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Guias e Dicas
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O julgamento de sócrates, Trabalhos de Turismo

Filosofia- Trabalho

Tipologia: Trabalhos

2011

Compartilhado em 24/03/2011

francisco-das-chagas-chagas-11
francisco-das-chagas-chagas-11 🇧🇷

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Baixe O julgamento de sócrates e outras Trabalhos em PDF para Turismo, somente na Docsity! FACULDADE NATALENSE DE ENSINO E CULTURA O JULGAMENTO DE SÓCRATES Natal-RN 2011 FRANCISCO DAS CHAGAS SILVA Trabalho para apresentar ao Professor Lucas Mafaldo da Disciplina de Filosofia, Da Turma “A”, Turno: Noturno Curso:Serviço Social Natal-RN 2011 SUMÁRIO: Pag. 04-......................................................Introdução Platão não se restringiu aos motivos apresentados pela acusação do real julgamento de Sócrates. Ele entendeu que seria impossível desenvolver argumentos sólidos e fortes se tivesse de ser feita uma conciliação entre corrupção da juventude e não adoração aos deuses com o Estado brasileiro que agora julgava – seriam feridos princípios considerados fundamentais, principalmente aqueles ligados à liberdade; os argumentos resultantes de um processo como esse se mostrariam facilmente combatíveis. Então, sabiamente, ele recorreu à análise da filosofia socrática, tecendo sua argumentação em três principais pontos querendo com isso questionar a sua validade.O primeiro ponto abordado foi o método por ele utilizado: a maiêutica. Tal método é descrito como “o processo dialético e pedagógico socrático, em que se multiplicam as perguntas a fim de obter, por indução dos casos particulares e concreto, um conceito geral do objeto em questão”(5). Na verdade esse método foi assim denominado para fazer uma alusão à mãe de Sócrates que era parteira. Com isso objetivava-se dizer que ele fazia o parto das idéias que os indivíduos já tinham consigo e só precisavam ser expostas. Então questiona- se: seria a maiêutica uma forma de apenas auxiliar a exteriorização de idéias pré-concebidas pelo indivíduo, porém ainda desconhecidas dele, ou seria esta uma maneira de induzir alguém a chegar à verdade pretendida pelo próprio Sócrates? Em segundo lugar, se buscou, no que é conhecido do filósofo, tendências à anti-democracia – diz-se que ele negava o princípio da maioria na assembléia – e ao despotismo e autoritarismo – afirma-se também que Sócrates defendia o governo de um homem só. Em terceiro lugar, questionou-se a veracidade das informações deixadas sobre este pensador, já que ele mesmo nunca se preocupou em registrar suas idéias – logo, tudo que é conhecido sobre ele é o que foi afirmado por terceiros. Platão, por exemplo, seu mais conhecido discípulo, escreveu muitos diálogos que afirmou terem sido socráticos. Mas como fazer a distinção entre o que Sócrates realmente falou e o que Platão escreveu sob a influência de uma possível idealização do seu “mestre”? Há também uma crítica muito mais ferrenha aos escritos de Platão e a imagem que ele nos fornece de Sócrates. Como discípulo, e diríamos até fã, é natural que ele tenha idealizado um Sócrates revestido de surrealismo, mitificado. A acusação afirma categoricamente: Sócrates não deixou nenhum legado escrito, A acusação fez um trabalho que não se baseou nas acusações feitas a Sócrates no júri real da idade antiga. Preferiu firmar sua argumentação na sua filosofia e na mitificação que foi feita de um homem que eles dizem ser normal, desprovido de qualquer motivo que lhe possa conceber títulos de genialidade e endeusamentos. Assim eles apenas lançam dúvidas sobre todo o trabalho que foi deixado por Sócrates – do seu método às suas fontes Foi de grande inteligência dos acusadores não se restringirem às acusações de subversão de jovens e não adoração dos deuses postos pelo Estado, visto que o Estado brasileiro é laico e uma acusação de subversão soaria leviana. Mas eles tinham um trabalho a fazer e o fizeram com grande propriedade. Acusaram quem tinha que ser acusado, mas não por causas irrelevantes, e sim por questões coerentes e com questionamentos plausíveis. tais acusações cabia ao advogado de defesa desmontá-las.Assim como a acusação, a defesa também usou a maiêutica na sua argumentação, mas obviamente com colocações distintas. Eles disseram que a maiêutica não manipulava e sim estimulava as pessoas a parirem os conhecimentos que elas já possuíam, mas que até então estavam inatos. Para isso elas deviam admitir que eram ignorantes ─ que nada sabiam, o que só era conseguido através dos interrogatórios que Sócrates fazia com qualquer indivíduo que se dispusesse a ouví-lo. Esses interrogatórios faziam com que as pessoas entrassem em contradição com o que elas mesmas diziam. Isso incomodava profundamente às elites porque podia desmascarar as suas verdades. Além disso Sócrates afirmava que todos tinham conhecimento inclusive os escravos e servos e isso, mais do que qualquer coisa, mexia com o ego das elites porque se todos percebessem que tinham conhecimento, também perceberiam que tinham voz e isso tiraria a soberania do Estado ateniense. Sobre a acusação de que era contra os deuses estabelecidos pelo Estado, a defesa contra-argumentou dizendo que Sócrates não era contra os Deuses, ele apenas não os discutia porque se achava muito inferior à compreensão deles, que eram seres sábios e bons. Foi dito que ele até criou um silogismo para afirmar a existência deles. O silogismo era o seguinte: “o homem é um ser inteligente e só quem poderia criar coisas são seres inteligentes, portanto tinha de haver alguém mais inteligente que o homem para tê-los criado. Seria isso os deuses.” Sócrates queria livrar os interrogados das sabedorias falsas e construídas em bases fracas para chegar à sabedoria Universal. Platão alegou que esse não era o objetivo de Sócrates e afirma que ele só pretendia difundir uma auto- reflexão nos interrogados para que eles soubessem discernir o que era bom do que era ruim, e seguir o bem rumando à felicidade.
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