Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Vocabulario basico de recusos naturais do meio ambiente, Notas de estudo de Geografia

publicação feita pelo iBGE,com verbetes para auxiliar nos estudos ambientais.

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010
Em oferta
50 Pontos
Discount

Oferta por tempo limitado


Compartilhado em 20/11/2009

jose-dantas-6
jose-dantas-6 🇧🇷

5

(4)

10 documentos

1 / 332

Documentos relacionados


Pré-visualização parcial do texto

Baixe Vocabulario basico de recusos naturais do meio ambiente e outras Notas de estudo em PDF para Geografia, somente na Docsity! v b r n m a ocabulário ásico de ecursos aturais e eio mbiente 2 edição a Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão Guido Mantega INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE Presidente Eduardo Pereira Nunes Diretor Executivo Sérgio da Costa Côrtes ÓRGÃOS ESPECÍFICOS SINGULARES Diretoria de Pesquisas Wasmália Socorro Barata Bivar Diretoria de Geociências Guido Gelli Diretoria de Informática Luiz Fernando Pinto Mariano Centro de Documentação e Disseminação de Informações David Wu Tai Escola Nacional de Ciências Estatísticas Pedro Luis do Nascimento Silva UNIDADE RESPONSÁVEL Diretoria de Geociências Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais Celso José Monteiro Filho Sumário Lista de Siglas e Abreviaturas Apresentação 2a Edição 1a Edição Introdução Referências Lista de Siglas e Abreviaturas al. - Alemão 0C - Graus centígrados cal - Caloria cm - Centímetro cm2 - Centímetro quadrado cmolc - Centimol de cargas cps - Cintilações por segundo CTC - Capacidade de troca de cátions dS - DeciSiemens fr. - Francês g - Grama ing. - Inglês kg - Quilograma km - Quilômetro l - Litro m - Metro m2 - Metro quadrado m3 - Metro cúbico mb - Milibar mg - Miligrama mm - Milímetro mmhs - Milimohs ppb - Partes por bilhão ppm - Partes por milhão rpm - Rotações por minuto seg. - Segundo Apresentação 2a Edição OIBGE coloca à disposição da sociedade uma nova ediçãoda publicação Vocabulário básico de recursos naturais emeio ambiente. Fruto de criteriosa revisão, esta segunda edição voltou-se fundamentalmente a uma melhor definição de inú- meros verbetes, muitos dos quais ressentiam-se de interpretação mais clara, enquanto outros foram redefinidos, procurando-se adequá-los aos conceitos científicos mais recentes. Nesta revisão, mais de 300 novos verbetes foram ainda in- corporados, abrangendo os mais variados campos do conhecimen- to científico, procurando, desta maneira, ampliar o leque de abrangência deste Vocabulário. Merece ser ressalvado que os mesmos preceitos adotados quando da elaboração da edição anterior foram rigorosamente se- guidos nesta nova edição. Guido Gelli Diretor de Geociências A A (Pedologia) Horizonte superficial do solo, mineral, caracterizado por uma acumulação de matéria orgânica decomposta, intimamente associada com a fra- ção mineral. a (Pedologia) Anotação utilizada para indicar que o horizonte A, ou o B, ou o C tem propriedades ândicas. aa (Geologia) Termo utilizado pelos nativos do Havaí. Indica lavas de natureza básica cuja superfície é áspera, fendilhada, e que mostra no campo um aspecto geral composto por um amontoado de blocos, fragmentos agudos e lascas. Ver também lava em blocos. abalo Vibração do solo devido a um sismo (terremoto) ou explosão. aberração cromática Fenômeno devido ao fato de uma lente apresentar índices de refração diferentes para os distintos comprimentos de onda da luz. ablação Fenômeno de degelo que ocorre na parte superficial de uma geleira, devido à ação da radiação solar (insolação) e também ao ar quente e à chuva. abrolho Acidente do relevo submarino constituindo um rochedo que por vezes aflora próximo ao litoral, formando ilhas. absorção Processo físico no qual um material coleta e retém outro, com a forma- ção de uma mistura, podendo ser acompanhada de uma reação química. absorção ativa Movimento de íons e água para o interior da raiz da planta como resultado de processos metabólicos da raiz, freqüentemente contra um gradiente de potencial eletroquímico. absorção passiva Movimento de íons e água para o interior da raiz da planta, como resultado de difusão ao longo de um gradiente de atividade. absortância Propriedade apresentada por um objeto de absorver a energia ra- diante. É uma grandeza adimensional, com valor variando de 0 a 1. abundância (Botânica) Denominação aplicada para indicar o montante de indi- víduos de cada espécie, na composição florística de uma dada área. acamadamento (Estratigrafia) Uma das feições mais típicas das rochas sedimentares, uma vez que consiste na disposição em corpos tabulares (cama- das), com espessura e extensão variáveis, porém com características físicas pró- prias no que tange a sua granulometria, grau de esfericidade, arredondamento, tipo de cimento e seleção, como também, algumas vezes, por sua coloração. Re- flete as condições do ambiente deposicional em que se formaram as rochas sedimentares. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente acápua Lenha seca, que não deixa fumo. acaule Denominação aplicada a uma planta que não apresenta caule visível. accipitridae Nome de uma família das aves, representada dentre outras, pelas águias e gaviões. aceiro Faixa de terreno que é mantida livre de vegetação em torno de uma área, com o objetivo de evitar a propagação do fogo. acetato Sal derivado do ácido acético, sendo em geral um sólido cristalino. acetil colina Substância presente em várias partes do corpo dos animais; sendo de grande importância para o funcionamento das células nervosas, atuando como mediador químico. acidez Presença de ácido, isto é, de um composto hidrogenado que, em estado líqüido ou dissolvido, se comporta como um eletrólito. A concentração de íons H+ é expressa pelo valor do pH. acidez ativa (Pedologia) Atividade do íon hidrogênio na fase líquida do solo. É medida e expressa como um valor de pH. acidez da água Quantidade de ácido, expressa em miliequivalentes de uma base forte por litro de água, necessária para titular uma mostra a um determina- do valor do pH. acidez livre Quantidade de ácidos fortes contida na água, geralmente expressa em miliequivalentes de base forte necessária para neutralizar um litro dessa água, utilizando-se, por exemplo, o vermelho de metila como indicador. acidez não trocável (Pedologia) Quantidade de íons hidrogênio que o solo é capaz de liberar pela extração com uma solução de sal tamponada, geralmente a pH 7,0, sendo obtida pela diferença entre a acidez potencial e a trocável. acidez potencial (Pedologia) Quantidade de íons hidrogênio e alumínio que um solo (fase sólida) é capaz de liberar pela extração com uma solução tamponada, geralmente de acetato de cálcio 1N a pH 7,0 acidez total Quantidade de ácidos fracos e fortes, expressa em miliequivalentes de uma base forte necessária para neutralizar esses ácidos, utilizando-se, por exem- plo, a fenolftaleína como indicador. acidez trocável (Pedologia) Quantidade de íons alumínio extraída de um solo com solução de sal neutro não tamponado (geralmente KCl 1N). Em solos or- gânicos além do íon alumínio pode ser extraída quantidade apreciável de íon hidrogênio. acidimetria Volumetria de neutralização em que se determina a concentração de uma solução ácida por meio de titulação com uma solução básica de concentra- ção conhecida. ácido acético Líqüido claro, viscoso, de cheiro picante e solúvel em água, sendo que quando resfriado em uma temperatura abaixo de 16,70C, solidifica-se for- mando cristais brilhantes, incolores e transparentes com aspecto de gelo. É utili- zado na preparação de perfumes, corantes, acetona etc, sendo ainda encontrado como principal constituinte do vinagre. ácido de Arrhenius Substância que libera íons hidrogênio (H+) quando se dissolve em água. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente ácido fúlvico (Pedologia) Mistura de substâncias orgânicas que permanecem em solução após acidificação de um extrato do solo, usando um álcali diluído. ácido húmico (Pedologia) Fração do húmus do solo de cor escura, que pode ser extraída com solução diluída de álcali e após, precipitada por acidificação. ácidos de Lewis Substâncias que podem receber um ou mais pares de elétrons. ácidos graxos Compostos que contêm uma cadeia com 14, 16 ou 18 átomos de carbono, não ramificada, saturada ou insaturada, com um grupo carboxílico em uma ponta da molécula. Quase todos os ácidos graxos encontrados na natureza encerram um número par de átomos de carbono, incluindo o carbono no grupo carboxílico. acidulante Substância capaz de comunicar ou intensificar o gosto ácido (azedo) dos alimentos e bebidas. aclimatação (Ecologia) Designação aplicada ao processo de adaptação de uma planta a um local diverso do de sua origem. acréscimo crustal Aumento da crosta por adição sucessiva de material provindo do manto. acritacos Microfósseis unicelulares ou aparentemente unicelulares que consis- tem em uma testa constituída de substâncias orgânicas de forma e ornamentação variadas. Ocorreram do Pré-cambriano até o Terciário. acródromo Tipo de nervação foliar no qual duas ou mais nervuras primárias, ou secundárias bem desenvolvidas, partindo da folha, dirigem-se em arcos conver- gentes ao ápice da mesma. acrófita Planta que vive nas regiões alpinas. acrografia Arte de gravar em relevo, através da utilização da água-forte. ácron Parte anterior não segmentada do corpo de um animal metamérico. actinódroma Tipo de nervação foliar no qual três ou mais nervuras primárias divergem radialmente a partir de um ponto único, geralmente basal, da folha. actinolita Mineral do grupo dos anfibólios monoclínicos e que se diferencia da tremolita - Ca 2 Mg 5 (Si 8 0 22 ) (0H) 2 - pela presença de ferro em quantidades supe- riores a 2%. actinomicetos Bactérias filamentosas, geralmente ramificadas, e que formam micélios semelhantes aos dos fungos . Vivem, principalmente, no solo e quando proliferam na água causam problemas de sabor e odor. actinomorfa Flor que exibe vários planos de simetria, podendo ser dividida em duas metades iguais mediante seções longitudinais em diferentes direções. aculeado Provido de acúleos. acúleo Estrutura de origem epidérmica, com aspecto de espinho, encontrada em caules, como por exemplo, na roseira, e nas folhas. acunhamento Denominação aplicada ao aspecto apresentado por uma camada quando ela se adelgaça lateralmente até o seu desaparecimento, passando a outra de natureza diferente. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente advecção Processo de transferência de calor por movimento horizontal do ar atmosférico mediante fluxos ou massas de ar. A transferência de calor das latitu- des baixas para as latitudes altas é um típico exemplo de advecção. aeração Oxigenação da água com a ajuda do ar. A taxa de oxigênio dissolvido, expressa em porcentagem de saturação, é uma característica representativa de certa massa de água e de seu grau de poluição. aeração do solo Processo através do qual é efetuada a troca de gases entre o ar do solo e o ar atmosférico. Solos bem arejados apresentam ar de composição semelhante ao da atmosfera logo acima da superfície, sendo que solos com arejamento deficiente, geralmente apresentam taxa muito elevada de CO 2, e em conseqüência uma baixa percentagem de oxigênio, em relação à atmosfera. A velocidade de aeração depende em muito do volume e da continuidade dos poros do solo. aeração prolongada Modificação do processo de tratamento de esgotos por lodo ativado, em que a digestão do lodo é realizada no interior do sistema de aeração. aerênquima Parênquima que apresenta espaços intercelulares grandes, aeríferos, com célula de fina membrana, encontrado em algumas partes de plantas flutuantes. aeróbio Organismo para o qual o oxigênio livre do ar é imprescindível à vida. aerobiose Vida em um meio onde ocorre oxigênio livre. aerófito Vegetal que apenas se ampara em outro, sem contudo parasita-lo. aerógrafo Instrumento que projeta a tinta por meio de ar comprimido, sendo utilizado para colorir mapas, cartazes, etc. É igualmente empregado no preparo de originais destinados à reprodução por via fotomecânica. aeroplancton Conjunto de microorganismos que flutuam no ar. aerossol Conjunto de finíssimas partículas em suspensão no ar ou em outro gás, podendo ser sólidas(poeira, gelo, fumo, pólen e alguns minúsculos animais) ou líquidas(nevoeiros, vapores, nuvens, etc.).Geralmente os aerossóis estão carrega- dos eletricamente e formam a base dos núcleos de condensação. Podem afetar os raios de luz provocando reflexão, refração e difusão. afanítica (Geologia) Denominação utilizada para indicar uma textura, na qual os constituintes minerais não são visíveis à vista desarmada. áfilo Vegetal desprovido de folhas, tal como a Euphorbia tirucalli, conhecida na região nordeste com o nome vulgar de avelós, ou que apresenta folhas muito reduzidas, quase imperceptíveis, como a cuscuta. afinidade eletrônica Troca de energia que ocorre quando um átomo ou um íon em estado gasoso recebe um elétron. afloramento Exposição natural em superfície, de rocha ou mineral, bem como, quaisquer outras exposições acessíveis à observação humana, tais como: corte de estradas, túneis, galerias subterrâneas, poços, etc. afluente Denominação aplicada a qualquer curso d’água, cujo volume ou des- carga contribui para aumentar outro, no qual desemboca. Tributário. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente agâmico. Reprodução de forma partenogênica, isto é, sem que haja acasalamento agar-agar Substância de natureza gelatinosa obtida de algas marinhas verme- lhas e que é largamente utilizada em microbiologia como base sólida dos meios de cultura. É utilizada por alguns povos como condimento. ágata Agregado bandado de calcedônia disposta em camadas concêntricas e/ou paralelas, submilimétricas a milimétricas e como tal, constituídas de fibras de quartzo orientadas de modo aproximadamente radial, separadas uma das outras por camadas igualmente orientadas de fibras mais espessas ou com elongação contrária às anteriores. agenda 21 Protocolo contendo uma lista de compromissos e ações, entre os quais os de reestruturar a economia, assegurando a sobrevivência humana digna, preservando a saúde e os recursos naturais do planeta, objetivando o Desenvolvi- mento Sustentável. O protocolo foi assinado por mais de uma centena de países, incluindo o Brasil, durante a Conferência de Cúpula da Organização das Nações Unidas(ONU), ocorrida na cidade do Rio de Janeiro, no ano de 1992 - a Rio 92. agente (Epidemiologia) Entidade biológica, física ou química capaz de causar doença. agente anestésico sistêmico Substância que deprime o sistema nervoso central. agente biológico de controle Organismo vivo, natural ou produzido através de manipulação genética, que é introduzido no ambiente para promover o controle de uma determinada população, ou das atividades biológicas de outro organismo considerado como nocivo. agente de floculação Substância que, quando adicionada à água residuária, for- ma um agregado em flocos das partículas em suspensão, podendo provocar a sua sedimentação. agente dispersante Substância química que reduz a atração entre as partículas. agente fitotóxico Substância capaz de produzir danos aos vegetais. agente infeccioso Agente biológico capaz de produzir infecção ou doença infecciosa. agente oxidante Substância que pode aceitar elétrons provenientes de outra subs- tância ou aumentar o número de oxidação da outra. agente redutor Substância que pode ceder elétrons a uma outra substância ou diminuir o número de oxidação da outra. agônica Linha ao longo da qual a declinação é zero. agradação Processo que leva a construção de uma superfície devido a fenôme- nos deposicionais. agregação (Pedologia) União de partículas primárias do solo (areia, silte e argi- la) para formar partículas secundárias ou agregadas. Tal união é realizada por forças naturais e substâncias derivadas da atividade microbiana e exsudadas pe- las raízes. agregação a seco (Pedologia) Agregação do solo que não é quebrada por deter- minadas condições de peneiramento a seco, efetuada em laboratório. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente agregado (Pedologia) Conjunto coerente de partículas primárias do solo com forma e tamanhos definidos. Comporta-se, mecanicamente, como uma unidade estrutural. Quando formado artificialmente é denominado torrão. agreste Denominação aplicada a vegetação semi-árida, fisiologicamente seca, com plantas providas de proteção contra déficit hídrico. agreste (Geografia): Nome dado a região de transição entre a costa úmida e o interior semi árido do Nordeste brasileiro. Originalmente a região era recoberta por florestas estacionais. agricultura ecológica Conjunto de técnicas agrícolas baseadas em conceitos de conservação de energia e matéria, reproduzindo processos ecológicos naturais e aproveitando a economia da natureza, inclusive de organismos vivos do ambien- te, como decompositores, parasitas e predadores existentes. Trata-se de prática agrícola que dispensa o uso de insumos químicos e mecanização. agriférrico Denominação aplicada a solos que apresentam caráter ácrico e com teores de Fe 2 O 3 (obtida pelo H 2 SO 4 )compreendidos entre 18% e 36%. agroecossistema Sistema ecológico natural, transformado em espaço agrário, utilizado para produção agrícola ou pecuária, segundo diferentes tipos e níveis de manejo. Em muitos casos funciona como sistema monoespecífico (monoculturas), provocando diversos problemas ambientais. agroflorestas Povoamentos permanentes, de aspecto florestal, biodiversificados, manejados pelo homem de forma sustentada e intensiva, constituídas de espécies perenes (madeiráveis, frutíferas, condimentares, medicinais etc.), para gerar um conjunto de produtos úteis para fins de subsistência e/ou comercialização. agrotóxico Substância química, geralmente artificial, destinada a combater as pragas da lavoura, tais como insetos, fungos, etc. Muitas são danosas aos animais e também ao homem. água Substância mineral encontrada na natureza em estado líquido, sólido ou em forma de vapor, formada por duas moléculas de hidrogênio e uma de oxigênio (H 2 O), sendo responsável pela existência e pela manutenção de toda a vida na Terra. água adsorvida Água fixada na superfície dos sólidos por forças moleculares de adesão. Forma uma película de uma ou mais camadas de moléculas de água. Ocorre tanto na zona saturada como na não - saturada. Normalmente é de baixa qualidade química. água agressiva Água naturalmente ácida e que apresenta uma ação corrosiva, devido principalmente ao conteúdo de anidrido carbônico dissolvido. água alcalina Água que apresenta pH superior a 7 (sete). água boricada Solução límpida, incolor e inodora, com 3% de ácido bórico. água branda Água predominantemente livre de íons de cálcio (Ca++) e magnésio (Mg++). água bruta Água que se encontra em fonte de abastecimento, antes de receber qualquer tipo de tratamento. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente água salgada Água em que a quantidade de matéria dissolvida é sensível ao paladar, ou seja, que apresenta concentrações acima de 1.000 mg/l. água salobra Água que apresenta gosto sensível ao paladar devido as concentra- ções de sólidos totais dissolvidos estimados entre 500mg/l e 1 000mg/l. água subterrânea Água presente no subsolo ocupando a zona saturada dos aqüíferos, e movendo-se sob o efeito da força gravitacional. Difere da água do solo, pois nesta as forças que a comandam são as eletroquímicas, tais como capilaridade e adsorção. água superficial Água que ocorre em corpos cuja superfície livre encontra-se em contato direto com a atmosfera, isto é, acima de superfície topográfica. água superfundida Água que foi submetida a resfriamento abaixo do ponto de congelamento, sem que tenha havido solidificação ou cristalização. água supersaturada Água que apresenta concentrações de matéria dissolvida acima de constante de equilíbrio, e normalmente causada pela queda da tempera- tura e/ ou pressão. É uma situação instável que tende a provocar precipitação. água termal Água subterrânea naturalmente quente quando da sua surgência, ou seja, com temperatura superior à temperatura média da região. água tratada Água que passa por um processo de tratamento para tornar-se adequada ao consumo humano. água utilizada Água que após cumprir determinada função ou uso, sai do siste- ma de abastecimento e não torna mais a ingressar no mesmo. Inclui tanto a água utilizada racionalmente pelos usuários quanto a desperdiçada. água vadosa Água superficial que ocorre na zona de aeração sob a influência das forças moleculares e, portanto, fixa. águas-iguais Marés que ocorrem no quarto dia após a lua nova e a lua cheia. aguaceiro Queda repentina e extremamente forte de chuva, produzida por nu- vens do tipo cumulus. aguapé Esteiras de plantas aquáticas que medram à superfície da água, especial- mente a Eichhornia sp, da família Pontederiaceae. aguarrás Líqüido oleoso extraído da resina do pinheiro, contendo pineno, C 10 H 16 e outros terpenos. Utilizado principalmente como solvente. agulha Elevação proeminente constituída de lava solidificada, e que se apresen- ta em forma de pontão. agulhas de gelo Denominação utilizada para a precipitação de finos cristais de gelo formados por sublimação na atmosfera. ailanto Árvore da família das simarubáceas (Ailanthus glandulosa) da qual é extraído o verniz-do-japão, e em cujas folhas é criado um tipo de bicho-da-seda. alabastro Variedade de gipsita (Ca 2 SO 4 2H 2 O) finamente granulada ou maci- ça, utilizada quando pura e translúcida para fins ornamentais, em virtude de sua cor muito branca. albedo Relação de energia radiante refletida e recebida por uma superfície, ex- pressa geralmente em porcentagem, sendo que uma aplicação mais comum é a luz refletida por um corpo celeste. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente albufeira Ver laguna. albúmen Ver endosperma. alburno Parte externa da madeira, de espessura variável e de consistência menos dura. Situa-se entre o cerne e a casca. À medida que as células envelhecem o alburno transforma-se em cerne .Borne. alcadeídos Hidrocarbonetos insaturados que apresentam duas ligações duplas na sua molécula e com fórmula geral C n H 2n-2 . alcalimetria Volumetria de neutralização na qual se determina a concentração de uma solução básica por meio de titulação com uma solução ácida de concen- tração conhecida. alcalina Solução resultante de dissolução de uma base em água com a formação de íons hidróxido (OH-1). alcalinidade Capacidade das águas em neutralizar compostos de caráter ácido, propriedade esta devido ao conteúdo de carbonatos, bicarbonatos, hidróxidos e ocasionalmente boratos, silicatos e fosfatos. alcalinidade à fenolftaleína Medida do teor de hidróxidos e de carbonatos alca- linos em uma amostra, sendo expressa em termos de CaCO 3 . alcalóides Moléculas cíclicas que contêm nitrogênio e que são verdadeiros metabolitos secundários. Formam um grupo muito vasto de metabolitos que po- dem ocorrer tanto em microorganismos como plantas superiores e inferiores e ainda em animais, apesar de nestes últimos ocorrerem com menor freqüência. O átomo de nitrogênio deve possuir estado de oxidação negativo. alcanos Compostos binários de carbono e hidrogênio de fórmula geral C n H 2n+2 , também denominados hidrocarbonetos saturados, devido ao fato de apresentar somente ligações simples entre seus átomos. alcatrão Denominação utilizada para qualquer das várias misturas semi-sólidas de hidrocarbonetos e de carbono livre, produzidas por destilação destrutiva de carvão ou por refino do petróleo. alcenos Hidrocarbonetos insaturados pelo fato de apresentarem uma ligação dupla na molécula, e apresentando fórmula geral C n H 2n . Alquenos. alcinos Hidrocarbonetos insaturados devido ao fato de apresentarem uma liga- ção tripla na molécula e com fórmula geral C n H 2n-2 . Alquinos. alcoílas Radicais monovalentes derivados dos alcanos através da substituição de um átomo de hidrogênio, trocando-se a terminação ano por il . álcool Composto orgânico que apresenta o grupo hidroxila ou oxidrila (OH-1) ligado a um carbono saturado. álcool etílico Líquido incolor com cheiro característico, volátil, inflamável e solúvel na água. Solidifica a menos 1150C e entra em ebulição a 780C. álcool etílico hidratado Mistura constituída de 96% de etanol (álcool etílico) e 4% de água, sendo uma solução azeotrópica. Álcool 960 GL. alcool 960GL Ver álcool etílico hidratado. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente aldeído Composto que apresenta um grupo funcional carbonila e de fórmula geral RCHO, onde R é um átomo de hidrogênio, um grupo alquila ou um grupo arila. aldose Monossacarídeos que apresentam como base um grupo aldeídico, como a glicose. aléia Caminho presente em jardins, parques e até mesmo florestas, que é utiliza- do tanto por pedestres como também para transporte de produtos. alergia Reação patológica do organismo a uma substância, o alérgeno, que mul- tiplica-se a medida que o ambiente é modificado. Partículas em suspensão e poei- ra podem provocar reações de natureza respiratória ou cutânea. aléssio Método de determinação da hora local através da observação das passagens meridionais de 4 estrelas, sendo duas na posição direta e duas na posição inversa. alexandrita Variedade cromífera do crisoberilo (Be Al 2 O 4 )que cristaliza no sis- tema ortorrômbico, classe bipiramidal e que exibe coloração verde-esmeralda a vermelha, quando examinada sob luz incandescente. alfissolo Ordem do sistema americano abrangente de classificação de solos, que engloba a classe de solos que não possuem um horizonte argílico ou nátrico acom- panhado de alta saturação por bases acima de profundidades críticas. Não apre- senta nem epipedron nem horizontes diagnósticos característicos de regime pedoclimático demasiadamente seco. algas Nome genérico dado a organismos autótrofos fotossintetizantes pertencen- tes aos Reinos Monera. Protista e Vegetal, em sua grande maioria aquáticos, tanto de águas salgadas quanto doces. São em sua grande maioria unicelulares, havendo contudo espécies multicelulares, com as células apresentando pouca divi- são de trabalho. Organismos com uma organização semelhante às algas atuais, já estavam presentes desde tempos proterozóicos. algas azuis Algas que constituem a divisão Cyanophycophyta, multiplicando-se por divisão simples, e cujos pigmentos azuis da ficocianina mascaram a cor ver- de da clorofila. São geralmente filamentosas, envolvidas por bainhas gelatinosas, vivendo sobretudo em águas doces, porém podendo ser encontradas em águas salgadas, fontes termais, solo. São seres unicelulares, procariotas, pertencentes ao Reino Monera. Também são conhecidas como cianofíceas ou cianobactérias. algodão de vidro. Ver algodão silicatado. algodão silicatado Substância com aspecto e consistência de algodão, formada por inúmeros fios capilares de vidro. Algodão de vidro. álico Solo que apresenta saturação por alumínio trocável (valor de m igual ou superior a 50%), associada a um teor de alumínio extraível > 0,5 cmol c /kg de solo. É calculada pela expressão m (%) = 100 Al3+ / (Al3+ S), onde S é a soma de cátions básicos trocáveis. Para efeito de classificação do solo, a saturação por alumínio trocável é considerada em uma seção de controle de 100cm de espessu- ra, contada a partir dos 25cm superficiais, ou menos profunda, quando presente contato lítico ou litóide antes dos 125cm. alísios Ventos constantes que sopram das regiões subtropicais de alta pressão em direção as regiões equatoriais. As direções predominantes são de nordeste no hemisfério norte e sudeste no hemisfério sul. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente alto - fuste Regime de manejo florestal em que o povoamento se regenera por sementes ou plantio de mudas. alto montano Relativo aos ambientes situados em altitudes superiores a 1 500m. altoestratus Nuvem classificada como média, que se apresenta em camadas cinzentas ou azuladas constituídas por gotículas superesfriadas e cristais de gelo. altura comercial Medida que vai da base da árvore até o ponto do tronco em que o diâmetro é o mínimo comercializável (geralmente o ponto em que a árvore lança o primeiro galho). Altura – útil. altura d’água Altura da superfície líqüida de um curso d’água ou lago, referida a um plano arbitrário conveniente. altura de nuvem Altura da base de uma nuvem em relação ao solo .De acordo com a distância da base em relação ao solo podem ser classificadas em nuvens altas, nuvens médias e nuvens baixas. altura de precipitação Espessura da camada de água que se acumula sobre uma superfície horizontal, como resultado de uma ou mais quedas de precipitação pluviométrica, na ausência de infiltração ou evaporação. altura hidrométrica Ver cota fluviométrica. altura – útil Ver altura comercial. aluimento Colapso considerável, de uma superfície de terra, devido à remo- ção de líqüidos ou sólidos do seu interior ou remoção de material solúvel através da água. alúmen Denominação comercial do sulfato de alumínio, utilizado no tratamento da água de abastecimento ou residuária, e obtido pela combinação de bauxita com ácido sulfúrico. aluvião Designação genérica para englobar depósitos detríticos formados pela ação da água em sistema deposicional fluvial ou lacustre, com granulometria variável, cascalho, areia, silte e argila, que refletem as condições hidrodinâmicas reinantes no momento de sua deposição. alvejante Qualquer substância com ação química, oxidante ou redutora, que exerce uma ação branqueadora. amálgama Solução sólida de prata e mercúrio. âmbar Resina fóssil amorfa com cor geralmente amarelada, muito dura, semitransparente, sendo que sua origem é atribuída a um pinheiro do Período Terciário (Pinus succinites). Em algumas situações são encontradas em seu inte- rior fósseis de insetos. ambiente de alta energia Ambiente aquático caracterizado por uma turbulência que não permite que partículas finas assentem e portanto sejam acumuladas. ambiente de baixa energia Ambiente aquático caracterizado por águas tranqüi- las que propiciam a deposição de partículas finas. ambiente euxínico Ambiente marinho ou lacustre, no qual a presença de H 2 S dissolvido na água inibe a vida. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente ambiente halófito Ambiente terrestre caracterizado por altos teores de sais no solo e, consequentemente, pela presença de vegetação tolerante ao sal. amebíase Infecção causada por um protozoário parasita que está presente em duas formas: como cisto infeccioso, resistente, e como trofozoíto, mais frágil e potencialmente invasor. O parasita pode atuar de forma comensal ou invadir os tecidos, originando infeções intestinais ou extra - intestinais. As enfermidades intestinais variam desde uma disenteria aguda com febre, calafrios e diarréia (disenteria amebiana), até um mal-estar abdominal leve e diarréia com sangue e muco, alternando com períodos de estremecimento ou remissão. O agente etiológico é a Entamoeba hystolytica. O modo de transmissão processa-se pela ingestão de água ou alimentos contaminados por dejetos humanos e animais, con- tendo cistos amebianos. amêndoa Parte da semente localizada por dentro dos tegumentos, sendo forma- da pelo embrião ou por este associado ao albúmen. amensalismo Relação interespecífica desarmônica onde uma espécie é prejudica- da sem que a outra seja afetada. Os exemplos mais clássicos são o destruição de plantas, insetos e outros pequenos animais esmagados pela passagem de grandes animais como, por exemplo, uma manada de búfalos ou de elefantes. Outro exem- plo de amensalismo ocorre durante o fenômeno da maré vermelha, que vem a ser a proliferação excessiva de certas espécies de algas unicelulares (dinoflagelados), que conferem uma coloração avermelhada à água. Essas algas produzem e liberam toxinas capazes de provocar a morte dos peixes que as ingerem. ametista Variedade de quartzo (SiO 2 ) que apresenta cor purpúrea ou violeta, devido a presença de ferro-férrico, e que cristaliza no sistema hexagonal-R, clas- se trapezoédrica. amianto Denominação comercial para um grupo heterogêneo de minerais facil- mente separáveis em fibras da família da serpentina - crisotila- e do anfibólio - crocidolita, amosita, antofilita, actinolita e tremolita. Asbesto. amidação Reação química que permite a obtenção de amidas, pela ação do amo- níaco, aminas primárias ou secundárias, sobre ácidos, seus halógenos ou seus ésteres. amido Mistura de dois tipos de polissacarídeos: um polímero de glicose de ca- deia ramificada (10% a 20%) chamado amilose e um polímero altamente ramifi- cado (80% a 90%) chamado amilopectina. amígdalas Denominação utilizada para indicar as pequenas cavidades de uma rocha que estão preenchidas por minerais deutéricos ou secundários, tais como :opala, calcedônia, clorita, calcita e zeólitas. aminação Reação química que permite introduzir em uma molécula, um ou mais radicais amino. aminas Compostos orgânicos derivados da substituição de um ou mais átomos de hidrogênio na amônia (NH 3 ) por grupos orgânicos alquilas ou arilas. aminoácido Substância orgânica em cuja molécula figuram os grupos básicos amino (NH 2 ) e carboxílico (-COOH). São os componentes das proteínas e consti- tuem a base da vida . Os organismos heterotróficos não são capazes de sintetizar todos os aminoácidos, alguns dos quais, como a lisina, o triptofano, a leucina e outros, devem ser obtidos dos seres autotróficos. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente amônia Gás incolor com fórmula NH 3 , odor forte e picante, muito solúvel em água e álcool. A solução de amoníaco, amônia líquida, apresenta algumas seme- lhanças com a água devido ao fato de ter pontes de hidrogênio. amorfa (Mineralogia) Substância desprovida de qualquer estrutura interna or- denada. As substâncias amorfas, de ocorrência natural, são denominadas mineralóides. amplitude de maré Diferença de altura alcançada pela maré entre os níveis da preamar e da baixa mar consecutivos. amplitude ecológica Faixa de tolerância de uma espécie às condições do ambi- ente (temperatura, salinidade, umidade, pressão barométrica altitudinal, etc.). A amplitude ecológica abrange do valor mínimo ao valor máximo que uma espécie suporta de cada fator ambiental. amplitude térmica Oscilação ou diferença entre as temperaturas máximas e mínimas, ou entre temperaturas médias, a mais elevada e a mais baixa, no decor- rer de um intervalo de tempo. anabático Movimento de ascenção do ar resultante da convecção. Ar que sopra encosta acima ou dos vales para os planaltos. anaforese Eletrólise realizada com um colóide negativo, em que as micelas se dirigem para o ânodo, ou então com um amioácido que produza zwitteríon nega- tivo, quando dissolvido em água. anaglifo Princípio que consiste na superposição de duas cores complementares que representam uma única figura, resultando uma visão em relevo desta figura. O vermelho e o verde são as cores usualmente utilizadas para esse fim. análise granulométrica (Pedologia) Determinação das quantidades, ex- pressas em g/kg de solo, das frações areia, silte e argila, em amostras de terra fina (< 2mm). análise modal Quantificação dos minerais presentes em uma rocha, obtida atra- vés de estudos petrográficos em lâmina delgada, sendo utilizada a contagem de pontos com a platina mecânica, em intervalos constantes. Os resultados são ex- pressos em % em volume. anatidae Nome de uma família das aves, representada dentre outras pelas marrecas, patas e cisnes. ancoragem Processo através do qual é possível sustentar porções de solo ou maciços de rocha, bem como melhorar a união de obras de engenharia aos maci- ços de apoio, sendo utilizadas barras de união, atirantadas ou não. andar Unidade básica da cronoestratigrafia de categoria relativamente pequena na hierarquia convencional, representando intervalo de tempo geológico relativa- mente pequeno. Seu equivalente geocronológico é a idade, que leva o nome do andar correspondente. andissolo Ordem do sistema abrangente de classificação americana de solos, que engloba a classe dos solos que possuem um epipedron hístico ou sofreram períodos de saturação e redução, dentro de profundidades especificadas. androceu Conjunto dos órgãos reprodutivos masculinos das flores, ditos estames. O androceu pode ser formado por um ou muitos estames. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente ante-recife Declive mais abrupto, voltado para o lado do mar aberto, de um recife orgânico. anteduna Duna em geral pouco desenvolvida, situada logo atrás da praia, apre- sentando dimensões reduzidas. antefossa Depressão crustal que se apresenta de forma estreita e alongada, margeando uma faixa orogênica dobrada ou arco insular no seu lado convexo, isto é, em geral no lado que corresponde ao oceano aberto. antena. Apêndices formados por três partes distintas: escapo, pedicelo e flagelo, este último constituído por uma série de artículos. As antenas estão presentes sempre em par, em todos os insetos, por isto são denominados de díceros e, se- gundo o aspecto dos artículos (antenômeros), elas podem ser classificadas em: filiforme, moliniforme, clavada, capitada, imbricada, fusiforme, serreada, denteada, estiliforme, plumosa, flabelada, setácea, furcada, pectinada, lamelada, geniculada, aristada e composta. Sua função principal é sensorial, sendo utilizada, por exem- plo, para o tato, olfato e audição. anteparo de Nipher Instrumento utilizado para proteção dos pluviômetros con- tra a ação dos ventos. Tem a forma de um cone invertido cuja base encontra-se no nível da borda do pluviômetro. antepraia Conjunto de partes submersas, que se estendem desde a superfície mais elevada, sempre coberta pelas águas, até a profundidade onde cessa ou di- minui sensivelmente o movimento do material da praia. Os estratos mergulham suavemente em direção ao mar. antera Dilatação terminal do estame, no interior da qual estão contidos os grãos de pólen. antese Fase em que a flor se encontra aberta e portanto apta para ser fertilizada ou para ceder pólen para outra flor. antialísios Ventos em altitude, de oeste, que sopram acima dos ventos alísios de superfície, dos trópicos. antibiose. Forma de resistência de plantas, insetos e outros organismos aos pre- dadores, por meio da produção e liberação de substâncias químicas tóxicas. anticiclone Ver alta pressão. anticiclone continental Anticiclone situado sobre um continente geralmente na estação fria. É causado principalmente pelo resfriamento prolongado da su- perfície da terra e com baixas temperaturas associadas nas camadas da atmos- fera inferior. anticiclone estacionário Anticiclone semi permanente, considerando-se a pressão alta. anticiclone frio Anticiclone que é frio em relação as áreas circunvizinhas em determinados níveis; usualmente são considerados os níveis inferiores. anticiclone migratório Áreas de alta pressão que, de tempos em tempos, percor- rem as regiões temperadas, modificando a circulação geral dos ventos. anticiclone permanente Anticiclone de uma região onde predominam larga- mente as altas pressões através de todo o ano e onde aparece um anticiclone sobre a carta de pressão média anual. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente anticiclone quente Anticiclone que é quente em relação às áreas circunvizinhas em determinados níveis; em geral são considerados os níveis inferiores. anticiclone subtropical Séries de células de alta pressão alinhadas, aproximada- mente, ao longo de uma linha de latitude em ambos os hemisférios .O eixo do cinturão se localiza nos níveis baixos a cerca de 350 de latitude, em média, e apresenta uma pequena flutuação meridional anual. anticlinal Dobra que mostra fechamento para cima, apresentando as rochas mais antigas em seu núcleo anticlinório Anticlinal complexo, constituído de vários anticlinais e sinclinais subsidiários, tanto ao longo dos flancos como da crista antidetonante Denominação utilizada para certas substâncias que ao serem mis- turadas à gasolina, aumentam sua resistência a compressão (índice de octanagem), sendo as mais comuns o chumbo tetraetila, o naftaleno, etc. antiduna Onda de areia que se desloca corrente acima devido à erosão na encos- ta a jusante e deposição na encosta a montante. Essas ondulações no leito se formam em fase com as ondulações da superfície da água, e em regime de fluxo superior, isto é, quando o número de Froude é superior a 1. antiforme Dobra que mostra fechamento para cima, sendo porém desconheci- das as relações estratigráficas entre suas rochas. antígeno Porção ou produto de um agente biológico capaz de estimular a forma- ção de anticorpos específicos. antigorita Variedade de serpentina - Mg 6 (Si 4 O 10 ) (OH) 8 - que ocorre em placas e cujas propriedades se harmonizam com as dos filossilicatos, e cristalizando no sistema monoclínico, classe prismática. anti-sepsia Conjunto de medidas empregadas para impedir a proliferação microbiana. antitoxina Anticorpos protetores que inativam proteínas solúveis tóxicas de bactérias antraceno Sólido branco cristalino com composição C 14 H 10 , densidade 1,25; ponto de ebulição igual a 2860 C e ponto de fusão igual a 379,80 C. É um hidrocarboneto aromático com três anéis fundidos ou condensados. antracito Carvão que apresenta uma densidade entre 1,4 e 1,7 fratura brilhante e do tipo conchoidal, aspecto vítreo e com 90% a 93% de carbono. Seu poder calorífico é superior a 8 000 cal/g, é pobre em voláteis e juntamente com a hulha é conhecido como carvão mineral. antracose Doença pulmonar provocada pela inalação de partículas finas de car- vão. Comum em trabalhadores de minas de carvão. As partículas se depositam nos pulmões, linfonodos e em outros órgãos, via migração de macrófagos com carvão fagocitado. antropocentrismo Doutrina que considera a espécie humana o centro do uni- verso, fazendo com que todas as questões, incluindo a administração ambiental, sejam equacionadas em função do atendimento exclusivo dos valores humanos. antroponose (Biologia) Infecção cuja transmissão se restringe aos seres humanos. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente antropozoonose (Biologia) Infecção transmitida ao homem a partir de reservatório animal. anuros Ordem dos anfíbios representada por animais de corpo curto, troncudo, providos de quatro membros, sendo os posteriores mais longos. As brânquias e a cauda desaparecem ao fim das metamorfoses da fase juvenil. Certas espécies não possuem dentes e outras são desprovidas de língua. É a ordem mais importante, e mais rica dos anfíbios, com mais de 1200 espécies conhecidas. São as rãs, os sapos e as pererecas. apara Denominação genérica que é dada aos cavacos que resultam de aplainamento manual ou mecânico da madeira. apatita Denominação geral utilizada para abarcar para um grupo de minerais que cristalizam no sistema hexagonal, classe prismática, dureza 5 segundo a es- cala de Mohs, e nos quais estão incluídas a fluorapatita- Ca 5 F (PO 4 ) 3 , a clorapatita- Ca 5 Cl (PO 4 ) 3 , e a hidroxilapatita- Ca 5 (OH)(PO 4 ) 3 , sendo que o cloro, o flúor e a hidroxila podem ser substituídos mutuamente. A carbonato-apatita é produto da substituição do PO 4 pelo CO 3 . apex (Mineração) Abertura inferior do hidrociclone, através da qual a fração grossa é separada da polpa alimentada. Ver também hidrociclone. apicum Termo com conotação regional utilizado para designar as áreas mais internas do manguezal, que apresentam pouca vegetação e elevada concen- tração de sal, produzida pela evaporação das águas provenientes das inunda- ções das marés. apitoxina Toxina (quando injetado veneno) produzida pela abelha, sendo com- posta principalmente de ácido fórmico, misturado com várias outras toxinas, que além de servir para a defesa, serve ainda como conservante do mel, sendo esta sua principal função. apodiformes Nome de uma ordem da Classe Aves, representada pelos beija- flores e afins ápodos Ver gimnofionios. apófises (Geologia) Diques ou corpos tabulares que se apresentam intrudidos em outra rochas, mas que apresentam claramente ligações com corpos intrusivos maiores. apomixia Formação do embrião sem fecundação, através do desenvolvimento da oosfera ou então pelo desenvolvimento de uma célula vegetativa. apterygota Subclasse dos insetos primariamente desprovidos de asas, sendo que seus fósseis remontam ao Período Devoniano. aptésico. Inseto que apesar de possuir asas, não as utiliza para o vôo. aptidão agrícola das terras Adaptabilidade da terra para um tipo específico de utilização agrícola, pressupondo-se um ou mais distintos níveis de manejo. aquecimento adiabático Descida do ar com o conseqüente aumento de pressão e que provoca aumento de temperatura. aquecimento global Elevação da temperatura média anual do planeta Terra cau- sada pelo aumento das concentrações na atmosfera dos chamados gases estufa, incremento este provocado, sobretudo, pelas atividades antrópicas. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente área basal Parâmetro fitossociológico empregado para indicar a dominância das espécies em uma comunidade. É estimada através da medição do perímetro ou do diâmetro dos troncos e da utilização de fórmulas específicas. área de foco (Epidemiologia) Área de ocorrência e transmissão de uma deter- minada doença, porém de localização bem definida, limitada a uma localidade ou pequeno número destas, em um município. área de proteção ambiental (APA) Área pertencente ao grupo das unidades de conservação de uso direto, sustentável e regida por dispositivos legais. Constitui- se de área em geral extensa, com certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais, especialmente importantes para a qualidade de vida e bem estar da população residente e do entorno. Tem por objetivo disciplinar o uso sustentável dos recursos naturais e promover, quan- do necessário, a recuperação dos ecossistemas degradados. área de relevante interesse ecológico (ARIE) Área possuidora de características extraordinárias ou que abriga exemplares raros da flora e da fauna de uma determi- nada região, o que exige cuidados especiais de proteção por parte do Estado. área endêmica (Epidemiologia) Área geográfica reconhecidamente de ocor- rência e transmissão de uma determinada doença. área indene vulnerável (Epidemiologia) Área reconhecidamente sem transmis- são de uma determinada doença, mas cujas condições ambientais favorecem a instalação da transmissão. área ótima (Ecologia) Extensão da superfície na qual um animal ou vegetal encontra condições favoráveis para o seu desenvolvimento. área proglacial Parte proximal de uma região periglacial em relação as geleiras. areia Sedimento que se apresenta sem coesão e cujos grãos ou elementos do arcabouço são constituídos por partículas com granulação compreendida entre 0,062 e 2mm de acordo com a escala de Wentworth. Na Pedologia é utilizada a escala internacional de Atterberg (1912) modificada, na qual a areia é representa- da pela granulometria entre 0,05 e 2mm. areia movediça Depósito de natureza arenosa ou areno- argilosa, saturado de água, que devido a ação da pressão hidrostática, é capaz de escoar como um fluido. Pode ser injetada em fissuras, originando os diques de areia. areia negra Areia que apresenta elevada concentração de minerais pesados de cor preta, em geral ricos em ferro e magnésio, tais como hematita, magnetita, ilmenita, etc. areia verde Areia cuja coloração verde é devida a elevada presença de glauconita, sendo geralmente de origem marinha. arenito Termo descritivo utilizado para designar um sedimento clástico consoli- dado, cujos constituintes apresentam um diâmetro médio que corresponde a granulação da areia. Por não apresentar uma conotação mineralógica ou genética, são considerados arenitos todas as rochas sedimentares que apresentam granulação do tamanho areia. arenito lítico Arenito caracterizado por conter mais de 25% de partículas detríticas representadas por fragmentos de rochas em sua fração areia, apresentando pouca ou nenhuma matriz. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente arenoso (Pedologia) Termo aplicado a algumas classes texturais do solo, que apresentam grande quantidade de areia. argila Termo descritivo utilizado para indicar partículas que na escala de Wentworth apresentam diâmetro compreendido entre 0,000975 mm e 0,0039 mm. argila 1:1 (Pedologia) Argilomineral constituído por folha de silicato tetraédrica e folha de hidróxido octaédrica, empilhadas regularmente na proporção de 1:1. Ver caulinita. argila 2:1 (Pedologia) Argilomineral constituído por folha de silicato tetraédrica e folha de hidróxido octaédrica, empilhadas regularmente na proporção 2:1. A camada de octaedros ocupa a posição central encontrando-se ligada aos vértices dos tetraedros adjacentes. Pertencem a essa classe as argilas do grupo das montmorillonita. argila refratária Argila cuja temperatura de fusão se iguala pelo menos à do Cone de Seger 26 (16500 C). argilas Família de minerais, a maioria constituída de silicatos hidratados de alu- mínio, finamente cristalinos ou amorfos e que cristalizam no sistema monoclínico. Distinguem-se três grupos : o do caulim (caulinita, nacrita, dickita, anauxita, halloysita e alofana) ; o da montmorillonita (montmorillonita, beidellita, nontronita e saponita); e o das hidromicas (hidromuscovita). argiloso (Pedologia) Solo que contém grande quantidade de argila, ou então que possui propriedades similares às das argilas. argipã Camada densa, compacta, presente no subsolo, contendo um teor de argi- la bem mais elevado do que o material sobrejacente, e do qual encontra-se sepa- rado por um limite claramente definido. Apresenta-se geralmente dura quando seca e plástica e pegajosa quando molhada. argirose Doença pulmonar provocada pela inalação de partículas finas de sais de prata. argissolo Denominação aplicada a solos constituídos por material, que apresen- tam como características diferenciais argila de atividade baixa e horizonte B textural (Bt) imediatamente abaixo de qualquer tipo de horizonte superficial, exceto o horizonte hístico. aridez Característica de um clima relacionado com a deficiência de umidade para manter a vegetação. aridissolo Ordem do sistema abrangente de classificação americana de solos que engloba solos de regiões bastante secas e que possuem um epipedon ácrico ou antrópico, acompanhado de um horizonte câmbico ou de alguma forma de acumulação que resulte em horizonte argílico, nátrico, cálcico ou gípsico. arilo (Botânica) Excrescência, muitas vezes carnosa e colorida, que se desen- volve a partir do hilo ou do funículo nas sementes. armazenabilidade Capacidade em água de um aqüífero, ou seja, volume de água que um aqüífero é capaz de receber/ceder, em função de uma variação uni- tária da superfície potenciométrica. Está associada à porosidade e a fenômenos elásticos, tanto da água quanto das litologias presentes. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente armazenamento específico Capacidade em água do volume unitário de um aqüífero, ou seja, o volume de água que um volume unitário de um aqüífero é capaz de receber/ceder, em função de uma variação unitária da superfície potenciométrica. Está associada á porosidade e a fenômenos elásticos, tanto da água como das litologias presentes, sendo menor em aqüíferos confinados. arquétipo (Biologia) Forma ou espécie verdadeira, vivente ou fóssil, que mais intima- mente se assemelha à forma ou espécie da qual surgiu o grupo monofilético em questão. arquipélago Grupo de ilhas próximas entre si e que apresentam a mesma origem e estrutura geológica, podendo ser continentais, coralíneas ou vulcânicas. arredondamento Grau de agudeza ou curvatura dos cantos e arestas de uma partícula. Depende da intensidade de abrasão sofrida durante o transporte e da natureza da partícula. Podem ser distinguidos cinco graus de arredondamento: angular, subangular, subarredondado, arredondado e bem arredondado. arreico Relativo a áreas que se apresentam quase completamente desprovidas de drenagem superficial. arrenótoca Reprodução por partenogênese, gerando apenas machos. arsenopirita Mineral metálico, principal fonte de arsênio, que cristaliza do sis- tema monoclínico, classe prismática e composição FeAsS. Quando o cobalto subs- titui parte do ferro, recebe a denominação de danaíta. Mispíquel. artiodactyla Nome de uma ordem dos mamíferos, que possuem dedos pares, representada pelos cervos e veados. artrópodes Filo que congrega cerca de ¾ do reino animal, presente desde o Período Cambriano. Apresentam o corpo segmentado, bilateralmente simétrico e revestido por um esqueleto de quitina que é substituído quando da muda. Os segmentos do corpo denominados somitos ou metâmeros possuem um par de apêndices articulados, responsáveis pela designação do filo. Nas formas especializadas os apêndices estão ausentes em muitos somitos. São geralmente pequenos, tendo contudo os extintos euripterídeos alcançado cerca de 3m de comprimento e o atual caranguejo japonês poder atingir até 4 m. Entre os artrópodes estão os insetos, os crustáceos, os aracnídeos e os miriápodes. árvore Vegetal lenhoso dotado de tronco robusto, via de regra com um sistema de ramos divaricados de primeira ordem, a partir de um certo nível, de onde se dispõem as ramificações da copa. árvore filogenética Representação diagramática de supostas linhas de descendência baseadas em evidências paleontológicas, morfológicas ou de qualquer outra natureza. árvore-matriz Árvore utilizada como fonte de propágulos para obtenção de no- vos indivíduos da espécie. arvoredo Conjunto mais ou menos denso de árvores, natural ou artificial. asas. Apêndices torácicos laminados, membranosos, reforçados com veias e ar- ticulados ao tórax, para locomoção aérea dos insetos. O par anterior chama-se mesotorácico ou asas I, e o posterior metatorácico ou asas II. Os insetos com apenas um par de asas funcionais são chamados de dípteros, os desprovidos de asas são os ápteros e os que apesar de as possuírem e não as usarem são os aptésicos. Os diversos tipos de asas são: membranosas, tégminas, hemiélitros, élitros, balancins, pseudo-halteres, franjadas e lobadas. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente atol Construção elaborada por corais ou outros tipos de invertebrados, que apresenta forma circular e envolve uma laguna geralmente com profundidade compreendida entre 30m e 100m e cujo diâmetro bastante variável pode al- cançar até 60km. ATP Ver Adenosina trifosfato. atualismo Ver uniformitarianismo. auto oxidação Reação química não induzida, que consiste na fixação mais ou menos rápida do oxigênio molecular sobre uma substância química orgâ- nica ou inorgânica. autocoria Dispersão que se realiza através de mecanismos da própria planta, que lança suas sementes pelas redondezas por algum processo particular ou sim- plesmente as libera diretamente no solo . Este tipo de dispersão inclui aquela que se processa por gravidade, e ou a explosiva: autodepuração Capacidade apresentada por um corpo de água de, após receber uma carga de agentes poluidores, recuperar, através de processos naturais de ca- ráter físico, químico e biológico, as suas qualidades ecológicas e sanitárias. autogamia (Botânica) Ver autopolinização. autopolinização Tipo de polinização que ocorre quando o pólen de uma flor é depositado no estigma desta mesma flor ou de outra do mesmo indiví- duo. Autogamia. autótrofo Organismo que se mostra capaz de sintetizar sua própria matéria orgâ- nica, seja através da fotossíntese (plantas clorofiladas) seja através da quimiossíntese. auxina Hormônio regulador do crescimento das plantas superiores, produzido pelas extremidades do caule e da raiz e que migra do ápice para a zona de alonga- mento. A auxina produzida no ápice desloca-se com uma velocidade de cerca de 1cm/h quando a temperatura é normal. avalancha Tipo de movimento de massa rápido, no qual um grande volume de material (gelo ou fragmentos de rocha) é transportado pelo efeito da gravidade para regiões mais baixas. aventurescência Fenômeno ótico que consiste em reflexos metálicos brilhantes, fortemente coloridos, produzidos por certas inclusões presentes em alguns mine- rais translúcidos, quando observados através de luz refletida. avifauna Conjunto de espécies de aves que vivem em uma determinada região. avulsão Processo que consiste no abandono relativamente rápido de parte do conjunto de meandros, passando então o rio à mover-se em um novo curso, situado em um nível mais baixo da planície de inundação. azadiractina... Denominação aplicada a um triterpeno, mais especificamente a um limonóide, que provoca distúrbios de natureza fisiológica, alterando o desenvolvimento e a funcionalidade de várias espécies de insetos praga, principalmente pela ação de repelência alimentar, inibidora do desenvolvimento e crescimento na reprodução. azimute Direção horizontal de uma linha, medida no sentido horário, a partir do norte magnético de um plano de referência, normalmente o meridiano. B B (Pedologia) Horizonte da máxima iluviação do solo, formado sob um horizon- te E, A ou O, bastante afetado por transformações pedogenéticas, em que pouco ou nada restou da estrutura original da rocha. b (Pedologia) Símbolo que indica a presença de horizonte soterrado. bacia com soleira Bacia submarina que apresenta deposição separada do corpo principal por uma crista submersa estreita. A água mais profunda permanece mais ou menos estagnada, mostrando deste modo características redutoras. bacia experimental Bacia hidrográfica na qual as condições naturais são deliberadamente alteradas objetivando estudar os efeitos dessas modificações no ciclo hidrológico. bacia hidrogeológica Região geográfica cujas águas subterrâneas escoam para um só exutório. Pode não coincidir com a bacia hidrográfica. bacia hidrográfica Região compreendida entre divisores de água, na qual toda a água aí precipitada escoa por um único exutório. bacia marginal Bacia do tipo mar epicontinental, adjacente a um continente, sendo que seu fundo é constituído de massa continental submersa. bacia oceânica Bacia tectonicamente estável, formada essencialmente por basaltos e coberta por uma fina camada de sedimentos pelágicos. bacia sedimentar Entidade geológica que se refere ao conjunto de rochas sedimentares que guardam uma relação geométrica e/ou histórica mútua, e cuja superfície atual não necessariamente se comporta como uma bacia de sedimentação. bacia sob controle Parte da bacia de drenagem cuja contribuição é medida dire- tamente através de postos pluviométricos background Termo utilizado em geoquímica e geofísica para relacionar um va- lor, teor ou porcentagem mineral, ou ainda uma propriedade física (radiométrica, magnetométrica etc.) a um padrão regional para efeito de comparação. Os valo- res podem ser apresentados sob a forma de ppm, ppb, cps etc. bactérias Microrganismos unicelulares procariotas, pertencente ao Reino Monera, geralmente sem clorofila, e que utiliza alimentos solúveis, normal- mente orgânicos, apesar de algumas bactérias serem quimiossintetizantes, e ou- tras fotossintetizantes. Apresentam ampla distribuição na natureza, sendo que algumas bactérias formam esporos resistentes, que podem ficar inativos em condições desfavoráveis do meio ambiente, e serem reativadas com o retorno de condições mais favoráveis. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente bactérias anaeróbicas facultativas Bactérias que conseguem se desenvolver tanto na presença quanto na ausência de oxigênio. bactérias clorifiladas Bactérias que obtém energia para o seu desenvolvimento através da fotossíntese. bactérias criófilas Bactérias que são mais ativas em uma temperatura igual ou inferior a 100 C. bactérias entéricas Bactérias que se desenvolvem no trato intestinal, sendo des- te modo utilizadas como indicadoras de contaminação fecal. Os coliformes fecais fazem parte desse grupo. bactérias de nódulo Bactérias capazes de formar nódulos, ou seja, estruturas organizadas, em raízes ou caules de plantas (leguminosas) onde ocorre o proces- so de fixação biológica do N 2 . bactérias do ferro Bactérias que pertencem a ordem Chlamydobacteriales, e que apresentam a propriedade de retirar o íon ferroso do meio aquoso e precipita- lo em sua bainha, na forma de íon férrico. Algumas bactérias do ferro, como Crenothrix, Gallionella e Leptothrix, são capazes de oxidar metabolicamente o íon ferroso para o íon férrico autotroficamente . Em outras, como no caso da Sphaerotillos, esta oxidação é puramente química, e processada em sua bainha. bactérias do metano Bactérias metanogênicas que, na ausência de oxigênio, realizam a fermentação alcalina da matéria orgânica putrescível, com a produção de gás metano. bactérias do solo Bactérias existentes nos solos, principalmente naqueles me- nos densos, mais aerados e mais férteis, que vivem livres ou em simbiose com as plantas. Algumas espécies realizam importantes reações metabólicas no solo (fixação do nitrogênio atmosférico), outras são capazes de degradar quase todo tipo de material orgânico, liberando para o ar, a água e o solo as substâncias e elementos químicos nele existentes, e que serão aproveitadas mais tarde por outros seres vivos. bactérias heterotróficas Bactérias que requerem um ou mais compostos orgâni- cos que não apenas o dióxido de carbono para a síntese do seu conteúdo plasmático celular. bactérias mesófilas Bactérias que apresentam maior atividade em uma tempera- tura compreendida entre 200C e 400C. bactérias psicrófilas Bactérias que apresentam o ótimo de crescimento em tem- peraturas inferiores a 150C. bactérias termófilas Bactérias que se apresentam mais ativas quando a tempe- ratura está compreendida entre 400C e 550C. bacteriostase Substância que inibe a mutiplicação bacteriana. bacteróide Forma alterada de células de certas bactérias, particularmente às cé- lulas intumecidas e vacuoladas irregulares de rizóbio em nódulos de leguminosas. bacteriófagos Vírus capazes de infectar e destruir bactérias. São freqüentemente usados pela engenharia genética como vetores para a introdução de novos genes no DNA das bactérias. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente banco de neve Zona isolada de neve situada acima ou abaixo da linha de neve regional, e que pode durar por todo o verão. banco genético Ver banco de genes. banda de absorção da atmosfera Região do espectro eletromagnético para a qual a atmosfera comporta-se de maneira opaca, não permitindo a passagem da radiação eletromagnética. banda do visível Faixa do espectro eletromagnético que pode ser percebido a olho nu, e compreendida aproximadamente entre 7800 e 4000 Angstrons, os limi- tes do infravermelho e do ultravioleta, respectivamente. banda ripícola Faixa de proteção marginal, de largura variável, criada ao redor de corpos d’água com o objetivo de protegê-los, reduzindo os efeitos nocivos da agricultura. Nesta faixa, a vegetação arbórea é protegida. bandamento composicional (Geologia) Foliação definida por faixas paralelas de composição mineralógica ou texturas diferentes. Pode corresponder a um acamamento relíquiar ou ser originado por segregação metamórfica, migmatização, cisalhamento e dissolução por pressão. banhado Denominação utilizada no sul do Brasil para indicar extensões de terras baixas inundadas pelos rios. bar Unidade de pressão, aproximadamente equivalente a 1 000 000 de dinas/cm2. barbeiro. Nome vulgar aplicado à vários insetos, vetores do Trypanosoma cruzi, que é o agente etiológico causador da Doença de Chagas, especialmente as espé- cies Triatoma infestans, T. sordida, Panstrongylus megistus e Rodnius prolixus, este último introduzido acidentalmente no Brasil, devido ao fato de ser muito resistente e utilizado para estudos científicos. Têm por hábito sugar o sangue humano e de outros animais, tais como mamíferos e aves. Existem espécies que vivem fora das habitações humanas, mas a grande maioria vive, principalmente, nas casas de pau-a-pique, nas frestas das paredes que se formam após o ressecamento da argamassa, de onde saem à noite, para picar as pessoas, geral- mente na face, fato que dá origem a seu nome. barbilhões Apêndices carnosos, longos e finos, apresentando muitas termina- ções nervosas, presentes principalmente na região bucal de muitos peixes, e que servem para a percepção de estímulos químicos. barcana Duna que apresenta forma de meia-lua, mostrando sua face convexa voltada para barlavento, e a face côncava para sotavento . barita Mineral que cristaliza no sistema ortorrômbico, classe bipiramidal e tem composição BaSO 4 , sendo que sua densidade de 4,5 é considerada elevada para um mineral não-metálico. Quando o estrôncio substitui ao bário o mineral passa a ser denominado celestina, quando o chumbo substitui ao bário, passa a ser cha- mado anglesita. barlavento Face de qualquer elemento voltada para o lado que sopra o vento. barocoria Modalidade de dispersão em que os diásporos, por serem pesados e não possuírem estruturas adaptativas ao transporte por outros meios, caem ao redor da planta mãe e espalham-se lentamente, pela reprodução dos indivíduos deles resultantes. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente barra Banco de areia formado pelo transporte dos sedimentos do fundo marinho até a costa, ou pela diminuição da capacidade de carga de sedimentos em siste- mas fluviais, formando as chamadas “praias” fluviais e estuarinas. Pode ser submarina, insular e litorânea. barra cuspidada Barra que se apresenta em forma de crescente, unida à praia por ambas as extremidades. barra de arrebentação Barra que apresenta sedimentos mais grosseiros do que aque- les das áreas adjacentes. É formada no local onde ocorre a arrebentação das ondas. barra de Bitterlich Instrumento utilizado na contagem angular de árvores, em um giro de 3600, quando então é calculada a área basal através da multiplicação do número contado pelo seu fator de numeração. Constitui-se de uma peça de madeira tipo bengala, dotada de um orifício de visada em um extremo, e uma chapa de metal ou plástico na extremidade oposta. barra de canal Forma de leito de ocorrência não periódica, e que se desenvolve sob condições de profundidade rasa, nas quais pequenas mudanças no fluxo po- dem ser responsáveis por considerável variação na sua morfologia. Resulta então de simples feições deposicionais e formas complexas, devido a atuação de múlti- plos eventos erosivos e deposicionais .Levando-se em consideração o fluxo e o padrão de crescimento pode ser longitudinal, transversal, em pontal e diagonal. barra de costa afora (ing. offshore bar) Acumulação subaquática de areia que se apresenta em forma de crista, situada a alguma distância da praia, e resultante principalmente da ação das ondas. barra digitada Corpo arenoso estreito e longo, de seção transversal lenticular, subjacente a um canal distributário em um delta pé-de-pássaro. O corpo arenoso, muito mais largo do que o canal distributário é formado pelo avanço progradante da barra em meia lua, junto à desembocadura do distributário. barra em meia lua Barra que se apresenta em forma de crescente, sendo encon- trada nas saídas de braços de maré entre ilhas-barreiras, na entrada de uma baía, na foz de um rio ou de um distributário deltaico. barra longitudinal Barra formada após o sulco longitudinal e disposta de modo aproximadamente paralelo à linha de costa ou ao canal do rio. barragem Barreira dotada de uma série de comportas ou outros mecanismos de controle, construída transversalmente a um curso d’água para controlar o nível das águas de montante, regular o escoamento ou derivar suas águas para canais. Represa. barragem de acumulação Barragem que se destina a represar água para utiliza- ção no abastecimento de cidades, em irrigação ou em produção de energia. barragem de derivação Barragem que se destina a desviar um curso de água. barragem de regularização Barragem que se destina a evitar grandes variações no volume de um curso de água, para controle de inundação ou para melhoria das condições de navegação. barragem subterrânea Barreira construída de material impermeável ou de bai- xa permeabilidade, colocada no subsolo, em uma posição tal que impede o esco- amento das águas subterrâneas. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente barreira (Ecologia) Qualquer obstáculo de ordem física, química ou biológica que impeça à dispersão dos seres vivos. barreira (ing. barrier) Massa arenosa, disposta paralelamente à costa, e que permanece elevada acima da maré mais alta .Restinga . barreira de água doce Frente de água doce subterrânea que apresenta uma altu- ra de carga suficiente par impedir a intrusão de água salgada ou salobra. barreiro Denominação utilizada para as porções de terreno situado em áreas de várzea próximas ao litoral, onde ocorre eflorescência salina. barril Unidade de volume equivalente a 158,98 litros. barrilete Parte da sonda destinada a recolher, proteger e recuperar o material a ser amostrado. barrilha Denominação aplicada ao carbonato de sódio (NaCO 3 ) e que é utilizada no preparo de sabões, de vidros e no amolecimento de água dura. base de Arrhenius Substância que libera íon hidroxila (OH-) quando dissolvida em água. base de Bronsted Substância capaz de aceitar um próton (H+). base de Lewis Substância que pode doar um ou mais pares de elétrons. batente da praia Faixa quase horizontal da praia, que vai do limite da ação direta das vagas até o limite em que se faz sentir, de algum modo, a ação do mar. bateria (Química) Denominação aplicada a uma ou a um conjunto de celas eletroquímicas conectadas em série, e que podem ser utilizadas como fonte de energia elétrica direta com voltagem constante. bateria de poços Conjunto de três ou mais poços, tubulares ou amazonas, per- furados em uma mesma área e explorando o mesmo aqüífero, voltados ao atendi- mento de uma determinada demanda. batólito Grande massa plutônica que apresenta uma exposição com mais de 100 km2 e constituída por rochas com granulação média a grosseira e composição granítica, granodiorítica, e quartzo monzonítica. Quando inferior a 100 km2 de- nomina-se stock e bossa quando circular. bauxita Mistura de hidróxidos de alumínio, tendo como constituintes principais a gibbsita - Al (OH 3 ), a boehmita- AlO (OH) 3 e o diásporo- AlO (OH) 2 - qualquer um deles podendo ser o dominante. É o mais importante minério de alumínio. bayou Drenagem estuarina, tributária ou ligando outros canais ou corpos de água, que se desenvolve através de zonas pantanosas. beach rock Denominação utilizada para indicar uma praia arenosa que foi cimen- tada por carbonato de cálcio. Ocorre comumente em regiões de clima tropical. bentônicos Animais aquáticos que vivem junto ao substrato (fundo), podendo ser fixos (sedentários), ou apenas pousados (vágeis) e locomovendo-se de for- mas diversas. bergschrund Fenda que se apresenta orientada segundo o contato entre o gelo e a rocha, caracterizando a porção superior de uma geleira. Sua origem está ligada ao movimento da geleira, que faz com que o gelo se afaste lentamente da rocha. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente biomonitoramento Monitoramento ambiental realizado através da utilização de organismos vivos, como por exemplo o uso de peixes para avaliar a qualidade de águas e o de líquens para avaliar a qualidade do ar. bionte Denominação utilizada para indicar um ser vivo e independente. bioporo Poro existente no solo, cuja origem é devida a ação de raízes e tam- bém da fauna endopedônica, que propicia a entrada e a percolação da água e do ar no solo. biosfera Região da Terra onde existe vida. Compreende a porção inferior da atmosfera, a hidrosfera e a porção superior da litosfera. biosparito Esparito contendo fragmentos aloquímicos derivados de fósseis carbonáticos, tais como foraminíferos, fragmentos de conchas de moluscos, etc. biossoma Pacote de sedimentos que encerra fósseis documentários da persistên- cia de vida de uma associação por um certo intervalo de tempo. biostromos Leitos acamadados, formados por concentrações de restos de orga- nismos sedentários que cresceram e foram depositados in situ. biótipo Conjunto de fenótipos que apresentam o mesmo patrimônio genético. Comumente o termo é utilizado para referir-se à aparência geral do indivíduo. biota Denominação utilizada para o conjunto da fauna e flora de uma determina- da região. biotita Mineral do grupo das micas (filossilicatos) que cristaliza no sistema monoclínico, classe prismática e fórmula K (Mg, Fe) 3 (AlSiO 3 O 10 ) (OH) 2 . Apre- senta-se em cristais tabulares ou prismáticos curtos, com planos basais bem níti- dos, sendo que as folhas delgadas mostram cor escura, diferindo da muscovita, que se apresenta quase incolor. biótopo Local onde habitualmente vive uma dada espécie da fauna ou da flora. É uma extensão mais ou menos bem delimitada da superfície, contendo recursos suficientes para assegurar a conservação da vida. bioturbação Perturbação dos sedimentos devido à ação de organismos, que che- gam por vezes a destruir completamente as estruturas sedimentares. biozona Ver zona bioestratigráfica. bipirâmide (Cristalografia) Conjunto de formas fechadas com 6, 8, 12, 16 ou 24 faces, podendo ser consideradas como formadas por pirâmides, mediante re- flexão sobre um plano de simetria horizontal. bissecta Perfil de plantas e solo com a vegetação natural intacta, mostrando a distribuição vertical e lateral das raízes e copas em sua posição natural. bissialitifização Formação de argilo minerais do tipo 2:1 sob condições de dre- nagem deficiente. blasto Prefixo ou sufixo de origem grega, utilizado para indicar texturas ou mi- nerais formados durante o metamorfismo. blastomilonito Rocha milonítica em que a recuperação/recristalização/ neomineralização, foi importante Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente blenda Mineral que cristaliza no sistema isométrico, classe hexatetraédrica, de composição ZnS, brilho resinoso a submetálico, sendo que suas formas mais co- muns são o tetraedro, o dodecaedro e o cubo, podendo por vezes mostrar geminação polissintética. É o principal minério de zinco. Esfalerita bloco Partícula de sedimentos clásticos não consolidados, com diâmetro varian- do, na escala de Wentworth, 64 mm e 256 mm. bloco de pedra Pedra angulosa obtida, geralmente, através de fragmentação artificial, e que apresenta dimensão superior a 10cm. blocos (Pedologia) Tipo de estrutura do solo em que as três dimensões de unida- de estrutural são aproximadamente iguais. blocos angulares (Pedologia) Tipo de estrutura em blocos onde as faces são planas e apresentam a maioria dos vértices com ângulos vivos. blocos subangulares (Pedologia) Tipo de estrutura em blocos que apresenta mistura de faces arredondadas e planas com muitos vértices arredondados bloom Aumento excepcional no crescimento de algas, no decorrer de certas épo- cas do ano, em alguns ecossistemas, particularmente em lagos e lagoas de regiões temperadas. Tal crescimento pode ser devido a lagoa ou lago receber uma eleva- da carga de matéria orgânica e nutrientes, como esgoto sem tratamento, que será absorvida pela vegetação aquática, provocando sua expansão que por vezes pode chegar a cobrir totalmente a superfície líqüida. O acúmulo de matéria orgânica no fundo do corpo d’água pode gerar condições anóxidas. boca-de-lobo Dispositivo instalado em locais apropriados nas sarjetas, destina- do a captação das águas pluviais. boçoroca Ver voçoroca boghead Carvão betuminoso formado quase que unicamente por algas pelágicas microscópicas (botriococáceas) constituídas de células ovóides embutidas em funis de gelatina. bolas de gelo Esferas de gelo marinho que apresentam diâmetro compreendido entre 2,5cm e 5cm, e que ocorrem em geral concentradas em faixas nos oceanos situados em altas latitudes bomba Fragmento produzido por erupções vulcânicas de caráter explosivo com diâmetro superior a 32mm, e que se apresenta total ou parcialmente fundido. Quando compactado e cimentado é denominado aglomerado. bonanza Denominação aplicada a um grande bolsão mineralizado presente den- tro de um veio. borboleta Denominação que deve ser aplicada somente aos insetos da ordem Lepidoptera, cujas espécies apresentam hábito diurno, sendo que, geralmente, ao pousarem, suas asas ficam em posição perpendicular ao corpo. Possuem antenas clavadas. borbulhia Método de enxertia que consiste na inserção de uma borbulha (ou gema) em incisões efetuadas no porta-enxerto. bordadura Faixa externa de um maciço florestal ou de uma parcela experimental, em cujo interior estão localizadas as plantas efetivamente utilizadas na pesquisa. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente borne Ver alburno bornita Mineral metálico que cristaliza no sistema isométrico, classe hexaoctaédrica e composição Cu 5 FeS 4 . Quando exposta ao ar embaça-se rapida- mente, adquirindo cores purpúrea e azul, podendo chegar quase ao preto. borrasca Fenômeno atmosférico caracterizado por um aumento brusco e intenso da velocidade do vento, com duração de alguns minutos, diminuindo subitamen- te. Pode por vezes vir acompanhada de aguaceiros e trovoadas. boule (Gemologia) Forma que se assemelha a de uma pera invertida. O coríndon e o espinélio sintéticos usualmente cristalizam nessa forma. box-work Estrutura reticulada que se apresenta com aspecto poroso, semelhante a uma colméia, sendo preenchida por determinada substância mineral. braça Unidade de medida de comprimento que corresponde a 6 pés ou aproxi- madamente 1,83m. bradilético (Biologia) Tipo de evolução que se processa em um ritmo mais lento que o normal, para um determinado grupo. As espécies com este tipo de evolução se mantém quase inalteradas por largos períodos de tempo bradypodidae Nome de uma família dos mamíferos desdentados, representada pelas preguiças. branqueador ótico Substância química que absorve radiações na faixa do ultravioleta e emite radiação na região do espectro visível. braquiópodes Animais marinhos, bentônicos, dotados de uma concha bivalve, predominantemente de natureza calcária. Estão fixos ao fundo geralmente atra- vés de um órgão denominado pedículo ou pedúnculo, podendo ainda se soldarem por intermédio de uma das valvas. A valva central, geralmente a maior, apresenta comumente um orifício denominado forâmen, por onde sai o pedículo. brecha Rocha constituída por fragmentos angulares, cimentados ou dispostos em uma matriz de granulação fina. Pode ser originada por falhas (brecha tectônica), por erosão (brecha clástica), por vulcanismo (brecha vulcânica) ou por colapso. brecha intraformacional Brecha monogênica cujos constituintes apresentam- se angulosos e mostram uma natureza bastante próxima da natureza da matriz. Origina-se na própria bacia de sedimentação. brejo Terreno plano, encharcado, que aparece nas regiões de cabeceiras ou em zonas de transbordamento de rios. Embora os brejos das regiões litorâneas geral- mente sejam originados à partir de rios permanentes, os brejos de cabeceiras po- dem se formar em regiões com rios intermitentes. briófitas Plantas avasculares, clorofiladas, herbáceas, de pequeno porte e per- tencentes ao grupo das criptogamas, isto é, que não produzem nem flores e nem sementes. Dividem-se nas classes hepáticas, antoceros e musgos. briozoários Animais coloniais, predominantemente marinhos, bentônicos ou epiplantônicos, que vivem sobre algas ou incrustados em conchas, rochas ou outros objetos. Raramente ultrapassam 1mm de comprimento e ocorrem em águas com profundidade de até 5500m, sendo contudo mais abundantes em águas rasas dos mares tropicais ou temperados. Acham-se documentados desde o Proterozóico Superior. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente adulta. A uma altura variável entre 60cm e 2,0 m o caule emite ramos laterais e, outros que formarão a copa. Quando novas, as folhas são de cor rósea a bronze- escuro, tornando-se posteriormente rígidas e verdes. São alternas e opostas nos ramos laterais, enquanto que nos ramos verticais são alternas, porém em espiral. As flores são hermafroditas, se formam em inflorescências no tronco ou nos ra- mos lenhosos, nas chamadas almofadas florais, de onde se desenvolvem e for- mam os frutos. São brancas, amarelas a róseas, reunidas em grupos, surgindo do caule, no período de dezembro a abril. O fruto do cacaueiro é uma cápsula, pentalocular, de cor dourada ou vermelha. A superfície é percorrida por sulcos longitudinais e superficiais, casca dura e coloração desde amarelo-esbranquiçada até vermelho-escura, atingindo cerca de 20cm de comprimento. Contém polpa muscilaginosa, branca ou rósea, envolvendo cinco fileiras de sementes avermelhadas. Frutificam de Abril a Setembro. caça predatória Caça em que a proporção de indivíduos abatidos é superior à capacidade de recomposição populacional através da reprodução. É praticada clan- destinamente, com fins lucrativos, provocando a aceleração do processo de exter- mínio de várias espécies de valor econômico. cachimbo Trincheira profunda, aberta na encosta de uma elevação cacimba (Geologia) Escavação produzida em áreas de rochas cristalinas devido a ação do intemperismo químico, e que foi preenchida com material clástico gros- seiro por ocasião de fortes chuvas durante a época de clima árido que abrangeu o final do Pleistoceno e o início do Holoceno. cacimba Termo regional utilizado no Nordeste do Brasil para denominar os po- ços cavados no leito seco dos rios durante a estação seca. cactáceas Família de plantas destituídas de folhas e que têm o caule muito en- grossado, em virtude de amplas reservas de água. São exclusivas do continente americano. Quase sempre possuem espinhos. Muitas têm flores ornamentais, dotadas de numerosas pétalas e estames, com frutos por vezes comestíveis. cadeia de barreiras Sucessão de ilhas barreiras, esporões barreiras e praias bar- reiras, que se estende por considerável distância, às vezes por algumas centenas de quilômetros, ao longo da costa. São formações estreitas e alongadas, formadas pela deposição de areia por correntes marinhas. cadeia de transmissão (Epidemiologia) Caracterização dos mecanismos de transmissão de um agente infecioso, envolvendo os organismos suscetíveis, os agentes infecciosos e os reservatórios. cadeia externa Elevação submersa ampla, que se apresenta em geral com mais de 160km de largura e altura de até 1800m, estendendo-se paralelamente à mar- gem continental, e podendo ser incorporada a uma bacia marginal. cadeias assísmicas Conjunto de elevações geradas por vulcanismo interplaca relacionado a pontos quentes atualmente inativos. São alinhados em arcos de círculos concêntricos ao polo de rotação da placa. Traços de plumas. caducidade Processo de adaptação de um vegetal através do qual as folhas caem antes de brotarem novas folhas, permitindo deste modo que seja conservada água durante a estação desfavorável, seja a fria (hibernação) seja a seca (estivação). Durante a estação desfavorável o vegetal permanece sem folhas. caducifólio Vegetal que perde as folhas durante o período climático desfavorável. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente cairomônio. Substância ou mistura química de substâncias usadas em comunica- ção (infoquímico de ação interespecífica, ou seja um aleloquímico) no meio de indivíduos que pertence a espécies diferentes. Evoca uma resposta que é adaptativa, desfavorável para o emissor mas favorável para o receptor. cal viva Produto que ocorre como CaO, proveniente da queima do calcário à uma temperatura de cerca de 900oC, com a conseqüente perda de CO 2 . Quando misturada com água forma hidrato de cálcio, denominada cal extinta, que incha, liberando muito calor e tornando-se dura. calagem Processo através do qual é aplicado calcário ao solo objetivando neu- tralizar a acidez, proporcionando com isso melhores condições para o desenvol- vimento das plantas. Nos solos ácidos o desenvolvimento dos microrganismos é bastante reduzido, principalmente das bactérias fixadoras do nitrogênio atmosfé- rico, além de ser o fósforo do solo de difícil aproveitamento pelos vegetais. calcarenito Arenito carbonático produzido freqüentemente por precipitação quí- mica seguida de retrabalhamento no interior da própria bacia, ou sendo ainda resul- tante da erosão de calcários mais antigos situados fora da bacia de deposição. calcário litográfico Denominação geral utilizada para indicar um calcário prin- cipalmente de origem marinha, afanítico, equigranular e praticamente puro. calcedônia Denominação genética aplicada às variedades criptocristalinas fi- brosas do quartzo (SiO 2 ). Mais especificamente é tida como uma variedade que apresenta coloração desde parda a cinzenta, com brilho vítreo e translúcida. A cor e a disposição em faixas dão origem às variedades conhecidas como cornalina, sardo, crisoprásio, ágata, heliotrópio e ônix. calcícola Denominação aplicada à plantas que vivem em solos calcários. calcífuga Planta que não se adapta à solos calcários. calcilutito Calcário constituído por lama calcária litificada. calcimperme Camada endurecida, cimentada por carbonato de cálcio (CaCO 3 ). calcita Mineral da família dos carbonatos, que cristaliza no sistema hexago- nal-R, classe escalenoédrica-hexagonal e composição CaCO 3 . Seus hábitos mais importantes são o prismático, o romboédrico e o escalenoédrico. Apresenta dure- za 3 na escala de Mohs, clivagem perfeita segundo { 1011 } e intensa dupla refra- ção. Usualmente branca a incolor pode contudo mostrar cores cinza, vermelho, verde, azul e amarelo. calcófilos Elementos que mostram forte afinidade pelo enxofre (S) e são solú- veis em uma fusão de Fe S. calcopirita Mineral metálico que cristaliza no sistema tetragonal, classe escalenoédrica, composição CuFeS 2 , e de coloração amarela. É um dos principais minérios de cobre. calcinação Processo de aquecimento de corpos sólidos para provocar a sua de- composição, porém sem oxidação pelo ar atmosférico. O calcário ao ser calcinado produz cal viva (CaO) e gás carbônico (CO 2 ). calcrete Depósito superficial constituído de materiais que podem ter granulação de conglomerado ou areia, e cimentados por carbonato de cálcio, resultante da sua concentração por evaporação em clima seco. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente calda bordaleza Mistura de sulfato de cobre e cal, utilizada na agricultura para combater parasitas, especialmente fungos, sendo também empregada na caiação das paredes internas de decantador de ETA (Estação de Tratamento de Água), para prevenir o desenvolvimento de algas. caldeira Cratera muito ampla, resultante do colapso ou subsidência durante a atividade vulcânica, ou de posterior erosão quando cessada a atividade ígnea, ou ainda em situações especiais, devido a explosões violentas. calgon Denominação comercial de um sal, o hexametafosfato de sódio, utilizado como dispersante, na análise granulométrica do solo. calha de onda Porção mais baixa de uma onda situada entre duas cristas sucessivas. cálice (Botânica) Conjunto mais externo de peças florais idênticas. Cada peça separada constitui uma sépala. Ver sépala. caliche Solo desértico endurecido devido a cristalização da calcita e outros mi- nerais, em seus interstícios. Forma-se em regiões de clima semi-árido a árido, onde o sentido predominante da movimentação da umidade no solo é ascendente, devido ao excesso de evaporação e à ação da capilaridade. As águas carbonatadas ao se evaporarem propiciam a precipitação da calcita entre as partículas do solo. californita Variedade da vesuvianita- mineral que cristaliza no sistema tetragonal, classe bipiramidal-ditetragonal, de composição complexa, sendo contudo um silicato de alumínio e cálcio hidratado com magnésio e ferro, podendo também conter boro ou flúor, de cor verde, compacta e que se assemelha ao jade. Utiliza- da em pequena escala como gema. calhaus (Pedologia) Fragmentos grossos do solo, com diâmetro compreendido entre 2cm e 20cm. callitrichidae Nome de uma família dos mamíferos primatas, representada pelos saguis e micos. calmaria Ausência perceptível dos ventos, sendo que em tais condições a velo- cidade é inferior a 1 nó (força 0 na Escala de Beaufort) ou mesmo nula. calmodulina : Proteína ligadora de Ca2+, amplamente distribuída, cuja ligação a outras proteínas é governada por alterações na concentração intracelular de Ca2+. Sua ligação modifica a atividade de várias enzimas - alvo e proteínas de transpor- te de membrana. calo (Botânica) Protuberância suculenta que se forma sobre o tecido vegetal ferido. calor de umedecimento Quantidade de calor liberado durante adsorção de água pelos colóides do solo seco, quando este é umedecido. calor específico Quantidade de calor que é preciso fornecer a 1 g de uma subs- tância qualquer para elevar a sua temperatura em 10 C. calor molar de combustão Energia liberada quando um mol de uma determina- da substância é completamente oxidada. calor molar de cristalização Energia liberada quando um mol de uma dada substância cristaliza a partir de uma solução saturada da mesma substância. calor molar de dissolução Energia liberada ou absorvida quando um mol de uma determinada substância é completamente dissolvida em um grande volume de solvente. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente campinarana Vegetação restrita a algumas áreas da Amazônia, com clímax edáfico arbóreo, arbustivo ou gramíneo – lenhoso, que ocorre em áreas deprimi- das com solos arenosos e hidromórficos (espodossolos hidromórficos e neossolos quartzarênicos hidromórficos) com formas biológicas adaptadas a esses solos quase sempre encharcados. Ver caatinga – amazônica. campinarana gaúcha Vegetação campestre que ocorre ao centro a ao sul do Rio Grande do Sul. É uma extensão do pampa argentino e uruguaio. campo Terras planas ou quase planas, em regiões temperadas, tropicais ou subtropicais, de clima semi-árido ou subúmido, cobertas de vegetação em que predominam as gramíneas, às vezes com a presença de arbustos e de espécies arbóreas esparsas, habitadas por animais corredores e pássaros de visão apurada e coloração protetora. campo aberto Ecossistema caracterizado por uma vegetação na qual predomi- nam gramíneas com no máximo 30 cm de altura. campo de altitude Tipo de vegetação campestre descontínua, associada a afloramentos rochosos em serras do Brasil Central e Oriental. É vegetação típica dos ambientes montano e alto-montano, com estrutura arbustiva e/ou herbácea que ocorre no cume das serras com altitudes elevadas, predominando os climas subtropical e temperado. As comunidades florísticas próprias desse tipo de vege- tação são caracterizadas por grande número de endemismos. Campo rupestre campo de inundação Terreno que margeia um rio, formado por sedimentos provenientes do transbordamento e sujeito a inundação no período de cheia. campo de neve Extensão de neve perene que ocorre em uma área, na qual a quantidade de neve precipitada no inverno é superior aquela que se funde no verão. campo limpo Área de vegetação campestre, com revestimento de gramíneas e raros grupos de arbustos. campo limpo de cerrado Fitofisionomia do Cerrado caracterizada por apre- sentar essencialmente vegetação herbácea, com um ou outro indivíduo arbóreo. Ver cerrado. campo rupestre Ver campo de altitude. campo sujo Vegetação herbácea invadida por arbustos. campo sujo de cerrado Fitofisionomia do Cerrado caracterizada por apresentar vegetação herbácea-arbustiva contínua com indivíduos arbóreos distribuídos muito espassadamente. Ver cerrado. camptódroma (Botânica) Tipo de nervação pinada em que as nervuras secun- dárias não terminam no bordo da folha. camuflagem Procedimento de dissimulação que ocorre quando determinados animais, como por exemplo alguns insetos, répteis e peixes, possuem a mesma cor (homocromia) e/ou a mesma forma (homotipia) do meio em que vivem. Como exemplo podem ser citados o cameleão e o polvo. canal Curso de água natural ou artificial, claramente diferenciado, que contém água em movimento, de maneira contínua ou periódica, ou então que estabelece uma interconexão entre dois corpos de água. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente canal (Sensoriamento Remoto) Intervalo correspondente a um determinado comprimento de ondas selecionado a partir do espectro eletromagnético. canal de derivação (Hidrologia) Canal construído com o objetivo de desviar os escoamentos de cheia entre um ponto situado à montante da região protegida e outro situado à jusante. canal de maré Canal natural formado sobre a planície de maré e que é mantido pelo fluxo das correntes de maré. canal de primeira ordem Canal que não possui tributário, isto é, encontra-se diretamente ligado a nascente. canal de retorno Canal que foi escavado pelo fluxo das correntes de retorno, em direção ao mar aberto, podendo seccionar as barras longitudinais. canal de segunda ordem Canal que surge da confluência de dois canais de primeira ordem, recebendo somente afluentes de primeira ordem. canal de terceira ordem Canal que surge da confluência de dois canais de se- gunda ordem, podendo contudo receber afluentes de ordem inferior. canalete (ing. runnel) Depressão situada no flanco das cristas e voltada para o continente, por onde as águas são obrigadas a correr paralelamente à praia duran- te a maré vazante. canevá Denominação utilizada para indicar a rede de meridianos e paralelos. candela Quantidade de energia que é emitida por 1/60 cm2 da superfície de um objeto incandescente que se encontra a uma temperatura de 17730 C. cânfora Cetona na qual o grupo carbonila é parte de um hidrocarboneto cíclico substituído. É um antisséptico suave usado como medicamento líqüido, untoso, para fricções, chamado linimento. canga Concreção ou crosta ferruginosa formada por rocha limonitizada mistura- da com argila e areia. canhão submarino Feição que se assemelha a um vale terrestre, e que adentra no talude continental, apresentando um curso sinuoso e uma seção em forma geralmente de V. Estão separados por paredes rochosas muitas vezes íngremes, terminando em leques nas suas desembocaduras. canibalismo Variação do predatismo em que o indivíduo mata e consome outro da mesma espécie. cantarófila Flor adaptada à polinização por besouros. caos de blocos Amontoado de blocos e matacões com formas subarredondadas dispostos na superfície do terreno. capa (Geologia Estrutural) Ver teto. capa (Mineração) Massa encaixante sobrejacente à jazida. A subjacente deno- mina-se lapa, sendo que em jazidas verticais não é possível tal distinção . Nas onduladas ou falhadas, a rocha que constitui a capa em um determinado trecho pode corresponder a lapa em outro. Não se trata, portanto, de uma questão da natureza da rocha, mas de sua posição relativa à jazida. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente caparrosa Denominação popular para o sal solúvel de ferro que apresenta a fórmula FeSO 4 7H 2 O . capacidade calorífica (Pedologia) Quantidade de calor requerida para elevar a temperatura de uma unidade de volume ou massa do solo, em um grau centígra- do. capacidade de campo Quantidade máxima de água que um solo é capaz de reter em condições normais de campo, quando cessa ou diminui sensivelmente a ação gravitacional. Corresponde, portanto, ao limite superior da faixa de disponibili- dade de água no solo para as plantas. capacidade de infiltração Taxa máxima que um determinado solo, pode absor- ver de água, por unidade de superfície. capacidade de retenção Ver capacidade de campo. capacidade de saturação Quantidade de água que um solo pode reter para pre- encher todos os espaços vazios existentes entre as partículas do solo. capacidade de troca de ânions (CTA) Soma total dos ânions trocáveis que um solo pode adsorver a um pH específico. capacidade de troca de cátions (CTC) Soma total de cátions trocáveis que um solo pode reter na superfície coloidal prontamente disponível à assimilação pela plantas. É representada pela letra S= Ca+++Mg+++K++Na+. capacidade de troca catiônica efetiva Soma de cátions trocáveis que um solo pode adsorver, em seu pH natural (ou pH de campo). É estimada geralmente pela capacidade de troca de cátions mais Al extraível pela solução normal de KCl. capacidade de uso da terra Adaptabilidade de um terreno, segundo fins agríco- las diversos, em função de uma susceptibilidade ao depauperamento, principal- mente pela erosão acelerada do solo, explorado com cultivos anuais, perenes, pastagem ou reflorestamento. capacidade máxima de retenção de água Teor máximo de água que um solo pode conter. capacidade térmica do solo Quantidade de calorias necessárias para elevar em 10C uma massa de solo seco, à 150C e pressão constante, sendo expressa em cal/0C. capitado Estigma provido de pequena dilatação globosa ou discóide na ponta. capitátulo Estigma cuja dilatação terminal é mínima. capítulo (Botânica) Tipo de inflorescência constituída por pequenas flores sésseis inseridas sobre um receptáculo único, característico da família Asteraceae (Compositae) capoeira Vegetação secundária que nasce após a derrubada das florestas primá- rias. Termo brasileiro que designa a vegetação que nasce após a derrubada de uma floresta. capoeirão Estágio mais avançado da capoeira, no processo de sucessão vegetal. caprimulgidae Nome de uma família das aves, representada pelos bacuraus e curiangos. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente carboidratos Compostos químicos que apresentam fórmula geral Cx (H 2 O)y, sintetizados no processo de fotossíntese, e que incluem os açúcares, a celulose e o amido. Desempenham papel indispensável ao metabolismo dos seres vivos (fonte de energia). Constituem-se em matéria prima para a fabri- cação de proteínas e gorduras. carbonado Variedade de diamante de qualidade inferior, formado por pequenos cristais, cimentados naturalmente, de coloração preta e formando uma massa muito compacta. carbonatação Processo de solubilização de CO 2 na água. carbonífero Penúltimo período da Era Paleozóica, e situado entre os períodos Devoniano e Permiano. Ocorreu aproximadamente entre 355 a 295 milhões de anos, sendo sua denominação proveniente da Inglaterra, em referência aos ricos depósitos de carvão lá existentes. A designação Carbonífero é amplamente aceita internacionalmente sendo separado nos Estados Unidos, em Mississipiano (Carbonífero Inferior) e Pensilvaniano (Carbonífero Superior). O Período Carbonífero proporcionou condições ideais para a formação de carvão. Uma das importantes manifestações evolucionárias carboníferas foram os ovos amnióticos, permitindo a exploração do ambiente terrestre por determinados tetrápodes. O ovo amniótico foi fator determinante para que os antepassados dos pássaros, mamíferos e dos répteis se reproduzissem em terra impedindo a dessecação do embrião. A existência de temperaturas suaves durante o Carbonífero, propiciou a diminuição das licófitas e insetos de grandes dimensões e um aumento do núme- ro de samambaias gigantes. A colisão entre a Laurásia (Europa, Ásia e América do Norte) e o Gondwana (África, Austrália, Antártida e América do Sul) produziu os Apalaches, cadeia de montanhas da América do Norte e das montanhas hercinianas no Reino Unido. Uma colisão posterior entre a Sibéria e a Europa formou os Montes Urais. carbonização Processo de fossilização em que os constituintes voláteis da maté- ria orgânica - hidrogênio, oxigênio e nitrogênio- escapam durante sua degrada- ção, deixando uma película de carbono que geralmente permite o reconhecimen- to do organismo. carbono 14 Isótopo radioativo do carbono comum (Carbono 12) e que se forma na atmosfera pelo choque dos raios cósmicos com o nitrogênio. Combina-se rapi- damente com o oxigênio, gerando óxido de carbono radioativo. Nos vegetais e animais a proporção entre os dois isótopos do C é mais ou menos a mesma da atmosfera. Após a morte dos seres vivos esta proporção tende a modificar-se, havendo um decréscimo da quantidade do carbono radioativo em comparação com o carbono natural, em virtude da desintegração . Após 5 730 anos a propor- ção entre os dois cai pela metade do valor inicial .O conhecimento dessa propor- ção permite calcular a idade do material analisado. Através desse método podem ser datados fósseis com até 50 000 anos. carcinicultura Cultivo de crustáceos. carcinogênico Agente que produz, tende a produzir, ou pode estimular o desen- volvimento de qualquer tipo de câncer. carena (Botânica) Estrutura em forma de quilha naval, formada pela concrescência das duas pétalas internas, que se acha na parte ínfero-interna da corola papilionácea. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente carga capilar crítica Pressão capilar acima da qual o ar expulsa a água contida nos interstícios. carga dependente de pH Porção da capacidade de troca aniônica ou catiônica que varia com o pH. carga estrutural (Pedologia) Carga negativa de um argilomineral que se origi- na da substituição isotérmica de um cátion por outro, usualmente de menor carga. carga genética Conjunto de genes letais ou subletais, causadores de anormalida- des, presentes em uma população. carga permanente (Pedologia) Porção da capacidade de troca de cátions que independe do pH, sendo originada da substituição isomórfica na estrutura dos minerais. carnivora Nome de uma ordem dos mamíferos carnívoros, representada pelos lobos, lontras, raposas, onças, tigres, cachorros-do-mato e ariranhas. carnívoro Animal que se alimenta exclusivamente de carne ou que prefere a carne como alimento. carpelo (Botânica) Folha modificada que constitui o gineceu ou órgão feminino da flor. O gineceu pode ser composto de uma só folha carpelar, ou de várias, soldadas em um único órgão, ou mais ou menos independentes. carpídio Denominação aplicada a cada unidade de um fruto esquizocarpáceo. Mericarpo. carpófago Inseto que consome alimento de origem vegetal (fitófago), neste caso, frutas. carrascal Formação vegetal resultante da exploração parcial de uma capoeira ou então da evolução do campo sujo. cárstica Superfície típica de uma região de calcário caracterizada pela presença de vales de dissolução, fossos e correntes de águas subterrâneas. carta planimétrica Carta elaborada através de um levantamento topográfico ou fotogramétrico, sem mostrar as curvas de nível. carta topográfica Carta elaborada mediante um levantamento original, ou com- pilada de outras já existentes, incluindo os acidentes naturais e artificiais, permi- tindo deste modo determinar suas alturas. cartácea Folha que apresenta consistência semelhante ao papel grosso ou pergaminho. caruma Película que reveste as castanhas que ainda estão verdes e tenras. carúncula Excrescência carnosa que se forma próximo da micrópila da semente de algumas espécies, principalmente de Euphorbiaceae. carvão Rocha combustível de origem orgânica - caustobiólito - que ocorre como camadas, estratos ou lentes, em bacias sedimentares, e resultante da acumulação de grandes quantidades de restos vegetais, em um ambiente saturado de água (pântanos), preferencialmente nas planícies costeiras (deltas e lagunas) e fluviolacustres (várzeas). carvão ativado Carvão que é ativado através de um processo de oxidação, cui- dadosamente controlado, e destinado a produzir uma estrutura porosa com gran- de superfície, o que lhe confere uma elevada capacidade de adsorção. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente carvão úmico Carvão proveniente de restos de vegetais superiores, apresentando forma nitidamente estratificada devido à intercalação de lâminas mili a centimétricas. Os diferentes componentes de origem vegetal que formam os litótipos, denominados macerais, são divididos em três grandes grupos: vitrina, exinita e inertinita. carvão sapropélico Carvão constituído por esporos e pólens (cannel), ou algas (boghead), depositados como lama no fundo dos lagos e lagunas. casca Conjunto de tecidos que reveste o tronco, os ramos, a raiz e outras partes das plantas. casca interna Parte mais interna da casca, constituída pelos tecidos que realizam a condução da seiva, de cima para baixo na planta. Corresponde ao floema e inclui também o câmbio, geralmente de espessura mínima. casca mediana Parte intermediária da casca, constituída pelos tecidos que já perderam a faculdade de realizar a condução da seiva na planta, mas que conti- nuam vivos. casca viva Conjunto formado pelas cascas interna e mediana. cascalhento Solo cuja quantidade de cascalho está compreendida entre 15 e 50 g/kg de solo. cascalho(Pedologia) Denominação utilizada para fragmentos grossos com diâ- metros compreendidos entre 0,2cm e 2,0cm. cascata Pequena queda d’água da ordem de poucos metros, formada pelo desní- vel altimétrico no perfil de um rio. cassiterita Mineral que cristaliza no sistema tetragonal, classe bipiramidal- ditetragonal, mostrando comumente um geminado em cotovelo e fórmula SnO 2 . Apresenta coloração usualmente castanha ou preta e densidade elevada (6,8- 7,1) o que é pouco comum para um mineral de brilho não-metálico. Pode por vezes mostrar uma aparência fibrosa radiada, sendo então denominada estanho lenhoso. É a principal fonte de extração do Estanho. castanheira.. Árvore de grande porte, da família Lecitidáceas, com nome cientí- fico de Bertholletia excelsa. Apresenta tronco escuro, liso, com ramos apenas próximos da extremidade. As flores são brancas, grandes; o fruto é globoso (de- nominado ouriço), chegando a pesar 1,5kg e possui de 12 a 22 sementes, que são as Castanhas do Pará, fruto altamente nutritivo. cat clay Argila de solos mal drenados, os quais contém sulfetos que se tornam altamente ácidos quando drenados. cata Trabalho individual, efetuado por processos equiparáveis aos de garimpa- gem e faiscação, na parte decomposta dos filões e veeiros, com extração de subs- tâncias minerais úteis, sem o emprego de explosivos, e que seja apurado por pro- cessos rudimentares. catabolismo Conversão, feita pelos organismos vivos, de moléculas orgânicas complexas em moléculas simples, com liberação de energia. catádromo Migração estacional de certos peixes de água doce, tal como as en- guias, que descem os rios para desovarem no mar. catáfilo Folha modificada, geralmente escamiforme, de consistência variável e freqüentemente sem clorofila. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente cerosidade Películas finas de material inorgânico de natureza diversa, orienta- das ou não, constituindo revestimentos ou superfícies brilhantes nas fases de elementos estruturais, poros, ou canais, resultantes de movimentação ou segre- gação de material coloidal inorgânico (<0,002mm). Quando bem desenvolvi- das são facilmente perceptíveis, apresentando aspecto lustroso e brilho graxo, com as superficies dos revestimentos usualmente livres de grãos desnudos de areia e silte. cerrado Ver savana cervidae Nome de uma família dos mamíferos, representada pelos cervos e veados. cespitosa Vegetação que cresce formando tufo ou touceira. cetacea Nome de uma ordem dos mamíferos aquáticos, representada pelas balei- as, botos e golfinhos. cetoses Monossacarídeos que contém como grupo funcional o grupo cetônico, como por exemplo a frutose. chaminé vulcânica Conduto que liga a câmara magmática com a superfície do terreno, e que funciona como condutor dos materiais vulcânicos. chapéu de ferro Ver gossan. charadriiformes Nome de uma ordem da Classe Aves, representada pelas aves costeiras, tais como maçaricos, trinta-réis e gaivotas. chatoyance Fenômeno óptico observado em certos minerais quando submetidos à luz refletida, consistindo em uma faixa estreita, brilhante, que se move em on- das ao ser mudada a posição do mineral, resultado da reflexão da luz em peque- nas fibras, cavidades tubulares ou inclusões aciculares. cheia sísmica Cheia que ocorre em regiões costeiras, provocadas por vagas de origem sísmica subseqüentes a um terremoto ou atividade vulcânica. chelidae Nome de uma família dos répteis terrestres, representada pelos cága- dos, matamatás e jabutis-machado. chelonia Nome de uma ordem dos répteis, representada pelas tartarugas, cága- dos e jabutis. cheloniidae Nome de uma família dos répteis, representada por alguns tipos de tartarugas marinhas. chenier Cordão litorâneo elevado, arenoso, contendo conchas e podendo por vezes alcançar até 80m de largura e dezenas de quilômetros de extensão. Situa-se bem acima da maré alta, encontrando-se separado da praia por manguezais. chert Denominação geral para sedimentos muito compactos, constituídos por opala, calcedônia e quartzo micro ou criptocristalino, ou ainda uma mistura des- ses constituintes. chiroptera Nome de uma ordem dos mamíferos voadores, representada pelos morcegos. chlamydomona : Alga verde unicelular que apresenta dois flagelos. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente chondrichthyes Classe de peixes que possuem esqueleto interno de natureza cartilaginosa, podendo por vezes ocorrer calcificação, mas nunca desenvolvendo uma estrutura óssea verdadeira, e nem ocorrendo ossos dérmicos. Apresentam mandíbulas bastante desenvolvidas, barbatanas pares, narinas pares, as barbata- nas pélvicas dos machos possuem gonopódios que facilitam a fertilização inter- na, e não têm uma bexiga natatória característica dos Ostheichthyes. Comporta duas subclasses, a dos Elasmobrânquios, que reúne peixes predominantemente marinhos, e a dos Holocéfalos, que se caracterizam dentre outros aspectos pelo fato de apresentarem as fendas branquiais protegidas por um opérculo. Perten- cem a esta classe os tubarões e os cações. chordata Filo que reúne animais dotados de um cordão dorsal denominado notocórdio ou corda, que é a primeira estrutura de sustentação do corpo dos cordados . Nos vertebrados adultos é envolvida ou substituída pela coluna vertebral. chorume Líquido escuro de composição bastante variável que adquiriu ca- racterísticas poluentes devido ao seu contato com uma massa de resíduo sóli- do em decomposição. chorume (Agronomia) Denominação empregada para designar o líquido resul- tante da lavagem de estábulos, cocheiras, salas de ordenha e pocilgas. É compos- to de estrume, urina de animal e da própria água usada na lavagem das instala- ções, podendo ser utilizado como adubo. chute bar Depósito de cascalho que apresenta forma de lóbulo, localizado sobre as barras em pontal. chuva ácida Chuva enriquecida em substâncias ácidas tais como ácido sulfúrico e ácido nítrico, sendo tais substâncias produzidas pela combinação da água at- mosférica com os óxidos liberados após a queima de hidrocarbonetos, ou libera- dos por instalações industriais. chuva contínua Chuva que possui duração de uma hora ou mais, sem interrupção. chuva de convecção Chuva proveniente da ascensão do vapor d’água que ao entrar em contato com as camadas de ar mais frio sofre condensação e precipita. Está associada à formação de nuvens do tipo cumulus e cumulonimbus, sendo geralmente intensas, do tipo aguaceiro, de curta duração e, freqüentemente, acom- panhadas de trovões. chuva frontal Chuva resultante do encontro entre duas massas de ar que apre- sentam características diferentes. chuva orográfica Chuva produzida por efeito do terreno, o qual força a ascen- são do ar em direção a parte superior das encostas montanhosas, condensando sua umidade a barlavento. chuvisco Precipitação bastante uniforme constituída exclusivamente por gotículas de água, com diâmetro inferior à 0,5mm, e muito próximas uma das outras. cianofíceas Ver algas azuis. cianobactérias Ver algas azuis. cíclico (Química) Denominação utilizada para um composto que apresenta um anel de átomos nas suas moléculas. ciclização (Química) Formação de um composto cíclico a partir de um compos- to de cadeia aberta. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente ciclo de Wilson Conjunto de processos envolvendo a abertura e o fechamento de oceanos, com rompimento, separação e justaposição de massas continentais. São reconhecidos seis estágios, sendo que três estão relacionados a soerguimento, rifteamento e deriva e os demais a etapas de aproximação de massas continentais e fechamento do oceano. ciclo hidrológico Sistema pelo qual a natureza faz a água circular do oceano para a atmosfera e daí para os continentes, de onde retorna, superficial e subterra- neamente, ao oceano. ciclogênese Processo de criação ou desenvolvimento de um ciclone. Pode tam- bém ser aplicado ao processo de intensificação de um ciclone já existente. ciclone Sistema de circulação atmosférica fechado, em grande escala, com pres- são barométrica baixa e ventos fortes que se deslocam no sentido inverso ao mo- vimento dos ponteiros dos relógios no hemisfério norte, e no sentido destes no hemisfério sul. ciclone tropical Termo genérico que designa um ciclone da escala sinóptica com origem sobre águas tropicais e que apresenta uma convecção organizada e uma circulação ciclônica caracterizada por vento de superfície. Tempestade com for- tes ventos. No Atlântico Ocidental e Pacífico Oriental recebe a denominação de furacão, e de tufão, no Pacífico Ocidental. ciclotema Denominação aplicada em sua concepção original para indicar uma série de camadas depositadas durante um único ciclo sedimentar do tipo que pre- valeceu durante o Pensilvaniano. Atualmente é utilizado para abrigar rochas de diferentes idades e diferentes litologias daquelas do Pensilvaniano de Illinois. ciconiiformes Nome de uma ordem da Classe Aves, representada pelos guarás, socós e afins. ciência do solo Ciência que trata dos solos como um recurso natural da superfí- cie terrestre. Inclui a sua formação, classificação e distribuição geográfica, e as propriedades físicas, químicas, mineralógicas, biológicas e de fertilidade, bem como estas propriedades em relação ao seu uso e manejo. cimeira (Botânica) Tipo de inflorescência na qual a ramificação é sempre termi- nal (termina em uma flor) e possui um número definido de ramos. cimento Material que une os grãos de uma rocha sedimentar, através da precipi- tação química de soluções intersticiais, dentre as quais podem ser destacadas a sílica, o carbonato de cálcio e os óxidos de ferro. cimentação (Pedologia) Denominação utilizada para indicar a consistência que- bradiça e dura do material do solo, mesmo quando molhado, ocasionado por qual- quer agente cimentante que não seja mineral de argila, tal como : carbonato de cálcio, sílica, óxido ou sais de ferro e alumínio. cimofana.. Ver olho - de – gato. cimosa Inflorescência do tipo cimeira, ou então que lembra esta. cinábrio Mineral que cristaliza no sistema hexagonal-R, classe trapezoédrica- trigonal, composição HgS e uma elevada densidade que alcança 8,1. Apre- senta cor vermelha típica e um brilho adamantino. É o mais importante miné- rio de mercúrio. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente classe de capacidade de uso da terra Categoria de um sistema interpretativo de classificação de terras, que indica a capacidade de uso do terreno para uma deter- minada utilização. classe de resíduos Classificação dos resíduos segundo sua origem ou periculosidade. cleistogamia Polinização que ocorre antes da flor desabrochar. cleistogâmica Designação aplicada a uma flor que se autopoliniza, sem estar aberta inteiramente. cletrófago. Inseto que consome alimento de origem vegetal (fitófago), neste caso, produtos armazenados. clima Conjunto de estados de tempo meteorológico que caracteriza uma deter- minada região durante um grande período de tempo, incluindo o comportamento habitual e as flutuações, resultante das complexas relações entre a atmosfera, geosfera, hidrosfera, criosfera e biosfera. clima continental Clima típico das regiões continentais interiores cuja principal característica é a elevada amplitude anual e diária da temperatura. clima de monção Clima de regiões expostas às monções, caracterizado por in- verno seco e verão chuvoso. clima de montanha Clima regulado pelo fator altitude, caracterizado por pres- são baixa, temperatura amena e intensa radiação rica em raios ultravioletas. clima equatorial Clima característico das regiões que estão sujeitas a influência das baixas pressões equatoriais, apresentando médias de temperaturas superiores a 250 C, e uma amplitude térmica anual que oscila entre 10C e 30 C. As chuvas estão presentes ao longo de todo o ano, com índices pluviométricos que podem ultrapassar os 3000 mm anuais. clima marítimo Clima das regiões contíguas ao mar, caracterizado por fraca am- plitude tanto anual quanto diária da temperatura e por elevada umidade relativa. clima megatérmico Clima caracterizado pela ausência de inverno, com altas temperaturas e chuvas abundantes. clima mesotérmico Clima caracterizado por temperaturas e chuvas moderadas, com radiação solar profusa. climatologia Ciência que estuda os climas da Terra e seus fenômenos, abrangen- do sua descrição, classificação, natureza, evolução e seus processos formadores e modificadores. climatologia aplicada Ciência que enfatiza a aplicação dos conhecimentos e princípios climatológicos nas soluções dos problemas práticos que afetam a hu- manidade, como por exemplo a climatologia agrícola e a bioclimatologia. climatologia dinâmica Ciência que enfatiza os movimentos atmosféricos em várias escalas, particularmente na circulação geral da atmosfera. climatologia física Ciência que envolve a investigação do comportamento dos elementos do tempo ou processos atmosféricos em termos de princípios físicos. Neste, é dada ênfase à energia global e aos regimes de balanço hídrico da Terra e da atmosfera. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente climatologia histórica Ciência que estuda o desenvolvimento dos climas através dos tempos. climatologia regional Descrição dos climas em áreas, regiões, selecionadas da Terra. climatologia sinóptica Estudo do tempo e do clima em uma área com relação ao padrão de circulação atmosférica predominante. A climatologia sinóptica é, assim, essencialmente uma nova abordagem para a climatologia regional. clímax (Ecologia) Estágio de equilíbrio alcançado por uma série, comunidade, espécie, da fauna ou da flora em um dado ambiente. clinoforma Configuração do perfil de fundo subaquoso, análogo ao do talude continental dos oceanos ou à inclinação da face de frente deltaica. clinômetro Instrumento destinado a efetuar a medição de ângulos verticais, com o intuito de determinar alturas. clinopiroxênio Termo geral utilizado para indicar qualquer um dos piroxênios que cristaliza no sistema monoclínico. clivagem Propriedade apresentada por algumas rochas e minerais, de se partirem em fatias ou lâminas paralelas ou subparalelas. clivagem ardosiana Clivagem caracterizada por apresentar uma fissilidade ao longo dos planos dominados por minerais micáceos microscópicos, conferindo um aspecto foliado a rochas de granulação fina, que é característica das ardósias. clivagem de fratura Descontinuidade associada ao dobramento de uma cama- da competente, formando um leque de fraturas convergentes em direção ao nú- cleo da dobra. clonagem Replicação de um genoma de forma idêntica, sem que ocorra reprodu- ção sexuada. O organismo criado (clone) é uma cópia genética do organismo do qual o genoma foi retirado. clorita Mineral que pertence a um grupo com a mesma denominação e que in- clui, entre outros, o clinocloro, a peninita e a proclorita. Cristaliza no sistema monoclínico, classe prismática, mostrando cristais pseudo-hexagonais, e com hábito semelhante ao grupo das micas. Tem cor caracteristicamente verde e com- posição Mg 3 (Si 4 O 10 ) (OH) 2 Mg 3 (OH) 6 O magnésio pode ser substituído pelo alumínio, pelo ferro ferroso e pelo ferro férrico, e o silício pelo alumínio. clorofila Pigmento tetrapirrólico que contém no centro da molécula um átomo de magnésio. Encontra-se nos cloroplastídios de células vegetais, em órgãos aos quais confere a coloração verde. É a molécula responsável pela conversão da energia luminosa em energia química, dentro do processo de fotossíntese. clorofluorcarbono Família de compostos químicos gasosos, cuja molécula é com- posta dos átomos dos elementos cloro, flúor e carbono, de onde vêm suas iniciais. Freon é o nome comercial de um clorofluorcarbono. Os CFCs são usados como propelentes em aerossóis, em compressores de geladeiras, na fabricação de espu- mas e para a limpeza de placas de circuito de computadores. Os CFCs não são tóxicos, mas estão sendo abolidos porque se acumulam na atmosfera superior, onde a luz solar os transforma em agentes químicos que destroem a camada de ozônio (O 3 ), que protege a superfície da Terra da radiação ultravioleta do Sol, Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente muito prejudicial para os seres vivos. Existem diversos programas em todo o mun- do para o banimento total do uso de CFCs devido a tais efeitos. Atualmente já são fabricadas geladeiras e outros dispositivos refrigeradores que não utilizam CFCs. cloroplasto Estrutura presente no interior das células dos vegetais e de outros seres fotossintetizantes, onde se encontra a clorofila, e onde ocorre a fotossíntese. clorose Amarelamento da folhagem, como um dos sintomas da deficiência em clorofila, principalmente nos tecidos das folhas. cn Denominação utilizada para horizontes do solo com acumulação de concreções ou nódulos duros não concrecionários, enriquecidos em sesquióxidos com ou sem fósforo. Os nódulos indicados por esse símbolo devem ser duros quando secos, porém não necessitam estar consolidados. cnidários Subfilo dos celenterados, que se apresentam tanto fixos como livre- natantes, e caracterizados pela presença de nematocistos e tentáculos. Apresen- tam uma cavidade interna denominada coelenteron, que desempenha o papel de tubo digestivo, com uma única abertura. Reproduzem-se tanto sexualmente como assexuadamente, sendo que na reprodução sexual o ovo evolui para uma larva ciliada, que se fixa e se transforma em pólipo. Mostram distribuição desde os tempos cambrianos. São cnidários as medusas, os corais, as hidras, as anêmonas, etc. Ver celenterados. cobertura de nuvens Ver nebulosidade. cobertura morta Camada constituída de resíduos de plantas espalhados sobre a superfície do solo, com o objetivo reter a umidade, proteger da insolação e do impacto das chuvas, além de adicionar matéria orgânica e nutrientes ao solo. cobre nativo Mineral que cristaliza no sistema isométrico, classe hexaoctaédrica, em cristais usualmente malformados e em grupos ramificados e arborescentes. Altamente dúctil e maleável, apresenta densidade 8,9, podendo conter muitas vezes pequenas quantidades de prata, bismuto, mercúrio, arsênico e antimônio. cobre nos pórfiros Denominação aplicada a concentrações cupríferas presentes em plutonitos ácidos, provenientes de diapirismo granítico, que ocorrem nas margens continentais ativas e nos arcos insulares. cocólitos Frústulas discoidais, estreladas ou placóides que apresentam paredes delgadas, freqüentemente perfuradas, e produzidas por algas planctônicas calcárias, presentes em sedimentos marinhos. Seu registro ocorre desde o Cambriano. codiáceas Algas que habitam profundidades superiores a 100m, mostrando-se des- providas de septos, com o talo profusamente ramificado e constituído de sifões mais ou menos anastomosados. As porções externas são geralmente incrustadas de calcário. coeficiente de armazenamento Valor que exprime a quantidade de espaço útil entre os grãos minerais, espaço este que corresponde a interstícios, fendas e cer- tos tipos de espaços vazios, dentro de um aqüífero, que estão disponíveis para o preenchimento por água. coeficiente de drenagem Quantidade de água removida do solo por unidade de área e por unidade de altura de rebaixamento. Rendimento específico. coeficiente de mortalidade Razão entre a freqüência absoluta de óbitos e o número dos expostos ao risco de morrer. Pode ser geral, quando inclui todos os óbitos e toda a população da área em estudo, e pode ser específico por idade, sexo, ocupação, causa de morte, etc. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente combustível Denominação aplicada a uma substância que é oxidada em uma reação de combustão. É a substância que sofre queima quando em presença de oxigênio do ar. combustível fóssil Denominação dada a restos orgânicos, utilizados atualmente para produzir calor ou força através da sua combustão. Incluem petróleo, gás natural e carvão comensalismo Tipo de relação harmônica interespecífica em que duas espécies se associam com o benefício de apenas uma delas, sem causar prejuízo a outra. Nos casos clássicos de comensalismo, uma espécie se utiliza dos restos alimenta- res de outra espécie para a sua alimentação. Entretanto, qualquer tipo de benefí- cio recebido por uma espécie sem prejuízo da outra pode ser considerado como comensalismo. Por exemplo, uma espécie que usa outra para sua locomoção (foresia); o uso de outra espécie como abrigo (inquilinismo); o uso de uma espé- cie como suporte a fixação de uma planta (epifitismo), ou de um animal (epizoísmo). São exemplos, de comensalismo a rêmora e o tubarão, as epífitas e as árvores, etc comércio de emissões Mecanismo previsto pelo Protocolo de Kyoto, pelo qual países comprometidos com a redução das emissões de CO 2 podem trocar o limite de emissão com outros países. Tem como objetivo tornar mais flexível a política de redução de emissões e melhorar a eficiência econômica das operações de re- dução de emissões. cominuição Redução progressiva do tamanho dos grãos quando da fragmen- tação e moagem das rochas submetidas a cisalhamento rúptil, e formação de rochas cataclásticas. compactação (Geologia) Eliminação ou enorme redução dos poros das rochas, por rotação e deformação dos grãos. compactação (Pedologia) Diminuição do volume do solo ocasionado por com- pressão, causando um rearranjo mais denso das partículas do solo e a conseqüen- te redução da porosidade, provocada pela ação antrópica. competição (Biologia) Disputa que se estabelece entre organismos e populações pelos recursos ambientais necessários à sobrevivência. Entre os vegetais há com- petição por luz, água, nutrientes, etc. Entre os animais a competição é, mais comumente, por alimento, espaço, oportunidades reprodutivas, etc. A competi- ção se dá tanto entre indivíduos da mesma espécie (intra-específica) quanto entre espécies diferentes (interespecífica) competição interespecífica Competição que se estabelece entre indivíduos e populações de espécies diferentes. Neste tipo de competição duas espécies dife- rentes, vivendo em uma mesma área e que se utilizam do mesmo tipo de alimento ou, ainda, disputam algum outro tipo de recurso (espaço, água, luz, abrigo, nutri- entes etc.), estabelecem uma competição que pode eliminar uma das espécies da comunidade. Ver competição. competição intra-específica Competição que se dá entre indivíduos da mesma espécie. Por ser entre indivíduos da mesma espécie a competição intra-específica tem como conseqüências principais o controle do tamanho das populações e a seleção dos indivíduos mais adaptados ao ambiente. Ver competição. complexo (Estratigrafia) Unidade litoestratigráfica formal, constituída pela as- sociação de rochas de diversos tipos, de duas ou mais classes (sedimentares, ígneas ou metamórficas), com ou sem estrutura altamente complicada, ou por misturas estruturalmente complexas de diversos tipos de uma única classe. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente complexo coloidal Complexo no qual o material finamente dividido, que se aproxima da subdivisão molecular, encontra-se disperso na outra fase, homogêna, denominada meio de dispersão. Sistema coloidal. Ver colóide. complexo de adsorção Substâncias orgânicas e inorgânicas presentes no solo capazes de adsorver íons e moléculas. complexo de solos Associação de solos cujas unidades taxonômicas não podem ser individualmente separadamente nem mesmo em um levantamento ultradetalhado. complexo recifal Denominação utilizada para o conjunto constituído pelo nú- cleo do recife, todos os calcários detríticos contíguos e todos os sedimentos ou rochas geneticamente relacionadas. componentes aloquímicos Constituintes derivados do retrabalhamento de subs- tâncias químicas precipitadas na própria bacia de sedimentação. Tais componentes são remobilizados em estado sólido no interior da bacia. Ver também rocha sedimentar. componentes ortoquímicos Precipitados químicos normais e produzidos qui- micamente na bacia, sem apresentar evidências significativas de transporte ou agregação. Ver também rocha sedimentar. componentes terrígenos Substâncias minerais provenientes de erosão da área situada fora da bacia deposicional, e transportadas até o local de sedimentação como fragmentos sólidos. Ver também rocha sedimentar. componentes voláteis (Geologia) Componentes que possuem uma certa solubi- lidade em magmas sob elevadas pressões, mas que se tornam quase insolúveis sob condições de baixas pressões. Devido à sua natureza física, são gases ou líqüidos facilmente volatilizados sob condições superficiais. A água e o CO 2 são os componentes voláteis mais importantes. comporta Dispositivo mecânico, móvel, utilizado para controlar vazões em vertedouros, tomadas d’água e dispositivos de descarga. compostagem Método de tratamento dos resíduos sólidos (lixo) através da fer- mentação da matéria orgânica contida nos mesmos, conseguindo-se a sua estabi- lização, sob a forma de um adubo denominado composto. Na compostagem so- bram normalmente cerca de 50% de resíduos. composto alicíclico Composto homocíclico que não apresenta núcleo benzênico na sua molécula. composto aromático Composto que apresenta em sua molécula, núcleo benzênico. Pode ser mono ou polinuclear, conforme apresente um ou mais núcle- os benzênicos. composto binário Composto formado somente por dois elementos. composto não polar Composto que apresenta moléculas covalentes sem mo- mento dipolar permanente. O metano e o benzeno são exemplos de compostos não polares. composto orgânico Produto homogêneo derivado de resíduos orgânicos, obtido por meio de processo biológico pelo qual a matéria orgânica existente nos resídu- os é convertida em outra, mais estável, pela ação de microrganismos já presentes no próprio resíduo ou adicionados por meios de inoculantes. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente composto organometálico Composto no qual um átomo ou íon de metal está ligado a um grupo orgânico. composto polar Composto, à semelhança da água, em que uma molécula se comporta como uma barra magnética, com as cargas positiva e negativa situadas em extremidades opostas. compressão Estado de tensões que tende a reduzir as dimensões de um corpo. comprimento de onda Distância mínima que separa partículas que se deslo- cam com a mesma fase em um movimento ondulatório. Quando no vácuo a freqüência e o comprimento de ondas relacionam-se de maneira inversa. O comprimento de onda é referido pelas medidas: angstron(A0), micrômetro, nanômetro e picômetro. comunidade (Fitogeografia) Conjunto de espécies vegetais que habitam um mesmo ecossistema influenciando-se mutuamente. Estão sujeitas a condições ambientais similares, sendo uma unidade florística de aparência relativamente uniforme, caracterizada como uma subdivisão da formação, com área espacial conhecida e definida. comunidade ecológica Assembléia ou conjunto de populações animais e vege- tais que ocorrem associadas no espaço e no tempo, apresentando parâmetros pró- prios, com estrutura, função, diversidade de espécies, dominância de espécies, abundância relativa de espécies, estrutura trófica ou alimentar, dentre outros. comunidade fóssil Associação de fósseis que são ecologicamente correlacionáveis entre si. São espécies extintas que provavelmente habitaram um mesmo local ao mesmo tempo. concentração de uma solução Quantidade de uma substância dissolvida por unidade de volume de solução. concentrado (Mineração) Produto resultante do processo de concentração de minério proveniente das atividades de lavra. concreção (Geologia) Agregado presente em sedimentos, diferindo da natureza destes, e formado de matéria inorgânica com formas diversas (nodular, discoidal, rizóide, cilíndrica etc), distinguindo-se dos seixos por não ser transportado. concreção mineral (Pedologia) Corpo cimentado que pode ser removido intacto do solo, com simetria interna organizada em torno de um ponto, de uma linha ou de um plano. condensação Processo pelo qual o vapor d’água é transformado em água líqui- da. Ocorre sob condições variáveis, associadas a mudanças em um ou mais dos seguintes fatores: volume de ar, temperatura, pressão ou umidade. condutividade capilar Coeficiente que exprime a extensão em que um meio permeável permite o escoamento de água, através de seus interstícios capilares, sob gradiente de potencial capilar unitário. cone aluvial Ver leque aluvial. cone de água salgada Protuberância vertical de água salgada, resultante do bombeamento e/ ou drenagem locais, em uma zona onde existe água doce sobre água salgada. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente constante solar Quantidade de energia solar recebida, por unidade de área, por uma superfície, que forme ângulos retos com os raios do Sol no topo da atmosfe- ra. Esta quantidade de energia é de aproximadamente duas calorias por cm2/mi- nuto ou dois langleys por minuto. contourito Sedimento de granulação fina, encontrado no sopé continental. Apre- senta maior grau de seleção e acamadamento mais fino do que um turbidito. contato (Geologia) Superfície que limita duas unidades de mapeamento geoló- gico, a exemplo do limite entre uma rocha intrusiva e sua rocha hospedeira, entre unidades litoestratigráficas, entre unidades cronoestratigráficas, entre rochas de composição diferente etc. contato lítico (Pedologia) Limite entre o solo e o material subjacente contínuo e coerente. O material subjacente deve ser suficientemente coeso para não ser es- cavado manualmente com a pá. Quando constituído por um único mineral, este deve ter dureza 3 ou mais, na escala de Mohs. Caso seja constituído por mais de um mineral, pedaços (tamanho de cascalho) que possam ser fragmentados, não se dispersam mediante agitação por 15 horas em água ou em solução de hexametafosfato de sódio (calgon). O material subjacente, aqui considerado, não inclui horizontes diagnósticos. contato litóide (Pedologia) Limite entre o solo e o material subjacente contínuo e coerente. Diferencia-se do contato lítico pelo fato de o material subjacente, quando constituído por um único mineral, ter dureza inferior a 3, na escala de Mohs. Caso seja constituído por mais de um mineral, pedaços (tamanho de casca- lho) que possam ser fragmentados são dispersados parcialmente em 15 horas de agitação em água ou em uma solução de hexametafosfato de sódio (calgon). Con- tato paralítico. contato paralítico Ver contato litóide. continentalidade Efeito que os continentes exercem sobre as temperaturas, acen- tuando as amplitudes térmicas. contracorrente Corrente que flui no sentido contrário da corrente principal da área. É originada muitas vezes pela influência da topografia de fundo, sendo modificada pela corrente principal. contraforte Termo de natureza descritiva utilizado para indicar as ramificações laterais de uma cadeia de montanhas, que se apresentam quase sempre em posi- ção perpendicular ou pelo menos oblíqua, com relação ao alinhamento geral. controle ambiental Conjunto de ações tomadas visando a manter em níveis satisfatórios as condições do ambiente. O termo pode também se referir à atuação do Poder Público na orientação, correção, fiscalização e monitoração ambiental, de acordo com as diretrizes administrativas e as leis em vigor. controle biológico Utilização de inimigos naturais para reduzir a população de um organismo considerado prejudicial ao homem ou aos organismos de seu inte- resse, por exemplo, controlar ou combater mosquitos pela criação de peixes que ingerem larvas de insetos. Visa à redução ou eliminação do uso de produtos quí- micos (agrotóxicos) no combate as pragas. convecção Movimento oscilatório que ocorre em um fluido que apresenta uma temperatura não uniforme, produzindo uma variação de densidade, tornando-o menos denso ou mais denso, propiciando dessa maneira a formação de fluxos ascendentes e descendentes. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente convecção termohalina Movimentação vertical de massas em um corpo de água, devido à diferença de densidade entre duas ou mais regiões, ocasionada pela tem- peratura e salinidade. convergência adaptativa (Biologia) Desenvolvimento de características adaptativas semelhantes, em espécies filogeneticamente não relacionadas, sob influência de pressões seletivas ambientais idênticas ou equivalentes. coordenadas Valores lineares ou angulares que indicam a posição ocupada por um ponto em uma estrutura ou sistema de referência. coordenadas astronômicas Valores que definem a posição de um ponto da super- fície da Terra, obtidos através de observações astronômicas. São referidos à vertical do lugar de observação, e, portanto, independentes do elipsóide de referência. coordenadas geodésicas Valores de latitude e longitude que definem a posição de um ponto da superfície da Terra, em relação ao elipsóide de referência. coordenadas geográficas Termo amplo utilizado geralmente para indicar tanto as coordenadas geodésicas quanto as coordenadas astronômicas copelação Eliminação das impurezas dos metais preciosos através da oxidação e absorção em copelas a alta temperatura. copolimerização Formação de um polímero que contém dois ou mais monômeros diferentes. coprólito Massa fosfática nodular constituída por excrementos fossilizados, e cuja forma varia em função do animal que a produziu. coque Resíduo do carvão, obtido quando o material volátil é desprendido por destilação a seco, em uma temperatura elevada. coquina Depósito formado por fragmentos diversos, representados por restos de conchas e outras partes duras de animais. cor do solo Uma das características morfológicas dos horizontes dos solos, sen- do sua determinação efetuada através da comparação com os padrões de cores constantes na Munssel Soil Color Chart. Ver croma. coraciiformes Nome de uma ordem da Classe Aves, representada pelos martins- pescadores, juruvas, udus e afins. corais hermatípicos Corais construtores de recifes que habitam atualmente águas rasas com um ótimo térmico situado entre 250 e 290 C, somente se desenvolvendo em águas límpidas, bem oxigenadas e sob condições de salinidade normal. coral Celenterado marinho séssil, em geral colonial, que secreta um exosqueleto constituído de carbonato de cálcio. Ver celenterados. cordados Animais que apresentam formas segmentadas, simetria bilateral, ca- racterizados por uma notocorda e seu endoesqueleto associado, um tubo nervoso dorsal oco e fendas branquais. Filo ao qual pertence o Homem. cordão de areia Crista alongada e relativamente baixa situada no pós-praia e constituída de areia grossa, seixos e conchas. cordão litorâneo Depósito de areia ou seixos, mais raramente lama, acumulado a pequena distância e ao longo das costas, pela ação das vagas e correntes. Apre- senta uma forma caracteristicamente alongada e sensivelmente paralela à linha de contorno da costa. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente cordões arenosos Conjunto de formas arenosas, lineares, que se apresentam paralelas ou subparalelas, de origem fluvial, marinha ou lacustre, podendo truncar perpendicularmente ou obliquamente outros feixes depositados anteriormente. cordilheira Denominação utilizada para indicar grandes cadeias de montanhas de âmbito regional. cores de Newton Sucessão de cores que são observadas quando a cunha de quartzo, inserida entre o polarizador e o analisador de um microscópio, é atravessada por uma luz branca. A sucessão de cores produzidas pela cunha de quartzo divide-se em diversas ordens denominadas: 1a ordem, 2a ordem etc. coriácea Folha cuja consistência lembra o couro. corimbo (Botânica) Inflorescência caracterizada pelo fato de apesar dos pedúnculos partirem de níveis diferentes, terminam a uma mesma altura. coríndon Mineral que cristaliza no sistema Hexagonal-R, classe Escalenoédrica, com cristais muitas vezes arredondados sob a forma de barris. Apresenta na escala de Mohs dureza 9, inferior apenas a do diamante. Sua com- posição é Al 2 0 3 , o brilho é adamantino com cores que podem ser branco, cin- zento, verde, vermelho – rubi ou azul – safira. cornija Parte superior de um front sustentada pela camada mais resistente, mos- trando declive geralmente forte, convexo a retilíneo, seguido de tálus côncavo. Ver também cuesta. coroamento Processo que consiste na remoção das plantas herbáceas ao redor da muda de espécies arbóreas ou arbustivas plantadas em covas. Normalmente tal processo é efetuado em um raio não superior a 50cm em volta da muda. corola Conjunto de pétalas de uma flor diclamídea. Ver diclamídea. corpo (Estratigrafia) Unidade litoestratigráfica formal utilizada para denomi- nar massas de rochas intrusivas ou metamórficas de alto grau, constituídas por um único tipo litológico. corpo negro Objeto que irradia energia a uma taxa máxima por unidade de área e por comprimento de onda em uma determinada temperatura .Além de emitir toda a energia que possui, sendo portanto um emissor perfeito, é capaz também de absorver toda a energia incidente. corrasão Desgaste produzido pela ação do vento, que, ao transportar partículas, provoca o choque destas contra material mais grosseiro correção Bouguer Correção que se aplica à gravidade observada, e que leva em consideração a altura da estação e a densidade das massas situadas entre um pla- no horizontal infinito que passa através do ponto de observação e o plano hori- zontal infinito a nível de referência. correção de Faye Correção que se aplica ao valor da gravidade observada, para reduzir o seu valor ao nível do mar. correção do solo Alteração nas propriedades do solo através da adição de diversas substâncias tais como fertilizantes, calcário etc., com o propósito de melhorar suas propriedades e/ou características, visando corrigir uma ou mais de suas deficiências. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente cratera de fonte Depressão irregular que apresenta dimensões variáveis, origi- nada pelo escape ascendente de água subterrânea, e cujas dimensões variam des- de 1cm até mais de 10m. Desenvolve-se na porção inferior das praias quando da maré vazante, pelo escape da água armazenada na areia. cratera em anfiteatro Depressão circular que apresenta vertentes com declive superior a 450, diâmetro que pode alcançar alguns quilômetros e profundidade de várias dezenas de metros. É típica dos vulcões havaianos. cráton Porção da crosta terrestre que permaneceu estável e sofreu pouca defor- mação por longos períodos em relação a uma determinada época geológica. Em um aspecto atual, restringe-se a áreas continentalizadas e suas adjacências. crenada Folha dotada de recortes marginais arredondados ou obtusos, ditos crenas. crescimento vegetativo Diferença entre o número de nascimentos (natalidade) e de mortes (mortalidade) de uma população, num determinado período. Também conhecido como crescimento natural. cresóis Compostos retirados do alcatrão da hulha, pertencentes à função fenol e utilizados como desinfetantes, tal como a creolina. cretáceo.. Período que encerra a Era Mesozóica e compreendido entre 135 e 65 milhões de anos. O Cretáceo Inferior encerra os andares Berriasiano, Valanginiano, Hauteriviano, Barremiano, Aptiano e Albiano, enquanto o Cretáceo Superior é constituído pelos andares Cenomaniano, Turoniano, Coniaciano, Santoniano, Campaniano e Maastrichtiano. Nos continentes continua o domínio dos répteis (dinossauros), mas a flora começa a mudar, com o aparecimento e o rápido florescimento dos vegetais produtores de flores e frutos (angiospermas). Nos oce- anos prosseguem a grande diversidade dos moluscos cefalópodes (belemnites e amotines) e bivalves (rudistas e inoceramidos). Ao final do Cretáceo ocorre uma grave crise biótica, com extinções de vários grupos dominantes durante a era Mesozóica. Muitos grupos de microrganismos (foraminíferos) vários invertebrados (rudistas, amotines), atingindo intensamente aos vertebrados sobretudo os répteis (dinossauros, pterossauros, plesiossauros, etc.). As causas destas extinções são ainda motivo de controvérsias pois enquanto alguns julgam que foram resultado de impacto de um imenso meteoro ou asteróide, outros preferem considerá-las ligadas as transformações ambientais que o planeta sofria há 65 milhões de anos, aliadas a fortes manifestações vulcânicas. cricetidae Nome de uma família dos mamíferos roedores, representada pelos ratos e camundongos. crinóides Equinodermos (também conhecidos como lírios do mar) que apresen- tam simetria pentâmera bem definida . Embora grande parte dos gêneros atual- mente viventes seja séssil, a maioria das formas fixa-se ao fundo marinho por meio de um pedúnculo. Alguns são apedunculados e de vida livre. O corpo ou coroa é constituído de uma teca e de braços. As formas mais antigas datam do Ordoviciano, tendo alcançado seu clímax no período Carbonífero. Atualmente vivem desde a região litorâneas até mais de 3 000m de profundidade. criogenia Estudo da matéria em temperaturas muito baixas. Inclui o estudo de gases liqüefeitos e de efeitos que ocorrem quando os materiais estão muito frios, como a supercondutividade. criopreservação Conservação de germoplasma a baixa temperatura, normal- mente em nitrogênio líquido (-196ºC). Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente criptocristalino Conjunto de agregados que se apresentam tão finamente dividi- dos, que seus indivíduos não podem ser identificados nem com o auxílio do mi- croscópio, mostrando, contudo, um padrão de difração com os raios-x criptófito Vegetal cujas gemas ficam protegidas sob o solo ou a água. criptogâmica Planta que não produz flor, apresentando os órgãos sexuais pouco aparentes ou mesmo ocultos. criptozoon Estromatólito que se apresenta como massa esferóide, achatada, com diâmetro por volta de 60cm, sendo constituído por lâminas concêntricas. Ver estromatólitos. crisálida. Denominação aplicada a pupa de um borboleta. crisoberilo.. Mineral que cristaliza no sistema Ortorrômbico, classe Bipiramidal, apresentando brilho vítreo e coloração com várias tonalidades de verde, castanho e amarelo, podendo quando submetido a luz transmitida mostrar coloração ver- melha. Composição BeAl 2 0 4 , podendo suas variedades alexandrita e olho-de-gato serem consideradas como gemas. crisolita Variedade fibrosa de serpentina - Mg 6 (Si 4 O 10) (OH) 8 - que cristaliza no sistema monoclínico, e sendo utilizada como uma das principais fontes de asbesto. crista (Geomorfologia) Forma de relevo residual alongada, isolada, com ver- tentes que apresentam declividades fortes e equivalentes, e que se interceptam formando uma linha contínua. crista Corpo tabular de areia que se desenvolve no terraço de maré baixa durante os períodos construtivos. É utilizada somente para feições expostas, pelo menos algumas vezes, acima do nível do mar. crista assimétrica Forma de relevo residual alongada, cujas encostas apre- sentam declividade superior a 300, sendo que uma delas forma uma nítida escarpa. Hogback crista de dobra Linha imaginária que passa pelos pontos mais elevados de uma camada, em um número infinito de seções transversais da dobra. Como cada dobra pode ser formada por inúmeras camadas, cada uma possui sua crista individual. O plano imaginário que passa pelas cristas sucessivas é denomina- do plano de crista. crista equatorial (Palinologia) Aresta interlacunar em grãos de pólen lofados, que se apresenta contínua ou interrupta, estendendo-se de abertura a abertura, ao longo do equador do grão de pólen. crista interlacunar (Palinologia) Aresta que separa lacunas em grãos de pó- len lofados. crista paraporal (Palinologia) Aresta limitando a abertura e que se estende no sentido dos meridianos do grão de pólen. cristal Sólido homogêneo possuindo ordem interna tridimensional que, sob con- dições favoráveis, pode manifestar-se externamente por superfícies limitantes, planas, lisas. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente cristal líqüido Estado da matéria intermediário entre o estado sólido e o estado líqüido, isto é um estado denominado mesomórfico. Combina a anisotropia ótica e elétrica do estado sólido com a fluidez e mobilidade molecular do estado líqüido. Os cristais líquidos orgânicos são conhecidos há bastante tempo e podem ser divididos em duas grandes famílias, de acordo com a maneira que são formados: termotrópicos (pode ser alcançado pelo aquecimento de um sólido cristalino ou resfriamento de um líquido isotrópico; depende da temperatura), e os liotrópicos (pode ser alcançado ao dissolver um surfactante em um solvente, geralmente água; depende da concentração)· cristal biaxial Cristal que possui duas direções ao longo das quais é constante a velocidade da normal à onda (velocidade da normal à frente da onda) para a luz monocromática, independente das direções de vibração das ondas perpendicula- res à normal à onda. cristal esquelético Cristal cuja morfologia externa pode ser perfeita, porém cujo crescimento interno deu-se de modo imperfeito, permitindo a formação de vazios que chegam a ser preenchidos por outros minerais. cristal geminado Cristal formado pelo intercrescimento de dois ou mais indiví- duos, de acordo com alguma lei que pode ser deduzida, de modo que certas dire- ções dos retículos são paralelas, enquanto que outras estão em posição reversa. cristal uniaxial Cristal que apresenta uma única direção e somente uma, na qual todas as ondas de luz de uma determinada freqüência ou comprimento de onda, deslocam-se com a mesma velocidade. Esta direção, que é paralela ao eixo cristalográfico C, é denominada eixo óptico. cristalização Processo de formação de cristais a partir de um líquido ou de um gás. cristalização fracionada Processo de cristalização magmática em que as fases cristalinas se separam seqüencialmente, à partir de um material que encontra-se em estado fluido, viscoso ou disperso. cristalografia Ciência que estuda os cristais, através das leis que governam seu crescimento, forma externa e estrutura interna. cristas meso-oceânicas Complexo de cristas presentes no centro dos oceanos, correspondentes a 10% da superfície do Globo Terrestre, com rift valleys. Mos- tram relevo montanhoso (agudo) ou moderado (mais ou menos chato), apresen- tam sismos freqüentes, elevado fluxo térmico, sendo sítio de circulação magmática e hidrotermal. crocodilia Nome de uma ordem dos répteis, representada pelos jacarés e crocodilos. crocodilidae Nome de uma família dos répteis, representada pelos jacarés e crocodilos. croma (Pedologia) Denominação relativa a intensidade de uma cor, sendo uma das três variáveis utilizada para a definição da cor do solo. Ver cor do solo. cromagem Aplicação eletrolítica de uma camada de cromo sobre a superfície de um metal, devido ao fato do cromo ser resistente a corrosão. cromatóforo Célula responsável pela mudança da cor, através da expansão ou aglutinação de pigmentos, em animais, como por exemplo polvo, lulas, camaleões etc. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente cultura solteira Sistema de produção em que somente uma cultura é explorada em determinada área. cumulonimbus Nuvem que apresenta a base situada entre 700 e 1500m, com o topo podendo alcançar entre 24 e 35km de altura, sendo contudo a média entre 9 e 12km. É formada por gotas de água, cristais de gelo, gotas superesfriadas, flo- cos de neve e granizo. É caracterizada pelo seu aspecto em forma de bigorna, com o topo mostrando expansão horizontal devido aos ventos superiores. É a nuvem de trovoada. cumulus Nuvem que apresenta contornos bem definidos, assemelhando-se a couve-flor, mostrando máxima freqüência sobre a terra durante o dia e sobre a água durante a noite. Pode ser orográfica ou térmica e apresenta precipitação em forma de pancadas. Quando se apresentam fracionadas são denominadas fractocumulus e quando muito desenvolvidas são as cumulus congestus. cunha de água salgada Intrusão de água salgada do mar, em forma de cunha, que ocorre em um estuário de água doce ou de um rio, através da maré. A cunha mergulha no sentido do fluxo sendo que a salinidade aumenta com a profundida- de devido a maior densidade da água salgada em relação à água doce. cuprita Mineral que cristaliza no sistema isométrico, classe hexaoctaédrica, com densidade 6,1 e composição Cu 2 O, apresentando cor vermelha com vári- as tonalidades. cúpula de lava Cúpula que se forma sobre a cratera de erupção de um vulcão, quando a lava é demasiadamente viscosa para fluir lateralmente. curso de água efluente Curso d’água que recebe descarga das águas subterrâneas. curso de água influente Curso d’água que promove o abastecimento de um aqüífero. curva batimétrica Linha que une pontos de igual profundidade em um corpo de água . Os valores da profundidade são determinados em relação ao nível do mar. curva de nível Linha que se apresenta em um mapa ou carta, destinada a retra- tar matematicamente uma forma de relevo, unindo todos os pontos de igual altitude, situados acima ou abaixo de uma superfície de referência, em geral o nível médio do mar. curvas isocromáticas Faixas ou áreas coloridas que se distribuem simetrica- mente em relação às isógiras. Ver também isógiras. cúspides de praia Acumulações de sedimentos regularmente espaçadas em for- ma de crescente, que variam quanto ao tamanho dos grãos, desde areia até ca- lhaus. Em geral, as partes que se projetam são mais ou menos triangulares, com o cume arredondado estendendo-se na água. cutina Substância cerosa (lipídica) que compõe grande parte da cutícula dos vege- tais. Devido a sua grande resistência pode preservar-se quase inalterada por longos períodos. A cutina reveste as folhas, reduzindo a perda de água por transpiração. D d (Pedologia) Denominação utilizada para indicar nos horizontes O e H, uma acentuada decomposição do material orgânico, do qual, pouco ou nada resta de reconhecível da estrutura dos resíduos das plantas, acumulados conforme descri- to nos horizontes O e H. dalla Depressão periférica às cadeias dobradas e situadas entre estas e a região continental intraplaca. dasypodidae Nome de uma família dos mamíferos desdentados, representada pelos tatus. dealado. Inseto que se privou das próprias asas, após o vôo de dispersão. debris flow Deslocamento encosta abaixo, de material encharcado de água, cons- tituído por fragmentos de rocha e solo, presentes em regiões de clima úmido. debrum Tira, geralmente de pano, que é aplicada nas margens de uma mapa, para melhor protegê-lo. decaimento radioativo Processo de diminuição da atividade de um nuclídeo radioativo pela transmutação que sofre ao se desintegrar. Desintegração radioativa. decalcificação Remoção por lixiviação, do carbonato de cálcio ou de íons de cálcio, do solo. decantação Processo de separação dos componentes de um sistema heterogêneo sólido-líqüido, sólido-gasoso ou líqüido-líqüido, onde o componente mais denso, sob a ação da gravidade, se deposita naturalmente. decantador secundário Unidade de tratamento de esgotos que recebe os efluentes da unidade de aeração e onde ocorre a deposição dos sólidos orgânicos e inorgânicos, e sua posterior transferência para o leito de secagem. decapitado (Pedologia) Denominação aplicada a um solo que perdeu, no total ou em parte, o horizonte superficial. decídua Qualidade apresentada por uma comunidade vegetal, em que 50% ou mais de seus indivíduos, perdem todas as suas folhas ou parte delas, por um de- terminado período de tempo, em resposta a condições climáticas desfavoráveis, em geral períodos secos ou frios. declinação magnética Ângulo formado entre o norte geográfico e o norte magnético. declive (Mineração) Ângulo formado entre o eixo de uma jazida e seu plano horizontal. decompositor Organismo heterótrofo que decompõe os componentes dos orga- nismos mortos em substâncias mais simples, a exemplo dos fungos e bactérias. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente decumbente Vegetal que cresce com os caules deitados no solo, mantendo ape- nas o ápice dos ramos voltado para cima. déficit de água Diferenças acumuladas entre a evapotranspiração potencial e a precipitação durante determinado período, sendo que a precipitação apresenta o menor valor. deflação Remoção e transporte, pela ação do vento, das partículas mais finas (areia e argila), principalmente em regiões desérticas. deflexão (Geologia) Mudança abrupta na direção de uma determinada feição geológica, em geral obedecendo a um condicionamento, tectônico. deflúvio Volume total de água que passa, em um determinado espaço de tempo, em uma seção transversal de um curso d’ água. deflúvio superficial Processo pelo qual a água de chuva, precipitada na superfí- cie da Terra, flui, pela ação da gravidade, das partes mais altas para as mais bai- xas, nos leitos dos rios e riachos. deformação (ing. strain) Conjunto de mudanças ocorridas em um corpo devido à ação de tensão, e resultando em um ou mais dos seguintes processos: distorção, rotação, translação e dilatação. deiscente Fruto que se abre, deixando a semente em liberdade. delaminação Fenômeno de desacoplamento entre a crosta litosférica e o manto superior ou entre a crosta superior e a inferior, sendo característico de zonas de colisão de placas continentais. deliqüescência Absorção de água da atmosfera por um sal higroscópico em tais quantidades que acaba por se formar uma solução concentrada do sal. delta Sistema deposicional, alimentado por um rio, causando uma progradação irregular da linha de costa. De acordo com o fornecimento de sedimentos, da energia das ondas e das correntes marinhas, pode ser classificado como alonga- do, lobado, cuspidado e estuarino. delta alongado Delta formado pelo crescimento das barras de desembocadura, acompanhadas de diques marginais, resultando em um padrão denominado pé-de- pássaro, na sua porção emersa. É considerado um delta construtivo. delta construtivo Delta formado pela dominância dos processos fluviais sobre os processos dinâmicos costeiros, ligados principalmente as marés e ondas. delta cuspidado Delta que apresenta uma forma triangular, sendo originado pre- dominantemente em locais com forte atuação de ondas e correntes litorâneas. É considerado um delta destrutivo. delta de baía Delta formado na foz de um curso d’água que desemboca em uma baía ou vale afogado, preenchendo-o parcial ou totalmente com sedimentos. delta de contato glacial Delta formado por água de degelo que flui por entre o flanco de um vale e a borda de uma geleira. Delta morênico. delta destrutivo Delta formado pela predominância dos processos da dinâmica costeira sobre os processos fluviais. delta intralagunar Delta do tipo construtivo, formado no interior de uma laguna costeira.
Docsity logo



Copyright © 2024 Ladybird Srl - Via Leonardo da Vinci 16, 10126, Torino, Italy - VAT 10816460017 - All rights reserved