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Guias e Dicas
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Comida que cuida, Notas de estudo de Nutrição

Canser - Canser

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 10/07/2010

aline-menezes-do-amaral-4
aline-menezes-do-amaral-4 🇧🇷

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Baixe Comida que cuida e outras Notas de estudo em PDF para Nutrição, somente na Docsity! Comida que cuida O prazer na mesa e na vida de quem tem diabetes s Ínvice À sua saúde 6 A alegria dos sentidos 13 Um outro olhar 17 Doces bandidos 29 Hoje é festa 37 Da porta pra fora 53 Felizes para sempre 65 Tempo rei 79 Bom pra você 91 Vida com balanço 94 Receitas amigas 107 Referências 180 Índice de receitas 181 A SUA SAÚDE! “O essencial é a Saúde”, assim mesmo, com S maiúsculo, significa muito mais do que a simplicidade dessas palavras faz supor. Saúde, para a sanofi-aventis, significa trabalhar com precisão, eficiência e, claro, carinho, sempre em benefício do paciente. [) tradução, a cada dia, da busca pelo que há de mais moderno nas pesquisas científicas, no emprego dos melhores talentos, tudo para descobrir medicamentos ainda tão esperados. E tão necessários. É o compromisso da sanofi-aventis com a qualidade de vida, além da abordagem terapêutica. A Saúde em todos os seus aspectos: do apoio às causas humanitárias, dos projetos culturais, sociais e de valorização da auto-estima; da relação mais próxima com a comunidade, até o olhar atento, tão fundamental, no que está ao redor do paciente. Descobrir o prazer de se cuidar, sem abrir mão do sabor Iniciada em 2006, Comida que Cuida é uma coleção criada com leveza e alto-astral, para mostrar como, através da alimentação e de pequenas mudanças no jeito de ver as coisas, fica mais fácil superar as limitações que nos impõe uma doença, seja ela qual for. Em nossa primeira experiência, com o Comida que Cuida - Dicas de alimentação durante o tratamento do câncer, o paciente é convidado a fazer uma deliciosa viagem por cheiros, sabores e temperos de sua infância, para estimulá-lo a se alimentar bem durante o seu tratamento. Já o Comida que Cuida 2 - O prazer na mesa e na vida de quem tem diabetes vem para trazer uma boa notícia ao adolescente ou jovem com diabetes, aos adultos que acabaram de receber o diagnóstico ou àqueles que convivem há anos com o diabetes: é possível, sim, viver a vida em toda a sua plenitude, descobrir o prazer de se cuidar, sem abrir mão do sabor. Graças à ciência, já é possível entender melhor como transformar alimentos em grandes aliados da sua saúde. Você vai ver como pequenas mudanças no prato e nos hábitos farão grandes efeitos na sua qualidade de vida, no seu pique, na sua imagem... Mais uma vez, o texto “tão gostoso que dá pra comer de colher” da jornalista Cris Ramalho, colorido pelas ilustrações de fazer sonhar acordado da Mariana Manini e pelo visual sempre acolhedor da designer Lu Cury, vai transportar você para o mundo de delícias preparadas pela nutricionista Paula Cristina da Costa, que também tem diabetes. Para completar, depoimentos de vários dos maiores especialistas brasileiros derrubam alguns mitos e esclarecem dúvidas sobre o diabetes. Você vai aprender dicas rápidas de como incrementar uma sobremesa, o que fazer na hora de lidar com a opinião alheia sobre o seu diabetes ou como se divertir em festas, restaurantes, no dia-a-dia. Vai ler histórias reais de pacientes que souberam sacudir a poeira e crônicas feitas especialmente para este livro, que revelam como pode ser doce enxergar o mundo de outros jeitos. Comida que Cuida 2 - O prazer na mesa e na vida de quem tem diabetes é um convite para celebrar o paladar, os prazeres pequenos e grandes, a vida. Aproveite! Sanofi aventis en Re POSITIVA “Você descobriu que tem diabetes. Então vai aprender a se alimentar de forma saudável, fazer exercícios, cuidar de verdade da sua saúde e evitar colesterol alto, problemas cardíacos, obesidade... A descoberta do diabetes acaba sendo positiva.” Frase que o dr. Levimar Rocha Araújo, endocrinologista de Belo Horizonte que tem diabetes, gosta de dizer para seus pacientes f p= gora essa. O médico lhe diz que você tem diabetes e, com o diagnóstico, a primeira coisa que lhe vem à cabeça é a certeza de um futuro para sempre insosso, sem açúcar, nunca mais nenhuma pitada de abuso, adeus ao gla- mour de chantilly. E isso lá é vida? A boa notícia é que não tem de ser assim, não. Você tem diabetes? Então o que vai mudar de vez é o seu jeito de encarar as coisas. Aqui começa a primeira e fundamental lição para portadores de diabetes de todas as idades: vocÊ val REDESCOBRIR O REAL PRAZER DE comer, Sentir o gosto de cada ali- mento, perceber melhor os temperos, a delicadeza dos perfumes, como as frutas podem ser doces. Como uma bela massa, devorada na hora certa, ganha uma graça danada. É a alegria de reverenciar o alimento, de festejar o privilégio que é comer com sabor, uma alegria que se pode tocar e que desce goela abaixo. Tudo tem dois lados, nos ensinam nossas avós, nossas professoras, o senso comum pela vida afora. DE UMA DOENÇA QUE EXIGE ATENÇÃO CONSTANTE, PARA SEMPRE, COMO O DIABETES, JÁ QUE PODE TRAZER CONSEQUÊNCIAS MAIS SÉRIAS, O LADO BOM É QUE BROTA A VONTADE DE SE CUIDAR. E vão se revelar coisas inesperadas no seu dia-a-dia. Descobrir, por exemplo, que fazer exercício é um grande prazer, sim. Pode ser andar a pé todos os dias, fim de tarde, aque- Ta luz alaranjada em que até a cidade grande ganha certa poesia. Se você tiver a sorte de morar no campo, ou na praia, respirar fundo, sentir a brisa num dia de sol bom. Pode ser dançar, uma dança de salão, que deixa a alma em férias e esquenta a paquera. Seja qual for a sua idade, o seu estilo, você vai constatar que o humor melhora muito quan- do a gente se mexe, a pele ganha viço, novos amigos entram na roda, e o que era para ser só recomendação médica de controle da doença vai melhorar tantas outras coisas. Há o prazer de trocar receitas com a vizinha que tem uma tia com diabetes que faz um manjar sem açúcar que é uma beleza... O prazer de se sentir leve, talvez perder uns quilinhos. E o melhor de todos os prazeres, o de come- ter uns pecados: numa alimentação equilibrada, por exemplo, cabe um brigadeiro transgressor, ou três Bis no meio da tarde, para manter a glicemia em dia. Como é que é? Doce de verdade para quem tem diabetes? E pode? Pois é, vez por outra pode. A pessoa com diabetes tem de ir a festas, jantares, restaurantes, rodopiar feliz no salão, fazer o que lhe dá na telha sem dar a mínima para os chatos com regras erradas, aprender a sorrir para o que existe a cada momento. Assim o diabetes deixa de ser um peso e passa a fazer parte da rotina, sem dramas. Abre-se um novo lado para você. PARA TER A LIBERDADE DE COMER COM PRAZER, Com este livro, queremos lhe apresentar como E PRECISO SEMPRE MEDIR A SUA GLICEMIA a comida pode ser prazerosa, e a mesa - e o jeito de viver - de quem tem diabetes deve ganhar cara nova. Veja só nossas receitas, elaboradas por uma nutricionista especializadíssima em diabetes, até porque ela própria também tem diabetes: rondelli ao molho de passas, bolo de nozes, brownie com calda de chocolate, brigadeiro... Só delícias de limpar o prato. Afinal, apetite é amor. É preparar um almoço com tudo fresco, que traga uma sensação boa, e alguém peça a receita, e essa receita passeie por aí, unindo sabores e pessoas que nunca se viram. É aquela alegria de comer e lembrar de um momento querido, então vem um sorrisão e a dádiva: a comida sempre será parte fundamental da nossa vida. Com o diabetes, você não vai ter de renunciar a esses prazeres. Vai é descobrir novos sentidos. E a vida pode virar outra — um lado bom da história. stas coisas são curiosas. Quando estamos de dieta, ou somos proibidos de comer algum alimento por qualquer razão, a comida em questão vira a coisa mais sublime do mundo. Um pão doce de padaria se transforma em iguaria dos deuses, só de lembrar do bolinho feito pela mãe a boca se enche de água e, sem nenhum motivo aparente, aquelas comidinhas fincadas no nosso imaginário - o ham- burgão da lanchonete, a maionese escorrendo pelo lábio, a bomba de chocolate na porta do cinema - se tornam, de uma hora para outra, o único sentido da vida. Então, quando o médico lhe diz que é preciso ficar de olho na alimentação, o estômago entra em delírio. Seu coração balança entre a incerteza, a saudade do rocambole e a von- tade de aprontar alguma. É preciso, é necessário cometer um pecado. Dizem os homens que entendem de gastronomia que os doces portugueses, os mais doces do mundo, à base de ovos, açúcar e amêndoas, foram criados nos con- ventos por uma adaptação: as freiras usavam as claras para engomar as roupas e, sem saber o que fazer com as gemas, botaram açúcar na imaginação e criaram pastéis de Santa Clara, toucinhos do céu, papos-de-anjo e tantas delícias de nomes celestiais. Moral do negócio: as freiras se adaptaram às circunstâncias e fizeram maravilhas. Essa historinha é só para ilustrar como as situações difíceis, vistas com um outro olhar, podem ser transformadas para melhor. E que os desejos, bem, os desejos às vezes levam a gente à loucura, mas também nos estimulam a ter idéias ótimas. Enfim, essas coisas são curiosas. Na rotina do diabetes, você não vai poder se esbaldar em papos-de-anjo, é certo, mas em compensação pode criar receitas deliciosas com o doce das frutas, ou adoçantes. E vai aprender, aqui, como os cardápios saudáveis são muito mais saborosos do que você imagina. Dieta prazerosa, sim. FUNDAMENTAL: O que vale, na hora de escolher o que vai no prato, é a quantidade e a combinação dos alimentos. De todos os nutrientes, o que mais eleva a sua glicemia é o carboidrato. Sabendo a quantidade de carboidratos que você consome a cada refeição, fica bem mais fácil ajustar a dose da sua medicação. Na tabela da página 94, você vai conferir a quantidade de carboidratos em BATA UM PACOTE DE GELATINA DIET vários alimentos. (DEPOIS DE PRONTA) COM MEIO COPO Alguns alimentos ainda têm o poder DE IOGURTE NATURAL. VIRA UMA MUSSE de ajudar a equilibrar a absorção dos car- DELICIOSA, COM POUCOS CARBOIDRATOS boidratos, que no corpo se transformam imediatamente em açúcar. Comendo fibras e fazendo uma refeição balanceada, você consegue driblar o excesso de glicose, ou faz com que ela demore mais tempo para ser absorvida no sangue, e ainda melhora sua qualidade de vida. E quando bater aquela vontade de doce de verdade, coma seu açúcar sem culpa, mas escolha a hora certa e não exagere. Uma fatia sedutora, devorada com gosto, assim de vez em quando, transborda muito mais sentido do que se você comesse doce a toda hora. UMA FATIA SÓ DO DOCE, BEM SABOREADA, TRAZ PARA O SEU DIA-A-DIA AQUELA FELICIDADE DE UM MOMENTO ESPECIAL, COMO SE ACABASSEM DE INAUGURAR UM MUNDO NOVO. Experimente deixar essas fatias para instantes gloriosos. Para estrelar seu cardápio, nada melhor do que a dupla brasileirissima arroz com feijão: é excelente para a saúde, cai bem com quase todos os complementos e contém fibras, carboidrato e proteina. Adoçantes: São todos bem-vindos, embora quem tem pressão alta deva evitar os que contêm sódio na fórmula, como o ciclamato de sódio e a sacarina. Olho nos rótulos! Verdura: Tem vitaminas, minerais e fibras, faz bem para a saúde e, preparada de forma saudável, cozida, a vapor ou servida crua em saladas, praticamente não tem carboidratos. Abuse, use, se delicie com folhas verdinhas no prato. Ovo: Por essa você não esperava. Ovos, que durante anos foram os grandes vilões da humanidade (“Você podia calcular em dias o tempo perdido cada vez que comia uma gema”, diz o escritor Luis Femando Verissimo), acabaram absolvidos de vários crimes. Consumidos com moderação, não fazem mal ao colesterol. Divirta-se com omeletes (cuidado para não abusar da gordura) e pense que aquele quindim que lhe sorri na doce- ria é menos assustador do que parece — 1550 SE VOCÊ ESTIVER COM A GLICEMIA CONTROLADA, Lanches: Um copo de leite, ou uma maçã, ou três Bis, ou duas fatias de pão com margarina - lanchinhos são essenciais para a sua saúde. A cada 3 ou 4 horas, seu corpo precisa ser 60% DA PROTEÍNA TRANSFORMA-SE EM AÇUCAR NO SANGUE, PORÉM A DIGESTÃO DELA É DEVAGAR. LEVA alimentado, ou seja: um lanchinho entre o café da manhã e MAIS TEMPO PARA ELEVAR A GLICOSE NO SANGUE. o almoço, outra boquinha no meio da tarde, antes do jantar. Jantou cedo e demorou para cair na cama? Belisque de novo antes de dormir, coisa leve, para sonhos inspirados. Acontece que, quando você fica muitas horas sem comer nada, o corpo se desespera e, na hora em que você comer de novo, vai absorver tudo, tudo e mais um pouco e logo transformar em glicose para garantir sua energia. E se você estiver tomando medicamentos para baixar sua glicemia, eles podem continuar agindo enquanto você não come, provocando a hipoglicemia. Sinal verde: Alguns alimentos têm cartão vip no seu organismo, estão liberados sem qualquer preço para o seu diabetes. Veja a lista: café, chá, água mineral, refrigerante diet ou light, gelatina diet. SE VOCÊ TEM OUTROS PROBLEMAS DE SAÚDE, DEVE CONSULTAR SEU MÉDICO OU NUTRICIONISTA ANTES DE CONSUMIR QUALQUER ALIMENTO, MESMO OS APARENTEMENTE SEM RESTRIÇÕES. 'REVENIR 'À HIPERTENSÃO! QUEM, TEM. TENDÊNCIA: ALTA DEVE “Acima de tudo a sopa nos dá, como nenhum outro tipo de comida, a oportunidade de demonstrar nosso prazer à mesa. Os chineses, inclusive, consideram falta de educação tomar uma sopa em silêncio. Deve-se sorvê-la ruidosamente, indicando para quem quiser ouvir, mesmo na rua, que ela está ótima e que a vida, tiran- do algumas passagens de extremo mau gosto, vale a pena ser saboreada. Experimente dizer tudo isso com um canapé.” (Luis Fernando Verissimo, em Às Sopas) 27 “Conheci uma escritora francesa que bebia, se drogava, vivia fazendo loucuras, até descobrir que tinha diabetes. Ela me disse: o diabetes salvou minha vida, comecei a me cuidar, descobri outros caminhos para eu ser mais feliz. A vida não acaba para quem tem diabetes, não.” Dr. Balduino Tschiedel, endocrinologista de Porto Alegre, tem um filho com diabetes bio mais risco de desenvolver doenças cardíacas), aumenta o mau colesterol e deixa a pele horrorosa. Como em tantos quesitos da vida, o bom senso é a alma do negócio. Não se prive da coxinha, da batata frita, do hambúrguer divino. Mas COMA POUCO. Viver de frituras não é bom para ninguém, muito menos para quem tem diabetes. Bebidas: Dizem os médicos que a primeira pergunta do paciente que acaba de descobrir que tem diabetes é: doutor, então não vou mais tomar cerveja? Vai, vai sim, e vai seguir o Ministério da Saúde: BEBA com MODERAÇÃO. E se beber, não dirija. Lembre-se que a bebida é calórica, aumenta o peso e marca presença, petulante, naquele pneuzinho ao redor da sua cintura. No mais, uma bebidinha de vez em quando tempera a vida, e moças e rapazes não tão interes- santes ganham charme extra quando você bebe, Mas, toda vez que encarar aquela caipirinha, a cerveja com os ami- gos, o vinho do jantar especial, coma alguma coisa. Sempre coma, para não passar mal. E controle sua glicemia, claro. Muita ATENÇÃO NA HORA DE BEBER!!! IMPORTANTE: O álcool pode provocar hipoglicemia. Leite: O leite tem lactose, que é uma forma de açúcar. Mesmo os leites desnatados têm lactose. A diferença está na quantidade de gordura (assim como iogurtes, coalhadas, creme de leite etc.), então é preciso ir com calma com o leite. E, se estiver na dúvida sobre qual leite escolher, verifique se o seu peso e o seu colesterol estão normais. Caso seja necessário diminuir a sua ingestão de gorduras, fique com o desnatado, o semidesnatado ou a bebida de soja. WO LD SA (o 6 ET VO AV O He NA PEQUENAS Peso alto: Um inimigo - desculpem o trocadilho - dos grandes para o diabetes. Pessoas que têm diabetes tipo 2 em geral são obesas ou estão acima do peso. Os maus hábitos alimentares e a falta de exercícios acabam pro- vocando o surgimento do diabetes. Quando o médico QUANDO FOR FAZER UMA VIAGEM. LONGA, ESPECIAL- Vo Y diagnostica a doença, pede imediatamente que a pessoa faça dieta para emagrecer. Isso pode desanimá-lo, se for o seu caso, porque é difícil mudar os hábitos alimentares. Mas a coisa boa é que você vai aprender a se cuidar, a descobrir novos prazeres alimentares, a curtir fazer exercício, a ficar de alma leve. Preconceito: Taí o vilão número 1 do diabetes. O preconceito começa com o próprio paciente (“Muitos nem contam para ninguém que têm diabetes, com vergonha”, fala a dra. Denise Reis Franco), que tem medo de afastar os ami- gos, os parentes, ou medo de ouvir muito palpite. Bem, palpite você vai ouvir, muita gente vai querer ajudá-lo, o que é Ótimo. Só que muitas vezes seu amigo, sua vizinha, aquele tio bacana estão desatualizados. Fundamental mesmo é seguir as atualizações dos profissionais de saúde que o acompanham (médico, nutricionista, enfermeiro, professor de educação física, psicólogo) e aprender a conhecer seu corpo. Procure sempre se informar sobre as mudanças no tratamento do diabetes. Como você está vendo aqui, quem tem diabetes pode levar uma vida normal, alegre, produ- tiva, só precisa seguir alguns cuidados. O QUE FAZER NA HORA DA HIPOGLICEMIA Se você ficar muito tempo sem comer nada (ou seja, intervalos maiores do que qua- tro horas sem comer), ou se exercitar demais, ou exagerar na medicação, pode ter uma hipoglicemia. Isso quer dizer que está com açúcar baixo no sangue. Os sintomas? Tremores, suores, fome, muita fraqueza, pele úmida, confusão men- tal, palpitação. O QUE FAZER: se estiver consciente, tome um refrigerante não diet, ou suco de fru- tas, ou água com açúcar. Ou coma qualquer carboidrato. Avise as pessoas próximas: se um dia acontecer de você ficar inconsciente, é preciso | levá-lo ao hospital. | - Qualquer desculpa para beber, né? Meu tio ficou cego de diabetes. Conheço uma mulher que amputou o pé. Pode parar já. Cena 3: Carrinho de cachorro-quente. Madrugada. Garotos de 15, 16 anos mordem san- duichões cobertos de purê, molho e batata palha. Um deles, na mão uma porção de CDs, comenta o som que vai rolar na rave. Pede mais um hot dog. A amiga, cara de meio apaixonada, mostra preocupação: - Sei lá, você tem diabetes, não é melhor não comer isso ai? O garoto se irrita. — Parece a minha mãe, não enche. E ele come. E porque o mundo anda insuportável com ele, ainda bebe. AVIDA COMO ELA É Bastou você anunciar que está de regime para alguém lhe oferecer um docinho, assim mesmo, no diminutivo, para parecer inofensivo. Ah, mas só um bombonzinho... Um pedacinho de pizza não vai lhe fazer mal algum... Um quindinzinho não mata ninguém... Então o seu demônio da gula sucumbe, feliz, às comidas que nem sempre deveria. No outro extremo, aparece o tipo protetor, como aquela amiga sorridente, de olhar maternal, que quer cuidar da sua saúde de todo jeito. Quer impedi-lo de comer tudo. Recorda histórias tenebrosas de gente que não se cuidou e acabou vítima das mais horríveis consegiências do diabetes. Não adianta explicar para ela que o médico ensi- nou contagem de carboidratos, que com ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA E GLICEMIA CONTROLA- DA É POSSÍVEL UMA OU OUTRA ESCAPADELA EM DIAS DE FESTA, que os conceitos mudaram. E que você está se cuidando, sim. Em segundos, a amiga-mãezona se transforma em enfermeira sargenta e vigia cada garfada sua como se fosse a última. Às vezes, quando se está cansado, quando a vida o encheu, aí é você que desati- na. Quer chutar a rotina para longe. Mergulhar no que der e vier. Subverter qualquer regra. Mandar o médico, a nutricionista, o psicólogo e quem mais abrir a boca, todo mundo para os diabos. E, principalmente, fugir de qualquer reunião mais trepidante, regada a comida e bebida, que vira martírio. Nem pense nisso. O diabetes não pode, jamais, atrapalhar seus planos. Muito menos acabar com a diversão. Se estiver difícil lidar com seu cotidiano, com as necessidades do diabetes, con- verse com alguém que possa ajudá-lo: um psicólogo é o ideal, mas se ainda assim você se sente desconfortável, procure uma pessoa com quem fique à vontade. Pode ser aquela conversa distraída com alguém querido, que não é sobre nada em espe- cial, é sobre qualquer bobagem sua, como se você pensasse em voz alta as coisas mais simples. Faz um bem danado. Então, de repente, você se abre para outros jeitos de ser e pensar, e enxerga um tiquinho do sentido da vida. Quanto mais vocÊ SE CUIDAR, MAIS PRAZER TERÁ EM TUDO QUE QUISER FAZER. “Os homens, quando descobrem que têm diabetes, se assustam com medo da impotência sexual e se preocupam com a possibilidade de restringir o consumo de bebidas. Já as mulheres querem saber se nunca mais vão poder comer doce, se vão engordar ou emagrecer. Todos têm muita dificuldade em mudar os hábitos e têm medo das consequências da doença. Então mostramos que poderão ter uma boa qualidade de vida, se tiverem uma boa adesão ao tratamento proposto.” Dra. Reine Marie Chaves Fonseca, endocrinologista de Salvador 42 Driblando a vigilância: Sua mãe ou aquela amiga durona arrancam o chocolate da sua mão? Se achar que vale a pena, explique sobre a contagem de carboidratos, que hoje você comeu direito, mediu a glicemia, tomou a medicação, tudo certo, e pode dar-se ao luxo de um docinho, com o aval do seu médico. Não colou? Então saque do bolso uma tabela de carboidratos, mostre para ela ou, em última hipótese, mentalize um mantra e vá comer em outro lugar. AGORA, NÃO SE AUTO-SABOTE: SÓ COMA O DOCE SE ESTIVER CONTROLAN- DO SUA GLICEMIA. Circulando no coquetel: A empresa oferece um coquetel e você não tem como fugir? Não precisa explicar que tem diabetes para todo mundo. Pegue um suco de tomate tem- perado e enrole com ele, bebericando devagar, como se fosse um drinque alcoólico. E vá conversando, trocando de rodas, ouvindo as últimas... Fazendo charme com os canapés: Em vez de se esbaldar em coxinhas, empadinhas e afins, preserve o peso, a saúde e as boas maneiras e escolha as opções mais leves. Pode ser uma mussarela de búfala com manjericão, fatias de frios (aqueles com baixo teor de gordura, como rosbife, peito de peru, queijos brancos), canapés de salmão. Assim você se alimenta, se distrai e nem dá pinta de que tem diabetes para não ouvir algum chato de plantão. IQUILIZAR-O PORTAD EDTA pa DEAR LR Do e anta VARAS |: MNA 6 jo spo) Se W Na hora de receber os queridos amigos, para celebrar com saúde, leveza e charme à beça, faça um jantar sublime, que vai agradar a todo mundo e manter a sua saúde. Convidamos a chef Carla Pemambuco, do restaurante Carlota (em São Paulo e no Rio), para selecionar receitas exclusivas para você, Um jantar bacana, com opções de entradas, pratos princi- pais e sobremesa: escolha o que combina mais com o seu paladar - delícias que não vão comprometer sua alimentação. E você ainda vai ganhar uns elogios irresistíveis de quem não tem diabetes e repetiu o prato. ENTRADINHAS: Rolinhos de berinjela (6 porções) 2 berinjelas médias com casca fatiadas finamente na horizontal 1 pote de cream cheese (queijo cremoso) de 220g 12 tomates secos cortados em tiras folhas de manjericão fresco Grelhar as berinjelas em frigideira antiaderente. Dispor 1 colher (chá) rasa de cream cheese, 1 tira de tomate seco e 2 folhinhas de manjericão sobre cada fatia fina de berinjela, no sentido da largura. Enrolar, formando um rolinho - cada rolinho deve ter cerca de 1 cm de diâmetro. 46 OS PROBLEMAS DESCEM MELHOR COM SOPA.” (PROVÉRBIO JUDAICO) Para o molho: 1/2 xicara (chá) de folhas de manjericão Pode a 1/2 xicara (chá) de azeite extravirgem 1/4 de xicara (chá) de nozes picadas grosseiramente 1 dente de alho sal pimenta-do-reino 1 copo de iogurte natural Bata todos os ingredientes no liquidificador sem o iogurte. Depois de bem batido, junte o iogurte e bata mais um pouco, rapidamente. Sirva os rolinhos de berinjela gelados acompanhados desse molho também gelado. Mil-folhas de rúcula com queijo de minas (6 porções) 12 fatias finas de queijo de minas 6 xícaras (chá) de folhas de rúcula precoce (aquela menorzinha) 1/2 xícara (chá) de amêndoas torradas laminadas sal pimenta-do-reino azeite extravirgem “vinagrete de maçã verde (veja como fazer na página seguinte) espécie de farofa ficar bem úmida. Acrescentar sal e pimenta. Em outra frigideira, aquecer os fundos de alcachofra com azeite, sal e pimenta. Dispor a farofa em cima dos fundos de alcachofra e servir. 2 - Peru com laranja, shoyu e sálvia (dica para um peru de Natal bacana e muito leve) (6 porções) E você ver , 1 peru de mais ou menos 4kg levo dou Estiver copardo perder 1 xícara (chá) de vinho branco dom Targa a, u an cigalero! 1 xícara (chá) de shoyu (molho de soja) vai Perder is, “ah V né Cheese 1 xicara (chá) de suco de laranja " aCredite, 1 cebola 2 folhas de louro 1/3 de xicara (chá) de folhas de sálvia frescas sal pimenta-do-reino 200g de manteiga com sal No liquidificador, bata o vinho, o shoyu, o suco de laranja, as ervas, a cebola, o sal e a pimenta, fazendo uma marinada. Coloque o peru e essa marinada em um saco plástico e deixe na geladeira por, pelo menos, 24 horas. Derreta metade da manteiga, retire o peru da marinada e, com uma seringa de agulha grossa, injete a manteiga derretida em toda a ave. Espalhe o restante da manteiga sobre o peru. Leve ao forno médio em assadeira funda, com toda a marinada e coberto com papel-alumínio, por 2 horas. Retire o papel-alumínio e asse por mais 1 hora, ou até ficar bem dourado e sequinho. Enquanto assa, vá molhando o peru com o líquido da marinada que for se forman- do no fundo da assadeira. SOBREMESA: Maçã assada com canela e Calvados (6 porções) 6 maçãs Fuji descascadas, sem miolo e cortadas ao meio adoçante em pó, quantidade equivalente a 1 1/2 colher de açúcar 6 colheres (sopa) de licor Calvados 1 colher (sopa) de manteiga amolecida 1 colher (sopa) de canela em pó Misture a canela e o adoçante em pó. Disponha as maçãs em uma assadeira, polvilhe com o adoçante e regue com o Calvados. Coloque uma lasca bem pequena de manteiga sobre cada maçã e leve ao fomo preaquecido (160º) por 25 minutos ou até que as maçãs este- jam macias e a maior parte do líquido tenha secado. Sirva mornas, acompanhadas de sorvete de creme diet. Canjiquinha quente (Sinhô, 1930) loiô vai provar Prova loiô (uh, tá gostoso...) Um tiquinho só Ai, deixa louco Certo vai gostar Só de vontade de acabar Desse meu ebó Canjiquinha quente, loiô (ai, tá quentinha...) É um pratinho Bem suculento Depois de provar Que faz babar loiô vai dizer Canjiquinha quente, loiô Viva Jesus Tá quentinha... Que ensinou Santa Bahia (quer vatapá? Eh, também tem!) E temperada Com a simpatia Que foi Jesus Que ensinou Santa Bahia ábado é dia de feijoada. Domingo, a lasanha da nonna, que só de lembrar provoca suspiros. Nessa semana, já avisaram no escritório: vem churrasco aí. Quem mora na praia vira e mexe tem moquecas maravilhosas para encarar, camarãozinho frito com os amigos à beira-mar, rodada de caipirinhas no fim de tarde. Passa um moço vendendo picolé... Como conciliar sua alimentação com tanta gluto- nice ao redor, assim que você põe o pé fora de casa? Lá vamos nós à velha e boa subs- tituição em campo. Sai uma maçã, entra um picolé de frutas - ambos têm praticamente o mesmo valor de carboidratos: 15 ou 16 gramas. Não sabe se devora um quindim ou encara uma coxinha? Os dois têm o mesmo peso na pontuação de carboidratos. Se comer um, não coma o outro. É um acordo tácito entre os alimentos, como se o jeito de avançar na vida fosse esse mesmo, de ceder a vez para um, depois para outro. No mais, é manter no tabu- Teiro os elementos imprescindíveis: as saladas, as frutas, o balanço ideal entre protei- nas, fibras, carboidratos, gorduras. Seu organismo é quem sai ganhando esse jogo. ESSA AGITADA VIDA SOCIAL... Almoços, jantares, café no fim de tarde: Louco POR UM DOCE NO FIM DE TARDE? AQUEÇA UMA BANANA NO MICROONDAS OU NO FORNINHO ELÉTRICO, ACRESCENTE CANELA E ACHOCOLATADO DIETÉTICO. quem trabalha fora ou estuda, ou seja, mais da metade do planeta, precisa comer em grupo, então... que aproveite cada bocadinho. À LA CARTE Já no couvert, segure a onda: se tiver palitinhos de cenoura e pepinos crus, coma-os com os patês que geralmente vêm junto. Ou encare as saladas. É opção leve, refrescante, e prepara o espírito para os próximos capitulos do jantar. Se não teve salada no couvert, peça uma de entrada e coma devagar. Dá a sensação de que a fome foi embora de vez, e assim, mesmo que o prato principal seja mais abusado, você não vai comer tanto. Prefira, sempre, manter o equilíbrio proteina/carboidrato/verduras. E, se pedir uma massa, por exemplo, peça sem recheio, com molho mais leve, como tomates frescos. Siga o modelo acima e, na hora das cames, corte fora o pedaço de gordura aparente. NO JANTARZINHO SÓ-NÓS-DOIS-E-MAIS-NINGUÉM Nada mais sem graça do que moça de cintura fina que só pede alface. Porém, comer como o cidadão forte que a olha apaixonado faz sua cintura desaparecer em poucos dias, e ainda sobe a glicemia. Para garantir a boa forma e a saúde, use a mesma estratégia: salada antes, proteína, pouco carboidrato, minimo de gordura. E sorrisos, assim, para ele nem reparar no seu prato... NO RESTAURANTE POR QUILO Primeiro truque: um prato cheio de saladas, devorado cinco minutos antes do prato quente. Depois desse intervalo, volte a atacar o bufê, e verá que seu estômago, sacia- do, vai mandar um recado para os olhos suavizarem o que vêem. E as mãos pegarem Teve. Escolha, então, uma porção pequena de carboidratos (arroz, ou batatas, ou uma massa) e capriche nas verduras, mais alguma proteina saborosa, seja a carne assada, o franguinho com molho, o peixe grelhado... A essa altura, a sobremesa nem parece tão essencial. Com a mania do mundo de manter a linha, com certeza vai ter no cardá- pio alguma gelatina ou bolo diet. Ou pegue uma salada de frutas - cuidado para não repetir a dose: lembre-se da frutose, o açúcar das frutas! Vá no verde: pizzas com rúcula, ou escarola, ou brócolis, ou abobrinha, melhor ainda se forem feitas com mussarela de búfala ou ricota, menos gordurosas do que a mus- sarela em si. Atum é uma boa opção, ainda mais se for sem queijo por cima. Prefira massa fina. Duas fatias e não se fala mais nisso. NA PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO Nessa torre de Babel que é o fast-food de qualquer centro de compras, sempre cabe uma comidinha mais saudável, menos gordurosa. Aqui, continua valendo a mesma filosofia: procure comer em horários adequados, com todos os nutrientes e a menor quantidade possível de gordura. Na dúvida, veja só: * Comida japonesa, principalmente em São Paulo e nas grandes cidades, já virou quase uma instituição nacional - sushi faz bonito em qualquer fast-food de shopping cen- ter, então, uma boa saida é ir ao quiosque japonês da praça de alimentação. Peça sashi- mi ou o combinado, sushi e sashimi. Não fique só no sushi, porque tem arroz, e sem Termos técnicos: Glucose é glicose, e açúcar invertido, por exemplo, quer dizer mudança de uma das moléculas do açúcar, algo utilizado para dar mais textura ao alimento. Não se impressione com as palavras. Light & diet: Produtos batizados de light destinam-se a quem quer perder peso, ou seja, têm menos calorias. Alguns também são isentos de açúcar, o que significa que podem ser usados por quem tem diabetes. Já o diet é isento de algum nutriente (sal, ou açúcar, ou gordura). Serve para dietas de restrição de açúcar (como a do diabetes) e de sal. Nem sempre vale a pena escolher o diet da prateleira: um chocolate diet, por exemplo, tem mais gordura do que o normal para compensar a retirada do açúcar, e essas gorduras podem não ser boas para o seu metabolismo. Refrigerantes & águas gasosas com sabor: Não abuse, por favor. Mesmo que você só beba refrigerante diet ou light, está também ingerindo gases demais - o que dificulta sua digestão, pode lhe trazer problemas gástricos e ainda mascarar uma hipoglicemia. Sim, porque os gases estufam, dão aquela sensação de estômago cheio e com isso você pode comer menos ou trocar o lanche por uma latinha de refrigerante. Só que não tem nutri- entes, e aí você tem queda de glicemia sem perceber. Além disso, bebidas gasosas con- têm muito fósforo, que impede a absorção completa do cálcio, particularmente compli- cado para as mulheres na menopausa, que já perdem cálcio à beça. Óleos: só leve os vegetais, como de soja, milho, girassol, canola. São os mais saudáveis. O OUTRO LADO DA SAÚDE: FAZER EXERCÍCIO Sim, cuidar do que você come é essencial, mas para viver com prazer, mesmo, é preciso se mexer. Alimentação, medicação, educação e exercícios físicos: são esses os quatro pilares da vida bacana de quem tem diabetes. Todo exercício é bem-vindo, mas alguns são especialmente bons para quem tem diabetes e não costuma esbanjar intimidade com nenhuma quadra. E, como em tan- tos quesitos da vida, o exercício só funciona se você gosta dele: Yoga — Acalma, favorece o equilibrio físico e mental e ajuda o portador de diabetes no controle de sua glicemia, graças a certas posturas, respiração etc. Caminhada - Se essa história de correr no calçadão lhe dá arrepios, por que não cami- nhar? Importante é manter o ritmo, não parar e usar o tênis adequado para não ter lesões nas articulações. Lembre-se de que os portadores de diabetes têm os pés muito mais sen- síveis, então cuide bem deles. Se for caminhar no parque ou à beira-mar, numa manhã de sol dá até vontade de cantar... E o seu dia ganha outro colorido, as inquietações de repente desaparecem. Ainda tem outro argumento: é de graça. Natação — Jacques Mayol, o mergulhador mais famoso de que se tem notícia, dizia que o habitat natural do homem é o oceano. “Nascemos nus, num oceano em miniatura, que é o ventre da mãe.” Nadar, então, é voltar às origens em todos os sentidos, e dá a me- Thor das sensações. Bom para as articulações, excelente para quem tem problemas de co- luna e simplesmente deli Dança de salão - Você rodopia feliz, melhora sua coordenação, aprimora a postura, perde uns quilos, faz novos amigos e ainda pode paquerar. Quer opção melhor? Andar de bicicleta - O que, você só pedalou quando guri? Redescubra um gostinho de infância andando de bicicleta, o sorrisão e a dádiva: aquele vento no rosto, poeticamente sinônimo de liberdade absoluta. Além disso, pedalar é barato e ecologicamente correto. Musculação - Não, você não vai ficar um Schwarzenegger ou uma Madonna. Musculação é o único caminho para garantir massa muscular, reduzir o risco de lesões nas articulações e prevenir a osteoporose. Como muita gente não gosta de levantar peso, o ideal é complementar a musculação com uma atividade que lhe dê, claro, prazer. ANTES DE CALÇAR O TÊNIS E SALTITAR POR Aí, É PRECISO CONSULTAR SEU MÉDICO. aee a Rea) SO UE (efa rodo DES PTN a PA oO TN TA, [e Too) 'À CAMINHAR, SE-SENTIA BEM E TAL. AÍ FUI EXAMINÁ-LA, ELATIROU OS io O E dada 8St te] apo a Paso OO E eta Li [o o Ri ao a aU IS SANDALIAS “QUE -USAVA-NÃO: ERAM-ADEQUADAS. 3 SIA UNE ZER UMA Ra [gde fo Io to o STS 0 TOM EST MOI VM (0 BS 40) 06 2,42) (Dea: Denise REIS FRANCO, ENDOCRINOLOGISTA DE SÃO PAULO) sta é a linda história de Ofélia, que sonhava em ser uma grande atriz de teatro, mas sua voz era muito fraquinha. Mesmo assim, ela queria servir à arte. Então ela foi trabalhar no teatro da sua cidadezinha. “Bem em frente ao palco ficava uma caixa que não era vista por quem estivesse na platéia. Toda noite Ofélia ficava naquela caixa e soprava para os atores as falas dos seus papéis, para que eles não perdessem o fio da meada. A voz fraquinha de Ofélia era perfeita para isso, pois os espectadores não a ouviam. Durante toda a sua vida, Ofélia fizera esse trabalho, e sentia-se muito feliz com ele. Com o tempo, Ofélia foi aprendendo de cor todas as grandes comédias e tragédias.” Bom, muita coisa aconteceu na vida de Ofélia. Depois que o teatro fechou, ela teve de se adaptar de novo. Ela aprendeu a falar com as sombras, e criou o teatro de som- bras de Ofélia, que apresentava de cidade em cidade. Quando ela morreu, foi ensinar as comédias e tragédias para os anjos no céu. “E assim eles aprendem como é mesquinho e como é grandioso, como é triste e como é divertido ser homem e viver na Terra. E Ofélia sopra-lhes as palavras para que não percam o fio da meada.” (O Teatro de Sombras de Ofélia, de Michael Ende) Como as freiras lá do segundo capitulo, Ofélia aprendeu a se virar, a olhar de outro jeito para as situações. E o que parecia algo tão difícil - a voz fraquinha - não impediu a pequena Ofélia de ser grande no teatro. Seu filho pequeno descobriu que tem diabetes? PRIMEIRO CAPÍTULO: OS TRÊS MOSQUETEIROS “Um por todos, todos por um” tem de ser o lema da família. Todo mundo deve comer a mesma comida, o que aliás só vai fazer bem. Aquela comida de mãe, de alma, feita com carinho, apenas mais balanceada: com legumes, verduras, carboidratos (mas não muitos) e proteina. Na sobremesa, frutas ou doces gostosos feitos com adoçantes, com frutas também, tudo bacana. E a família toda gostou da idéia, encarou o espírito de união e acabou até fazendo exercicios junto com ele. SEGUNDO CAPÍTULO: A BELA ADORMECIDA Essa história é mais de menina, mas o menino acha legal a idéia de furar o dedo na roca, igual à Aurora, a princesa que dorme enfeitiçada. A roca não era bem roca, porque isso nem se vê mais por aí. Agora é um aparelhinho que mede a glicemia, assim ele vai controlando sua saúde todo dia e vendo o que pode comer para manter a taxa em dia. Às vezes é chato, mas tem lá sua graça ver o dedo furado... E a mãe, ufa!, ficou mais tranquila. TERCEIRO CAPÍTULO: PROCURANDO NEMO Essa é para mostrar que quando os pais protegem demais os filhos, apesar de isso ser algo bom, acaba atrapalhando a vida deles. E os filhos fogem, porque não acreditam em tantos perigos - ou seja, pai e mãe que ficam o tempo todo dizendo “Não faça isso, olha o seu diabetes”, “Você não pode comer esse, você tem diabetes” ou, pior ainda, “Não vá à festinha, porque as outras crianças vão comer na sua frente e você vai ficar triste”, deixam os filhos perdidos. E o filho, como o Nemo, não agiúenta mais tanta proteção e vai se aventurar por aí. Para trazê-lo de volta, o pai tem de nadar um bocado. Quando o nosso garoto herói contou essa parte da história, os pais começaram a entender que não se pode exagerar... E por aí vai, mas o restante da história é você quem vai criar. Pode pegar uma parte de outra fábula, ou exemplos do cotidiano, e mostrar que sabores bem combinados são maravilhosos, e que fast-food e as porcarias que toda criança ama não são as úni- cas gostosuras. Existem delícias que fazem muito bem para quem tem diabetes. Ou pode dar outros exem- plos... Importante é a sua história mostrar que dia- 3 “TENHO” DE. INVENTAR: O MEU BRINQUEDO) MOLA: betes não é lobisomem. SALTANDO “NO: MEU" ÍNTIMO/ ALEGRIA GERADA POR DES O QUE SEU FILHO PODE COMER? O que as outras crianças comem, apenas com mais equilíbrio nos nutrientes: carboidratos/proteinas/ gorduras/frutas e verduras que fornecem vitaminas e fibras. A diferença é que, no dia-a-dia, você deve evitar dar a ele doces e controlar a ingestão de carboidratos (o ideal do prato de qualquer garo- to). Mas quando ele quiser comer um brigadeiro, tomar um sorvete, provar do milk- shake do amigo, libere. Se ele se sentir seguro, que de vez em quando pode comer bobagens, vai se alimentar com muito mais qualidade. “Muitas vezes os pais e parentes mais próximos podem concorrer para acentuar o sentimento de revolta inicial com reações como “por que aconteceu com meu filho?. É importante enfatizar que a vida não acabou.” Dra. Hermelinda Cordeiro Pedrosa, endocrinologista de Brasília especializada em diabetes Comida que cuida O prazer na mesa e na vida de quem tem diabetes s Ínvice À sua saúde 6 A alegria dos sentidos 13 Um outro olhar 17 Doces bandidos 29 Hoje é festa 37 Da porta pra fora 53 Felizes para sempre 65 Tempo rei 79 Bom pra você 91 Vida com balanço 94 Receitas amigas 107 Referências 180 Índice de receitas 181 A SUA SAÚDE! “O essencial é a Saúde”, assim mesmo, com S maiúsculo, significa muito mais do que a simplicidade dessas palavras faz supor. Saúde, para a sanofi-aventis, significa trabalhar com precisão, eficiência e, claro, carinho, sempre em benefício do paciente. [) tradução, a cada dia, da busca pelo que há de mais moderno nas pesquisas científicas, no emprego dos melhores talentos, tudo para descobrir medicamentos ainda tão esperados. E tão necessários. É o compromisso da sanofi-aventis com a qualidade de vida, além da abordagem terapêutica. A Saúde em todos os seus aspectos: do apoio às causas humanitárias, dos projetos culturais, sociais e de valorização da auto-estima; da relação mais próxima com a comunidade, até o olhar atento, tão fundamental, no que está ao redor do paciente. Descobrir o prazer de se cuidar, sem abrir mão do sabor Iniciada em 2006, Comida que Cuida é uma coleção criada com leveza e alto-astral, para mostrar como, através da alimentação e de pequenas mudanças no jeito de ver as coisas, fica mais fácil superar as limitações que nos impõe uma doença, seja ela qual for. Em nossa primeira experiência, com o Comida que Cuida - Dicas de alimentação durante o tratamento do câncer, o paciente é convidado a fazer uma deliciosa viagem por cheiros, sabores e temperos de sua infância, para estimulá-lo a se alimentar bem durante o seu tratamento. Já o Comida que Cuida 2 - O prazer na mesa e na vida de quem tem diabetes vem para trazer uma boa notícia ao adolescente ou jovem com diabetes, aos adultos que acabaram de receber o diagnóstico ou àqueles que convivem há anos com o diabetes: é possível, sim, viver a vida em toda a sua plenitude, descobrir o prazer de se cuidar, sem abrir mão do sabor. Graças à ciência, já é possível entender melhor como transformar alimentos em grandes aliados da sua saúde. Você vai ver como pequenas mudanças no prato e nos hábitos farão grandes efeitos na sua qualidade de vida, no seu pique, na sua imagem... Mais uma vez, o texto “tão gostoso que dá pra comer de colher” da jornalista Cris Ramalho, colorido pelas ilustrações de fazer sonhar acordado da Mariana Manini e pelo visual sempre acolhedor da designer Lu Cury, vai transportar você para o mundo de delícias preparadas pela nutricionista Paula Cristina da Costa, que também tem diabetes. Para completar, depoimentos de vários dos maiores especialistas brasileiros derrubam alguns mitos e esclarecem dúvidas sobre o diabetes. Você vai aprender dicas rápidas de como incrementar uma sobremesa, o que fazer na hora de lidar com a opinião alheia sobre o seu diabetes ou como se divertir em festas, restaurantes, no dia-a-dia. Vai ler histórias reais de pacientes que souberam sacudir a poeira e crônicas feitas especialmente para este livro, que revelam como pode ser doce enxergar o mundo de outros jeitos. Comida que Cuida 2 - O prazer na mesa e na vida de quem tem diabetes é um convite para celebrar o paladar, os prazeres pequenos e grandes, a vida. Aproveite! Sanofi aventis en Re POSITIVA “Você descobriu que tem diabetes. Então vai aprender a se alimentar de forma saudável, fazer exercícios, cuidar de verdade da sua saúde e evitar colesterol alto, problemas cardíacos, obesidade... A descoberta do diabetes acaba sendo positiva.” Frase que o dr. Levimar Rocha Araújo, endocrinologista de Belo Horizonte que tem diabetes, gosta de dizer para seus pacientes f p= gora essa. O médico lhe diz que você tem diabetes e, com o diagnóstico, a primeira coisa que lhe vem à cabeça é a certeza de um futuro para sempre insosso, sem açúcar, nunca mais nenhuma pitada de abuso, adeus ao gla- mour de chantilly. E isso lá é vida? A boa notícia é que não tem de ser assim, não. Você tem diabetes? Então o que vai mudar de vez é o seu jeito de encarar as coisas. Aqui começa a primeira e fundamental lição para portadores de diabetes de todas as idades: vocÊ val REDESCOBRIR O REAL PRAZER DE comer, Sentir o gosto de cada ali- mento, perceber melhor os temperos, a delicadeza dos perfumes, como as frutas podem ser doces. Como uma bela massa, devorada na hora certa, ganha uma graça danada. É a alegria de reverenciar o alimento, de festejar o privilégio que é comer com sabor, uma alegria que se pode tocar e que desce goela abaixo. Tudo tem dois lados, nos ensinam nossas avós, nossas professoras, o senso comum pela vida afora. DE UMA DOENÇA QUE EXIGE ATENÇÃO CONSTANTE, PARA SEMPRE, COMO O DIABETES, JÁ QUE PODE TRAZER CONSEQUÊNCIAS MAIS SÉRIAS, O LADO BOM É QUE BROTA A VONTADE DE SE CUIDAR. E vão se revelar coisas inesperadas no seu dia-a-dia. Descobrir, por exemplo, que fazer exercício é um grande prazer, sim. Pode ser andar a pé todos os dias, fim de tarde, aque- Ta luz alaranjada em que até a cidade grande ganha certa poesia. Se você tiver a sorte de morar no campo, ou na praia, respirar fundo, sentir a brisa num dia de sol bom. Pode ser dançar, uma dança de salão, que deixa a alma em férias e esquenta a paquera. Seja qual for a sua idade, o seu estilo, você vai constatar que o humor melhora muito quan- do a gente se mexe, a pele ganha viço, novos amigos entram na roda, e o que era para ser só recomendação médica de controle da doença vai melhorar tantas outras coisas. Há o prazer de trocar receitas com a vizinha que tem uma tia com diabetes que faz um manjar sem açúcar que é uma beleza... O prazer de se sentir leve, talvez perder uns quilinhos. E o melhor de todos os prazeres, o de come- ter uns pecados: numa alimentação equilibrada, por exemplo, cabe um brigadeiro transgressor, ou três Bis no meio da tarde, para manter a glicemia em dia. Como é que é? Doce de verdade para quem tem diabetes? E pode? Pois é, vez por outra pode. A pessoa com diabetes tem de ir a festas, jantares, restaurantes, rodopiar feliz no salão, fazer o que lhe dá na telha sem dar a mínima para os chatos com regras erradas, aprender a sorrir para o que existe a cada momento. Assim o diabetes deixa de ser um peso e passa a fazer parte da rotina, sem dramas. Abre-se um novo lado para você. PARA TER A LIBERDADE DE COMER COM PRAZER, Com este livro, queremos lhe apresentar como E PRECISO SEMPRE MEDIR A SUA GLICEMIA a comida pode ser prazerosa, e a mesa - e o jeito de viver - de quem tem diabetes deve ganhar cara nova. Veja só nossas receitas, elaboradas por uma nutricionista especializadíssima em diabetes, até porque ela própria também tem diabetes: rondelli ao molho de passas, bolo de nozes, brownie com calda de chocolate, brigadeiro... Só delícias de limpar o prato. Afinal, apetite é amor. É preparar um almoço com tudo fresco, que traga uma sensação boa, e alguém peça a receita, e essa receita passeie por aí, unindo sabores e pessoas que nunca se viram. É aquela alegria de comer e lembrar de um momento querido, então vem um sorrisão e a dádiva: a comida sempre será parte fundamental da nossa vida. Com o diabetes, você não vai ter de renunciar a esses prazeres. Vai é descobrir novos sentidos. E a vida pode virar outra — um lado bom da história. stas coisas são curiosas. Quando estamos de dieta, ou somos proibidos de comer algum alimento por qualquer razão, a comida em questão vira a coisa mais sublime do mundo. Um pão doce de padaria se transforma em iguaria dos deuses, só de lembrar do bolinho feito pela mãe a boca se enche de água e, sem nenhum motivo aparente, aquelas comidinhas fincadas no nosso imaginário - o ham- burgão da lanchonete, a maionese escorrendo pelo lábio, a bomba de chocolate na porta do cinema - se tornam, de uma hora para outra, o único sentido da vida. Então, quando o médico lhe diz que é preciso ficar de olho na alimentação, o estômago entra em delírio. Seu coração balança entre a incerteza, a saudade do rocambole e a von- tade de aprontar alguma. É preciso, é necessário cometer um pecado. Dizem os homens que entendem de gastronomia que os doces portugueses, os mais doces do mundo, à base de ovos, açúcar e amêndoas, foram criados nos con- ventos por uma adaptação: as freiras usavam as claras para engomar as roupas e, sem saber o que fazer com as gemas, botaram açúcar na imaginação e criaram pastéis de Santa Clara, toucinhos do céu, papos-de-anjo e tantas delícias de nomes celestiais. Moral do negócio: as freiras se adaptaram às circunstâncias e fizeram maravilhas. Essa historinha é só para ilustrar como as situações difíceis, vistas com um outro olhar, podem ser transformadas para melhor. E que os desejos, bem, os desejos às vezes levam a gente à loucura, mas também nos estimulam a ter idéias ótimas. Enfim, essas coisas são curiosas. Na rotina do diabetes, você não vai poder se esbaldar em papos-de-anjo, é certo, mas em compensação pode criar receitas deliciosas com o doce das frutas, ou adoçantes. E vai aprender, aqui, como os cardápios saudáveis são muito mais saborosos do que você imagina. Dieta prazerosa, sim. FUNDAMENTAL: O que vale, na hora de escolher o que vai no prato, é a quantidade e a combinação dos alimentos. De todos os nutrientes, o que mais eleva a sua glicemia é o carboidrato. Sabendo a quantidade de carboidratos que você consome a cada refeição, fica bem mais fácil ajustar a dose da sua medicação. Na tabela da página 94, você vai conferir a quantidade de carboidratos em BATA UM PACOTE DE GELATINA DIET vários alimentos. (DEPOIS DE PRONTA) COM MEIO COPO Alguns alimentos ainda têm o poder DE IOGURTE NATURAL. VIRA UMA MUSSE de ajudar a equilibrar a absorção dos car- DELICIOSA, COM POUCOS CARBOIDRATOS boidratos, que no corpo se transformam imediatamente em açúcar. Comendo fibras e fazendo uma refeição balanceada, você consegue driblar o excesso de glicose, ou faz com que ela demore mais tempo para ser absorvida no sangue, e ainda melhora sua qualidade de vida. E quando bater aquela vontade de doce de verdade, coma seu açúcar sem culpa, mas escolha a hora certa e não exagere. Uma fatia sedutora, devorada com gosto, assim de vez em quando, transborda muito mais sentido do que se você comesse doce a toda hora. UMA FATIA SÓ DO DOCE, BEM SABOREADA, TRAZ PARA O SEU DIA-A-DIA AQUELA FELICIDADE DE UM MOMENTO ESPECIAL, COMO SE ACABASSEM DE INAUGURAR UM MUNDO NOVO. Experimente deixar essas fatias para instantes gloriosos. Para estrelar seu cardápio, nada melhor do que a dupla brasileirissima arroz com feijão: é excelente para a saúde, cai bem com quase todos os complementos e contém fibras, carboidrato e proteina. Adoçantes: São todos bem-vindos, embora quem tem pressão alta deva evitar os que contêm sódio na fórmula, como o ciclamato de sódio e a sacarina. Olho nos rótulos! Verdura: Tem vitaminas, minerais e fibras, faz bem para a saúde e, preparada de forma saudável, cozida, a vapor ou servida crua em saladas, praticamente não tem carboidratos. Abuse, use, se delicie com folhas verdinhas no prato. Ovo: Por essa você não esperava. Ovos, que durante anos foram os grandes vilões da humanidade (“Você podia calcular em dias o tempo perdido cada vez que comia uma gema”, diz o escritor Luis Femando Verissimo), acabaram absolvidos de vários crimes. Consumidos com moderação, não fazem mal ao colesterol. Divirta-se com omeletes (cuidado para não abusar da gordura) e pense que aquele quindim que lhe sorri na doce- ria é menos assustador do que parece — 1550 SE VOCÊ ESTIVER COM A GLICEMIA CONTROLADA, Lanches: Um copo de leite, ou uma maçã, ou três Bis, ou duas fatias de pão com margarina - lanchinhos são essenciais para a sua saúde. A cada 3 ou 4 horas, seu corpo precisa ser 60% DA PROTEÍNA TRANSFORMA-SE EM AÇUCAR NO SANGUE, PORÉM A DIGESTÃO DELA É DEVAGAR. LEVA alimentado, ou seja: um lanchinho entre o café da manhã e MAIS TEMPO PARA ELEVAR A GLICOSE NO SANGUE. o almoço, outra boquinha no meio da tarde, antes do jantar. Jantou cedo e demorou para cair na cama? Belisque de novo antes de dormir, coisa leve, para sonhos inspirados. Acontece que, quando você fica muitas horas sem comer nada, o corpo se desespera e, na hora em que você comer de novo, vai absorver tudo, tudo e mais um pouco e logo transformar em glicose para garantir sua energia. E se você estiver tomando medicamentos para baixar sua glicemia, eles podem continuar agindo enquanto você não come, provocando a hipoglicemia. Sinal verde: Alguns alimentos têm cartão vip no seu organismo, estão liberados sem qualquer preço para o seu diabetes. Veja a lista: café, chá, água mineral, refrigerante diet ou light, gelatina diet. SE VOCÊ TEM OUTROS PROBLEMAS DE SAÚDE, DEVE CONSULTAR SEU MÉDICO OU NUTRICIONISTA ANTES DE CONSUMIR QUALQUER ALIMENTO, MESMO OS APARENTEMENTE SEM RESTRIÇÕES. 'REVENIR 'À HIPERTENSÃO! QUEM, TEM. TENDÊNCIA: ALTA DEVE “Acima de tudo a sopa nos dá, como nenhum outro tipo de comida, a oportunidade de demonstrar nosso prazer à mesa. Os chineses, inclusive, consideram falta de educação tomar uma sopa em silêncio. Deve-se sorvê-la ruidosamente, indicando para quem quiser ouvir, mesmo na rua, que ela está ótima e que a vida, tiran- do algumas passagens de extremo mau gosto, vale a pena ser saboreada. Experimente dizer tudo isso com um canapé.” (Luis Fernando Verissimo, em Às Sopas) 27 “Conheci uma escritora francesa que bebia, se drogava, vivia fazendo loucuras, até descobrir que tinha diabetes. Ela me disse: o diabetes salvou minha vida, comecei a me cuidar, descobri outros caminhos para eu ser mais feliz. A vida não acaba para quem tem diabetes, não.” Dr. Balduino Tschiedel, endocrinologista de Porto Alegre, tem um filho com diabetes bio mais risco de desenvolver doenças cardíacas), aumenta o mau colesterol e deixa a pele horrorosa. Como em tantos quesitos da vida, o bom senso é a alma do negócio. Não se prive da coxinha, da batata frita, do hambúrguer divino. Mas COMA POUCO. Viver de frituras não é bom para ninguém, muito menos para quem tem diabetes. Bebidas: Dizem os médicos que a primeira pergunta do paciente que acaba de descobrir que tem diabetes é: doutor, então não vou mais tomar cerveja? Vai, vai sim, e vai seguir o Ministério da Saúde: BEBA com MODERAÇÃO. E se beber, não dirija. Lembre-se que a bebida é calórica, aumenta o peso e marca presença, petulante, naquele pneuzinho ao redor da sua cintura. No mais, uma bebidinha de vez em quando tempera a vida, e moças e rapazes não tão interes- santes ganham charme extra quando você bebe, Mas, toda vez que encarar aquela caipirinha, a cerveja com os ami- gos, o vinho do jantar especial, coma alguma coisa. Sempre coma, para não passar mal. E controle sua glicemia, claro. Muita ATENÇÃO NA HORA DE BEBER!!! IMPORTANTE: O álcool pode provocar hipoglicemia. Leite: O leite tem lactose, que é uma forma de açúcar. Mesmo os leites desnatados têm lactose. A diferença está na quantidade de gordura (assim como iogurtes, coalhadas, creme de leite etc.), então é preciso ir com calma com o leite. E, se estiver na dúvida sobre qual leite escolher, verifique se o seu peso e o seu colesterol estão normais. Caso seja necessário diminuir a sua ingestão de gorduras, fique com o desnatado, o semidesnatado ou a bebida de soja. WO LD SA (o 6 ET VO AV O He NA PEQUENAS Peso alto: Um inimigo - desculpem o trocadilho - dos grandes para o diabetes. Pessoas que têm diabetes tipo 2 em geral são obesas ou estão acima do peso. Os maus hábitos alimentares e a falta de exercícios acabam pro- vocando o surgimento do diabetes. Quando o médico QUANDO FOR FAZER UMA VIAGEM. LONGA, ESPECIAL- Vo Y diagnostica a doença, pede imediatamente que a pessoa faça dieta para emagrecer. Isso pode desanimá-lo, se for o seu caso, porque é difícil mudar os hábitos alimentares. Mas a coisa boa é que você vai aprender a se cuidar, a descobrir novos prazeres alimentares, a curtir fazer exercício, a ficar de alma leve. Preconceito: Taí o vilão número 1 do diabetes. O preconceito começa com o próprio paciente (“Muitos nem contam para ninguém que têm diabetes, com vergonha”, fala a dra. Denise Reis Franco), que tem medo de afastar os ami- gos, os parentes, ou medo de ouvir muito palpite. Bem, palpite você vai ouvir, muita gente vai querer ajudá-lo, o que é Ótimo. Só que muitas vezes seu amigo, sua vizinha, aquele tio bacana estão desatualizados. Fundamental mesmo é seguir as atualizações dos profissionais de saúde que o acompanham (médico, nutricionista, enfermeiro, professor de educação física, psicólogo) e aprender a conhecer seu corpo. Procure sempre se informar sobre as mudanças no tratamento do diabetes. Como você está vendo aqui, quem tem diabetes pode levar uma vida normal, alegre, produ- tiva, só precisa seguir alguns cuidados. O QUE FAZER NA HORA DA HIPOGLICEMIA Se você ficar muito tempo sem comer nada (ou seja, intervalos maiores do que qua- tro horas sem comer), ou se exercitar demais, ou exagerar na medicação, pode ter uma hipoglicemia. Isso quer dizer que está com açúcar baixo no sangue. Os sintomas? Tremores, suores, fome, muita fraqueza, pele úmida, confusão men- tal, palpitação. O QUE FAZER: se estiver consciente, tome um refrigerante não diet, ou suco de fru- tas, ou água com açúcar. Ou coma qualquer carboidrato. Avise as pessoas próximas: se um dia acontecer de você ficar inconsciente, é preciso | levá-lo ao hospital. | - Qualquer desculpa para beber, né? Meu tio ficou cego de diabetes. Conheço uma mulher que amputou o pé. Pode parar já. Cena 3: Carrinho de cachorro-quente. Madrugada. Garotos de 15, 16 anos mordem san- duichões cobertos de purê, molho e batata palha. Um deles, na mão uma porção de CDs, comenta o som que vai rolar na rave. Pede mais um hot dog. A amiga, cara de meio apaixonada, mostra preocupação: - Sei lá, você tem diabetes, não é melhor não comer isso ai? O garoto se irrita. — Parece a minha mãe, não enche. E ele come. E porque o mundo anda insuportável com ele, ainda bebe. AVIDA COMO ELA É Bastou você anunciar que está de regime para alguém lhe oferecer um docinho, assim mesmo, no diminutivo, para parecer inofensivo. Ah, mas só um bombonzinho... Um pedacinho de pizza não vai lhe fazer mal algum... Um quindinzinho não mata ninguém... Então o seu demônio da gula sucumbe, feliz, às comidas que nem sempre deveria. No outro extremo, aparece o tipo protetor, como aquela amiga sorridente, de olhar maternal, que quer cuidar da sua saúde de todo jeito. Quer impedi-lo de comer tudo. Recorda histórias tenebrosas de gente que não se cuidou e acabou vítima das mais horríveis consegiências do diabetes. Não adianta explicar para ela que o médico ensi- nou contagem de carboidratos, que com ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA E GLICEMIA CONTROLA- DA É POSSÍVEL UMA OU OUTRA ESCAPADELA EM DIAS DE FESTA, que os conceitos mudaram. E que você está se cuidando, sim. Em segundos, a amiga-mãezona se transforma em enfermeira sargenta e vigia cada garfada sua como se fosse a última. Às vezes, quando se está cansado, quando a vida o encheu, aí é você que desati- na. Quer chutar a rotina para longe. Mergulhar no que der e vier. Subverter qualquer regra. Mandar o médico, a nutricionista, o psicólogo e quem mais abrir a boca, todo mundo para os diabos. E, principalmente, fugir de qualquer reunião mais trepidante, regada a comida e bebida, que vira martírio. Nem pense nisso. O diabetes não pode, jamais, atrapalhar seus planos. Muito menos acabar com a diversão. Se estiver difícil lidar com seu cotidiano, com as necessidades do diabetes, con- verse com alguém que possa ajudá-lo: um psicólogo é o ideal, mas se ainda assim você se sente desconfortável, procure uma pessoa com quem fique à vontade. Pode ser aquela conversa distraída com alguém querido, que não é sobre nada em espe- cial, é sobre qualquer bobagem sua, como se você pensasse em voz alta as coisas mais simples. Faz um bem danado. Então, de repente, você se abre para outros jeitos de ser e pensar, e enxerga um tiquinho do sentido da vida. Quanto mais vocÊ SE CUIDAR, MAIS PRAZER TERÁ EM TUDO QUE QUISER FAZER. “Os homens, quando descobrem que têm diabetes, se assustam com medo da impotência sexual e se preocupam com a possibilidade de restringir o consumo de bebidas. Já as mulheres querem saber se nunca mais vão poder comer doce, se vão engordar ou emagrecer. Todos têm muita dificuldade em mudar os hábitos e têm medo das consequências da doença. Então mostramos que poderão ter uma boa qualidade de vida, se tiverem uma boa adesão ao tratamento proposto.” Dra. Reine Marie Chaves Fonseca, endocrinologista de Salvador 42 Driblando a vigilância: Sua mãe ou aquela amiga durona arrancam o chocolate da sua mão? Se achar que vale a pena, explique sobre a contagem de carboidratos, que hoje você comeu direito, mediu a glicemia, tomou a medicação, tudo certo, e pode dar-se ao luxo de um docinho, com o aval do seu médico. Não colou? Então saque do bolso uma tabela de carboidratos, mostre para ela ou, em última hipótese, mentalize um mantra e vá comer em outro lugar. AGORA, NÃO SE AUTO-SABOTE: SÓ COMA O DOCE SE ESTIVER CONTROLAN- DO SUA GLICEMIA. Circulando no coquetel: A empresa oferece um coquetel e você não tem como fugir? Não precisa explicar que tem diabetes para todo mundo. Pegue um suco de tomate tem- perado e enrole com ele, bebericando devagar, como se fosse um drinque alcoólico. E vá conversando, trocando de rodas, ouvindo as últimas... Fazendo charme com os canapés: Em vez de se esbaldar em coxinhas, empadinhas e afins, preserve o peso, a saúde e as boas maneiras e escolha as opções mais leves. Pode ser uma mussarela de búfala com manjericão, fatias de frios (aqueles com baixo teor de gordura, como rosbife, peito de peru, queijos brancos), canapés de salmão. Assim você se alimenta, se distrai e nem dá pinta de que tem diabetes para não ouvir algum chato de plantão. IQUILIZAR-O PORTAD EDTA pa DEAR LR Do e anta VARAS |: MNA 6 jo spo) Se W Na hora de receber os queridos amigos, para celebrar com saúde, leveza e charme à beça, faça um jantar sublime, que vai agradar a todo mundo e manter a sua saúde. Convidamos a chef Carla Pemambuco, do restaurante Carlota (em São Paulo e no Rio), para selecionar receitas exclusivas para você, Um jantar bacana, com opções de entradas, pratos princi- pais e sobremesa: escolha o que combina mais com o seu paladar - delícias que não vão comprometer sua alimentação. E você ainda vai ganhar uns elogios irresistíveis de quem não tem diabetes e repetiu o prato. ENTRADINHAS: Rolinhos de berinjela (6 porções) 2 berinjelas médias com casca fatiadas finamente na horizontal 1 pote de cream cheese (queijo cremoso) de 220g 12 tomates secos cortados em tiras folhas de manjericão fresco Grelhar as berinjelas em frigideira antiaderente. Dispor 1 colher (chá) rasa de cream cheese, 1 tira de tomate seco e 2 folhinhas de manjericão sobre cada fatia fina de berinjela, no sentido da largura. Enrolar, formando um rolinho - cada rolinho deve ter cerca de 1 cm de diâmetro. 46 OS PROBLEMAS DESCEM MELHOR COM SOPA.” (PROVÉRBIO JUDAICO) Para o molho: 1/2 xicara (chá) de folhas de manjericão Pode a 1/2 xicara (chá) de azeite extravirgem 1/4 de xicara (chá) de nozes picadas grosseiramente 1 dente de alho sal pimenta-do-reino 1 copo de iogurte natural Bata todos os ingredientes no liquidificador sem o iogurte. Depois de bem batido, junte o iogurte e bata mais um pouco, rapidamente. Sirva os rolinhos de berinjela gelados acompanhados desse molho também gelado. Mil-folhas de rúcula com queijo de minas (6 porções) 12 fatias finas de queijo de minas 6 xícaras (chá) de folhas de rúcula precoce (aquela menorzinha) 1/2 xícara (chá) de amêndoas torradas laminadas sal pimenta-do-reino azeite extravirgem “vinagrete de maçã verde (veja como fazer na página seguinte) espécie de farofa ficar bem úmida. Acrescentar sal e pimenta. Em outra frigideira, aquecer os fundos de alcachofra com azeite, sal e pimenta. Dispor a farofa em cima dos fundos de alcachofra e servir. 2 - Peru com laranja, shoyu e sálvia (dica para um peru de Natal bacana e muito leve) (6 porções) E você ver , 1 peru de mais ou menos 4kg levo dou Estiver copardo perder 1 xícara (chá) de vinho branco dom Targa a, u an cigalero! 1 xícara (chá) de shoyu (molho de soja) vai Perder is, “ah V né Cheese 1 xicara (chá) de suco de laranja " aCredite, 1 cebola 2 folhas de louro 1/3 de xicara (chá) de folhas de sálvia frescas sal pimenta-do-reino 200g de manteiga com sal No liquidificador, bata o vinho, o shoyu, o suco de laranja, as ervas, a cebola, o sal e a pimenta, fazendo uma marinada. Coloque o peru e essa marinada em um saco plástico e deixe na geladeira por, pelo menos, 24 horas. Derreta metade da manteiga, retire o peru da marinada e, com uma seringa de agulha grossa, injete a manteiga derretida em toda a ave. Espalhe o restante da manteiga sobre o peru. Leve ao forno médio em assadeira funda, com toda a marinada e coberto com papel-alumínio, por 2 horas. Retire o papel-alumínio e asse por mais 1 hora, ou até ficar bem dourado e sequinho. Enquanto assa, vá molhando o peru com o líquido da marinada que for se forman- do no fundo da assadeira. SOBREMESA: Maçã assada com canela e Calvados (6 porções) 6 maçãs Fuji descascadas, sem miolo e cortadas ao meio adoçante em pó, quantidade equivalente a 1 1/2 colher de açúcar 6 colheres (sopa) de licor Calvados 1 colher (sopa) de manteiga amolecida 1 colher (sopa) de canela em pó Misture a canela e o adoçante em pó. Disponha as maçãs em uma assadeira, polvilhe com o adoçante e regue com o Calvados. Coloque uma lasca bem pequena de manteiga sobre cada maçã e leve ao fomo preaquecido (160º) por 25 minutos ou até que as maçãs este- jam macias e a maior parte do líquido tenha secado. Sirva mornas, acompanhadas de sorvete de creme diet. Canjiquinha quente (Sinhô, 1930) loiô vai provar Prova loiô (uh, tá gostoso...) Um tiquinho só Ai, deixa louco Certo vai gostar Só de vontade de acabar Desse meu ebó Canjiquinha quente, loiô (ai, tá quentinha...) É um pratinho Bem suculento Depois de provar Que faz babar loiô vai dizer Canjiquinha quente, loiô Viva Jesus Tá quentinha... Que ensinou Santa Bahia (quer vatapá? Eh, também tem!) E temperada Com a simpatia Que foi Jesus Que ensinou Santa Bahia ábado é dia de feijoada. Domingo, a lasanha da nonna, que só de lembrar provoca suspiros. Nessa semana, já avisaram no escritório: vem churrasco aí. Quem mora na praia vira e mexe tem moquecas maravilhosas para encarar, camarãozinho frito com os amigos à beira-mar, rodada de caipirinhas no fim de tarde. Passa um moço vendendo picolé... Como conciliar sua alimentação com tanta gluto- nice ao redor, assim que você põe o pé fora de casa? Lá vamos nós à velha e boa subs- tituição em campo. Sai uma maçã, entra um picolé de frutas - ambos têm praticamente o mesmo valor de carboidratos: 15 ou 16 gramas. Não sabe se devora um quindim ou encara uma coxinha? Os dois têm o mesmo peso na pontuação de carboidratos. Se comer um, não coma o outro. É um acordo tácito entre os alimentos, como se o jeito de avançar na vida fosse esse mesmo, de ceder a vez para um, depois para outro. No mais, é manter no tabu- Teiro os elementos imprescindíveis: as saladas, as frutas, o balanço ideal entre protei- nas, fibras, carboidratos, gorduras. Seu organismo é quem sai ganhando esse jogo. ESSA AGITADA VIDA SOCIAL... Almoços, jantares, café no fim de tarde: Louco POR UM DOCE NO FIM DE TARDE? AQUEÇA UMA BANANA NO MICROONDAS OU NO FORNINHO ELÉTRICO, ACRESCENTE CANELA E ACHOCOLATADO DIETÉTICO. quem trabalha fora ou estuda, ou seja, mais da metade do planeta, precisa comer em grupo, então... que aproveite cada bocadinho. À LA CARTE Já no couvert, segure a onda: se tiver palitinhos de cenoura e pepinos crus, coma-os com os patês que geralmente vêm junto. Ou encare as saladas. É opção leve, refrescante, e prepara o espírito para os próximos capitulos do jantar. Se não teve salada no couvert, peça uma de entrada e coma devagar. Dá a sensação de que a fome foi embora de vez, e assim, mesmo que o prato principal seja mais abusado, você não vai comer tanto. Prefira, sempre, manter o equilíbrio proteina/carboidrato/verduras. E, se pedir uma massa, por exemplo, peça sem recheio, com molho mais leve, como tomates frescos. Siga o modelo acima e, na hora das cames, corte fora o pedaço de gordura aparente. NO JANTARZINHO SÓ-NÓS-DOIS-E-MAIS-NINGUÉM Nada mais sem graça do que moça de cintura fina que só pede alface. Porém, comer como o cidadão forte que a olha apaixonado faz sua cintura desaparecer em poucos dias, e ainda sobe a glicemia. Para garantir a boa forma e a saúde, use a mesma estratégia: salada antes, proteína, pouco carboidrato, minimo de gordura. E sorrisos, assim, para ele nem reparar no seu prato... NO RESTAURANTE POR QUILO Primeiro truque: um prato cheio de saladas, devorado cinco minutos antes do prato quente. Depois desse intervalo, volte a atacar o bufê, e verá que seu estômago, sacia- do, vai mandar um recado para os olhos suavizarem o que vêem. E as mãos pegarem Teve. Escolha, então, uma porção pequena de carboidratos (arroz, ou batatas, ou uma massa) e capriche nas verduras, mais alguma proteina saborosa, seja a carne assada, o franguinho com molho, o peixe grelhado... A essa altura, a sobremesa nem parece tão essencial. Com a mania do mundo de manter a linha, com certeza vai ter no cardá- pio alguma gelatina ou bolo diet. Ou pegue uma salada de frutas - cuidado para não repetir a dose: lembre-se da frutose, o açúcar das frutas! Vá no verde: pizzas com rúcula, ou escarola, ou brócolis, ou abobrinha, melhor ainda se forem feitas com mussarela de búfala ou ricota, menos gordurosas do que a mus- sarela em si. Atum é uma boa opção, ainda mais se for sem queijo por cima. Prefira massa fina. Duas fatias e não se fala mais nisso. NA PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO Nessa torre de Babel que é o fast-food de qualquer centro de compras, sempre cabe uma comidinha mais saudável, menos gordurosa. Aqui, continua valendo a mesma filosofia: procure comer em horários adequados, com todos os nutrientes e a menor quantidade possível de gordura. Na dúvida, veja só: * Comida japonesa, principalmente em São Paulo e nas grandes cidades, já virou quase uma instituição nacional - sushi faz bonito em qualquer fast-food de shopping cen- ter, então, uma boa saida é ir ao quiosque japonês da praça de alimentação. Peça sashi- mi ou o combinado, sushi e sashimi. Não fique só no sushi, porque tem arroz, e sem Termos técnicos: Glucose é glicose, e açúcar invertido, por exemplo, quer dizer mudança de uma das moléculas do açúcar, algo utilizado para dar mais textura ao alimento. Não se impressione com as palavras. Light & diet: Produtos batizados de light destinam-se a quem quer perder peso, ou seja, têm menos calorias. Alguns também são isentos de açúcar, o que significa que podem ser usados por quem tem diabetes. Já o diet é isento de algum nutriente (sal, ou açúcar, ou gordura). Serve para dietas de restrição de açúcar (como a do diabetes) e de sal. Nem sempre vale a pena escolher o diet da prateleira: um chocolate diet, por exemplo, tem mais gordura do que o normal para compensar a retirada do açúcar, e essas gorduras podem não ser boas para o seu metabolismo. Refrigerantes & águas gasosas com sabor: Não abuse, por favor. Mesmo que você só beba refrigerante diet ou light, está também ingerindo gases demais - o que dificulta sua digestão, pode lhe trazer problemas gástricos e ainda mascarar uma hipoglicemia. Sim, porque os gases estufam, dão aquela sensação de estômago cheio e com isso você pode comer menos ou trocar o lanche por uma latinha de refrigerante. Só que não tem nutri- entes, e aí você tem queda de glicemia sem perceber. Além disso, bebidas gasosas con- têm muito fósforo, que impede a absorção completa do cálcio, particularmente compli- cado para as mulheres na menopausa, que já perdem cálcio à beça. Óleos: só leve os vegetais, como de soja, milho, girassol, canola. São os mais saudáveis. O OUTRO LADO DA SAÚDE: FAZER EXERCÍCIO Sim, cuidar do que você come é essencial, mas para viver com prazer, mesmo, é preciso se mexer. Alimentação, medicação, educação e exercícios físicos: são esses os quatro pilares da vida bacana de quem tem diabetes. Todo exercício é bem-vindo, mas alguns são especialmente bons para quem tem diabetes e não costuma esbanjar intimidade com nenhuma quadra. E, como em tan- tos quesitos da vida, o exercício só funciona se você gosta dele: Yoga — Acalma, favorece o equilibrio físico e mental e ajuda o portador de diabetes no controle de sua glicemia, graças a certas posturas, respiração etc. Caminhada - Se essa história de correr no calçadão lhe dá arrepios, por que não cami- nhar? Importante é manter o ritmo, não parar e usar o tênis adequado para não ter lesões nas articulações. Lembre-se de que os portadores de diabetes têm os pés muito mais sen- síveis, então cuide bem deles. Se for caminhar no parque ou à beira-mar, numa manhã de sol dá até vontade de cantar... E o seu dia ganha outro colorido, as inquietações de repente desaparecem. Ainda tem outro argumento: é de graça. Natação — Jacques Mayol, o mergulhador mais famoso de que se tem notícia, dizia que o habitat natural do homem é o oceano. “Nascemos nus, num oceano em miniatura, que é o ventre da mãe.” Nadar, então, é voltar às origens em todos os sentidos, e dá a me- Thor das sensações. Bom para as articulações, excelente para quem tem problemas de co- luna e simplesmente deli Dança de salão - Você rodopia feliz, melhora sua coordenação, aprimora a postura, perde uns quilos, faz novos amigos e ainda pode paquerar. Quer opção melhor? Andar de bicicleta - O que, você só pedalou quando guri? Redescubra um gostinho de infância andando de bicicleta, o sorrisão e a dádiva: aquele vento no rosto, poeticamente sinônimo de liberdade absoluta. Além disso, pedalar é barato e ecologicamente correto. Musculação - Não, você não vai ficar um Schwarzenegger ou uma Madonna. Musculação é o único caminho para garantir massa muscular, reduzir o risco de lesões nas articulações e prevenir a osteoporose. Como muita gente não gosta de levantar peso, o ideal é complementar a musculação com uma atividade que lhe dê, claro, prazer. ANTES DE CALÇAR O TÊNIS E SALTITAR POR Aí, É PRECISO CONSULTAR SEU MÉDICO. aee a Rea) SO UE (efa rodo DES PTN a PA oO TN TA, [e Too) 'À CAMINHAR, SE-SENTIA BEM E TAL. AÍ FUI EXAMINÁ-LA, ELATIROU OS io O E dada 8St te] apo a Paso OO E eta Li [o o Ri ao a aU IS SANDALIAS “QUE -USAVA-NÃO: ERAM-ADEQUADAS. 3 SIA UNE ZER UMA Ra [gde fo Io to o STS 0 TOM EST MOI VM (0 BS 40) 06 2,42) (Dea: Denise REIS FRANCO, ENDOCRINOLOGISTA DE SÃO PAULO) sta é a linda história de Ofélia, que sonhava em ser uma grande atriz de teatro, mas sua voz era muito fraquinha. Mesmo assim, ela queria servir à arte. Então ela foi trabalhar no teatro da sua cidadezinha. “Bem em frente ao palco ficava uma caixa que não era vista por quem estivesse na platéia. Toda noite Ofélia ficava naquela caixa e soprava para os atores as falas dos seus papéis, para que eles não perdessem o fio da meada. A voz fraquinha de Ofélia era perfeita para isso, pois os espectadores não a ouviam. Durante toda a sua vida, Ofélia fizera esse trabalho, e sentia-se muito feliz com ele. Com o tempo, Ofélia foi aprendendo de cor todas as grandes comédias e tragédias.” Bom, muita coisa aconteceu na vida de Ofélia. Depois que o teatro fechou, ela teve de se adaptar de novo. Ela aprendeu a falar com as sombras, e criou o teatro de som- bras de Ofélia, que apresentava de cidade em cidade. Quando ela morreu, foi ensinar as comédias e tragédias para os anjos no céu. “E assim eles aprendem como é mesquinho e como é grandioso, como é triste e como é divertido ser homem e viver na Terra. E Ofélia sopra-lhes as palavras para que não percam o fio da meada.” (O Teatro de Sombras de Ofélia, de Michael Ende) Como as freiras lá do segundo capitulo, Ofélia aprendeu a se virar, a olhar de outro jeito para as situações. E o que parecia algo tão difícil - a voz fraquinha - não impediu a pequena Ofélia de ser grande no teatro. Seu filho pequeno descobriu que tem diabetes? PRIMEIRO CAPÍTULO: OS TRÊS MOSQUETEIROS “Um por todos, todos por um” tem de ser o lema da família. Todo mundo deve comer a mesma comida, o que aliás só vai fazer bem. Aquela comida de mãe, de alma, feita com carinho, apenas mais balanceada: com legumes, verduras, carboidratos (mas não muitos) e proteina. Na sobremesa, frutas ou doces gostosos feitos com adoçantes, com frutas também, tudo bacana. E a família toda gostou da idéia, encarou o espírito de união e acabou até fazendo exercicios junto com ele. SEGUNDO CAPÍTULO: A BELA ADORMECIDA Essa história é mais de menina, mas o menino acha legal a idéia de furar o dedo na roca, igual à Aurora, a princesa que dorme enfeitiçada. A roca não era bem roca, porque isso nem se vê mais por aí. Agora é um aparelhinho que mede a glicemia, assim ele vai controlando sua saúde todo dia e vendo o que pode comer para manter a taxa em dia. Às vezes é chato, mas tem lá sua graça ver o dedo furado... E a mãe, ufa!, ficou mais tranquila. TERCEIRO CAPÍTULO: PROCURANDO NEMO Essa é para mostrar que quando os pais protegem demais os filhos, apesar de isso ser algo bom, acaba atrapalhando a vida deles. E os filhos fogem, porque não acreditam em tantos perigos - ou seja, pai e mãe que ficam o tempo todo dizendo “Não faça isso, olha o seu diabetes”, “Você não pode comer esse, você tem diabetes” ou, pior ainda, “Não vá à festinha, porque as outras crianças vão comer na sua frente e você vai ficar triste”, deixam os filhos perdidos. E o filho, como o Nemo, não agiúenta mais tanta proteção e vai se aventurar por aí. Para trazê-lo de volta, o pai tem de nadar um bocado. Quando o nosso garoto herói contou essa parte da história, os pais começaram a entender que não se pode exagerar... E por aí vai, mas o restante da história é você quem vai criar. Pode pegar uma parte de outra fábula, ou exemplos do cotidiano, e mostrar que sabores bem combinados são maravilhosos, e que fast-food e as porcarias que toda criança ama não são as úni- cas gostosuras. Existem delícias que fazem muito bem para quem tem diabetes. Ou pode dar outros exem- plos... Importante é a sua história mostrar que dia- 3 “TENHO” DE. INVENTAR: O MEU BRINQUEDO) MOLA: betes não é lobisomem. SALTANDO “NO: MEU" ÍNTIMO/ ALEGRIA GERADA POR DES O QUE SEU FILHO PODE COMER? O que as outras crianças comem, apenas com mais equilíbrio nos nutrientes: carboidratos/proteinas/ gorduras/frutas e verduras que fornecem vitaminas e fibras. A diferença é que, no dia-a-dia, você deve evitar dar a ele doces e controlar a ingestão de carboidratos (o ideal do prato de qualquer garo- to). Mas quando ele quiser comer um brigadeiro, tomar um sorvete, provar do milk- shake do amigo, libere. Se ele se sentir seguro, que de vez em quando pode comer bobagens, vai se alimentar com muito mais qualidade. “Muitas vezes os pais e parentes mais próximos podem concorrer para acentuar o sentimento de revolta inicial com reações como “por que aconteceu com meu filho?. É importante enfatizar que a vida não acabou.” Dra. Hermelinda Cordeiro Pedrosa, endocrinologista de Brasília especializada em diabetes “TIVE UM PACIENTE DE 12 ANOS CUJA MÃE NÃO CON- TAVA A NINGUÉM QUE ELE ERA PORTADOR DE DIABETES. NEM MESMO PARA A IRMÃ DELA, TIA DO GAROTO, QUE POR SINAL TAMBÉM TINHA DIABETES. A MÃE ESCONDIA DE TODOS E, OBVIAMENTE, A REPERCUSSÃO PSICOLÓ- GICA NO FILHO FOI GRANDE, QUE SE SENTIA UM EX- cLuíDo. ISSO, SEGURAMENTE, CRIAVA DIFICULDADES NO CONTROLE DA DOENÇA.” (DR. ANTONIO ROBERTO CHACRA, ENDOCRINOLOGISTA DE SÃO PAULO ESPECIALIZADO EM DIABETES) O QUE FAZER? tro. Quem nunca ouviu, quando era criança, alguma gozação por ser gordo, ou usar óculos, ou vestir uma saia que a má amiga achou “ridícula!” é porque nunca foi à escola. Mais do que compreensível, portanto, que você se preocupe com o dia-a-dia do seu filho entre os amiguinhos. E quando ele se medicar na frente deles? E se quiserem desafiar o garoto a comer algo? E se alguém discriminar seu “bebê”? Provavelmente seu filho vai aprender a lidar com isso na maior, mas você deve ajudá- lo a ter auto-estima. Prepare seu filho para entender o diabetes e saber como se cuidar. Fale a verdade, do jeito mais simples que ele possa entender: o diabetes pode trazer problemas sérios, mas quem come alimentos saudáveis, toma o remédio, mede a glicemia e faz exercício vai viver muito feliz, sim. Estimule seu filho a saber mais, a fazer o que gosta, a não ter medos que o impeçam das coisas. Assim ele ganha auto-estima, essencial para todos nós. E os colegas da esco- Ta? Diante de um amigo tão natural com o próprio diabetes, eles aos poucos param de dar importância para isso. E vão até ajudar se for preciso. Com prazer. ESTA É PARA PAI E MÃE: Tire suas dúvidas, sempre, com o cuidador do seu filho, o médico ou a nutricionista. Você também vai se cuidar melhor, e o diabetes, de algum modo, vai acabar melhorando a saúde geral da família. ELES CRESCERAM Rebeldia é quase sinônimo de adolescência, e o clichê do garoto rebelde, inconformado com a monotonia do mundo, repete-se no cinema, nos livros, na sua casa talvez. Se os pais já rebolam para caber na vida real com filhos entre 12 e 19 anos, quando vem a noti- cia do diabetes nessa idade a situação pode ficar ainda mais difícil. Ou não. Depende, como sempre, do jeito de olhar. Do jogo de cintura. Como todos nós, o adolescente quer ser dono do nariz. O que significa não ouvir o que não tiver vontade e detestar alguém dando conselhos, ou pior ainda, cobrando o seu comportamento. Ele quer se cuidar sozinho. Ao mesmo tempo, os pais se assus- tam, porque adolescente, por definição, é mesmo exagerado. E nem sempre encara bem tanta responsabilidade. Bem, e aí? Sim, ele vai ficar triste, deprimido ou com ódio ao saber que tem diabetes, reação habitual de qualquer pessoa. Em compensação, os jovens costumam ser mais leves e têm mais facilidade de aceitar as mudanças. “O ADOLESCENTE COM DIABETES TIPO 1 TEM DE TER ESTÍMULO CONSTANTE PARA SE CUIDAR. É COMO ESTUDAR: ELE TEM DE SENTIR QUE ESTÁ SENDO DESAFIADO, ESTÁ APRENDENDO, TEM DE SE ESFORÇAR, TEM DE SER ESTIMULADO.” (Dr. ANTONIO ROBERTO CHACRA, ENDOCRINOLOGISTA DE SÃO PAULO ESPECIALIZADO EM DIABETES) Estudos científicos mostram que muitos adoles- centes convivem bem com o diabetes, tomam sua me- dicação e comem direito. Desde que eles sejam bem informados sobre a doença. Não aterrorize seu filho, até porque dá para viver com prazer com o diabetes, certo? Mas explique tintim por tintim as sérias conse- qiiências do diabetes quando a pessoa não se cuida, e ele compreenderá. É FALAR A VERDADE, QUE COM EQUILÍBRIO NA COMIDA, ME- DICAÇÃO E EXERCÍCIOS TUDO FICA MAIS FÁCIL, QUE TUDO VAI FICAR MAIS FÁCIL DE FATO. NO MAIS, É SEGUIR, NO CASO DOS ADOLESCENTES, OS MESMOS CUIDADOS DESCRITOS AQUI PARA ADULTOS E CRIANÇAS. E QUE TODA A FAMÍLIA ENTRE NA RODA DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL. Lado B: Nuns dias de mau humor seu filho pode lhe atirar na cara o quanto ele sofre, ou o quanto você pega no pé, mas ficamos conversados que isso é quase obrigação da adolescência. “SER BROTINHO É AMANHECER CHORANDO E ANOITECER DANÇANDO... SER BROTINHO É ADO- RAR. ADORAR O IMPOSSÍVEL. SER BROTINHO É DETESTAR. DETESTAR O POSSÍVEL. É ACORDAR AO MEIO-DIA COM UMA CARA HORRÍVEL, COMER SOMENTE E LENTAMENTE UMA FRUTA MEIO VERDE, E FICAR DE PIJAMA TELEFONANDO ATÉ A HORA DO JANTAR, E NÃO JANTAR, E IR DEVORAR UM SAN- DUÍCHE AMERICANO NA ESQUINA, TÃO ESTRANHA É A VIDA SOBRE A TERRA." (PauLo MENDES Campos, EM SER BroTINHO) 77 80 “Quase 80% dos pacientes com diabetes são portadores do tipo 2 e descobrem a doença entre os 48, 50 anos. Boa parte deles está acima do peso, muitos têm distúrbios do sono, estresse, colesterol alto ou outros problemas de saúde que complicam a qualidade de vida. É preciso mudar os hábitos e perder peso, e por isso que o paciente faz dieta. O portador de diabetes com peso normal, sem outros agravantes, não faz uma dieta específica, apenas limita o açúcar de absorção rápida. No mais, ele se alimenta como qualquer pessoa saudável deve se alimentar.” Dr. Freddy Goldberg Eliaschewitz, endocrinologista de São Paulo especializado em diabetes MUDAR HÁBITOS 2. Olhos nos olhos: Exame obrigatório é o de fundo de olho, para checar se tudo vai bem com o que você anda vendo. O diabetes pode provocar retinopatia, uma doença que se manifesta com pequenos pontos hemorrágicos no olho (pequenos der- ramamentos de sangue) e pode, em casos agudos, levar à cegueira. NADA DISSO ACONTECE SE VOCÊ SE CUIDAR E CONSULTAR, TODO ANO, UM OFTALMOLOGISTA. 3. Sorria, meu bem: Os dentes merecem atenção especial também, porque quem tem diabetes está mais propenso a gengivites, periodontites, inflamações da gengiva. Sempre consulte seu dentista — é essencial contar a ele que você tem diabetes, porque alguns procedimentos podem exigir outros cuidados, como implantes, aparelhos ortodônticos etc. - tudo deve ser ajustado à sensibilidade do portador de diabetes. E SEMPRE, TODOS OS DIAS, MEÇA A SUA GLICEMIA. Rota o AT TRLCO S O p o A=TO VAS O SYAO ao EO [ao do as 2H Oto lod a VA ao NT NON NE Pci ESTA Ojo a fAa Ro [oa DIET.-E, MUITO GOS] DITAS 245 FAZER CAMINHADAS, sda Ra Bo DR LAPA D EA EA PAL 85 OS INVENTORES DE SABORES Inveja boa O sujeito descobriu que estava com diabetes na flor dos 55. O destino já vinha apitan- do: olha a falta de fôlego, os músculos sem tônus, a barriguinha-escritório. Divorciado, emprego razoável, um sorriso malandro e o porte alto, que o terno favorecia, davam a ele, até então, a certeza de uma vida de que não se pode reclamar. Somava a isso um papo espirituoso, o cavalheirismo meio gozador, e moças bem mais moças viam um charme danado nele. Um dia, porém, lhe faltou o ar, ele foi se sentindo meio cansado, fez uma série de exames e o médico deu-lhe a resposta: “O senhor tem diabetes”. Pavor. Então é verdade que o diabetes provoca impotência? - Pode ocorrer a impotência, mas se o senhor se cuidar, não há o que temer. Quatro coisas são essenciais: corrigir a alimentação, fazer exercícios físicos, sempre medir a glicemia e tomar a medicação, e se informar. No seu caso, uma obrigação urgente é parar de fumar, não só pelo diabetes, por tudo. Ele amuou. Saiu de lá, passou por um parque e viu, do carro, moças em forma, gente sorridente andando de bicicleta e - espera aí - aquele não é o Viana, que fez faculdade comigo? Tá um garoto. Era o Viana. Turma da formatura de 1975. Incrível. O homem estava muito me- lhor. O que aconteceu? - Consultei um médico, estava com um monte de problemas, e ainda descobri que tinha diabetes. Aí resolvi mudar. Reinventar meu script. Parei de fumar, perdi 17 quilos, comecei a caminhar no Parque do Ibirapuera. Aí fui melhorando, cuidando da comida, indo ao médico, e aos poucos entrei num grupo de corrida, faço maratonas agora - disse o Viana. Nosso amigo cintilou. Foi na onda igual ao Viana. Cortou o cigarro, diminuiu o excesso de chope, descobriu que uma salada colorida, ao lado de uma came legal, um macarrão leve, eram deliciosos. Foi ganhando gosto pela vida saudável. Hoje ele gosta do que vê no espelho, sente-se um adolescente, está de ótimo humor. Ah! Namora uma atleta. Está tinindo. Ah, Arlete! Arlete, 46, bonita mesmo que não tivesse feito plástica, duas filhas já grandes, marido gente fina, um emprego estável, e ela não se sentia bem. Andava engordando um pouco, cansava por qualquer coisinha, chorava à toa. Às vezes dava umas tonteiras, ela tinha de sentar, “acho que é pressão baixa”. As filhas se preocupavam, o marido propôs uma semana na praia, mas algo estava errado. Acabou no médico, surpresa com o diag- nóstico: a senhora tem diabetes. Saiu de lá aos prantos, apavorada. Teve um tio que anos atrás amputou a perna. Diabetes. Por que, meu Deus? As filhas ajudaram a ir atrás de informação, buscaram bons médicos, fizeram a mãe consultar um nutricionista. O marido, que já reclamava que passara do peso, prometeu caminhar com ela todas as manhãs. Arlete demorou a ceder. Um dia vai. No outro, pega uma receita light, prepara fazendo careta, mas no fim, vamos confessar, achou uma delícia. Na volta ao médico, ganhou fiu-fius na rua, e já se animou. Perdeu peso. Na sala de espera no consultório, ouviu histórias cabeludas, mas outras lindas, de gente que deu felizes cambalhotas na existência. Arlete começou a reinventar receitas, trocando ingredientes para não subir a “Costumo dizer: viva com a doença, e não para a doença.” Dra. Hermelinda Cordeiro Pedrosa, endocrinologista de Brasília especializada em diabetes Veja só o que os alimentos podem fazer para a sua saúde e monte um cardápio variado: * Abacaxi: fonte de vitaminas C, B1, B2, potássio e cálcio. * Abóbora: rica em vitamina A e fonte de vitaminas Bi e B2, cálcio, fósforo e potássio. * Abobrinha: rica em vitamina B1, fonte de vitaminas A e B2, cálcio, fósforo e potássio. e Alface: rica em vitamina A, fonte de vitaminas B1 e B2, potássio, cálcio e fósforo. * Alho: destaca-se pela presença de vários antibióticos naturais e agentes anticoagulantes. A ciência moderna investiga seus efeitos nas doenças cardiovasculares, câncer, inflamações e infecções. É rico em vitamina B1 e fósforo, fonte de vitaminas B2 e €, potássio e cálcio. * Amêndoas e nozes: fontes de selênio e vitamina E, têm importante ação antioxidante. * Batata-doce: é mais rica em fibras que a batata-inglesa, fonte de vitaminas A, B1, B2 e €, fósforo, cálcio e potássio. * Berinjela: fonte de vitaminas B1 e B2, fósforo e potássio. * Beterraba: fonte de vitaminas B1, B2 e €, cálcio, fósforo e potássio. * Brócolis: fonte de vitaminas A e C, cálcio e ferro. * Caju: fonte de vitaminas A, B1, B2 e C, potássio, fósforo, cálcio e ferro. * Caqui: fonte de vitamina A. * Cebola: fonte de vitaminas B1e B2, potássio, cálcio e fósforo. * Cenoura: rica em vitamina A e em betacaroteno, importante precursor da vitamina A, fonte de vitaminas B1, B2, fósforo, cálcio, potássio e fibras. * Coco: fonte de vitaminas Ble B2, potássio, cálcio, fósforo e ferro. * Couve-flor: fonte de vitaminas B1, B2 e €, potássio, cálcio e fósforo. * Ervilha: rica em potássio, fonte de vitaminas A, B1,B2 e €, cálcio, fósforo, ferro e fibra. * Gengibre: fonte de vitaminas A, B1 e B2, potássio, cálcio, fósforo e ferro. * Goiaba: fonte de vitaminas A, B1, B2 e €, cálcio, fósforo, potássio e fibras. * Laranja: fonte de vitaminas A, B1, B2 e C, potássio, cálcio, fósforo e fibras. ALIMENTOS Batata cozida/assada Batata-doce cozida/assada Batata frita Batata-doce frita Batata Ruffles? Beijinho de coco Beterraba cozida Bicho-de-pé Bife à milanesa Big Mac? Biscoito de água e sal Biscoito de aveia e mel Biscoito champanhe Biscoito Club Social? Biscoito Club Social? Mel Biscoito de coco Biscoito Cookies Mc? Biscoito cream cracker Biscoito de polvilho (rosquinha) Biscoito Leite? Biscoito Maçã e Canela? Biscoito Maisena? Biscoito Maria? Biscoito recheado Passatempo? Biscoito Passatempo? sem recheio Biscoito recheado Biscoito Rosquinha de Coco? Biscoito wafer Bolinho de arroz frito Bolinha de queijo Bolinho de bacalhau Bobó de camarão Bolo com glacê MEDIDAS colher de sopa colher de sopa colher de sopa fatia pequena pacote pequeno unidade colher de sopa unidade unidade média unidade unidade unidade unidade pacotinho pacotinho unidade pacotinho unidade unidade unidade unidade unidade unidade unidade unidade unidade unidade unidade unidade média unidade pequena unidade grande colher de sopa fatia média g ouml carboidratos (g) 6 10 6 18 . RunanordrrssnnSasIannÃas to 37 ALIMENTOS Bolo de banana Bolo de cenoura Bolo de fubá Bolo de milho Bolo de tapioca Bolo simples de chocolate Bomba de chocolate Brigadeiro Broa de fubá Broa de milho Cacau em pó Café infusão sem açúcar Caju Cajuzinho Caldo-de-cana Canjica Caqui Carambola Castanha-de-caju Castanha-do-pará Castanha portuguesa Ketchup Cenoura cozida Cereal All Bran? Cereal Choco Krispis? Cereal Corn Flakes? Cereal Fibre 1º Cereal Granola tradicional? Cereal Granola amêndoas e canela? Cereal Muslix tradicional? Cereal Muslix chocolate? Cereal Sucrilhos? Cerveja MEDIDAS gouml 1 fatia média 70 1 fatia média 60 1 fatia média 60 1 fatia média 60 1 fatia média 8o 1 fatia média 60 1 unidade grande 100 1 unidade média 15 1 fatia média 60 1 fatia média 60 1 colher de sopa 16 1 copo 50 1 unidade média 50 1 unidade média 15 1 copo 200 1 colher de sopa 25 1 unidade pequena 85 1 unidade média 60 1 unidade 2,5 1 unidade 6 1 unidade 10 1 colher de sopa 15 1 colher de sopa 25 3/4 xícara de chá 40 3/4 xícara de chá 30 1 xicara de chá 30 3/4 xícara de chá 40 1/2 xicara de chá 40 1/2 xicara de chá 40 1/2 xicara de chá 40 1/2 xicara de chá 40 1 xicara de chá 30 Tata 350 carboidratos (g) 33 38 25 33 48 30 13 9 30 30 3 ALIMENTOS Chá (infusão sem açúcar) Champanhe Chantili Cheetos? Chocolate em pó Chocolate Alpino? Chocolate ao leite Chocolate ao leite diet Chocolate Batom? Chocolate Bis? Chocolate Charge? Chocolate Chokito? Chocolate Confete? Chocolate Crunch? Chocolate Diamante Negro? Chocolate Galak? Chocolate Kinder Ovo? Chocolate meio amargo Chocolate Milkbar? Chocolate Nescau? Chocolate Prestígio? Chocolate Sensação? Chocolate Serenata de Amor? Chocolate Serenata de Amor? light Chocolate Sonho de Valsa? Chocolate Stickadinho? Chocolate Suflair? Chocolate Talento? Chocolate Talento? diet Chocolate Twix? Chocotone Chuchu cozido Coalhada MEDIDAS xicara de chá taça colher de sopa pacote pequeno colher de sopa unidade unidade unidade unidade unidade unidade unidade porção unidade unidade unidade unidade unidade unidade unidade unidade unidade unidade unidade unidade unidade unidade unidade unidade unidade fatia média colher de sopa colher de sopa gouml 200 100 15 30 15 13 30 30 16 7 40 32 30 24 30 30 20 50 28 40 33 38 20 20 PA] 12 50 25 25 16 40 20 20 carboidratos (g) 0 12 2 20 7 8 17 16 9 5 24 25 24 14 19 15 n 28 19 23 22 7 12 n 13 8 30 13 12 9 23 2 1
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