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Guias e Dicas
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Diário de campo, Exercícios de Medicina

Diário de campo referente às Práticas de Integração ensino-serviço-comunidade

Tipologia: Exercícios

2010
Em oferta
30 Pontos
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Oferta por tempo limitado


Compartilhado em 15/11/2010

elaine-coelho-2
elaine-coelho-2 🇧🇷

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Baixe Diário de campo e outras Exercícios em PDF para Medicina, somente na Docsity! UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ (UESC) DEPTO. DE CIÊNCIAS DA SAÚDE (DCSAU) CURSO: MEDICINA INSTRUTORA: MARIA CONCEIÇÃO SCALDAFERRI DIÁRIO DE CAMPO – PIESC I Elaine Rodrigues Coelho ILHÉUS- BA JULHO/2010 Diário de campo referente ao PIESC I Trata-se de um documento que relata minhas percepções acerca das impressões edificadas durante as atividades do PIESC na Unidade de Saúde da Família na Barra/ Ilhéus. O que inclui experiências nos domicílios dos moradores das microáreas, convivência com os profissionais da Unidade, informações impessoais e conclusões implícitas. Como esse relato é construído com base nas percepções, torna-se válido conceituar o verbo perceber - [Do latim percipere, 'apoderar-se de', 'apreender pelos sentidos'.] Verbo Transitivo direto 1. Adquirir conhecimento de, por meio dos sentidos. 2. Formar idéia de; abranger com a inteligência; entender, compreender. 3. Conhecer, distinguir; notar. 4. Ouvir: Não conseguia perceber os sons. 5. Ver bem. 6. Ver ao longe; divisar, enxergar. As atividades do PIESC veicularam a oportunidade de aproximação dos estudantes do primeiro ano de Medicina da UESC com a comunidade residente na Barra. Como parte inicial de nossas atividades datadas de todas as terças – feiras, participei do reconhecimento das microáreas, isto é, do processo de ambientalização, junto com as Agentes Comunitárias. Sobre as visitas que fiz com meus colegas e professora, aquelas que se realizaram nas microáreas descobertas (sem ACS atuante) chamaram minha atenção por diversos motivos. O modo de vida daquelas pessoas é muito precário, algumas casas feitas de madeira, sem saneamento básico. Como plano de fundo, esses moradores têm o mar. Uma contradição sem tamanho, de um lado, a beleza das águas infindas que provoca bem-estar para quem as contempla e de outro, um cenário de dificuldades, de luta, trabalho e poucas oportunidades de superação. Depois de teorizarmos a respeito do conceito de saúde, pergunto-me se a situação daqueles moradores os permite ser saudáveis. Será que se pode ter saúde, quando não se tem uma opção de lazer? Ou quando não se tem um trabalho digno? E nem moradia adequada? Quando caminhava pelo local, inconscientemente, senti-me fragilizada sem poder colaborar de algum modo para modificar aquela realidade pronta. São muitas famílias, com crianças que crescerão com vistas num horizonte comprometido. O que me conforta é que, talvez, aquele cenário seja o suficiente para serem felizes, e para que mais importante? Talvez, as melhores oportunidades que conquistaram sejam as pescas e os bicos, mesmo que pouco remunerados, e o lazer das crianças seja correr descalços pelos becos das casinhas de madeira.
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