íons é provavelmente o processo mais antigo de separação e purificação encontrado na literatura, encontrado em uma passagem da Bíblia, quando Moisés passou um tronco decomposto (resina de troca iônica) através de um poço de água salobra no Marah, de forma que a troca iônica fez a água potável. As técnicas de separação estão em constante modernização e o grande desafio para o químico analítico é separar da amostra o analito de interesse, mantendo a integridade química da substância. A química industrial e pesquisadora da PUC/RJ, Gisele Birman Tonietto, que trabalha exclusivamente com cromatografia de íons no Centro de Pesquisas da Petrobrás – Cenpes, conversou com a QH sobre as tendências, vantagens e utilização do método. agilidade na Química Analítica Cromatografia Iônica: Gisele: “Todas as cromatografias podem ser encaradas como técnicas complementares” 7 QUÍMICAHOJE • Revista da Federação Nacional dos Profissionais da Química • Nº 07 jan-mar 2007 Sob que condições a análise de troca iônica é recomen- dada? A CI é recomendada sempre que forem necessárias informações quanto aos íons presentes nas amostras. Por exemplo, na análise de potabilidade de uma água é essencial que sejam conhecidos os teores de sulfatos, cloretos, fluoretos, bicarbonatos, nitratos, sais que bebe- mos todos os dias. A Petrobrás utiliza essa metodologia? Desde quando? Por que essa tecnologia foi adotada? A Petrobras utiliza esta técnica em seu Centro de Pesquisa – Cenpes e em várias unidades de Exploração e Produção, assim como nas Refinarias. Também é utilizada em águas de processo, em efluentes industriais e nas águas produzidas – oriundas do processo de perfuração. Há aproximadamente 12 anos, foram instalados os pri- meiros cromatógrafos iônicos, com o objetivo de agilizar as informações, tanto nas áreas de pesquisa quanto na solução de problemas operacionais. Antes da CI eram feitos ensaios exclusivamente para cada analito, assim tínhamos uma série de ensaios diferentes. Com o advento da CI puderam-se unificar todas as informações e torná-la eficaz com maior agilidade. Qual a tendência da Química Analítica, atualmente? A Especiação Analítica vêm preencher uma lacuna muito importante na Química Analítica e vêm de encontro a uma tendência mundial que é a Química Verde. Ao longo da cadeia produtiva do refino de petróleo, há uma gama de condições físico-químicas que influen- ciam na forma química em que se apresentam os diversos elementos químicos existentes. Evidentemente, estas têm um papel decisivo na interação com os materiais estru- turais e na sua partição entre as fases (orgânica/aquosa, líquida/gasosa, etc). Embora a questão da especiação química possa, à primeira vista, estar ligada apenas às questões ambien- tais, ela está presente na indústria do petróleo em suas diferentes fases de produção. Algumas vezes não a reco- nhecemos como tal, a exemplo do par S-2/SO4-2. Durante todo o processo de refino são utilizados grandes volumes de água ou de soluções aquosas, que dão origem as denominadas “águas de processo”. Atualmente, existe uma grande preocupação quanto à possibilidade de reutilização de determinadas correntes aquosas. Além de influenciar as atividades de manutenção das unidades fabris, muitos elementos possuem seu descarte para o meio ambiente regulamentado. A especiação auxilia trazendo a possibilidade de maior compreensão nos exemplos citados; reuso, corrosão, assim como no tratamento químico do efluente, visando sua adequação à legislação vigente, que será mais eficaz quanto maior for o conhecimento das formas químicas nas quais se apresentam os elementos. Dentre estes, podemos citar: arsênio, selênio, mercúrio e antimônio. O conhecimento em técnicas de separação acoplado a uma gama de detectores hoje disponíveis agrega uma grande versatilidade. Acredito que a hifenação de técni- cas e a junção de conhecimento de diferentes áreas da Química Analítica tragam grandes ganhos. E a tendência específica para a área do petróleo? Será mantida a CI ou acreditas que outras técnicas virão em pouco tempo? Com certeza a CI será uma técnica mantida com mais e mais campos de aplicação, pois a gama de informações com eficiência e eficácia faz com seja uma técnica já consagrada na química analítica. As inovações, provavel- mente, estarão vinculadas às novas resinas e seus grupos trocadores dentro da CI, assim como em agilidade/tempo de análise. Ciências Biológicas - Teoria Evolucionista “desenvolvimento de diferentes dados genéticos em uma sub-popula- ção isolada, distinguindo o indivíduo de sua população original” Definições – IUPAC “Guidelines for Terms Related to Chemical Speciation and Fractiona- tion of Elements. Definitions, Structural Aspects, and Methodological Approaches” (Templeton et al, 2000). Espécies Químicas: forma específica de um elemento definida por sua composição isotópica, eletrônica ou seu estado de oxidação, e/ou estrutura molecular ou do complexo. Especiação Analítica: atividade analítica de identificação e/ou medi- ção de quantidades de uma ou mais espécies químicas individuais na amostra. Especiação de um elemento: distribuição de um elemento entre as espécies químicas definidas, existentes em um sistema. O desenho, desenvolvimento e implementação de produtos químicos e processos para reduzir ou eliminar o uso ou geração de substâncias nocivas à saúde humana e ao ambiente. Os resultados analíticos fornecem informações que possibilitam tomadas de decisão mais precisas em relação aos aspectos toxicológicos e, orientam as estratégias de remediação. O acoplamento de técnicas possibilita a realização de toda a marcha analítica on-line minimizando o uso de reagentes e diminuindo seus rejeitos. CONCEITOS DE ESPECIAçãO QUÍMICA VERDE 10 QUÍMICAHOJE • Revista da Federação Nacional dos Profissionais da Química • Nº 07 jan-mar 2007 estaBilidade dos metaBólitos da CoCaÍna, maConha e anFetaminas em urina Por emit dor Level 0 (negativo); Emit® Calibrador A Level 1 (“cut-off” para anfetaminas e cocaína); Emit® Calibrador Cannabinoid 50 ng (“cut-off” para canabinoides); Emit® Calibrador A Level 2 (high) todos procedência Dade Bering® - Cupertino – CA. Equipamento Automatizado ETS PLUS Syva® - Dade Behring, consignado ao Laboratório de Análise de Emergência do CIT/RS. Fundamento da metodologia de EMIT A metodologia de enzimaimunoensaio (EMIT - Enzyme Multiplied Immunoassay Technique) é de escolha em etapas de triagem para detecção de drogas de abuso em urina. O ensaio consiste em um imunoensaio enzimático homogêneo em que o antígeno (analito) presente na amostra compete com o que está marcado com a enzima glicose 6-fosfato desidrogenase pelos sítios de ligação do anticorpo. Essa enzima requer o co-fator NAD+ que é convertido em NADH quando está na forma livre para reagir com o substrato. À medida que ocorre a reação do anticorpo com o antígeno proveniente da amostra, a atividade da enzima aumenta, provocando um aumento na absorvância que é proporcional à concentração do analito na amostra e é medido espectrofotometricamente (STEWART, 1986; GIL et al., 1999; HINO et al., 2003). Procedimento analítico Inicialmente obteve-se os valores de absorvância de todos os controles no tempo zero, após foram alíquotados, acondicionados em eppendorf e separados em cinco grupos, cada um com controle baixo (CB), controle médio (CM) e controle alto (CA) em triplicata. A estabilidade dos analitos em urina foi avaliada em cinco condições de armazenamento diferentes. Sendo que, após cada condição os controles foram analisados e os resultados comparados com os obtidos nas análises relativas ao tempo zero. • Após ciclos de congelamento e descongelamento: os controles foram armazenados em freezer a –18 °C por 24h. Sendo então submetido ao descongelamento a 37 °C. Quando completamente descongelados, foram novamente congelados a –18 °C por 24h. E assim sucessivamente, até contemplar três ciclos. • Curta duração: os controles foram mantidos a tempera- tura ambiente (entre 20 – 25 oC) por 6, 24, 48 e 72h. • Longa duração sob refrigeração: os controles foram armazenados entre 2 – 8 °C por 5, 15 e 30 dias. • Longa duração em freezer: os controles foram armaze- nados a < -18 °C por 5, 30, 90 e 180 dias. • Pós-processamento: os controles foram colocados em banho-maria 37 °C por 2h. RESULTADOS As amostras de urina com metabólitos da cocaína, maco- nha e anfetaminas foram consideradas estáveis quando não se observou desvios superiores a 20% do valor obtido no tempo zero para as de concentração baixa e desvios superiores a 15% para concentrações média e alta. As diferenças obtidas nas análises dos controles (CB, CM e CA) após três ciclos de congelamento e descongelamento (-18 °C e 37 °C, respecti- vamente) foram < 12,5% (Figura 1); após permanecerem à temperatura ambiente (20 – 25 °C) por 72h < 6% (Figura 2); após serem submetidas à temperatura de 37 °C por 2h < 7,5% (Figura 3); após serem submetidas à refrigeração (2 – 8 °C) por até 30 dias < 16% (CB) e < 12% (CM e CA) (Figura 4) e após serem congeladas (-18°C) por até 360 dias < 15% para cocaína e anfetaminas e para maconha a estabilidade é de apenas 90 dias, pois para 180 dias os valores obtidos foram maiores que 20% (CB) e 15% (CM e CA) (Figura 5). Figura 1: Representação gráfica dos resultados obtidos nos estudos de estabilidade após três ciclos de congelamento e descongelamento (-18 °C e 37 °C, respectivamente). Variação aceitável para CB até 20% e para CM e CA até 15% do valor obtido no tempo zero. Figura 2: Representação gráfica dos resultados obtidos nos estudos de estabilidade de curta duração a temperatura ambiente (20 – 25 °C) por 6, 24, 48 e 72h. Variação aceitável para CB até 20% e para CM e CA até 15% do valor obtido no tempo zero. 11 QUÍMICAHOJE • Revista da Federação Nacional dos Profissionais da Química • Nº 07 jan-mar 2007 CONCLUSÕES As amostras de urina contendo metabólitos da cocaína, maconha e anfetaminas mostraram-se estáveis para todas as condições de tempo e temperatura adotados neste trabalho, com exceção do D9 tetra-hidrocanabinol o qual é estável por apenas 90 dias a –18ºC. Este estudo tem especial interesse na concentração do controle médio por se tratar do valor de corte “cut-off”, ou seja, valor determinante para uma análise ser considerada positiva ou negativa, o qual é de interesse para as análises toxicológicas de emergência, forense e anti-doping. Estes resultados permitem uma análise crítica no recebimento e armazenamento das amostras de urina garantindo a confiabilidade na integridade das amostras e, também, podem ser usados para o preparo de controles internos de qualidade para o laboratório. REFERÊNCIAS BRASIL, Ministério da Saúde. ANVISA. Resolução - RE n°899, de 29 de maio de 2003. Determina a publi- cação do “Guia para validação de métodos analíticos e bioanalíticos”. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2 jun. 2003. Disponível em: http://www.anvisa.gov. br/legis/resol/2003/re/899_03re.htm. Acesso em: 4 dez. 2006. _____. _____. _____. Resolução – RE nº 560 de 2 de abril de 2002. Determina a publicação do “Guia para realização dos estudos de estabilidade”. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 03 abr. 2002. Disponível em : http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2002/560_02re. htm. Acesso em: 4 dez. 2006 COSTA, J.L. da. Estudo da Estabilidade [mensagem pes- soal]. Mensagem recebida por vivisebben@yahoo.com. br em 4 ago. 2004. GIL, E.S., KUBOTA. L.T., YAMAMOTO, Y.I. Alguns aspectos de imunoensaios aplicados à química analítica. Química Nova, 22(6): 874-881, 1999. HINO, Y., OJANPERA, I., RASANEN, I., VUORI, E. Per- formance of immunoassays in screening for opiates, cannabinoids and amphetamines in post-mortem blood. Forensic. Sci. Int., 131:148-155, 2003. STEWART, M.J. Immunoassays. In: Moffat, A.C., Jackson, J.V., Moss, M.S., Widdop, B. (editors); Clarke’s isolation and identification of drugs, London. The Pharmaceutical Press, 1986. p. 148-159. Figura 5: Representação gráfica dos resultados obtidos nos estudos de estabilidade de longa duração em freezer (-18 °C) por 5, 30, 90, 180, 270 e 360 dias. Variação aceitável para CB até 20% e para CM e CA até 15% do valor obtido no tempo zero. Figura 3: Representação gráfica dos resultados obtidos nos estudos de estabilidade pós-processamento a 37°C por 2 h. Variação aceitável para CB até 20% e para CM e CA até 15% do valor obtido no tempo zero. Figura 4: Representação gráfica dos resultados obtidos nos estudos de estabilidade de longa duração sob refrigeração (2 – 8 C) por 5, 15 e 30 dias. Variação aceitável para CB até 20% e para CM e CA até 15% do valor obtido no tempo zero.v estaBilidade dos metaBólitos da CoCaÍna, maConha e anFetaminas em urina Por emit 12 QUÍMICAHOJE • Revista da Federação Nacional dos Profissionais da Química • Nº 07 jan-mar 2007 1 QUÍMICAHOJE • Revista da Federação Nacional dos Profissionais da Química • Nº 07 jan-mar 2007 aos valores do esporte. Quando duas destas três condições estão presentes, o resultado é definido como positivo. A urina e o plasma são as matrizes mais utilizadas para a detecção dos fármacos. O sangue e cabelo também são opções, entretanto, a urina é preferencial, pois a coleta não é um método invasivo, além de ter o volume suficiente para permitir a análise de variadas classes de substâncias. De acordo com o médico do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Eduardo De Rose, a análise através do sangue está começando a ser feita, mas o número de resultados positivos ainda é baixo em relação à agressão dos métodos de coleta, por isso, diferentemente das olimpíadas e jogos de inverno, no Pan a matriz utilizada será apenas a urina. “O latino e o negro são bem mais preocupados em ‘tirar sangue’ do que o nórdico. Não nos interessa traumatizar”, explica. Em eventos internacionais, após a competição ou a determinação, o atleta selecionado para o controle recebe a notificação dada por uma escolta. Para evitar fraudes, a partir deste momento uma pessoa é designada a ficar “ombro a ombro” com o escolhido e deve acompanhá-lo, no prazo máximo de uma hora, até a sala de espera. A coleta da urina é acompanhada pelo Oficial de Controle de Dopagem, para evitar qualquer tipo de fraude. O método clássico utiliza o cromatógrafo, que pode ou não ser acoplado a um espectômetro de massa. As análises de um laboratório de controle de dopagem são divididas em dois grupos: as que são realizadas a partir de procedimentos de triagem (a maioria das análises) e as que são feitas seguindo procedimentos descritos nos métodos de confirmação. Os métodos de triagem foram desenvolvidos a fim de rastrear a maior gama possível de compostos dentro de uma classe específica de agentes considerados proibidos. Como as classes de compostos diferem quimicamente entre si, nenhum procedimento é idêntico a outro. Quando há a presença de um com- posto proibido, a amostra suspeita deve ser reextraída e reanalisada para a confirmação. Após confirmada a presença do fármaco na urina, o laboratório comunica o fato ao órgão competente e aguarda a solicitação para a realização da contra-prova. A intencionalidade do doping, em caso de resultado analítico adverso, não é questionada e inexiste como justificativa nos tribunais internacionais – mesmo sem a intenção, o atleta será punido se a substância for encontrada no seu organismo. Como no caso da saltadora Maurren Higa Maggi, de 30 anos, expulsa do atletismo em 2004 pela Federação Internacional das Associações de Atletismo (IAAF) por causa de uma pomada cicatri- zante, usada após a depilação a laser. De Rose explica: “A Maurren é uma atleta excelente. Antes do Pan fez uma depilação e a dermatologista usou pomada cicatrizante que continha um anabólito esteróide, o clostebol. Ela foi julgada no Brasil e inocentada. Como a nossa legislação é diferente da internacional, ainda assim, ela acabou suspensa por dois anos, sem competições”. Substâncias A Agência Mundial Antidoping lançou uma lista de Substâncias e Metódos Proibidos a fim de definir o que pode ou não, ser usado pelos atletas. Dentre as substân- cias dopantes podem ser encontrados os estimulantes (que visam diminuir a sensação de fadiga); narcóticos analgésicos (aliviam a dor), diuréticos (auxiliam na perda de peso), esteróides anabolizantes (aumenta a massa muscular), hormônios peptídicos e análogos (fixação da proteína no organismo) e os betabloquadores (diminui- ção dos batimentos cardíacos). Além disso, as chamadas “drogas sociais” como a maconha e o álcool também são O médico Eduardo de Rose proibidas (mesmo não aumentando a performance do atleta, é contra os princípios éticos do esporte) Dados recentes da AMA apontam os anabólitos esteróides como a substância encontrada em maior por- centagem nas análises com resultados adversos : 43,4%. Seguido pelos beta-2 agonistas (usado normalmente para combater a asma), com 14,2% e os estimulantes, com 11,7%. Para De Rose, o perigo iminente é sempre o agente encontrado em maior quantidade, pois signi- fica que está sendo utilizado por um grande número de pessoas. Saúde Cada substância tem uma ação diferente no orga- nismo humano, de acordo com a variação de sexo e idade. Ainda assim, de acordo com De Rose, o competidor não leva em consideração os efeitos nocivos. “O atleta é um ser diferente, não se preocupa com o prejuízo que possa ter num futuro próximo, ele quer é ganhar a prova. A sua entourage [pessoas que os cercam] também pensa assim”, avalia. Ca mi la Va rG as 1 QUÍMICAHOJE • Revista da Federação Nacional dos Profissionais da Química • Nº 07 jan-mar 2007 Com o aumento do nível de exigência e preocupação da sociedade, a padronização e aplicação de normas nos processos produtivos se tornaram fundamentais. Com o credenciamento, as organizações estarão em condições favoráveis para superar possíveis barreiras e ganhar a credibilidade do consumidor do produto ou serviço. Nesse contexto, a aplicação da norma internacional ISO/IEC 17025 nos laboratórios é de grande relevância, pois é ela quem especifica os requisitos gerais para a competência em realizar ensaios e/ou calibrações, incluindo a amostragem. De acordo com a coordenadora do comitê executivo da Rede Metrológica RS, Maria Teresa Raya-Rodriguez os laboratórios têm se mostrado bastante receptivos na adoção da qualidade nos ensaios. “Há uma tendência crescente de clientes buscarem laboratórios com con- fiabilidade analítica para executar seus serviços. Isto é expresso, por exemplo, em processos licitatórios por parte de organizações que têm sistema de qualidade implantado”, explica. Para o químico Ademar de Bernal Baldi, chefe do Departamento de Controle Técnico e Ensaios do Sitel - Sistema Integrado de Tratamentos de Efluentes Líquidos, órgão estadual que busca a ISO 17025, em Porto Alegre (RS), o maior desafio está no início do processo, quando é preciso transmitir a “cultura da qualidade” ao grupo de trabalho. “Quando decidimos pela padronização, tínhamos que adequar nosso sistema administrativo-organizacional. Estamos em fase final de modificação de infra-estrutura, o próximo passo será o credenciamento”, prevê. O resultado da mudança é facilmente percebido: a atualização freqüente das metodologias, a adequação do espaço físico, o treinamento do pessoal e a implantação de controles inter e intralaboratoriais. “Este sistema de qualidade permite comprovar a clientes externos e internos a competência na realização do ensaio que está sendo avaliado. A prática da qualidade leva à busca pela melhoria contínua em um laboratório de ensaios”, finaliza Rodriguez. No caso dos anabólitos, por exemplo, a utilização no organismo masculino gera uma competição com a produ- ção testicular do hormônio. “O testículo tem um meca- nismo de controle – em caso de excesso de determinada substância, ele cessa a produção. Drogas sintéticas não substituem os hormônios na esfera sexual”, explica De Rose. Dessa forma, haverá a diminuição do testículo, do pênis, azoespermia (diminuição da produção de esperma), aumento das mamas. “É quando o hormônio feminino começa a superar o masculino no organismo”, completa. Também ocorrem modificações de pele, queda de cabelo, acne, alteração da circulação, aumento de pressão arterial, infarto de miocárdio precoce, alterações hepáti- cas e de colesterol. Além das complicações psicológicas. De Rose lembra também que os usuários de anabólitos tendem ao suicídio e ao comportamento associal freqüen- temente. No organismo feminino há a modificação da voz, ame- norréia (ausência de menstruação), diminuição dos seios e uma redistribuição da gordura corporal (as formas são masculinizadas). Nos adolescentes, o problema se agrava com a consolidação da cartilagem de crescimento. Uma das substâncias com maiores dificuldades de detecção é o hormônio de crescimento, muito usado em adolescentes nas categorias “juvenis”. “O teste é feito no sangue e só conseguimos detectar se for feito logo após a utilização”, explica De Rose. Doping Genético A busca pelo corpo perfeito, que quebra recordes e acumula vitórias, faz com que as substâncias e técnicas de doping estejam sempre em evolução. Dessa maneira, as alterações genéticas são tidas como o “doping do futuro”. Super-ratos, mais fortes e velozes, que correm até o dobro do rato normal. Bois com mais massa muscular. A pesquisa em animais têm se mostrado avançada , e, acredita-se que o que está sendo feito agora, poderá ser usado em humanos, através da terapia gênica com um fim não tão nobre. “Como pode ser feito em ratos e bois, imaginamos que logo será utilizado em atletas. Já existem pesquisadores adeptos da teoria de que, em Pequim, na próxima Olimpíada serão identificadas alterações genéti- cas”, prevê De Rose. Os fármacos usados hoje como doping surgiram como medicação para quem tem problemas de saúde, logo, a previsão de especialistas na área é de que o atleta vai utilizar a genética para iludir o controle antidoping. A AMA deixa claro em seu manual que o uso não terapêu- tico de células, genes, elementos genéticos, que tenham a capacidade de aumentar o desempenho do atleta é expressamente proibido. Padronização e a ISO/IEC 17025 Saiba mais http://www.wada-ama.org/en/ http://www.cob.org.br/ http://server2.iq.ufrj.br/ladetec/ 17 QUÍMICAHOJE • Revista da Federação Nacional dos Profissionais da Química • Nº 07 jan-mar 2007 Hemodiálise A vida de uma pessoa que possui insuficiência renal crônica depende da hemodiálise para continuar existindo. A necessidade de filtrar o sangue – trabalho que um rim sadio faria – fica a cargo de um aparelho, que expõe os pacientes em tratamento a volumes de água que variam de 18 a 36 mil litros por ano. Por isso, se essa água não for corretamente tratada, contaminantes químicos, bacteriológicos e tóxicos poderão ser transferidos para o paciente, causando doenças e até mesmo a morte. Para controlar a qualidade do insumo princi- pal da diálise, a água utilizada nas sessões, a clínica de hemodiálise tem a opção de contratar um laboratório de análi- ses químicas, cuja competência estará em realizar exames diá- rios, mensais e semestrais na água. Além disso, é recomen- dável que a clínica disponha de um sistema de depuração da água. Nesse sentido atua a chamada osmose reversa, um equipamento que tem a função de purificar a água vinda da rede pública. – Esse processo tem a pro- priedade de remover íons, sais, metais, ou seja, ele retém com- ponentes que vêm na água e que não interessam para a hemodiá- lise, explica o químico Marcelo Leal, responsável técnico do Laboratório Quimioambiental, de Porto Alegre (RS), que moni- tora a água de sete clínicas de hemodiálise. A participação do químico está relacionada ao monitora- saúde segura da qualidade da água Hemodiálise depende déBora Cruz deborascruz@hotmail.com
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