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Guias e Dicas
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Escadas, Notas de estudo de Engenharia Civil

desenho em planta baixa e corte

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 15/11/2010

rodrigo-lordelo-4
rodrigo-lordelo-4 🇧🇷

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Baixe Escadas e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Civil, somente na Docsity! TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL E CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS ANOTAÇÕES DE AULA 12 ESCADAS 265 12 - ESCADAS APÓS ESTUDAR ESTE CAPÍTULO; VOCÊ DEVERÁ SER CAPAZ DE: • Escolher o tipo de escada ideal para a sua edificação; • Calcular corretamente as escadas; • Executar corretamente a escada calculada. 12.1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS, NORMAS E TERMINOLOGIA As escadas servem para unir, por degraus sucessivos, os diferentes níveis de uma construção. Para isso deveremos seguir algumas normas: a) A proporção cômoda entre o plano horizontal e o plano vertical dos degraus é definida pela expressão: 0,63 ≤ 2e + p ≤ 0.64m Sendo: e = plano vertical, altura ou espelho. p = plano horizontal, largura ou piso. As alturas máximas e larguras mínimas admitidas são: 1º - Quando de uso privativo: a) altura máxima 0.19 m b) largura mínima 0.25 m 2º - Quando de uso comum ou coletivo: a) altura máxima 0.18 m b) largura mínima 0.27 m Os pisos dos degraus poderão apresentar saliências até de 0,02m, que não será computada na dimensão mínima exigida (Figura 12.1). Figura 12.1 - Detalhe dos degraus de uma escada (G.Baud,1976) Temos nas escadas a linha de plano horizontal ou linha de piso que é a projeção sobre um plano horizontal do trajeto seguido por uma pessoa que transita por uma escada. Em geral esta linha ideal se situa na parte central dos degraus, quando a largura da escada for inferior ou igual a 1,10m. Quando exceder a essa grandeza a linha de planos horizontais se traça a s 268 Figura 12.4 - Exemplo de ocupação (fila) de uma escada As escadas em curva só são permitidas quando excepcionalmente justificáveis, desde que a curvatura externa tenha raio de 6,00 metros, no mínimo, e os degraus tenham largura mínima de 0,28m, medida na linha do plano horizontal, desenvolvida a distância de 1,00m. As escadas de uso comum ou coletivo terão obrigatoriamente: • Corrimãos de ambos os lados, obedecidos os requisitos seguintes: a) Altura constante, situada entre 0,75 m e 0,85 m, acima do nível da borda do piso dos degraus. b) Serão fixados pela sua face inferior. c) Estarão afastados das paredes no mínimo 4 cm. d) Largura máxima de 6 cm OBS: - Se a soma da largura e do afastamento do corrimão não ultrapassar 10 cm, a medida da largura da escada não precisa ser alterada, garantindo o escomento. A altura do guarda corpo exigida é entre 90 a 120cm, sendo recomendado 110cm, que nestes casos devemos acrescentar o corrimão. Quando a largura da escada for superior a 1,80 m , deverá ser instalado também corrimão intermediário. Se dá o nome de CAIXA ao espaço ou local em cujo interior se acha a escada. A forma da caixa e da escada é citada pelas condições locais de altura e espaço, que podem ser por exemplo (Figura 12.5): 269 Figura 12.5 - Exemplo de caixa de escada (G.Baud, 1976) As escadas deverão ter a inclinação sempre constante em um mesmo lance. O valor do plano horizontal e da altura (plano vertical) não devem variar jamais de um patamar a outro (Figura 12.6), contudo é aceitável uma exceção quando se trata de degraus de saída, este pode ter um plano horizontal de 2 à 5 mm superior aos dos outros degraus. A inclinação mais favorável é de 30° para as escadas internas. Portanto devemos tomar a cautela no instante do cálculo da escada, no seu desenho e marcação na obra, para que não haja a mudança de inclinação, fazendo com isso o seu perfeito desenvolvimento. Mudança de Inclinação Inclinação comuns das escadas Figura 12.6 - Inclinação das escadas (G.Baud, 1976) 270 12.2 - CÁLCULOS E DESENHOS PRÁTICOS DE ESCADAS Na realidade uma escada não se calcula com máquina de calcular e sim, com um "compasso", que, ao invés de traçar círculos, divide suas alturas e larguras estabelecendo o seu desenvolvimento (G.Baud, 1976). No entanto sabemos que um degrau com 14 centímetros de altura é fácil de subir e que depois dos 18, torna-se muito cansativo, portanto para base de cálculo poderemos adotar um espelho entre 14 a 18cm. A sua largura deve ser suficiente para receber, se possível no centro da linha do plano horizontal ou de piso, um pé inteiro, sem que o mesmo esbarre no espelho (Figura 12.7), com isso podemos estabelecer um limite de um mínimo de 25 cm e um máximo de 35 cm. Figura 12.7 - Dimensões dos pisos e espelhos para calculo de escada Para se calcular uma escada devemos: 1º - Medir com precisão a distância entre o piso e o nível a ser atingido, isto é, do piso inferior ao piso superior, e dividi-la por uma altura entre 14 a 18 cm, até obter um número exato de degraus. 2º - Calcular o desenvolvimento das escadas: que é elemento útil para fixação das dimensões da caixa, quando ainda não está definida, e quando já se tem, verificar se a escada encaixa-se no vão existente. O desenvolvimento é obtido com facilidade uma vez conhecido o comprimento dos lances, visto já ter calculado a largura dos pisos, e o comprimento dos patamares. Assim para calcularmos o comprimento do lance faremos: C = ( N - 1) p+s sendo: C = Comprimento do lance. N = Nº de degraus. p = piso ( plano horizontal). s = saliência ou pingadeiras Portanto o desenvolvimento será: 273 12.3 - ESCADAS COM SEÇÕES EM CURVA Quando ao mudarmos de direção e não a fizermos com lances retos, devemos nos prevenir e fazer com que na curva, as larguras dos pisos sobre a linha do plano horizontal permaneça com a mesma dimensão: Traçado prático para obtenção das escadas em curva. 12.3.1 - Divisão da escada com seção em curva 1) Fora do traçado da escada, desenhar uma reta e marcar nela os traços dos degraus que é preciso repartir ou compensar e além disso o do último degrau reto (Figura 12.12). 2) Traçar uma reta 4-A que parta da extremidade da primeira e forme um ângulo qualquer com ela. 3) Sobre esta última reta, tomar: a) marca normal 4-5; b) o comprimento desenvolvido da linha de vazio ou de rebordo 5'A. 4) Unir 5' -5 e 12-A; suas prolongações determinam o ponto F. 5) Unindo F com os pontos de separação das marcas normais determinando-se 6', 7', 8', 9', 10' e 11'. 6) Trasladar os valores encontrados ao plano da escadaria: 5'- 6'; 6' - 7'; 7'- 8'; etc. Figura 12.11 -Desenho da escada com seção em curva (G.Baud, 1976) 274 Figura 12.12 -Divisão dos pisos para a escada com seção em curva (G.Baud, 1976) 12.4 - ESCADAS DE SEGURANÇA Consideramos escada de segurança as escadas a prova de fogo e fumaça dotadas de antecâmeras ventilada. Para um bom projeto de escada de segurança, devemos verificar e pesquisar as normas de segurança que normalizam o projeto e a execução das mesmas. Ficamos restritos aqui, apenas a exemplificar alguns tipos de escada de segurança: Figura 12.13 - Exemplo de escada de segurança 275 12.5 - COMO EXECUTAR AS ESCADAS NA OBRA A marcação de escadas na obra deve seguir o projeto, no entanto na maioria das vezes, na execução da obra muda-se as cotas e com isso cabe ao profissional adaptar a escada as novas medidas. Deixando bem claro que as variações de medidas devem ficar na ordem de centímetros, caso contrário devemos recalcular a escada. Para marcar a escada na obra devemos ter um anteparo, que pode ser uma parede (nas escadas enclausuradas) ou mesmo uma tábua (fôrma lateral), onde possamos riscar a escada nas medidas reais. E a fazemos da seguinte forma (Figuras 12.14 e 12.15) : 1º - Medir na horizontal a somatória do nº de degraus. Ex.: 10 degraus de p=30 cm = 3,00m.(Figura 12.14) 2º - Esticar uma linha do nível inferior ao superior. (Figura 12.15) 3º - Com o auxílio de um prumo verificar a verticalidade do ponto de chegada (nível superior). (Figura 12.15) 4º - Com o auxílio de uma galga com dimensão do piso e um nível de bolha, marca-se a escada Figura 12.14 - Início da divisão da escada Figura 12.15 - Divisão da escada utilizando o nível de mão (pedreiro) e uma galga Depois de marcá-la, faremos a forma da mesma maneira das lajes, pontaletada e contraventada, sendo portanto os lances formados por painéis inclinados de tábuas no sentido longitudinal limitadas nas laterais por tábuas pregadas de pé, tábuas em pé também formam os espelhos.(Figura 12.16)
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