Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

SEGURANÇA NA ESCOLA: Lugares de Bullying e Lugares de Paz, Notas de estudo de Atualidades

Este artigo é fruto de parte das ações, reflexões e ações do Projeto: Conviver sem bullying: pelo direito de estudar em paz, que foi implantado no Colégio Agrícola Vidal de Negreiros (CAVN), localizado no município de Bananeiras-PB. O projeto está em andamento, sendo realizado com os estudantes do ensino médio do colégio e tem por objetivo: debater as temáticas de direitos humanos a fim de prevenir/combater a violência e o bullying no CAVN. Este texto apresenta como o projeto vem formando para o

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 06/09/2011

jose-nicodemos-12
jose-nicodemos-12 🇧🇷

5 documentos

1 / 11

Documentos relacionados


Pré-visualização parcial do texto

Baixe SEGURANÇA NA ESCOLA: Lugares de Bullying e Lugares de Paz e outras Notas de estudo em PDF para Atualidades, somente na Docsity! 4CCHSADCSAPL02 SEGURANÇA NA ESCOLA: Lugares de Bullying e Lugares de Paz José Nicodemos da Costa1; Jefferson Flora Santos de Araújo1; Patrícia Agripino de Lima2; Franciene Pereira dos Santos2; Danilo Cavalcante de Almeida2; Nadja Kelly Santos Pina2; Auricélia Venâncio dos Santos2; Rita Cristiana Barbosa1; Ademir Guilherme de Oliveira3; Catarina de Medeiros Bandeira3; Maria do Socorro Ferreira dos Santos3; Rodrigo Roneli Duarte de Andrade3 Centro de Ciências Humanas Sociais e Agrárias – CCHSA / Departamento de Ciências Sociais Aplicadas - DCSA / PROLICEN RESUMO Este artigo é fruto de parte das ações, reflexões e ações do Projeto: Conviver sem bullying: pelo direito de estudar em paz, que foi implantado no Colégio Agrícola Vidal de Negreiros (CAVN), localizado no município de Bananeiras-PB. O projeto está em andamento, sendo realizado com os estudantes do ensino médio do colégio e tem por objetivo: debater as temáticas de direitos humanos a fim de prevenir/combater a violência e o bullying no CAVN. Este texto apresenta como o projeto vem formando para os direitos humanos tratando de violência e do fenômeno Bullying e suas implicações nas relações interpessoais, com perspectivas para a criação da “escola da paz” através de debates e dinâmica em sala de aula e do cinema. O bullying pode acontecer em qualquer espaço e trazer danos. No CAVN encontramos espaços seguros e inseguros, lugares que também testemunham os horrores do bullying. Os primeiros resultados da intervenção com o debate sobre essa temática em sala de aula já apontam para a identificação dos lugares no CAVN onde o bullying tende a ocorrer, ao mesmo tempo em que caminhamos para a tomada de decisões no sentido de atitudes efetivas para torná-los menos atraentes para os agressores. Palavras-chave: Bullying, Violência na Escola, Segurança, Educação. INTRODUÇÃO Um dos assuntos mais falados na Educação atualmente é o Bullying, termo em inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo ou grupo de indivíduos incapazes de se defender. O Bullying é uma violência praticada no ambiente escolar tanto por meninos como por meninas. Sua prática vem preocupando pais e educadores, principalmente devido às conseqüências deixadas nas vítimas e até nos próprios agressores. Segundo Chalita (2008), dados disponíveis sobre o mapeamento da violência escolar no Brasil feito pelo Centro Multidisciplinar de Estudos e Orientação sobre o Bullying Escolar – CEMEOBES, estima que o Bullying praticado por crianças e jovens já atinja 45% dos estudantes brasileiros de ensino fundamental. Esses dados mostram a necessidade de voltarmos o olhar para essa triste realidade que atinge nossas escolas. Alunos precisam ser conscientizados e orientados sobre as atitudes e conseqüências do que acreditam ser apenas UFPB-PRAC_______________________________________________________________XII Encontro de Extensão _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _ (1) Bolsista, (2) Voluntário/colaborador, (3) Orientador/Coordenador, (4) Prof. colaborador, (5) Técnico colaborador. uma brincadeira, mas que na verdade se trata de uma prática violenta. Educadores e pais também precisam ser orientados sobre o fenômeno Bullying, principalmente no que diz respeito a identificar e agir diante de uma situação. O médico Filho (2010, p. 1) que estuda o assunto há nove anos diz que: A escola que afirma não ter bullying ou não sabe o que é ou está negando sua existência. O seu papel começa em admitir que é um local passível de bullying, informar professores e alunos sobre o que é e deixar claro que o estabelecimento não admitirá a prática - prevenir é o melhor remédio. O papel dos professores também é fundamental. Eles podem identificar os atores do bullying - agressores e vítimas. Diante dessa realidade, a Profª MS. Rita Cristiana Barbosa do curso de Licenciatura Plena em Pedagogia do Campus III da Universidade Federal da Paraíba com a ajuda de alguns alunos graduandos através do PROLICEN 2010 está desenvolvendo o projeto “Conviver sem bullying: Pelo direito de estudar em paz” no Colégio Agrícola Vidal de Negreiros (CAVN) dentro do mesmo campus da UFPB na cidade de Bananeiras-PB. Este projeto está sendo desenvolvido nas turmas de 1º a 3º ano do curso técnico sendo aplicado por uma equipe de oito componentes dividida em quatro duplas. O projeto tem como objetivo favorecer aos participantes ocasiões de debate sobre direitos humanos, violência, fenômeno Bullying e suas implicações nas relações interpessoais, com perspectivas para a criação da cultura da paz na escola, a fim de prevenir/combater a violência e o Bullying no CAVN. DESCRIÇÃO METODOLÓGICA O referido projeto tem por ações por vários encontros para exposição de conteúdo, debates, atividades em grupos, exibição e discussão de filmes e uma caminhada pela paz. Trataremos nesse texto da metodologia utilizada para refletir sobre os espaços do CAVN. Esse encontro foi iniciado com a apresentação das informações referentes à coleta de dados feita anteriormente. Após isto, foram apresentados três vídeos: Cyber Bullying, Palavras que machucam e Juventude urbana, as apresentações foram seguidas de uma discussão sobre o conteúdo dos vídeos. Na seqüência, os alunos responderam a um pequeno questionário contendo a seguinte pergunta: “Que lugares você considera seguros e que lugares você considera inseguros no CAVN?”. A partir destes dados fizemos uma análise interpretativa e apresentamos às turmas os resultados com a simbologia de cores: verde para os lugares seguros e vermelhos para os lugares inseguros. UFPB-PRAC_______________________________________________________________XII Encontro de Extensão _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _ (1) Bolsista, (2) Voluntário/colaborador, (3) Orientador/Coordenador, (4) Prof. colaborador, (5) Técnico colaborador. Entre os alunos do 2º ano G encontramos os seguintes dados: Figura 3 – Respostas dos estudantes (2º Ano G) sobre os lugares seguros do CAVN. Direitos reservados ao Projeto: Conviver sem bullying: pelo direito de estudar em paz UFPB-PRAC_______________________________________________________________XII Encontro de Extensão _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _ (1) Bolsista, (2) Voluntário/colaborador, (3) Orientador/Coordenador, (4) Prof. colaborador, (5) Técnico colaborador. Figura 4 – Respostas dos estudantes (2º Ano G) sobre os lugares seguros do CAVN. Direitos reservados ao Projeto: Conviver sem bullying: pelo direito de estudar em paz Dos 20 alunos que responderam: 14,8% consideram a sala de aula como um lugar seguro; 14,8% os quartos; 5,6% a coordenação do Colégio; 22,2% a biblioteca; 7,4% a praça; 3,7% o pavilhão do ensino superior; 7,4% dizem que nos banheiros encontram segurança; 3,7% o casarão (direção do Centro); 3,7% a mesa da maconha1; 3,7% a sala de Nair (no prédio da direção do Colégio) e 13% deram diversas respostas. Em comparação, com a turma do 1º “A”, foram citados mais e diferentes lugares considerados seguros no CAVN. Isso pode representar que as turmas freqüentam os espaços do CAVN de acordo com as turmas/séries. Ao perguntar sobre os lugares inseguros, observa-se que alguns lugares se repetem se configurando em seguros e inseguros ao mesmo tempo. Vejamos o que diz o 1º ano “A”: UFPB-PRAC_______________________________________________________________XII Encontro de Extensão _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _ (1) Bolsista, (2) Voluntário/colaborador, (3) Orientador/Coordenador, (4) Prof. colaborador, (5) Técnico colaborador. 1 Espaço de lazer à sombra de uma árvore o qual os alunos se encontram para conversar. Segundo os mesmo, este também é o espaço para o consumo da maconha, por isso o nome. Figura 5– Respostas dos estudantes (1º Ano A) sobre os lugares inseguros do CAVN. Direitos reservados ao Projeto: Conviver sem bullying: pelo direito de estudar em paz O pavilhão de aulas e as próprias salas de aulas que aparecem como lugares seguros em 3,3%, como inseguro essa opinião aumenta para 10%. Enquanto 20% considera os quartos seguros, encontramos 16,7% que definem os alojamentos no geral inseguros. Para essa turma, a fonte se torna símbolo da insegurança, pois é “o banho” nela que representa o batismo de quem seja, ou seja, uma violência disfarçada de brincadeira é realizada quase em todo início de período escolar como suposta “acolhida” aos novatos. UFPB-PRAC_______________________________________________________________XII Encontro de Extensão _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _ (1) Bolsista, (2) Voluntário/colaborador, (3) Orientador/Coordenador, (4) Prof. colaborador, (5) Técnico colaborador. Figura 9– Respostas dos estudantes (2º Ano “G”) sobre os lugares inseguros do CAVN. Direitos reservados ao Projeto: Conviver sem bullying: pelo direito de estudar em paz Dos 20 alunos que responderam: 24,2% consideram a fonte como lugar inseguro pelo mesmo motivo dos alunos do 1° ano; 12,1% afirmam que os alojamentos são inseguros; 7,6% acham as salas de aula inseguras; 9,1% a piscina que semelhante a fonte, também acontecem banhos contra vontade; 6,2% dizem que o ginásio é um lugar inseguro; 4,5% afirmam que a praça é insegura; 18,2% o RU (Restaurante Universitário); 3% os caminhos de acesso para as cidades vizinhas; 3% a mesa da maconha e 9,1% deram diversas respostas como os lugares mais inseguros do CAVN. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante dos dados prospectivos encontrados em nossa pesquisa, concordamos com Filho (2010) ao afirmar que o bullying é encontrado em qualquer escola e que as escolas que não admitem a ocorrência de bullying entre seus alunos ou não conhecem o problema ou se negam a enfrente-lo. Quando não há intervenções efetivas contra o bullying, o ambiente escolar torna-se um campo minado. Segundo Wright (2009, p. 21) quando adultos estão presentes para supervisionar os lugares, intervêm rapidamente quando presenciam o bullying, e providenciam conseqüências justas e apropriadas para o agressor, as ocorrências de bullying tendem a diminuir drasticamente. O professor pode trabalhar em conjunto com os demais funcionários da escola para dificultar a ação dos agressores, identificando os locais onde é comum a prática de bullying, e então providenciando o aumento do número de adultos supervisionando estes locais. Portanto, nossa intenção foi identificar os lugares onde o bullying normalmente acontece no CAVN a fim de tomarmos atitudes para torná-los pouco atrativos para os agressores. O próximo passo será criar com os alunos estratégias para transformas os lugares UFPB-PRAC_______________________________________________________________XII Encontro de Extensão _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _ (1) Bolsista, (2) Voluntário/colaborador, (3) Orientador/Coordenador, (4) Prof. colaborador, (5) Técnico colaborador. menos atraentes para os agressores e, dessa forma, combatermos as práticas de bullying no CAVN. REFERÊNCIAS CHALITA, Gabriel. Pedagogia da amizade – bullying: o sofrimento das vítimas e dos agressores. São Paulo: Editora Gente, 2008. FILHO, Lauro Monteiro. O que é bullying? Revista Nova Escola. Disponível em: <http:// revistaescola.abril.com.br/crianca-eadolescente/comportamento/bullying-escola-494973.shtml.> Acesso em: 19/09/2010. WRIGHT, Jim. Prevenindo o Bullying na Escola: O que os professores podem fazer? Trad. Renata Tcatch Lauermann. NIPEDH – Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa em Educação em Direitos Humanos. EDHUCA - Escola que protege. Brasil. Ministério da Educação e da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Brasília, 2009. UFPB-PRAC_______________________________________________________________XII Encontro de Extensão _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _ (1) Bolsista, (2) Voluntário/colaborador, (3) Orientador/Coordenador, (4) Prof. colaborador, (5) Técnico colaborador.
Docsity logo



Copyright © 2024 Ladybird Srl - Via Leonardo da Vinci 16, 10126, Torino, Italy - VAT 10816460017 - All rights reserved