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sociologia - comte marx weber e durkheim, Notas de estudo de Sociologia

Apostila sobre os principais teóricos da sociologia.

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 19/09/2010

alci-monte-10
alci-monte-10 🇧🇷

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Baixe sociologia - comte marx weber e durkheim e outras Notas de estudo em PDF para Sociologia, somente na Docsity! Augusto Comte – Positivismo Isidore Auguste Marie François Xavier Comte, filósofo e matemático francês, nasceu em Montpelier a 19 de janeiro de 1798. Foi fundador do Positivismo. Fez seus primeiros estudos no Liceu de Montpellier, ingressando depois na escola Politécnica de Paris, de onde foi expulso em 1816 por ter-se rebelado contra um Professor.Foi então estudar medicina em Montpellier, mas logo regressou a Paris, onde passou a viver de aulas e colaborações em jornais. Em 1818 foi discípulo de Saint-Simon, de quem seguiu a orientação para o estudo das ciências sociais, mas com o qual se indispôs em 1824. Em 1826, começou a elaborar as lições do Curso de Filosofia Positiva, Sofrendo, porém, sério esgotamento nervoso, viu-se obrigado a interromper seu trabalho. Já recuperado, publica, de 1830 a 1842, sua primeira grande obra: Curso de Filosofia Positiva, constituída de seis volumes. F oi mestre repetidor examinador na Escola Politécnica, funções de que foi destituído em 1844 e 1845 respectivamente. Viveu, daí por diante, de aulas particulares – tendo por alunos vários brasileiros – e de contribuições pecuniárias de amigos. A partir de 1846 toda sua vida e obra passaram a ter um sentido religioso. Desligou- se do magistério, dedicando-se mais às questões espirituais. Deixou de ser católico e fundou a religião da Humanidade. Para propagar sua nova religião, manteve correspondência com monarcas, políticos e intelectuais de toda parte, tentando por em prática suas idéias de reformador social. Emitiu sucessivamente as idéias da “virgem mãe”, a adoração da humanidade, da organização da sociedade pela ciência. Sociologia que a princípio Comte denominou “Física Social “é um vocábulo criado por ele no seu Curso de Filosofia Positiva. Para Comte, a sociologia procura estudar e compreender a sociedade, para organiza-la e reforma-la depois. Acreditava que os estudos das sociedades deveriam ser feitos com verdadeiro espírito científico e objetividade. O pensamento de Comte provocou polêmicas no mundo todo e reformulações de teorias até então incontestáveis. Sua influência foi imensa quer como filósofo social, quer como reformador social, principalmente sobre os republicanos brasileiros. Lema da Bandeira Nacional “Ordem e Progresso”, criado por Benjamin Constant, é de inspiração Comtista. O lema que resume o positivismo: A Religião da Humanidade, fundada por Augusto Come, sobre a Angélica inspiração de Clotilde de Vaux, pode ser indiferentemente caracterizada como a religião do Amor, a Religião da Ordem ou a Religião do Progresso; O Amor procura a Ordem e leva ao Progresso; A Ordem consolida o Amor e dirige o Progresso; O progresso desenvolve a Ordem e conduz o Amor, donde a sentença característica do Positivismo: “O Amor por princípio, a Ordem por base e o Progresso por Fim”. O Brasil foi o país do mundo onde a influência de Augusto Comte se fez mais sentir. Os apóstolos brasileiros que mais trabalharam para o seu desenvolvimento foram: Miguel Lemos e Raymundo Teixeira Mendes. Augusto Comte morreu em Paris a 5 de setembro de 1857. O século XIX é caracterizado por duas correntes filosóficas: o Idealismo na primeira metade e na segunda metade pelo Positivismo. O Positivismo A revolução Industrial no séc. XVIII, expressão do poder da burguesia em expansão, demonstrou a eficácia do novo saber inaugurado pela ci6encia moderna no século anterior. Ciência e técnica tornaram-se aliadas, provocando modificações no ambiente humano jamais suspeitadas. De fato, basta lembrar que antes do advento da máquina a vapor, usava-se a energia natural (força humana, das águas, dos ventos., dos animais)e, por mais que houvesse diferenças de técnicas adotadas pelos diversos povos através dos tempos, nunca houve alterações tão cruciais como as que decorreram da Revolução Industrial. A exaltação diante desse novo saber e novo poder leva à concepção do cientificismo, segundo o qual a ciência é considerada o único conhecimento possível e o método das ciências da natureza o único válido, devendo portanto, ser estendido a todos os campos da indagação e atividade humanas. Neste clima, desenvolve-se no século XIX o pensamento positivista, que tem Augusto Comte como principal representante. KARL MARX Karl Heinrich Marx, economista e filósofo alemão. Nasceu em Tréves a 5 de maio de 1818. Filho de um advogado judeu convertido ao protestantismo. Cursou as universidades de Bonn e Berlim, onde estudou direito, dedicando-se especialmente à história e à filosofia. Em Berlim, ingressou no grupo dos chamados “Jovens Hegelianos”, que interpretavam as idéias de Hegel do ponto de vista revolucionário. Não se limitou aos estudos teóricos. Desenvolveu intensa atividade política, no decorrer da qual foi elaborando a doutrina do socialismo proletário revolucionário. O caráter de suas idéias e atividades políticas valeu-lhe perseguições ; foi várias vezes exilado, enfrentando ao lado de sua esposa, Jenny Von Westphalen, uma vida de grandes privações. Iniciou a obra de difusão de sua ideologia evolucionária colaborando na Gazeta Renana que, ao ficar sob sua orientação (1842), teve a sua publicação proibida pelo governo. Mudando-se para Paris em 1843, conheceu Friedrich Engels, desde então seu amigo fiel e colaborador. Juntos elaboraram a doutrina do “comunismo científico”. Expulso da capital francesa, Marx passou a residir em Bruxelas, onde entrou para uma sociedade decreta, a liga dos Justos, cujo o nome mudou para a Liga dos Comunistas. Após o 2º congresso desta organização, redigiu o famoso “Manifesto Comunista: publicado em 1848. Nesta obra encontram- se já esboçadas suas principais idéias filosóficas e políticas: o materialismo histórico e a teoria da luta de classes”. Desterrado da Bélgica depois da revolução de fevereiro de 1848, voltou a residir em Paris, de onde teve que partir após a revolução de março, fixando-se em Colônia, Alemanha, sendo deportado no ano seguinte. Regressou a Paris de onde foi novamente expulso, assando a residir definitivamente em Londres. Atormentado pelas dificuldades financeiras, somente graças à ajuda de Engels pode levar a cabo a elaboração de sua principal obra: “O Capital”. Em prosseguimento a sua luta para estruturar o movimento do proletariado, tomou parte na organização da I Internacional, em Londres (28/09/1864), batendo-se pela união das diversas correntes socialistas. As privações e o intenso trabalho que desenvolveu minaram- lhe a saúde, impedindo-o de concluir O Capital, concluído por Engels. Várias de suas idéias correram proveitosamente para o aprimoramento das ciências sociais ditas burguesas, atuando de modo positivo sobre a Economia Social, a Sociologia, a História. Mas segundo escreve Ossip K. Flechthem, “com seu determinismo fatalista e mal compreendido transformou-se num tacão opressor de toda ação socialista criadora”. Vasta é a produção de Karl Marx, quer no campo da ciência histórico-sociais, quer no campo da economia política e da filosofia. Dentre suas principais obas, além das já referidas, merecem destaque: Manuscritos de 1843, A Questão Judaica, A sagrada Família, com Engels, Teses sobre Feuerbach, ideologia Alemã, com Engels, Miséria da Filosofia, Manifesto do partido Comunista, as lutas de Classe na França, O 18 de Brumário de Luís Bonaparte. Morreu em Londres a 14 de março de1883. O Marxismo O marxismo são o conjunto de teorias filosóficas, econômicas e políticas de Karl marcx, filósofo social alemão, exposta no livro : O capital”(1867). Concepção materialista da História, o marxismo é o resultado a fusão de várias correntes de pensamento, entre as quais diversos sistemas filosóficos alemães, em especial o de Friedrich Hegel, assim como da economia política inglesa e do socialismo francês. O conteúdo fundamental do marxismo – a doutrina econômica – não pode ser compreendido sem o conhecimento de sua fundamentação filosófica. Adepto do materialismo filosófico, adotou a princípio as concepções de Feuerbach, passando depois a criticá-las por defenderem um materialismo mecanicista que não aplicava o método dialético e concebia o ser humano de modo abstrato, e não como “conjunto das relações sociais”. A crítica que Marx Formulou a essa atitude contemplativa dos filósofos está sintetizada na sua célebre afirmação: “Os filósofos não fizeram senão interpretar o mundo de diversas maneiras: trata-se agora de transforma-lo”. Atribui o conjunto das condições de produção econômica uma fundamental influência sobre o desenvolvimento das culturas e estabelece a primazia da infra-estrutura social (conjunto das forças produtivas materiais, ou forças econômicas)sobre o que se denominou surperestrutura social (as idéias, ou conjunto dos dados da cultura não material). Prega a revolução do proletariado e sua conseqüente ascensão a uma posição de mando, e a instituição de uma sociedade sem classes. Considerando a dialética de Hegel como a maior descoberta da filosofia clássica alemã, aplicou-a na sua interpretação materialista da natureza e da história, e nisso se opõe a Hegel, que era idealista. Enquanto para este último o processo do pensamento era o criador do real, para Mar, o pensamento não passava de reflexo do mundo real na consciência do homem. A aplicação do materialismo dialético ao estudo dos fenômenos sociais deu origem à concepção materialista da história. Assim, segundo a doutrina marxista, não são as idéias (superestrutura) que governam o mundo, mas ao lado contrário é o conjunto das forças produtivas materialistas (infra-estrutura) que determina todas as idéias e tendências. Ao se aprofundar no estudo da história, Marx elaborou a teoria da luta de classes, pela qual explica a evolução das instituições sociais. “A história de toda a sociedade humana até nossos dias é uma história de lutas de classes. Senhores e escravos, patrícios e plebeus, barões e servos da gleba, mestres e aprendizes: numa palavra, opressores e oprimidos, frente a frente, sempre empenhados em uma luta initerrupta, ora velada, ora ostensiva; em uma luta que conduz em cada etapa à transformação revolucionária de todo o regime social ou ao extermínio de ambas as classes beligerantes”. Assim como na filosofia e na história, também na economia política Marx não se limitou à elaboração de uma nova teoria, mas fez a crítica de toda a economia política burguesa e de seus métodos. A economia política burguesa procura interpretar os fatos por suas aparências. Preço, lucro e capital, ara o marxismo, não passam de mera dissimulação do valor, da mais-valia e da propriedade capitalista dos meios de produção. Na produção capitalista, embora cada um pareça produzir o que quer e como pode, existem leis, como a lei do valor, o qual é determinado pelo tempo de trabalho socialmente necessário à produção da mercadoria. Assim, o valor resulta diretamente das relações entre as pessoas e não entre as coisas. Ao formular a teoria da mais-valia, Marx observou que na circulação capitalista o dinheiro aumenta, sendo este acúmulo que se transforma em capital. A mais-valia não é produzida pela troca de mercadorias, mas pela exploração do trabalho, sendo por isso, o produto do trabalho não pago pelo capitalista ao operário. Para obter a mais-valia o “possuidor do dinheiro necessita encontrar no mercado uma mercadoria cujo o próprio valor de uso possua a qualidade original de ser fonte de valor”.Essa mercadoria seria exatamente a força humana de trabalho, comprada pelo capitalista por um valor determinado, do mesmo dono que o que qualquer outra mercadoria, isto é, pelo tempo de trabalho socialmente necessário para sua produção, ou seja, custo da manutenção do operário e sua família. A realidade é entendida como algo infinito, que pode ser apreendido a partir de inúmeros ângulos, mas jamais na sua totalidade ou essência. A concepção de sociologia de Max Weber As características do paradigma sociológico weberiano só se definem à luz da visão de mundo mais ampla de weber, dentro da qual de articulam uma concepção específica sobre o que é a realidade sócio-histórica e uma reflexão profunda sobre a natureza do empreendimento científico. Talvez o ponto central da perspectiva weberiana seja o reconhecimento de que a realidade humana não possui um sentido intrínseco e unívoco, dado de modo natural e definitivo, independentemente das ações humanas concretas. Weber pressupõe que a realidade é infinita e sem qualquer sentido cognoscível imanente. Seriam os sujeitos humanos que estabeleceriam recortes na realidade e se posicionariam distante deles conferindo –lhes sentido. Weber assume essa perspectiva de modo radical. Orientado por ela, procura excluir das Ciências Sociais qualquer proposição que busque definir de modo geral e substantivo qual a lógica da história, qual a dimensão estrutural determinante da sociedade ou qual o sentido último subjacente às ações individuais. Todas essas definições suporiam a existência de uma realidade atemporal, naturalmente dada, subjacente e determinantes dos fenômenos empíricos. Weber não apenas não acredita na existência desses determinantes a históricos do comportamento humano, como defende que não seria possível defini-los de um modo objetivo, verificável segundo as regras da ciência. Quando Weber afirma enfaticamente que a Ciência Social que ele pretende praticar é uma “Ciência da realidade”o que ele esta querendo acentuar ;e, em grande medida, esse compromisso com a análise de realidades empíricas concretas, tornadas significativas por agentes historicamente situados. ÉMILE DURKHEIM Fatos sociais – externalidade e coercitividade Os fatos sociais são objeto de estudo da sociologia, segundo Durkheim. Os fenômenos que o autor denomina fatos sociais são: “toda maneira de agir ou pensar fixa ou não, capaz de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior, apresentando uma existência própria independente das manifestações individuais que possa ter. Dizemos que são externos porque são fatos coletivos, como a religião ou o sistema econômico, por exemplo, independentes dos indivíduos, que já os encontram prontos quando nasce, e que morrerão antes que esses deixem de existir. Ou seja, existem fora dos indivíduos e são internalizados através do processo de socialização. Essas maneiras de agir e pensar são, além de externas, capazes, pelo seu poder coercivo, de obrigar um indivíduo a adotar um comportamento qualquer. A coerção pode se manifestar direta ou indiretamente. A coerção pode também ser formal ou informal. É formal, como o próprio nome já diz, quando a obrigação e a punição pela transgressão estão estabelecidas formalmente. O Código Penal, por exemplo, apresenta um grande número coerções formais para diversos atos predefinidos. É informal quando é exercida espontaneamente pelas pessoas no seu dia a dia. Finalmente, a coerção pode estar oculta. A pessoa que cumpre de bom grado e com satisfação as suas obrigações sociais não sente o peso da coerção sobre o seu comportamento. Uma pessoa que gosta de sua profissão, por exemplo, geralmente cumpre seus deveres com prazer, sem a necessidade de imposições. Mas a coerção nunca deixa de existir. Está sempre à espreita. Fatos sociais: fixos e não fixos Quando se diz que são fatos sociais fixos ou não fixos significa que podem se apresentar de duas maneiras diferentes: como maneiras de agir ou como maneira de ser. As maneiras de agir são formas de agir e pensar coletivas, que determinam o comportamento dos indivíduos, que os obrigam de uma determinada forma, mas não tem uma longa duração de tempo, ou seja, são efêmeras e instáveis. As maneiras de ser também são fenômenos de ordem coletiva que determinam o comportamento indivíduo, mas nesse caso há uma durabilidade no tempo, uma permanência ou estabilidade. Há uma relação importante entre esses dois fenômenos. Muitas vezes um movimento social se inicia como maneira de agir e pode vir a se fixar e estabelecer (se institucionalizar) e daí se tornar uma maneira de ser. A dualidade dos fatos morais. Fatos morais ou sociais são externos em relação aos indivíduos e portanto são estranhos a eles em alguma medida. No mínimo são coisas que não foram criadas pela pessoa e assim pode diferir mais ou menos de seu pensamento. Além disso, esses fatos externos e “estranhos” em a capacidade de exercer coerção, podem se impor aos indivíduos como uma obrigação. Desse ponto de vista a sociedade, as regras e a moral aparecem como realidade que constrangem o indivíduo, que limitam a sua ação e a possibilidade de realização de suas vontades. Viver em sociedade representaria, assim, um sacrifício ou, no mínimo, um incômodo. Mas esse é apenas um dos lados dessa questão. Se a sociedade e a moral só tivessem esse lado negativo e coercitivo, seria muito difícil explicar a existência da ordem social. É sabido que nenhum grupo ou sociedade pode sobreviver por muito tempo com base apenas na coerção. Pessoas muito insatisfeitas são capazes de enfrentar qualquer tipo de perigo para encontrarem uma saída. Basta observar que mesmo nos regimes políticos muito fechados, mantidos pela violência, a residência não deixa de existir e, na maioria das vezes, leva o sistema à ruína. Os fatos sociais ou morais não são apenas obrigações desagradáveis que temos que seguir independentemente de nossa vontade. São também coisas que queremos e necessitamos. Nesse caso, a coerção deixa de se fazer sentir, se transforma em um dever. Algo que poderia ser visto como um sacrifício passa a ser visto como um prazer. Isso acontece porque o indivíduo não se realiza fora da sociedade ou do grupo. Só entre outras pessoas, num meio onde exista ordem e um conjunto de instituições OPINIÃO: Na minha opinião o pensador que mais contribuiu para a administração foi Max Weber, com sua objetividade e sua ciência da realidade. Comte dominou e continua a dominar, grandemente a cabeça e as idéias de grande parte do mundo. Embora defendendo a existência uma classe dominante e preparada para governar o proletariado, foi vertiginoso. Suas idéias, porém, não eram a verdade absoluta. Em 1920,as descobertas de Broglie no campo da física quântica, considerando o elétron um sistema ondulatório, permitiram a Heisenberg a formulação do princípio da incerteza. Segundo esse princípio, é impossível determinar simultaneamente e com igual precisão a localização e a velocidade do século XIX. O positivismo de Comte começa a morrer. Com a queda do muro de Berlim, caiu também todo o império russo e com ele foi junto o sonho de um mundo comunista de Marx. Assim como o positivismo, o marxismo mostrou-se inviável na prática, ficando a mercê da interpretação pelo sujeito do objeto focado. O positivismo de Comte conseguiu a proeza de influenciar até as ciências que abominava, como o Direito que julga ser desnecessário em seu universo de ordem e progresso. Penso que o positivismo é uma demasiadamente totalitária, assim como o marxismo eu admitia uma etapa intermediária entre a sociedade atual e o comunismo. Aliás, admitir que este estágio (denominado como socialismo por Marx) seria uma ditadura e que ela acabaria de forma harmoniosa e pacífica é por demais ingênuo para um homem que pregava a revolução constante entre as mudanças históricas. Como tivemos o privilégio de observar, quando os grandes líderes comunistas assumiram o poder, governaram como reais déspotas, matando mais que qualquer guerra Uma vez experimentado o gosto do poder, o homem, em sua pequenez, não cedeu lugar ao ideal que para lá o levou. Isto se fiando que as tomadas pelo poder forma de cunho social verídico. Fica difícil verificar isso quando se esperava uma evolução do pensamento de Marx sobre a influência do método positivista. Sob este enfoque a revolução não se fazia tão necessária, e o movimento socialista poderia se perder em abstrações. Assim, acabaram por fracassar as várias tentativas de se positivar o marxismo para torna-lo uma ciência nos moldes “normais”unido ao positivismo pela sociologia, que estudaria de forma científica a sociedade. Porém, de forma científica significava isenção e afastamento dos ideais de luta e revolução. Com Lênin e Rosa Luxemburgo voltou aos seus trilhos revolucionários. Para finalizar, ma observação: os socialistas eram extremamente práticos, buscando sempre formas de execução de seus ideais, enquanto que o positivistas ficavam divagando no mundo do “pode-ser”, do “deve-ser” sem conseguir concretizar seu pensamento. Émile Durkheim grande pensador explanava a sociologia de maneira diferenciada, atribuindo tipos a condutas e etc. Enfim Max Weber, contribuiu por demais na Administração, ainda mais quando ele não tentou definir as organizações, nem estabelecer padrões de administração que elas devessem seguir. Seu tipo ideal não era um modelo prescritivo, mas uma abstração descritiva. Weber descreveu as organizações burocráticas como máquinas totalmente impessoais, que funcionam de acordo com regras que ele chamou de racionais – regras que dependem de lógica e não de interesses pessoais. Segundo Weber existia três tipos de autoridades – a tradicional, a carismática e a legal-racional, e dessa forma contribui demais com as organizações e com a administração de uma forma geral. BIBLIOGRAFIA MARX, Karl. Crítica da filosofia do direito e Hegel. 2a.Ed Lisboa: Editoral Presença, 1983 VICENTE, Gilson (Supervisor). Filosofia- Positivismo em EDIPE – Enciclopédia Didática de Informação e Pesquisa Educacional. V.5, p.1504, 5a.Ed: Livraria e Editora Iracema Ltda, 1989. FRANCO, Walter Silveira. Filosofia – Materialismo Histórico. Belém: Junho 1995. COMTE, Auguste. Curso de filosofia positiva, Coleção os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1973.p.9-11. ARANHA, Maria Lúcia e MARTINS, Maria Helena. Filosofando – Introdução à Filosofia. São Paulo: Editora Moderna, 1996. DURKHEIM, Emile. As regras do método sociológico. Ao Paulo, Ed. Nacional, 1990. ARON, Raymond. As etapas do pensamento sociológico. São Paulo. Martins Fontes. 1993. FREUND, Julien. Sociologia de Max Weber. 4ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 1987
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