Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Enfermagem em saúde coletiva, Notas de estudo de Administração Empresarial

NOCÕES DE SAÚDE COLETIVA

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 07/11/2009

iris-marinho-jireh-o-deus-da-minha-
iris-marinho-jireh-o-deus-da-minha- 🇧🇷

4.7

(108)

325 documentos

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Enfermagem em saúde coletiva e outras Notas de estudo em PDF para Administração Empresarial, somente na Docsity! ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA A.M.C.R 1 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA 1-Definições Gerais 1.1--A expressão saúde coletiva é uma invenção tipicamente brasileira que surgiu em fins da década de 1970, na perspectiva de constituir uma nova articulação entre as diferentes instituições do campo da saúde. 1.2--Definição atual: Compreende um conjunto complexo de saberes e práticas relacionados ao campo da saúde, envolvendo desde organizações que prestam assistência à saúde da população até instituições de ensino e pesquisa e organizações da sociedade civil. Compreende práticas técnicas, científicas, culturais, ideológicas, políticas e econômicas (Carvalho, 2002). 1.3-Enfermagem em saúde Coletiva: É o ramo da enfermagem que está direcionado a saberes e práticas aplicados em prol da coletividade. 2- SUS – SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE : 2.1-DEFINIÇÃO : O Sistema Único de Saúde - SUS- foi criado pela Lei Orgânica da Saúde n.º 8.080/90 com o objetivo de alterar a circunstância de disparidade na assistência à Saúde da população, tornando obrigatório a assistência de saúde, sem ônus a qualquer cidadão, não sendo permitido qualquer cobrança de dinheiro sob qualquer pretexto. Assim, o SUS não é um serviço ou uma instituição, mas um Sistema que significa um conjunto de unidades, de serviços e ações que interagem para um fim comum. Esses elementos integrantes do sistema referem-se ao mesmo tempo, às atividades de promoção, proteção e recuperação da saúde. 2.2- Componentes do SUS : Do Sistema Único de Saúde fazem parte os centros e postos de saúde, hospitais - incluindo os universitários, laboratórios, hemocentros (bancos de sangue), além de fundações e institutos de pesquisa, como a FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto Vital Brazil. 2.3- Benefícios para o cidadão : Por meio do Sistema Único de Saúde, todos os cidadãos têm direito a consultas, exames, internações e tratamentos nas Unidades de A.M.C.R 2 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA 2ª - a instituição privada deverá estar de acordo com os princípios básicos e normas técnicas do SUS. Prevalecem, assim, os princípios da universalidade, eqüidade, etc., como se o serviço privado fosse público, uma vez que, quando contratado, atua em nome deste ; 3ª - a integração dos serviços privados deverá se dar na mesma lógica organizativa do SUS, em termos de posição definida na rede regionalizada e hierarquizada dos serviços. Dessa forma, em cada região, deverá estar claramente estabelecido, considerando-se os serviços públicos e privados contratados, quem vai fazer o que, em que nível e em que lugar. 3-História Natural da doença História natural da doença é a denominação dada ao conjunto de processos interativos que engloba as inter-relações do agente, do suscetível e do meio ambiente que afetam o processo global e seu desenvolvimento, desde as primeiras forças que designam o estímulo patológico no meio ambiente, ou em qualquer outro lugar, passando pela resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte. 1. PERÍODO DE PRÉ-PATOGÊNESE O primeiro período da história natural: é a própria evolução das inter-relações dinâmicas, que envolvem, de um lado, os condicionantes sociais e ambientais e, do outro, os fatores próprios do suscetível, até que se chegue a uma configuração favorável á instalação da doença. Envolve, como já foi citado antes, as inter-relações entre os agentes etiológicos da doença, o suscetível e outros fatores ambientais que estimulam o desenvolvimento da enfermidade e as condições sócio-econômico-culturais que permitem a existência desses fatores. 2. PERÍODO DE PATOGÊNESE A história natural da doença tem seguimento com a sua fundação e evolução no homem. É o período da patogênese. Este período se inicia com as primeiras ações que os agentes patogênicos desempenham sobre o ser afetado. Seguem-se as reações bioquímicas em nível celular, prosseguindo com as perturbações na forma e na função, evoluindo para defeitos permanentes, cronicidade, morte ou cura. A.M.C.R 5 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA 3.1-Prevenção é o conjunto de medidas que visam evitar a doença na coletividade, utilizando medidas que acabem com a patologia, ou a minimizem na população. 3.1.1-Tipos de Prevenção Primária - quaisquer atos destinados a diminuir a incidência de uma doença numa população, reduzindo o risco de surgimento de casos novos; São exemplos a vacinação , o tratamento da água para consumo humano, de medidas de desinfecção e desinfestação ou de ações para prevenir a infecção por HIV , e outras ações de educação e saúde ou distribuição gratuita de preservativos , ou de seringas descartáveis aos toxicômanos . Secundária - quaisquer atos destinados a diminuir a prevalência de uma doença numa população reduzindo sua evolução e duração; Um exemplo é o rastreio do cancro do colo uterino, causado pela transmissão sexual do HPV . A prevenção secundária consiste em um diagnostico precoce e tratamento imediato. Terciária - quaisquer atos destinados a diminuir a prevalência das incapacidades crônicas numa população, reduzindo ao mínimo as deficiências funcionais consecutivas à doença. Como exemplo, podem-se citar ações de formação a nível de escolas ou locais de trabalho que visem anular atitudes fóbicas em relação a um indivíduo infectado pelo HIV . Outro exemplo, a nível da saúde ocupacional seria a reintegração daquele trabalhador na empresa, caso não pudesse continuar a exercer, por razões médicas, o mesmo tipo de atividades. 4- Programas dos Centros de Saúde e PSF: 4.1-PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER E DA CRIANÇA – PAISMIC: A.M.C.R 6 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA O objetivo maior do PAISM é atender a mulher em sua integralidade, em todas as fases da vida, respeitando as necessidades e características de cada uma delas. 4.1.1-As áreas de atuação do PAISM são divididas em grupos baseados nas fases da vida da mulher, a saber: • Assistência ao ciclo gravídico puerperal: pré-natal (baixo e alto risco), parto e puerpério; • Assistência ao abortamento; • Assistência à concepção e anticoncepção-; • Prevenção do câncer de colo uterino e detecção do câncer de mama; (Portaria 3040 de 21 de junho de 1998 do Ministério da Saúde instituiu o Programa Nacional de Combate ao Câncer do Colo Uterino); • Assistência ao climatério; • Assistência às doenças ginecológicas prevalentes; • Prevenção e tratamento das DST/AIDS; • Assistência à mulher vítima de violência. 4.2-TRO-TERAPIA DE REIDRATAÇÃO ORAL Este Programa tem por objetivo corrigir o desequilíbrio hidroeletrolítico pela (restabelecendo em nível o mais próximo possível, a água e os eletrólitos reduzidos durante a diarréia), manter e recuperar o estado nutricional. 4.3-IRA – INFECÇÃO RESPIRATÓRIA AGUDA Este Programa visa atender as crianças com IRA que é um conjunto de doenças, que acomete principalmente crianças e que se espalha com facilidade, passando de uma pessoa para outra, dando mais de uma vez na mesma criança. As infecções respiratórias A.M.C.R 7 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA A prevenção é por vacina Tríplice viral , feita com cepa de vírus vivo atenuado. O tratamento é sintomático. 5.2-RUBÉLOLA A Rubéola ou Rubela é uma doença causada pelo vírus da rubéola e transmitida por via respiratória. É uma doença geralmente benigna, mas que pode causar malformações no embrião em infecções de mulheres grávidas. Epidemiologia A rubéola é um dos cinco exantemas ( com marcas vermelhas na derme) da infância. Os outros são o sarampo, a varicela, o eritema infeccioso e a roséola. Progressão e sintomas: A transmissão é por contacto direto, secreções ou pelo ar. O vírus multiplica-se na faringe e nos órgãos linfáticos e depois dissemina-se pelo sangue para a pele. A infecção, geralmente, tem evolução benigna e em metade dos casos não produz qualquer manifestação clínica. As manifestações mais comuns são febre baixa (até 38ºC), aumento dos gânglios linfáticos no pescoço, hipertrofia ganglionar retro-ocular e suboccipital, manchas (máculas) cor-de-rosa (exantemas) cutâneas, inicialmente no rosto e que evoluem rapidamente em direção aos pés e em geral desaparecem em menos de 5 dias. Outros sintomas são a vermelhidão (inflamação) dos olhos (sem perigo), dor muscular das articulações, de cabeça e dos testículos, pele seca e congestão nasal com espirros. Atenção : O vírus da rubéola só é verdadeiramente perigoso quando a infecção ocorre durante a gravidez, com colonização de vírus na placenta e infecção do embrião, notadamente durante os primeiros três meses de gestação. Nestes casos a rubéola pode causar aborto, morte fetal, parto prematuro e malformações congênitas (cataratas, glaucoma, surdez, cardiopatia congênita, microcefalia com retardo mental ou espinha bífida). A infecção nos primeiros três meses da gravidez pelo vírus da rubéola é suficiente para a indicação de aborto voluntário da gravidez. Diagnóstico: O diagnóstico clínico é complexo por semelhança dos sintomas com os dos outros exantemas. É mais freqüentemente sorológico, com detecção de anticorpos específicos para o vírus, ou por ELISA (teste imunoenzimático que permite a detecção de anticorpos específicos no soro). Tratamento A.M.C.R 1 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA • Não existe tratamento antiviral especifico • Normalmente é sintomático (analgésicos como o paracetamol) Vacina: A vacina utilizada na idade de 12 meses é a Tríplice viral , e mais tarde em mulheres em idade fértil não grávidas Dupla Viral. A vacina é composta por vírus vivos atenuados, cultivados em células de rim de coelho ou em células diplóides humanas. Pode ser produzida na forma monovalente, associada com sarampo (dupla viral) ou com sarampo e caxumba (tríplice viral). A vacina se apresenta de forma liofilizada, devendo ser reconstituída para o uso. Após sua reconstituição, deve ser conservada à temperatura positiva de 2º a 8º C, nos níveis local e regional. No nível central, a temperatura recomendada é de menos 20º C. Deve ser mantida protegida da luz, para não perder atividade. A vacina é utilizada em dose única de 0,5 mL via subcutânea. 5.3-HEPATITES Hepatite é toda e qualquer inflamação do fígado e que pode resultar desde uma simples alteração laboratorial (portador crônico que descobre por acaso a sorologia positiva), até doença fulminante e fatal (mais freqüente nas formas agudas). Existem várias causas de hepatite, sendo as mais conhecidas as causadas por vírus das hepatite A, B, C, D, E, F, G, citomegalovírus, etc). Outras causas: drogas (álcool, antiinflamatórios, anticonvulsivantes, sulfas, derivados imidazólicos, hormônios tireoidianos, anticoncepcionais, etc), distúrbios metabólicos (doença de Wilson, politransfundidos, hemossiderose, hemocromatose, etc), transinfecciosa, pós-choque. Em comum, todas as hepatites têm algum grau de destruição das células hepáticas. Sintomatologia :A grande maioria das hepatites agudas são assintomáticas ou leva a sintomas incaracterísticos como febre, mal estar, desânimo e dores musculares. Hepatites mais severas podem levar a sintomas mais específicos, sendo o sinal mais chamativo a icterícia , conhecida popularmente no Brasil por “trisa” ou "amarelão" e que caracteriza-se pela coloração amarelo-dourada da pele e conjuntivas. Associado pode ocorrer urina cor de coca-cola (colúria) e fezes claras, tipo massa de vidraceiro (acolia fecal). Hepatites mais graves podem cursar com insuficiência hepática e culminar com a encefalopatia hepática e óbito. Hepatites crônicas (com duração superior a 6 meses), geralmente são assintomáticas e podem progredir para cirrose. A.M.C.R 1 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA Tipos de Hepatites : Hepatite A: É uma hepatite infecciosa aguda causada pelo vírus da hepatite A, que pode cursar de forma subclínica. Transmissão é do tipo fecal oral, ou seja, ocorre contaminação direta de pessoa para pessoa ou através do contacto com alimentos e água contaminados, e os sintomas iniciam em média 30 dias após o contágio. É mais comum onde não há ou é precário o saneamento básico. A falta de higiene ajuda na disseminação do vírus. O uso na alimentação de moluscos e ostras de águas contaminadas com esgotos e fezes humanas contribui para a expansão da doença. Uma vez infectada a pessoa desenvolve imunidade permanente. A transmissão através de agulhas ou sangue é rara. Prevenção vacina segura para hepatite A. Os sintomas são de início súbito, com febre baixa, fadiga, mal estar, perda do apetite, sensação de desconforto no abdome, náuseas e vômitos. Pode ocorrer diarreia. A icterícia é mais comum no adulto (60%) do que na criança (25%). A icterícia desaparece em torno de duas a quatro semanas. É considerada uma hepatite branda, pois não há relatos de cronificação e a mortalidade é baixa. Não existe tratamento específico. O paciente deve receber sintomáticos e tomar medidas de higiene para prevenir a transmissão para outras pessoas. Pode ser prevenida pela higiene e melhorias das condições sanitárias, bem como pela vacinação. É conhecida como a hepatite do viajante. Hepatite B Transmissão é através de sangue, agulhas e materiais cortantes contaminados, também com as tintas das tatuagens, bem como através da relação sexual. É considerada também uma doença sexualmente transmissível. Pode ser adquirida através de tatuagens, piercings, no dentista e até em sessões de depilação. Os sintomas são semelhantes aos das outras hepatites virais, mas a hepatite B pode cronificar e provocar a cirrose hepática. A.M.C.R 1 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA O poliovírus é um enterovírus, com genoma de RNA simples . O vírus não tem envelope bilipídico, é recoberto apenas pelo cápsideo e é extremamente resistente às condições externas. Epidemiologia É mais comum em crianças ("paralisia infantil"), mas também ocorre em adultos, como a transmissão do poliovírus "selvagem" pode se dar de pessoa a pessoa através de contato fecal - oral, o que é crítico em situações onde as condições sanitárias e de higiene são inadequadas. Crianças de baixa idade, ainda sem hábitos de higiene desenvolvidos, estão particularmente sob risco. Transmissão : O poliovírus também pode ser disseminado por contaminação fecal de água e alimentos.Todos os doentes, assintomáticos ou sintomáticos, expulsam grande quantidade de vírus infecciosos nas fezes, até cerca de três semanas depois da infecção do individuo.Os seres humanos são os únicos atingidos e os únicos reservatórios, daí a vacinação universal poder erradicar essa doença completamente. Progressão e Sintomas O período entre a infecção com o poliovírus e o início dos sintomas (incubação) varia de 3 a 35 dias. A descrição seguinte refere-se à poliomielite maior, paralítica, mas esta corresponde a uma minoria dos casos. Na maioria o sistema imunitário destrói o vírus em alguma fase antes da paralisia. Sintomas Podem ser semelhantes às infecções respiratórias (febre e dor de garganta, gripe) ou gastrointestinais (náuseas, vômitos, dor abdominal). Em seguida dissemina-se pela corrente sangüínea e vai infectar por essa via os órgãos. Os mais atingidos são o sistema nervoso incluindo cérebro, e o coração e o fígado. A multiplicação nas células do sistema nervoso (encefalite) pode ocasionar a destruição de neurônios motores, o que resulta em paralisia flácida dos músculos por eles inervados. Diagnóstico é por detecção do seu DNA com PCR ou isolamento e observação com microscópio electrônico do vírus de fluídos corporais. Tratamento : a poliomielite não tem tratamento específico. No passado preservava-se a vida dos doentes com poliomielite bulbar e paralisia do diafragma e outros músculos respiratórios com o auxílio de máquinas que criavam as pressões positivas e negativas necessárias à respiração por eles (respiração artificial ou pulmão de ferro). Antes dos programas de vacinação, os hospitais pediátricos de todo o mundo estavam cheios de crianças perfeitamente lúcidas condenadas à prisão do seu "pulmão de ferro". A.M.C.R 1 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA Prevenção: Vacinação com vacina Sabin a criança.A única medida eficaz é a vacinação. Há dois tipos de vacina: a Salk e a Sabin. A Salk consiste nos três sorotipos do vírus inativos com formalina ("mortos"), e foi introduzida em 1954 por Jonas Salk. Tem a vantagem de ser estável, mas é cara e tem de ser injetada três vezes, sendo a proteção menor. 5.5-VARICELA (CATAPORA) É uma patologia infecciosa aguda, com grande transmissibilidade, causada pelo vírus varicela-zóster. A patologia é mais comum em crianças entre um e dez anos, porém pode ocorrer em pessoas susceptíveis (não imunes) de qualquer faixa etária. Esta patologia em crianças pode evolui sem conseqüências mais sérias. Transmissão : O ser humano é o único hospedeiro natural do vírus varicela-zóster. A infecção, em geral, ocorre através da mucosa do trato respiratório superior (porta de entrada). A transmissão do vírus acontece, principalmente, pela secreção respiratória (gotículas de saliva, espirro, tosse) de um indivíduo infectado ou pelo contato direto com o líquido das vesículas. É possível a transmissão da varicela través da placenta. Medidas de proteção : A doença pode ser evitada através da utilização da vacina contra a varicela. Sintomatologia : Em crianças, em geral, as manifestações iniciais da varicela são as lesões de pele. É comum em adultos ocorrer febre e prostração, um a dois dias antes do aparecimento das lesões cutâneas. As lesões de pele surgem como pequenas máculo- pápulas ("pequenas manchas vermelhas elevadas"), que em algumas horas tornam-se vesículas ("pequenas bolhas com conteúdo líquido claro"), das quais algumas se rompem e outras evoluem para formação de pústulas ("bolhas com pus") e posteriormente (em 1 a 3 dias) formam-se crostas, resultando em cerca de 200 a 500 lesões, que causam intenso prurido ("coceira"). As primeiras lesões comumente aparecem na cabeça ou pescoço, mas a medida que estas evoluem, rapidamente vão surgindo novas lesões em tronco e membros e também em mucosas (oral, genital, respiratória e conjuntival), sendo freqüente que os diferentes estágios evolutivos (pápulas, vesículas, pústulas e crostas) estejam presentes simultaneamente. A evolução para a cura, comumente, ocorre em até uma semana, embora lesões crostosas residuais A.M.C.R 1 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA possam persistir por 2 a 3 semanas e algumas pequenas cicatrizes permaneçam indefinidamente. Tratamento: Todas as pessoas que apresentam manifestações clínicas compatíveis com varicela devem ser avaliadas por médico tão logo possível. Os antitérmicos (paracetamol, dipirona), caso sejam necessários, podem ser utilizados para controlar a febre. Os medicamentos que contenham em sua formulação o ácido acetil-salicílico (AAS®, Aspirina®, Doril®, Melhoral® etc) não devem ser usados em crianças com Varicela, pela possibilidade de Síndrome de Reye (doença rara, de alta letalidade, caracterizada pelo comprometimento do sistema nervoso central e do fígado associado ao uso deste medicamento durante infecções virais em crianças). O uso do ácido acetil-salicílico, por provocar alterações na função das plaquetas, pode ainda aumentar o risco de episódios de sangramentoem pessoas de qualquer idade. O prurido pode ser atenuado com banhos ou compressas frias e com a aplicação de soluções líquidas contendo cânfora ou mentol ou óxido de zinco. Quando muito intenso, pode ser necessário utilizar medicamentos (como a dexclorfeniramina ou a cetirizina), ajustando-se a dose pelo peso do doente, para evitar sonolência excessiva. Para reduzir o risco de infecção bacteriana na pele, principalmente em crianças, as unhas devem ser cortadas para evitar traumatismo durante o ato de coçar. A higiene corporal deve ser observada, bastando para isto a limpeza com água e sabão. Não existe comprovação científica de benefício do uso de substâncias como o permanganato de potássio e soluções iodadas para a higiene das lesões de pele. Esta prática, pode ainda resultar em danos, incluindo queimaduras e reações alérgicas. Quando ocorrerem, as complicações bacterianas (infecção secundária da pele, pneumonia e sepse) devem ser tratadas com antibióticos adequados, receitados pelo médico. 5.6-FEBRE AMARELA A febre amarela é uma doença infecciosa causada por um flavivírus (o vírus da febre amarela , para a qual está disponível uma vacina altamente eficaz. A doença é transmitida por mosquitos e ocorre exclusivamente na América Central, na América do Sul e na África. No Brasil, a febre amarela é geralmente adquirida quando uma pessoa não vacinada entra em áreas de transmissão silvestre (regiões de cerrado, florestas). A.M.C.R 1 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA Tratamento: O tratamento é feito usando antiparasitários(substâncias químicas tóxicas ao parasita. O medicamento mais indicado é o Prazinquantel, que vem na forma de comprimidos que normalmente é ingerido via oral uma vez por dia, o que já basta para eliminar o parasita e a disseminação de ovos ao meio ambiente. Nos casos de doença crônica um tratamento específico é necessário. A prevenção da esquistossomose é na verdade muito simples, veja algumas maneiras de se evita-la: - Identificando as pessoas contaminadas e dando-lhes tratamento. - Melhorias no sistema de saneamento básico das regiões de risco. - Eliminação do hospedeiro intermediário(Caramujo). - Distribuição de cartilhas sobre a doença à população. Diagnóstico :de infecção de esquistossomose é importante saber se a pessoa esteve em alguma área onde há registro de casos da doença, além dos sintomas apresentados desde então. Além disso, exames de fezes e urinas são essenciais. Recentemente há exames que detectam no sangue a presença de anticorpos que atuam contra o parasita. 5.9-MALÁRIA A malária é uma das mais importantes doenças tropicais do mundo e apresenta-se bastante difundida no mundo. Essa doença caracteriza-se por desencadear acessos periódicos de febres intensas que debilitam profundamente o doente. A malária provoca lesões no fígado, no baço e em outros órgãos, além de anemia profunda devido à destruição maciça dos glóbulos vermelhos que são utilizados pelo Plasmodium para reproduzir-se. Tipos de Plasmodium que são transmitidos por diferentes espécies de mosquito. Protozoário Tipo de malária Ciclo (duração) Plasmodium vivax terça benigna 48 horas Plasmodium malariae quartã 72 horas Plasmodium falciparum terçã maligna (fatal) 24 a 48 horas A.M.C.R 2 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA Profilaxia da Malária (Prevenção) • Drenando-se valas e banhados, as fêmeas dos mosquitos não terão mais local apropriado para a postura; • A criação de peixes larvófagos, isto é, que se alimentam de larvas dos mosquitos, produz bons resultados; • O uso de repelentes e a utilização de tela nas janelas impedem que os mosquitos se aproximem do homem; • Evitar o acúmulo de pneus velhos, latas, vasos e outros recipientes que armazenam água, possibilitando a reprodução do mosquito. • Certas árvores, como o eucalipto podem ser usadas como plantas drenadoras, porque absorvem muita água do solo. Não havendo água estagnada, as fêmeas dos mosquitos não terão local adequado para a postura; • Educação sanitária e o tratamento medicamentoso (alcalóides) dos enfermos são medidas indispensáveis. Ainda não há vacina contra a malária. Tratamento : visa principalmente a interrupção da esquizogonia sangüínea, responsável pela patogenia e manifestações clínicas da infecção. Entretanto, pela diversidade do seu ciclo biológico, é também objetivo da terapêutica proporcionar a erradicação de formas latentes do parasita no ciclo tecidual (hipnozoítos) do P. vivax, evitando assim as recaídas tardias. Além disso, a abordagem terapêutica de pacientes residentes em áreas endêmicas, pode visar também à interrupção da transmissão, pelo uso de drogas que eliminam as formas sexuadas dos parasitos. Para atingir esses objetivos, diversas drogas com diferentes mecanismos de ação são utilizadas, tentando impedir o desenvolvimento do parasito no hospedeiro. O Ministério da Saúde através de uma política nacional de medicamentos para tratmento da malária, disponibiliza gratuitamente essas drogas em todo o território nacional através das unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). 5.10-CAXUMBA A.M.C.R 2 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA É uma doença contagiosa ocasionada por vírus, estes são transmitidos por gotas de espirros, tosse ou por contato direto. Sintomas :Os sintomas são inchaço da glândula parótida em frente a orelha, dor na glândula inchada com tato ou pressão, dor aumentada com a mastigação, febre acima de 37ºC, dores de cabeça, e garganta inflamada. É uma doença de transmissão respiratória e que ataca normalmente as crianças. A caxumba é uma doença inofensiva, porém pode provocar complicações como inchaço nos testículos e ovários, e em casos raros resultar em esterilidade. O coração e as articulações (juntas) também podem ser acometidos. O diagnóstico é feito através de exame de sangue. A prevenção é realizada devido a eficácia da vacina tríplice viral. 5.11-DOENÇA DE CHAGAS Trata-se de uma infecção generalizada basicamente crônica, cujo agente etiológico é o protozoário flagelado Trypanosoma cruzi, habitualmente transmitido ao homem pelas fezes do inseto hematófago conhecido popularmente como "bicho-barbeiro", "procotó", "chupança", "percevejo-do-mato", "gaudércio", etc. A transmissão pode ser feita também pela transfusão sangüínea, placenta e pelo aleitamento materno. A disseminação da doença está profundamente relacionada com as condições de vida da população, principalmente de habitação, e com as oportunidades econômicas e sociais que lhe são oferecidas. Modo de transmissão: O "barbeiro", em qualquer estágio do seu ciclo de vida, ao picar uma pessoa ou animal com tripanossomo, suga juntamente com o sangue formas de T.cruzi, tornando-se um " barbeiro" infectado. Os tripanossomos se multiplicam no intestino do "barbeiro", sendo eliminados através das fezes. A.M.C.R 2 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA Sintomatologia O período de incubação é de 3 a 5 anos. A classificação das formas clínicas da hanseníase divide-se basicamente em quatro: indeterminada, tuberculóide, dimorfa e virchowiana. Os dois tipos mais importantes são a tuberculóide e a virchowiana ou lepromatosa. A formatuberculóide é carcterizada por nódulos sob a pele e regiões de anestesia circunscrita, pelas lesões dos nervos periféricos. A forma mais grave é a vichowiana ou lepromatosa que causa ulcerações e deformidades, com mutilações de mãos, nariz e orelhas. 5.14-MENINGITE é uma inflamação das meninges e do L.C.R. interposto. O processo inflamatório estende-se por todo o espaço sub-aracnoide em torno do encéfalo e da medula espinal e costuma envolver os ventrículos. TIPOS DE MENINGITE MAIS COMUNS – Bacteriana ou piogénica meningococos ( bactérias formadoras de pûs ) bacilos influenza pneumococos # – Meningite Tuberculosa - bacilos da tuberculose # –Meningite Asséptica ou Viral – agentes virais MENINGITE BACTERIANA É uma inflamação das membranas que cobrem o cérebro e a espinal medula, causada por microorganismos piogenicos e caracterizada por L.C.R. turvo, com proteinorraquia aumentada, glicorraquia diminuída e hipercitose á custa de leucócitos polimorfonucleares alterados.>> ETIOLOGIA Pode ser causada por bactérias patogénicas e não patogénicas. Todos os Mo podem causar meningite desde que consigam atravessar a barreira hematoencefalica. Agentes mais frequentes: - Neisséria meningitides (meningococos) - Haemophilus influenza tipo 3 - Streptococus pneumoniae (pneumococo) MANIFESTAÇÕES CLINICAS As manifestações clinicas, dependem em grande medida : - da idade do doente; - da duração da doença; - da resposta á infecção.Na A.M.C.R 2 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA maioria dos casos, há um período de 3 dias de doença antes do aparecimento incontestável de meningite. Sinais meningeos : - rigidez da nuca - Brudzinski - Kernig # Crianças com mais de 2 anos : - mal estar geral; - febre (38-40ºc ); - calafrios; - cefaleia intensa; - vômitos; - dores generalizadas; - convulsão ( ocasionalmente ) irritação; - sinais meníngeos presentes; - exantemas petéquiais ou púrpuricos Estes sintomas tendem a agravar-se, podendo mesmo originar um estado de coma. # Lactentes e crianças pequenas : Raramente é observado o quadro clássico de meningite Os sinais meningeos, não contribuem para o diagnóstico por serem de difícil avaliação. Podem apresentar : - febre; vómitos; - irritabilidade; - convulsões; - choro; A.M.C.R 2 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA - rigidez da nuca. # - Período neonatal De diagnóstico difícil. Por vezes pode ser definido com um << a criança não está bem. Os sintomas mais frequentes são: - recusa alimentar; - escassa capacidade de sucção; - vómitos e/ou diarreia; - tónus fraco; - choro débil; - hipotermia ou febre; - icterícia; - sonolência; - convulsões; DIAGNOSTICO : Em alguns casos, as culturas de material colhido no nariz e garganta, podem oferecer informações valiosas - exame físico - Exame do Liquor (diag. Definitivo) TERAPÊUTICA : A conduta terapêutica inicial compreende : - isolamento; - instituição de antibioterapia; - manutenção de Hidratação; - manutenção de ventilação; - controle de convulsões; - controle de temperatura; - correcção de anemia. PREVENÇÃO : Nas meningites neonatais, a prevenção é feita com a melhoria da assistência obstétrica. # Pode ser feita através da vacinação, com vacinas para meningococos tipo A e tipo C. # Prevenção de infecções respiratórias e dos ouvidos. A.M.C.R 2 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA dose, independente do tempo decorrido desde a última aplicação. Para assegurar proteção permanente, além da série básica, é necessária a aplicação de uma dose de reforço a cada dez anos, uma vez que os níveis de anticorpos contra o tétano (e contra a difteria) vão se reduzindo com o passar do tempo. A dT pode ser administrada com segurança em gestantes e constitui a principal medida de prevenção do tétano neonatal, não se eximindo a importância do parto em condições higiênicas e do tratamento adequado do coto umbilical. Para garantir proteção adequada para a criança contra o risco de tétano neonatal, a gestante que tem o esquema vacinal completo com a última dose feita há mais de cinco anos deve receber um reforço no sétimo mês da gravidez. 5.16-LEPTOSPIROSE febre dos pântanos, doença dos porqueiros, tifo canino. É doença infecciosa, uma zoonose, causada por uma série de bactérias de aspecto muito peculiar lembrando um saca – rolhas, chamada leptospira. A forma mais grave da doença e com mais alta mortalidade é associada ao Leptospira icterohaemorrhagiae, chamada, com mais propriedade, doença de Weil. O agente etiológico É uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Leptospira presente na urina de ratos e outros animais. Transmissão : Em situações de enchentes e inundações, a urina dos ratos, presente em esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama dos alagamentos. A pessoa que tem contato com água de enchente ou lama pode se contaminar. As bactérias presentes na água penetram no corpo humano pela pele, principalmente se houver algum arranhão ou ferimento. O contato com água ou lama de esgoto, lagoas ou rios contaminados e terrenos baldios com a presença de ratos também podem facilitar a transmissão da leptospirose. As pessoas que correm mais perigo são aquelas que vivem à beira de córregos e em locais onde haja ratos contaminados, lixo e também, aquelas que trabalham na coleta de lixo, em esgotos, plantações de cana-de-açúcar, de arroz, etc. Também é possível contrair a doença por ingestão de alimentos contaminados ou pelo contato direto da boca em latas de refrigerantes e cervejas. Lembre-se que com enorme freqüência as latas ficam estocadas em armazéns infestados por roedores que podem urinar e contaminá-las. A mordida de ratos também pode transmitir a leptospirose, pois A.M.C.R 3 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA os ratos têm o hábito de lamber a genitália e assim poderia inocular a bactéria ao morder uma pessoa. A rede de esgoto precária, a falta de drenagem de águas pluviais, a coleta de lixo inadequada e as conseqüentes inundações são condições favoráveis para o aparecimento de epidemias. Assim, a doença atinge em maior número pessoas de baixo nível sócio-econômico, que vivem nas periferias das grandes cidades. Quadro clínico Os sinais e sintomas da leptospirose aparecem entre dois e trinta dias após a infecção (período de incubação), sendo em média de dez dias. Os primeiros sinais e sintomas : Fraqueza, dor no corpo, dor de cabeça e febre, sendo que, às vezes, a doença é confundida com gripe, dengue ou algum outro tipo de virose. Com o aumento da febre podem ocorrer calafrios, mal-estar, dor na batata das pernas (panturrilhas), fortes dores na barriga e também o aparecimento de cor amarelada na pele (icterícia). Vômitos e diarréia podem levar à desidratação.É comum que os olhos fiquem muito avermelhados. Em alguns pacientes os sinais e sintomas podem ressurgir após dois ou três dias de aparente melhora. Nesse período, é comum aparecer manchas avermelhadas pelo corpo e pode ocorrer meningite, que geralmente não é grave. O diagnóstico da doença é confirmado através de exames de sangue (sorologia). Complicações Os pacientes que têm icterícia geralmente desenvolvem uma forma mais grave, com manifestações hemorrágicas na pele, sangramentos pelo nariz, gengivas e pulmões e pode ocorrer insuficiência dos rins, o que causa diminuição do volume urinário. As formas graves podem levar ao coma e à morte em 10% dos casos. Tratamento: . O tratamento se baseia em hidratação, e o antibiótico deve ser dado até o 4º dia de doença, devendo ser receitado pelo médico. Podem ser dados analgésicos, porém, está contra-indicado o uso de ácido acetilsalicílico e de antiinflamatórios, que podem aumentar o risco de sangramentos. Os casos leves podem ser tratados em casa, após consulta médica. Os pacientes com as formas com icterícia e hemorragias devem ser internados. Prevenção : Primeiramente não se deve entrar em contato com água e lama de enchentes, proibindo as crianças de fazê-lo.Uso de EPIs para quem trabalha em contato com esgoto ou lixo deve usar botas e luvas de borracha. Se o contato for inevitável, usar as proteções individuais citadas ou improvisar sacos plásticos amarrados nos pés e A.M.C.R 3 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA mãos, ficando o menor tempo possível em contato com as águas. Objetos que tiveram contato com águas de enchentes devem ser desinfetados com água sanitária (4 xícaras de café diluídos em 20 litros de água) e os alimentos devem ser descartados. Água de poço deve ser clorada ou fervida antes de beber.Se o contato com águas de enchente já ocorreu, o risco de contaminação da pessoa será maior de acordo com: • A concentração de bactérias na água, o tempo que a pessoa ficou em contato com as águas, contato com mucosas, a presença de lesões de pele e a imunidade do indivíduo. • Deve-se ficar atento por alguns dias e, se a pessoa adoecer, deve procurar o médico o mais breve possível, contando sobre o risco de contágio de leptospirose. Como os ratos sãos os principais transmissores da doença para o ser humano, diversos cuidados devem ser tomados para evitar a proliferação destes roedores, tais como: 1. Manter os alimentos guardados em vasilhames tampados; 2. Colocar o lixo em sacos plásticos resistentes e em latões fechados; 3. Se tiver em casa cães, gatos ou outros animais de estimação, retirar e lavar os vasilhames de alimento do animal todos os dias antes do anoitecer, para não atrair ratos; 4. Manter limpos e desmatados os terrenos baldios; 5. Não jogar lixo perto de córregos, para não atrair ratos e não dificultar o escoamento das águas, agravando as enchentes; 6. Fechar buracos de telhas, paredes e rodapés; Manter as caixas d’água, ralos e vasos sanitários fechados com tampas pesadas; 7. Outros animais domésticos também podem transmitir a Leptospira pela urina se estiverem infectados, portanto deve-se evitar contato com excreções de animais, limpar as áreas diariamente e de preferência com a proteção de luvas e calçados emborrachados. 8. Cães, bovinos e suínos devem ser vacinados anualmente contra leptospirose. 9. Deve-se evitar ingerir bebidas diretamente de latas ou garrafas sem que essas sejam lavadas adequadamente. A.M.C.R 3 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA • não deixar expostos à chuva pneus velhos ou objetos (latas, garrafas, cacos de vidro) que possam acumular água; • acondicionar o lixo domiciliar em sacos plásticos fechados ou latões com tampa; • tampar cuidadosamente caixas d'água, filtros, barris, tambores, cisternas etc. Medidas do governo: Para reduzir a população do mosquito adulto, é feita a aplicação de inseticida através do "fumacê", que deve ser empregado apenas quando está ocorrendo epidemias. O "fumacê" não acaba com os criadouros e precisa ser sempre repetido, o que é indesejável, para matar os mosquitos que vão se formando. Por isso, é importante eliminar os criadouros do mosquito transmissor. 5.18-RAIVA A raiva , também conhecida como hidrofobia (quando ocorre na forma virótica) é uma doença causada por um vírus da família rhabdoviridae, gênero Lyssavirus. O agente causador da raiva pode infectar qualquer animal de sangue quente, porém só irá desencadear a doença em mamíferos, como por exemplo cachorros, gatos, ruminantes e primatas (como o homem). O vírus da Raiva é um Rhabdovirus com genoma de RNA simples de sentido negativo (a sua cópia é que é lida como mRNA na síntese protéica). O vírus tem envelope bilípidico, cerca de 100 nanômetros e forma de bala. Prevenção : A vacina contra a Raiva deve-se ao célebre microbiologista francês Louis Pasteur, que a desenvolveu em 1886. Sintomatologia : Na fase inicial há apenas dor ou comichão no local da mordidela, náuseas, vômitos e mal estar moderado ("mau humor"). Na fase excitativa que se segue, surgem espasmos musculares intensos da faringe e laringe com dores excruciantes na deglutição, mesmo que de água. O indivíduo ganha por essa razão um medo irracional e intenso ao líquido, chamado de hidrofobia (por isso também conhecida por este nome). Logo que surge a hidrofobia a morte já é certa. Outros sintomas são episódios de hostilidade violenta (raiva), tentativas de morder e bater nos outros e gritos, alucinações, insônia, ansiedade extrema, provocados por estímulos aleatórios visuais ou acústicos. O A.M.C.R 3 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA doente está plenamente consciente durante toda a progressão. A morte segue-se na maioria dos casos após cerca de quatro dias Diagnóstico : É usada a imunofluorescência para detectar antígenos o vírus em biópsias da córnea ou pele. A observação microscópica óptica ou electrónica de corpos neuronais permite observar os patognómicos corpos de Negri inclusões citoplasmáticas escuras Tratamento : Não há cura e após surgirem os sintomas excitatórios (hidrofobia) a morte é certa e a terapia consiste apenas em aliviar os sintomas e diminuir o sofrimento do doente. 5.19-TOXOPLASMOSE - Doença do gato. Trata-se de doença infecciosa causada por um protozoário chamado Toxoplasma gondii. Este protozoário é facilmente encontrado na natureza e pode causar infecção em grande número de mamíferos e pássaros no mundo todo. Outro período particularmente de risco para se adquirir a infecção é durante a vida intra-uterina, da gestante para o feto (transmissão vertical). O feto pode ter afetada a sua formação quando contaminado. Transmissão de quatro formas: Por ingestão de cistos presentes em dejetos de animais contaminados, particularmente gatos, que podem estar presentes em qualquer solo onde o animal transita. Mais comum no nosso meio. Por ingestão de carne de animais infectados (carne crua ou mal- passada), mais comum na Ásia. Por transmissão intra-uterina da gestante contaminada para o feto (vertical). Uma quarta forma de transmissão pode ocorrer através de órgãos contaminados que, ao serem transplantados em pessoas que terão A.M.C.R 3 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA que utilizar medicações que diminuem a imunidade (para combater a rejeição ao órgão recebido), causam a doença. Obs: A apresentação desta doença naqueles com imunidade diminuída, como já se poderia imaginar é muito mais agressiva. Particularmente mais comum neste grupo são os pacientes contaminados pelo vírus HIV-1 (vírus que causa a síndrome da imunodeficiência adquirida, SIDA ou AIDS em inglês). Em geral também ocorre por reativação de infecção latente. Os sintomas nestes casos são manifestações de comprometimento do cérebro, pulmões, olhos e coração. Sintomatologia : A apresentação mais comum decorre do comprometimento cerebral manifesta por dores de cabeça, febre, sonolência, diminuição de força generalizada ou de parte do corpo (metade direita ou esquerda) evoluindo para diminuição progressiva da lucidez até o estado de coma. Diagnóstico : Por se tratar de doença com sintomas muito inespecíficos e comuns a muitas outras, o diagnóstico geralmente é feito por médicos com experiência na área. A confirmação do diagnóstico é feito por diversos testes sangüíneos, Os mais comuns são os que detectam a presença de anticorpos no sangue contra o Toxoplasma gondii. Tratamento : A necessidade e o tempo de tratamento serão determinados pelas manifestações, locais de acometimento e principalmente estado imunológico da pessoa que está doente. São três as situações: Imunocompetentes com infecção aguda: - Somente comprometimento gânglionar: em geral não requer tratamento. - Infecções adquiridas por transfusão com sangue contaminado ou acidentes com materiais A.M.C.R 3 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA alimentos. A alimentação na rua com vendedores ambulantes constitui um risco elevado. Os alimentos mais seguros são os preparados na hora, por fervura, e servidos ainda quentes. Manifestações Clínicas : As manifestações , especialmente na primeira semana de doença, podem ser semelhantes a de outras doenças febris como a malária. Mesmo que tenham história de risco para febre tifóide , pessoas que estiveram em uma área de transmissão de malária, e que apresentem febre, durante ou após a viagem, devem ter essa doença investigada. À medida que a febre tifóide progride, é mais facilmente confundível com infecções que podem ter evolução lenta como a endocardite bacteriana, a tuberculose ou, ainda, com as doenças de natureza auto-imune, como o lupus eritematoso sistêmico. O tratamento : consiste basicamente em antibióticos e reidratação. Nos casos leves e moderados, o médico pode recomendar que o tratamento seja feito em casa, com antibióticos orais. Os casos mais graves devem ser internados para hidratação e administração venosa de antibióticos. Sem tratamento antibiótico adequado, a febre tifóide pode ser fatal em até 15% dos casos. CAPITULO II- DOENÇAS SEXUALMENTES TRANSMISSIVEIS 1-SÍFILIS- Sinônimos Cancro duro, cancro sifilítico, Lues. Período de Incubação 1 semana à 3 meses. Em geral de 1 a 3 semanas Agente:Treponema pallidum Conceito: Doença infecto-contagiosa sistêmica (acomete todo o organismo), que evolui de forma crônica (lenta) e que tem períodos de acutização (manifesta-se agudamente) e períodos de latência (sem manifestações). Pode comprometer múltiplos órgãos (pele, olhos, ossos, sistema cardiovascular, sistema nervoso). De acordo com algumas A.M.C.R 4 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA características de sua evolução a sífilis divide-se em Primária, Secundária, Latente e Terciária ou Tardia. Quando transmitida da mãe para o feto é chamada de Sífilis Congênita. Sífilis primária: trata-se de uma lesão ulcerada (cancro) não dolorosa (ou pouco dolorosa), em geral única, com a base endurecida, lisa, brilhante, com presença de secreção serosa (líquida, transparente) escassa e que pode ocorrer nos grandes lábios, vagina, clítoris, períneo e colo do útero na mulher e na glande e prepúcio no homem, mas que pode tambem ser encontrada nos dedos, lábios, mamilos e conjuntivas. É frequente também a adenopatia inguinal (íngua na virilha) que, em geral passa desapercebida. O cancro usualmente desaparece em 3 a 4 semanas, sem deixar cicatrizes. Entre a segunda e quarta semanas do aparecimento do cancro, as reações sorológicas (exames realizados no sangue) para sífilis tornam-se positivas. Sífilis Secundária: é caracterizada pela disseminação dos treponemas pelo organismo e ocorre de 4 a 8 semanas do aparecimento do cancro. As manifestações nesta fase são essencialmente dermatológicas e as reações sorológicas continuam positivas. Sífilis Latente: nesta fase não existem manifestações visíveis mas as reações sorológicas continuam positivas. Sífilis Adquirida Tardia: a sífilis é considerada tardia após o primeiro ano de evolução em pacientes não tratados ou inadequadamente tratados. Apresentam-se após um período variável de latência sob a forma cutânea, óssea, cardiovascular, nervosa etc. As reações sorológicas continuam positivas também nesta fase. Sífilis Congênita: é devida a infecção do feto pelo Treponema por via transplacentária, a partir do quarto mes da gestação. As manifestações da doença, na maioria dos casos, estão presentes já nos primeiros dias de vida e podem assumir formas graves, inclusive podendo levar ao óbito da criança.. A.M.C.R 4 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA Complicações/Consequências Aborto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto. Infecções peri e neonatal, Sífilis Congênita. Neurossífilis. Sífilis Cardiovascular. Transmissão Relação sexual (vaginal anal e oral), transfusão de sangue contaminado, transplacentária (a partir do quarto mês de gestação). Eventualmente através de fômites. Tratamento Medicamentoso. Com cura completa, se tratada precoce e adequadamente. Prevenção Camisinha pode proteger da contaminação genital se a lesão estiver na área recoberta. Evitar contato sexual se detectar lesão genital no(a) parceiro(a). Lesão localizada no pênis (glande) Lesão localizada na vulva (grandes lábios) 2- Cancro Mole - Sinônimos Cancróide, cancro venéreo simples, "cavalo" Agente Haemophilus ducreyi Período de Incubação 2 à 5 dias Conceito: Ulceração (ferida) dolorosa, com a base mole, hiperemiada (avermelhada), com fundo purulento e de forma irregular que compromete principalmente a genitália A.M.C.R 4 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA parto. Tratamento Não existe ainda tratamento eficaz quanto a cura da doença. O tratamento tem por objetivo diminuir as manifestações da doença ou aumentar o intervalo entre as crises. Prevenção: Não está provado que a camisinha diminua a transmissibilidade da doença. Higienização genital antes e após o relacionamento sexual é recomendável. Lesões no pênis (fase inicial). Lesões no períneo feminino. A.M.C.R 4 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA Lesões localizadas no pênis. Lesões boca e face 4- Gonorréia Sinônimos: Uretrite Gonocócica, Blenorragia, Fogagem. Agente: Neisseria gonorrhoeae Período de Incubação 2 a 10 dias Conceito: Doença infecto-contagiosa que se caracteriza pela presença de abundante secreção purulenta (corrimento) pela uretra no homem e vagina e/ou uretra na mulher. Este quadro frequentemente é precedido por prurido (coceira) na uretra e disúria (ardência miccional). Em alguns casos podem ocorrer sintomas gerais, como a febre. Nas mulheres os sintomas são mais brandos ou podem estar ausentes (maioria dos casos). A.M.C.R 4 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA Complicações/Consequências Aborto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto. Doença Inflamatória Pélvica. Infertilidade. Epididimite. Prostatite. Pielonefrite. Meningite. Miocardite. Gravidez ectópica. Septicemia, Infecção ocular (ver foto abaixo) Pneumonia e Otite média do recém-nascido. Artrite aguda etc, é uma das principais causas infecciosas de infertilidade feminina. Transmissão: Relação sexual. Tratamento Antibióticos. Prevenção Camisinha. Higiene pós-coito. 5- HPV-Condiloma Acuminado A.M.C.R 4 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA Agente: Candida albicans e outros. Conceito: A candidíase, especialmente a candidíase vaginal, é uma das causas mais frequentes de infecção genital. Caracteriza-se por prurido (coceira), ardor, dispareunia (dor na relação sexual) e pela eliminação de um corrimento vaginal em grumos brancacentos, semelhante à nata do leite. Com frequência, a vulva e a vagina encontram-se edemaciadas (inchadas) e hiperemiadas (avermelhadas). As lesões podem estender-se pelo períneo, região perianal e inguinal (virilha). No homem apresenta-se com hiperemia da glande e prepúcio (balanopostite) e eventualmente por um leve edema e pela presença de pequenas lesões puntiformes (em forma de pontos), avermelhadas e pruriginosas. Na maioria das vezes não é uma doença de transmissão sexual. Em geral está relacionada com a diminuição da resistência do organismo da pessoa acometida. Existem fatores que predispõe ao aparecimento da infecção : diabetes melitus, gravidez, uso de contraceptivos (anticoncepcionais) orais, uso de antibióticos e medicamentos imunosupressivos (que diminuem as defesas imunitárias do organismo), obesidade, uso de roupas justas etc. Complicações/Consequências: São raras. Pode ocorrer disseminação sistêmica (especialmente em imunodeprimidos). Transmissão: Ocorre transmissão pelo contato com secreções provenientes da boca, pele, vagina e dejetos de doentes ou portadores. A transmissão da mãe para o recém- nascido (transmissão vertical) pode ocorrer durante o parto. A infecção, em geral, é primária na mulher, isto é, desenvolve-se em razão de fatores locais ou gerais que diminuem sua resistência imunológica. Período de Incubação: Muito variável. Tratamento: Medicamentos locais e/ou sistêmicos. Prevenção: Higienização adequada. Evitar vestimentas muito justas. Investigar e tratar doença(s) predisponente(s). Camisinha. A.M.C.R 5 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA 7-Linfogranuloma Venéreo- Sinônimos: Doença de Nicolas-Favre, Linfogranuloma Inguinal, Mula, Bubão. Agente: Chlamydia trachomatis. Período de Incubação 7 a 60 dias. Conceito: O Linfogranuloma venéreo caracteriza-se pelo aparecimento de uma lesão genital (lesão primária) que tem curta duração e que se apresenta como uma ulceração (ferida) ou como uma pápula (elevação da pele). Esta lesão é passageira (3 a 5 dias) e frequentemente não é identificada pelos pacientes, especialmente do sexo feminino. Complicações/Consequências Elefantíase do pênis, escroto, vulva. Proctite (inflamação do reto) crônica. Estreitamento do reto. Transmissão Relação sexual é a via mais frequente de transmissão. O reto de pessoas cronicamente infectada é reservatório de infecção. Tratamento Sistêmico, através de antibióticos. Aspiração do bubão inguinal. Tratamento das fístulas A.M.C.R 5 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA Prevenção Camisinha. Higienização após o coito. . 8-AIDS-SIDA Sinônimos: SIDA, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, HIV-doença. Conceito: Síndrome (uma variedade de sintomas e manifestações) causado pela infecção crônica do organismo humano pelo vírus HIV (Human Immunodeficiency Virus). O vírus compromete o funcionamento do sistema imunológico humano, impedindo-o de executar sua tarefa adequadamente, que é a de protegê-lo contra as agressões externas (por bactérias, outros vírus, parasitas e mesmo por celulas cancerígenas). Com a progressiva lesão do sistema imunológico o organismo humano se torna cada vez mais susceptível a determinadas infecções e tumores, conhecidas como doenças oportunísticas, que acabam por levar o doente à morte. A.M.C.R 5 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA 10-Infecção por gardenerella Sinônimos: Vaginite inespecífica. Vaginose bacteriana. Agente: Gardnerella vaginalis. Período de Incubação De 2 a 21 dias. Conceito: A gardnerella vaginalis é uma bactéria que faz parte da flora vaginal normal (ver explicação abaixo) de 20 a 80% das mulheres sexualmente ativas. Quando, por um desequilíbrio dessa flora, ocorre um predomínio dessa bactéria (segundo alguns autores em associação com outros germes como bacteróides, mobiluncus, micoplasmas etc), temos um quadro que convencionou-se chamar de vaginose bacteriana.Usa-se esse termo para diferenciá-lo da vaginite, na qual ocorre uma verdadeira infecção dos tecidos vaginais. Na vaginose, por outro lado, as lesões dos tecidos não existem ou são muito discretas, caracterizando-se apenas pelo rompimento do equilíbrio microbiano vaginal normal. Sintomatologia : A vaginose por gardnerella pode não apresentar manifestações clínicas (sinais ou sintomas). Quando ocorrem, estas manifestações caracterizam-se por um corrimento homogêneo amarelado ou acinzentado, com bolhas esparsas em sua superfície e com um odor ativo desagradável. O prurido (coceira) vaginal é citado por algumas pacientes mas não é comum. Após uma relação sexual, com a presença do esperma (de pH básico) no ambiente vaginal, costuma ocorrer a liberação de odor semelhante ao de peixe podre. Foi detectada uma maior incidência da vaginose bacteriana em mulheres que tem múltiplos parceiros sexuais. No homem pode ser causa de uretrite e, eventualmente, de balanopostite (inflamação do prepúcio e glande). A uretrite é geralmente assintomática e raramente necessita de tratamento. Quando presentes os sintomas restringem-se a um prurido (coceira) e um leve ardor (queimação) miccional. Raramente causa secreção (corrimento) uretral. No homem contaminado é que podemos falar efetivamente que se trata de uma DST. FLORA MICROBIANA NORMAL : Nosso organismo, a partir do nascimento, entra em contacto com germes (bactérias, virus, fungos etc) os quais vão se A.M.C.R 5 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA localizando na pele e cavidades (boca, vagina, uretra, intestinos etc) caracterizando o que se chama de Flora Microbiana Normal. Normal porque é inexorável e porque estabelece um equilíbrio harmônico com o nosso organismo. Existem condições em que este equilíbrio pode se desfazer (outras infecções, uso de antibióticos, 'stress', depressão, gravidez, uso de DIU, uso de duchas vaginais sem recomendação médica etc) e determinar o predomínio de um ou mais de seus germes componentes, causando então o aparecimento de uma infecção. Complicações/Consequências: Infertilidade. Salpingite. Endometrite. DIP. Ruptura prematura de Membranas. Aborto. Aumento do risco de infecção pelo HIV se houver contato com o vírus. Há aumento também do risco de se contrair outras infecções como a gonorréia, trichomoníase etc. Durante a gestação pode ser causa de prematuridade ou RN de baixo peso. Transmissão: Geralmente primária na mulher. Sexual no homem. Pode ocorrer também transmissão pelo contato genital entre parceiras sexuais femininas Tratamento - Medicamentoso : Metronidazol, Clindamicina. Pode haver cura expontânea da doença. Prevenção: Camisinha. Evitar duchas vaginais, exceto sob recomendação médica. Limitar número de parceiros sexuais. Contrôles ginecológicos periódicos. CAPITULO III- PARASITOSES INTESTINAIS 1-Ascaridiase : A ascaridíase é causada pelo Ascaris lumbricoides, verme nematelminte (asquelminte), vulgarmente denominado lombriga, cujo corpo é alongado e cilíndrico, com as extremidades afiladas. O comprimento varia entre 15 e 35 centímetros. Os machos apresentam a cauda enrolada e são menores que as fêmeas. A dimensão do corpo destes vermes varia de acordo com o seu número e intensidade do parasitismo. Sintomatologia : Na fase pulmonar, os principais sintomas são: dificuldade respiratória, tosse seca, febre e irritação brônquica. Na fase digestiva, ocorrem desde flatulência, dor abdominal, cólica, digestão difícil, A.M.C.R 5 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA náusea, vômito, diarréia e até presença de vermes nas fezes. Podem ocorrer sintomas alérgicos, como dermatoses, rinites e conjuntivites. Complicações mais graves podem ocorrer, como a pneumonia, abscesso hepático e choque anafilático. Nas parasitoses maciças em crianças, pode ocorrer a oclusão intestinal e até a morte. Há outras espécies de lombrigas, como a Ascaris suum, que parasita o porco. Profilaxia e Tratamento : As principais medidas profiláticas estão relacionadas à higiene, tanto pessoal quanto dos alimentos e da água. No tratamento, o pamoato de pirantel e mebendazol são muito eficazes e possuem os menores efeitos secundários. Como atuam apenas na luz intestinal, não possuem efeitos sobre as larvas, podendo ser necessária a administração de corticosteróides. 2-Giardíase : A giardíase é uma parasitose intestinal, também denominada giardose ou lamblíase, causada pelo protozoário flagelado Giardia lamblia, que se apresenta sob duas formas: a de trofozoíto, piriforme, com disco suctorial, dois núcleos e oito flagelos, que vive no intestino delgado humano, e a de cisto, ovóide, tetranucleado, eliminado aos milhões com as fezes, contaminando a água e os alimentos. É cosmopolita, sendo uma doença características das regiões tropicais e subtropicais. Giardia lamblia é o enteroparasita com maior número de cistos encontrados em águas de córregos usados na irrigação de hortaliças, encontrando-se nas populações ribeirinhas freqüência considerável da protozose. Sintomatologia : O período de incubação varia entre uma (ou menos) e 4 semanas. A sintomatologia costuma ocorrer em 50% ou mais dos parasitados, associando-se provavelmente a fatores, como alteração da flora intestinal a óbito. Na maioria dos casos, costuma ser leve ou moderada, raramente levando a óbito. O sintoma mais comum é a diarréia, com muco e não sanguinolenta; desconforto abdominal, cólica, flatulência, náuseas e vômitos. Pode ocorrer dor no epigástrio (acima do estômago), simulando úlcera péptica. Esta protozoose é mais freqüente em crianças com menos de dez anos de idade, principalmente no grupo ao redor do cinco anos ou menos. Profilaxia e Tratamento : A prevenção consiste na educação sanitária, higiene A.M.C.R 5 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA * Tinea do corpo ("impingem"): forma lesões arredondadas, que coçam e se iniciam por ponto avermelhado que se abre em anel de bordas avermelhadas e descamativas com o centro da lesão tendendo à cura. * Tinea da cabeça: mais frequente em crianças, forma áreas arredondadas com falhas nos cabelos, que se apresentam cortados rente ao couro cabeludo nestes locais (tonsurados). É muito contagiosa. * Tinea dos pés: causa descamação e coceira na planta dos pés que sobe pelas laterais para a pele mais fina. * Tinea interdigital ("frieira"): causa descamação, maceração (pele esbranquiçada e mole), fissuras e coceira entre os dedos dos pés. Bastante frequente nos pés, devido ao uso constante de calçados fechados que retém a umidade, também pode ocorrer nas mãos, principalmente naquelas pessoas que trabalham muito com água e sabão. * Tinea inguinal ("micose da virilha, jererê"): forma áreas avermelhadas e descamativas com bordas bem limitadas, que se expandem para as coxas e nádegas, acompanhadas de muita coceira. * Micose das unhas (onicomicose): apresenta-se de várias formas: descolamento da borda livre da unha, espessamento, manchas brancas na superfície ou deformação da unha. Quando a micose atinge a pele ao redor da unha, causa a paroníquia ("unheiro"). O contorno ungueal fica inflamado, dolorido, inchado e avermelhado e, por consequência, altera a formação da unha, que cresce ondulada. Veja mais. * Intertrigo candidiásico: provocado pela levedura Candida albicans, forma área avermelhada, úmida que se expande por pontos satélites ao redor da região mais afetada e, geralmente, provoca muita coceira. * Pitiríase versicolor ("micose de praia, pano branco"): forma manchas claras recobertas por fina descamação, facilmente demonstrável pelo esticamento da pele. Atinge principalmente áreas de maior produção de oleosidade como o tronco, a face, pescoço e couro cabeludo. A.M.C.R 6 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA * Tinea negra: manifesta-se pela formação de manchas escuras na palma das mãos ou plantas dos pés. É assintomática. * Piedra preta: esta micose forma nódulos ou placas de cor escura grudados aos cabelos. É assintomática. * Piedra branca: manifesta-se por concreções de cor branca ou clara aderidas aos pêlos. Atinge principalmente os pêlos pubianos, genitais e axilares e as lesões podem ser removidas com facilidade puxando-as em direção à ponta dos fios. Prevenção :Hábitos higiênicos são importantes para se evitar as micoses. Previna-se seguindo as dicas abaixo: * Seque-se sempre muito bem após o banho, principalmente as dobras de pele como as axilas, as virilhas e os dedos dos pés. * Evite ficar com roupas molhadas por muito tempo. * Evite o contato prolongado com água e sabão. * Não use objetos pessoais (roupas, calçados, pentes, toalhas, bonés) de outras pessoas. * Não ande descalço em pisos constantemente úmidos (lava pés, vestiários, saunas). * Observe a pele e o pêlo de seus animais de estimação (cães e gatos). Qualquer alteração como descamação ou falhas no pêlo procure o veterinário. * Evite mexer com a terra sem usar luvas. * Use somente o seu material de manicure. * Evite usar calçados fechados o máximo possível. Opte pelos mais largos e ventilados. * Evite roupas quentes e justas. Evite os tecidos sintéticos, principalmente nas roupas de baixo. Prefira sempre tecidos leves como o algodão. A.M.C.R 6 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA Tratamento: O tratamento vai depender do tipo de micose e deve ser determinado por um médico dermatologista. Evite usar medicamentos indicados por outras pessoas, pois podem mascarar características importantes para o diagnóstico correto da sua micose, dificultando o tratamento.Podem ser usadas medicações locais sob a forma de cremes, loções e talcos ou medicações via oral, dependendo da intensidade do quadro. O tratamento das micoses é sempre prolongado, variando de cerca de 30 a 60 dias. Não o interrompa assim que terminarem os sintomas, pois o fungo nas camadas mais profundas pode resistir. Continue o uso da medicação pelo tempo indicado pelo seu médico. As micoses das unhas são as de mais difícil tratamento e também de maior duração, podendo ser necessário manter a medicação por mais de doze meses. A persistência é fundamental para se obter sucesso nestes casos. CAPÍTULO V- AÇÕES DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA EM RELAÇÃO A PRODUTOS ALIMENTARES ,DOMICILIARES, MEDICAMENTOS, SERVIÇOS DE SAÚDE E MEIO AMBIENTE 1-AÇÕES DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA Agrotóxicos e toxicologia: Envolve a verificação da qualidade, da eficácia e da segurança de agrotóxicos, pesticidas e similares. Alimentos: Envolve o registro de alguns tipos de alimento e a fiscalização de estabelecimentos de comércio de alimentos - restaurantes, lanchonetes, bares, supermercados etc. Cosméticos: Envolve a verificação da qualidade, da eficácia e da segurança de cosméticos - shampoos, cremes, alisantes etc. Inspeção: Envolve a inspeção de empresas que produzem ou comercializam produtos ou serviços que podem afetar a saúde da população, como indústrias de medicamentos, de produtos de limpeza etc. Medicamentos Envolve a verificação da qualidade, da eficácia e da segurança de medicamentos, tanto antes da produção, quanto após a comercialização, para verificar a existência de efeitos colateriais não previstos (a chamada farmacovigilância). A.M.C.R 6 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA 3.3-Calendário de Imunização -2008 Calendário básico de vacinação (crianças) Idade Vacinas Dose Ao nascer BCG-ID (1) dose única Hepatite B (2) 1ª dose 1 mês Hepatite B 2ª dose 2 meses Tetravalente (DTP + Hib) (3) 1ª doseVOP (vacina oral contra a pólio, Sabin) 1ª dose VORH (vacina oral contra rotavírus humano) (4) 1ª dose 4 meses Tetravalente (DTP + Hib) 2ª doseVOP (vacina oral contra a pólio, Sabin) 2ª dose VORH (vacina oral contra rotavírus humano) (5) 2ª dose 6 meses Tetravalente (DTP + Hib) 3ª dose VOP (vacina oral contra a pólio, Sabin) 3ª dose Hepatite B 3ª dose 9 meses Febre amarela (6) dose única 12 meses SRC (tríplice viral, MMR) dose única 15 meses DTP (tríplice bacteriana) 1º reforçoVOP (vacina oral contra a pólio, Sabin) reforço 4 - 6 anos DTP (tríplice bacteriana) 2º reforçoSRC (tríplice viral, MMR) reforço 10 anos Febre amarela 10 anos reforço 1.A aplicação da dose de reforço com a BCG-ID (intradérmica) foi suspensa a partir de junho de 2006. A segunda dose da BCG continua recomendada para contactantes domiciliares de pessoas com qualquer forma de hanseníase. Ver Nota Técnica no. 66. 2.O esquema básico de vacinação contra a hepatite B é feito com 3 doses. A primeira dose deve ser administrada nas primeiras 12 horas de vida do recém nascido. A segunda e a terceira doses devem ser aplicadas, respectivamente, 30 e 180 dias após a primeira. 3.A vacina tetravalente (DTP+Hib) protege contra D ifteria , T étano , Pertussis (coqueluche) e infecções graves pelo Haemophilus influenzae tipo b (inclusive meningite). Os reforços, o primeiro aos 15 meses e o segundo entre 4 e 6 anos, são feitos com a DTP. A.M.C.R 6 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA 4.A primeira dose da vacina oral contra rotavírus humano (VORH) pode ser administrada entre 6 a 14 semanas de vida. O intervalo mínimo recomendado entre a primeira e a segunda dose é de 4 semanas. 5.A segunda dose da vacina oral contra rotavírus humano (VORH) pode ser administrada entre 14 a 24 semanas de vida. O intervalo mínimo recomendado entre a primeira e a segunda dose é de 4 semanas. 6.Crianças a partir dos 9 meses de idade, que residam ou que irão viajar para áreas de risco de febre amarela . Para não vacinados, em caso de viagem para áreas de risco, inclusive no exterior, a vacina contra febre amarela deve ser feita 10 dias antes da partida. 3.4—Transporte de Vacinas : as vacinas devem ser retiradas da câmara frigorifica, para o frigorífico secundário; onde são colocadas num frigorífico secundário, onde são catalogados os lotes pelos destinos definitivos, mantendo-se sempre a temperatura compreendida entre 2ºC e 8ºC. Devem ser transportados em caixa térmica e com termômetros de caixa externo e interno, a vacina não pode ser colocada direto em contato com o gelo ou gelox. 3.5-Eventos Adversos de Imuno Especiais Imunibiológicos Especiais : São aquelas vacianas dadas em condições especiais . 1-Vacina de vírus inativado contra a Poliomielite Indicações: • Imunodeprimidos • pós transplante de medula óssea • evento adverso da vacina de vírus vivos atenuados • Obs: Filhos de mãe HIV positivo antes da definição diagnóstica e crianças com HIV/aids devem receber a VIP e, quando não disponível esta vacina, deve-se utilizar a VOP. Via de administração: intramuscular ou subcutânea Composição: vacina trivalente inativada por formaldeído Idade de aplicação: a partir de 2 MESES de idade Esquema: 2 DOSES (inter. de 2 meses) e 2 REFORÇOS A.M.C.R 6 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA • 1º reforço  6 meses a 1 ano depois da 2ª dose • 2º reforço  3 a 5 anos após o 1º reforço Contra-indicações • Reação grave a dose anterior de VIP ou anafilaxia a algum componente da vacina. Eventos adversos • Locais: Eritema discreto no local da aplicação. • Sistêmicos: Febre moderada • Alérgicos: Anafilaxia é rara 2-Vacina contra Hepatite A Indicações: • Hepatopatias crônicas de qualquer etiologia; • Coagulopatias; • Crianças menores de 13 anos com HIV/aids; • Adultos com HIV/aids que sejam portadores do VHB ou VHC; • Fibrose cística; • Trissomias; Indicação : • Imunodepressão terapêutica ou por doença imunodepressora; • Candidatos a transplante de órgão sólido, cadastrados em programas de transplantes; • Transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; • Doadores de órgão sólido ou de medula óssea, cadastrados em programas de transplantes. Via de administração: intramuscular, no deltóide Composição: inativada, preparadas a partir de culturas celulares em fibroblastos humanos . A.M.C.R 6 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA • Sistêmicos: febre pode ocorrer em torno de 15% dos vacinados, até 40 dias depois da vacinação. • Alérgicos: Anafilaxia é rara 5-Imunoglobulina humana antivaricela-zóster Indicações: • Crianças ou adultos imunocomprometidos; • Grávidas; • Recém-nascidos de mães  varicela nos 5 últimos dias de gestação ou até 48 horas após o parto; • Recém-nascidos prematuros  28 ou + semanas de gestação  mãe nunca teve varicela; • Recém-nascidos prematuros < 28 semanas de gestação (ou < 1 kg ao nascimento)  independente de história materna de varicela. Composição: Obtidas do plasma de doadores selecionados com altos títulos de anticorpos específicos. Início da aplicação: Qualquer idade - < 96 h após o contato. Esquema: 1 dose Via de aplicação: Intramuscular Contra-Indicações • Anafilaxia a dose anterior. Eventos adversos • Locais: eritema, enduração e dor de intensidade leve. • Sistêmicos: febre, sintomas gastrointestinais, mal estar, cefaléia, exantema. • Alérgicos: Anafilaxia é rara. A.M.C.R 7 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA 6-Imunoglobulina Humana Anti-Rábica (IGHR) Indicações • Indivíduos que apresentaram algum tipo de hipersensibilidade quando da utilização de soro heterólogo (antitetânico, anti-rábico, antidiftérico); • Indivíduos que não completaram esquema anti-rábico por eventos adversos à vacina; • Indivíduos imunodeprimidos – na situação de pós-exposição, sempre que houver Indicações de vacinação anti-rábica. Esquema • Dose única. Contra-indicações • Anafilaxia a dose anterior. • Observação: Gravidez e imunodepressão não constituem contra-indicações. Eventos adversos • Locais: eritema, enduração e dor de intensidade leve. • Sistêmicos: febre, sintomas gastrointestinais, mal estar, cefaléia, exantema. • Alérgicos: Anafilaxia é rara. 6-Vacina contra influenza, inativada (INF) – “Vacina contra Gripe” Indicações: • Imunodeprimidos • Profissionais da saúde • Comunicantes domiciliares de imunodeprimidos; • Cardiopatias crônicas; • Pneumopatias crônicas; A.M.C.R 7 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA • Asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas; • Diabetes mellitus; • Fibrose cística; • Trissomias; • Nefropatia crônica / síndrome nefrótica; • Asma. Esquema 1 DOSE anual -≥ 9 anos 2 DOSES com intervalo de 4 a 5 semanas Vacinações subseqüentes: 1 dose anual - 6 m a 8 anos Contra-indicações • História de anafilaxia a proteínas do ovo ou a outros componentes da vacina. Eventos adversos • Locais: eritema, dor e enduração, de pequena intensidade, com duração de até dois dias; • Sistêmicos: febre, mal-estar e mialgia; • não agrava sintomas de pacientes asmáticos nem induz sintomas respiratórios. • Sd. Guillan-Barré – 1/1.000.000 doses aplicadas • Alérgicos: Reação anafilática é rara. 7-Vacina pneumocócica 7 valente Indicações: • Crianças menores de 2 anos basicamente imunocompetentes • doença pulmonar ou cardiovascular crônica grave • insuficiência renal crônica, síndrome nefrótica • diabetes • cirrose hepática A.M.C.R 7 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA Contra-Indicações • Pn23 e Pnc7: Reação anterior de hipersensibilidade imediata (anafilaxia) à vacina. Eventos Adversos • Locais: eritema, enduração e dor. • Sistêmicos: febre baixa, astenia, cefaléia e mialgia, sendo mais intensos e mais freqüentes na revacinação. • Alérgicos: anafilaxia é rara 9-DTP acelular Indicações: • crianças até 6 anos completos  após uma das doses DTP apresentem os seguintes eventos adversos: - Convulsões nas primeiras 72 horas; - Episódio Hipotônico Hiporresponsivo (EHH) nas primeiras 48 horas. • Via de aplicação : Intramuscular Composição: associação dos toxóides diftérico e tetânico com imunógenos derivados da Bordetella pertussis. Idade Aplicação: < 7 anos • 2, 4 e 6 meses, com um reforço aos 15 meses e outro entre 4 e 6 anos. • intervalo mínimo  um mês. • Crianças  doses anteriores de DTP celular ou Tetravalente completar o esquema com DTPa; • DTPa substituindo a tetravalente  simultaneamente receber vacina contra Haemophilus influenzae tipo b, aplicada com seringa individual, em grupo muscular diferente. A.M.C.R 7 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA Contra-indicações • choque anafilático: tetravalente ou da tríplice celular (DTP) ou da tríplice acelular (DTPa), antitetânico-diftéricas duplas (DT e dT) e da vacina antitetânica; • encefalopatia até sete dias depois da aplicação da vacina tetravalente ou da vacina DTP celular ou da DTP acelular, devendo o esquema nestes casos ser completado com vacina dupla (DT ou dT). Eventos adversos • Locais: são os mesmos das vacinas celulares, dor, enduração, hiperemia, porém com enor freqüência e intensidade. • Sistêmicos: temp. axilar ≥ 40°C, convulsões febris, choro com 3 horas ou mais de duração e episódios hipotônicos; • Encefalopatia  evento raro. • Alérgicos: Anafilaxia é rara 10-Vacina contra Haemophilus influenzae do tipo b (Hib) • * Para imunodeprimidos (HIV/aids, imunossupressão devido a drogas e câncer, imunodeficiência congênita com deficiência isolada de tipo humoral ou deficiência de complemento, transplantados). Dose única 2 doses (intervalo de 4 a 8 semanas)* 1 a 19 anos 12 a 15 meses * 2 doses (intervalo de 4 a 8 semanas) 7 a 11 meses A.M.C.R 7 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA 12 a 15 meses * 3 doses (intervalo de 60 dias) 2 a 6 meses Contra-indicações • Anafilaxia a dose anterior ou a algum componente da vacina Eventos adversos • 10% dos casos nas 1as 24 hs • Locais: dor, eritema e enduração • Sistêmicos: febre, irritabilidade e sonolência. • Alérgicos: anafilaxia é rara. 11-Vacina dupla infantil (DT) Esquemas • Em substituição às vacinas Tetravalente, DTP e DTP acelular, nos casos em que estas vacinas são contra-indicadas. Indicações: • Encefalopatia nos 7 dias subseqüentes à administração de dose anterior de vacina tetravalente, DTP celular ou DTP acelular. Contra-indicações • Reação anafilática anterior às vacinas Tetravalente, DTP celular, DTP acelular ou DT. Eventos adversos A.M.C.R 7 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA 13-Vacina contra Febre Tifóide • Indicações: restrita as pessoas sujeitas a exposição excepcional, em decorrência de sua ocupação (profissionais de laboratório com contato habitual com Salmonella typhi e trabalhadores de rede de esgoto), ou viajantes a áreas endêmicas. • Idade Aplicação: a partir de 2 meses de idade • Dose/Esquema básico: 1 dose • Reforço: Após 3 anos • Via de aplicação: Intramuscular 3.6-Entidades responsáveis pelo controle de doenças transmissiveis SINAN- SISTEMA NACIONAL DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) -É o sistema que reúne todas os dados relativos aos agravos de notificação, alimentado pelas notificações compulsórias . Lista de Doenças de Notificação Compulsória I. Botulismo II. Carbúnculo ou Antraz III. Cólera IV. Coqueluche V. Dengue VI. Difteria VII. Doença de Creutzfeldt - Jacob VIII. Doenças as (casos agudos) IX. Doença Meningocócica e outras Meningites X.Esquistossomose (em área não endêmica) XI. Eventos Adversos Pós-Vacinação XII.Febre Amarela XIII. Febre do Nilo Ocidental XIV. Febre Maculosa A.M.C.R 8 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA XV. Febre Tifóide XVI. Hanseníase XVII. Hantavirose XVIII. Hepatites Virais XIX. Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana - HIV em gestantes e crianças expostas ao risco de transmissão vertical XX. Influenza humana por novo subtipo (pandêmico) XXI. Leishmaniose Tegumentar Americana XXII. Leishmaniose Visceral XXIII.Leptospirose XXIV. Malária XXV. Meningite por Haemophilus influenzae XXVI. Peste XXVII.Poliomielite XXVIII.Paralisia Flácida Aguda XXIX.Raiva Humana XXX.Rubéola XXXI.Síndrome da Rubéola Congênita XXXII. Sarampo XXXIII. Sífilis Congênita XXXIV. Sífilis em gestante XXXV. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS XXXVI. Síndrome Febril Íctero-hemorrágica Aguda XXXVII. Síndrome Respiratória Aguda Grave XXXVIII. Tétano XXXIX. Tularemia XL. Tuberculose XLI. Varíola Portaria Nº 5, de 21 de fevereiro de 2006 A.M.C.R 8 ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA Referências : Manuais do Ministério da Saúde : Manual de rede de Frio Manual de Vacinação – MINISTÉRIO DA SAÚDE Manual de Imunos especiais-MINISTÉRIO DA SAÚDE Manual de doenças infecciosas e Parasitárias- GUIA DE BOLSO-M.S Manual de vacina –OMS/OPAS Sites : http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/epilista.ht hptt//saude.gov.br/editora/htm+manuais http//www.wilkpedia.com.br A.M.C.R 8
Docsity logo



Copyright © 2024 Ladybird Srl - Via Leonardo da Vinci 16, 10126, Torino, Italy - VAT 10816460017 - All rights reserved