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Telhados e Coberturas, Notas de estudo de Urbanismo

Dados técnicos de como proceder uma cobertura

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 27/11/2010

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claudio-valota-7 🇧🇷

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Baixe Telhados e Coberturas e outras Notas de estudo em PDF para Urbanismo, somente na Docsity! Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Departamento de Engenharia de Construção Civil PCC 436 – Tecnologia da Construção de Edifícios II COBERTURAS EM TELHADOS NOTAS DE AULA Prof. Dr. Francisco Ferreira Cardoso Assistentes de Ensino: Luciana A. de Oliveira Marcelo Gustavo Martins São Paulo Novembro, 2000 1 680È5,2 1 Introdução................................................................................... 2 2 Coberturas em telhados ............................................................. 2 2.1 PARTES CONSTITUINTES ............................................................................................. 2  7HOKDPHQWR   2.1.1.1 Telhas Cerâmicas ....................................................................................................4 2.1.1.2 Telhas Onduladas de Fibrocimento..........................................................................7 2.1.1.3 Telha de Concreto....................................................................................................9 2.1.1.4 Telha Ondulada de Poliéster ..................................................................................10 2.1.1.5 Telha de Aço..........................................................................................................11 2.1.1.6 Telha de asfalto coberta por grânulos (telha tipo 6KLQJOH)......................................13  (VWUXWXUD7UDPDH(VWUXWXUDGH$SRLR  2.1.2.1 Estrutura de Madeira..............................................................................................17 2.1.2.2 Estrutura Metálica ..................................................................................................18  6LVWHPDVGH&DSWDomRGHÈJXDV3OXYLDLV  3 Principais aspectos do método executivo de telhamentos em telhas cerâmicas............................................................................ 22 3.1 COLOCAÇÃO DAS TELHAS .......................................................................................... 22 3.2 BEIRAL..................................................................................................................... 23 3.3 CUMEEIRA ................................................................................................................ 23 3.4 ESPIGÃO .................................................................................................................. 23 3.5 RINCÃO OU ÁGUA FURTADA....................................................................................... 23 3.6 ARREMATES ............................................................................................................. 24 3.7 ARGAMASSA DE EMBOÇAMENTO ................................................................................. 24 4 Conclusões............................................................................... 24 5 Referências Bibliográficas........................................................ 30 4  7(/+$0(172 Neste item serão apresentados os seguintes tipos de telhas: - cerâmicas; - onduladas de fibrocimento; - de concreto; - ondulada de poliéster; - de aço; - de asfalto coberta por grânulos ( telha tipo 6KLQJOH).  7(/+$6&(5Æ0,&$6 As telhas cerâmicas são de uso mais corrente no Brasil, sobretudo em construções residenciais unifamiliares. De acordo com YAZIGI (1998) “D IDEULFDomR GDV WHOKDV FHUkPLFDVpIHLWDTXDVHTXHSHORPHVPRSURFHVVRHPSUHJDGRSDUDRVWLMRORVFRPXQV2 EDUURGHYHVHUPDLVILQRHKRPRJrQHRQHPPXLWRJRUGRQHPPXLWRPDJURDILPGHVHU PDLVLPSHUPHiYHOVHP JUDQGHGHIRUPDomRQRFR]LPHQWR. $PROGDJHPSRGHVHUIHLWDSRU H[WUXVmRVHJXLGDGDSUHQVDJHPRXGLUHWDPHQWHSRUSUHQVDJHP$VHFDJHPWHPGHVHU PDLVOHQWDTXHSDUDRVWLMRORVFRPXQVRXVHMDDUHWHQomRGHiJXDGHYHVHUPDLRUSDUD GLPLQXLUD GHIRUPDomR”. Ainda segundo este autor, as telhas devem ser fabricadas com maior cuidado que os tijolos, apresentando menores deformações, sendo mais compactas, mais leves e tão impermeáveis quanto possível. Conforme seu tipo, devem atender às disposições da norma “NBR 9601 – Telha cerâmica de capa e canal – Especificações” ou “NBR 7172 – Telha cerâmica tipo francesa – Especificações”. O controle expedito da impermeabilidade (estanqueidade à agua) é feito moldando sobre ela um anel de argamassa, no interior do qual se põe água até 5 cm de altura. Uma boa telha, em 24 horas, não deixa infiltrar umidade. A umidade só aparecerá após 48 horas, e sem gotejamento. Normalmente, exige-se que a absorção não seja superior a 18%, mas convém registrar que as telhas têm sua impermeabilidade aumentada com o tempo. Isso se deve ao fato de que os poros se obstruem com o limo e a poeira depositada. A superfície das telhas tem de ser lisa, para deixar a água escorrer facilmente e para diminuir a proliferação de musgo (YAZIGI, 1998). A estanqueidade e o desempenho térmico constituem os dois principais pontos para a avaliação de utilização de um telhado. Dentre as causas das falhas de adequabilidade a esses aspectos têm-se: - grande número de juntas; - deslocamento dos componentes durante fortes ventos (declividades e assentamentos inadequados); - deslocamento das telhas decorrentes de deformações excessivas das estruturas de sustentação; - projeto inadequado de arremates (encontro de telhados e paredes), extravasores de água, etc.; - acúmulo de algas, liquens e musgos nos encaixes; - trasbordamento de calhas e rufos. 5 O desenvolvimento de musgos nos telhados obstruem os ressaltos das telhas e provocam refluxo das água tornando os telhados escuros, e as calhas podem sofrer obstruções. A mudança de cor avermelhada para tonalidades escuras do marrom aumenta a quantidade de calor de radiação gerado na cobertura e piora as condições de conforto térmico. Os musgos podem ser eliminados por meio da escovação e de lavagem das telhas com produtos tóxicos como, por exemplo, água sanitária e cloro. A escovação é recomendada para ser executada após os períodos de temporadas úmidas. No recebimento das telhas cerâmicas no canteiro não poderão ser aceitos defeitos sistemáticos como quebras, rebarbas, esfoliações, trincas, empenamentos, desvios geométricos em geral e não uniformidade de cor. Cada caminhão entregue na obra será considerado como um lote para efeito de inspeção. Segundo SOUZA (1996), com exceção da espessura, que deve ser verificada em uma amostra de 13 peças retiradas aleatoriamente de cada lote, todas as demais propriedades são verificadas em amostras de 20 peças. As telhas cerâmicas têm de ser estocadas na posição vertical, em até três fiadas sobrepostas. No caso de armazenamento em laje, verificar sua capacidade de resistência para evitar sobrecarga (figura 1). )LJXUD: Armazenamento de telhas (transparência de aula). Em princípio, há dois tipos de telhas cerâmicas: as planas e as curvas. As telhas planas são do tipo Marselha, também conhecidas por telhas francesas, e as telhas de escamas, pouco encontradas. As telhas francesas são planas, com encaixes laterais e nas extremidades, com agarração para fixação às ripas. Pesam aproximadamente 2 kg e são necessárias 15 peças por metro quadrado de cobertura. Para a inclinação usual de 30º, isso corresponde a 22 peças por metro quadrado de projeção. As normas técnicas dividem as telhas cerâmicas tipo Marselha em duas classificações, conforme sua resistência a uma carga aplicada sobre o centro da telha, estando ela sobre dois apoios: 1a categoria: resistência mínima de 85 kg; 2a categoria: resistência mínima de 70 kg. 6 Ainda segundo YAZIGI (1998). uma telha cerâmica, mesmo de 2a categoria, precisa resistir bem ao peso de um homem médio, estando apoiada nas extremidades. Esse é um processo para verificar a qualidade no momento do recebimento, sendo que a espessura média para essas telhas é de 1 a 3 cm. As telhas de escamas são feitas para emprego em mansardas e telhados de ponto elevado, situação em que as telhas francesas escorregariam sob o efeito do vento. Essas telhas são simples placas planas com dois furos, pelos quais se passa arame para prendê-las às ripas. Para a caracterização do conceito de ponto, ver figura 2. As telhas do tipo capa e canal, também chamadas romanas ou coloniais, podem ser simples ou com encaixes e de cumeeira. As coloniais simples, sem encaixe, pesam 1,80 kg por unidade. As coloniais de encaixe são de diversos desenhos e tamanhos. O sistema de fixação destas telhas também variam muito. As telhas de cumeeira são usadas nas cumeeiras e nos espigões, são do tipo capa, mas com encaixe e desenho de arremate. As dimensões usuais das telhas cerâmicas estão representadas na figura 3. O ponto é a relação H/L, sendo ainda usada a seguinte nomenclatura: 1:2 – ponto meio 1:3 – ponto terço 1:4 – ponto quarto O ponto é dito elevado a partir de 1:3 (inclinação acima de 33º40’ ou declividade maior do que 100%) H L )LJXUD – Caracterização do ponto elevado (notas de aula). 9 fixadas com um parafuso de cada lado, sendo a última delas com dois parafusos de cada lado. O caimento mínimo a ser empregado é de 10º ou seja 17,6% (abaixo desse limite, estar-se-á arriscando infiltração de água através da junção das telhas). A superposição das chapas variam conforme sua inclinação, sendo portanto: - para telhados com menos de 15º de inclinação, usar recobrimento longitudinal mínimo de 20 cm; - para caimentos maiores de 15º, pode-se usar recobrimento longitudinal de 14 cm. O espaçamento máximo entre as terças é de 1,69 m. Por essa razão, a chapa mais econômica é a de 1,83 m, já que para as telhas maiores se torna indispensável a colocação de terça intermediária (para telhas de 6 mm de espessura). Quanto aos beirais, os comprimentos das chapas, máximo e mínimo, em balanço são: - beirais sem calha: máximo 40 cm e mínimo 25 cm; - beirais com calha: máximo 25 cm e mínimo 10 cm. A montagem das telhas deverá ser iniciada a partir do beiral para a cumeeira. Para uma montagem e utilização do sistema de cobertura em telhas onduladas de fibrocimento eficientes, precisam ser seguidas as seguintes recomendações: - não se pode pisar diretamente sobre as telhas; usar tábuas apoiadas em três terças, em coberturas muito inclinadas, amarrar as tábuas; - utilizar ferramentas manuais (serrote, arco de pua, etc.). Se houver a necessidade de utilização de serras elétricas, recomenda-se as de baixa rotação para evitar a dispersão do pó de amianto; - procurar sempre realizar o trabalho ao ar livre; - umedecer as peças de fibrocimento antes de cortá-las ou perfurá-las. Finalmente, cabe dizer que existem outras telhas em fibrocimento com seções diversas e capazes de vencer grandes vãos, que são sobretudo empregadas em edifícios comerciais e industriais, em abrigos para veículos.  7(/+$'(&21&5(72 As telhas de concreto e suas peças complementares são compostas de aglomerantes, agregados e óxidos que são responsáveis pela sua coloração. Têm uso ainda limitado no Brasil, sendo empregadas sobretudo em edifícios de médio e alto padrão. A tabela  apresenta as dimensões nominais da telha de concreto, comumente conhecida como tipo 7pJXOD, que é o seu principal fabricante. &RPSULPHQWR ~WLO /DUJXUD~WLO 3HVRQRPLQDO SRUXQLGDGH &RQVXPR ,QFOLQDomR 320 mm 300 mm 4,70 kg 10,50 un/m2 30% 7DEHOD: Dimensões nominais da telha de concreto do tipo 7pJXOD (GUIA TÉGULA,1999). Segundo catálogo do fornecedor (GUIA TÉGULA, 1999) esta telha apresenta uma espessura média de 12 mm, absorção de água entre 7 a 10% e resistência mínima à flexão de 300 kg. 10 Para as montagens dessas telhas, inicia-se da direita para a esquerda e de baixo para cima. A sobreposição de uma cumeeira sobre outra é de 7 cm. É muito importante que no emboçamento das peças complementares a argamassa utilizada fique protegida pela cumeeira, ou seja, significando que a massa não deve ficar exposta às intempéries. Pode- se ainda adicionar um pigmento à argamassa de assentamento da mesma coloração das telhas. Deve-se, no caso de armazenamento das peças, providenciar com antecedência um local plano para a descarga das telhas e prepará-lo com uma camada de 5 cm de areia, evitando assim que as telhas estocadas sujem em contato com a terra ou barro. É importante considerar a quantidade de telhas empilhadas, e recomenda-se no máximo três na vertical. Para o corte dessas telhas, pode-se utilizar uma máquina convencional de corte com disco para material refratário ou, ainda, qualquer máquina com disco diamantado. )LJXUD: Armazenamento de telha tipo 7pJXOD. (GUIA TÉGULA,1999)  7(/+$21'8/$'$'(32/,e67(5 São chapas onduladas de poliéster reforçado com filamentos de vidro, apresentada em diversos perfis adaptáveis a telhas de outros materiais, como as de fibrocimento e metálicas (aço zincado). Suas dimensões são apresentadas na tabela 4. (VSHVVXUD PP &RPSULPHQWR P /DUJXUD P (1+/-0,2) mm de 1,22 a 12,0 m de 0,506 a 1,10 m 7DEHOD: Dimensões das chapas onduladas de poliéster (YAZIGI,1998). O peso varia de 1,4 kg/m2 a 1,8 kg/m2. São incolores, translúcidas, flexíveis, resistentes a gases industriais, óleo e agentes químicos. Sua utilização básica é em coberturas, com o objetivo de aumentar a luminosidade (iluminação zenital) do ambiente. 11 São fixadas sobre estruturas metálicas ou de madeira. São elementos de fixação: pregos, parafusos e ganchos com rosca, sempre colocados na crista da onda das chapas. A colocação geralmente se inicia do beiral para a cumeeira, segundo YAZIGI(1998) no sentido oposto ao dos ventos dominantes na região, regra essa que é válida para os demais tipos de telha.  7(/+$'($d2 As telhas de aço têm uso predominante em edifícios comerciais e industriais e o material básico para a fabricação de seus perfis é a chapa de aço apropriada para moldagem a frio, zincada ou pintada com material sintético. Ao serem configuradas, podem apresentar seções diversas, como ilustra a figura 6. )LJXUD±Telhas de aço a)- secção trapezoidal / b)-secção ondulada (PERKROM) De fato, os fabricantes de telhas de aço zincada têm em sua linha diferentes geometria de perfis, mas segundo MENEGUETTI (1994), “p SRVVtYHO DJUXSiORV HP GRLV JUXSRV FRQIRUPHDVHFomR WUDQVYHUVDO RQGXODGDRX WUDSH]RLGDO HSRUDOWXUDGDSDUWH LQIHULRUH VXSHULRU GD WHOKD´. A tabela 5, da Associação Brasileira de Construtores de Estrutura Metálica ( ABCEM), traz a produção de telhas de aço no Brasil, por tipo de seção. 7DEHODTipos de telhas de aço e respectivos fabricantes (ABCEM,1992). a b 14 )LJXUD: Esquema de cobertura da telha tipo 6KLQJOH (CATÁLOGO OWENS CORNIG).  (6758785$75$0$((6758785$'($32,2 A estrutura dos telhados tem como funções principais a sustentação e fixação das telhas e a transmissão dos esforços solicitantes para os elementos estruturais, garantindo assim a estabilidade do telhado. A estrutura dos telhados pode ser dividida em: - estrutura de apoio; - trama. A trama é a estrutura que serve de sustentação e fixação das telhas. Para telhas com pequenas dimensões, tais como as telhas cerâmicas e de concreto, a trama geralmente é constituída por terças, caibros e ripas de madeira (figura 8). Para telhas de dimensões maiores, tais como as telhas metálicas, plásticas e de fibrocimento, é possível eliminar os caibros e ripas. 15 )LJXUD: Terças, caibros e ripas. As terças são peças horizontais colocadas na direção perpendicular à estrutura de apoio. Elas geralmente apoiam-se sobre: - pontaletes; - tesouras ou treliças; - oitões ou paredes intermediárias (figura 9). D E 16 (c) )LJXUD: (a) terças apoiadas sobre pontaletes, (b) terças apoiadas sobre tesouras e (c) terças apoiadas sobre oitões. Os caibros, por sua vez, são colocados na direção perpendicular à das terças e, portanto, paralelamente à estrutura de apoio. As ripas constituem a última parte da trama. São pregadas transversalmente aos caibros e, portanto, paralelamente às terças (vigas). As terças são peças horizontais colocadas em direção perpendicular às tesouras. O espaçamento entre duas ripas depende das dimensões das telhas utilizadas ou de sua galga (BORGES, 1979). As terças superior e inferior são chamadas, respectivamente, de cumeeira e frechal. A distância entre dois caibros e entre duas terças depende do tipo de telha (peso) e das dimensões da sua seção e do tipo de madeira com que são fabricados (ou do aço e de sua seção, no caso de estruturas nesse material). A tabela 6 ilustra tais afastamentos, para o caso de estrutura de madeira em peroba. 7(/+$ (6758785$'(0$'(,5$ 3(52%$ 7,32 0$66$ NJ *$/*$ FP 5LSDV [FP 'LVWkQFLDHQWUH ULSDV FP &DLEURV [FP 'LVWkQFLDHQWUH FDLEURV FP 7HUoDV [RX [FP 'LVWkQFLDHQWUH WHVRXUDVRX DSRLRV FP Francesa 2,60 34,0 34,0 50 a 60 cm ** Romana 2,60 36,0 36,0 idem ** Colonial 2,25 40,0 40,0 idem ** Plan 2,28 40,0 40,0 idem ** ** De acordo com BORGES (1979), utilizam–se terças de 6x12 se o vão entre tesouras não exceder a 2,50 m e de 6 x 16 para vãos entre 2,50 a 4,00 m. 7DEHODDados referentes à distância entre caibros, terças e tesouras ou apoios (pontaletes), no caso de estruturas em peroba. 19 Visando aumentar a racionalização e diminuir os custos das estruturas em aço para telhados, o grupo Gerdau lançou em 1996 um sistema de cobertura utilizando vigas de aço, denominado sistema 0XOWLYLJD. Esse sistema foi projetado para atender o mercado de casas populares e pode ser adaptado para a construção de ginásios, escolas, VKRSSLQJV, estacionamentos e prédios comerciais, além de fechamentos laterais (figura 13). )LJXUD- Galpão industrial em cobertura com sistema 0XOWLYLJD ( www.gerdau.com.br). O sistema construtivo 0XOWLYLJD está apto para utilizar qualquer tipo de telha, principalmente as de cerâmica, e pode ser utilizado em coberturas com inclinações de até 40%. A possibilidade de utilização de várias inclinações abre amplas opções arquitetônicas. Segundo o sítio ,QWHUQHW do fabricante (www.gerdau.com.br) devido à grande resistência dos elementos estruturais da 0XOWLYLJD, o sistema vence vãos livres superiores aos sistemas convencionais, permitindo a construção de estruturas leves, o que implica numa considerável economia em fundações, colunas e demais elementos de sustentação das coberturas. A 0XOWLYLJD é constituída por módulos produzidos de forma seriada, sob medida para cada projeto. Ela é feita em aço de baixo teor de carbono, de acordo com a norma ASTM A36.  6,67(0$6'(&$37$d­2'(È*8$63/89,$,6 A captação das águas pluviais constitui um projeto de drenagem à parte. Todavia, as superfícies devem ter declividades compatíveis com aspectos tais como a rugosidade das telhas ou o seu formato (calha) para garantir a correta drenagem e evitar sobrecargas de lâminas d’água. Além disso, como regra, quanto maior o número de juntas, maior a declividade necessária. O comprimento da rampa é também função da intensidade de precipitação pluviométrica (MENEGUETI, 1994). São consideradas funções das instalações de águas pluviais a captação, condução, detenção e destinação ao local adequado de armazenamento ou distribuição à rede pública. 20 De acordo com DEL CONTI (1993), as funções de captação e condução de águas pluviais de coberturas, pisos, marquises, rampas e outros devem ser realizadas o mais rapidamente possível a fim de que não haja água empoçada além do tempo de duração da chuva. Ainda segundo esta autora, o acúmulo de água é altamente prejudicial à impermeabilização, quer seja pela pressão hidrostática, ou pelos fenômenos de secagem e molhagem, alta deposição de sujeira, ou pelo diferencial de temperatura entre áreas secas e molhadas, contribuindo para a redução da durabilidade da cobertura. As coberturas podem ser drenadas por: - saídas que se localizam externamente à cobertura (caixa de drenagem ligada diretamente a um condutor e condutores verticais); - canais ou saídas internas à cobertura (calha de beiral, extravasor, rufos). Geralmente, para a construção residencial, os principais componentes dos sistemas de captação de água pluviais são: rufos, calhas e condutores verticais. Os rufos podem ser metálicos ou de PVC, devem garantir a estanqueidade à água e serem executados nos encontros dos telhados com as paredes. A NBR 8039 (ABNT, 1983) recomenda alguns detalhes construtivos para os rufos. As calhas conduzem a água até o seu destino, ou diretamente à caixa de drenagem, ou até os condutores verticais. Geralmente, no mercado se encontram calhas e condutores verticais metálicos (aço com tratamento ideal, para evitar corrosão) ou em PVC. Nas figuras 14 e 15 são apresentados cortes de telhados, ilustrando detalhes dos sistemas captação de águas pluviais. 21 )LJXUD: Esquema de captação de águas pluviais (transparência de aula). 24  $55(0$7(6 Os encontros do telhado com paredes paralelas ou transversais ao comprimento das telhas devem ser executados empregando-se rufos metálicos ou componentes cerâmicos, de forma a garantir a estanqueidade do telhado.  $5*$0$66$'((0%2d$0(172 A argamassa a ser empregada no emboçamento das telhas e das peças complementares (cumeeiras, espigão, arremates), deve ser de traço, em volume, 1:2:9 (cimento:cal:areia).  &21&/86®(6 Concluindo esse texto, na tabela 7 é apresentado quadro comparativo entre três tipos de telhados executados com as telhas mais utilizadas no mercado, onde se procura discutir aspectos técnicos, de execução, de projeto e de pós-ocupação. 25 7DEHOD4XDGURFRPSDUDWLYRHQWUHWHOKDGRVHPWHOKDVFHUkPLFDGHILEURFLPHQWRHGHDoRPDWHULDLV SURGXWRVHWpFQLFDV &$5$&7(5Ë67,&$67e&1,&$6 &(5Æ0,&$ ),%52&,0(172 $d2 1RUPDOL]DomRWLSRVGH QRUPDH[LVWHQWHV Telha cerâmica: determinação da massa e absorção d’água; impermeabilidade. Telha francesa: carga de ruptura; especificação; padronização. Execução de telhado em telha francesa: procedimento Telha capa e canal: especificação; carga de ruptura Telha capa e canal paulista, SODQ, colonial: padronização. Chapas estruturais de fibrocimento: especificações. Chapas estruturais de cimento-amianto: especificações. Emprego de chapas estruturais de cimento-amianto: procedimento. Telha de fibrocimento: impermeabilidade; resistência; absorção d’água Parafusos, ganchos,...:padronização Não contam com normas técnicas brasileiras. Dispõem-se apenas de catálogos técnicos de produtos. 'HVFULomRVXFLQWDGR SURFHVVRGHIDEULFDomR São fabricadas por moldagem plástica (manual ou por extrusão) ou por prensagem em massa semi-seca, seguidas de queima. Parte da mistura de amianto com cimento (1 : 5), com adição de água. Segue-se homogeneização e prensagem e moldagem da pasta em mesas com o gabarito do perfil desejado. Matéria prima: chapa de aço moldada a frio e zincada em linha contínua . A telha é fabricada por estampagem ou calandragem ou, ainda, mais comumente, por perfilação (roloformagem). 7LSRORJLDV Telhas de encaixe: francesa (prensagem); romana (prensagem); 7HUPRSODQ (extrusão). Telhas capa e canal: colonial; paulista; SODQ (todas por prensagem). Telhas onduladas. Telhas trapezoidais. Telhas senoidais. Telhas trapezoidais. 1 Fonte : MENEGUETTI, Marcela P. M. Z. 7HOKDGRVFRPHVWUXWXUDGHDoRDOJXQVDVSHFWRVSURMHWLYRV. Dissertação de mestrado. São Paulo, Escola Politécnica da USP, 1994. 254 p. 26 &RPSULPHQWR[ODUJXUD[ HVSHVVXUDDOWXUDGDWHOKD PpGLRVGLIHUHQWHVWLSRVFP Telhas de encaixe : 40 x 24 x 1,4 Telhas capa e canal : 46 x 18 / 14 x 1,4 / 7,0 Telhas ondulada : 91 a 244 x 92 a 110 x 0,5 a 0,8 / 5,0 Telhas senoidal : qualquer (<=12 m) x ~90 x 0,043 a 0,125 / 1,7 Telhas trapezoidal : qualquer (<=12 m) x ~100 x 0,043 a 0,125 / 2,5 a 4,0 *DOJD PpGLDGLIHUHQWHVWLSRVFP Telhas de encaixe : 36 Telhas capa e canal : 40 Apoios em função da espessura (para telhas onduladas, entre 50 e 100 cm) 5HVLVWrQFLDjIOH[mRGDWHOKD 1 700N 1.000N (telhas onduladas) Variável. /RWHVSDUDLQVSHomR Telhas de encaixe : 1 lote / 40.000 telhas; 50 telhas / lote Telhas capa e canal : 1 lote / 60.000 telhas; 50 telhas (25 + 25) / lote Telhas onduladas : 1 lote / 1.000 telhas; 50 telhas / lote Não há norma. Guiada por critérios visuais e pessoais. O controle dos materiais (propriedades mecânicas, galvanização, pintura) é feito pelos fabricantes. &ULWpULRVGHDFHLWDomR Limite de telhas quebradas (3 %). Ausência de fissuras. Ausência de esfoliações (capa e canal). Ausência de som metálico. Respeito às formas dos encaixes. Características geométricas (espessura média, comprimento, largura e esquadro). Ausência de trincas, quebras e rebarbas. Características geométricas (espessura média, comprimento, largura, passo, altura, esquadro e empenamento). Ausência de amassamentos. Ausência de defeitos na superfície do revestimento. $63(&72352-(72 &(5Æ0,&$ ),%52&,0(172 $d2 ÆQJXORVGHLQFOLQDomR GHFOLYLGDGHVGRVWHOKDGRV Francesa : 20o ou 38 % ; Romana e 7HUPRSODQ : 21o ou 40 % ; Colonial e paulista : 12o ou 22 % ; 3ODQ : 14o ou 25 %. Telha ondulada : depende do recobrimento entre telhas : • até 5o ou 18 % - 25 cm de recob. Longitudinal ; • até 15o ou 27 % - 20 cm ; • acima de 15o ou 27 % - 14 cm. Depende do recobrimento entre telhas : • até 3o ou 5 % - 30 cm de recob. Longitudinal ; • até 6o ou 10 % - 20 cm ; • acima de 6o ou 10 % - 15 cm. 29 0DQXVHLRHHVWRFDJHPGDV WHOKDVHPREUD Manuseadas individualmente, com cuidados para evitar quebras. Armazenadas na posição vertical. Podem ser empilhadas até 100 telhas, ou, na vertical (5o), até 300 telhas. Evitar submetê-las a esforços de flexão. Cuidados com os cortes (amianto). Embaladas em fábrica com lona plástica. Armazenar em local seco e ventilado. Estocar por no máximo 60 dias. Estocar empilhadas, com leve inclinação. Manusear as telhas com luvas . Evitar esforços de flexão. $63(&723Ï62&83$d­2 &(5Æ0,&$ ),%52&,0(172 $d2 'HVHPSHQKRWpUPLFRH GXUDELOLGDGH Bom desempenho (frestas; inércia térmica). Boa durabilidade. Desempenho térmico ruim. Durabilidade boa ; problemas fissuras. Durabilidade depende da agressividade do meio. Desempenho térmico ruim, melhorado com o uso de isolantes (VDQGXtFKH). Idem, isolamento acústico. 0DQXWHQomR Programa de inspeção e limpeza das telhas (algas, líquenes, musgos). 30  5()(5Ç1&,$6%,%/,2*5È),&$6 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CONSTRUTORES DE ESTRUTURAS METÁLICAS. 7HOKDV]LQFDGDVGHDoRSDUDFREHUWXUDVHIHFKDPHQWRVODWHUDLV. Construção Metálica, nº 06, p. 25-27, 1992. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 3URMHWRHH[HFXomRGH WHOKDGRV FRPWHOKDVFHUkPLFDVWLSRIUDQFHVD – procedimento – NBR 8039. Rio de Janeiro, 1983. BORGES, A. C. 3UiWLFDGDVSHTXHQDVFRQVWUXo}HV. 7a edição revisada e ampliada. São Paulo, Edgard Blucher. pp. 100-120 (capítulo 11). DEL CONTI, C. (VWXGRVVREUHRGLPHQVLRQDPHQWRGHVLVWHPDVSUHGLDLVGHGUHQDJHPGH iJXDVSOXYLDLVGHFREHUWXUDVHSHTXHQDViUHDVSDYLPHQWDGDV. Dissertação (Mestrado). Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1994. GUIA TÉGULA (Manual Técnico do fornecedor, 1999). MANUAL HIRONVILLE (Manual Técnico do fornecedor, 1999). MELHADO, S. B. ,PSHUPHDELOL]DomR. Apostila utilizada na disciplina de PCC 436 – Tecnologia da Construção de Edifícios II. Departamento de Engenharia de Construção Civil da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. São Paulo, 1991. MENEGUETTI, M. P. M. Z. 7HOKDGRVFRPHVWUXWXUDGHDoRDOJXQVDVSHFWRVSURMHWLYRV. Dissertação (mestrado). Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. São Paulo, 1994. PERKROM ( Manual Técnico do fornecedor). PICCHI, F. A. ,PSHUPHDELOL]DomR GH FREHUWXUDV GH FRQFUHWR ± PDWHULDLV VLVWHPDV QRUPDOL]DomR. Dissertação (Mestrado). Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. São Paulo, 1994. REVISTA TÉCHNE. &RPRFRQVWUXLUWHOKDGRV. Ficha Téchne 9. São Paulo, 1998. SOUZA, Roberto HWDO 4XDOLGDGHQDDTXLVLomRGHPDWHULDLV H H[HFXomRGHREUDV. São Paulo, PINI, 1996. YAZIGI, W. $WpFQLFDGH(GLILFDU. São Paulo, Editora Pini – SindusCon-SP, 1998. 6tWLR,QWHUQHW • www.gerdau.com. br
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