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Guias e Dicas
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Livro de estagio idosos, Manuais, Projetos, Pesquisas de Enfermagem

livro de estagio com patologias e alteraçoes mais frequentes nos idosos

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2010
Em oferta
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Compartilhado em 19/05/2010

marta-sofia-sousa-4
marta-sofia-sousa-4 🇧🇷

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Baixe Livro de estagio idosos e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Enfermagem, somente na Docsity! 1 ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM S. FRANCISCO DAS MISERICÓRDIAS XVI CURSO DE LICENCIATURA EM ENFERMAGEM 2ºANO 1º SEMESTRE Livro de estágio: Ensino clínico de Cuidados à Pessoa Idosa Elaborado por: Andreia Batista Marta Sousa Lisboa Janeiro de 2010 2 ÍNDICE 1. Processo de Enfermagem___________________________________________________ 1 2. Sinais Vitais______________________________________________________________ 3 2.1. Tensao arterial_________________________________________________________3 2.2. Temperatura__________________________________________________________ 4 2.3. Frequência cardíaca_____________________________________________________7 2.4. Frequência respiratória__________________________________________________8 2.5. Dor_________________________________________________________________11 3. Valores Laboratoriais______________________________________________________ 13 4. Glicémia_________________________________________________________________16 5. Velhice/Envelhecimento___________________________________________________ 16 6. Crenças /valores, atitudes/comportamentos em relação à velhice_________________ 17 7. Alterações biológicas do processo de envelhecimento___________________________ 17 8. Fragilidade e vulnerabilidade da pessoa idosa__________________________________24 9. Institucionalização/hospitalização do idoso____________________________________26 10. Hidratação_______________________________________________________________27 10.1. Hidratação no idoso______________________________________________28 10.2. Desidratação___________________________________________________ 29 10.3. Hiperhidratação_________________________________________________30 11. Alimentação no idoso______________________________________________________30 12. Mobilidade da pessoa idosa_________________________________________________33 13. Quedas e a pessoa idosa___________________________________________________ 38 13.1. Escala de risco de quedas (J.H. Downton,1993)________________________ 41 14. Higiene e conforto no idoso_________________________________________________42 14.1. Cuidados de higiene e banho em utente acamado______________________46 14.1.1. Lavagem da cabeça______________________________________________46 14.1.2. Higiene oral____________________________________________________46 14.1.3. Higiene no leito_________________________________________________47 14.1.4. Higiene íntima__________________________________________________49 14.1.5. Banho parcial___________________________________________________49 15. Vestir e despir no idoso____________________________________________________49 16. Dormir e repousar no idoso_________________________________________________51 17. Eliminação vesical e intestinal no idoso_______________________________________54 18. Doenças no idoso_________________________________________________________ 55 18.1. Sistema cardiovascular____________________________________________56 18.1.1. Aterosclerose___________________________________________________56 18.1.2. Enfarte do miocárdio_____________________________________________57 18.1.3. Insuficiência cardíaca_____________________________________________60 18.2. Sistema digestivo________________________________________________63 18.2.1. Esfófago_______________________________________________________ 63 18.2.2. Estômago______________________________________________________ 64 18.2.3. Intestino_______________________________________________________64 18.2.4. Fígado_________________________________________________________64 18.3. Sistema respiratório______________________________________________65 5  Existe algum factor que contribuía para o desenvolvimento de úlceras de pressão? 3. Padrão Eliminação Características da urina normais?  Tem algum problema de micção fora do padrão normal?  Utiliza algum sistema de ajuda? (algália, sonda externa, cueca protectora)  Características das fezes normais? (cor, consistência, cheiro…)  Hábitos de eliminação normais? Qual a hora que costuma evacuar?  Utilização de laxantes para facilitar a evacuação? 4. Padrão de Actividade – Exercício Como se mobiliza? Levanta-se da cama?  Consegue cuidar-se sozinho? A que horas gosta de realizar a sua higiene?  Como se alimenta? Ingere muitas proteínas? Reforço proteico? Utiliza meios auxiliares de marcha? (andarilho, bengala, tripé, “parede”) Tem alguma limitação que não lhe permita mover-se?  Precisa de ajuda para que actividades? O que consegue fazer sozinho?  O que costuma fazer durante os seus dias?  Actividades de relaxamento? Quais?  Actividades de divertimento? 5. Padrão Sono – Repouso  Número de horas que dorme diariamente?  Faz períodos de relaxamento ao longo do dia? Duração? Tem sinais de privação de sono? (conjuntivas vermelhas, bocejos frequentes,dificuldades de concentração)  Observar as áreas onde dorme (temperatura adequada, área limpa, tranquila…)  Tem dificuldade em adormecer? Consegue dormir bem, ou existe algo que o incomode? 6. Padrão Sensorio – Perceptivo  Problemas de visão? Usa óculos?  Utiliza aparelhos auditivos? Tem algum deficit sensorial? É capaz de ler e escrever? 7. Padrão Cognitivo – Perceptivo  Nível de escolaridade.  De que forma é que a família gosta aprender? (ler, ver televisão, cursos) Tem problemas de memória? 8. Padrão Auto – Percepção / Auto – Conceito  O que é que o mais o preocupa?  Descrição geral (triste, alegre, feliz, depressivo, ansioso, relaxado…) Como se descreveria a si mesmo? 9. Padrão Participação – Relacionamento  Como é a relação entre os membros da instituição? 6  Problemas de relacionamento?  Descrição dos recursos (financeiros, suporte da família…)  É costume receber visitas da sua família?  Para si é muito importante a visita destes? Sente-se bem com estas companheiras de quarto? Dão-se bem? 10. Padrão Sexualidade – Reprodução  Utilização de métodos contraceptivos? Quais? Tem sintomas de menopausa/andropausa?  Em relação à sua sexualidade, sente que foi muito afectada pelo seu processo de envelhecimento? 11. Padrão de Adaptação – Tolerância ao Stress Como toma as suas decisões? (sozinho, com ajuda de quem?)  Quais as principais fontes de stress?  Estratégias de coping utilizadas?  Sofreu alguma perda nos últimos tempos?  Que membros exteriores (amigos, família, grupos de suporte…) o ajudam aultrapassar situações de stress?  O que é que gostaria de mudar na sua vida?  Como se sente, gostaria de viver noutro sítio? Que mudanças desejaria? 12. Padrão Crenças – Valores  O que é que considera mais importante na sua vida?  Tem alguma religião? Qual?  Pratica actividades religiosas?  Dá importância às épocas festivas? (Natal, Páscoa…)  Têm artefactos e símbolos religiosos? Estes são muito pertinentes para si? b)Diagnóstico de Enfermagem c)Planeamento d)Implementação e)Avaliação 2. Sinais Vitais Objectivos da avaliação dos sinais vitais:  Conhecer as carcaterísticas, fisiológicas do utente;  Conhecer alterações funcionais;  Colaborar na concretização de um diagnóstico clínico;  Estabelecer um plano de Cuidados de Enfermagem;  Avaliar a evolução do estado de saúde/doença; 2.1. Tensão arterial É a pressão ou força exercida pelo sangue, contra as paredes das artérias nas diferentes fases da circulação. 7 Depende de factores: 1- Força de contracção do ventrículo, transmitida ao sangue dirante a sístole 2- Resistência e característica dos vasos à passagem do sangue e aos mecanismos de vasodilatação e vaso-constrição 3- Quantidade e características do sangue circulante, volume sanguíneo e viscosidade ou fluidez do mesmo. À medida que vamos envelhecendo, o sangue fica msi viscoso relacionado com a falta de água devido à perda do paladar. Recém-nascido M=60mm/Hg m=20mm/Hg M=120mm/Hg m=70mm/Hg  Em Portugal, sendo um de nós um país de obesos,diabéticos, a Associação Portuguesa de Cardiologia, diz que a maioria do nosso população é de risco: M= 145mmHg; m=90 mmHg  O.M.S. considera Hipertensão a partir de valores: M= 160 mmHg e m=95mmHg Alterações dos valores da TA Valores da T.A são menores Valores da T.A são elevados < idade Hora do dia (á tarde) Hora do dia (manhã) Sexo (masculino) Refeições (em jejum) Refeição Posição(decúbito dorsal e sentado) Medo Excitação Ira Exercício físico  A tensão sistólica corresponde ao ponto em que o sangue consegue passar pela artéria, apesar da pressão exercida sobre ele pela braçadeira.  A tensão diastólica corresponde à passagem livre do sangue na artéria braquial, e equivale à pressão normal constantemente exercida sobre as paredes vasculares quando o coração está em repouso. 2.2. Temperatura Grau de calor mantido pelo corpo; é o equilíbrio entre o calor produzido e o calor perdido. Termólise: regulação física do calor perdido; Termogénese: regulação química da produção de calor Contra-indicações da avaliação da temperatura bucal:  Dificuldade em respirar pelo nariz  Crianças pequenas  Adultos inconscientes ou com perturbações de comportamento  Ingestão de alimentos e bebidas quentes ou frias  Náuseas e vómitos  Intervenção cirúrgica à face e boca 10 mais se necessário, para que se normalize a circulação nesta zona. A aplicação do gelo prolongada pode originar casos de gangrena REGISTOS:  Hora e duração da aplicação  Local  Reacção do doente 2.3. Frequência cardíaca  É a dilatação e contracção alternadas de uma artéria, quando a onda sanguínea é impedida através dela, pela contracção do ventrículo Esquerdo.  Avalia-se através da sensação táctil colhida, quando comprimimos a artéria. E informa-nos sobre: actividade cardíaca;características das artérias volume do sangue circulante. Características do Pulso:  Frequência nº de pulsações por minuto;  se esse valor estiver acima do normal- Taquicárdia;  se estiver abaixo do normal-Braquicárdia.  Ritmo intervalos regulares entre cada batimento- pulso rítmico; intervalos irregulares- pulso arrítmico  Volume ou amplitude- quantidade de sangue circulante e é designado por : cheio, fino ou filiforme  Tensão ou resistência-resistência dos vasos à passagem do sangue e é designado por:  Tenso#hipotenso  Duro#elástico Tabela de valores RN e lactentes 130 a 140p/m Crianças 90 a 140 p/m Crianças escolar 75 a 100 p/m Adolescente 60 a 90 p/m Mulheres 70 a 80 p/m Homens 60 a 80 p/m Alterações dos valores da FC Valores da F.C. são menores (mas dentro dos valores normais) Valores da F.C. são maiores (mas dentro dos valores normais) Sono Após o banho Repouso Após as refeições copiosas Pessoas altas e magras Após o exercício físico Após as emoções Perante situações dolorosas 11 Hipertermia Pessoas corpulentas Artérias mais frequentes para a avaliação do pulso:  Temporal  Carótida  Braquial  Radial  Cubital Auto-avaliação  Femural(inguinal)  Popliteia  Dorsal do pé  Tibial Hetero-avaliaçãoradial e carótida Caracterização das arritmias:  Pulso intermitente- período de ritmo normal, com períodos de ritmo desigual  Pulso Bigeminado- uma pulsação normal seguida de uma mais pequena a que se dá a nome Caracterização da variação da amplitude:  Pulso fino ou filiforme- O volume é pequeno, a artéria oblitera-se com facilidade e sente-se como um fio, às vezes apenas uma vibração Caracterização da variação da tensão:  Pulso elástico- á palpação as artérias são elásticas, lisas e arredondadas  Pulso hipotenso- artérias moles ao serem comprimidas; são obstruídas com facilidade de modo a não ser possível contar batimentos  Pulso hipertenso- palpa-se a artéria rija, dura. Às vezes torturosa. 2.4. Frequência respiratória É uma função vital, um fenómeno biológico que compreende a respiração pulmonar Os factores que regulam e mantém a respiração rítmica são:  Centro respiratório(SNC)  Fibras nervosas do sistema nervoso Autónomo  Composição química do sangue Estes factores respondem às necessidades das células em matéria de ܱଶ e de eliminação de anarido carbónico 12 Apneia Períodos sem respiraçao com duração sup a 15 s Bradipneia Inf a 10 ciclos por min Taquipneia Sup a 35 cilos por min Eupneico 16 -20 ciclos por min Factores desencadeantes Hemoglobina baixa Intoxicação por gás Grandes altitudes Obstrução das vias aéreas Choque Atalectasias Factores desencadeantes Atalectasias DPCO Factores desencadeantes Ansiedade Hipertermia Infecções Sinais e sintomas Tonturas Desorientação Cefaleias Convulsões Letargia Coma Sinais e sintomas Taquicardia Dor torácica Tonturas Consiste na oxigenação inadequada dos tecidos a nível celular. Resulta de uma dificiencia de fornecimento ou utilização de O2 a nível celular. Ocorre quando a ventilação não é adequada para satisfazer as necessidades orgânicas do organismo e há acumulação de CO2 Aumento da frequência respiratória, que resulta da eleiminação excessiva de CO2. Hipoxia Hipoventilação Hiperventilação Apnêusico aumentada Briot variável Cheyne-Strokes variável Kussmaul Geralmente sup a 35 ciclos Hiperpneia 16 a 20 ciclos por minuto 15  Segundo a intensidade, a frequência, as dores podem classificar-se do seguinte modo: - Leve a moderada: são dores que ocorrem em períodos espaçados no tempo e desaparecem normalmente após a toma de analgésicos simples - Aguda: dor súbioita e temporária, actua como um sintoma de que algo pode não estar bem no organismo. Esta , é a dor mais tratada; - Neuropática: originada a partir de uma lesão no sistema nervoso; - Crónica: a sua duração supera normalmente um mês e permanece, em regra, após a cura da lesão que a provocou. Neste tipo de dor, distinguem-se dois tipos: - Somática: que afecta os ossos, músculos e ligamentos - Visceral: que afecta sobre os órgãos internos Intervenções de enfermagem no idoso com dor:  Escutar atentamente quando o utente fala da sua dor;  Favorecer a expressão de sentimentos;  Permitir que fale da intensidade da dor e do modo como a tolera;  Asseguar que as perguntas que lhe faz, são no sentido de compreender a sua dor, e não porque duvide que não seja real;  Explicar “se possível” as causas da dor que sente;  Verbalizar compreensão e aceitação pela reacção à sua dor;  Reconhecer o seu sofrimento;  Proporcionar técnicas de relaxamento explicando que estas aumenam a eficácia dos medicamentos;  Atenuar ou eliminar os factores que aumentam a dor;  Aliviar a dor antes do utente, a manifestar;  Avaliar os sinais vitais antes da administração dos analgésicos;  Administrar analgésicos prescritos;  Informar se possível quanto tempo a dor vai durar ou quanto tempo o medicamento leva a agir;  Promover um ambiente calmo e relaxante e dar apoio;  Observar o utente de 30 em 30’ após administração de um analgésico para avaliar a sua eficácia;  Explicar os efeitos secundários(sonolência) que o medicamento pode provocar nos primeiros 2-3 dias;  Se a sonolência se mantiver, comunicar ao médico, para diminuir um pouco a posologia;  Fornecer sempre informações exactas e precisas;  Analisar com o utente as causas do seu medo;  Fornecer informação para que cesse de ter medo;  Explicar a diferença entre a tolerância medicamentosa e a depenências;  Ajudar o utente a ultrapassar o medo e a dominar a dor;  Dar a possibilidade de o utente ficar só e viver a dor à sua maneira, se esse for o desejo; 16  Tomar medidas que permitam o repouso (durante as horas em que a dor é menos forte);  Perguntar ao médico se é conveniente aumentar a dose de analgésico ao deitar;  Procurar com o mmédico intervenções que possam debelar a dor(mudar o medicamento, aumentar a dose, diminuir o inetrvalo entre as tomas).  Ajudar o utente a encontrar meios de alívio da dor;  Relaxação: o Ensinar técnicas que atenuem a dor e reduzam a tensão músculo- esquelética; o Explicar o efeito terapêutico da diversão de outros métodos de alívio da dor; o Utilizar a musicoterapia; o Ensinar em situação de dor aguda a seguinte técnica: contar em voz baixa, ou contar mentalmente os objectos representados numa imagem, ou concentrar-se no ritmo da sua respiração, ou ouvir música e aumentar o volume, quando a intensidade da música aumentar; o Dizer ao utente que utilize uma só técnica de relaxação de cada vez (repiração profunda); o Proporcionar descontracção muscular quer através do banho quente, quer através da massagem; o Apoiar a região dolorosa com almofadas; o Utilizar frio ou euente segundo o tipo de dor (tendo presente que o idoso tem a sensibilidade diminuída, logo é necessário uma maior vigilância); o Identificar com o utente activdiade que o distraiam; o Ajudar a família a reagir de modo construtivo perante a dor do utente; o Avaliar os conhecimentos da família sobre a dor e a sus reacção à dor do familiar; o Rectificar noções erradas e fornecer informações precisas e objectivas; o Permitir que a família expresse os seus medos e angústias. o Solicitar à família que aplique medidas de alívio da dor ao seu familiar (massagem por ex.); o Felicitar os membros da família pela sua implicação. 3. Valores Laboratoriais Sódio 135-145 mmol/l Função: O elemento mineral mais frequente no espaço extracelular; catião determinante para a pressão osmótica existente no espaço extracelular. ↓Hiponatrémia- vómitos, diarreia, aspiração prolongada do suco gástrico, insuficiência cardíaca, cirrose hepática, insuficiência renal, alguns diuréticos. ↑Hipernatremia- diarreia, febre ou sudorese com aporte de líquidos insuficiente, diabetes insípida Potássio 3.6-4.8mmol/l Função: o elemento mineral rpesente em maior quantidade nas células; o ião mais importante para ↓Hipocaliémia- perdas renais, diuréticos, corticóides, síndrome de Cushing, hiperaldosteronismo, perdas digestivas, diarreia, vómitos, 17 desencadear os potenciais de acção e de repouso ao nível das células nervosas; essencial para a absorção da insulina nas células fístulas, laxantes. ↑Hipercaliemia- redução da eliminação renal, insuficiência renal, diuréticos poupadores de potássio, insuficiência do córtex supra-renal, hemólise maciça- Hemograma Eritrócitos 4.6-6.2*10^12 ↓-6 horas após uma hemorragia aguda e em todas as causas de anemia ↑- desidratação, insuficiência respiratória crónica, doença da altitude, alguns tratamentos hormonais, poliglobulia e trombocitémia Leucócitos 4.5-11-0*10^9 Função: Defesa do organismo, contra invasores ↑-em infecções ↓-pancitopénia, leucopénia, radioterapia, quimioterapia, aplasia medular. Hematócrito+ Hemoglobina M-36-46% H-42-52% Função: percentagem dos elementos sólidos do sangue em relação à percentagem líquida(plasma) ↓-em anemias e hiperhidratação ↑- na desdratação,pologlobulia e policitemia Velocidade de sedimentação M- 5-15mm/1ªh H-3-10mm/1ªh ↓-trombocitose e poliglobulia, insuficiência cardíaca, alergia ↑-infecções(sobretudo bacterianas), inflamações, necroses, choque, pós- operatório, anemia, tumores, gravidez. Muito aumentada- mieloma múltiplo, insuficiência Ureia 10-50mg/dl ou 2-8 mmol/l Função: produto da degradação final do metabolismo proteico da eliminação renal ↑Hiperuremia- todas as causas de aumento da creatinina, aumento da degradação proteíca. Creatinina M-0.47-1.17 mg/dl ou 42- 103 micromol/l H-0.55-1.36 mg/dl ou 49-120micromol/l ↑Hipercreatinémia- insuficiência renal crónica (mas apenas a partir de uma redução de 50% da capacidade do rim), insuficiência renal aguda, destruição muscular aguda. Ácido úrico Sangue: M: 2.3- 6.1mg/dl H:3.6-7.0 mg/dl Urina: < 800mg/24h Função: produto da degradação final do metabolismo das purinas ↑Hiperuricemia- gota, leucemias (aumento da destruição celular), insuficiência renal, diabetes, jejum, álcool, alguns medicamentos. Glicémia 60-120 mg/dl ou 3.0-5.6 mmol/l Função: afonte de energia mais importante do organismo ↓Hipoglicémia- fome, má absorção, tumores, álcool, sobredosagem de antidiabéticos ou insulina ↑Hiperglicemia- Diabetes, síndrome de Cushing, feocromocitoma, enfarte do miocárdio, alguns medicamentos, diuréticos, corticóides e pilula. Leucócitos Neutrófilos 59% Função: fagocitose e destruição de microorganismos e outros corpos estranhos ao organismo ↓- infecções virais e algumas infecções bacterianas (tifo), alguns medicamentos, aplasia medular, 20 6. Crenças/valores, atitudes/comportamentos em relação à velhice As atitudes estão ligadas às crenças e parecem influenciar os comportamentos, se o enfermeiro/a considerar os idosos todos iguais, é incapaz de estabelecer intervenções especificas. A gerontofobia é uma atitude particularmente negativa. É o medo irracional de tudo quanto se relaciona com o envelhecimento e com a velhice. Medo dos velhos. Manifesta-se por comportamentos desfavoráveis e negativos, pela recusa, apatia e indiferença. Ex. :uma senhora que diz ter medo de peles flácidas, esquece-se que um dia há-de lá chegar. O Âgisme corresponde a todas as formas de discriminação com base na idade. Tudo o que é posto sobre a idade. A Infantilização (“Bebeísme”) – atitude discriminatória relativamente aos idosos, sobretudo quando estes perdem a sua autonomia e a sua dependência é grande. Manifesta-se pelo comportamento que as enfermeiras adoptam, ou seja, frases como “se não vier a esta actividade zango-me”. é considerar os idosos como crianças. Muitas vezes sem nos apercebermo-nos, falamos aos idosos como uma criança. Os idosos muitas vezes sentem-se mal, e não tem voz activa causando repercussões. 7. Alterações biológicas do processo de envelhecimento Envelhecimento normal: O ser humano não envelhece de uma só vez, mas de forma gradual e a velhice parece instalar-se sem que se dê por isso. O processo de envelhecimento atinge todos os sistemas importantes do organismo. A deterioração das estruturas e das capacidades funcionais do organismo limita progressivamente a actividade do ser humano. Modificações fisiológicas trazidas pelo processo de senescência, ao nível de todos os sistemas:  Ao nível: das células, tecidos e órgãos;  Estas alterações iniciam-se muito antes do aparecimento dos sinais externos. Quando as rugas marcam já houve alterações nos tecidos. Estas alterações culminam com a morte.  Começam a aparecer progressivamente a partir dos 40 anos e continuam até á morte. Mudanças estruturais: Surgem nomeadamente a nível metabólico e celular, e na repartição dos componentes corporais  Células e tecidos: o As células têm uma longevidade precisa. Não se dividem indefinidamente e a sua capacidade mitótica decresce com a idade; o As células ao envelhecer perdem certos elementos como o ADN e aumentam a percentagem de tecidos gordos e fibrosos em detrimento dos tecidos magros (aparecem principalmente na anca e no abdómen. E desaparece da face, braços e pernas); 21 o As células são seres vivos que envelhecem e morrem, e nem sempre são capazes de reparar os danos causados pelo seu próprio metabolismo ou pelos efeitos do meio; o As células especializadas perdem a pouco e pouco e com o avançar da idade, a sua aptidão para desempenhar funções integradas e são perturbadas na sua interacção com as outras células, devido à deterioração do meio extra-celular; o Nas células especializadas perdem a pouco e pouco e com o avançar da idade, a sua aptidão para desempenhar funções integradas e são perturbadas na sua interacção com as outras células, devido à deterioração do meio extra-celular; o Nas células nervosas, cardíacas e hepáticas acumulam-se pigmentos como a lipofuscina e proteínas como a estatina. Estes pigmentos do envelhecimento diminuem a capacidade funcional das células; o Existe uma perda gradual de células que ocorre entre os 20 e 70 anos numa percentagem de 30%; o O número de glóbulos vermelhos e o seu conteúdo em hemoglobina também diminui gradualmente e de forma significativa. Têm uma vida mais curta e são muito facilmente destruídos pela hemólise; o O número de linfócitos e de glóbulos brancos varia bastante, diminuindo nos dois primeiros terços da vida e aumenta no último; o Os neutrófilos aumentam na velhice e os linfócitos a partir dos 90 anos diminuem de forma acelerada; o Todas estas alterações contribuem para uma menor resistência às infecções na pessoa idosa; o As modificações celulares dificultam a homeostase (mecanismo que vela pelo equilíbrio dos líquidos e electrólitos, pressão sanguínea, da temperatura e da absorção dos alimentos) depende da integridade do citoplasma e da estabilidade do meio interno; o O envelhecimento também ocorre nos tecidos (aparecimento de rugas, que está relacionado com a modificação das gorduras subcutâneas e a perda da elasticidade da pele, devido ao aumento das proteínas fibrosas, como a lipofuscina e o colagénio; o São proteínas (lipofuscina e o colagénio) que aparecem também no sistema nervoso, no músculo cardíaco; o Há diminuição da produção de colagénio (elasticidade); o O conjunto dos músculos e o tecido muscular atrofiam-se e tornam-se menos elásticos com o aumento da idade, mesmo que as pessoas idosas se mantenham activas.  Pele e tecido subcutâneo: o Pele, cabelos, pelos e unhas (ficam rijas, tipo ossificadas, por isso devem-se aplicar vaselina nas unhas e nos calcanhos uma dia antes das limar, para estas amolecerem), constituem o envelope externo do corpo e são um verdadeiro barómetro na constatação do envelhecimento; os cuidados á pele na pessoa idosa são muito importantes, porque estão finas e o calibre dos vasos está diminuído, logo a pele fica pouco oxigenada e susceptível a úlceras de pressão – estes cuidados consistem em lavar a pele com sabão neutro, enxaguar muito bem, secar muito bem e hidratar a pele com creme bem hidratante. 22 o A pele é a primeira estrutura a modificar-se, a renovação da epiderme faz-se lentamente, a derme adelgaça-se conferindo á pele característico de papel de seda; o A derme torna-se seca, perde a resistência, a elasticidade, e os capilares atrofiam-se; o A gordura subcutânea distribui-se de modo diferente, desaparece da face, braços e das pernas e depositam-se nas ancas e no abdómen; o O aparecimento das rugas ou seja as rugas permanentes, é o sinal exterior mais revelador da velhice.  Músculos, ossos e articulações: o As alterações do sistema locomotor são as que aparecem mais rapidamente; o Atingem os músculos (devido á diminuição de cálcio), ossos, articulações e o conjunto de tecidos de suporte; o desgaste vai diminuindo a espessura e a altura, logo a pessoa vai diminuindo e encurvando, provocando cifose; o O envelhecimento é o resultado da atrofia das fibras musculares. Perdem a força no dorso, antebraços, braços. Para ajudar a estas pessoas a não perderem a força completamente, pode-se fazer uma leve massagem, e pequenos movimentos de extensão e flexão, para diminuição desta rigidez. E fazendo movimentos finos com as mãos; o Esta perda, leva ao tremor das mãos, braços e da face, fenómeno corrente na pessoa idosa; o O peso total dos músculos diminui para metade entre os 30 e os 70 anos; o Os músculos apresentam-se menos elásticos – rigidez muscular --» menor tónus muscular - < mobilidade.  Articulações: o Os ligamentos calcificam-se, ossificam-se e as articulações tornam-se mais pequenas e menos flexíveis; o O estreitamento das vértebras dorso-lombares conduz a um encolhimento da coluna (1,2-5 cm). O que cria um efeito de desproporção; os braços e pernas mantêm o comprimento normal; o Diminui a capacidade respiratória, a contractilidade dos músculos inspiratórios, a elasticidade do tecido pulmonar e enfraquecimento do diafragma e dos músculos intercostais; o Alteração da estrutura do tórax, da capacidade muscular, o que dificulta a expectoração por perda da eficácia da tosse; o As articulações atrofiam e ficam rígidas pois há perda do líquido sinovial nas articulações e, consequentemente, origina os processos artrósicos; o As articulações ficam desgastadas e erodidas. Logo a estatura diminui (ex:cifose).  Sistema renal: o Os rins atrofiam-se, a função renal deteriora-se com a idade; o A arteriosclerose das artérias renais, diminui o aporte sanguíneo aos rins, o que reduz assim a função renal; o A filtração glomerular diminui 46% entre os 20 e 90 anos e o aporte sanguíneo diminui 53%; 25 o O esvaziamento do esófago é mais lento devido ao enfraquecimento da cárdia; o A diminuição das lipases gástricas e intestinais torna mais difícil a ingestão de grandes quantidades de alimentos contendo lípidos; o O fígado atrofia-se, sofre alterações celulares, apesar de conservar a sua capacidade de funcionamento; o Refluxo gastro-esofágico--» pirose ( > produção de ácido gástrico) o Diminuição das enzimas digestivas; o Presença de aerofagia (gases no estômago) --» dilatação gástrica o que influi na respiração: não deixa o pulmão expandir-se  Capacidade de absorção intestinal: o Sofre alterações durante o processo de envelhecimento; o Diminuição da motilidade gastrointestinal; o Deterioração das superfícies de absorção; o Diminuição da eficácia das enzimas digestivas;  Eliminação intestinal: o A frequência da eliminação intestinal tende a eliminar; o A tonicidade muscular do intestino grosso diminui; o Problemas de incontinência fecal como fecalomas e obstipação são muito frequentes no idoso (uma vez que não ingerem tantos líquidos nem fazer exercício; a obstipação provoca flatulência e, consequentemente, distensão abdominal); o Estes problemas de eliminação podem estar relacionados com problemas mentais (confusão).  Sistema nervoso e sensorial: o É muito afectado no processo de envelhecimento nomeadamente ao nível das estruturas nervosas, encéfalo e espinal medula; o Atrofia do cérebro (5 a 10%) e aumenta o tecido conjuntivo; o A condução dos influxos nervosos diminui com a idade, evento que começa por volta dos 45 anos. o O número de receptores sensoriais diminuem, os mais atingidos são os proprioeptores, ligados á dor e ao tacto, conduzem problemas de equilíbrio e de orientação espacial; o A marcha torna-se mais diminuta e as quedas são mais frequentes; o Os movimentos da motricidade fina tornam-se menos precisos, os movimentos globais tornam-se mais lentos, os músculos cansam-se mais rapidamente; o A maior parte dos idosos sofre grandes perdas ao nível do paladar, olfacto, do ouvido, da visão como da percepção da dor e da temperatura;  Paladar: o Apesar da perda das papilas gustativas (ou atrofia das mesmas), o idoso consegue identificar os sabores, mesmo numa idade avançada. o Existe uma tendência para condimentar e adoçar os alimentos.  Olfacto: o Atrofia dos órgãos olfactivos 26 o Capacidade deste sentido diminuída devido à atrofia do nervo olfactivo; o Presença de pelosidade no nariz;  Ouvido: o O nervo auditivo fica mais espesso; o A cera está presente em menor quantidade e mais espessa; o O pavilhão auricular aumenta; o Degenerescência da fibra nervosa; o Espessamento do tímpano; o Redução da produção do cerúmen; o Aumento da rigidez dos ossículos – osteoporose; o Atrofia do nervo auditivo; o Estas alterações estão relacionadas com a exposição continua do ruído, factores circulatórios, tóxicos e genéticos; o Aparecem por volta dos 50 anos e agravam-se a partir dos 70 anos.  Visão: o Acuidade visual diminui devido à opacidade do cristalino (vêm mais desfocado); o Depósitos nas córneas, Cataratas; o Diminuição lacrimal; o Olhos encovados, descaimento das pálpebras; o As perdas de visão são muito progressivas, começam cedo, e são evidentes entre os 40 e os 50 anos; o O campo visual reduz-se, e o idoso perde a visão panorâmica das coisas, por vezes o campo periférico torna-se inexistente; o Diminuição a acomodação aos clarões e á iluminação súbita; o Diminuição da percepção das cores (o olho capta melhor as cores vivas).  Sistema endócrino e metabólico: o São ainda mal conhecidos os efeitos do envelhecimento sobre este sistema; o A diminuição das hormonas parece não afectar a estrutura e o funcionamento do organismo.  Actividade da tiróide: o Diminuição da actividade tiroideia, não se encontra sinais de hipotiroidismo nos idosos.  Actividade corticosuprarenal: o É pouco afectada pela idade, apesar da diminuição da cortisona, parece não ter consequências no organismo.  Hipófise: o Diminui de volume de 25%, mas parece não afectar o organismo.  Hormonas sexuais: o Existem alterações ao nível do aparelho reprodutor feminino e masculino; 27 o Alterações que trazem alterações ao nível da pele, repartição de gorduras, atrofia dos órgãos genitais internos e externos. o As mudanças que se operam ao nível da sexualidade são difíceis de avaliar, são subtis e variam de pessoa para pessoa; o O envelhecimento desempenha um papel essencial na diminuição das funções sexuais, por a expressão sexual ser parcialmente influenciada pela integridade do sistema nervoso.  Sistema imunitário: o As funções imunitárias não envelhecem ao mesmo ritmo, a actividade imunitária é muito intensa no nascimento e atinge o máximo na adolescência e depois baixa gradualmente ate aos 85 anos, depois estabiliza. 8. Fragilidade e vulnerabilidade da pessoa idosa O envelhecimento do ser humano. Implica:  Perdas; ex. perdas a nível social – reforma, pois quando se reformam á uma perda de trabalho e do contacto social.  Fragilidade;  Vulnerabilidade. Ambas provocadas pelas alterações. O envelhecimento é um período da vida, em que o individuo destabiliza facilmente, apresenta muitas vezes problemas de toda a natureza, afectando-o na sua globalidade. O envelhecimento é acompanhado de numerosas perdas:  Amigos;  Conjugues; subitamente o conjugue desaparece.  Familiares;  Saúde; nem todos os idosos são doentes, mas nesta fase a saúde é menos estável.  Papeis sociais. As perdas, mais a dificuldade de se adaptarem ás mudanças, podem estar na origem de doenças orgânicas e funcionais. Ex. artrite, demências, obstipação, reumatismo .... A fragilidade do idoso perante:  Mudanças fisiológicas;  Doenças crónicas;  Perda de capacidades funcionais; ex: higiene, comer...  Perda de recursos pessoais;  Problemas de saúde mental. Ex: luto, demências e depressão... leva  Perda de autonomia; deixa de conseguir gerar a sua vida pessoa, e isto representa muito para a pessoa.  Perda de controlo sobre a vida pessoal;  Perda de controlo sobre as capacidades de controlar as suas necessidades fundamentais; 30  Apresentar-se pelo nome e ter em atenção os que têm visão diminuída;  Estar disponível para escutar, dar apoio, informar e esclarecer;  Responder ás perguntas de forma calma, simples, breve e lentamente;  Manter o contacto visual e táctil (segurando-lhe a mão ao falar com ele);  Não elevar a voz mesmo em situação de hipoacusia;  Respeitar a individualidade de cada pessoa;  Utilizar o humor contextualizado;  Demonstrar optimismo e interesse pelo bem-estar da pessoa e da família;  Estimular o idoso a intervir nos seus cuidados, dando-lhe o tempo necessário;  Ajudar o idoso mas não o substituir. 10. Hidratação • Necessidades de líquidos do adulto: 20-30cc/ Kg Peso = 2400-2500cc/24h • Perda obrigatória nas 24h entre 800 a 100cc (perdas insensíveis) • Em caso de hipertermia, as necessidades de líquidos aumentam cerca de 15% por cada grau centígrado de elevação da temperatura corporal • Deste modo, por cada 0,56 ºC de elevação de temperatura, deve ser feito um reforço de líquidos de cerca de 100 cc. Balanço hídrico (relação entre os líquidos entrados e saídos no organismo no período de 24 horas): • Total – 24 horas • Parcial – 8/8 horas ou de h/h Situações onde podem ocorrer maior perda de líquidos:  Hiperventilação  Diuréticos  Diarreia  Vómitos  Drenagens/aspirações  Febre  Queimaduras  Hemorragia  Diaforese B.H. equilibrado: A quantidade de líquidos entrada no organismo, é igual à quantidade de líquidos saídos, no período de 24 horas e geralmente é regulada pela função renal. Assim haverá manutenção de peso corporal, mucosas húmidas e turgor normal. Negativar: O objectivo do tratamento da situação de hiperhidratação, será o de negativar o balanço: -Restringindo administração de líquidos -Aumentando as saídas de líquidos, até obter um estado normal de hidratação. (restrição de líquidos, restrição de Na e K, administração de diuréticos ou hemodiálise, prevenir convulsões) 31 Positivar: Na situação de desidratação, o objectivo do tratamento é o de positivar o balanço hídrico, ou seja, aumentar as entradas de líquidos e reduzir as saídas, até obter um estado de equilíbrio de hidratação. Repondo líquidos, prevenção do choque hipovolémico, prevenção de IRA, repor Na se necessário. Para controlar o BH, deve seguir os seguintes princípios: • Distinguir entradas, saídas, vias e tipos • Contabilizar perdas insensíveis • O registo deve de ser total, correcto e exaustivo • Iniciar-se a hora fixa e terminar a hora fixa • Intervalos de balanço bem protocolados: 8/8 h; 24 h; h/h; 2/2h… O BH normalmente é zero e excepcionalmente é positivo ou negativo 10.1. Hidratação no idoso Causa da desidratação no idoso:  Falta de aporte de líquidos;  Imobilização total;  Fadiga;  Sindroma febril;  Perturbações psíquicas;  Calor;  Perdas de líquidos: o Perdas patológicas; o Diarreias/vómitos; o Abuso de diuréticos. Intervenções de enfermagem: Prevenir:  O idoso internado é particularmente vulnerável á desidratação;  O aporte de líquidos é essencial para a função renal e intestinal;  Monitorizar frequentemente a ingestão de líquidos;  Velar que o idoso tenha sempre á sua disposição agua, leite, sumo, chá, etc;  Providenciar que o idoso acamado ingira as quantidades de líquidos recomendados (sendo nesta situação o enfermeiro o ultimo responsável pela hidratação). Tratar:  Rehidratar com precisão e agir rapidamente;  Ter presente que é preferível “beber” quer perfundir;  Rehidrtar a nível peros (aguas, sumos e chá) em pequenas quantidades e frequentemente;  Quantificar a ingestão de líquidos;  A intubação nasogástrica só deve ser utilizada para ultrapassar o momento critico; 32  A perfusão endovenosa é necessária em situações que o idoso não é capaz de deglutir ou recusa a beber ou em situações que é necessário perfundir grandes quantidades;  A perfusão subcutânea é utilizada que o acesso venoso não é possível, e quando apenas se pretende hidratar – utilizam-se apenas soluções isotónicas, os electrólitos não são utilizados por esta via. Intervenções de enfermagem perante um idoso vulnerável á desidratação: • Avaliar a capacidade que o idoso tem de satisfazer a necessidade de beber; • Conhecer os hábitos/preferências relativamente á ingestão de líquidos; • Avaliar a disponibilidade destes na instituição/serviço; • Explicar ao idoso e família a necessidade de ingestão de líquidos (afim de evitar o esquecimento); • Solicitar a colaboração da equipa na satisfação desta necessidade; • Monitorizar a quantidade de líquidos ingeridos e eliminados. Intervenções:  Avaliar a capacidade que o idoso tem de satisfazer a necessidade de ingerir líquidos;  Oferecer líquidos que sejam do seu agrado (de preferência);  Explicar ao idoso e família a necessidade de ingestão de 1500-2000ml por 24 horas;  Estabelecer um horário;  Com o idoso para a ingestão de líquidos;  Monitorizar a quantidade de líquidos ingeridos e eliminados;  Vigiar a ingestão de alimentos;  Vigiar o transito intestinal;  Verificar a temperatura ambiente;  Vigiar sinais de sudorese, bem como a temperatura auxiliar e turgor da pela uma vez por turno;  Observar as características da urina;  Verificar se o idoso utilizar roupa em excesso e inadvertidamente na cama;  Fazer ensino sobre a necessidade de ingerir líquidos e seus riscos;  Vigiar a toma de medicamentos (diuréticos e laxantes);  Registar sempre a recusa ou a quantidade de líquidos ingeridos no diário de enfermagem. 10.2. Desidratação Desidratação- perda de líquidos e electrólitos pelo organismo, em grande quantidade 1- Hipotónica (A perda de sódio é relativamente maior do que a perda de água, (Sódio sérico abaixo dos valores normais)). ;geralmente associada a etiologias como: queimaduras, sudorese 2- Isotónica (A perda de sódio equivale à perda de água e deste modo o valor sérico do sódio é normal); Etiologia geralmente está associada a vómitos, diarreia, baixa ingesta de líquidos 35 Objectivos:  Deve ser estético de acordo com os princípios do bom gosto  Deve ser terapêutico, apoiando o tratamento e os cuidados de enfermagem  Deve ser funcional. O acto de ajudar o doente a comer deve promover e manter a independência do doente, promover e incrementar a relação enfermeiro/doente e providenciar um processo de informação de dois sentidos Princípios a aplicar na prática:  Se é necessário proteger a roupa do doente, isto deve ser feito sem dar nas vistas  As tigelas e colheres de plástico, copos de papel e babetes não aumentam a auto- estima  Entes que o doente comece a comer o enfermeiro deve ver se o doente está confortavelmente instalado. Cuidados de enfermagem a ter com a alimentação da pessoa idosa  Para o idoso hospitalizado o momento da refeição é um dos momentos mais importante do dia. Logo é de ter presente a funções dos órgãos dos sentidos. O sentido da visão é estimulado pelo aspecto da/dos e pelas:  Sala de refeições;  Quarto;  Apresentação da mesa;  Apresentação dos alimentos (cor, aspecto);  Apresentação do tabuleiro;  Apresentação dos pratos;  Louça, talheres;  Outros utentes que estão ao seu lado e á sua frente;  Pessoal;  Atitudes dos utentes e do pessoal. O sentido do odor é estimulado pelos odores da cozinha e pelo fumo dos alimentos quando são servidos:  Evitar os cheiros que venham ocultar os odores da comida (produtos de limpeza, de eliminação) no momento em que é servida. O sentido do gosto estimulado pelo/a:  Gosto dos alimentos;  Temperatura dos alimentos;  Possibilidade de condimentar ele próprio o seu prato (especiarias, sal...). O sentido do tacto é estimulado pela:  Textura dos alimentos;  Consistência dos alimentos;  Cozedura dos alimentos;  Possibilidade de pegar, de cortar, triturar os alimentos. 36 Sentido do ouvido é estimulado pela/s:  Possibilidade de falar e de ouvir outra pessoa;  Conversas á volta da mesa;  Preparação da mesa;  Conversas dos outros.  Considerar os seus comportamentos/hábitos de vida;  Proporcionar alimentos em que acredita que são bons para si;  Proporcionar alimentos que gosta de comer;  Proporcionar a possibilidade de comer como pensa que deve comer;  Proporcionar refeições pouco abundantes e repartidas;  Atractivas e moderadamente condimentadas;  Adaptar a textura dos alimentos á situação 8cozedura suficiente, fraccionamento picado, ralado ou raspado);  Moderados em gordura;  Ricas em vitaminas e minerais;  Ricas em fibras;  Evitar que o jejum nocturno exceda 10 horas;  A digestibilidade é outro aspecto a considerar (cozidos, grelhados, estufados);  Evitar mudanças muito bruscas. 12. Mobilidade da pessoa idosa A mobilidade da pessoa idosa faz parte do padrão 4: actividade/exercício. Descreve as capacidades para a mobilidade autónoma, para actividade e realização de exercício, e os hábitos de lazer. Procura conhecer o nível de autonomia do indivíduo para as actividades de vida diária, que exigem um certo grau de consumo de energia. Como todas as outras necessidades fundamentais, a de se mover e manter uma boa postura comporta 4 dimensões. Cada uma delas compreende diferentes factores que influenciam a satisfação desta necessidade:  Dimensão biofisiológica: Coordenação da actividade tónica dos diferentes músculos Integridade do sistema cardiovascular Integridade do aparelho vestibular Processo de envelhecimento Doenças Dor Medicamentos Deterioração sensorial Perdas de memoria  Dimensão psicológica: Rigidez de pensamento Ansiedade  Dimensão sociológica: 37 Factores ambientais: cadeiras geriátricas ou cadeiras de rodas, camas e equipamento auxiliar para subir para as camas Politica dos estabelecimentos de saúde em matéria de prevenção de quedas Disponibilidade da rede social de suporte Conselhos dos vizinhos  Dimensão cultural: Tradições Costumes Modas  Metodologia dos cuidados: Colheita de dados:  Estado da função motora  Massa muscular  Mobilidade das articulações  Postura e marcha  Coordenação neuromuscular Avaliação dos dados:  Onde há défice;  Intolerância de actividades O enfermeiro deve avaliar as capacidades do idoso no desempenho das actividades de vida diária:  Alimentação  Vestir-se e despir-se  Controlo urinário  Actividades de eliminação  Locomoção  Higiene  Causas da imobilidade:  Relacionadas com a idade (fisiológicas) Alterações musculares Alterações cardiovasculares Alterações respiratórias Pele Problemas psicológicos Dificuldades arquitectónicas  Associados a factores patológicos Alterações músculo-esqueléticas Alterações neurológicas Alterações cardiovasculares Alterações pulmonares Alterações dos orgãos dos sentidos Alterações psicológicas 40 Não “maternizar” o idoso, mais orientá-lo para a autonomia. Tratar as escaras já instaladas. Mobilização pelo fisioterapeuta. Dar apoio psicológico. Não colar etiqueta de “acamado” mas agir positivamente com técnicas acima referenciadas. Mover-se e manter uma boa postura: A saúde e bem-estar de um indivíduo depende da sua capacidade para se mover e mobilizar os membros. A mobilização de todas as partes do corpo através de movimentos coordenados e a manutenção de um bom alinhamento corporal permitem ao organismo desempenhar eficazmente todas as suas funções. Intervenções preventivas devem apoiar-se:  Na motivação do enfermeiro e do utente  Na força “endurance” muscular  Flexibilidade das articulações Exercícios isotónicos e isométricos: - Princípios:  Mobilizar uma articulação de cada vez  Efectuar os exercícios um de cada vez e de preferência 3 vezes por dia  Realizar lentamente, sem movimentos bruscos - Isotónicos: destinam-se a fazer contrair os músculos para reforço muscular, alterando o seu comprimento, mas não a sua tensão - Isométricos: destinam-se a fazer aumentar a tensão muscular sem alterar o comprimento do músculo ou mobilizar as articulações A marcha: Esta pode estar dificultada no idoso por razões várias: doenças físicas, psíquicas, envelhecimento ou razões de ordem social. Frequentemente, o idoso necessita de dispositivos de ajuda na marcha : bengalas de 3 a 4 pés, muletas ajustáveis ao cotovelo e andador, tripé, andadores/andarilhos, todos eles de altura regulável. - No interior: é importante manter a capacidade de andar. Determinar a distancia a percorrer diariamente, a tentar percorrer 3 quartos, a fim de aumentar a sua resistência. Usar calçado confortável e, se necessário, utilizar uma bengala. - No exterior: usar sapatos confortáveis, com solas maleáveis e um bom suporte (sapatos para andar). Iniciar com uma marcha de 10 minutos e, em seguida, aumentar progressivamente até 20 a 30 minutos. Andar com um passo vivo e ritmado. - Subir escadas exige grande esforço. Colocar o pé bem assente no primeiro degrau, empurrar com o outro pé e fazer a transferência do peso para o primeiro. Apoiar-se sobre o corrimão, para manter o equilíbrio, se necessário. Movimentos posturais: Após os factores de risco terem sido indentificados , deve ser iniciado um plano de cuidados específicos orientado para a prevenção. A posição de um utente idoso que não consegue movimentar-se por si, deve ser modificada de 2 o máximo 3/3h segundo uma rotatividade programada. 41 A protecção das seguintes proeminências ósseas requer especial cuidado no utente, nomeadamente acamado, Quando o idoso se encontra sentado na cadeira, deve-se ter em atenção as seguintes proeminências ósseas: omoplata, cotovelo, sacro, tuberosidade isquiática, região poplítea. Se o idoso não precisar de ajuda e conseguir caminhar de maneira independete, deverá ser orientado para que mantenha uma postura erecta e relaxada, acompanhada do balançar dos braços. Caso seja necessário ajudar o idoso a caminhar, deverá fazê-lo de forma correcta, caso contrário o utente terá tendência a cair para trás: andar lado a lado com o utente com os braços cruzados com este. 13. Quedas e a pessoa idosa Definição de queda: A queda é um tipo de acidente, muitas vezes banalizado e por conseguinte negligenciado. As quedas nomeadamente nas pessoas muito idosas, estão relacionadas com doenças e com défices sensoriais, e não propriamente com imprudência. Causas das quedas:  Causas intrínsecas: Praticamente qualquer patologia do idoso pode provocar quedas, mas as mais frequentes são: - Doenças neurológicas: Afectando o nível de consciência (epilepsia ou acidente cerebrovascular); Por alteração da marcha e do equilíbrio (doença de Parkinson, demências). - Doenças reumatologicas: Doenças como a artrose ou a artrite reumatóide provocam quedas pela alteração da marcha, a dor ou a rigidez que as acompanham. - Doenças cardiovasculares: Arritmias; Insuficiência cardíaca; Hipotensão ortostática podem provocar quedas por perda de consciência ou pela debilidade que geram. - Doenças dos sentidos: Os transtornos da audição e, sobretudo, da visão originam, frequentemente, quedas nos idosos. - Fármacos: Efeitos secundários dos fármacos; Interacções entre fármacos; Os fármacos podem provocar quedas por alteração da consciência, do equilíbrio e da atenção, assim como por rigidez muscular ou hipotensão postural. Os que mais frequentemente se associam com a ocorrência de quedas são os anti-hipertensivos, os sedativos em geral e os anti- diabéticos.  Causas extrínsecas: São os factos que dependem de circunstâncias sociais e ambientais. - No domicilio: Pisos escorregadios; 42 Iluminação insuficiente; Mobiliário pouco apropriado; Obstáculos nos locais de passagem; Escadas demasiado altas; Ausência de maçanetas e corrimões. - No exterior: Calçadas em mau estado; Tráfego excessivo; Sinalização deficiente, Falta de adaptação dos meios de transporte e acessos a edifícios a pessoas com deficiências. - Nos hospitais e instituições: Ausência de mobiliário adaptado; Uso de meios de restrição física quando não estão indicados. - Ambientais: Domicílio desahustado; Objectos dispostos em altura; Dificuldade em ir ao w.c.; Distâncias entre as divisões muito grandes; Tapetes não fixos e chão encerado; Luminosidade insuficiente; Escadas sem corrimões. - Outras causas: Mudança de hábitos; Mudança de contexto; Roupas e calçado inadequado; Marcha cambaleante; Apoio de marcha desaptados ou mau estado de conservação; Dificuldades ou recusa a utilização do uso de bengalas, andarilhos, canadianas. É indispensável conhecer a etiologia que está na base da queda. Avaliar:  Através de interrogatório;  Exame clínico;  Fazer exames clínicos se for necessário. Após a queda avaliar:  Frequência cardíaca;  Tensão arterial;  Perda de conhecimento;  Convulsões/morder da língua;  Estava em jejum;  Fez algum esforço;  Medicação. Consequências das quedas no idoso: As consequências mais graves de uma queda é, obviamente, a morte, que acontece num número vergonhoso de casos.As consequências podem ser muito problemáticas quer ao nível físico quer psicológico. As consequências dividem-se em:  Consequências físicas: 45 Outros medicamentos Deficit sensorial Nenhum Alterações visuais * Alterações auditivas * Nos membros * Estado mental Orientado Confuso * Marcha Normal Segura, com ajudas Insegura com/sem ajudas * Imposível Nota:Três ou mais pontos indicam risco elevado de quedas 14. Higiene e conforto no idoso Higiene: conjunto de praticas que conduz à preservação de saúde assim como à limpeza. Conforto: acto ao efeito de confortar. Estado de quem é confortado, modo de amparar, bem-estar. Avaliação deverá assentar em 3 aspectos:  História: A enfermeira deve iniciar a sua avaliação perguntando ao idoso se é capaz de executar sozinho os cuidados de higiene. o Quando o idoso declarar que tem dificuldade em executar os cuidados de higiene sozinho, a enfermeira deverá pedir-lhe para detalhar a natureza dos problemas, perguntando-lhe:  O que é que o impede de o fazer sozinho?  Qual o tipo de ajuda que necessita?  Que precauções toma em relação à higiene corporal?  Que emoções ou situações afectam os seus hábitos de higiene?  Exame físico: A enfermeira deve avaliar o estado da pele, boca, cabelos, unhas e pés: o Pele: - Cor (pálida, avermelhada, amarelada…); - Textura (doce, rugosa…); - Aspecto (gordurosa, seca, húmida…); - Alterações (rubor, equimoses, erosões, cicatrizes, úlceras de decúbito…). o Boca: - Estado dos dentes (limpos, depósitos alimentares, próteses…); - Cor; - Lábios e mucosas (secas, espessadas); - Hálito (forte, cetónico…). o Cabelos: - Estado do couro cabeludo (seco, oleoso, com películas…); 46 - Aspecto dos cabelos (curtos, longos, limpos, sujos, embaraçados…); o As unhas das mãos e dos pés: - Estado das unhas (compridas, duras, quebradiças, regulares, lisas, limpas, sujas…); - Presença de lesões. o Estado dos pés: - Deformações; - Calosidades; - Córnea; - Edema. O enfermeiro deve descrever de forma precisa e especificar a sua localização, distribuição, dimensão, forma e consistência.  Exame das funções mentais: Quando a higiene corporal não está de acordo com as normas de higiene habitualmente aceitáveis e as respostas da pessoa idosa são incoerentes, a enfermeira deverá efectuar um exame das funções mentais. Avaliação deverá assentar em 3 aspectos:  História: A enfermeira deve iniciar a sua avaliação perguntando ao idoso se é capaz de executar sozinho os cuidados de higiene. o Quando o idoso declarar que tem dificuldade em executar os cuidados de higiene sozinho, a enfermeira deverá pedir-lhe para detalhar a natureza dos problemas, perguntando-lhe:  O que é que o impede de o fazer sozinho?  Qual o tipo de ajuda que necessita?  Que precauções toma em relação à higiene corporal?  Que emoções ou situações afectam os seus hábitos de higiene?  Exame físico: A enfermeira deve avaliar o estado da pele, boca, cabelos, unhas e pés: o Pele: - Cor (pálida, avermelhada, amarelada…); - Textura (doce, rugosa…); - Aspecto (gordurosa, seca, húmida…); - Alterações (rubor, equimoses, erosões, cicatrizes, úlceras de decúbito…). o Boca: - Estado dos dentes (limpos, depósitos alimentares, próteses…); - Cor; - Lábios e mucosas (secas, espessadas); - Hálito (forte, cetónico…). o Cabelos: - Estado do couro cabeludo (seco, oleoso, com películas…); - Aspecto dos cabelos (curtos, longos, limpos, sujos, embaraçados…); o As unhas das mãos e dos pés: - Estado das unhas (compridas, duras, quebradiças, regulares, lisas, limpas, sujas…); 47 - Presença de lesões. o Estado dos pés: - Deformações; - Calosidades; - Córnea; - Edema. O enfermeiro deve descrever de forma precisa e especificar a sua localização, distribuição, dimensão, forma e consistência.  Exame das funções mentais: Quando a higiene corporal não está de acordo com as normas de higiene habitualmente aceitáveis e as respostas da pessoa idosa são incoerentes, a enfermeira deverá efectuar um exame das funções mentais. Factores associados às dimensões da necessidade de estar limpo, cuidado e de proteger os tegumentos Necessidade Dimensão Descrição Biofisiológica Psicológica Sociológica Cultural e/ou espiritual Estar limpo, cuidado e proteger os tegumentos: Necessidade que o ser humano tem de cuidados de higiene corporal e de cuidar do seu arranjo pessoal  Modificações produzidas pelo envelhecime nto ao nível da pele, tegumentos e sistema músculo- esquelético  Doenças crónicas ou agudas  Défices visuais e cognitivos  Estado nutricional  Imagem corporal  Hábitos pessoais de limpeza do corpo e vestuário  Constrangimento e pudor  Irritantes externos  Instalações sanitárias (banheiras)  Corrente social Significado da higiene e limpeza na família e cultura 50  Toalha;  Celulose. 14.1.3. Higiene no leito  Duas bacias com água  2 manapulas  2 toalhas  Sabonete  Luvas  Roupa necessária para fazer a cama de  lavado: 2 lençóis, um resguardo, uma  fronha  1 salva camas  Pijama  Tabuleiro de massagens: óleo de amêndoas doces ou outro  Pomadas cremes ou loções  Saco de roupa suja.  Cueca protectora  Material para fazer a barba se necessário  Compressas  Material para cortar as unhas e espatula se necessários  Saco de sujos Normas: - Promova sempre a privacidade e autonomia do doente. - Lave sempre: - da zona mais limpa para a zona mais suja, o membro mais afastado e só a seguir o que se encontra junto a si. - Se a cueca protectora se encontrar suja (urina ou fezes), comece pela higiene dos genitais e deixe o doente com uma cueca protectora limpa e seca. - Mude a água das bacias tantas vezes quanto forem necessárias. Procedimento:  Peça o consentimento e negoceie a melhor altura para proceder os cuidados de higiene ao utente;  Posicione a pessoa o mais perto de si em decúbito dorsal, confortávelmente;  Coloque o material para o banho ao seu alcance;  Promova privacidade do utente (coloque um biombo, corra as cortinas);  Numa cadeira aos pés da cama coloque por ordem, a roupa necessária para efectuar a cama e vestir o doente;  Lave as mãos;  Retire a roupa da cama (colcha e cobertor) caso o utente verbalize não ter frio;  Deixar o cobertor ou edredon, se necessário;  Proceda conforme a técnica da cama ocupada (desentalar somente a roupa de cima, deixando a base feita e esticada;  Efectue uma dobra aos pés da cama, mantendo os pés cobertos;  Coloque a toalha sobre o peito e em redor do queixo e rosto do doente que fica voltado para si;  Se por indicação clínica não puder subir a cabeceira da cama, coloque a cabeça do doente na extremidade da almofada; 51  Lave os dentes com escova de dentes ou espátula montada conforme o doente consiga expelir a espuma ou não;  Peça ao doente para dar um golo, ou aspirar com uma palhinha, o elixir diluído ou simplesmente água, bochechar e deitar fora. (Só se o utente for capaz de efectuar tal procedimento);  Posicione a cabeça confortavelmente e inicie a higiene da cara;  Coloque a toalha sobre o tórax e em redor da cara;  Pergunte ao utente se costuma usar sabão na face;  Limpe os olhos com água simples (ou soro fisiológico e compressas esterilizadas se houver secreções purulentas ou inflamação ocular);  Sempre do canto mais limpo para o mais sujo, de maneira a que cada olho seja limpo com uma parte limpa do toalhete;  Siga para a orelha mais distante, face terminando no lado da face junto a si;  Seque bem;  Dispa a camisa ou parte de cima do pijama;  Se estiver seca deixe-a em cima do tronco;  Faça uma dobra no sentido longitudinal do lençol de modo a que o Membro superior que estiver mais afastado de si fique descoberto. Coloque a toalha por baixo;  Lave com suaves movimentos circulares, da face externa do braço terminando na axila e colocando a mão na bacia com água ,tendo atenção aos espaços interdigitais e unhas;  Seque bem;  Proceda de igual modo para o MS junto a si;  Retire o pijama de cima do tórax coloque-o no saco de roupa suja e coloque a toalha em leque em cima do tórax descendo-a à medida que o lençol é puxado para baixo;  Enquanto que uma mão levanta a toalha, com a outra lave o pescoço, tórax e seque bem tendo atenção à região infra mamária;  Lave o tórax, observando qualquer alteração;  Proceda de igual modo para a região abdominal, tendo atenção ao umbigo e aproveite para observar qualquer alteração ao nível do abdómen (distendido, doloroso à palpação, timpanizado);  Seque bem, e cubra o tronco com a camisa nova ou lençol caso esteja limpo;  Retire as calças do pijama, que caso fossem subidas já deveriam ter sido tiradas quando se lavou o abdómen;  Faça a higiene do MI que se encontra mais longe de si tendo os mesmos princípios da zona mais limpa para a mais suja ,terminando colocando o pé dentro da bacia;  Seque bem, tendo especial cuidado aos espaços interdigitais e unhas;  Proceda a higiene do MI que está mais perto de si;  Troque de toalha, bacia e manápula, calce as luvas e lave os genitais,. Nas utentes do sexo feminino coloque uma arrastadeira e lave de cima para baixo, com bastante água;  No sexo masculino arregace o prepúcio e lave a glande não esquecendo de cobrir a glande no final de secar, pois há o risco de garrotar o pénis;  Peça ao doente que se volte para o lado oposto onde se encontra. Peça ajuda a uma colega caso o doente não seja capaz de se voltar. Se a cama tiver grades de segurança não se esqueça que têm que estar bem colocadas e seguras; 52  Acabe de lavar a região nadegueira e sulco nadegueiro. Seque bem e deite as luvas no saco de sujos;  Com a outra bacia, toalha e manápula lave e seque bem as costas;  Massaje as costas tendo especial atenção às zonas de maior pressão;  Esta massagem pode ser feita com um creme hidratante (ex: Dermisan, Decubal), com óleo de amêndoas doces com uma essência por exemplo de lavanda, ou com um creme rico em vit.A e zinco (ex: Halibut, Lauroderme, Madécasol);  Massaje e hidrate todas as zonas do corpo que veja que necessite.;  Faça a cama conforme norma da cama ocupada, vista o pijama ou roupa do utente;  Posicione o doente confortavelmente;  Não se esqueça de o pentear;  Deixe a unidade do utente impecável. 14.1.4. Higiene íntima  1 bacia com água  Luvas  1 salva camas  Saco de sujos  1 manapula  1 toalhas  Sabonete  Creme  Cueca protectora 14.1.5. Banho parcial  Duas bacias com água  2 manapulas  2 toalhas  Sabonete  Luvas  Roupa necessária para fazer a cama de lavado: 2 lençóis, um resguardo, uma fronha  1 salva camas  Pijama  Saco de roupa suja.  Cueca protectora  Compressas  Saco de sujos  Creme 15. Vestir e despir no idoso O vestuário desempenha um papel primordial no bem-estar psicológico dos indivíduos. Estar bem arranjado e vestido, proporciona segurança e auto-confiança. No entanto o envelhecimento e os problemas e doenças que lhe estão associados, tal como a importância que os idosos atribuem ao vestuário, afectam em graus diversos, a necessidade de vestir e despir. 55 é um distúrbio que se pode identificar quando se produzem breves paragens respiratórias repetitivas.  Problemas gástricos: as secreções gástricas aumentam durante o sono paradoxal e podem exacerbar uma úlcera duodenal ou refluxo esofágico, produzir dor e, assim, acordar o indivíduo.  Problemas endócrinos: os distúrbios da glândula tiróide prejudicam o sono, especialmente o hipertiroidismo que tende a produzir um aumento do período de adormecimento. A nicturia e a poliúria, dois sintomas frequentes nos diabéticos, perturbam igualmente o sono.  Problemas emocionais e psicológicos: a depressão e ansiedade podem produzir insónia nos idosos. Deve ser-se prudente quando se atribui a insónia a um problema emocional ou psicológico. Certos problemas de depressão tal como o acordar matinal são semelhantes ao ciclo de sono normal dos idosos. A dificuldade em adormecer está habitualmente associada a um stress situacional, à ansiedade ou à dor.  Problemas neurológicos: determinadas doenças neurológicas podem perturbar o sono. Por exemplo, os AVC e a doença de Alzheimer fragmentam o sono. A doença de Parkinson impede que o indivíduo se volte na cama, provocando o seu acordar, quando sente necessidade de se voltar. O sindroma das pernas inquietas nocturno dos membros inferiores é uma causa importante da insónia. Epilepsia, cefaleias, tromboses e tumores.  Desordens alimentares;  Pirose;  Doença renal;  Menopausa;  Doença mental;  Desordens músculo-esqueléticas. Medicamentos que afectam o sono:  Antidepressivos;  Antiarritmicos;  Antihistaminicos;  Corticosteroides;  Diuréticos;  Estimulantes simpatométicos. Elementos para a avaliação da necessidade de dormir e repousar: - Diário do sono: Tempo consagrado às sestas e a actividades; Horário das refeições; Quantidade e qualidade dos alimentos ingeridos; Actividade intelectual; Rituais.  Descrição do problema pelo idoso: Fase do sono em que se manifesta o problema; O padrão de sono actual difere do anterior? ; Quando surgiu o problema? ; Que métodos utiliza para adormecer? ; A que horas se levanta? ; 56 O seu problema de sono impede-o de desempenhar as suas actividades quotidianas?; O problema afecta as suas relações interpessoais? ; Actualmente sente-se fatigado, irritável? .  Informações obtidas da família do idoso: Apneia durante o sono; Movimentos descontrolados; Sonambolismo nocturno; Pesadelos. Intervenções de enfermagem: 1. Colheita de dados: Realização de uma minuciosa colheita de dados com o intuito de avaliar as necessidades do idoso relativamente à actividade de vida sono e repouso. 2. Observação da enfermeira:  Frequência e duração dos períodos de sono e do despertar nocturno  Anotar todos os sinais de privação do sono (conjuntivas vermelhas, bocejos frequentes e dificuldade de concentração)  Qualidade do ambiente envolvente (intimidade, barulhos, cheiros, luz, temperatura do quarto) 3. Análise e interpretação dos dados:  Revela os problemas actuais ou potenciais associados à necessidade de dormir e repousar, assim como as causas que impedem a satisfação desta necessidade.  Diagnóstico: alteração do padrão de sono. Esta alteração provoca efeitos nas outras necessidades fundamentais. Estratégias de intervenção de enfermagem: - Assegurar o conforto físico: o Dor crónica (administração de um analgésico 30 minutos antes da hora de deitar, aplicação de calor ou frio na região dorida, posicionamento confortável com ausência de pontos de pressão, massagem ou fricção da região dorsal); o Problemas respiratórios (aconselhar a utilização de broncodilatador antes de se deitar, recomendar que se deite em posição semi-sentada, apoiando-se em duas almofadas, a fim de diminuir o esforço respiratório). - Diminuir o stress psicológico: o Promover a actividade mental; o Proporcionar um ambiente terapêutico; o Efectuar exercícios de relaxamento. - Planear um horário de repouso e actividades diárias: o Actividades como a marcha, o artesanato, a leitura, a fim de utilizar as horas livres do dia; o Levantar e deitar todos os dias à mesma hora a fim de regularizar o relógio biológico. - Assegurar um ambiente seguro; - Privilegiar os hábitos e rituais da pessoa. 57 17. Eliminação vesical e intestinal no idoso Eliminação vesical:  Caracteristicas da urina: amarelo pálido, cheiro “sui generis”, aspecto limpido à emissão;  Alterações: - Quantidade:  poliúria – diurese>2 l  polaquiúria – > n.º de micções podendo a diurese ser normal  oligúria – < 1 litro de diurese  anúria – não há urina - Micção:  disúria – desconforto à micção  retenção – incapacidade de eliminar a urina retida na bexiga (globo vesical)  incontinência – incapacidade de controlar a emissão de urina  nictúria – urina durante a noite  enurece – incontinência nocturna - Cor:  pouca coloração = incolor (ex:diabéticos)  muito escura = urina concentrada (ex:oligúria febril)  “vinho de porto” = castanha avermelhada (ex: hepatite)  hematúria = presença de sangue vivo, urina avermelhada (pode ser lesão) - Aspecto:  Turva – presença de pús – piúria  Espomosa – presença de albumina ou alteração de pH  Residuo ou depósito – presença de sais em forma de cristais Eliminação intestinal:  caracteristicas das fezes: castanha, pastosa e moldada, cheiro“sui generis”  Alterações: Regras para uma melhor higiene do sono 1. Dormir o tempo necessário para se sentir fresco e bem disposto no dia seguinte 2. Acordar a hora fixa, de manha, a fim de reforçar o ciclo circadiano do sono e estabelecer horas regulares para adormecer 3. Fazer regularmente exercício, para a promoção da qualidade do sono 4. Insonorizar o quarto 5. Manter o quarto a uma temperatura adequada, nem muito quente nem muito frio 6. Tomar uma pequena refeição, antes de se deitar (leite e biscoitos) a fim de prevenir espasmos do estômago 7. Evitar a cafeína após as 18h 8. Evitar o álcool pois, embora favoreça um rápido relaxamento, pode fragmentar o sono 9. Levantar-se quando o sono tardar e ocupar-se (leitura, musica…) a fim de prevenir a ansiedade e a frustração 10. Só tomar um sonífero quando as outras medidas não forem eficazes, tendo presente que o uso prolongado dos soníferos acentua a insónia 60 Fisiopatogenia: Inicia-se quando os monócitos migram do sangue para o interior da parede da artéria e transformam-se em substancias gordas (placa de ateroma) Sintomas: Dor, cãibra nos momentos em que o fluxo de sangue é insuficiente para satisfazer as necessidades de oxigénio. Factores de risco: HTA, aumento de colesterol (LDL), tabaco, obesidade, falta de exercício, diabetes, genética, ser homem. 18.1.2. Enfarte do Miocárdio  Padrão 4-Actividade- Exercício: Este padrão procura conhecer o nível de autonomia do indivíduo para as actividades de vida diária que exigem algum grau de consumo de energia. Doença coronária:  Doença das artérias coronárias;  É progressiva e insidiosa;  Conduz ao estreitamento ou à oclusão completa do vaso. EAM: Destruição de uma zona do musculo miocárdico, por insuficiência do fluxo sanguíneo, levando à necrose das células por falta de aporte nutritivo. Angina Pectoris: Síndrome clínico caracterizado por dor opressiva na parte anterior do tórax que surge em consequência de um fluxo sanguíneo coronário insuficiente e hipoxia do miocárdio. Factores que influenciam:  Idade (aumenta depois dos 50 anos);  Sexo (os estrogéneos parecem ter efeito protector. Após a menopausa aumenta consideravelmente incidência de enfarte);  Colesterol (quanto maior a quantidade no sangue maior a incidência de enfarte);  Diabetes;  Hipertensão;  Obesidade;  Stress;  Inactividade física;  Tabagismo. Sinais e Sintomas:  Dor torácica persistente, início súbito, intensidade variável, geralmente violenta e constritiva, localizada na região inferior do esterno e abdómen superior, duração de mais de trinta minutos, não alivia com repouso nem com nitroglicerina.  Por vezes dor com irradiação: 61 - para o ombro e braços, geralmente à esquerda e para a mandíbula e pescoço.  aumento da frequência respiratória;  palidez, cor acinzentada;  sudorese intensa, fria, pegajosa;  vertigem;  confusão mental;  ansiedade, inquietação, (o utente move-se para encontrar posição confortável);  sensação de morte iminente;  Por vezes pode surgir: - reflexo vagal, náuseas e vómito  Enfartes silenciosos: - O utente não refere ter sentido dor nem mal estar; - Não há sinais nem sintomas sem importância … Diagnóstico: • Baseia-se na história actual do utente; • No electrocardiograma; • Níveis séricos das enzimas ( CPK- MB, LDH,,Troponinas). Complicações: - Arritmias; - insuficiência cardíaca; - choque cardiogénico; - morte . Intervenções de enfermagem em situação de Emergência:  Chamar o médico;  Instalar o utente com o tórax elevado;  Retirar o vestuário;  Vigiar as funções vitais;  Administrar Oxigénio,  Monitorizar os sinais vitais;  Preparar material para punção venosa Intervenções de enfermagem em fase aguda:  Chamar o médico;  Repouso absoluto;  Controlar a dor e a ansiedade com analgesia (MORFINA);  Administrar Oxigénio por mascara ou por cateter nasal nas primeiras 24 horas;  Monitorizar o utente e avaliar e/ou visualizar continuamente a frequência e o ritmo cardíaco;  Observar e comunicar imediatamente o aparecimento de dor torácica, dispneia, palpitações, desmaio, transpiração excessiva. 62  Registar a hora, duração e se há factores precipitantes e atenuantes;  Avaliar níveis de consciência, orientação no tempo e espaço (efeitos fármacos, choque cardiogénico iminente, má perfusão cerebral);  Comunicar imediatamente qualquer alteração;  Verificar pulso periférico, frequência, ritmo, volume e comunicar toda a alteração ( os distúrbios cardiovasculares reflectem-se nos valores dos parâmetros);  Verificar e anotar o volume urinário (< 40ml/hora), é um sinal precoce de choque cardiogénico);  Fazer balanço hídrico, registando líquidos infundidos, ingeridos e perdidos (diarreia, suor, sangue, urina e vómitos) evitar a sobrecarga cardíaca;  Administrar medicamentos prescritos e observar e comunicar efeitos colaterais (hipotensão, depressão respiratória, e diminuição da acuidade mental);  Oferecer dieta de acordo com a prescrição médica (leve, hipossódica e hipocalórica) nas primeiras 12 horas o utente permanece em jejum;  Assegurar repouso absoluto no leito ( o repouso diminui o consumo de oxigénio pelo miocárdio);  Proporcionar ambiente repousante e tranquilizante, limitando o nº de visitas ( o estresse aumenta o consumo de oxigénio pelo miocárdio);  Promover conforto físico dispensando ao utente cuidados individualizados. Fase de reabilitação- objectivos:  Prevenir complicações do enfarte e da imobilidade; (não fazer esforços)  Reduzir o tempo de hospitalização; (devido ao risco de infecção)  Ajudar o utente no regresso ao domicilio e às suas actividades de vida. Intervenções: (ter em conta as causas, a anamnese de enfermagem, história clínica) Fazer ensino sobre: (no sentido de mudar estilos de vida e a necessidade de alterar alguns deles) o Retomar gradualmente as suas actividades; o Retorno à vida profissional; o Prevenir o reaparecimento de doença coronária; (vigilância da medicação) o Actividade sexual normal; o Evitar o stress; o Alternar actividades ao longo do dia; o Descansar sempre que se sentir cansado; o Realizar actividades ao ar livre e de preferência de manhã cedo e ao fim dia; (manhã cedo no verão porque o calor provoca uma vasodilatação, fresco da manhã) o Seguir uma alimentação saudável e equilibrada; (pouco peixe, pouca carne, legumes, evitar alimentos ricos em gorduras, restrição calórica- pouca quantidade de cada vez) o Evitar refeições copiosas, o álcool e o tabaco; o Vigilância médica periódica; o Adesão à terapêutica prescrita; (ter em conta os factores económicos do utente) 65  Ajudar a conservar energias e planear actividades que evitem a fadiga; (para manter a estabilidade hemodinâmica)  Encorajar a realizar actividades dentro das restrições prescritas; (levantar para a cadeira num dia, no dia a seguir ir para a casa de banho na cadeira higiénica- actividades progressivas)  Realizar balanço hídrico;  Vigiar se existe intolerância à actividade (dispneia, fadiga, aumento da freq. cardíaca e que não estabiliza; (ver se provocou cansaço e, se sim, fazemos nóis a seguir e se não estabiliza chamamos de imediato o médico)  Ajudar nas actividades da vida diária e se necessário estimular para a autonomia dentro das limitações do utente; (elogiar sempre a pessoa e encorajar para sempre mais um bocadinho)  Proporcionar actividades lúdicas que ajudem a conservar a energia;  Fazer uma avaliação geral /turno ( valores laboratoriais – anemia, ferro,ureia, tropominas, glicémia glicosada (açúcar agregado à hemoglobina dos glóbulos vermelhos e dá-nos a informação como a utente se alimentou), pesos diários, ingestão e eliminação – laxantes para não provocar esforço ao coração ao evacuar;  Prestar cuidados à pele nomeadamente em áreas edemaciadas; ( creme suavemente pois relaxa o utente- nas áreas edemaciada, a pele estica, fica brilhante, abre e sai líquido e sempre que acontece as pernas não podem estar em contacto com o lençol mas sim com campos esterilizados em voltas das pernas para diminuir o risco de infecção)  Ajudar a manter uma ingesta de alimentos adequada ( equilibrada, diversificada, fraccionada) ou suplementos;  Proporcionar ao utente e família a oportunidade de expressarem as suas preocupações e dar-lhes tempo (raciocinar, dar tempo ao utente para que este se sinta bem) para aprendam o que o enfermeiro tem para lhes ensinar sobre o plano de cuidados.(ensino sobre défice de conhecimentos, preparação alta, curiosidades do utente) Ensinos ao utente e família:  Despistar sinais e sintomas de agravamento de insuficiência cardíaca: - preparação para a alta (começa no 1ºdia) Aumento do peso de 1-1.5 Kg; Perda de apetite; Polipneia; Ortopneia; Edema ao nível da região maleolar, pés ou abdómen; Tosse persistente; (tosse seca irritativa) Nictúria.  Evitar a fadiga a programar actividade de modo a ter períodos de repouso  Incluir actividades da vida diária, actividade profissional e actividade sexual na rotina diária  Optar por estilos de vida saudáveis rotina diária, fomentar grupos de apoio (no que respeita ao cessar de fumar)  Reduzir ao mínimo o risco de infecções  Manter vigilância médica e de enfermagem ( não faltar ás consultas);  Programar refeições e implementá-las, fazendo atenção ás restrições de sódio (retém água e pode evoluir para edema agudo do pulmão): 66 Evitar alimentos salgados; (dieta hiposódica ou de preferência sem sal) Evitar fármacos de alto teor em sal (ler os rótulos) alguns laxantes e antiácidos; (fármacos prescritos pelo médico ou auto-medicação; laxantes contém açúcar logo aumenta o nível de glicémia no sangue e torna-o mais espesso, ter atensão especial nos diabéticos) Ter uma alimentação fraccionada e diversificada ( vinho tinto às refeições em pequena quantidade poderá ser prescrito). (pequenas quantidades, 6 refeições diárias ou 3 refeiçoes principais e uma a meio da manhã e uma a meio da tarde; vinho entre 11 e 12º de densidade alcoólica e ter atenão que os vinhos caseiros têm > densidade alcoólica)  Medicação prescrita: Digitálicos: - Explicar quais os sinais e sintomas de toxicidade; (explicar o que são e para que servem; reduzir/diminuir o ritmo cardíaco, reforçar o ritmo cardíaco, regularizar o ritmo cardíaco; os sinais e sintomas podem ser a pessoa ver manchas amarelas, ter bradicárdia) - Verificar o pulso diariamente e se for inferior a 50p/m, informar o médico assistente, e informar sobre sinais e sintomas de toxicidade. (digitálicos reduzem o ritmo-bradicárdia e abaixo de 60 p/min, não administrar) Diuréticos: - Verificar o peso diariamente e à mesma hora do dia, com a mesma roupa e sempre antes das refeições; (ver se há aumento de peso pois não há risco de diminuição de peso) - Ingerir alimentos ricos em potássio e de baixo teor em sódio, caso tenha prescrito diuréticos espoliadores de potássio. (sódio abaixo de 3.6-4.8 tem de ser reposto, sob risco de uma arritmia; alimentos ricos em sódio:banana, espinafres, agrião, couve-coração(a mais digestiva) ; alimentos com baixo teor em sódio:carnes brancas; Furosemida-efeito rápido, diurético espoliador de potássio; espiralactona- poupador de potássio)  Vasodilatadores: (aumentam o calibre das artérias) - Informar o médico (porque é vasodilatador) de sinais de hipotensão ( vertigens, pulso rápido…); - Evitar a ingesta de bebidas alcoólicas. (produto maléfico nos vasos) 18.2. Sistema digestivo 18.2.1. Esofágo Refluxo Gastro-Esofágico: Envolve: - Barreiras ao refluxo gastro-esofágico (1) - Clerance esofágico (2) - Factores gastro-duodenais (3) - Resistência da mucosa (4) 1- Esfíncter esofágico superior, inferior, mecanismos externos (diafragma, ângulo esófago-gástrico), pressão intraabdominal (hérnia abdominal). 2- Motilidade esofágica (ondas primárias, secundárias e terciárias; na qual se houver alterações há um maior contacto ácido/mucosa que leva a lesão), saliva; 67 3- Esvaziameto gástrico (elevação da P intragástrica, incapacidade de propulsão de alimentos para o duodeno no caso de neoplasias, úlcera péptidica), refluzo duodeno- gástrico (lesão do piloro). 4- Capacidade de resistir à agressividade do refluzo varia. A pirose (há um refluxo -- » lesão das células superficiais --» descamação celular --» penetração de ácido abaixo da mucosa --» estimulação de receptores--» dor). Sintomas: Odinofagia, sintomas respiratórios, alterações estomatológicas, hemorragia digestiva e hipersalivação, disfagia (ligada a estenose), esófago de barrett (susbtituição do epitélio estratificado do esófago por colunar aumentando o risco de carcinoma). Complicações: estenose 18.2.2. Estômago Gastrite: Lesão do estômago limitada à mucosa. A gastrite aguda caracteriza-se pela irritação da mucosa gástrica por agentes lesivos como o álcool, agentes corrosivos e bactérias. Sintomas: Náuseas, vómitos, anorexia, hemorragia. Diagnóstico: Clínica, endoscopia (mucosa edemaciada e eritema), biópsia. Úlcera Gástrica: lesão que se extende até à submucosa, é uma secreção ácida normal+mucosa lesada e com permeabilidade exagerada de iões de H+, devido a refluzo de sais biliares, álcool e antifinlamatórios, stress, obstrução gástrica, barreira de muco diminuída, HP. Há difusão do ácido, o pepsinogénio é activado em pepsina, havendo digestão celular que leva a uma úlcera. Os sintomas são dor epigástrica, náuseas, vómitos, anorexia, saciedade preococe. O diagnóstico faz-se através dos sintomas e da radiologia, endoscopia com biópsia. 18.2.3. Intestino Úlcera duodenal: Ocorre devido à produção aumentada de ácido + diminuição das defesas da mucosa + velocidade de passagem de ácido e existência de HP. Tem como sintomas dor epigástrica, diagnostica-se através de Rx e endoscopia, complicações como hemorragia, perfuração e estenose, o tratamento faz-se através de antiácidos, erradicação do HP e protectores da mucosa e cirurgia. 18.2.4. Fígado Doença hepática alcoólica: O alcool produz doenças como a esteatose hepática (fígado gordo, é a acumulação de triglicéridos em macrovesículas, assintomático, dá dor no HC dto, anorexia, náuseas e o tratamento é a abstinência alcoólica), hepatite alcoolica (necrose celular com reacção inflamatória, dá perda de peso, fadiga, anorexia, febre <40ºC, icterícia, hepatomegália, encefalopatia, hipoglicémia, hipoalbuminémia, coma) e cirrose hepática (doença difusa e irreversível que resulta da necrose dos hepatócitos seguida de formação de nódulos regeneradores, tem 3 caracteristicas fundamentais: necrose crónica do hepatócito, lesão inflamatória crónica que conduz à fibrose, nódulos causados pela regeneração dos hepatócitos). 70  Confusão. Medidas terapêuticas:  Melhorar a ventilação (sentando o utente) e a oxigenação;(oxigenar o utente)  Reduzir a congestão pulmonar;(administração de Furosemida)  Posicionar o utente em posição de sentado com cabeça e ombros levantados, pés e pernas pendentes;  Administrar O2 por mascara facial e com concentrações entre 40 - 60%, ou por cateter nasal; (100% de 02 poderá ser necessário);  Monitorizar parâmetros vitais;  Colocar oximetro e vigiar oximetria de pulso;  Administração de fármacos. Fármacos utilizados em situações de Excesso de Volume de Líquidos tais como no edema agudo do pulmão: Diuréticos: efeito muito rápido; - Espiralactoma, Furosemida Digitálicos: melhora a força de contracção e aumenta o débito do ventrículo esquerdo; Opiácios: diminui a ansiedade, a dispneia e a resistência periférica; (p.e morfina) Broncodilatadores: Diminui os broncoespasmos, aumenta o fluxo renal e aumentam o débito urinário; -Brometo de ipatrópio, Ventilan Albumina: (hipoproteinemia). Dopamina- droga vasoactiva, dose renal (aumenta o débito urinário, porque não respondeu á Furosemoda) ou a nível cardíaco(eficaz na contractilidade cardíaca) Exames complementares:  Radiografia do tórax;  E. C.G;  Gasometria; (dá a saturação de pCO2 e pO2 e o bicarbonato- faz tampão na acidez)  Hemograma;  Bioquímica (ureia, creatinima, proteínas totais…) Cuidados de Enfermagem:  Chamar o médico; (porque é uma situação de urgência e como estudante de enfermagem, não posso resolver este problema complexo pois não capacidade nem competência uma vez que é um problema colaborativo)  Dar apoio emocional; (porque a pessoa tem a sensação de morte eminente, dispneia e precisa de conforto)  Actuação rápida e segura; (porque é urgente e, por isso, provoca hipóxia e cianose)  Posicionar o utente em posição de fowler com pernas pendentes; (as pernas pendentes ajudam no retorno venoso)  Administrar oxigenoterapia (ter presente se pessoa tem DPCO); (sendo que em utente com DPOC apenas se pode administrar 30% de O2)  Restringir administração de líquidos; (porque líquidos já tem a utente em excesso nos pulmões e corre o risco de agravar o estado de edema agudo do 71 pulmão; vigiar também o débito do soro, respeitando o que está prescrito pelo médico)  Vigiar estado de consciência; (os seus neurónios não são suficientemente oxigenados e pode ser observado através de confusão, delírio, sonolência e agressividade)  Monitorizar o utente e vigiar sinais vitais continuamente; (ritmo cardíaco, frequência cardíaca, temperatura, tensão arterial, débito urinário e saturação de oxigéio)  Repouso absoluto; (porque todo o esforço que o utente vai fazer, vai aumentar a sua dispneia, vai agravar a sua função respiratória pois recebe menos oxigénio--»maior confusão, agitação e ansiedade--»agrava o estado global do utente)  Aspirar secreções se o utente não conseguir expeli-las; (o edema agudo do pulmão caracteriza-se por secreções serosas e rosadas e, em excesso, provoca cansaço e dispneia e e por isso o utente tem dificuldade em expeli- las e, apesar de ser um métodos invasivo, eu vou aspirá-lo para aliviar a sua função respiratória e ansiedade do utente-se o seu estado de consciência o permitir)  Oferecer lenços de papel;  Colocar oximetro e vigiar oximetria; (porque o utente com EAP des-satura facilmente e deve-se ter presente que a saturação de pO2 é importante para o estado geral do utente)  Vigiar debito urinário (poderá ser necessário fazer algaliação); (apesar da restrição hídirca, tem que se avaliar a resposta dos diuréticos)  Vigiar efeitos terapêuticos dos fármacos administrados; (afim de vigiar a dose e ver se o efeito terapêutico está a ser eficaz)  Observar continuamente facies do utente; (sudação, postação [devido à dispneia e cansaço], e extremidades quentes ou frias, perceber se o utente se encontra consciente, orientado, calmo, avaliando características e frequência da respiração)  Preparar material para venoclise; (a qualquer momento pode ser necessário puncionar uma veia de grande calibre)  Fazer balanço hidrico; (controlando as entradas e saídas de líquidos do organismo, negativar o balanço)  Vigiar valores de gasometria; (saber se está em alcalose ou acidose respiratória, quanto está a receber de oxigénio, valores de pCO2 e pO2)  Manter o utente em dieta zero. (pode fazer uma paragem de ter o estômago cheio, o que dificulta a entubação e o conteúdo gástrico pode vir para a árvore traqueobrônquica; sempre que um utente vomita pela boca, o estômago está cheio , está em estase). Profilaxia do volume excessivo de líquidos em utentes com potencial de risco para desenvolver edema pulmonar: Equilibrar repouso e actividade; (a actividade é importante mas não pode ser em excesso, daí o repouso) Explicar as vantagens do repouso e da actividade; ( o repouso em ecesso pode piorar a situação--» edema nos m.i) Planear com o utente as actividades que gosta e que tolera; (deitar o utente quando há intolerância à actividade, preparar o utente) Aconselhar a intercalar as suas actividades com períodos de repouso; 72 Explicar a necessidade de uma alimentação adequada; (alimentação saudável e nada de alimentos salgados pois faz retenção hídrica) Aconselhar a fazer refeições leves e frequentes; ( não encher o estômago, só ocupar 2/3 e de 2 em 2h) Aconselhar a evitar o sal na comida e alimentos ricos em sódio (queijo, salsichas, presunto bacon, pizza, mostarda); (de forma a sentir o sabor dos alimentos) Avaliar os sinais vitais, queixas manifestadas; Medição de diurese; (quantidade de urina nas 24h) Aconselhar a fazer vigilância períodica médica; Avaliar o peso 2Xsemana; (olhar para os pés, pernas e abdómen) Despiste de edemas; (através do sinal de Godet nos membros inferiores) Adesão à terapêutica prescrita; (uma vez que os utentes por vezes têm comprimido para a tensão arterial, um comprimido para o coração, um comprimido para urinar, etc) Comunicar ao médico qualquer alteração; 18.3.1.3. Asma Definição : É uma doença das vias respiratórias inflamatória e crónica caracterizada por hiper- reactividade brônquica, manifestando-se clinicamente po sibilos, dispneia e tosse. Causa: Estreitamento das vias respiratórias, visto haver um alergeno que sensibilza (proveniente do meio ambiente) que induz um mastócito (linf.B), causando uma inflamação e edema da mucosa. Factores Etiológicos Heterogéneos: Genéticos (atopia) e ambientais (virus, exposições ocupacionais, alergeneos – insectos, ácaro, alimentos, pólen, que em contacto com estas os linfócitos ficam diferentes e forma-se IgE, derivados fosfolipidicos e citoquinas, estimulos farmacolgógicos, mãe fumadora na gestação, infecções e tabagismo. Classificações : Extínseca:Hipersensibilidade por produção de IgE, atopica, associada a história pessoal e/ou familiar de rinite, urticária, eczema, testes de estimulação cutânea com reacção de eritema e prurido à ingestão intradérmica de extractos de antigénios. Intrínseca:Tem inicio numa idade mais avançada, estímulos (com ACC), infecções pulmonares virais, frio, stress psicológico, exercício, os testes cutâneos são negativos, sem associação a história pessoal e/ou familiar de rinite, urticária, eczema, niveis de IgE normais. Sintomas : Tosse, sibilos (devido ao fluxo turbulento de ar nas vias respiratórias), dispneia (por hipóxia diminuição da O2 em circulação por Hipercápnia, aumento de CO2 em circulação, opressão toráxica (devido ao aumento do esforço dos musculos respiratórios). 75  Dispneia; - leva à hipoxémia  Hemoptises; - por traumatismo tecidular  Tosse proxística;  Ansiedade: o Ambiente calmo; o Abrir as janelas- promover um ambiente arejado; o Acalmar a pessoa; o Respirar calmamente com a pessoa; o Se necessário tirar a sonda por momentos. Princípios da aspiração de secreções:  Técnica asséptica ; (porque é invasiva)  Eficácia; (tem de ser eficaz)  Suavidade. (porque o interior das nossas narinas é sensível e vascularizado [pode provocar hemorragias]) Aspiração de secreçoes: orofaringea-boca; nasofaringea- nariz Nariz- técnica limpa; Boca- nao é necessário Aspiração de secreçoes- sonda nasofaríngea:  Lavar as mãos;  Limpar a mesa e o tabuleiro;  Saber como se sente o utente;  Pedir consentimento informado e informar / explicar o procedimento ao utente de modo a diminuir a ansiedade;  Preparar o material: o Luvas esterilizadas; o Compressas; o Tabuleiro; o Tubo em y ou t; o Sondas (3)- uma de reserva, uma para lavar a tubuladura e uma para o utente; o Embalagem para lavar a tubuladura-» água destilada; o Soro fisiológico; o Máscara; o Adesivo; o Lubrificante-lidocaína; o Saco de sujos; o Avental(se necessário); o Aparelho de sucção e aparelho de oxigenoterapia funcionante  Individualizar a unidade;  Elevar ligeiramente o plano superior da cama;  Colocar o campo de celulose;  Assoar o nariz do utente ou apenas auxiliando-o;  Colocar a sonda na embalagem da água destilada para depois lavar a tubuladura;  Colocar a conexão em t ou y na tubuladura;  Abrir os invólucros;  Colocar a máscara e se necessário o avental;  Colocar a luva na mão direita;  Retirar a sonda do invólucro, enrolando-a na mão, com o cone para cima; 76  Ligar a sonda á tubuladura;  Medir a distância de Tragus sem tocar no utente;  Lubrificar a sonda sem tocar nos bordos da embalagem de soro fisiológico;  No momento da inspiraçao, introduzir a sonda na narina;  Ligar o aspirador;  Pedir ao utente para tossir;  Lavar a sonda no SF com o aspirador ligado;  Desligar o aspirador;  Introduzir a sonda na outra narina;  Ligar o aspirador e voltar a aspirar com o dedo sempre intermitente;  Enrolar a sonda nao mão;  Desconectar a sonda, enrolá-la na luva e deitar fora;  Pegar na sonda que está na água destilada e conectar ao aspirador e lavar a tubuladura;  Voltar a tapar o invólucro;  Assoar o nariz do utente com uma compressa;  Lavar as mãos;  Saber como se sente o utente, observando o seu fácies;  Arrumar o material;  Lavar a mesa;  Efectuar registo: o x horas por apresentar secreções e dificuldade em expelir; o dizer as características das secreções; o quantidade: pequena, média ou grande quantidade; o intercorrência Aspiração de secreções-sonda orofaringea:  Passamos para a boca e utilizamos outro lubrificante;  Abrir os involucros;  Colocar a adaptaçao do aparelho de sucçao no tubo e sonda;  Colocar luva;  Aspirar as secreções na boca de lado (nunca no meio para nao estimular o nervo vago);  Colocar uma seringa com água para para lavar a boca;  Tocar o utente;  Estabelecer a conexao da sonda que está na água destilada com a tubuladura e lavar a tubuladura por sucção;  Pôr a data na sonda que está na água destilada(mudar de 8 em 8 h ou todos os dias de manha, tapar com uma compressa);  Arrumar o material;  Efectuar os registos de enfermagem. 18.3.2.3. Reeducação funcional respiratória Os exercícios respiratórios são: A) - Respiração diagramática A respiração diagramática tem como objectivo fortalecer o diafragma durante a respiração. Procedimento: – Colocar o utente numa posição confortável ( sentado ou deitado) – Encorajar o utente a relaxar os ombros 77 – Colocar uma mão sobre o abdómen e outra sobre a porção media do esterno. – Pedir para inspirar lentamente e profundamente pelo nariz, fazendo subir o abdómen, tanto quanto possível. – Expirar pela boca, contraindo os músculos abdominais durante a expiração, e a mão que se encontra sobre o estômago exerce uma pressão firme e acompanha o movimento expiratório. – Repetir durante um minuto, seguido de um período de repouso de 2 minutos. – Realizar o exercício por períodos de 5 minutos varias vezes ao dia. B) - Respiração com lábios entreabertos Este tipo de respiração melhora o transporte de oxigénio, ajuda a controlar a ansiedade e evita a atalectasia alveolar, secundária à perda de elasticidade pulmonar. Este tipo de respiração pode ser realizada com o paciente sentado, deitado ou de pé. Procedimento: o Inspirar pelo nariz, enquanto conta até três (cheirar rosas) o Expirar lentamente com os lábios entreabertos, enquanto conta até sete ( pagar velas). Avaliação do Sistema Respiratório: • História (antecedentes) • Avaliação física – Expressão facial – Postura – Respiração • Tipo de respiração – Torácica – Abdominal – Toraco-abdominal • Frequência – numero de ciclos por minuto – Bradipneico – Eupneico – Polipneico • Ritmo – Rítmico – Arrítmico • Amplitude – Superficial – Profunda – Coloração da pele – Expectoração • Alteração da frequência cardíaca • Alteração da pressão arterial As Alterações da Função Respiratória e/ou Défices de Oxigénio manifestam-se através de: • Dispneia • Tosse • Expectoração 80 Riscos destes métodos: • Contaminação; • Hiper-hidratação Cuidados a ter com estes aparelhos: • Limpeza diária com mudança das tubagens e filtros bacteriológicos; • Nunca passar o aparelho para outro utente sem estar previamente desinfectado. 18.3.2.5. Oxigenoterapia Definição: Consiste num tratamento que tem por objectivo administrar Oxigénio em concentrações de pressão superiores a 21% (concentração do ar ambiente). Objectivo:Tratar a hipoxémia, diminuindo o trabalho do sistema respiratório e o stress do musculo cardíaco. Não é permitido fumar ou usar combustíveis num ambiente rico em Oxigénio. Indicações:  Afecções das vias respiratórias ( broncopneumonias, asma brônquica, enfisema);  Insuficiência cardíaca;  Edema agudo do pulmão;  Enfarte do miocárdio;  Insuficiência circulatória (choque);  Anemias (em algumas situações);  Intoxicação (em certos casos). Contra indicações: • Não tem contra indicações formais, no entanto pode ter efeitos tóxicos se a sua administração for prolongada e com concentrações elevadas. • Apenas deve ser administrado quando prescrito, e a quantidade não deve ser colocada ao acaso. Equipamento necessário para a administração de Oxigénio:  Para a administração de Oxigénio o mais comum é utilizar-se rampas de oxigénio de fornecimento central, ou balas de Oxigénio.  Em ambos os sistemas o Oxigénio encontra-se sobre pressão, o que explica a necessidade de utilização de instrumentos específicos.  Nos dois sistemas são utilizados debitómetros, que permitem regular a quantidade de oxigénio a administrar expressa em litros por minuto.  As balas são munidas de manómetros que permitem verificar a quantidade de Oxigénio, que a bala contém expresso em atmosferas. Métodos de administração de Oxigénio mais utilizados:  Catéter nasal;  Sonda nasal dupla;  Máscaras. Antes de administrar O2 o enfermeiro deve: 81 - Verificar os valores do sangue arterial (gasimetria); - Verificar a prescrição medica (método e quantidade); - Consultar a história do utente; - Observar os sinais físicos de alterações respiratórias crónicas; - Observar os sinais clínicos de hipoxémia; - Explicar e preparar psicologicamente o utente e família; - Providenciar previamente todo o material necessário; - Administrar a concentração de O2 adequada ou prescrita; - Prevenir acidentes (incêndios ou explosões); - Vigiar o estado do utente e as suas reacções. Administração de Oxigénio por Cateter Nasal: Cateter nasal consiste num tubo com orifícios na extremidade, que é colocado por via nasal até à orofaringe. • Vantagens – Permitir a alimentação e a comunicação em simultâneo; – Permitir um melhor aproveitamento de Oxigénio; – Permitir um fluxo uniforme; – È bem tolerado pelo utente; – É rápido e económico. • Desvantagens – Irrita a mucosa nasal (se tratamento prolongado); – Exige humidificador; – Não fornece CO2; – Não permite um fluxo superior a 5 – 6 L/m. Administração de Oxigénio por óculos nasais: Os óculos nasais consistem num cateter com duas saliências que se adaptam às narinas do utente. • Vantagens – É confortável para o utente; – Permite uma grande liberdade de movimentos; – Permite a alimentação e a comunicação em simultâneo. • Desvantagens – È um sistema de fluxo reduzido; – Velocidade máxima é de 6l/min (o excedente perde-se na atmosfera, ultrapassa a quantidade necessária ao enchimento do nariz e seios nasais); – Exige boa abertura nasal; – Provoca irritação da mucosa (se uso prolongado); – Não permite alta percentagem . Administração de Oxigénio por Máscaras Faciais: As máscaras empregam-se especialmente para administrar maiores concentrações de Oxigénio • As mascaras podem ser válvulas inspiratórias os dispositivos com orifícios que abrem ou fecham controlando assim a entrada de ar. • Dispõem de válvulas expiratórias ou simples orifícios através dos quais se faz a saída do ar expirado para o exterior. • Desvantagens da utilização da máscara: - Mal aceite pelo utente; - Interfere com a comunicação e com a alimentação; - Por vezes difícil adaptação; 82 - Exige maior vigilância do utente • Sinais de Má Técnica: - Irritação da face e nariz (compressão excessiva); Ulceração da córnea (má adaptação) • Existem 3 tipos de máscaras: – Mascaras simples: • É uma mascara standart que acompanha as cavidades oral e nasal e cria uma área suplementar de acumulação do oxigénio de reservatório; • Tem um fluxo mínimo de 5l/min. (para eliminar o CO2 da mascara); • É um método utilizado em utentes com um padrão respiratório regular (frequência e profundidade); • Para tratamentos prolongados não é muito adequado. – Mascaras de ventúri: • Trata-se de uma máscara concebida para a utilização de alto debito de Oxigénio; • Permite que um grande volume de Oxigénio e de ar ambiente se misturem e entre nas vias aéreas e satisfaçam as necessidades da pessoa; • É indicado quando o utente apresenta volumes e padrões respiratórios irregulares; • O fluxo é o indicado pelo fabricante, tem adaptadores com cores codificadas e orifícios específicos, que indicam as concentrações obtidas em função dos débitos neles indicados. - Mascaras com reservatório: • Trata-se de uma máscara concebida para a utilização de alto debito de Oxigénio; • Permite que um grande volume de Oxigénio e de ar ambiente se misturem e entre nas vias aéreas e satisfaçam as necessidades da pessoa; • É indicado quando o utente apresenta volumes e padrões respiratórios irregulares; • O fluxo é o indicado pelo fabricante, tem adaptadores com cores codificadas e orifícios específicos, que indicam as concentrações obtidas em função dos débitos neles indicados. Administração de Oxigénio por Câmara Hiperbárica: Consiste na inalação de Oxigénio puro, em que o utente fica submetido a uma pressão maior do que a atmosférica, no interior de uma câmara hiperbárica; a sua indicação é exclusivamente competência médica e a sua aplicação deve ser realizada pelo médico ou sob sua supervisão. • As câmaras hiperbáricas são equipamentos resistentes a pressão e podem ser de dois tipos: - Colectiva; - Individual. O Enfermeiro antes de administrar O2 deve: • Verificar os valores do sangue arterial (gasimetria) 85 Como é diagnosticada a doença de D.A?: - Não existe qualquer teste que permita determinar se alguém tem a doença. - É feito o teste para o gene ApoE4 (gene encontrado no cromossoma 10 responsável pelo aparecimento da proteína apolipoproteína E (ApoE4) que aumenta a probabilidade da doença de Alzheimer ocorrer. Não constitui a causa da doença mas aumenta as hipóteses. - O diagnóstico é feito por um processo de exclusão, bem como uma observação cuidadosa do estado físico e mental da pessoa, mais do que por a doença parecer evidente no momento. - Existem três diagnósticos:  Diagnóstico possível- baseia-se na observação dos sintomas clínicos e na deterioração de duas ou mais funções cognitivas (a memória, a linguagem ou o pensamento). Poderá estar presente uma segunda doença.  Diagnóstico provável- baseia-se nos critérios anteriores e na ausência de uma segunda doença.  Diagnóstico certo- quando existe a identificação das características placas e tranças no cérebro; a certeza de o indivíduo ter tido a D.A. só pode ser feita por biópsia cerebral ou após ter sido efectuada uma autópsia - Avaliação laboratorial: são feitos muitos exames (sangue e urina) para excluir a hipótese de outras doenças que possam explicar o síndrome demencial. Ou que possam agravar a D.A. - Avaliação radiológica: os meios radiológicos desenvolvidos que transmitem imagens do cérebro vivo, capazes de revelar possíveis diferenças entre os cérebros de pessoas com D.A. e os de pessoas não afectadas pela doença são muito poucos; a avaliação radiológicas não leva ao diagn+ostico certo de D.A., mas dá peso a um diagnóstico possível ou provável.  Ressonância magnética: permite uma imagem com extremo detalhe da estrtura cerebral; realizada numa fase precoce e sobreposta mais tarde a uma outra imagem, é possível ver alterações numa determinada região cerebral.  Tomografia computarizada(TAC):mede a espessura de uma parte do cérebro, espessura essa que nos doentes com D.A. se torna rapidamente mais fina.  Tomografia computarizada por emissão de fotões simples (SPECT): permite medir o fluxo do sangue no cérebro que se achou estar alterado.  Tomografia por emissão de positrões(PET): método muito limitado à investigação. Pode detectar alterações do funcionamento do cérebro do doente com D.A. Ex.padrões anormais da utilização de glucose pelo cérebro. Fases da doença de Alzheimer: - Fase inicial: Aparece perda da memória, dificuldade na linguagem, dificuldade visual do tipo espacial (não encontra o caminho para ir para casa); - Fase intermédia: Manifesta-se anos após o seu início. O doente mostra-se cada vez mais apático e menos interessado pelo que o rodeia. Descuida a 86 sua aparência, dialoga de forma pausada e menos expontânea a locomoção é mais lenta. - Fase avançada: O doente já não é capaz de realizar as actividades de vida diária, mesmo as mais simples. Necessita de todo o apoio, carinho, ajuda. - Fase terminal: O doente fica em mutismo, acamado e surgem muitos outros problemas que poderão conduzir à morte. Como apoiar o cuidador de um doente com D.A?:  Compreender a doença e seus efeitos: - Conhecer o mais possível sobre a doença e estratégias de prestação de cuidados; - Compreender o modo como a doença afecta o indivíduo; - Partilhar a informação.  Ser realista no que respeita à doença: - Sendo a doença de Alzheimer uma doença progressiva, a pessoa afectada vai piorando, isso exige que o cuidador seja realista e vai se adaptando às mudanças.  Ser realista no que respeita a si próprio: - Compreender que cuidar de alguém com Alzheimer gasta tempo e energia. Por conseguinte há escolhas e limites. - É importante que o cuidador saiba até onde pode ir e quando precisa de ajuda.  Aceitar os seus próprios sentimentos: - Cuidar de algém com Alzheimer pode levar a que se experiencie uma mistura de sentimentos num único dia. (contente,zangado, culpado, feliz, triste, atrapalhado, receoso e desamparado).  Partilhar sentimentos: - É importante procurar alguém com que se possa partilhar o que nos atormenta.  Procurar o sentido positivo das coisas: - A atitude de quem cuida pode estabelecer uma grande diferença no modo como se sente, deve procurar ver na pessoa aquilo que ela ainda pode fazer, e tentar que cada dia seja importante.  Planear o futuro: - Fazer planos para o futuro pode ajudar a diminuir o stress. Se o doente tiver ainda alguma autonomia, deve-se analisar com ele a situação. (económica, saúde, cuidadores alternados).  Cuidar de si próprio: - A saúde de quem cuida é muito importante,não ser ignorada. (comer refeições adequadas, procurar fazer exercício regularmente, repousar o suficiente, marcar consultas regularmente). Investir em coisas que são importantes para si mesmo.  Procurar ter humor: - Apesar da D.A. ser grave, não é necessário estarmos sérios continuamente. Ver com humor algumas situações, não faz com que a honestidade dos cuidados seja menor.  Procurar /aceitar ajuda: - Pode ser difícil pedir ou aceitar ajuda, é preciso estar consciente que pedir ajuda, não significa prestação de cuidados deficiente. Não é possível “tomar conta” de um doente de Alzheimer sozinho. 87 Intervenções de Enfermagem no doente com doença de Alzheimer: As incapacidades do doente aumentam à medida que a doença progride, por conseguinte deve-se: - Avaliar o que a pessoa ainda pode fazer; - Reconhecer as tarefas que o doente não é capaz de realizar; - Ter presente que o doente (numa fase não muito avançada) apercebe- se das falhas de memóra e tenta esconder, sente-se incomodado, humilhado pela dificuldade em realizar as actividades tais como: o Lavar-se; o Vestir-se; o Ir à casa de banho. - Estar atento/a a estes sentimentos e ajudar o doente e a família; - Ajudar /informar a família onde poderá encontrar ajuda; - Manter uma atitude positiva e fomentar a tranquilidade; - Assegurar-se de que nãio existem problemas físicos que afectam a comunicação (o doente com doença de Alzheimer tem os mesmos problemas que qualquer outro idoso- dor); - Não dar mensagens confusas; - Fazer a leitura da linguagem corporal; - Transmitir segurança/apoio através do contacto físico; - Verificar regularmente se o doente ainda consegue ler e se percebe o conteúdo; - Usar símbolos que não sejam demasiados abstractos e combinar (fuguras ou fotos com a palavra escrita) afim de facilitar a compreensão; - Utilizar estratégias que facilitam a pessoa compreender o tempo: ano, mês, dia, hora; - Adaptar o ambiente às necessidades da pessoa com demência; - Eviatr chamar a atençãi (em “demasiado”) para erros e problemas; - Permanecer calmo; - Sentar-se em frente á pessoa e tentar encorajá-la a falar; - Compreender o sentimento que a pessoa exprime; - Dar apoio; - Adaptar o estilo de linguagem, o tom de voz (sem parecer artificial). - Os 10 mandamentos para aproximação e comunicação com alguém que tem demência: Abordagem da pessoa com demência Comunicação com a pessoa com demência Permanecerás próximo da pessoa Falarás devagar com clareza Usarás o nome da pessoa com regularidade Usarás frases simpels, curtas e concretas Tocarás o corpo da pessoa Completarás as tuas palavras com gestos e carinho Ficarás à altura da pessoa frente a frente Dirás uma mensagem de cada vez Deverás estabelecer contacto com os olhos Usarás frases afirmativas Fonte: Manual do Cuidador Alzheimer Europe 90 diferente de uma hipoestesia ou de uma hiperestesia (ex.: um erro de localização ou um atraso da percepção de uma excitação táctil, térmica, dolorosa, etc.). Hemiparésia: Paralisia ligeira que afecta um lado do corpo. Apraxia: incapacidade para fazer algo ; a pessoa consegue reconhecer a coisa, mas não sabe utilizar-la. Gnosia: capacidade de reconhecer ou saber. Vê mas não sabe identificar, mas através do tacto consegue dizer o que é. Anosognosia: não consegue reconhecer-se a si próprio. 18.5. Sistema urinário 18.5.1. Incontinência urinária no idoso Conceito:“O organismo para se manter saudável, deve eliminar os produtos resultantes do metabolismo processo denominado Eliminação.” (Berger, 1995).”A necessidade de eliminar é simultaneamente:mecânica,química,hormonal e nervosa, variando com a idade e de pessoa para pessoa” (Berger, 1995) Continência urinária: O funcionamento normal da bexiga é regulado por um reflexo involuntário da espinal-medula, o nível de enchumento é transmitido ao cérebro através do centro nervoso localizado na parte inferior da espinal-medula, de onde é ordenado o esvaziamento da bexiga.A urina produzida nos rins é transportada através dos utentes até à bexiga. Aí é armazenada até atingir um certo grau de enchimento, sendo esvaziada através das vias urinárias. Padrão 3- eliminação: Descreve o padrão da função excretora (intestinal, urinária e da pele) e todos os aspectos relacionados com esta função. Alterações urinárias: 1. A função renal altera-se, o rim envelhecido perde a capacidade de diluir e concentrar a urina. O rim vai aumentar o volume de urina para conseguir excretar os produtos tóxicos do metabolismo. Sendo frequente no idoso: - Polaquiúria; - Urgência em urinar; 2. Obstrução ao fluxo de urina aparece no idoso: - Jacto fraco; - Falsa vontade; - Esvaziamento incompleto da bexiga. 3. Obstipação; 4. Depressão e letargia; 5. Regimes terapêuticos. Disfunção urinária: “Termo utilizado para qualificar a insuficiência da bexiga (quer para armazenar quer para eliminar urina” (Rice, R ;2004) Manifestações:  Retenção urinária: incapacidade de esvaziar a bexiga de forma espontânea;  Incontinência: perda involuntária da urina que pode ser medida/avaliada objectivamente (quantidade e frequência). Relativamente á sua prevalência, a incontinência aumental com a idade, é mais comum nas mulehres , e muito mais frequente em sujeitos com problemas funcionais ou cognitivos,  Ou ambas. 91 No idoso, a função vesical apresnta duas particularidades: - Diminuição da capacidade da bexiga e aumento da urina residual; - Ocorrem contracções durante o enchimento que podem produzir o esvaziamento da bexiga. Urinar involuntariamente pode ocorrer quando o esfíncter perder as suas capacidades ou quando os sistemas nervosos que emitem informações entre a bexiga e o cérebro estão parcial ou totalmente interrompidos. A incontinência urinária ou a perda de urina involuntária representa um problema social e higiénico(Associação Internacional para a Continência). “A incontinência por si só não representa uma ameaça para a vida, mas o embaraço, a humilhação e a incoveniência que causa, fazem desta alteração um verdadeiro cancro social.” (S. Raz) A incontinência urinária situa-se entre as doenças que mais vergonha provoca, e constitui um dos maiores tabus quando é necessário falar ou reconhecer o problema. A incontinência urinária é um sintoma, e as suas causas são numerosas. O termo incontinência é uma palavra lata que não ofere informações pertinentes acerca dos problemas relacionados com o controlo urinário do idoso. A incontinência urinária requer uma abordagem multidisciplinar. Saber que o idoso é incontinente tem muito pouco significado, pois não informa da sua frequência(noite, dia ou ambos), nem da gravidade do problema, ou da quantidade de urina emitida, nem se tem consciência deste alteração. O idoso incontinente tem a sensação que não consegue dominar o seu corpo e perde a auto-confiança; ressente a situação como uma regressão e sentimento de cupla. O olhar dos outros incomoda-o e evita falar do assunto. A incontinência urinária é um assunto tabu que confronta a pessoa às suas angústias, e progressivamente leva-a ao um isolamento. Em Portugal, estimaa-se que entre 400 e 500 milhares de pessoas, tenham incontinência urinária. A incontinência urinária tem um grande impacto na qualidade de vida social e económica. Incontinência urinária é um problema de saúde pública, agudizado pelo estigma do embaraço que provoca. A incontinência urinária na mulher: Estudos realizados apontam que as mulheres são mais afectadas que os homens. Vários estudos relatam que mulheres com incontinência urinária alteraram o seu comportamento social, evitando contactos e certas actividades de vida(passeios ea pé, correr,ou ginástica). Causas:  Factores: - Físicos; - Psíquicos; - Sociais; - Outros. Consequências:  Físicas;  Psicológicas;  Socio-económicas. A eliminação na pessoa idosa pode estar afectada por: - Alteração fisiológica relacionada com processo de envelhecimento; 92 - Alteração do sistema músculo-esquelético que reduz a mobilidade; - Diminuição do aporte de líquidos. Diminuição da produção de urina diminuir a estimulação nervosa sensitiva ao nível da bexiga Como consequência temos a incontinência Tipos de incontinência:  Incontinência de esforço;  Incontinência de stress ou de urgência;  Incontinência reflexiva ou reflexa;  Incontinência por super abundância ou por enchimento excessivo;  Incontinência pós-miccional. Tratamento e controlo da incontinência:  Tratamento etiológico: Procurar soluccionar a causa(obstipação, infecção urinária) ou tratamentos cirúrgicos farmacológicos.  Tratamento funcional: Existem medidas que podem ajuda a soluccionar ou melhorar o problema (reeducação dos esfíncteres ou treino vesical). Intervenções de Enfermagem: Ao cuidar de uma pessoa idosa que sofre de incontinência urinária reversível ter que o objectivo é:  Reduzir, eliminar ou neutralizar os factores responsáveis pela incontinência;  Os idosos não são a única pessoa visada mas toda a equipa e família;  A equipa deve adoptar a mesma metodologia;  Colheita de dados(história do problema);  Elaborar um programa de cuidados (i.u.r.) com a participaçao de todos os membros da equipa multidisciplinar;  Utilizar o humor de “bom gosto” e devidamente contextualizado o que poderá ser um importante instrumento;  Não utilizar frases do tipo “não se aborreça...deixe lá”;  Ser empático, compreender o bloqueio psicológicos e os sentimentos do utente idoso na incontinência;  Aumentar o consumo de líquidos até 2l/dia se a sua situação clínica o permitir;  Evitar bebidas diuréticas (café, chá, cacau, álcool, sumo de toranja);  Estabelecer uma rotina de eliminação intestinal;  Oferecer a arrastadeira ou conduzir o utente idoso aos sanitários de 30 minutos após ter ingerido líquidos, ao acordar, antes ou após as refeições, ao deitar e de acordo com o horário estabelecido para as micções (grelha);  Estimular o idoso a participar em actividades para prevenir o isolamente;  Assegurar-se se o idoso tem mudas de roupa suficientes;  Utilizar pensos higiénicos, cuecas protectoras ou dispositivos urinários segundo a situação de incontinência;  Insistir sobre os recursos pessoais do idoso;  Aceitar a mudança de humor da pessoa (trocar opiniões, ajudá-lo a expressar os seus sentimentos);  Admitir e aceitar a sua revolta e ser empático; 95 2 – Máscara facial: usa-se em pessoas inconsciente evitando o refluxo gástrico e permitindo a ventilação 3 e 4 – Tubo endotraqueal e de traqueostomia: destina-se a manter a ventilação, sendo o primeiro utilizado em curtos períodos de tempo Cuidados gerais ao doente com um tubo endotraqueal ou de traqueostomia: Um tubo endotraqueal constitui uma porta aberta a diversos microorganismos, aumentando o risco de infecção nas vias respiratórias inferiores. Medidas preventivas:  Reduzir o risco de infecção  Quando o tubo está inserido na traqueia provoca irritação e produção de muco, é por isso necessário observar o doente regularmente, fazendo a aspiração necessária para manter as vias aéreas permeáveis  Manter a humidificação das vias aéreas  Mudar o equipamento de terapia respiratória todas as 24 horas  Proporcionar frequentes cuidados à boca, porque as secreções têm tendência a acumular-se nesta  Manter o equilíbrio nutricional Assegurar adequada ventilação e oxigenação:  Auscultar regularmente os sons pulmonares  Alternar decúbitos de 2/2horas  Avaliar frequência respiratória, volume corrente e capacidade vital  Fazer: drenagem postural, percussões e vibrações Proporcionar segurança e conforto:  Verificar a posição do tubo regularmente  Mudar os adesivos em SOS  Minimizar as dificuldades resultantes da privação da fala Após a extracção do tubo:  Avaliar:  Eficácia da tosse e do reflexo de vómito  Fuga de ar temporária no local de incisão  19.1.1. Doentes com afecções do sistema respiratório Traqueotomia – é uma operação na qual se faz uma abertura na traqueia Traqueostomia – inserção de uma cânula na traqueia com carácter temporário ou permanente Causas da realização desta operação:  Via aérea superior inadequada:  Tumores  Corpos estranhos  Edema  Paralesia nervosa ou vocal  Necessidade de remoção eficiente das secreções traqueobrônquicas excessivas NOTA: Rigorosa técnica asséptica 96  Respiração fraca resultante de inconsciência ou de paresia respiratória  Problemas resultantes do transporte gasosa deficiente através da membrana capilar dos alvéolos  Necessidade de reduzir o espaço morto – Enfisema grave 19.1.2. Cuidados de enfermagem à traqueostomia Material: Sonda de aspiração Solutos de limpeza (solução salina + H2O) 2 taças esterilizadas Aplicadores esterilizados Luvas esterilizadas Pensos para traqueostomia Fita de nastro Saco de sujos Pomada antibiótica Procedimento:  Lavar as mãos e calçar luvas não esterilizadas  Explicar a técnica ao utente  Individualizar a unidade  Aspirar a boca e/ou orofaringe  Preparar o campo esterilizado  Retirar o penso da traqueostomia sujo  Calçar luvas esterilizadas  Se a traqueostomia tiver cânula, deve-se retirá-la, lavá-la na solução de H2O2 e depois passar por solução salina  Substituir as fitas da traqueostomia se estiverem sujos  Atar as fitas com nó direito a um dos lados do pescoço  Usar técnica asséptica para limpar a incisão da traqueostomia  Aplicar a pomada antibiótica  Aplicar um penso esterilizado 19.2. Entubação nasogástrica Finalidades de uma ENG: 1- Descompressão do estômago (estase gástrica, íleos paralítico…) 2- Alimentação (gavagem) 3- Exames do suco gástrico 4- Lavagem gástrica (hemorragia digestiva e algumas intoxicações por ingestão de tóxicos 5- Drenagem activa ou passiva do conteúdo gástrico Tipos de sondas: 1-Sonda/tubo de Levin - É a mais utilizada e possui apenas um único lúmen. Geralmente é de poliuretano; Têm uma duração de cerca de 8 dias no interior do estômago ou duodeno. Este tipo de sonda é a mais utilizada e para várias finalidades. Pode ser de silicone, o que permite uma longa duração . 2-Sonda de Salem - Sonda de duplo lúmen que é utilizada em situações de drenagem activa do conteúdo gástrico. 3-Sonda de Faucher - Sonda de grande calibre, de borracha, geralmente utilizada para lavagem gástrica. 4-Sonda de Blackmore - Sonda de silicone de vários lúmens (3 a 4), que permitem a drenagem, lavagem e insuflação de balões hemostáticos (compressão do esófago,no 97 caso de hemorragia digestiva por varizes esofágicas) 5-Sonda Freka - Sonda de silicone, com condutor metálico que a pode tornar mais rígida e por isso utilizada em situação de dificuldade de ENG 6- Sonda de Cantor - Sonda com ponta pesada e flexível, geralmente utilizada na entubação nasoduodenal, com comprimento superior a 50 cm, utilizada na descompressão gastrointestinal 7- Sonda de Gastrostomima (PEG – Gastrostomia Percutânea Endoscópica) Nota: Antes da colocação da ENG: -Colocar o utente em fowler ou semi-fowler -Realizar cuidados de higiene oral -Avaliar Sinais Vitais Material: - Tabuleiro - Saco de sujos - Resguardo - Aparadeira - Papel Tornesol ou Litmo - Lenços de papel (para o utente se poder assoar) - Luvas (não necessitam de ser esterilizadas) - Sonda gástrica com calibre apropriado - Compressas - Viscogel - Espátula (envolta por uma compressa) - Copo com água (tapado) - Seringa de 50cc com adaptação própria para SNG - Estetoscópio - Adesivo (estreito) ou próprio para adaptar a sonda ao nariz - Estetoscópio - Clamp - Tampa de SNG ou saco colector ou aspirador - Adaptação bicónica para adaptar a sonda ao aspirador Procedimento:  Isolar a unidade do utente, no sentido de respeitar a sua privacidade e a dos outros utentes  Explicar-lhe o tratamento em linguagem acessível e solicitar a sua colaboração  Colocar o utente em Semi-Fowler, com a cabeça ligeiramente flectida  Preparar material de aspirção e aspirador previamente  Colocar tabuleiro na mesa de refeições, previamente limpa  Lavar as mãos  Proteger as roupas com resguardo e fornecer lenços de papel ao utente  Colocar uma celulose ou sobre o doente ou lateralmente  Preparar aparadeira, colocando-a sob a celulose, com uma tira de papel de tornesol no seu interior  Colocar saco de sujos  Abrir pacote de compressas  Tirar uma tira de adesivo para fixar a sonda, colocando-a na mesa  Se utente colaborante dar-lhe o copo de água, explicando-lhe a sua utilidade
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