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Influência da engenharia química na economia da região Norte, Notas de estudo de Engenharia Química

Trabalho de Graduação em Engenharia Química para obtenção de parte da nota, da avaliação geral da disciplina Economia para Engenheiros, coordenado pela Prof(a). Gisalda Filgueiras.

Tipologia: Notas de estudo

2010
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Baixe Influência da engenharia química na economia da região Norte e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Química, somente na Docsity! UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA INFLUÊNCIA DA ENGENHARIA QUÍMICA NA ECONOMIA DA REGIÃO NORTE Belém – PA 29 de Junho de 2010 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA INFLUÊNCIA DA ENGENHARIA QUIMICA NA ECONOMIA DA REGIÃO NORTE Helder Kiyoshi Miyagawa – 07025000201 Kleber Dias Sousa – 07025002801 William Satoshi Uno – 07025000401 Trabalho de Graduação em Engenharia Química para obtenção de parte da nota, da avaliação geral da disciplina Economia para Engenheiros, coordenado pela Prof(a). Gisalda Filgueiras. Belém – PA 29 de Junho de 2010 5 INTRODUÇÃO O termo Engenheiro Químico foi originado na Inglaterra em 1880. Foi devido à necessidade da combinação da engenharia mecânica com a química industrial. “Da sua experiência em fábricas de produtos químicos. Eram químicos com um gosto de engenharia e Engenheiros com gosto por química, e ambos cresceram como Engenheiros Químicos” (Sir Harold Hartley). A primeira turma ainda sem um título definido, porém com o currículo básico de engenharia química, foi criada em 1888 no MIT (Massachusetts Institute of Technology) e os sete primeiros bacharéis em Engenharia Química em 1891. Em 1924 os primeiros Ph.D em engenharia química são nomeados pelo MIT. No Brasil, o 1° curso de graduação em Engenharia Química foi criado em 1925 na Escola Politécnica da USP. O CEF regulamentou a profissão através da Resolução n° 48 de 1976. Esta resolução dividiu a Engenharia em seis grandes áreas: Civil, Elétrica, Mecânica, Metalúrgica, Mineral e Química. Em Química foram classificadas as habilitações Eng. Química, Eng. Alimentos, Eng. de Materiais, Eng. Petroquímica, além de ênfases distintas. O Engenheiro Químico deve ser um profissional capacitado a atuar em projetos, operação, controle, investigação de falhas e gerência em indústrias de processos químicos e/ou físicos, trabalhando numa grande variedade de atividades industriais, tais como: Biotecnologia, Produtos Farmacêuticos, Graxas e Gorduras, Fertilizantes e produtos Químicos, Cal e Cimento, Tintas Vernizes Pigmentos, Polímeros, Pesticidas e Herbicidas, Materiais Plásticos e Resinas sintéticas, Alimentos e Bebidas, Produtos Metalúrgicos e Metálicos. Pode atuar até mesmo na política, esta última devido aos aspectos ambientais e econômicos. Não deve ser um profissional “acabado” para atuar em alguma atividade específica, mas sim possuir o conhecimento e capacidade para se adequar às diferentes exigências e/ou oportunidades do mercado, participando concomitantemente do sistema de educação continuada. O Engenheiro Químico é hoje, um dos profissionais mais ecléticos e valorizados no mercado, já que atua em um setor que mais agrega valor ao produto final. Possui capacidade de desempenhar várias funções nas diversas áreas do conhecimento e da tecnologia. Dentre eles temos: 1. Demonstrar capacidade para operar o conhecimento adquirido de forma crítica e criativa, ao mesmo tempo tomando iniciativas necessárias a superar possíveis dificuldades; 6 2. Articular uma abordagem sistêmica do particular para o geral (síntese) e do geral para o particular (análise); 3. Capacidade de atuar em equipes multidisciplinares e coletivas na resolução de problemas; 4. Ter sólido embasamento nas ciências físicas, químicas, matemáticas e termodinâmicas com fundamentos em conhecimentos científicos que permitam entender e interpretar os fenômenos que ocorrem durante as fases de transformação em um processo da indústria química; 5. Ser capaz de conhecer e utilizar a informática como instrumento usual do exercício da engenharia; 6. Ter capacidade de gerenciar atividades e recursos humanos, trabalhar em grupo; 7. Ter experiência em modelos atuais de gerência e de processos industriais; 8. Ter conhecimento sobre a legislação em vigor na área da indústria química, para garantir a comercialização tanto no mercado interno como externo; 9. Valorizar a ética profissional, ser comprometido com o papel social e ambiental da engenharia; 10. Ter curiosidade e disposição para a pesquisa, a criação, a gestão e o contínuo aprendizado; 11. Identificar em cada momento histórico, os caminhos e as oportunidades para a sua inserção profissional em setores do mercado de trabalho. Especificamente, o Engenheiro Químico deverá ser capaz de: compreender e assimilar novas tecnologias, a partir de matérias-primas, regionais ou não; e de rejeitos industriais; processar e elaborar novos produtos, sempre atento ao impacto ambiental; projetar, construir e colocar em funcionamento os equipamentos necessários ao funcionamento dos processos projetados. Avaliar o aspecto econômico e ambiental de processos químicos, sendo capaz de ser empreendedor; atuar na área de projeto, construção, produção, controle e marketing em indústrias de processo; atuar nas áreas de pesquisa e desenvolvimento. O desenvolvimento na área de Engenharia Química é um grande desafio, pois a formação de profissionais especializados nesta área proporciona o desenvolvimento de tecnologia para o melhor aproveitamento dos recursos naturais e/ou matérias-primas. Isto acarreta maiores divisas para o país, devido ao maior valor agregado dos produtos, gerando assim novos empregos e desenvolvimento para o País. 7 Em síntese é o objeto do engenheiro químico a arte de engendrar e transformar matérias-primas em produtos com valor agregado e para atender as necessidades da sociedade, tendo então um importante papel na economia. Sendo assim, o objetivo geral do seguinte trabalho é de explanar sobre a importância da engenharia química para a economia da Região Norte, tendo como objetivo específico explicitar as principais indústrias de transformação, os produtos gerados, quantos funcionários, qual a renda gerada (faturamento médio), suas perspectivas de crescimento e outros aspectos relevantes diante da visão da economia. 10 Tabela 2: Participação percentual das unidades locais, do pessoal ocupado, receita líquida de vendas, valor da transformação industrial e gastos com pessoal, por Grandes Regiões - 2007 (Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria, Pesquisa Industrial Anual - Empresa 2007.) Quadro 1: Atividades mais importantes, em termos de valor da transformação industrial, segundo as Unidades da Federação – 2007 (Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria, Pesquisa Industrial Anual - Empresa 2007.) Tabela 3 - Valor da transformação industrial, número de unidades locais e pessoal ocupado, total e percentual, segundo as Grandes Regiões e atividades industriais selecionadas – 2007 (Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria, Pesquisa Industrial Anual - Empresa 2007.) O Quadro 1 e a Tabela 3 fornecem respectivamente as principais atividades da região norte a e contribuição cada atividade no de geral. Na Região Norte, os setores relacionados à engenharia química (o de alimentos e bebidas e as indústrias extrativas) lideram em termos de valor da transformação industrial, ambos com 16,1%. Esta participação é bastante distinta quando se observa o total de pessoal ocupado e o 11 número de unidades locais, em que o setor de alimentos e bebidas é mais importante que a indústria extrativa. Entre as indústrias extrativistas de destacam principalmente a de extração mineral como a Alunorte (produção de alumina), a Imerys (beneficiamento de Caulim) e as de extração mineral. Retirando as áreas não afins à engenharia química (material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicações; outros equipamentos de transporte e as demais atividades não listadas), o papel da indústria de transformação referente à engenharia química corresponde cerca de 43,4% do valor de transformação industrial, 25% (1.350 empresas) do número de unidades e 24,3% do pessoal ocupado (62.773 pessoas). 3.2 Perspectivas das Indústrias de Transformação na Região Norte Segundo os resultados da PIA – Empresa 2007, no período entre 2003 e 2007 a participação do pessoal ocupado nas indústrias foi de 3,4% para 3,6% na região Norte (Gráfico 1). No que se refere ao número de unidades locais, a região Norte passou de 2,7% para 3,2% da participação nacional. Apesar da crise econômica instalada nos últimos anos, a tendência é o aumento desse percentual. Gráfico 1: Participação do pessoal ocupado na indústria, segundo as Grandes Regiões 2003/2007 (Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria, Pesquisa Industrial Anual - Empresa 2003/2007) O salário médio na região, 3,1 salários mínimos, ficou abaixo do salário médio em termos nacionais 3,8 salários mínimos (Tabela4). Na Região Norte, o Amazonas é o que paga os salários mais altos (4,0 salários mínimos) e o único acima da média da região (3,1 salários mínimos), resultado explicado pelos salários dos setores de refino de petróleo e produção de álcool e indústrias extrativas. 12 Tabela 4: Salário médio, em salários mínimos, segundo as Grandes Regiões e Unidades da Federação - 2003/2007 (Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria, Pesquisa Industrial Anual - Empresa 2003/2007) O indicador de produtividade do trabalho da Região Norte (Tabela 5), mostra a mesma gerou, em média, R$ 139 mil de valor, em 2007, explicados principalmente pelo desempenho dos setores intensivos em tecnologia e com economias de escala, como, por exemplo: refino de petróleo e produção de álcool; indústrias extrativas; metalurgia básica; outros equipamentos de transporte; equipamentos de instrumentação médico- hospitalares, cronômetros e relógios; e material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicações. Sendo os três primeiros, dos sete setores em destaque, ligados a engenharia química. Tabela 5: Produtividade e custo do trabalho, segundo as Grandes Regiões – 2007 (Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria, Pesquisa Industrial Anual - Empresa 2007) Observando as informações relativas ao custo do trabalho, a Região Norte apresenta, em 2007, o melhor desempenho (16,8%) comparado ao custo das Regiões Centro-Oeste (26,8%), Nordeste (27,9%), Sudeste (32,5%) e Sul (33,2%). Também, em 2003, a Região Norte apresentou o menor custo do trabalho, destacando-se setorialmente os ramos com forte presença no valor da transformação industrial da região e pouco intensivos em mão de obra (refino do petróleo e produção de álcool, indústrias extrativas, metalurgia básica e outros equipamentos de transporte) (Tabela 5). Em termos regionais, não se observa uma modificação significativa entre 2003 e 2007 nas variáveis como pessoal ocupado, salários e retiradas pagos, salário médio, produtividade e custo do trabalho (IBGE, 2007). Porém ainda há um certo crescimento 15 International Cooperation, organismo do governo japonês, sendo este o maior participante do consórcio. 5.3 IMERYS A Imerys Rio Capim Caulim S/A é uma empresa brasileira que faz parte da Imerys Pigmentos para Papéis, que fornece caulim e carbonato de alta qualidade para a indústria papeleira global. O grupo Imerys é um fornecedor mundial de minerais industriais, operando em 47 países, em todos os continentes. A Imerys RCC tem planta e porto situados no município de Barcarena e mina situada em Ipixuna, Nordeste do Pará. Em 1996, primeiro ano de embarque do caulim da RCC, a produção foi de 47 mil toneladas do produto. Atualmente, a capacidade de produção da empresa é de 1.600.000 toneladas ao ano, o que a torna a maior planta de beneficiamento de caulim do mundo, atendendo a indústria global de papel. 5.4 Pará Pigmentos A Companhia teve origem em 1992 sob a denominação de Rio Capim Química Ltda, posteriormente alterada para Pará Pigmentos S.A. conforme Assembléia Geral Extraordinária de 04 de agosto de 1994, possuindo atualmente 80,00% de seu capital votante controlados pela Companhia Vale do Rio Doce. A Pará Pigmentos tem como objeto social a exploração e o aproveitamento de jazidas minerais no território nacional, compreendendo a pesquisa, a lavra, o beneficiamento, a industrialização, o transporte e a comercialização de produtos minerais no mercado doméstico e no exterior. Dedica-se presentemente à exploração das reservas de caulim “Century” situadas na região do Rio Capim, Município de Ipixuna do Pará, Estado do Pará. Visando a exploração completa dessas reservas, a empresa implementou, na 1ª Fase do Projeto, toda uma infra-estrutura para viabilizar seus planos de crescimento, incluindo um porto em Barcarena, Estado do Pará. As operações da Pará Pigmentos foram iniciadas em agosto de 1996 com uma capacidade anual instalada de 300 mil toneladas. As obras de duplicação da capacidade produtiva da empresa, para 600 mil toneladas/ano, foram parcialmente concluídas em novembro de 2001, tendo sua conclusão definitiva prevista para o 2º semestre de 2002. Durante o exercício de 2001, a companhia produziu 362.526 toneladas (2000 - 313.566 toneladas), sendo comercializadas 43.707 toneladas (2000 - 29.176 toneladas) 16 no mercado nacional e 295.086 toneladas (2000 - 288.787 toneladas) no mercado externo. 5.5 CADAM A Caulim da Amazônia S.A. (CADAM), maior produtora brasileira de caulim, está localizada em Munguba, distrito de Almeirim, distante cerca de 550 km da cidade de Belém, estado do Pará (Figura 1). A empresa explora a Mina do Felipe II, parte integrante do conjunto de dez jazidas de caulim, situado em Mazagão, Município de Vitória do Jari, no estado do Amapá. O controle acionário da CADAM pertence às empresas CAEMI (60%) e MITSUI (40%). A capacidade instalada equivale a 750.000 t/ano de caulim beneficiado, com previsão de uma nova expansão para 900.000 t/ano. Os dois principais produtos, AMAZON 88 e AMAZON 90, são comercializados nas formas lump, spray drieed e slurry. Cerca de 85% da produção destina-se ao mercado externo, principalmente para Finlândia, Alemanha, França, Espanha, Japão e Itália. No Brasil, a CADAM é fornecedora de caulim para revestimento de papéis e cartões, atendendo ao mercado nacional. As reservas de caulim da CADAM, estimadas em 260 milhões de toneladas de minério, foram descobertas em 1967 pelo geólogo Stadler, que encontrou fragmentos de caulim rolado, nas encostas do Rio Jari. 5.6 PETROBRAS - REMAN A Refinaria Isaac Sabbá localizada em Manaus-AM cobre uma área de 9,8km² cntribui com R$500milhões/ano(ICMS) de impsotos. Tem como principais produtos: GLP, nafta petroquímica, gasolina, querosene de aviação, óleo diesel, óleos combustíveis, óleo leve para turbina elétrica, óleo para geração de energia, asfalto. Com capacidade instalada de 46milbarris/dia. Com o nome de Companhia de Petróleo da Amazônia, a refinaria foi instalada às margens do Rio Negro, em Manaus, pelo empresário Isaac Benaion Sabbá e iniciou suas operações em 6 de setembro de 1956 - quando toda a região ainda sentia os efeitos da decadência da borracha. A inauguração oficial ocorreu em 3 de janeiro de 1957, com a presença do presidente Juscelino Kubitschek. Já então, suas três unidades (Destilação Atmosférica, Destilação a Vácuo e Craqueamento Catalítico, esta a primeira da América Latina) permitiam um refino de cinco mil barris por dia. Em 1971, a Petrobras assumiu o controle acionário da companhia, que passou a se chamar Refinaria de Manaus 17 (Reman). Em homenagem ao pioneirismo de seu fundador, em 1997 a Petrobras rebatizou-a como Refinaria Isaac Sabbá - UN-Reman. 5.7 Pólo Industrial de Manaus (PIM) Localizado no Pólo industrial de Manaus (onde estão em atividade cerca de 500 empresas e aproximadamente 93 mil trabalhadores), os setores relacionados à engenharia química, são os metalúrgico e químico/farmacêutico, e representam uma boa parte do mercado local. Em 2007, os setores químicos, obtiveram receita de US$ 2,63 bilhões (alta de 32,34% em relação a 2006), e o metalúrgico, faturamento de US$ 1,49 bilhão (41,96% a mais em relação a 2006). Existem 20 empresas componentes do pólo químico, produtoras de produtos farmacêuticos/cosméticos em geral, produtos de limpeza, fabricação de compostos de polímeros e gases industriais (nitrogênio, oxigênio e amônia). Dentre as empresas instaladas são filiais: Hisamitsu, Pepsi, White Martins, Rio Química. Existem ainda 11 componentes do setor metalúrgico fabricantes principalmente de peças moldadas de alumínio e aço, como esquadrias e aço relaminado. Dentre as empresas instaladas são filiais: Aços Amazônia (filial do grupo Armco, localizado em São Paulo) Em janeiro do ano corrente, a direção da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) espera que o efetivo de empresas que compõem o parque fabril da cidade alcance um crescimento de 10% no faturamento em relação ao ano passado.
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