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Segurança em Laboratório de microbiologia, Notas de estudo de Biologia

Normas de biosegurança em laboratório

Tipologia: Notas de estudo

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adriana-de-carli-da-silva-12
adriana-de-carli-da-silva-12 🇧🇷

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Baixe Segurança em Laboratório de microbiologia e outras Notas de estudo em PDF para Biologia, somente na Docsity! F U N A S A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Biossegurança em Laboratórios Biomédicos e de Microbiologia Biossegurança em Laboratórios Biomédicos e de Microbiologia Brasília, outubro de 2001 Organizado por: Coordenação Nacional de Laboratórios de Saúde Pública Centro Nacional de Epidemiologia Fundação Nacional de Saúde Equipe Técnica:Ana Rosa dos Santos Maria Adelaide Millington (Coordenadora) Mário Cesar Althoff Revisão Técnica da Tradução: Núcleo de Biossegurança/NuBio Vice-Presidência de Tecnologia Fundação Oswaldo Cruz Equipe Técnica: Bernardo Elias Corrêa Soares Francelina Helena Alvarenga Lima e Silva Leila Macedo Oda (Coordenadora) Sheila Sotelino da Rocha Telma Abdalla de Oliveira Cardoso Tradução de: Denise Bittar DEDICATÓRIA Esta quarta edição de Biossegurança em Laboratórios Biomédicos e Microbiológicos é dedicada à vida e realizações de John H. Richardson, D.V.M, M.P.H. Dr. Richardson foi o pioneiro e incessante defensor da segurança para educação biológica. Ele foi o co-editor das duas primeiras edições da BLBM, cujas normas são agora aceitas como “o padrão ouro” internacional para a condução segura de uma pesquisa microbiológica. Ele adaptou os programas de quarentena de animais importados para os Estados Unidos e o de manejo de organismos biológicos perigosos em laboratórios de pesquisas. Ele foi sócio-presidente e ex-presidente da Associação Americana de Segurança Biológica (American Biological Safety Association) e auxiliou no desenvolvimento do programa de qualificação dos profissionais da área de segurança biológica. Após uma longa e ilustre carreira no Serviço de Saúde Pública (Public Health Service), ele atuou como Diretor de Segurança do Meio Ambiente e na Secretaria de Saúde da Universidade de Emory antes de tornar-se um renomado Consultor de Biossegurança. Talvez, o aspecto mais importante, por ter sido um cavalheiro e defensor da saúde pública, os muitos amigos e associados que tiveram o privilégio de conhecê-lo e trabalhar ao seu lado sentirão muito a sua falta. Editores: Jonathan Y. Richmond, Ph.D. Diretor do Escritório de Saúde e Segurança Serviço de Saúde Pública Centros de Prevenção e Controle da Doença 1600 Clifton Road N.E. Atlanta, Georgia 30333 Robert W. McKinney, Ph. D. Diretor da Divisão de Segurança Serviço de Saúde Pública Institutos Nacionais de Saúde Building 31, Room 1C02 Bethesda, Maryland 20892 Peter Jahrling, Ph.D. Cientista Senior de Pesquisa Divisão de Avaliação da Doença USAMRIID Frederick, Maryland. Thomas Kost, Ph.D. Chefe do Departamento de Ciências Moleculares. Glaxo Welcome, Inc. Research Triangle Park, NC. Editor técnico Marie J. Murray Editor-Escritor Atlanta, GA iv CONTEÚDO SEÇÃO I Introdução .............................................................................. 01 SEÇÃO II Princípios de Biossegurança .................................................. 08 SEÇÃO III Níveis de Biossegurança Laboratorial ..................................... 19 Tabela 1. Resumo dos Níveis de Biossegurança Recomendados para Agentes Infecciosos .................................................... 59 SEÇÃO IV Critérios para os Níveis de Biossegurança para Animais Vertebrados ................................................................ 60 Tabela 1. Resumo dos Níveis de Biossegurança Recomendados para as Atividades nas quais Animais Vertebrados Invertebrados`Naturalmente ou Experimentalmente são Utilizados ................................................................. 86 SEÇÃO V Avaliação dos Riscos ............................................................. 87 SEÇÃO VI Níveis de Biossegurança Recomendados para Agentes Infecciosos e Animais Infectados ........................................... 96 SEÇÃO VII Relação dos Agentes ............................................................. 100 Seção VII-A: Agentes Bacterianos ......................................... 100 Seção VII-B: Agentes Fúngicos ............................................. 133 Seção VII-C: Agentes Parasitários ......................................... 142 Seção VII-D: Prions ................................................................ 150 Seção VII-E: Agentes Ricketisiais .......................................... 165 Seção VII-F: Agentes Virais (não incluindo o arbovírus) .......... 171 Seção VII-G: Arbovírus e Vírus Zoonóticos Relacionados ....... 205 v 287 Arbovírus Designados para o Nível de Biossegurança 2 ....... 205 Tabela 1. Arbovírus e Arenavírus Designados para o Nível de Biossegurança 2. ................................................... 208 Tabela 2. Cepas de Vacina de Vírus do NB-3/4 que Podem Ser Manipulados em um Nível de Biossegurança 2. Arbovírus e Arenavírus Designados para o Nível de Biossegurança 3. ........................................................ 211 Tabela 3. Arbovírus e Alguns Outros Vírus Designados para o Nível e Biossegurança 3 (baseado em experiência insuficiente). ............................................. 216 Tabela 4. Arbovírus e Alguns Outros Vírus Designados para oNível de Biossegurança 3. ................................ 217 Arbovírus, Arenavírus e Filovírus Designados ao Nível de Biossegurança 4. ................................................... 219 Tabela 5. Arbovírus, Arenavírus e Filovírus Designados para o Nível de Biossegurança 4. ................................ 221 APÊNDICE A Contenção Primária: Cabines de Segurança Biológica ........... 224 Tabela 1. Comparação das Cabines de Segurança Biológica. .................................................................... 229 Figura 1. Cabine de Segurança Biológica Classe I ............ 230 Figura 2a. Cabine de Segurança Biológica Classe II, Tipo A ......................................................................... 231 Figura 2b. Cabine de Segurança Biológica Classe II, Tipo B1 ....................................................................... 232 Figura 2c. Cabine de Segurança Biológica Classe II, Tipo B2 ....................................................................... 233 Figura 2d. Cabine de Segurança Biológica Classe II, Tipo B3 ....................................................................... 234 Figura 3. Cabine de Segurança Biológica Classe III ........... 235 APÊNDICE B Imunoprofilaxia ....................................................................... 236 vi • Com a identificação da encefalopatia espongiforme bovina (EEB) na Inglaterra houve um aumento significativo do interesse sobre doenças provocadas por prions. Por esta razão, acrescentamos um apêndice para direcionar as várias preocupações associadas ao trabalho com estes agentes. • Como tem ocorrido várias infecções associadas a laboratórios envolvendo agentes previamente conhecidos e desconhecidos, modificamos ou acrescentamos vários Resumos das Características de Agentes nesta edição. • Os resumos de agentes agora contêm informações sobre os requisitos necessários para obtenção de licenças para o transporte de microrganismos infecciosos. O motivo para essa modificação foi a preocupação em relação ao crescente transporte nacional e internacional de microorganismos infecciosos. • E finalmente, nestes últimos anos, houve um aumento nas preocupações em relação ao bioterrorismo, o que tem provocado um considerável interesse nas questões que envolvem a biossegurança. Portanto, acrescentamos um apêndice para ajudar a concentrarmos nossas atenções nas necessidades de aumento de segurança em nossos laboratórios de microbiologia. Gostaríamos também de agradecer as contribuições de muitos da comunidade científica que proporcionaram idéias para aperfeiçoarmos essa edição. Em particular, temos um grande débito com o Comitê Técnico de Revisão (Technical Review Committee) da Associação Americana de Segurança Biológica (American Biological Safety Association) por seus amáveis comentários e sugestões. ix 1 SEÇÃO I Introdução Laboratórios de microbiologia são, com freqüência, ambientes singulares de trabalho que podem expor as pessoas próximas a eles ou que neles trabalham a riscos de doenças infecciosas identificáveis. As infecções contraídas em um laboratório têm sido descritas por meio da história da microbiologia. Os relatórios de microbiologia publicados na virada do século descreveram casos de tifo, cólera, mormo, brucelose, e tétano associados a laboratórios1. Em 1941, Meyer e Eddie2 publicaram uma pesquisa de 74 casos de brucelose associados a laboratório, ocorrido nos Estados Unidos, e concluíram que “a manipulação de culturas ou espécies ou ainda a inalação da poeira contendo a bactéria Brucella é eminentemente perigosa para os trabalhadores de um laboratório”.Inúmeros casos foram atribuídos à falta de cuidados ou a uma técnica de manuseio ruim de materiais infecciosos. Em 1949, Sulkin e Pike3, publicaram a primeira de uma série de pesquisas sobre infecções associadas a laboratórios. Eles constataram 222 infecções virais, sendo 21 delas fatais. Em pelo menos um terço dos casos, a provável fonte de infecção estava associada ao manuseio de animais e tecidos infectados. Acidentes conhecidos foram registrados em 27 (12%) dos casos relatados. Em 1951, Sulkin e Pike4, publicaram a segunda de uma série de pesquisas baseada em um questionário enviado a 5.000 laboratórios. Somente um terço dos 1.342 casos citados foram relatados na literatura. A Brucelose era a infecção mais freqüentemente encontrada nos relatórios em relação às infecções contraídas em um laboratório e juntamente com a tuberculose, a tularemia, o tifo, e a infecção estreptocócica contribuíam para 72% de todas as infecções bacterianas e 31% das infecções causadas por outros agentes. O índice total de mortalidade era de 3%. Somente 16% de todas as infecções relatadas estavam associadas a um acidente documentado. A maioria destes estavam relacionados ao uso de pipetas, seringas e agulhas. 2 Essa pesquisa foi atualizada em 19655, quando houve um acréscimo de 641 novos casos ou de casos que não havia sido relatados anteriormente. Em 19766, houve uma nova atualização perfazendo um total acumulativo de 3.921 casos. A brucelose, o tifo, a tularemia, a tuberculose, a hepatite e a encefalite eqüina venezuelana eram as infecções mais comumente relatadas. Menos de 20% de todos os casos estavam associados a um acidente conhecido. A exposição aos aerossóis infecciosos era considerada como sendo uma fonte plausível, mas não confirmada de infecção para mais de 80% dos casos onde as pessoas infectadas haviam “trabalhadas com o agente”. Em 19677, Hanson e colaboradores relataram 428 casos patentes de infecções de arbovírus associados a laboratório. Em alguns casos, a capacidade de um dado arbovírus de produzir uma doença humana foi primeiramente confirmada como o resultado de uma infecção não intencional da equipe laboratorial. No caso, os aerossóis infecciosos eram considerados a fonte mais comum de infecção. Em 1974, Skinholj8 publicou os resultados de uma pesquisa que mostrava que o corpo de funcionários dos laboratórios clínicos dinamarqueses apresentava uma relatada incidência de hepatite (2,3 casos ao ano por 1.000 funcionários) sete vezes maior que a população em geral. De maneira semelhante, uma pesquisa de 1976 realizada por Harrington e Shannon9 indicou que os trabalhadores de laboratórios médicos na Inglaterra apresentavam “um risco cinco vezes maior de adquirir uma tuberculose do que a população em geral”.A Hepatite B e a shigelose também eram conhecidas por serem um contínuo risco ocupacional. Junto com a tuberculose, essas eram as três causas mais comuns de infecções associadas a laboratório relatadas na Grã-Bretanha. Embora esses relatórios sugerissem que os funcionários de laboratórios corriam um elevado risco de se contaminarem pelos agentes que eles próprios manipulavam, os índices atuais de infecção não se encontram disponíveis. Porém, os estudos de Harington e Shannon e os de Skinhoj10 indicam que as equipes Introdução 5 na recente publicação OSHA, intitulada Padrão de Patógenos San- guíneos26. No final dos anos 80 havia uma grande preocupação com o lixo médico-hospitalar, o que levou a publicação do Ato de Rastreamento de Lixo Hospitalar de 198827. Os princípios estabelecidos nos volumes anteriores do BLBM para o manuseio de dejetos potencialmente infecciosos como um risco ocupacional foi reforçado pela Pesquisa do Conselho Nacional intitulada Biossegurança em Laboratórios: Práticas Prudentes para o Manuseio e Remoção de Materiais Infecciosos28. No momento em que esta publicação estava sendo editada, há uma preocupação crescente em relação ao reaparecimento do M. tuberculosis e a segurança dos trabalhadores de laboratórios e equipamentos da área de saúde. Os princípios descritos no BLBM que tentam assegurar as práticas, procedimentos e instalações de segurança na saúde são aplicáveis ao controle deste patógeno aéreo incluindo sua cepas resistentes a inúmeras drogas (multidrogas resistentes)29, 30. As tecnologias com DNA recombinante estão sendo aplicadas rotineiramente em laboratórios para modificar a composição genética de vários microorganismos. Uma avaliação completa de riscos deve ser conduzida quando nos referimos a estas atividades e a seus resultados e desconhecidos. A experiência tem demonstrado a importância das precauções tomadas com as práticas, procedimentos, e instalações dos Níveis de Biossegurança de 1-4 descritas para as manipulações de agentes etiológicos em montagem de laboratórios e dependências animais. Embora não exista nenhum tipo de relatório nacional que descreva as infecções associadas a laboratórios, casos curiosos sugerem que uma rígida adesão a essas normas contribui para um meio de trabalho mais seguro e saudável para a equipe do laboratório, seus colaboradores e a comunidade ao redor. Para reduzir ainda mais o potencial de risco de infecções associadas a laboratórios, as normas apresentadas aqui devem ser consideradas como uma orientação mínima para contenção das mesmas. Estas devem ser adaptadas para cada laboratório em particular e podem ser utilizadas juntamente com outras informações científicas disponíveis. Introdução 6 Referências: 1. Weden, A.G. History of Microbiological Safety. 1975. 18th Biological Safety Conference. Lexington, Kentucky. 2. Meyer, K.F., Eddie, B. 1941. Laboratory Infections due to Brucella. J Infect Dis 68: 24-32 3. Sulkin, S.E., Pike, R.M. 1949. Viral Infections Contracted in the Laboratory. New Engl J Med 241 (5): 205-213. 4. Sulkin, S.E., Pike, R.M. 1951. Survey of laboratory-acquired infec- tions. Am J Public Health 41 (7):769-781. 5. Pike, R.M., Sulkin, S.E., Schulze, M.L. 1965. Continuing impor- tance of laboratory-acquired infections. Am J Public Health 55: 190- 199. 6. Pike, R.M., 1976. Laboratory –associated infections: Summary and analysis of 3,921 cases. Hlth Lab Sci 13: 105-114. 7. Hanson, R.P., Sulkin, S.E., Buescher, E.L., et al. 1967. Arbovirus infections of laboratory workers. Science 158:1283-1286. 8. Skinholj, P. 1974. Occupational risks in Danish clinical chemical laboratories. II Infections. Scand J Clin Lab Invest 33: 27-29. 9. Harrington, J.M., and Shannon, H.S. 1976. Incidence of tuberculosis workers. Br Med 1:759-762. 10. Skinholj, P. 1974. (8). 11. Richardson, J.H. 1972. Provisional summary of 109 laboratory-asso- ciated infections at the Centers for Disease Control, 1947-1973. Pre- sented at the 16th Annual Biosafety Conference, Ames, Iowa. 12. Sullivan, J.F., Songer, J.R., Estrem, I.E. 1978. Laboratory-acquired infections at the National Animal Disease Center, 1960-1976. Health Lab Sci 15(1): 58-64. 13. Martini, G.A., Schmidt, H.A. 1968. Spermatogenic transmission of Malburg virus. Klin Wschr 46: 398-400. 14. Report of the Committee of Inquiry into the Smallpox Outbreak in London in March and April 1973. 1974. Her Majesty’s Stationery Office, London. 15. World Health Organization. 1978. Smallpox Surveillance. Weekly Epidemiological Record 53 (35): 265-266. 16. Oliphant, J.M., Parker, R.R. 1948. Q-fever: Three cases of laboratory infection. Public Health Rep 63(42): 1364-1370. 17. Oliphant, J.W., Parker, R.R. 1948. (16) 18. Beeman, E.A. 1950. Q-fever – an epidemiological note. Pub Hlth Rep 65 (2):88-92. Introdução 7 19. Holmes, G.P., Hilliard J.K., Klontz, K.C., et al. 1990. B virus (Herp- esvirus simiae) Infection in Humans: Epidemiologic Investigation of a Cluster. Ann of Int Med 112: 833-839. 20. Pike, R.M. 1979. Laboratory-associated infections, incidence, fatali- ties, causes and prevention. Ann Ver Microbiol 33:41-66. 21. Centers for Disease Control, Office of Biosafety. 1974. Classification of Etiologic Agents on the Basis of Hazard, 4th Edition. U.S Depart- ment of Health, Education and Welfare, Public Health Service. 22. National Institutes of Health. 1994. Guidelines for Research Involving Recombinant DNA Molecules. (Washington: GPO) Federal Regis- ter. 59FR34496. 23. National Cancer Institute, Office of Research Safety, and the Special Committee of Safety and Health Experts. 1978. Laboratory Safety Monograph: A Supplement to the NIH Guidelines for Recombinant DNA Research. Bethesda, MD, National Institutes of Health. 24. Centers for Disease Control. Office of Biosafety. 1974. (20) 25. Centers for Disease Control. 1988. Update: Universal Precautions for Prevention of Transmission of Human Immunodeficiency Virus, Hepatitis Virus and Other Bloodborne Pathogens in Healthcare Set- tings. MMWR, 37:377-382,387, 388. 26. U.S Department of Labor, Occupational Exposure to Bloodborne Pathogens, Final Rule. Fed. Register 56:64175-64182. 27. U.S. Congress, 1988. Medical waste Tracking Act of 1988. H.R. 3515, 42 U.S.C. 6992-6992k. 28. Biosafety in the laboratory. Prudent Practices for the Handling and Disposal of Infectious Materials, 1989. National Research Council. National Academy Press, Washington, D.C. 29. Centers for Disease Control. 1990. Guidelines for Preventing the Transmission of Tuberculosis in Health-Care Settings, with Special Focus on HIV-Related Issues. MMWR 39, Nº. RR-17. 30. Centers for Disease Control. 1992. National Action Plan to Combat Multi-Drug-Resistant Tuberculosis. Meeting The Challenge of Multi- Drug-Resistant Tuberculosis: Summary of a Conference Manage- ment of Persons Exposed to Multi-Drug-Resistant Tuberculosis. MMWR 41, Nº RR –11. Introdução 10 segurança biológica Classe II também fornece uma proteção con- tra a contaminação externa de materiais (por exemplo, cultura de células, estoque microbiológico) que serão manipulados dentro das cabines. A cabine de segurança biológica Classe III hermética e impermeável aos gases proporciona o mais alto nível de proteção aos funcionários e ao meio ambiente. Um outro exemplo de barreira primária é o copo de segurança da centrífuga, um recipiente conectado à centrífuga projetado para evitar que aerossóis sejam liberados durante uma centrifugação. Para minimizarmos este perigo, controles de contenção como as cabines de segurança biológicas (CSB) ou os copos da centrífuga deverão ser utilizadas ao manipularmos agentes infecciosos que possam ser transmitidos através da exposição aos aerossóis. O equipamento de segurança também pode incluir itens para a proteção pessoal como luvas, aventais, gorros, proteção para sapatos, botas, respiradores, escudo ou protetor facial, máscaras faciais ou óculos de proteção. O equipamento de proteção pessoal freqüentemente é usado em combinação com as cabines de segurança biológica e outros dispositivos que façam a contenção os agentes, animais ou materiais que estão sendo manipulados. Em alguns casos nos quais torna-se impossível trabalhar em capelas de segurança biológica, o equipamento de segurança pessoal deve formar a barreira primária entre os trabalhadores e os materiais infecciosos. Os exemplos incluem certos estudos animais, necropsia animais, atividades de produção em grande escala do agente e atividades relacionadas à manutenção, serviços ou suporte da instalação do laboratório. Projeto e Construção das Instalações (Barreiras Secundárias). O planejamento e a construção das instalações contribuem para a proteção da equipe do laboratório, proporcionando uma barreira de proteção para as pessoas que se encontram fora do laboratório e para as pessoas ou animais da comunidade contra agentes infecciosos que podem ser liberados acidentalmente pelo laboratório. A gerência do laboratório deve ser a responsável por instalações que estejam de acordo com o Princípios de Biossegurança 11 funcionamento do mesmo e com o nível de biossegurança reco- mendado para os agentes que forem ali manipulados. As barreiras secundárias recomendadas dependerão do risco de transmissão dos agentes específicos. Por exemplo, o risco das exposições para grande parte dos trabalhos laboratoriais em dependências de um Nível De Biossegurança 1 e 2 será o contato direto com os agentes ou as exposições inadvertidas através de um meio de trabalho contaminado. As barreiras secundárias nestes laboratórios podem incluir o isolamento da área de trabalho ao acesso público, disponibilidade de uma dependência para descontaminação (por exemplo, uma autoclave) e dependências para lavagem das mãos. Quando o risco de contaminação através da exposição aos aerossóis infecciosos estiver presente, níveis mais elevados de contenção primária e barreiras de proteção secundárias poderão ser necessários para evitar que agentes infecciosos escapem para o meio ambiente. Estas características do projeto incluem sistemas de ventilação especializados em assegurar o fluxo de ar unidirecionado, sistemas de tratamento de ar para a descontaminação ou remoção do ar liberado, zonas de acesso controlado, câmaras pressurizadas como entradas de laboratório, separados ou módulos para isolamento do laboratório. Os engenheiros responsáveis pelo projeto devem levar em consideração as recomendações específicas para ventilação como as encontradas no Manual de Aplicações para Calefação, Ventilação e Refrigeração (Applications Handbook for Heating, Ventilation and Air-Conditioning - HVAC) publicado pela Sociedade Americana de Engenheiros de Calefação, Refrigeração e Condicionamento de Ar (American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers – ASHRAE)1. Níveis de Biossegurança. Os quatro níveis de biossegurança (NB) estão descritos na Seção III, e consistem de combinações de práticas e técnicas de laboratório, equipamento de segurança e instalações do laboratório. Cada combinação é especificamente adequada para as operações realizadas, vias de Princípios de Biossegurança 12 transmissões documentadas ou suspeitas de agentes infecciosos e funcionamento ou atividade do laboratório. Os níveis de biossegurança recomendados para os organismos da Seção VII (Resumo dos Agentes) representam as condições nas quais o agente pode ser manuseado com segurança. O diretor do laboratório é especificamente e primariamente o responsável pela avaliação dos riscos e pela aplicação adequada dos níveis de biossegurança recomendados. Geralmente, o trabalho com agentes desconhecidos deve ser conduzido em um nível de biossegurança recomendado pela Seção VII. Quando temos uma informação específica disponível que possa sugerir a virulência, a patogenicidade, os padrões de resistência a antibióticos, a vacina e a disponibilidade de tratamento, ou outros fatores significativamente alterados, práticas mais (ou menos) rígidas poderão ser adotadas. Nível de Biossegurança 1 - As práticas, o equipamento de segurança e o projeto das instalações são apropriados para o treinamento educacional secundário ou para o treinamento de técnicos, e de professores de técnicas laboratoriais. Este conjunto também é utilizado em outros laboratórios onde o trabalho, com cepas definidas e caracterizadas de microorganismos viáveis e conhecidos por não causarem doenças em homens adultos e sadios, é realizado. O Bacillus subtilis, o Naegleria gruberi, o vírus da hepatite canina infecciosa e organismos livres sob as Diretrizes do NIH de DNA Recombinantes são exemplos de microorganismos que preenchem todos estes requisitos descritos acima. Muitos agentes que geralmente não estão associados a processos patológicos em homens são, entretanto, patógenos oportunos e que podem causar uma infecção em jovens, idosos e indivíduos imunosupressivos ou imunodeprimidos. As cepas de vacina que tenham passado por múltiplas passagens in vivo não deverão ser consideradas não virulentas simplesmente por serem cepas de vacinas. O Nível de Biossegurança 1 representa um nível básico de contenção que se baseia nas práticas padrões de Princípios de Biossegurança 15 transmitidos via aerossóis e até o momento não há nenhuma vacina ou terapia disponível. Os agentes que possuem uma relação antigênica próxima ou idêntica aos dos agentes do Nível de Biossegurança 4 também deverão ser manuseados neste nível. Quando possuímos dados suficientes, o trabalho com esses agentes deve continuar neste nível ou em um nível inferior. Os vírus como os de Marburg ou da febre hemorrágica Criméia - Congo são manipulados no Nível de Biossegurança 4. Os riscos primários aos trabalhadores que manuseiam agentes do Nível de Biossegurança 4 incluem a exposição respiratória aos aerossóis infecciosos, exposição da membrana mucosa e/ou da pele lesionada as gotículas infecciosas e a auto- inoculação. Todas as manipulações de materiais de diagnóstico potencialmente infecciosos, substâncias isoladas e animais naturalmente ou experimentalmente infectados apresentam um alto risco de exposição e infecção aos funcionários de laboratório, à comunidade e ao meio ambiente. O completo isolamento dos trabalhadores de laboratórios em relação aos materiais infecciosos aerossolizados é realizado primariamente em cabines de segurança biológica Classe III ou com um macacão individual suprido com pressão de ar positivo. A instalação do Nível de Biossegurança 4 é geralmente construída em um prédio separado ou em uma zona completamente isolada com uma complexa e especializada ventilação e sistemas de gerenciamento de lixo que evitem uma liberação de agentes viáveis no meio ambiente. O diretor do laboratório é primariamente e especificamente responsável pela operação segura do laboratório. O conhecimento e julgamento dele/dela são críticos para a avaliação dos riscos e para a aplicação adequada destas recomendações. O nível de biossegurança recomendado representa as condições sob as quais o agente pode ser manipulado com segurança. As características especiais dos agentes utilizados, o treinamento e experiência dos empregados e a natureza da função do laboratório poderão posteriormente influenciar o diretor quanto à aplicação destas recomendações. Princípios de Biossegurança 16 Dependências para Animais. Os quatro níveis de biossegurança também são descritos para as atividades que envolvem o trabalho de doenças infecciosas com animais experimentais. Estas quatro combinações de práticas, equipamento de segurança e de instalações são denominadas de Níveis de Biossegurança Animal 1, 2, 3, e 4 e proporcionam níveis crescentes de proteção aos funcionários e ao meio ambiente. Laboratórios Clínicos. Os laboratórios clínicos, especialmente aqueles situados em clínicas e hospitais recebem amostras clínicas requisitando uma grande variedade de diagnósticos e serviços de apoio clínico. Geralmente, a natureza infecciosa do material clínico é desconhecida e as amostras são freqüentemente submetidas a uma ampla solicitação de exame microbiológico em relação aos múltiplos agentes (por exemplo, o escarro pode ser submetido a uma cultura de “rotina”, ácido resistente e cultura fúngica. É responsabilidade do diretor do laboratório estabelecer procedimentos padrões no laboratório que, de fato, direcionem a questão do perigo da infecção imposto pelas amostras clínicas. Com exceção de circunstâncias extraordinárias (por exemplo, suspeita de uma febre hemorrágica), o processamento inicial de uma amostra clínica e a identificação sorológica de substâncias isoladas poderá ser realizado de forma segura em um Nível de Biossegurança 2 - o nível recomendado para o trabalho com patógeno do sangue como o vírus da hepatite B e o HIV. Os elementos de contenção descritos no Nível de Biossegurança 2 deverão estar de acordo com o padrão da OSHA, “Exposição Ocupacional aos Patógenos Transmitidos através do Sangue”3, 4 publicado pela Administração de Saúde e Segurança Ocupacional. Isto requer o uso de precauções específicas para todas as amostras clínicas de sangue ou outros materiais potencialmente infecciosos (Precauções ou Padrões Universais)5. Além disto, outras recomendações específicas para laboratórios clínicos podem ser obtidas através do Comitê Nacional de Padrões para Laboratórios Clínicos (National Committee for Clinical Laboratory Standard)6. Princípios de Biossegurança 17 As recomendações para o nível de Biossegurança 2 e os requerimentos do OSHA enfocam a prevenção à exposição por contato com a pele e mucosas à materiaias clínicos. Barreiras primárias, como as cabines de segurança biológica ( Classe I e II), devem ser usadas quando procedimentos que causam gotejamento, pulverização e salpicos de gotas. As cabines de segurança biológica também devem ser usadas quando do início da manipulação de espécimes clínicos, cuja natureza do teste requerer, ou em presença de um agente que reconhecidamente transmite infecções por aerossóis (por ex.; M. tuberculosis) ou quando o uso de uma cabine de segurança biológica (Classe II) é indicado para proteger a integridade do espécime. A segregação das funções de um laboratório clínico e o acesso limitado ou restrito a estas áreas é de responsabilidade do diretor da instituição. É responsabilidade também do diretor estabelecer um padrão e procedimentos por escrito que direcionem os riscos potenciais e os cuidados ou precauções necessárias a serem implantadas. Importação e Expedição Interestadual de Certos Materiais Biomédicos. A importação de vetores e agentes etiológicos de patologias humanas está sujeita aos regulamentos da Public Health Service Foreign Quarentine. Os regulamentos do Serviço de Saúde Pública e do Departamento de Transportes especificam os requisitos necessários para a embalagem, rotulagem e embarque de agentes etiológicos e amostras para diagnósticos expedidos para o comércio interestadual (veja Apêndice). O Departamento de Agricultura dos E.U. A regulamenta a importação e expedição interestadual de patógenos animais e proíbe a importação, posse ou uso de certos agentes patológicos de animais exóticos que possam ser uma ameaça para aves e criações em geral por provocarem sérias doenças (veja o Apêndice D). Princípios de Biossegurança 20 3. Não é permitido comer, beber, fumar, manusear lentes de contato, aplicar cosméticos ou armazenar alimentos para consumo nas áreas de trabalho. As pessoas que usam lentes de contato em laboratórios deverão usar também óculos de proteção ou protetores faciais. Os alimentos deverão ser guardados fora das áreas de trabalho em armários ou geladeiras específicos para este fim. 4. É proibida a pipetagem com a boca; devem ser utilizados dispositivos mecânicos. 5. Devem ser instituídas normas para o manuseio de agulhas. 6. Todos os procedimentos devem ser realizados cuidadosamente a fim de minimizar a criação de borrifos ou aerossóis. 7. As superfícies de trabalho devem ser descontaminadas, pelo menos, uma vez ao dia e sempre depois de qualquer derramamento de material viável. 8. Todas as culturas, colônias e outros resíduos deverão ser descontaminados antes de serem descartados através de um método de descontaminação aprovado como, por exemplo, esterilização por calor úmido (autoclave). Os materiais que forem ser descontaminados fora do laboratório deverão ser colocados em recipientes inquebráveis, à prova de vazamentos e hermeticamente fechados para serem transportados ao local desejado. Os materiais que forem enviados para descontaminacão fora da instituição deverão também ser embalados de acordo com os regulamentos locais, estaduais e federais, antes de serem removidos das dependências do laboratório. 9. O símbolo de “Risco Biológico” deverá ser colocado na entrada do laboratório em qualquer momento em que o Níveis de Biossegurança Laboratorial — NB1 21 agente infeccioso estiver presente no local. Este sinal de alerta deverá indicar o(s) agente(s) manipulado(s) e o nome e número do telefone do pesquisador. 10. Deve ser providenciado um programa rotineiro de controle de insetos e roedores. (ver Apêndice G). B. Práticas Especiais Nenhuma C. Equipamento de Segurança (Barreiras Primárias) 1. Os equipamentos especiais de contenção, tais como as cabines de segurança biológica, não são geralmente exigidas para manipulações de agentes de classe de risco 1. 2. É recomendado o uso de jalecos, aventais ou uniformes próprios, para evitarem a contaminação ou sujeira de suas roupas normais. 3. Recomenda-se o uso de luvas para os casos de rachaduras ou ferimentos na pele das mãos. Algumas alternativas como o uso de luvas de látex com talco deverão ser avaliadas. 4. Óculos protetores deverão ser usados na execução de procedimentos que produzam borrifos de microorganismos ou de materiais perigosos. D. Instalações Laboratoriais (Barreiras Secundárias) 1. Os laboratórios deverão possuir portas para controle do acesso. 2. Cada laboratório deverá conter uma pia para lavagem das mãos. 3. O laboratório deve ser projetado de modo a permitir fácil limpeza. Carpetes e tapetes não são apropriados para laboratórios. Níveis de Biossegurança Laboratorial — NB1 22 4. É recomendável que a superfície das bancadas seja im- permeável à água e resistente ao calor moderado e aos solventes orgânicos, ácidos, álcalis e químicos usados para a descontaminação da superfície de trabalho e do equipamento. 5. Os móveis do laboratório deverão ser capazes de suportar cargas e usos previstos. Os espaços entre as bancadas, cabines e equipamento deverão ser suficientes de modo a permitir fácil acesso para limpeza. 6. Se o laboratório possuir janelas que se abram para o exterior, estas deverão conter telas de proteção contra insetos. Níveis de Biossegurança 2 (NB-2) O nível de Biossegurança 2 é semelhante ao Nível de Biossegurança 1 e é adequado ao trabalho que envolva agentes de risco moderado para as pessoais e para o meio ambiente. Difere do NB-1 nos seguintes aspectos: (1) O pessoal de laboratório deverá ter um treinamento específico no manejo de agentes patogênicos e devem ser supervisionados por cientistas competentes; (2) O acesso ao laboratório deve ser limitado durante os procedimentos operacionais; (3) precauções extremas serão tomadas em relação a objetos cortantes infectados; e (4) Determinados procedimentos nos quais exista possibilidade de formação de aerossóis e borrifos infecciosos devem ser conduzidos em cabines de segurança biológica ou outros equipamentos de contenção física. Os seguintes padrões e práticas especiais, equipamentos de segurança e instalações são aplicáveis aos agentes designados para o Nível de Biossegurança 2: A. Práticas Padrões de Microbiologia 1. O acesso ao laboratório deverá ser limitado ou restrito de acordo com a definição do diretor do laboratório quando estiver sendo realizado experimento. Níveis de Biossegurança Laboratorial — NB2 25 sorológicas adicionais devem ser colhidas periodicamente, dependendo dos agentes manipulados ou da função das instalações laboratoriais. 6. Os procedimentos de biossegurança devem ser incorporados aos procedimentos operacionais padrões ou a um manual de biossegurança específico do laboratório, adotado ou preparado pelo diretor do laboratório. Todo pessoal deve ser orientado sobre os riscos e devem ler e seguir as instruções sobre as práticas e procedimentos requeridos. 7. O diretor do laboratório deverá assegurar que o laboratório e a equipe de apoio receba um treinamento apropriado sobre os riscos potenciais associados ao trabalho desenvolvido, as precauções necessárias para prevenção de exposição e os procedimentos para avaliação das exposições. A equipe de funcionários deverá receber cursos de atualização anuais ou treinamento adicional quando necessário e também no caso de mudanças de normas ou de procedimentos. 8. Deve-se sempre tomar uma enorme precaução em relação a qualquer objeto cortante, incluindo seringas e agulhas, lâminas, pipetas, tubos capilares e bisturis. a. Agulhas e seringas hipodérmicas ou outros instrumentos cortantes devem ficar restritos ao laboratório e usados somente quando não houver outra alternativa para inoculação parenteral, flebotomia ou aspiração de fluídos de animais de laboratório e de garrafas com diafragma. Recipientes plásticos devem ser substituídos por recipientes de vidro sempre que possível. b. Devem ser usadas somente seringas com agulha fixa ou agulha e seringa em uma unidade única descartável usada para injeção ou aspiração de materiais infecciosos. Níveis de Biossegurança Laboratorial — NB2 26 As agulhas descartáveis usadas não deverão ser do- bradas, quebradas, reutilizadas, removidas das serin- gas ou manipuladas antes de serem desprezadas. Ao contrário, elas deverão ser cuidadosamente colocadas em recipiente resistente a perfurações localizado con- venientemente, utilizado para recolhimento de objetos cortantes desprezados. Objetos cortantes não descartáveis devem ser colocados em um recipiente cuja parede seja bem resistente para o transporte até a área para descontaminação, de preferência através de uma autoclave. c. As seringas que possuem um envoltório para a agulha, ou sistemas sem agulha e outros dispositivos de segurança deverão ser utilizados quando necessários. d. Vidros quebrados não devem ser manipulados diretamente com a mão, devem ser removidos através de meios mecânicos como uma vassoura e uma pá de lixo, pinças ou fórceps. Os recipientes que contêm agulhas, equipamentos cortantes e vidros quebrados contaminados deverão passar por um processo de descontaminação antes de serem desprezados, de acordo com os regulamentos locais, estaduais ou federais. 9. Culturas, tecidos e amostras de fluídos corpóreos ou dejetos potencialmente infecciosos devem ser colocados em um recipiente com uma tampa que evite o vazamento durante a coleta, o manuseio, o processamento, o armazenamento, o transporte ou o embarque. 10. O equipamento laboratorial e as superfícies de trabalho deverão ser descontaminadas rotineiramente com um desinfetante eficaz após a conclusão do trabalho com materiais infecciosos e especialmente após borrifos e derramamentos ou depois que outras contaminações por materiais infecciosos tenham ocorrido. O equipamento Níveis de Biossegurança Laboratorial — NB2 27 contaminado deverá ser descontaminado de acordo com as normas locais, estaduais ou federais antes de ser enviado para conserto, manutenção ou acondicionamento para transporte de acordo com as normas locais, estaduais ou federais aplicáveis, antes de ser removido do local. 11. Respingos e acidentes resultantes de uma exposição de materiais infecciosos aos organismos deverão ser imediatamente notificados ao diretor do laboratório. A avaliação médica, a vigilância e o tratamento deverão ser providenciados e registros do acidente e das providências adotadas deverão ser mantidos por escrito. 12. É proibida a admissão de animais que não estiverem relacionados ao trabalho em execução no laboratório. C. Equipamento de Segurança (Barreira Primária) 1. Devem ser usadas cabines de segurança biológica mantidas de maneira adequada, de preferência de Classe II, ou outro equipamento de proteção individual adequado ou dispositivos de contenção física sempre que: a. Sejam realizados procedimentos com elevado potencial de criação de aerossóis ou borrifos infecciosos como centrifugação, trituração, homogeneização, agitação vigorosa, misturas, ruptura por sonificação, abertura de recipientes contendo materiais infecciosos onde a pressão interna possa ser diferente da pressão ambiental, inoculação intranasal em animais e em cultura de tecidos infectados de animais ou de ovos embrionados. b. Altas concentrações ou grandes volumes de agentes infecciosos forem utilizados. Tais materiais só poderão ser centrifugados fora das cabines de segurança se forem utilizadas centrífugas de segurança e frascos Níveis de Biossegurança Laboratorial — NB2 30 sistemas mecânicos de ventilação que proporcione um flu- xo interno de ar sem que haja uma recirculação para os espaços fora do laboratório. Caso o laboratório possua janelas que se abram para o exterior, essas deverão possuir telas para insetos. Nível de Biossegurança 3 (NB-3) O Nível de Biossegurança 3 é aplicável para laboratórios clínicos, de diagnóstico, ensino e pesquisa ou de produção onde o trabalho com agentes exóticos possa causar doenças sérias ou potencialmente fatais como resultado de exposição por inalação. A equipe laboratorial deve possuir treinamento específico no manejo de agentes patogênicos e potencialmente letais devendo ser supervisionados por competentes cientistas que possuam vasta experiência com estes agentes. Todos os procedimentos que envolverem a manipulação de materiais infecciosos devem ser conduzidos dentro de cabines de segurança biológica ou outro dispositivo de contenção física. Os manipuladores devem usar roupas e equipamento de proteção individual. Sabe-se, porém, que algumas instalações existentes podem não possuir todas as características recomendadas para um Nível de Biossegurança 3 (por exemplo, uma área de acesso com duas portas, selamento das entradas de ar). Nestas circunstâncias, um nível aceitável de segurança para condução dos procedimentos de rotina (por exemplo, procedimentos para diagnósticos envolvendo a reprodução de um agente para identificação, tipagem, teste de susceptibilidade, etc.) poderá ser conseguido através de instalações do Nível de Biossegurança 2 garantindo-se que: (1) o ar liberado do laboratório seja jogado para fora da sala, (2) a ventilação do laboratório seja equilibrada para proporcionar um fluxo de ar direcionado para dentro da sala, (3) o acesso ao laboratório seja restrito quando o trabalho estiver sendo realizado e (4) as Práticas Padrões de Microbiologia, as Práticas Especiais e o Equipamento de Segurança para o Nível de Biossegurança 3 sejam Níveis de Biossegurança Laboratorial — NB3 31 rigorosamente seguidas. A decisão de implementar essas modifi- cações das recomendações do Nível de Biossegurança 3 deve ser tomada somente pelo diretor do laboratório. O seguinte padrão e práticas de segurança especiais, equipamentos e instalações se aplicam aos agentes enumerados no Nível de Biossegurança 3: A. Práticas Padrões de Microbiologia 1. O acesso ao laboratório deve ser limitado ou restrito de acordo com a definição do diretor do laboratório quando experimentos estiverem sendo realizados. 2. As pessoas devem lavar as mãos após a manipulação de materiais infecciosos, após a remoção das luvas e antes de saírem do laboratório. 3. É proibido comer, beber, fumar, manusear lentes de contato e aplicar cosméticos dentro da área de trabalho. As pessoas que usarem lentes de contato em laboratórios deverão também usar óculos de proteção ou protetores faciais. Os alimentos devem ser armazenados fora do ambiente de trabalho em armários ou geladeiras utilizadas somente para este fim. 4. É proibido a pipetagem com a boca, devem ser utilizados dispositivos mecânicos. 5. Devem ser instituídas normas para o manuseio de agulhas. 6. Todos os procedimentos devem ser realizados cuidadosamente a fim de minimizar a criação de aerossóis. 7. As superfícies de trabalho devem ser descontaminadas pelo menos uma vez ao dia e depois de qualquer derramamento de material viável. 8. Todas as culturas, colônias e outros resíduos relacionados devem ser descontaminados antes de serem descartados, Níveis de Biossegurança Laboratorial — NB3 32 através de um método de descontaminação aprovado, como por exemplo, a autoclavação. Os materiais que forem ser descontaminados fora da área próxima ao laboratório deverão ser colocados dentro de um recipiente rígidos, à prova de vazamento e hermeticamente fechado para ser transportado do laboratório. O lixo infeccioso de laboratórios de Níveis de Biossegurança 3 deverá ser descontaminado antes de ser removido para locais fora do laboratório. 9. Deve ser providenciado um programa rotineiro de controle de insetos e roedores (veja o Apêndice G). B. Práticas Especiais 1. As portas do laboratório devem permanecer fechadas quando experimentos estiverem sendo realizados. 2. O diretor do laboratório deverá controlar e limitar o acesso ao laboratório. Somente as pessoas necessárias para que o programa seja executado ou o pessoal de apoio devem ser admitidos no local. As pessoas que apresentarem risco aumentado de contaminação ou que possam ter sérias conseqüências caso sejam contaminadas, não serão permitidas dentro do laboratório ou na sala de animais. Por exemplo, pessoas imunocomprometidas ou imunodeprimidas podem estar mais susceptíveis a uma contaminação. O diretor deverá ser o responsável final pela avaliação de cada caso e na determinação de quem deverá ou não entrar ou trabalhar dentro do laboratório. Não é permitida a entrada de menores no laboratório. 3. O diretor do laboratório deverá estabelecer normas e procedimentos pelos quais só serão admitidas no laboratório ou nas salas dos animais pessoas que já tiverem recebido informações sobre o potencial de risco, que atendam todos os requisitos para a entrada no mesmo (por exemplo, imunização) e que obedeçam a todas as regras para entrada e saída no laboratório. Níveis de Biossegurança Laboratorial — NB3 35 localizado convenientemente, utilizado para recolhimento de objetos cortantes desprezados. Objetos cortantes não descartáveis deverão ser colocados em um recipiente cuja parede deverá ser bem resistente para o transporte até uma área para descontaminação, de preferência através de uma autoclave. c. Seringas que possuem um envoltório para a agulha, ou sistemas sem agulhas e outros dispositivos de segurança deverão ser utilizados quando necessários. d. Vidros quebrados não devem ser manipulados diretamente com a mão, devem ser removidos através de meios mecânicos como uma vassoura e uma pá de lixo, pinças ou fórceps. Os recipientes que contêm agulhas, equipamentos cortantes e vidros quebrados contaminados deverão passar por um processo de descontaminação antes de serem desprezados, de acordo com os regulamentos locais, estaduais ou federais. 11. Todas as manipulações abertas que envolvam materiais infecciosos deverão ser conduzidas no interior de cabines de segurança biológica ou de outros dispositivos de contenção física dentro de um módulo de contenção. Nenhum trabalho onde tenhamos que abrir a pele para alcançarmos os vasos deverá ser conduzido em bancadas abertas. A limpeza deverá ser facilitada através do uso de toalhas absorventes com uma face de plástico voltada para baixo, recobrindo as superfícies de trabalho não perfuradas das cabines de segurança biológica. 12. O equipamento laboratorial e as superfícies de trabalho deverão ser descontaminadas rotineiramente com um desinfetante eficaz após a conclusão do trabalho com materiais infecciosos, especialmente no caso de derramamento, vazamentos ou outras contaminações por materiais infecciosos. Níveis de Biossegurança Laboratorial — NB3 36 a. Vazamentos de materiais infecciosos deverão ser descontaminados, contidos e limpos pela equipe de profissionais especializados ou por outras pessoas adequadamente treinadas e equipadas para trabalharem com material infeccioso concentrado. Os procedimentos para vazamento deverão ser desenvolvidos e notificados. b. O equipamento contaminado deverá ser descontaminado antes de ser removido do laboratório para conserto, manutenção ou para ser embalado para transporte de acordo com os regulamentos locais, estaduais e federais aplicáveis. 13. As culturas, tecidos, amostras de fluídos corpóreos ou resíduos deverão ser colocados em um recipiente que evite um vazamento durante a coleta, manuseio, processamento, armazenamento, transporte ou embarque. 14. Todos os dejetos contendo materiais contaminados (por exemplo, luvas, jalecos de laboratórios, etc.) em laboratório deverão ser descontaminados antes de serem desprezados ou reutilizados. 15. Vazamentos e acidentes que resultem em exposições abertas dos materiais infecciosos aos organismos deverão ser imediatamente relatados ao diretor do laboratório. Avaliação médica adequada, vigilância e tratamento deverão ser proporcionados e registros por escrito deverão ser mantidos. 16. Animais e plantas que não estiverem relacionados ao trabalho em desenvolvimento não deverão ser admitidos dentro do laboratório. C. Equipamento de Segurança (Barreiras Primárias) 1. Roupas de proteção como jalecos com uma frente inteira, macacão ou uniforme de limpeza deverão ser usados pela Níveis de Biossegurança Laboratorial — NB3 37 equipe quando estiver dentro do laboratório. A roupa de proteção não deverá ser usada fora do laboratório. Antes de ser lavada esta roupa deverá ser descontaminada e deverá ser trocada depois de contaminada. 2. Todos deverão usar luvas quando estiverem manuseando materiais infecciosos, animais infectados e equipamentos contaminados. 3. Recomenda-se a mudança freqüente das luvas acompanhada de lavagem das mãos. As luvas descartáveis não deverão ser reutilizadas. 4. Todas as manipulações de materiais infecciosos, necropsias de animais infectados, coleta de tecidos ou líquidos de animais infectados ou de ovos embrionados, etc., deverão ser conduzidas em uma cabine de segurança biológica de Classe II ou de Classe III (veja Apêndice A). 5. Quando um procedimento ou processo não puder ser conduzido dentro de uma cabine de segurança biológica devem ser utilizadas combinações apropriadas de equipamentos de proteção individual (por exemplo, respiradores, protetores faciais) com dispositivos de contenção física (por exemplo, centrífugas de segurança e frascos selados). 6. A proteção facial e o respirador deverão ser usados quando a equipe estiver dentro de salas contendo animais infectados. D. Instalações do Laboratório (Barreiras Secundárias) 1. O laboratório deverá estar separado das áreas de trânsito irrestrito do prédio com acesso restrito. É exigido um sistema de dupla porta com sistema de intertravamento automático como requisito básico para entrada no laboratório a partir de corredores de acesso ou outras áreas contíguas. As Níveis de Biossegurança Laboratorial — NB3 40 O ar exaurido das cabines de segurança biológica deve ser retirado diretamente para fora do ambiente de trabalho através do sistema de exaustão do edifício. As cabines deverão estar conectadas de maneira que evitem qualquer interferência no equilíbrio do ar das cabines ou do sistema de exaustão do edifício (por exemplo, uma abertura de ar entre o exaustor das cabines e o duto do exaustor). Quando as cabines de segurança biológica Classe III forem utilizados, estas deverão estar conectadas diretamente ao sistema de exaustores. Se as cabines de Classe III estiverem conectadas ao sistema de insuflação do ar, isto deverá ser feito de tal maneira que previna uma pressurização positiva das cabines (veja Apêndice A). 11. Centrífugas de fluxo contínuo ou outros equipamentos que possam produzir aerossóis deverão ser refreadas através de dispositivos que liberem o ar através de filtros HEPA antes de serem descarregados no do laboratório. Esses sistemas HEPA deverão ser testados anualmente. Uma outra alternativa seria jogar o ar de saída das cabines para fora, em locais distantes de áreas ocupadas ou das entradas de ar. 12. As linhas de vácuo deverão ser protegidas por sifões contendo desinfetantes líquidos e filtros HEPA, ou o equivalente. Os filtros deverão ser substituídos quando necessário. Uma alternativa é usar uma bomba a vácuo portátil (também adequadamente protegida com sifões e filtros). 13. Um lava olhos deve estar disponível no laboratório. 14. A iluminação deverá ser adequada para todas as atividades, evitando reflexos e brilhos que possam ofuscar a visão. 15. O projeto da instalação e os procedimentos operacionais do Nível de Biossegurança 3 devem ser documentados. Os parâmetros operacionais e das instalações deverão ser Níveis de Biossegurança Laboratorial — NB3 41 verificados quanto ao funcionamento ideal antes que o es- tabelecimento inicie suas atividades. As instalações deve- rão ser verificadas pelo menos uma vez ao ano. 16. Proteções adicionais ao meio ambiente (por exemplo, chuveiros para a equipe, filtros HEPA para filtração do ar exaurido, contenção de outras linhas de serviços e a descontaminação dos efluentes) deverá ser considerada em conformidade com as recomendações para manipulação dos agentes, com as normas de avaliação de risco, condições do local ou outras normas locais, estaduais ou federais aplicáveis. Nível de Biossegurança 4 (NB-4) O Nível de Biossegurança 4 é indicado para o trabalho que envolve agentes exóticos e perigosos que exponham o indivíduo a um alto risco de contaminação de infecções que podem ser fatais, além de apresentarem um potencial relevado de transmissão por aerossóis. Os agentes com uma relação antigênica próxima ou idêntica aos dos agentes incluídos no Nível de Biossegurança 4 deverão ser manipulados neste nível até que se consigam dados suficientes para confirmação do trabalho neste nível ou para o trabalho em um nível inferior. A equipe do laboratório deverá ter um treinamento específico e completo direcionado para a manipulação de agentes infecciosos extremamente perigosos e deverá ser capaz de entender as funções da contenção primária e secundária, das práticas padrões específicas, do equipamento de contenção e das características do planejamento do laboratório. Os trabalhadores deverão ser supervisionados por cientistas competentes, treinados e com vasta experiência no manuseio destes agentes. O acesso ao laboratório deverá ser rigorosamente controlado pelo diretor. A instalação deverá ser em um edifício separado ou em uma área controlada dentro do edifício, que seja totalmente isolada de todas as outras. Um manual de operações específico para as instalações deverá ser preparado ou adotado. Dentro do ambiente de trabalho, todas as atividades deverão permanecer restritas às cabines de segurança biológica Classe III Níveis de Biossegurança Laboratorial — NB4 42 ou de Classe II usadas com roupas de proteção com pressão posi- tiva, ventiladas por sistema de suporte de vida. O laboratório do Nível de Biossegurança 4 deverá possuir características específi- cas quanto ao projeto e a engenharia para prevenção da dissemi- nação de microorganismos dentro do meio ambiente. As seguintes práticas de segurança padrões e especiais e as instalações se aplicam aos agentes pertencentes ao Nível de Biossegurança 4: A. Práticas Padrões de Microbiologia 1. O acesso ao laboratório deverá ser limitado pelo diretor, quando experimentos estiverem sendo realizados. 2. A norma para uma manipulação segura de objetos perfurocortantes deverão ser instituídas. 3. Todos os procedimentos deverão ser cuidadosamente realizados para minimizar a produção de aerossóis. 4. As superfícies de trabalho devem ser descontaminadas pelo menos uma vez ao dia e depois de qualquer vazamento de material viável. 5. Todo o lixo deverá ser descontaminado antes de ser desprezado através de um método de descontaminação aprovado tal qual a autoclavação. 6. Deve-se providenciar um programa rotineiro de controle de insetos e roedores (ver Apêndice G). B. ` Práticas Especiais 1. Somente as pessoas envolvidas na programação e no suporte ao programa a ser desenvolvido e cujas presenças forem solicitadas no local ou nas salas do laboratório deverão ter permissão para entrada no local. As pessoas Níveis de Biossegurança Laboratorial — NB4 45 funcionários deverão usar o chuveiro de descontaminação a cada saída do laboratório. A entrada e saída de pessoal por antecâmara pressurizada somente deverão ocorrer em situações de emergência. 9. Para adentrar ao laboratório, a roupa comum, deverá ser trocada (nos vestiários externos) por roupa protetora completa e descartável. Todas as roupas usadas no laboratório, incluindo roupas de baixo, calças e camisas ou macacões, sapatos e luvas deverão ser fornecidas e utilizadas por todas as pessoas que entrarem no laboratório. Ao deixar o local e antes de se dirigirem para as áreas de banho, as pessoas deverão retirar a roupa usada no laboratório no vestiário interno. As roupas sujas deverão passar pela autoclave antes de serem lavadas. 10. Estoques e materiais necessários para o laboratório deverão ser descontaminadas em autoclave de dupla porta, câmara de fumigação ou sistema de antecâmara pressurizada antes de serem utilizados. Após garantir a segurança das portas externas, a equipe dentro do laboratório deverá retirar os materiais abrindo as portas interiores da autoclave, da câmara de compressão ou da câmara de fumigação. Estas portas deverão ser trancadas depois da retirada dos materiais. 11. Deve-se sempre tomar extrema precaução com qualquer objeto perfurocortante contaminado, como seringas e agulhas, lâminas, pipetas, tubos capilares e bisturi. a. Agulhas e seringas hipodérmicas ou outros instrumentos cortantes são restritos ao laboratório e usados somente quando não houver outra alternativa para inoculação parenteral, flebotomia ou aspiração de fluídos de animais de laboratório e de garrafas com diafragma. Recipientes plásticos devem ser substituídos por recipientes de vidro sempre que possível b. Devem ser usadas somente seringas com agulhas fixas ou agulha e seringa em uma unidade única e descartável Níveis de Biossegurança Laboratorial — NB4 46 (por exemplo, quando a agulha é parte integrante da seringa) usada para injeção ou aspiração de materiais infecciosos. As agulhas descartáveis usadas não deverão ser dobradas, quebradas, reutilizadas, removidas das seringas ou manipuladas antes de serem desprezadas. Ao contrário, elas deverão ser cuidadosamente acondicionadas em um recipiente resistente a perfurações localizado convenientemente, utilizado para recolhimento de objetos cortantes desprezados. Objetos cortantes não descartáveis deverão ser acondicionados em um recipiente cuja parede deverá ser bem resistente para o transporte até uma área para descontaminação, de preferência através de uma autoclave. c. As seringas que possuem um envoltório para a agulha, ou sistemas sem agulha e outros dispositivos de segurança deverão ser utilizados quando necessários. d. Vidros quebrados não devem ser manipulados diretamente com a mão, devem ser removidos através de meios mecânicos como uma vassoura e uma pá de lixo, pinças ou fórceps. Os recipientes que contêm agulhas, equipamentos cortantes e vidros quebrados contaminados deverão passar por um processo de descontaminação antes de serem desprezados, de acordo com os regulamentos locais, estaduais ou federais. 12. O material biológico viável ou intacto, a ser removido de cabines Classe III ou do laboratório de Nível de Biossegurança, deverá ser acondicionado em recipiente de contenção primária lacrado e inquebrável. Este, por sua vez, deverá ser acondicionado em um segundo recipiente também selado e inquebrável que deverá passar por um tanque de imersão contendo desinfetante, uma câmara de fumigação ou por uma câmara de compressão planejada com este propósito. Níveis de Biossegurança Laboratorial — NB4 47 13. Nenhum material, com exceção do material biológico que deverá permanecer intacto ou viável poderá ser removido de um laboratório de Nível de Biossegurança 4, sem antes ter sido autoclavado ou descontaminado. Equipamentos ou materiais que não resistam a temperaturas elevadas ou ao vapor deverão ser descontaminados utilizando-se gases ou vapor em uma câmara de compressão ou em uma câmara específica para este fim. 14. O equipamento do laboratório deverá ser descontaminado rotineiramente após o trabalho com materiais infecciosos e especialmente depois de vazamentos, gotejamentos ou outras contaminações por material infeccioso. O equipamento deverá ser descontaminado antes de ser enviado para conserto ou manutenção. 15. Vazamentos de materiais infecciosos deverão ser refreados e limpos por profissionais especializados ou outros propriamente treinados e equipados para o trabalho com material infeccioso concentrado. Um procedimento para vazamento deverá ser desenvolvido e adotado pelo laboratório. 16. Um sistema de notificação de acidentes e exposições laboratoriais, absenteísmo de empregados e doenças associadas ao laboratório deverá ser organizado, bem como um sistema de vigilância médica. Relatos por escrito deverão ser preparados e mantidos. Deve-se ainda, prever uma unidade de quarentena, isolamento e cuidados médicos para o pessoal contaminado por doenças conhecidas ou potencialmente associado a laboratório. 17. Todos os materiais não relacionados ao experimento que estiver sendo realizado no momento (por exemplo, plantas, animais e roupas) não deverão ser permitidos no laboratório. Níveis de Biossegurança Laboratorial — NB4 50 6. Pias com acionamento automático ou que sejam acionadas sem uso das mãos, deverão ser construídas próximas à porta da sala da cabine e perto dos vestiários internos e externos. 7. Se existir um sistema central de vácuo, este não deverá servir as áreas fora da sala das cabines. Filtros HEPA em série deverão ser colocados da forma mais prática possível em cada ponto onde será utilizado ou próximo da válvula de serviço. Os filtros deverão ser instalados de forma a permitir a descontaminação e a substituição local dos mesmos. Outras linhas utilitárias, como a de gás e líquidos, que convergem para a sala das cabines deverão ser protegidas por dispositivos que evitem o retorno do fluxo. 8. Se houver bebedouros de água, eles deverão ser acionados automaticamente ou através dos pés e deverão estar localizados nos corredores do local, fora do laboratório. O serviço de abastecimento da água dos bebedouros deverá ser isolado do sistema de distribuição e abastecimento de água das áreas laboratoriais e deverá ser equipado com um dispositivo que previna o retorno do fluxo. 9. As portas de acesso ao laboratório deverão possuir trancas e fechamento automático. 10. Todas as janelas deverão ser inquebráveis e seladas. 11. Todos os laboratórios deverão possuir autoclaves de duas portas para a descontaminação de materiais que passem pelas cabines de segurança biológica Classe III em pelas salas com cabines. As portas das autoclaves que se abrem para fora da barreira de contenção deverão ser seladas às paredes da barreira de contenção. Estas portas deverão ser controladas automaticamente de forma que a porta externa da autoclave somente possa ser aberta depois que o ciclo de “esterilização” da autoclave tenha sido concluído. 12. Todos os laboratórios deverão possuir tanques de imersão contendo desinfetantes, câmaras de fumigação ou métodos Níveis de Biossegurança Laboratorial — NB4 51 equivalentes de descontaminação de forma que os materi- ais e equipamentos que não possam ser descontaminados em uma autoclave possam ser removidos de maneira se- gura das cabines de segurança biológica Classe III e das salas com as cabines. 13. Efluentes líquidos vindos da parte suja dos vestiários internos (incluindo os vasos sanitários), das pias das salas das cabines, do sistema de esgoto (se utilizado), das câmaras da autoclave e de outras fontes dentro da sala das cabines deverão ser descontaminados através de um método de descontaminação comprovado, de preferência através de um tratamento por calor – antes de serem jogados no esgoto sanitário. Os efluentes vindo de chuveiros e vasos sanitários limpos deverão ser jogados no esgoto sem antes passar por um tratamento. O processo usado para a descontaminação de dejetos líquidos deverá ser validado fisicamente e biologicamente. 14. Todos os laboratórios deverão possuir um sistema de ventilação sem uma re-circulação. Os componentes de abastecimento e de liberação do sistema deverão estar equilibrados para assegurar um fluxo de ar direcionado da área de menos risco para área(s) de maior risco potencial. O sistema de ar no laboratório deverá prever uma pressão diferencial e fluxo unidirecionado de modo a assegurar diferencial de pressão que não permita a saída do agente de risco. O fluxo de ar direcionado/pressão diferencial deverá ser monitorado e deverá conter um alarme que acuse qualquer irregularidade no sistema. Um dispositivo visual que monitorize a pressão de maneira apropriada, que indique e confirme o diferencial da pressão da sala das cabines deverá ser providenciado e deverá ser colocado na entrada do vestiário. O fluxo de ar de entrada e saída também deverá ser monitorado, e um sistema de controle HEPA deverá existir para evitar uma contínua pressurização positiva do laboratório. A cabine de Classe III deverá ser diretamente conectada ao sistema de exaustores. Se a cabine de Classe III estiver conectada ao sistema de Níveis de Biossegurança Laboratorial — NB4 52 abastecimento, isto deverá ser feito de forma que previna uma pressurização positiva da cabine. 15. O ar que entra e sai da sala das cabines, do vestiário interno e da ante-sala deverá passar pelo(s) filtro(s) HEPA. O ar deverá ser liberado longe dos espaços ocupados e das entradas de ar. O(s) filtro(s) deverá(ão) estar localizado(s) de maneira mais próxima possível da fonte a fim de minimizar a quantidade de canos potencialmente contaminados. Todos os filtros HEPA deverão ser testados e certificados anualmente. O alojamento dos filtros HEPA deverá ser projetado de maneira que permita uma descontaminação in situ do filtro antes deste ser removido, ou antes, da remoção do filtro em um recipiente selado e de contenção de gás para subseqüente descontaminação e/ou destruição através da incineração. O projeto do abrigo do filtro HEPA deverá facilitar a validação da instalação do filtro. O uso de filtros HEPA pré-certificado pode ser vantajoso. A vida média de filtros HEPA de exaustão pode ser prolongada através de uma pré-filtração adequada do ar insuflado. 16. O projeto e procedimentos operacionais de um local de Nível de Biossegurança 4 deverão ser documentados. O local deverá ser testado em função do projeto e dos parâmetros operacionais para ser verificado se realmente atendem a todos os critérios antes que comecem a funcionar. Os locais deverão ser checados novamente pelo menos uma vez ao ano e os procedimentos neles existentes deverão ser modificados de acordo com a experiência operacional. 17. Sistemas de comunicações apropriados deverão ser instalados entre o laboratório e o exterior (por exemplo, fax, computador, interfone). (B) Laboratório “Escafandro” 1. A instalação de Nível de Biossegurança 4 consiste de um edifício separado ou de uma área claramente demarcada e Níveis de Biossegurança Laboratorial — NB4 55 7. Os móveis do laboratório deverão ter uma construção sim- ples e deverão suportar cargas e usos previstos. Reco- menda-se o uso de materiais não porosos. Os espaços entre os bancadas, as cabines e armários e o equipamento de- verão ser suficientes para facilitar a limpeza e a descontaminação. As cadeiras e outros móveis do laboratório deverão ser cobertos por um material que não seja tecido e que possa ser facilmente descontaminado. 8. Pias com funcionamento automático ou que sejam acionadas sem o uso das mãos, deverão ser construídas próximas à área em conjunto com a roupa de proteção. A construção de pias para a lavagem das mãos nos vestiários internos e externos deverá ser considerado básico para a avaliação de risco. 9. Se existir um sistema central de vácuo, este não servirá as áreas fora do laboratório conjunto com a roupa de proteção. Os filtros HEPA enfileirados deverão ser colocados da forma mais prática possível em cada ponto onde será utilizado ou próximo da válvula de serviço. Os filtros deverão ser instalados para que permitam a descontaminação e a substituição local dos mesmos. Outros serviços de gás e líquidos para estas áreas conjuntas deverão ser protegidas através de dispositivos que evitem o retorno do fluxo. 10. As portas de acesso ao laboratório deverão possuir trancas e fechamento automático. As portas internas e externas ao chuveiro químico e as internas e externas às entradas de ar deverão ser trancadas para evitar que ambas as portas sejam abertas simultaneamente. 11. Todas as janelas deverão ser resistentes e deverão ser seladas. 12. Efluentes líquidos provenientes das pias, dos canos de esgoto do piso (se utilizado), das câmaras da autoclave e Níveis de Biossegurança Laboratorial — NB4 56 de outras fontes dentro da barreira de contenção deverão ser descontaminados através de um método de descontaminação comprovado, de preferência através de um tratamento com calor – antes de serem jogados no esgoto sanitário. Os efluentes vindo de chuveiros e vasos sanitários limpos deverão ser jogados no esgoto sem antes passar por um tratamento. O processo usado para a descontaminação de dejetos líquidos deverá ser validado fisicamente e biologicamente. 13. Todos os laboratórios deverão possuir um sistema de ventilação sem re-circulação. Os componentes de insuflação e exaustão de ar do sistema deverão estar equilibrados para assegurar um fluxo de ar direcionado da área de menos risco para área(s) de maior perigo. Recomendamos o uso de ventiladores para o abastecimento e para a liberação de ar. O fluxo de ar direcionado/pressão diferencial entre as áreas adjacentes deverá ser monitorado e deverá conter um alarme para indicar qualquer irregularidade no sistema. Um dispositivo visual que monitore a pressão de maneira apropriada, que indique e confirme o diferencial da pressão da sala das cabines deverá ser providenciado e deverá ser colocado na entrada do vestiário. O fluxo de ar nos componentes de abastecimento e escape também deverá ser monitorado, e um sistema de controle HVAC deverá ser instalado para evitar uma pressurização positiva do laboratório. 14. O ar que abastece a área conjunta, o chuveiro químico e a câmara de compressão deverão passar através do filtro HEPA. O ar que sai desta área conjunta, do chuveiro químico e das câmaras de compressão e de descontaminação deverá passar por dois filtros HEPA em série antes de ser jogado para fora do laboratório. O ar deverá ser lançado distante dos espaços ocupados e das entradas de ar. O(s) filtro(s) HEPA deverão estar localizados de maneira mais próxima possível da fonte a fim de minimizar a extensão dos canos potencialmente contaminados. Todos os filtros Níveis de Biossegurança Laboratorial — NB4 57 HEPA deverão ser testados e certificados anualmente. O abrigo para os filtros HEPA deverá ser projetado de maneira que permita uma descontaminação in situ do filtro antes deste ser removido. Uma outra alternativa seria a remoção do filtro em um recipiente primário e hermético ao gás para subseqüente descontaminação e/ou destruição através da incineração. O projeto do abrigo do filtro HEPA deverá facilitar a validação da instalação do filtro. O uso de filtros HEPA pré-certificados pode ser vantajoso. A vida média de filtros HEPA exaustores pode ser prolongada através de uma pré- filtração adequada do ar fornecido. 15. O posicionamento dos pontos de entrada e saída de ar deverá ser de forma que os espaços de ar estáticos dentro do laboratório escafandro sejam minimizados. 16. O ar de saída tratado e o liberado das cabines de segurança biológica Classe II, localizadas no local onde os trabalhadores vestem a roupa de pressão positiva, poderá ser jogado para dentro do ambiente de trabalho ou para o exterior através do sistema de exaustores do local. Se o ar tratado for liberado para fora através dos exaustores, este deverá estar diretamente conectado a este sistema, de maneira que evite qualquer interferência no equilíbrio do ar das cabines ou do sistema de exaustores. 17. O projeto e procedimentos operacionais de um local de Nível de Biossegurança 4 deverão ser documentados. O local deverá ser testado em função do projeto e dos parâmetros operacionais para que se verifique se realmente atendem a todas as necessidades antes que comecem a funcionar. Os locais deverão ser checados novamente uma vez ao ano e os procedimentos neles existentes deverão ser modificados de acordo com a experiência operacional. Níveis de Biossegurança Laboratorial — NB4 60 SEÇÃO IV Critérios para os Níveis de Biossegurança para Animais Vertebrados Caso sejam usados animais experimentais, a administração da instituição deverá fornecer instalações adequadas, equipe para cuidar dos animais e estabelecer práticas que assegurem níveis apropriados para a qualidade, segurança e cuidados para com o meio ambiente. As instalações para animais de laboratório consistem de um tipo especial de laboratório. Como princípio geral, os níveis de biossegurança (as instalações laboratoriais, as práticas e os requisitos operacionais) indicado para o trabalho envolvendo agentes infecciosos in vivo e in vitro são similares. Porém, é bom lembrarmos que as salas onde se encontram os animais podem apresentar alguns problemas singulares. No laboratório de microbiologia, as condições de risco são provocadas pela equipe do laboratório ou pelo equipamento usado por eles. Nas salas dos animais, as atividades dos próprios animais podem apresentar novos riscos. Os animais podem produzir aerossóis, morder e arranhar e podem estar infectados por uma doença zoonótica. Essas recomendações presumem que as dependências de um laboratório de experimentação animal, as práticas operacionais e a qualidade do tratamento ao animal atendam a padrões e regulamentos aplicáveis (por exemplo, Guide for the Care and Use of Laboratory Animals1 e Laboratory Animal Welfare Regulations2) e que espécies adequadas tenham sido selecionadas para os experimentos animais. Além deste aspecto, a organização deverá ter um plano de segurança e de saúde ocupacional. A publicação recente do Institute of Medicine, Occupational Health and Safety Care of Research Animals3, auxilia muito. O ideal seria que as dependências para animais de laboratórios usados nos estudos de doenças infecciosas ou não infecciosas possuíssem um isolamento físico de outros locais, onde são realizadas atividades tais como a reprodução animal e a 61 quarentena; de laboratórios clínicos e especialmente de depen- dências onde pacientes são atendidos. No momento da elabora- ção do projeto das instalações, deve-se considerar o fluxo de pes- soas no local, de forma que minimize o risco de infecções. As recomendações, detalhadas abaixo, descrevem quatro combinações de práticas, equipamentos de segurança e dependências para experimentos com animais infectados por agentes que provocam, ou que possam provocar infecções humanas. Essas quatro combinações, designadas de Níveis de Biossegurança para Animais (NBA) 1-4, proporcionam níveis crescentes de proteção ao pessoal e ao meio ambiente, e são recomendadas como padrões mínimos a serem seguidos em atividades que envolvam animais de laboratórios infectados. Os quatro níveis descrevem as dependências para animais e práticas aplicáveis para o trabalho com animais infectados por microorganismos pertencentes aos Níveis de Biossegurança 1-4, respectivamente. Os pesquisadores inexperientes quanto à condução destes tipos de procedimentos deverão procurar ajuda com pessoas que possuam experiência com esse trabalho especial para que possam realizá-lo com segurança. Padrões para as instalações e práticas de manuseio de vetores e hospedeiros invertebrados não estão incluídos nos padrões de trabalhos para animais de laboratório comumente utilizados. O livro Laboratory Safety for Arboviruses and Certain Other Viruses of Vertebrates4, preparado pelo Subcomitê de Segurança de Laboratórios de Arbovírus (SALS) do Comitê Americano de Vírus de Artrópodes, serve como uma referência útil no planejamento e operação das dependências onde serão realizados trabalhos com artrópodes. Nível de Biossegurança Animal 1 (NBA-1) O Nível de Biossegurança Animal 1 (NBA-1) é recomendado para o trabalho que envolva agentes bem caracterizados, que não Critérios para os Níveis de Biossegurança para Animais Vertebrados 62 sejam conhecidos por provocarem doenças em humanos adultos sadios e que apresentem um risco potencial mínimo para a equipe laboratorial e para o meio ambiente. A. Práticas Padrões 1. O chefe do laboratório de experimentação animal deverá estabelecer normas, procedimentos e protocolos para situações de emergência. Cada projeto deverá ser submetido a uma pré-aprovação pelo Comitê Institucional de Tratamento e Uso de Animais (IACUC) e pelo Comitê Institucional de Biossegurança (IBC). Quaisquer práticas especiais deverão ser aprovadas neste momento. 2. Somente as pessoas que trabalham ou que fazem parte da equipe de apoio deverão receber autorização para entrarem no local. Antes de entrarem, essas pessoas deverão ser avisadas quanto aos riscos biológicos potenciais e deverão receber instruções sobre os procedimentos de segurança apropriados. 3. Um programa de vigilância médica adequado deverá ser instituído. 4. Um manual de segurança deverá ser preparado ou adotado. A equipe deverá ser avisada sobre os riscos especiais, deverão ler e seguir as instruções sobre as práticas e os procedimentos. 5. É proibido comer, beber, fumar, manusear lentes de contato e aplicar cosméticos. Os alimentos para uso humano deverão ser guardados somente em áreas designadas para esse fim, e não serão permitidos nas salas de trabalho ou nas salas dos animais. 6. Todos os procedimentos deverão ser realizados com cuidado para minimizarmos a criação de aerossóis e borrifos. Nível de Biossegurança Animal — NBA-1 65 exaurido. Recomenda-se que as salas para os animais se- jam mantidas com uma pressão negativa em relação aos corredores adjuntos. 8. A dependência deverá conter uma pia para lavagem das mãos. 9. As caixas e gaiolas deverão ser lavadas manualmente ou em uma máquina para a lavagem mecânica de caixas e gaiolas. Esta máquina deverá ter enxágüe final com água a uma temperatura de pelo menos 72ºC (1800F). 10. A iluminação deverá ser adequada para todas as atividades, evitando reflexos e brilhos que possam impedir a visão. Nível de Biossegurança Animal 2 (NBA-2) O Nível de Biossegurança Animal 2 envolve práticas para o trabalho com agentes associados a doenças humanas. Esse nível é indicado tanto para riscos advindos da ingestão, quanto para exposições da membrana mucosa e cutânea. O NBA-2 baseia-se nos requisitos de práticas padrões, procedimentos, equipamentos de contenção e instalações do NBA-1. A. Práticas Padrões 1. Além das normas, procedimentos e protocolos padrões para situações de emergência estabelecidas pelo diretor do local, normas e procedimentos especiais deverão ser desenvolvidos quando necessário e deverão ser aprovados pelo Comitê Institucional de Tratamento e Uso de Animais (IACUC) e pelo Comitê Institucional de Biossegurança (IBC). 2. O acesso às salas dos animais deverá ser limitado, permitindo o acesso ao menor número de pessoas possível. As pessoas que receberem autorização para entrar nas salas para trabalharem ou realizarem algum tipo de serviço quando o trabalho estiver sendo realizado, deverão ser avisadas em relação aos riscos em potencial. Nível de Biossegurança Animal — NBA-2 66 3. Um programa de vigilância médica adequado deverá ser adotado. Toda a equipe deverá ser imunizada e testada contra os agentes manuseados ou potencialmente presentes (por exemplo, vacina de Hepatite B, teste cutâneo para TB). Quando apropriado, um sistema de vigilância sorológica deverá ser implementado7. 4. Um manual de biossegurança deverá ser preparado ou adotado. A equipe do laboratório deverá ser avisada sobre os riscos especiais, deverão ler e seguir as instruções sobre as práticas e procedimentos. 5. É proibido comer, beber, fumar, manusear lentes de contato e aplicar cosméticos. Os alimentos de uso humano deverão ser guardados somente em áreas designadas para esse fim e não serão permitidos dentro das salas para os animais ou salas de procedimentos. 6. Todos os procedimentos deverão ser realizados com cuidado para minimizarmos a criação de aerossóis e borrifos. 7. O equipamento e as superfícies de trabalho na sala deverão ser rotineiramente descontaminados com um desinfetante de ação comprovada, após o trabalho com o agente, e especialmente depois de borrifos, derramamentos ou de outras contaminações com materiais infecciosos. 8. Todas as amostras infecciosas deverão ser coletadas, etiquetadas, transportadas e processadas de maneira que contenha e previna a transmissão do(s) agente(s). Todos os rejeitos da sala para animais (incluindo tecidos, carcaças e o material das camas contaminadas dos animais, sobra de alimentos e objetos perfurocortantes) deverão ser transportados da sala de animais em recipientes rígidos, cobertos e a prova de vazamentos, de acordo com os requisitos locais aplicáveis. A superfície exterior dos recipientes deverá ser desinfetada antes do material ser Nível de Biossegurança Animal — NBA-2 67 transportado. Antes da incineração o conteúdo deverá ser autoclavado. 9. Normas para um manuseio seguro de objetos perfurocortantes deverão ser adotadas: a. As seringas e agulhas ou outros instrumentos perfurocortantes deverão ficar restritos ao laboratório e deverão ser usados somente quando não houver uma outra alternativa, como nos casos de injeção parenteral, flebotomia, aspiração de líquidos de animais e de garrafas de diafragma. b. Usar seringas que possuam envoltório para a agulha, ou sistemas que não utilizam agulhas e outros dispositivos de segurança quando apropriados. c. Recipientes de plástico deverão ser substituídos por recipientes de vidro sempre que possível. 10. A equipe deverá lavar as mãos após o manuseio de culturas e animais, após a remoção das luvas, e antes de sair das dependências dos animais. 11. Um aviso de risco biológico deverá ser colocado na entrada da sala dos animais sempre que houver agentes infecciosos presentes. Este aviso deverá conter a identificação do(s) agente(s) infeccioso(s), deverá relacionar o nome e o telefone da pessoa responsável e deverá indicar os requisitos especiais (por exemplo, necessidade de imunização e do uso de respiradores) para a entrada na sala dos animais. 12. Um programa de controle de insetos e roedores deverá ser adotado (veja Apêndice G). B. Práticas Especiais 1. As pessoas que tratam dos animais e as que dão suporte ao programa, deverão receber treinamento adequado sobre Nível de Biossegurança Animal — NBA-2 70 5. As janelas não são indicadas. Qualquer janela deverá ser resistente a quebra. Em todos os locais possíveis, as janelas que porventura existirem, deverão ser seladas. 6. Se houver sistema de drenagem no piso, os sifões deverão sempre conter desinfetante adequado. 7. O ar exaurido deverá ser jogado para o lado de fora do prédio, sem recircular por outras salas. A ventilação a ser instalada deverá estar de acordo com a última edição do Guide for Care and Use of Laboratory Animals. A direção do fluxo de ar na sala dos animais deverá ser para dentro; e as salas para os animais deverão ser mantidas sob pressão negativa em relação aos corredores adjuntos. 8. As caixas e gaiolas deverão ser lavadas manualmente ou em uma máquina para a lavagem mecânica de caixas e gaiolas. Esta máquina deverá ter enxágüe final com água a uma temperatura de pelo menos 72ºC (1800F). 9. Deverá existir uma autoclave dentro do laboratório de experimentação animal para descontaminação do lixo infeccioso. 10. A sala de manutenção de animais infectados deverá conter uma pia para lavagem das mãos, assim como em qualquer outro lugar do laboratório. 11. A iluminação deverá ser adequada para todas as atividades, evitando reflexos e brilhos que possam impedir a visão. Nível de Biossegurança Animal 3 (NBA – 3) O Nível de Biossegurança Animal 3 envolve as práticas adequadas para o trabalho com animais infectados por agentes nativos ou exóticos que apresentem potencial elevado de transmissão por aerossóis e risco de provocar doenças fatais ou sérias. O NBA-3 baseia-se nos requisitos de práticas padrões, Nível de Biossegurança Animal — NBA-3 71 procedimentos, equipamentos de contenção e instalações do NBA-2. A. Práticas Padrões 1. Além das normas, procedimentos e protocolos padrões para situações de emergência estabelecidas pela chefia do laboratório, normas e procedimentos especiais deverão ser desenvolvidos quando necessário e deverão ser aprovadas pelo Comitê Institucional de Tratamento e Uso de Animais (IACUC) e pelo Comitê Institucional de Biossegurança (IBC). 2. O chefe do laboratório limitará o acesso às salas dos animais, ao menor número de pessoas possível. As pessoas que receberem autorização de entrada, para trabalharem ou realizarem algum tipo de serviço, deverão ser avisadas em relação ao risco em potencial. 3. Um programa de vigilância médica adequado deverá ser adotado. Toda a equipe deverá ser imunizada e testada contra os agentes manuseados ou potencialmente presentes (por exemplo, vacina de Hepatite B, teste cutâneo para TB). Quando apropriado, um sistema de vigilância sorológica deverá ser adotado9. Em geral, as pessoas que podem estar passando por um risco crescente de adquirirem a infecção ou para quem as infecções possam ter sérias conseqüências, não serão permitidas dentro da sala para animais, a menos que procedimentos especiais possam eliminar os riscos extras. 4. Um manual de biossegurança deverá ser preparado ou adotado. A equipe do laboratório deverá ser avisada sobre os riscos especiais, deverão ler e seguir as instruções sobre as práticas e procedimentos. 5. É proibido comer, beber, fumar, manusear lentes de contato e aplicar cosméticos. Os alimentos de uso humano deverão ser guardados somente em áreas designadas para esse Nível de Biossegurança Animal — NBA-3 72 fim e não serão permitidos dentro das salas para animais ou das salas de procedimentos. 6. Todos os procedimentos deverão ser realizados cuidadosamente para minimizar a produção de aerossóis e borrifos. 7. Os equipamentos e as superfícies de trabalho na sala deverão ser rotineiramente descontaminados com desinfetante que possua ação comprovada, após o trabalho com agentes infecciosos, e especialmente após borrifos, derramamentos ou outras contaminações com materiais infecciosos tenham ocorrido. 8. Todos os rejeitos da sala de animais (incluindo tecidos, carcaças e o material das camas dos animais contaminados, alimentação que não tenha sido utilizada e objetos perfurocortantes) deverão ser transportados da sala dos animais em recipientes rígidos, a prova de vazamentos e cobertos, para serem desprezados de forma adequada e de acordo com os requisitos locais ou institucionais aplicáveis. Recomendamos a incineração. A superfície externa dos recipientes deverá ser desinfetada antes da remoção do material (veja Práticas Especiais Nº 3 abaixo). 9. Normas quanto ao manuseio seguro de objetos perfurocortantes deverão ser instituídas. a. As seringas e agulhas ou outros instrumentos perfurocortantes deverão ser restritos ao laboratório e somente usados quando não houver outra alternativa, como nos casos de injeção parenteral, flebotomia, aspiração de líquidos de animais e de garrafas de diafragma. Os recipientes de plástico deverão ser substituídos por recipientes de vidro sempre que possível. b. As seringas que possuem um envoltório para a agulha, ou sistemas sem agulhas e outros dispositivos de segurança deverão ser utilizados quando necessários. Nível de Biossegurança Animal — NBA-3 75 b. A equipe deverá usar luvas ao manusear animais infectados. Essas luvas deverão ser removidas assepticamente e autoclavadas juntamente com outros lixos da sala de animais antes de serem descartadas. c. Protetores respiratórios e para olhos/rosto deverão ser usados por todos que entrarem nas salas de animais. d. Botas, sapatilhas ou pró-pés ou outro tipo de proteção para os pés, e banhos desinfetantes para os pés ou “lava-pés” deverão ser avaliados e usados onde forem indicados. 3. Podemos reduzir o risco de formação de aerossóis infecciosos advindos da manipulação de animais infectados ou dos materiais utilizados nas camas infectadas, se os animais forem colocados em sistemas de confinamento parcial, como caixas cobertas com filtros e paredes rígidas, colocadas em locais com ventilação direcionada para o interior das mesmas (por exemplo, cabines de fluxo laminar), ou outros sistemas similares de contenção primária. 4. As cabines de segurança biológica e outros dispositivos de contenção física deverão ser usados ao conduzir procedimentos que possuam um alto risco de criação de aerossóis. Esses incluem a necropsia de animais infectados, coleta de tecidos, líquidos de animais ou ovos infectados e inoculação intranasal de animais. Em um laboratório NBA- 3, todo o trabalho deverá ser realizado em uma barreira primária, caso contrário as pessoas deverão usar protetores respiratórios dentro da sala. D. Instalações (Barreiras Secundárias) 1. A dependência para os animais deverá ser separada das áreas que são abertas ao trânsito irrestrito de pessoas dentro do edifício. Nível de Biossegurança Animal — NBA-3 76 2. O acesso às dependências deverá ser limitado através de portas que se fecham e se trancam automaticamente, com sistema de intertravamento, ou leitura ótica ou cartão magnético. A entrada de pessoal para a sala dos animais deverá ser realizada através de uma antecâmara pressurizada, que deverá incluir chuveiro(s) e um vestiário para troca de roupa. Um acesso adicional com porta dupla (air-lock) deverá ser construído ou uma autoclave com porta dupla deverá existir no local para o fluxo de suprimentos e rejeitos dentro e fora do laboratório, respectivamente. As portas para as salas de animais deverão se abrir para dentro e deverão se fechar automaticamente. As portas internas da ante-sala dentro de uma sala para animais deverão ser abertas para fora ou deslizarem vertical ou horizontalmente. 3. As instalações de um laboratório de experimentação animal NBA-3 deverão ser planejadas, construídas e mantidas de forma que facilitem a limpeza e a manutenção. As superfícies das paredes, pisos e tetos deverão ser impermeáveis a água. Selar as juntas, fendas ou aberturas em paredes, pisos e tetos. Penetrações das linhas de serviço, tais como água, luz, gás, e outras devem ser vedadas e os espaços entre as portas e esquadrias deverão permitir um selamento para facilitar a descontaminação do ambiente. 4. Cada sala para animais deverá conter uma pia para lavagem das mãos acionada automaticamente ou sem o uso das mãos perto das portas de saída. O sifão da pia deverá conter um desinfetante adequado após o uso da mesma. 5. Acessórios internos, como fixação de luzes, dutos de ar, e canos de gás e água deverão ser instalados de tal forma a minimizar áreas de superfície horizontal. 6. Qualquer janela deverá ser resistente a quebra. Em todos os locais possíveis, as janelas que porventura existirem, deverão ser vedadas. Se as instalações para animais possuírem janelas que são abertas, estas deverão conter telas contra insetos. Nível de Biossegurança Animal — NBA-3 77 7. Se houver sistema de drenagem no piso, estes deverão sempre conter um desinfetante adequado. 8. A ventilação instalada deverá estar de acordo com a última edição do Guide for Care and Use of Laboratory Animals. Os sistemas de entrada de ar e exaustão devem ser interligados. Esse sistema cria um fluxo de ar direcionado, retirando o ar contaminado de dentro do laboratório, jogando-o para fora e ao mesmo tempo retira o ar das áreas “limpas” e o joga para dentro do laboratório. O ar exaurido não pode recircular em nenhuma outra área do prédio. Filtração ou outros tipos de tratamento do ar exaurido podem não ser necessários, mas deverão ser considerados, baseados nos requisitos do local, nos microorganismos específicos manipulados e nas condições de uso. O ar exaurido deverá ser lançado para longe de áreas ocupadas e de entradas de ar, ou poderá ser filtrado através de filtros HEPA. A equipe deverá verificar se a direção do ar insuflado (para dentro das áreas dos animais) está apropriada. Recomenda-se o uso de monitores visuais que indiquem e confirmem o fluxo de ar direcionado para dentro do recinto. Devemos considerar a instalação de um sistema de controle de HVAC para evitar a pressurização positiva nas áreas onde estão os animais. Alarmes audíveis devem ser considerados para evidenciar qualquer falha no sistema de controle HVAC. 9. O ar filtrado pelo HEPA de uma cabine de segurança biológica Classe II poderá recircular dentro da sala para animais se a cabine for testada e aprovada anualmente. Quando o ar exaurido das cabines de segurança biológica classe II, for lançado para fora do ambiente de trabalho, através do sistema de exaustão do edifício, as cabines deverão estar conectadas de maneira que evitem qualquer interferência no equilíbrio do ar das cabines ou do sistema de exaustão do edifício (por exemplo, uma conexão metálica entre o exaustor das cabines e que se prende ao duto dos exaustores do edifício). Quando as cabines de segurança Nível de Biossegurança Animal — NBA-3 80 laboratório NBA-4. Esse programa deverá incluir imuniza- ções, coleta para acompanhamento sorológico, disponibili- dade de aconselhamento pós-exposição e potencial profilaxia10. Em geral, as pessoas que podem estar passan- do por um crescente risco de adquirirem a infecção ou para quem as infecções possam ser perigosas, não serão per- mitidas dentro da sala para animais a menos que procedi- mentos especiais possam eliminar os riscos extras. A avali- ação deverá ser realizada pelo médico do trabalho. 4. Um manual de biossegurança específico para o local deverá ser preparado ou adotado. A equipe do laboratório deverá ser avisada sobre os riscos especiais, deverão ler e seguir as instruções sobre as práticas e procedimentos. 5. É proibido comer, beber, fumar, manusear lentes de contato e aplicar cosméticos. O alimento de uso humano deverá ser guardado somente em áreas designadas para esse fim e não será permitido dentro das salas para os animais ou salas de procedimentos. 6. Todos os procedimentos deverão ser realizados cuidadosamente para minimizar a produção de aerossóis e borrifos. 7. Os equipamentos e as superfícies de trabalho na sala deverão ser rotineiramente descontaminados com desinfetante que possua ação comprovada, após o trabalho com agentes infecciosos, e especialmente após borrifos, derramamentos ou outras contaminações com materiais infecciosos tenham ocorrido. 8. Um procedimento para borrifos deverá ser desenvolvido e instituído. Somente o pessoal adequadamente treinado e equipado para esse tipo de trabalho deverá limpar os borrifos de materiais infecciosos. Borrifos e acidentes que resultem em uma exposição direta com materiais infecciosos deverão ser imediatamente relatados ao chefe do Nível de Biossegurança Animal — NBA-4 81 laboratório. Uma avaliação médica, vigilância e tratamento deverão ser providenciados e registros por escrito deverão ser mantidos. 9. Todos os rejeitos provenientes das salas de animais (incluindo tecidos animais, carcaças e material da cama contaminado), outros materiais que serão descartados e as roupas ou uniformes usados que irão ser encaminhados para a lavanderia, deverão ser esterilizadas em uma autoclave de porta dupla (veja B-4 abaixo). Recomendamos a incineração de materiais descartáveis. 10. Normas quanto ao manuseio seguro de objetos perfurocortantes deverão ser instituídas. a. As seringas e agulhas ou outros instrumentos perfurocortantes deverão ser restritos a sala dos animais e deverão ser usados somente quando não houver uma outra alternativa, como nos casos de injeção parenteral, coleta de sangue ou aspiração de líquidos de animais de laboratório e de garrafas de diafragma. b. As seringas que possuem um envoltório para a agulha, ou sistemas sem agulhas e outros dispositivos de segurança deverão ser utilizados quando necessários. c. Vasilhas plásticas deverão ser substituídas por vasilhames de vidro sempre que possível. 11. Um aviso de risco biológico deverá ser colocado na entrada da sala do laboratório de experimentação animal, quando agentes infecciosos estiverem presentes no local. O aviso de risco deverá identificar o(s) agente(s) infeccioso(s) em uso, relacionar o nome e o número do telefone da pessoa responsável e indicar os requisitos especiais para a entrada na sala dos animais (por exemplo, necessidade de imunização e do uso de respiradores). 12. As pessoas que cuidam dos animais de laboratório e as que dão suporte ao programa deverão receber treinamento Nível de Biossegurança Animal — NBA-4 82 adequado sobre os riscos potenciais associados ao traba- lho, sobre as precauções necessárias para evitar exposi- ções e os procedimentos de avaliação da exposição. A equi- pe deverá receber cursos anuais de atualização, ou treina- mento adicional quando forem necessárias mudanças de normas ou procedimentos. Os registros de todo o treina- mento fornecido deverão ser mantidos. 13. As caixas e gaiolas dos animais deverão passar pela autoclave ou terão que ser descontaminadas antes que o material da cama seja removido e antes de serem lavadas. Os equipamentos e as superfícies de trabalho deverão ser rotineiramente descontaminados com desinfetante que possua ação comprovada, após o trabalho com materiais infecciosos, e especialmente depois de borrifos, derramamentos ou outras contaminações com materiais infecciosos tenham ocorrido. Os equipamentos deverão ser descontaminados de acordo com qualquer regulamento local, estadual ou federal antes de ser removido do local para reparo ou manutenção. 14. As pessoas responsáveis pelo trabalho com animais infectados deverão trabalhar em pares. Baseado na avaliação dos riscos (veja Seção V), procedimentos, tais como o uso de caixas ou gaiolas de contenção, realização de trabalho somente com animais anestesiados ou outros, que visem reduzir as possíveis exposições do trabalhador deverão ser adotados. 15. Os materiais não relacionados ao ensaio (por exemplo, plantas e animais que não forem ser utilizados) não serão permitidos no local. B. Práticas Especiais 1. Medidas adicionais deverão ser efetivadas para controle do acesso (por exemplo, um sistema de guarda durante 24 horas para entrada e saída de pessoas). A equipe deverá Nível de Biossegurança Animal — NBA-4
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