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Guias e Dicas
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Farmacia hospitalar módulo 03, Notas de estudo de Enfermagem

FARMACIA HOSPITALAR MÓDULO 03

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 25/09/2010

gerson-souza-santos-7
gerson-souza-santos-7 🇧🇷

4.8

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Baixe Farmacia hospitalar módulo 03 e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity! OQ Portal Educação € Portal Educação Sites Associados urso de z ácia Hospitalar ÓDULO III stá disponível apenas como parâmetro de estudos para ada, é proibida qualquer forma de comercialização do qui contido são dados aos seus respectivos autores Q Portal Educação MÓDULO IIl NUTRIÇÃO PARENTERAL O fornecimento de nutrientes por via intravenosa (IV) em teores suficientes para manter o repor a massa celular corporal é um processo relativamente recente. Apenas nas duas últimas décadas conseguiu-se administrar por via IV, calorias e nitrogênio numa proporção adequada para se obter um balanço nitrogenado positivo (BERNARD, M. A, 1986), utilizando formulações que simulem o estágio final das transformações das bioquímicas naturalmente sofridas pelos alimentos no trato digestivo. A NP é de importância primordial na clínica médica constituindo-se num instrumento para a manutenção da vida nas situações em que seja possível ou contra- indicada a alimentação por via oral. O objetivo principal dessa metodologia é melhorar ou prevenir a desnutrição nos pacientes, que apresentam impossibilidade total ou parcial de utilizar o tubo digestivo, corrigindo os sinais, sintomas e sequelas da desnutrição . Em sua concepção mais geral a NP é o fornecimento de nutrientes essenciais, carboidratos, gorduras, proteínas, eletrólitos, vitaminas e água, por via venosa. Evidencia-se que nos pacientes com perda pré-operatória de 30% de peso corporal, antes de uma intervenção cirúrgica, a mortalidade pós-operatória chega a ser 10 vezes maior que em indivíduos estróficos, sendo a infecção a causa da maioria das mortes (STUDLEY, M.C., 1936). Correlaciona-se a hipoproteínemia a um aumento da frequência de infecções pós- operatória, bem como um retardo de cicatrização do corte cirúrgico. Indicações Os pacientes que se submetem a uma cirurgia de eleição, sem complicações e que apresentam um adequado estado nutricional, não constitui um fator crítico para o seu estabelecimento se eles passarem por um período de semi-inanição com curta etapa catabólica. Os pacientes que apresentam obstrução da via digestiva por doença maligna ou benigna, peritonites, pancreatite associada com íleo paralítico, síndrome do intestino 73 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Q Portal Educação Condições de trabalho e uso da bancada de fluxo laminar O National Coordinating Commitee on Large Volume Parenteral recomenda as seguintes instruções no trabalho em áreas com fluxo laminar (N.C.L.V.P., 1973, N.C.L.v.P., 1980): Remover jóias, anéis, braceletes e relógios de pulso; Lavar as mãos escovar as unhas com escova embebidas em solução de polivinilpirrolidona iodo (PVP) com 1% de iodo ativo; Limpar a mesa de trabalho, paredes laterais de vidro, acabamentos plásticos laminados ou partes de aço com soluções alcoólicas a 70% contendo clorhexidina; Ligar o equipamento e esperar no mínimo 30 minutos de circulação na câmara de ar micro filtrado para dar início a preparação das soluções; Limpar e esfregar as quinas da parte superior e as laterais da bancada, frequentemente ou quando ocorrer respingos; Evitar gestos bruscos, movimentos excessivos que possam provocar turbulências no ar; Usar luvas, capote estéril, gorro e máscara; Trabalhar na capela, no mínimo 15cm fora das bordas; Procurar não bloquear a corrente de ar com suas mãos na direção do material estéril; Não conversar, espirrar ou tossir diretamente no fluxo laminar; Manter os materiais não essenciais, tais como requisição, etiquetas, etc., fora da área de preparo. Considerando que o equipamento de fluxo não remove pós e outros contaminantes da superfície. Controle de qualidade Na prática farmacêutica, o controle de qualidade dos produtos injetáveis assume papel especialmente importante. O controle de qualidade é qualquer processo ou série de processos que garantam a eficácia de um produto para o fim proposto. A indústria farmacêutica tem que cumprir normas estabelecidas pela Good Manufatrurine Practces (G.M.P.) para a produção de seus medicamentos. Porém para os 76 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Q Portal Educação produtos de manipulação intra-hospitalar, cuja a fabricação é em pequena escala e neste caso inclui-se a mistura nutritiva de soluções injetáveis (NP), não há especificações de fabricação especialmente aplicáveis em nosso país. O National Coordinating Commitee on Large Volume Parenteral (N.C.C.L.V.P, 1973; 1975, 1980) enfoca que os principais problemas associados com as soluções parenterais podem ser provenientes dos seguintes fatores: * contaminação pirogênica e microbiana; * contaminação química e por partículas instabilidade e incompatibilidade dos componentes; dificuldade de acesso as informações O controle de qualidade das misturas empregadas na NP visa assegurar os seguintes aspectos: a) que as misturas isentas de contaminadores biológicos (microorganismos) e praticamente isentas de partículas matérias estranhas (vidro, borracha, fibras, entre outros); b) que preencham os requisitos terapêuticos e farmacêuticos adequados para um determinado paciente; c) que contenham corretamente os componentes nas concentrações prescritas e que sejam conservadas, distribuídas e administradas convenientemente. Devido à dificuldade de emprego de técnicas analíticas e aparelhagem adequada para a dosagem de alguns componentes das misturas nutritivas parenterais (NP), os critérios do controle de qualidade mais facilmente acessíveis de serem realizados no ambiente intra-hospitalar são físicos e biológicos. Foi estabelecido um programa de controle de qualidade em misturas IV que pode ser resumido da seguinte forma (HOROWITS, K.N.& LAMMIN. M. 1980): e Bibliografia especializada; e Soluções e medicamentos intravenosos livres de contaminantes (pirogênio, bactérias e partículas, etc.); 77 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Q Portal Educação e Emprego de material estéril; e Técnica rigorosamente asséptica de preparo. Os ensaios para determinar o número de partículas existem num dado volume de ar da câmara asséptica do fluxo são variados e as técnicas mais usadas pelos fabricantes são utilizados de processo fotoelétrico (difusão da luz pelos aerossóis) e o método de contagem eletrônica . Nos hospitais, a forma mais simples de ser realizada a pesquisa de contaminação microbiana dentro da bancada de fluxo laminar, consiste em dispor várias placas de Petri, contendo meio de Sabourand e de tioglicolato, a diversas alturas da câmara, sem esquecer dos locais de maior índice de contaminação que são os locais da porta de entrada de ar condicionado. Porém, este método é muito questionado quanto à sua validade, sendo mais seguro os processos utilizados pelos fabricantes de fluxo laminares. A contaminação da solução pode ser identificada de outras causas quando: * Sinais ou sintomas surgem no início da infusão; e O paciente melhora quando é suspensa a infusão da NP mesmo não sendo utilizado antibióticos; e O microorganismo isolado no sangue é o mesmo encontrado na mistura. Procedimentos recomendados durante a inserção do cateter O enfermeiro deverá ao planejar suas ações, reduzir o índice de complicações infecciosas, decorrente da inobservância dos princípios de assepsia e antiassepsia durante a técnica de inserção do cateter venoso central e durante o uso da solução nutritiva. Recomenda-se que a inserção do cateter seja efetuada em ambiente limpo, apropriado para procedimentos cirúrgicos. O paciente deve ser encaminhado para higienização corporal completa através do banho de aspersão. Nos pacientes de sexo masculino a área referente ao local de punção deve ser submetida a triconomia. A área triconomizada é desengordurada e devidamente 78 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Q Portal Educação nutridos e hospitalizados, estimular a dieta oral orientada por sete a dez dias. Se a ingestão permanece inadequada, a NE deve ser iniciada; b) desnutrição moderada com ingestão oral inadequada por mais de sete dias: pós- operatório de fratura de quadril, estenoses esofagianas, câncer da região orofaringeana, esôfago e estômago. Exemplos não cirúrgicos incluem anorexia grave, faringites, esofagites, caquexia cardíaca e doença pulmonar obstrutiva crônica; c) disfagia grave: inclui classicamente os pacientes neurológicos com incapacidade ou incoordenação de deglutição, devido a doenças como acidente cerebrovascular, tumor cerebral, traumatismo cranioencefálico, esclerose múltipla, miastenia grave, síndrome de Guillain-Barré. Também neste grupo estão os pacientes com disfagia esofagiana - megaesôfago, estenoses -quando for possível a passagem do cateter nasoenteral, às cegas ou por endoscopia, visando ao preparo pré-operatório; d) grandes queimados: a NE precoce é a forma preferida de repleção nutricional. Mesmo as perdas hidroeletrolíticas são parcialmente corrigidas por via enteral. Entretanto, em decorrência da grande espoliação de fluídos, a necessidade de reposição da água e eletrólitos por via venosa é frequente. A sepse por cateter intravenoso é complicação comum em queimados, o que dificulta o uso de NE Está comprovado que estes doentes têm melhor evolução quando submetidos à NE do que à NP; e) fistulas digestivas de baixo débito: em fístulas altas, a NE é realizada com o cateter colocado distalmente (cerca de 20cm abaixo do orifício da fístula), enquanto nas baixas (íleo distal e cólon) o cateter é posicionado de preferência no estômago; f) associação com NP em casos de ressecção maciça de intestino delgado: pacientes com intestino curto, quando clinicamente estáveis, recebem NE de forma lenta e contínua com cateter em posição gástrica, para estimular a regeneração do intestino remanescente. A NE é útil, mas pode haver necessidade de NP. a) grandes traumatizados: normalmente essas condições são seguidas de ingestão inadequada e aumento das necessidades metabólicas. Se o paciente é desnutrido, ou se é improvável que consiga alimentação adequadas por mais de sete a dez dias, e o TGI é funcionante, deve-se iniciar NE. O reconhecimento do intestino delgado como um órgão 81 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Q Portal Educação metabólico e imunologicamente ativo, reforça os argumentos a favor da NE. Nesses casos, têm sido utilizadas com bons resultados dietas enterais com farmaconutrientes importantes à função imunológica, como glutamina, arginina, nucleotídeos e ácidos graxos, com o intuito de reduzir complicações infecciosas. Em traumas abdominais, recomenda-se a instalação de jejunostomia durante a laparotomia exploradora, com início precoce da NE, no primeiro dia de pós-operatório. Em pacientes cirúrgicos, sabe-se que a função do intestino delgado retorna dentro de poucas horas no pós-operatório. Em contraste, as funções gástrica e colônica retornam com uma a dois e três a cinco dias, respectivamente. Em traumas abdominais, se não há peristaltismo, a NP está indicada; b) rádio ou quimioterapia em baixas dosagens: essas situações normalmente se acompanham de anorexia e desconforto abdominal, com algum comprometimento do estado nutricional. O uso de NE pode estar indicado, se não há vômitos ou diarréia importantes; c) insuficiência hepática ou renal grave: a anorexia também acompanha esses quadros, apesar do TGI íntegro. Dietas enterais, com padrão de aminoácidos modificados e controle de íons podem beneficiar esses pacientes na prevenção da encefalopatia hepática ou na redução da frequência de diálises; d) preparo pré-operatório de pacientes gravemente desnutridos: se o paciente é gravemente desnutrido, com perda de peso maior do que 20% em relação ao peso habitual ou albumina sérica abaixo de 3g/dl é necessário suporte nutricional. Sempre que possível, a preferência recai para NE; e) pós-operatório imediato ou período pós-estresse: caso esteja previsto que a ingesta oral não retomará em cinco a sete dias, e o TGI seja funcionante, indica-se NE, de preferência com o cateter em posição jejunal, o que permite realimentação mais precoce. Caso contrário, inicia-se NP. Se a previsão é de retorno à via oral em uma semana e não existe desnutrição importante, o suporte nutricional não é necessário. A NE tem valor limitado ou indeterminado: a) intestino curto com menos de 10% de intestino remanescente: estes pacientes raramente toleram a NE. Formulações orais são oferecidas por razões psicológicas e efeitos tróficos. Entretanto, o estado nutricional só poderá ser mantido com NP; 82 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Q Portal Educação b) pós-operatório imediato ou período pós-estresse: caso esteja previsto que a ingesta oral não retomará em cinco a sete dias, e o TGI seja funcionante, a NE estará indicada. Caso contrário, inicia-se NP. Se a previsão é de retorno à via oral em uma semana e não existe desnutrição importante, o suporte nutricional não é necessário; c) rádio ou quimioterapia em baixas dosagens: essas situações normalmente se acompanham de anorexia e desconforto abdominal, com algum comprometimento do estado nutricional. A maioria dos casos responde à dieta oral orientada individualizada. Em geral, quando não é possível a utilização da via oral, também não há sucesso com NE. A NE não deve ser utilizada como medida primária de reposição nutricional nos casos: a) obstrução intestinal mecânica complexa: a NE não é adequada. Quando necessária, a NP é a terapêutica nutricional de escolha. Em casos específicos, jejunostomias feitas distalmente à obstrução podem ser úteis; b) quimioterapia "pesada" ou em altas dosagens: pela presença de mucosite, .náuseas, vômitos e diarréia e septicemia que acompanham a maioria dos casos; c) hipomotilidade intestinal ou íleo prolongado: NE não está indicada pelo risco de aspiração e enterite infecciosa. A indicação recai para a NP; d) diarréia severa resistente à terapêutica convencional: eventualmente, há necessidade de NP, enquanto se aguarda resposta à terapêutica da doença primária; Algumas vezes, usa-se NP periférica associada à NE modulada em baixas doses. e) fístulas de alto débito: a NE tende a aumentar o débito da fístula, pelo menos nos primeiros dias. A NP reduz o débito e abrevia seu fechamento espontâneo; f) instabilidade hemodinâmica: o suporte nutricional não deve ser iniciado até que a perfusão tecidual seja restaurada. CÁLCULO DAS NECESSIDADES A necessidade diária de vários macro e micronutrientes está estabelecida para a alimentação oral e enteral e permanece desconhecida para a NP. 83 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Q Portal Educação necessidades específicas de nutrientes, capacidade digestiva e absortiva, apresentação de nutrientes, conteúdo de lactose, osmolaridade, consistência, viscosidade, diluição, relação caloria/g Nº balanceamento de nutrientes, necessidade de nutrientes especiais, disponibilidade financeira (no domicílio e no hospital), custo e relação custo-benefício. CLASSIFICAÇÃO DAS DIETAS ENTERAIS A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, através da Resolução 449, de 09 de setembro de 1999, aprovou o regulamento técnico para alimentos enterais. A classificação dos alimentos enterais segundo o regulamento é: 1- alimentos nutricionalmente completos; 2 - alimentos para suplementação; 3 - alimentos para situações metabólicas especiais; 4 - módulos de nutrientes. Considerando o fornecimento de macro e micronutrientes, a complexidade dos nutrientes, o grau de especialização e a presença ou não de elementos específicos apresentamos a seguir uma classificação mais detalhada das dietas enterais. DIETAS POLIMÉRICAS São compostas por proteínas, lipídios e carboidratos íntegros ou parcialmente hidrolisados, conservando pesos moleculares mais elevados. São as mais indicadas em NE. Preservam as funções dos intestinos e a osmolaridade é menor que das dietas pré- digeridas. O custo é menor. As dietas poliméricas mais utilizadas são as industrializadas isentas de lactose e as in natura ou artesanais. 86 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Q Portal Educação DIETAS PRÉ-DIGERIDAS (ELEMENTARES, MONOMÉRICAS ou OLIGOMÉRICAS) São compostas por nutrientes de baixo peso molecular, que requerem capacidade digestiva e absortiva mínimas, daí o nome pré-digeridas, ou seja, já em formas simples de açúcares, proteínas e lipídios, não exigindo grande trabalho absortivo. São industrializadas. A fonte protéica inclui di e tripeptídios e aminoácidos. Carboidratos são oligossacarídeos, sacarose e glicose, enquanto a fonte lipídica consiste em triglicerídios de cadeia média (TCM) e alguma quantidade de ácidos graxos essenciais. Devido ao baixo peso molecular são hiperosmolares podendo, por isso, predispor à diarréia osmótica. Por este motivo, devem ser adiministrados preferencialmente de maneira contínua sendo muitas vezes importante à utilização de bombas infusoras e, se possível, no estômago. Estão indicadas em doentes com alterações transitórias dos mecanismos de digestão e absorção, como em disfunção biliopancreática, síndrome do intestino curto, doença intestinal inflamatória e pós-operatório precoce, entre outros. DIETAS INDUSTRIAUZADAS Apresentam como vantagens o conhecimento da composição dos nutrientes, controle da consistência e osmolaridade, simplicidade na manipulação e armazenamento e maior segurança bacteriológica. São comercializadas em pó, para serem reconstituídas em água, ou já prontas na forma líquida. DIETAS ARTESANAIS São elaboradas a partir de alimentos naturais completos, contendo nutrientes e fibras íntegras, podendo incluir lactose, módulos e suplementos-industrializados. A sua alta viscosidade frequentemente dificulta a utilização em cateteres nasoenterais finos, que se obstruem. São bem empregados em pacientes alimentados por gastro ou jejunostomias, quando se utilizam cateteres de maior calibre. São especialmente úteis em NE domiciliar. São de mais baixo custo. 87 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Q Portal Educação DIETAS COMPLETAS São aquelas que fornecem proteínas, carboidratos, lipídios, vitaminas e minerais em quantidades suficientes para manter o estado nutricional de um indivíduo sadio e normal, sem que se utilize qualquer outra fonte de dieta. SUPLEMENTOS São misturas de dois ou mais nutrientes não completos em relação à adequação da dieta normal. Encontrados comercialmente na forma de pó liofilizado. Utilizados rotineiramente para completar o valor calórico total de dietas artesanais ou como suplementação de uma dieta oral insuficiente. Possuem a propriedade de apresentar viscosidade inferior à dos alimentos in natura utilizados na confecção da dieta artesanal. DIETAS LÁCTEAS São aquelas que apresentam lactose na sua composição; caracteriza-se pela palatabilidade agradável e exigem capacidade digestiva e absortiva completas. DIETAS ISENTAS DE LACTOSE São aquelas cuja formulação apresenta-se livre de lactose, embora possa apresentar componentes do leite, como a caseína, na sua composição. DIETAS COM FIBRAS "ADICIONAIS" São dietas enterais que apresentam fibras adicionadas na sua composição. As fibras tornam a nutrição enteral mais fisiológica e mais próxima das características de uma alimentação normal por via oral. 88 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Q Portal Educação A administração será por cateter nasoduodenal ou nasojejunal nos casos em que a previsão de necessidade de suporte nutricional é por tempo menor do que seis semanas. Esta posição pode ser obtida, assim como a posição gástrica, através de técnica tradicional de sondagem às cegas. O cateter, inicialmente colocado no estômago, deve migrar para o intestino delgado, conduzido pelos movimentos peristálticos. Para facilitar a migração, pode-se colocar o paciente em decúbito lateral direito e administrar procinéticos ou mesmo eritromicina venosa. Se a migração não ocorre, tenta-se posicionar o cateter guiado por fluoroscopia ou, de preferência, por endoscopia. INTRODUÇÃO DO CATETER Sempre que se opta por NE, deve-se definir criteriosamente a melhor via de acesso: cateter nasoenteral em posição gástrica ou jejunal, gastrostomia ou jejunostomia. Sempre que possível, escolhe-se posição máxima das funções digestiva e absortiva do tubo digestivo. A introdução do cateter naosoenteral é realizada empregando técnica correta para assegurar o seu posicionamento adequado. A técnica de introdução do cateter deve ser padronizada pela comissão de terapia nutricional. Indicações da Nutrição Enteral (NE) Segundo as Vias de Acesso Vias de Acesso Indicações Orogástrica prematuros e recém-nascidos Nasogástrica previsão de NE por tempo < 6 semanas; pacientes sem risco de broncoaspiração (reflexo de tosse presente, consciente, ausência de refluxo gastroesofágico); pacientes com esvaziamento normal do conteúdo gástrico e duodenal; pacientes em envolvimento do estômago com a doença primária (ausência de c obstrução); pacientes sem presença de vômitos intratáveis. Nasoduodenal previsão de NE por tempo a < 6 semanas; nasojejunal pacientes com risco de broncoaspiração (reflexo de tosse ausente, inconsciente ou nível de consciência diminuído, presença de refluxo gastroesofágico significativo); pacientes com gastroparesia ou esvaziamento gástrico anormal (estase gástrica), náuseas e vômitos refratários; pacientes com disfunção gástrica passageira, em caso de trauma ou cirurgia; pacientes que necessitam de alimentação precoce no pós-operatório. 91 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Q Portal Educação ATIVIDADES DO FARMACÊUTICO RELACIONADAS À TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL As comissões ou grupos de terapia nutricional, de caráter multidisciplinar, estabelecem nos hospitais as normas e os procedimentos para assegurar condições adequadas de avaliação nutricional, prescrição, formulação, armazenamento, conservação e administração de nutrição enteral e/ou parenteral. O farmacêutico hospitalar participa dessas comissões. Em relação à terapia nutricional enteral as atividades do farmacêutico são as seguintes: - selecionar, adquirir, armazenar e distribuir criteriosamente a nutrição enteral industrializada, quando estas atribuições, por razões operacionais, não forem de responsabilidade do nutricionista; - assegurar que a entrega dos insumos seja acompanhada do certificado de análise emitido pelo fabricante; - participar de estudos para o desenvolvimento de novas formulações para nutrição enteral; - avaliar a formulação da prescrição médica quanto à compatibilidade físico- química, fármaco-nutriente e nutriente-nutriente; - orientar a equipe de saúde sobre a administração de medicamentos por cateter enterais; - participar de estudos de farmacovigilância com base em análise de reações adversas e interações fármaco-nutriente, nutriente-nutriente. TERAPIA ANTINEOPLÁSICA ONCOGÊNESE O câncer é um distúrbio celular caracterizado por alterações no processo de duplicação do DNA, resultando em proliferação celular alterada, de forma desordenada. Qualquer que seja a causa do câncer, este é basicamente uma doença celular, caracterizado por um desvio dos mecanismos de controle das células. 92 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Q Portal Educação Estas, uma vez que sofreram transformação neoplásica, expressam sinais de imaturidade aparente e podem exibir anormalidade cromossômica qualitativa ou quantitativa que são expressas por translocações e aparecimento de sequências gênicas amplificadas. Os fatores que determinam o surgimento do câncer ainda não estão bem esclarecidos, mas sabe-se, no entanto, que duas propriedades hereditárias regem o processo da oncogênese: 1) elas se reproduzem em detrimento das células normais; 2) possuem o poder de invasão a outros tecidos, próximos ou distantes do seu ponto de origem. TERAPIA ONCOLÓGICA A terapia oncológica consiste no tratamento dos pacientes portadores de câncer, através de qualquer das modalidades disponíveis à prática médica. São as intervenções cirúrgicas, radioterapia, imunoterapia e quimioterapia, que podem ser aplicadas sozinhas ou associando-se uma modalidade à outra. Atualmente o recurso mais empregado é o da quimioterapia, a qual utiliza os medicamentos antineoplásicos, através de protocolos de um ou mais medicamentos, dependendo do tipo e do estágio do tumor. A hipertermia é considerada um adjuvante terapêutica bastante promissor, tanto no diagnóstico, melhorando o contraste das imagens na ressonância magnética (RM), quanto no tratamento em associação a outras técnicas27. É uma modalidade de tratamento que visa a erradicar as células cancerosas através da elevação da temperatura na massa tumoral, aplicando-se microondas, ondas de radiofrequência e agulhas eletromagnéticas no tecido lesado. MEDICAMENTOS ANTINEOPLÁSICOS CARACTERÍSTICAS 93 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Q Portal Educação - redução dos custos com recursos humanos, fármacos e material utilizado na manipulação dos antineoplásicos; - melhor gerenciamento do setor, visando a alcançar eficácia, eficiência e efetividade nos serviços prestados. Para implantar uma Central de Manipulação de Antineoplásicos é necessária a elaboração de um projeto claro, conciso e coerente com a realidade do hospital ou clínica. Cada parte do projeto deve ser explicada com argumentos técnicos para justificar os equipamentos, a área física e os recursos humanos apresentados. PROCEDIMENTOS TÉCNICOS PARA MANIPULAÇÃO DE ANTINEOPLÁSICOS Os antineoplásicos para uso oral não são prescritos com muita frequência, e muito embora os fármacos nesta apresentação já estejam prontos para a dispensação, são necessários alguns cuidados ao manuseá-os. A operação mecânica de fracionamento dos comprimidos ou individualização das cápsulas para dispensação faz liberar pó, cuja composição é semelhante a das formas farmacêuticas que lhes deram origem. Quando o fracionamento requer ajuste da dose, a operação farmacêutica envolve atividades minuciosas, como pulverização, pesagem e/ou dissolução do fármaco. É conveniente que se tenha um local exclusivo, com ventilação natural adequada para esta operação, dotado de um sistema de exaustão de tal forma que as partículas não contaminem o ambiente de trabalho. É indispensável que o trabalhador esteja equipado com o EPI adequado. É aconselhável que o farmacêutico tenha auxiliares na execução das atividades de manipulação de quimioterápicos. As atribuições do auxiliar são: ligar e preparar a Câmara de Segurança Biológica, separar e material, suprir a sala de manipulação com todos os materiais necessários ao preparo das soluções, rotulá-las e acondicioná-las adequadamente. É também atribuição do auxiliar de manipulação limpar e desligar a câmara e acondicionar adequadamente todos os resíduos de antineoplásicos possibilita maior segurança ao manipulador, uma vez que este não precisa se levantar ou se movimentar muito enquanto manipula, podendo desenvolver sua atividade com a destreza e a rapidez que a técnica exige. Outra vantagem é a viabilização de um trabalho de forma mais racional, evitando erros, desperdícios e, consequentemente, diminuindo custos. 96 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Q Portal Educação Para manusear adequadamente os antineoplásicos é necessário tomar precauções para minimizar a formação de aerossol no ambiente de trabalho. A diluição deve ser rápida, cuidadosa e com rigorosa técnica asséptica. Deve-se ter o cuidado de não deixar ar dentro da seringa, colocando o bisel em contato com o líquido de dentro do frasco-ampola, a fim de não aspirar o ar existente, caso as embalagens tenham pressão positiva, e aspirar o máximo de solução que a seringa permitir. A seringa deve ser selecionada de acordo com o volume a aspirar. A técnica vai sendo aperfeiçoada à medida que o farmacêutico for treinado, tendo-se sempre em mente que a formação de aerossol coloca em risco a saúde do trabalhador. A seguência para a manipulação dos antineoplásicos segue, em linhas gerais, os seguintes passos: - análise das prescrições, realização dos cálculos e confecção dos rótulos; - separação e limpeza do fármaco e da bolsa de diluente. Conduzi-los à sala de transferência e desta à sala de manipulação; - após se desfazer de todos os adornos pessoais, faz-se a anti-sepsia das mãos e antebraço. Segue-se a paramentação com os EPI; - cubra a bancada com um campo de plástico, e sobre este outro campo de papel absorvente (pode ser o que envolve as luvas), ambos estéreis; - o auxiliar vai distribuindo o material sobre a bancada à medida que forem sendo desenvolvidas as atividades de manipulação; - posicionar-se junto à câmara e calçar as luvas cirúrgicas; - proceder à reconstituição do fármaco e à sua diluição de acordo com as - técnicas de manipulação farmacêutica, observando a dose prescrita pelo médico; - conectar o equipo e verificar a ocorrência de vazamento; - entregar ao auxiliar para a rotulagem; - a utilização de gazes estéreis é sempre recomendada para dar mais segurança, no momento de quebrar a ampola, aspirar a solução do frasco- ampola e ao adicionar o medicamento reconstituído à bolsa de sistema fechado, contendo soro fisiológico, glicosado ou outro diluente. 97 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Q Portal Educação VIGILÂNCIA À SAÚDE E À SEGURANÇA DO TRABALHADOR Deve-se prestar atenção a quaisquer discrasias sangúíneas em trabalhadores com antineoplásicos. Exames para detecção de lesão genética ou a determinação das funções imunológicas são muito caros e inconvenientes como teste de triagem. A Occupational Safety and Health Administration -OSHA recomenda exames físicos, hemograma completo e provas de funções hepática e urinária. No universo da Saúde do Trabalhador deve ser considerado todo fator nocivo que proporcione condição desfavorável à saúde. Fatores como a luz, a umidade, o calor, o movimento repetitivo, a monotonia, a ansiedade, posições incômodas, trajetos passíveis de acidentes, devem ser analisados no ambiente de trabalho. A segurança do trabalhador com antineoplásicos começa no momento em que esses fármacos são entregues na farmácia do hospital. Toda embalagem contendo antineoplásicos deve ser identificada com símbolo de alerta, que indique substância citotóxica. O pessoal encarregado de receber os produtos no Centro de Abastecimento Farmacêutico, deve ser treinado para trabalhar com substâncias potencialmente citotóxicas. Várias medidas prevencionistas são recomendadas para a proteção dos trabalhadores, e entre estas citamos as que melhor se adaptam ao manuseio dos agentes antineoplásicos. Deve-se dar preferência aos fármacos já reconstituídos e utilizar as embalagens que possibilitem ao trabalhador menor tempo de exposição. Quanto menos embalagens forem manuseadas, menor será o risco de exposição. A substituição das formas de apresentação dos fármacos deve garantir a qualidade do produto e a segurança do trabalhador. O tipo de vidro, o processo de rotulagem, o tipo de pressão interna do frasco, a tampa dos frascos são alguns aspectos importantes a serem analisados na hora de fazer a opção pela melhor forma de apresentação do produto. As bolsas de soro, os equipos, as seringas e as agUlhas devem também oferecer segurança ao trabalhador, por isso é importante avaliar o material com que são fabricados e o sistema de conexão que une uma peça à outra. 98 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
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