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Guias e Dicas
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Telecurso 2000. Física Completo. - 07fis, Notas de estudo de Física

Física_ensino_médio

Tipologia: Notas de estudo

2010
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Compartilhado em 13/05/2010

luis-carlos-menezes-victor-1
luis-carlos-menezes-victor-1 🇧🇷

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Baixe Telecurso 2000. Física Completo. - 07fis e outras Notas de estudo em PDF para Física, somente na Docsity! 7 A U L A Um momento, por favor Outro domingo! Novo passeio de carro. Des- sa vez foi o pneu que furou. O pai se esforça, tentando, sem sucesso, girar o parafuso da roda. Um dos filhos então diz: “Um momento, por favor!” Vai até o porta-malas, pega um cano longo, coloca-o na extremidade da chave, e fala para o pai: “Tente agora!” E o pai, surpreso, consegue retirar os parafusos, fazendo até menos esforço do que anteriormente. Como pode ter acontecido isso? Bem, em Física, existe uma grandeza que está associada à capacidade de uma força girar um objeto. Essa grandeza é chamada de momento da força ou, ainda, torque. Mas, o que vem a ser momento (ou torque) de uma força? De que grandezas ele depende? No dia-a-dia, temos inúmeros exemplos nos quais essa noção está envolvida: alavancas, ferramentas, máquinas, automóveis. Veja a Figura 3. Quando tentamos girar a porca com uma chave, utilizando uma força de mesmo valor, será mais fácil conseguirmos se a força estiver aplicada no ponto A do que se estiver aplicada no ponto B. A porca vai girar em torno de seu centro. Quanto maior for a distância desse ponto ao ponto onde a força é aplicada, maior vai ser a facilidade de girarmos a porca com a chave. 7 U L A Figura 2Figura 1 Figura 3 Figura 4 7 A U L A Analise bem a Figura 4. Ela representa uma porta vista de cima. Duas pessoas empurram a porta, uma tentando fechá-la e a outra tentando abri-la. A pessoa B tenta fazer com que a porta gire, em torno da dobradiça, da mesma maneira como fazem os ponteiros de um relógio (sentido horário), enquanto que a pessoa A procura fazer com que a porta gire no sentido contrário ao que fazem os ponteiros de um relógio (sentido anti-horário). Não vai ser, necessariamente, a pessoa que faz mais força que vai vencer a parada. As distâncias entre os pontos onde são aplicadas as forças e a dobradiça da porta também entram no jogo. Então, quando quisermos analisar a capacidade de uma força girar um corpo, devemos considerar, ao mesmo tempo, duas grandezas: o valor da força e a distância entre a força e o ponto em torno do qual o corpo gira. A grandeza que representa essa capacidade de uma força girar um corpo como já dissemos, é o momento da força ou torque. Se chamarmos de M o momento, podemos definir, inicialmente, o valor dessa grandeza como: M = F · d onde M representa o valor do momento da força, F representa o valor da força e d representa o valor da distância da força ao centro de giro. Observe a situação da Figura 5, em que dois garotos estão sentados numa gangorra. O menino mais gordo tem massa de 60 kg, e o mais magro de 40 kg Assim, eles exercerão respectivamente, sobre a gangorra, forças de 60 kgf e 40 kgf. Essas forças poderão fazer com que a gangorra gire, em torno do apoio, no sentido horário, no sentido anti-horário, ou ainda não gire (se os momentos das forças forem iguais). Vamos calcular os momentos dessas forças com relação ao ponto O. MA = 60 kgf · 1 m = 60 kgf · m MB = 40 kgf · 1,5 m = 60 kgf · m Então, os momentos das duas forças são iguais e a gangorra não vai girar. Podemos dizer que a distância maior do garoto mais magro compensa, em termos de girar a gangorra, o maior peso do menino mais gordo. Vamos, finalmente, considerar uma última grandeza que está associ- ada ao momento de uma força. Obser- ve a Figura 6. Figura 5 Figura 6 B B B 7 A U L AMas, se a soma das forças for zero e a soma dos momentos também, a caixa estará em equilíbrio. Ela não vai girar nem se deslocar. Condições de equilíbrio de um corpo Para que um corpo sujeito a forças permaneça em equilíbrio, é necessário: 1. que a soma de todas as forças que agem sobre o corpo seja nula; 2. que a soma dos momentos dessas forças com relação a um ponto seja nula. Vamos estudar alguns casos que envolvem o equilíbrio de corpos. Passo-a-passo Penduram-se numa barra muito leve (de peso desprezível, como em geral se diz em Física), três bolas iguais que têm, cada uma, um peso de 1 newton (1 N). Elas são presas em pregos que estão a uma distância de 10 cm uns dos outros, como mostra a Figura 13. A barra está presa no teto. Pergunta-se: a) Onde deveremos colocar uma quarta bola, igual às primeiras, para que a barra fique em equilíbrio? b) Qual a força exercida sobre o fio que prende a barra ao teto? Para que o conjunto fique em equilíbrio, a soma de todas as forças aplicadas na barra deve ser igual a zero. Na Figura 13, estão representadas quatro forças:ρ F, ρ F1, ρ F2 e ρ F3. Vamos supor que as forças dirigidas para cima sejam positivas e as dirigidas para baixo sejam negativas. Então, com relação aos valores das forças, teremos: F - F1 - F2 - F3 = 0 F - 1 N - 2 N - 1 N = 0 F = 4 N Então, sobre o fio que suporta a barra, teremos uma força de 4 N. Isso já era esperado pois, se cada bola pesa 1 N e o fio é quem mantém as quatro bolas, ele deverá estar agüentando uma força de 4 N. O peso da barra não entra, pois supusemos que é desprezível. Agora, para que a barra não gire, a soma dos momentos das forcas deve ser também igual a zero. Vamos chamar de M, M1, M2 e M3 os valores dos momentos das forças e escolher que o sentido de rotação horário é positivo. Quem faz a barra girar no sentido horário é a força F3. A força F não faz a barra girar, pois está aplicada no ponto de suspensão e as outras duas tendem a fazer a barra girar no sentido anti-horário. Então teremos: F3 · d3 - F2 · d2 - F1 · d1 = 0 1 N · d3 - 2 N · 0,1 m - 1 N · 0,3 m = 0 d3 = 0,5 m Dessa maneira, a bola deverá ser colocada a uma distância de 50 cm do ponto de suspensão da barra. Figura 13 7 A U L A Passo-a-passo Observe a Figura 14: um sarrafo com peso de 16 N, apoiado em dois blocos A e B. Quais são os valores das forças que os apoios exercem sobre a barra? Para a resolução desse problema, vamos usar um conceito importante - o centro de gravidade. O centro de gravidade de um corpo é o ponto de aplicação da força peso, ou seja, como se todo peso do corpo estivesse concentrado naquele ponto. Se o corpo for homogêneo, como o caso da barra do problema, o centro de gravidade é o centro geométrico da barra. As Figuras 15, 16, 17 e 18 mostram a posição aproximada de alguns centros de gravidade. Numa esfera, como num cubo, ele está no centro da esfera. Na chave, ele fica mais perto da parte que gira a porca. Num homem, ele se situa aproximadamente na altura do umbigo, mas na parte interna de seu corpo. Vamos aos cálculos. Suponhamos que as forças representadas na Figura 14 que estiverem para cima são positivas e as que estiverem para baixo, negativas. Então, vamos ter: F1 + F2 - 16 = 0 Vamos calcular os momentos das forças com relação ao ponto A. Poderíamos calcular também com relação ao centro de gravidade ou, ainda, com relação ao ponto B, que os resultados seriam os mesmos. Vamos considerar que o sentido horário é o sentido positivo. O momento da força ρ F1 com relação ao ponto A é zero, pois a distância da forçaρ P ao ponto A é zero. O momento de ρ F2 é negativo, pois faria com que a barra girasse no sentido anti-horário. O momento de ρ P é positivo, pois faria com que a barra girasse no sentido horário. As distâncias do peso e da força ρ F1 ao ponto A são, respectivamente, 25 cm (0,25 m) e 40 cm (0,4 m), então, a soma dos momentos dessas forças com relação ao ponto A vai ficar: 16 N · 0,25 m - F2 · 0,40 m = 0 então, F2= 4 N × m 0,40 m =10N Sabendo-se o valor de ρ F2 , podemos calcular ρ F1 F1 + 10 - 16 = 0 F1 = 6 N P P PP Figura 18Figura 17Figura 16Figura 15 Figura 14 F1 7 A U L A Figura 20 Figura 19 Figura 21 Passo-a-passo Uma balança tem um peso próprio de 2 kgf. A distância entre o prato da balança e o suporte é 20 cm. Coloca-se um peixe no prato. O peixe é equilibrado por um peso de 0,5 kgf colocado a 40 cm do suporte. Qual é o peso do peixe? Qual a força exercida pelo peixeiro para segurar a ba- lança? (Figuras 19 e 20.) Inicialmente, o momento do prato da balança é compensado pelo momento do travessão da balança, pois a balança vazia está em equilíbrio (Figura 19). Quando o peixe e o contrapeso são colocados, para que haja equilíbrio, o momento do peso de um deve compensar o do outro (Figura 20). Então: Mp = Mc Chamando-se de Pp o peso do peixe, de Pc o do contrapeso, de dp a distância do prato (onde está o peixe) e de dc a distância do contrapeso, teremos: Pp · dp = Pc · dc Pp · 0,2 m = 0,5 kgf · 0,4 m Pp = 0,5 kgf × 0, 4 m 0,2 m = 1 kgf As forças que agem são: o peso do peixe ρ Pp , o peso da balança ρ PB , e o peso do contrapeso ρ PC atuando para baixo. Quem equilibra essas forças é o peixeiro, segurando na argola. Então ele vai exercer uma força de: 2 kgf (da balança) + 1 kgf ( do peixe ) + 0,5 kgf ( do contrapeso ) = 3,5 kgf Passo-a-passo Uma prateleira de 2 kg, que pode girar em torno de um ponto O fixo na parede, tem a outra extremidade também presa à parede por uma corda que forma, com a mesma, um ângulo de 60º. A corda está fixa a 40 cm do ponto O (Figura 21). Um bloco de 10 kg está apoiado nessa prateleira a uma distância de 10 cm da parede. Qual a força que o conjunto vai exercer sobre a corda? Vamos supor que os momentos das forças que fariam a prateleira girar em torno do ponto O, no sentido horário, fossem positivos. Tais forças seriam o peso da prateleira e o peso do bloco, que valem, respectivamente, 2 kgf e 10 kgf. O momento da força que age sobre a corda faria a prateleira girar no sentido anti-horário, e seria, então, negativo. Chamando-se de Mp, MB e Mc esses momentos, teríamos: Mp + MB + Mc = 0 Então, 2 kgf · 0,1 m + 10 kgf · 0,1 m - F · 0,4 m · sen 60º = 0 F= 2 kgf × 0,1 m + 10 kgf × 0,1 m 0,4 m × 0,866 @ 4 kgf
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