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NBR 11682 - Estabilidade de encostas, Notas de estudo de Engenharia Ambiental

prescreve os requisitos exigíveis para o estudo e controle da estabilidade de encostas e de taludes resultantes de cortes e aterros realizados em encostas.

Tipologia: Notas de estudo

2010
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Baixe NBR 11682 - Estabilidade de encostas e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Ambiental, somente na Docsity! MAIO 2006 Projeto NBR 11682 NBR 11682 - Estabilidade de encostas Origem: NBR 11682: 1991 ABNT/CB-02 - Comitê Brasileiro de Construção Civil CE-02:004.07 - Comissão de estudo de estabilidade de taludes Slope Stability Descriptors: Slope Esta Norma substituí a(s) NBR 11682:1991 Palavra(s)-chave: Encosta, Talude 16 páginas Sumário Prefácio 1 Objetivo 2 Referências normativas 3 Definições 4 Condições gerais 5 Procedimentos preliminares 6 Investigações do terreno 7 Projeto 8 Execução de obras 9 Acompanhamento 10 Manutenção 11 Monitoramento ANEXOS A Denifições B Laudo de vistoria Prefácio A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (ABNT/CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ONS circulam para Consulta Pública entre os associados da ABNT e demais interessados. 1 Objetivo Esta Norma prescreve as condições exigíveis no estudo e controle da estabilidade de encostas naturais e de taludes resultantes de cortes e aterros realizados em encostas. Abrange, também, as condições para projeto, execução, controle e observação de obras de estabilização. Não estão incluídas nesta Norma as condições específicas aplicáveis a taludes de cavas de mineração e barragens, bem como qualquer outra situação distinta que não envolva encostas. 2 Referência normativa As normas relacionadas a seguir contém disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta Norma. A edição indicada estava em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usar a edição mais recente da norma citada a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento. a) Normas ABNT NBR-6118: ____ - Projeto e construção de obras de concreto armado NBR-6122: ____ - Projeto e execução de fundações NBR-6497: ____ - Levantamento geotécnico (AINDA NÃO CITADA) NBR-8044: ____ - Projeto geotécnico NBR-9288: ____ - Emprego de terrenos reforçados NBR-9286: ____ - Terra armada NBR-9285: ____ - Microancoragem NBR-6501: ____ - Rochas e solos NBR-9604: ____ - Abertura de poço e trincheira de inspeção em solo, com retirada de amostras deformadas e indeformadas NBR-9820: ____ - Coleta de amostras indeformadas em solo em furos de sondagem NBR-6484: ____ - Execução de sondagens de simples reconhecimento dos solos NBR-9061: ____ - Segurança de escavações a céu aberto NBR-12589: ____ - Proteção de taludes e fixação de margens em obras portuárias NBR-5629: ____ - Execução de tirantes ancorados no terreno NBR-13896: ____ - Aterros de resíduos não perigosos – critérios para projeto, implantação e operação..(AINDA NÃO CITADA) NBR-5681: ____ - Controle tecnológico da execução de aterros em obras de edificações.(AINDA NÃO CITADA) NBR-9653: ____ - Guia para avaliação dos efeitos provocados pelo uso de explosivos nas minerações em áreas urbanas – procedimento NBR-13602: ____ - Avaliação de dispersibilidade de solos argilosos pelo ensaio sedimentométrico comparativo (ensaio de dispersão SCS (AINDA NÃO CITADA) b) Normas ASTM (NENHUMA CITADA – DEVEM SAIR SE NÃO CITADAS) D2216: 1998 - Standard test method for laboratory determination of water (moistures) content of soil and rock mass by mass D2850: 2003 - Standard test method for unconsolidated undrained triaxial compression test for cohesive soils D3080: 2004 - Standard test method for direct shear test of soils under consolidated drained conditions D3213: 2003 - Standard practices for handling, storing and preparing soft undisturbed marine soil D4220: 2000 - Standard practices for preserving and transporting soil samples D4254: 2000 - Standard test methods for minimum index density and unit weight of soils and calculation of relative density D4648: 2000 - Standard test method for laboratory miniature vane shear test for saturated fine-grained clayey soil D4767: 2004 - Standard test method for consolidated undrained triaxial compression test for cohesive soils D6026: 2001 - Standard practice for using significant digits in geotechnical data c) Normas DNIT (NÃOA CITADA – DEVE SAIR SE NÃO CITADA) DNER-ME 093: 1994 - Solos – Determinação da densidade real 3 Definições Para efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições: 3.1. altura do talude (aplicável a cortes e aterros): Distância, medida na vertical, entre o topo e o pé do talude em estudo, ao longo da reta de maior declive da encosta. 3.2. ângulo médio do talude (aplicável a cortes e aterros): Ângulo, com a horizontal, da reta de maior declive que passa pelo pé e pelo topo de um talude. 3.3. ângulo parcial do talude (aplicável a cortes e aterros): Ângulo, com a horizontal, da reta de maior declive que define um segmnento de face do talude. 3.4. chumbador: Elemento estrutural, em geral uma barra de aço, introduzido em furo aberto no maciço rochoso, ao qual se fixa por calda e/ou argamassa de cimento e/ou por dispositivo mecânico. A extremidade externa da barra é fixada ao elemento (por exemplo: muro de concreto, lasca de rocha, etc.) que se pretende fixar à superfície rochosa. O chumbador não é protendido, sendo assim um elemento passivo. 3.5. Extensão do talude: Medida em planta deo seu contorno ou desenvolvimento ao nível do pé. 3.6. fator de segurança (em relação à resistência ao cisalhamento do solo): Relação entre esforços estabilizantes (resistentes) e esforços instabilizantes (atuantes), para determinado método de cálculo adotado. 3.7. grampo: Elemento de reforço do terreno constituído de perfuração preenchida com calda de cimento, argamassa, compósito ou outro aglutinante e elemento resistente à tração/cisalhamento. Tem a finalidade de distribuir cargas ao longo de todo o seu comprimento interagindo com o terreno circunvizinho, podendo parte da Projeto NBR 11682:2006Projeto NBR 11682:2006 versão 18 de maio de 2006 As investigações e levantamentos de caráter genérico, necessários para o desenvolvimento de um projeto geotécnico encontram-se relacionados na norma NBR 8044. O perfil geológico-geotécnico obtido a partir das investigações do terreno e compreendendo as camadas do solo e rochas, com suas características físicas e mecânicas, constitui um elemento obrigatório para o estudo/projeto de estabilização da encosta. 6.1. Dados cartográficos As informações preliminares , referidas no item 4.1, deverão ser complementadas através da pesquisa e obtenção, caso disponíveis, em mapas e restituições aerofotogramétricas da região em estudo. 6.2. Levantamento topográfico Deverá ser orientado por engenheiro geotécnico ou geólogo de engenharia, que indicará seções e pontos obrigatórios de interesse geotécnico, bem como a abrangência da ãrea levantada. Para elaboração do estudo, deverá ser realizado levantamento topográfico plani-altimétrico, com curvas de nível, em escala compatível com as dimensões da encosta . O levantamento deverá indicar claramente o contorno da área escorregada (se for o caso), a locação das investigações geotécnicas, se disponível, construções eventualmente existentes e quaisquer outras estruturas, vias públicas, cursos e surgências de água, afloramentos e blocos de rocha, bem como fendas, trincas e abatimentos no terreno. 6.3. Dados hidrológicos Devem ser levantadas informações sobre a pluviometria local e o regime hidráulico de cursos d’água (vazão e velocidade) existentes na encosta em estudo. Surgências d’água permanentes, ou sujeitas à variações sazonais, também deverão ser investigadas e registradas no levantamento topográfico, visando a identificação de caminhos de drenagem subterrânea. 6.4. Dados geológicos e geomorfológicos As informações sobre a geologia e geomorfologia da área, obtidas com base em mapeamentos e trabalhos de amplitude regional , deverão ser complementadas por levantamentos locais de sub-superfície, de modo a determinar as principais características litológicas, estruturais, estratigráficas e hidrogeológicas, relevantes para o local em estudo. O levantamento destes dados deve dar subsídios para o plano de investigações geotécnicas de campo e laboratório. 6.5. Investigações geotécnicas 6.5.1.. Planejamento O plano de investigações, no que se refere ao tipo, quantidade e profundidade, devidamente detalhado, deve ser especificado pelo geotécnico responsável. São válidos quaisquer tipos de investigação que forneçam elementos confiáveis para a montagem do modelo de análise, tanto sob o ponto de vista geométrico como paramétrico. No caso de taludes escorregados deverá ser determinada a superfície de escorregamento, para fins de retro-análise. A terminologia a ser adotada na classificação dos materiais de ve serguir a NBR-6501 – Rochas e solos. 6.5.2.. Investigações de campo As investigações de campo são caracterizadas por dois métodos básicos: a) Diretos : Correspondem aos processos com acesso direto ao terreno em estudo, tais como poços, sondagens à trado, sondagens a percussão (ou de simples reconhecimento – NBR 6484), sondagens rotativas ou mistas, penetrômetros, medidores de torque, medidores de poro-pressão ou de sucção. A execução de sondagens para caracterização da encosta e determinação da estratigrafia do terreno é obrigatória para estudos e projetos de estabilização de encostas. O número de sondagens deve ser tal que permita uma interpretação adequada do maciço, especialmente das regiões potencialmente instáveis ou afetadas pelas obras a serem realizadas . No caso de processo com coleta de amostras, estas deverão ser armazenadas e mantidas pelo executor, com a respectiva identificação de sua locação em planta e profundidade, à disposição do solicitante, por pelo menos 1 ano. Os testemunhos de rocha obtidos através das sondagens rotativas deverão ser classificados por geólogo, identificando-se o tipo da rocha, grau de alteração e fraturamento (poe exemplo RQD). O monitoramento do nível d’água deve ser rigoroso durante a sondagem. É necessário a instalação de um medidor de nível d’água (tubo de PVC perfurado envolvido por elemento drenante e areia) no interior do furo, após a conclusão do mesmo, visando medições posteriores para subsídio ao projeto. b)1 Geofísicos : Correspondem aos processos que identificam os terrenos e/ou suas propriedades a partir de correlações físicas , como velocidade de propagação e reflexão de ondas , resistividade elétrica e outras. As investigações geotécnicas de campo devem ser direcionadas para obtenção do perfil geotécnico que orientará o modelo de cálculo de estabilidade. O perfil geotécnico constitui um elemento obrigatório para o estudo de estabilidade da encosta. Os tipos de investigação deverão ser escolhidos de forma a caracterizar um perfil que abranja todas as regiões possíveis de movimentação, bem como condicionantes influentes, como superfícies potenciais de ruptura, níveis d’água, descontinuidades geológicas e outros interesses. 3.21. Amostragem Planejamento – Deve definir o planejamento da amostragem, no que se refere ao tipo, quantidade, locação e profundidade das amostras, de forma a permitir a realização da campanha de ensaios de laboratório para o estudo/projeto, quando necessárias. As amostras coletadas deverão ser no mínimo, representativas das camadas de solo envolvidas nas potenciais superfícies de ruptura. Atenção especial deve ser dada à situações que envolvam anisotropia de resistência e feições geológicas tais como falhas, juntas, intrusões, veios alterados, etc Coleta – As amostras poderão ser coletadas nas condições designadas como apenas representativas ou indeformadas, dependendo do programa de ensaios laboratoriais previstos. Em qualquer caso, as amostras devem ser embaladas e manuseadas de forma a preservar as condições de umidade natural, bem como evitar a contaminação por outros materiais. As amostras deformadas são aquelas que admitem a destruição total ou parcial da estrutura original do terreno. São obtidas por coleta simples com pá ou picareta, em sondagens a trado ou em sondagens à percussão, e poderão servir apenas para caracterização física dos solos. As amostra indeformadas são aquelas que procuram preservar a estrutura intergranular e a umidade originais do terreno. São coletadas em blocos, anéis biselados ou com amostradores especiais tipo “ Denison” ou similar. Cuidados especiais devem ser tomados para evitar a violação da embalagem. Para amostras em profundidade , quando acima do nível d”água, poderão ser executados poços para retirada de blocos indeformados ( NBR 9604). Para amostras em profundidade onde não for possível a coleta direta por intermédio de poços, deverá ser prevista a utilização de amostradores especiais , tipo “ Denison” ou similar ( NBR 9604), a partir de barriletes triplos de sondagem rotativa. Acondicionamento e transporte – Todas as amostras deverão ser devidamente identificadas, com a data da amostragem, locação e profundidade da amostra, e devidamente acondicionadas. O transporte requer atenção especial , de forma a serem evitadas trepidações, quedas ou acidentes que possam vir a alterar as características originais da amostra, particularmente das indeformadas. As eventuais anomalias constatadas no acondicionamento ou no transporte deverão ser anotadas na própria embalagem da amostra e comunicadas ao laboratório. Devem ser adotados os procedimentos preconizados nas normas NBR 9604 e NBR 9820, no que couber. 3.22. Investigações de laboratório As investigações de laboratório objetivam a caracterização física e mecânica dos diversos solos que compõem a estratigrafia da encosta. Ensaios de granulometria, limites de liquidez e plasticidade, e ensaios de determinação da resistência ao cisalhamento devem ser obrigatórios para os estudos de estabilização de encostas terrosas em que se considera uma superfície potencial de ruptura. A não realização destes ensaios, apenas admitida para as situações citadas a seguir, deve ser justificada pelo projetista, que assumirá a responsabilidade pela escolha dos parâmetros de cálculo para o projeto: a) Existência prévia de resultados de ensaios em quantidade suficiente na área de estudo , permitindo então adotar parâmetros que estejam baseados em ampla experiência local; b) Evidência de instabilizações no local de estudo que permitam estimar com segurança os parâmetros por retroanálise; c) Predominância de situações onde a realização de ensaios não acrescentará muito na quantificação de parâmetros de cálculo, tais como encostas com preponderância de blocos de rocha, certos depósitos de tálus, encostas com predominância rochosa, etc. Para a determinação da resistência ao cisalhamento do solo, deverão ser previstos ensaios triaxiais ou de cisalhamento direto (Norma ASTM D3080), sob condições de saturação, tensões, drenagem e velocidade de carregamento pré- estabelecidas pelo projetista. 1. Levantamento de taludes rochosos No caso de taludes rochosos ou encostas com blocos de rocha, deverá ser feito um levantamento contendo: a) Aerofotografia ou foto convencional de todo o conjunto, obtida através de montagem, objetivando visualizar toda a área em estudo; b) Registro minucioso dos elementos instáveis, com fotos, e indicação em planta da localização de cada foto; c) Perfis esquemáticos indicando as dimensões dos elementos instáveis, de eventuais intrusões (diques), orientação dos planos de fratura da rocha e das xistosidades, condições de apoio ( declividade, rugosidade e tipo de material), de forma a permitir a elaboração do modelo geomecânico; d) Outros processos, como ortofotografia vertical ou “scanner” podem ser utilizados em substituição à fotografia convencional. 2. Monitoramento O monitoramento de uma encosta em uma fase preliminar, ou durante o próprio desenvolvimento do projeto, pode, em certos casos, ser um dado importante de investigação do terreno. Neste caso, a instalação de instrumentos para controle do nível piezométrico e dos movimentos (horizontais e verticais) da encosta deverá ser programada juntamente com as investigações geotécnicas. Em casos especiais, em que o projetista identifique a necessidade de monitoramento após a conclusão das investigações na encosta,deverá especifica-lo no projeto ou em documentação adicional durante a fase de realização do serviço ou obras. 7 Projeto 3.23. Introdução Para elaboração do projeto são requisitos obrigatórios aqueles indicados nos itens 5 e 6. A escolha da solução a ser adotada no projeto de estabilização deverá levar em conta: a) elaboração de modelo geotécnico representativo das condições locais, caracterizado por planta de situação e seções transversais representativas, incluindo análise crítica e definição dos parâmetros aplicáveis ao mesmo. b) estudo de alternativas de projeto considerando: 1) Acessos; 2) Condições de operação de equipamentos; 3) Disponibilidade de materiais; 4) Local adequado para “bota-fora”, se for o caso; 5) Dificuldades construtivas; 6) Interferências com instalações existentes, enterradas ou não, e propriedades de terceiros; 7) Implicações ambientais; 8) Dificuldades de manutenção; 9) Segurança da equipe/equipamentos envolvidos na construção; 10) Custos; 11) Prazos. Um projeto de estabilização pode ser subdividido em duas fases: Projeto Básico (ou Anteprojeto) e Projeto Executivo. 3. Projeto básico ou anteprojeto Entende-se por Projeto Básico ou Anteprojeto a definição da concepção da solução, incluindo avaliação preliminar de quantidades, custos e prazos envolvidos. Quando a solução de um problema de estabilidade oferecer a possibilidade de mais de uma opção, cada solução pode ser desenvolvida em seus aspectos básicos, incluindo uma avaliação preliminar das quantidades de serviço e de materiais de modo a permitir uma análise comparativa entre elas, buscando uma melhor relação custo/benefício. Após escolhida a solução que será desenvolvida, elaborar-se-á o Projeto Executivo. São partes integrantes do Projeto Básico: a) Memória de cálculo da estabilidade da encosta, incluindo parâmetros de resistência do terreno, nível d´água e sobrecargas adotadas; b) Planta com locação da obra; c) Vista e seções com as dimensões básicas da obra de contenção, se houver; d) Seção ou seções transversais do modelo geotécnico com indicação da solução concebida; e) Planilha de quantidades; f) Relatório sucinto, incluindo as hipóteses de cálculo adotadas e as considerações executivas; g) Em casos mais simples a serem justificados pelo projetista, o Projeto Básico pode ser incorporado ao Projeto Executivo. 4. Projeto executivo 4.7. Considerações Iniciais O Projeto Executivo deve conter todos os elementos suficientemente detalhados para que possa ser executado sem suscitar dúvidas por parte do Executor e da Fiscalização. Os seguintes elementos devem constar obrigatoriamente de um Projeto Executivo de Estabilização: a) Todos os elementos do Projeto Básico, devidamente verificados e revistos; b) Detalhamento da seqüência executiva, incluindo cálculos de estabilidade e fatores de segurança para todas as fases da obra, principalmente nas etapas de escavação e localização de sobrecargas eventuais; c) Detalhamento, dimensionamento e especificações dos elementos individuais componentes da obra de estabilização do talude, as condições de controle e a metodologia de construção e futura manutenção (item10). No caso de solos compactados, o projeto deverá apresentar claramente as especificações relativas ao material a ser compactado, bem como os critérios para controle e aprovação da compactação no campo; d) Detalhamento dos elementos de drenagem superficial, que deverão ser projetados a partir do levantamento hidrológico da área em estudo. Deverá ser levantada a área da bacia de contribuição, assim como a (s) declividade (es) da encosta, o coeficiente de escoamento superficial (“run-off”) de acordo com a cobertura da encosta, o tempo de concentração da bacia e o período de recorrência de projeto, todos devidamente justificados. O período de recorrência mínimo para dimensionamento do sistema de drenagem superficial será de 10 anos, enquanto que o tempo de concentração mínimo da bacia será de 7 minutos. Nos casos mais complexos de estabilidade da encosta ou quando a estabilidade geral da encosta possa ser afetada por um funcionamento inadequado do sistema de drenagem, o tempo de recorrência deverá ser mais elevado, cabendo ao projetista a justificativa dos valores adotados. Os elementos de drenagem interna (valas drenantes, drenos profundos, poços drenantes, túneis de drenagem, etc.) devem ser detalhados quanto a: dimensões, materiais, características de drenagem, declividade, selagem, condições de saída de água e outras. Os casos de obras de proteção contra erosões superficiais e voçorocas deverão ser detalhados de acordo com as etapas do projeto e da seqüência executiva; e) Relatório consolidado, elaborado de acordo com o item 7.6, incluindo as respectivas análises de estabilidade, que devem atender os fatores de segurança indicados no item 7.5. f) O dimensioinamento dos elementos estrutureais de concreto armado deverá obedecer a NBR-6118 - Projeto e cosntrução de obras de concreto armado e suas fundações seguir a NBR-6122 – Projeto e execução de fundações. 3.24. Projetos envolvendo apenas terraplenagem e elementos de drenagem c) o método de cálculo, com indicação das fórmulas consideradas, programas utilizados ou bibliografia de consulta; d) situações do nível d´água, atuação de sobrecargas e fases executivas. 6. FATORES DE SEGURANÇA Os Fatores de Segurança (FS) considerados nesta norma têm a finalidade de cobrir as incertezas naturais das diversas etapas de dimensionamento. Dependendo dos riscos envolvidos, deve-se inicialmente enquadrar o projeto em uma das seguintes classificações de Grau de Segurança, definidas a partir da possibilidade de perdas de vidas humanas (Tabela 1) e de perdas materiais e ambientais (Tabela 2): Tabela 1 – Grau de segurança esperado – Vidas humanas Grau de segurança Critérios Alto - Áreas urbanas com intensa movimentação e permanência de pessoas, como edifícios públicos, residenciais, comerciais e industriais, escolas, hospitais, estádios, praças e demais locais, urbanos ou não, com possibilidade de elevada concentração de pessoas. - Ferrovias. Rodovias de tráfego intenso. Médio - Áreas e edificações com movimentação e permanência restrita de pessoas. - Rodovias de tráfego moderado. Baixo - Áreas e edificações com movimentação e permanência eventual de pessoas. - Rodovias de tráfego baixo. Tabela 2 – Grau de segurança esperado – Perdas materiais e ambientais Grau de segurança Critérios Alto - Propriedades: Locais junto a propriedades de alto valor histórico, social ou aquisitivo, obras de grande porte e áreas que afetem serviços essenciais. - Dano ambiental: Locais sujeitos a acidentes com dano ambiental elevado, como junto a oleodutos, barragens de rejeito, fábricas de produtos tóxicos e outras. Médio - Propriedades: Locais junto a propriedades de valor médio. - Dano Ambiental: Locais sujeitos a acidentes com dano ambiental moderado. Baixo - Propriedades: Locais junto a propriedades de valor baixo. - Dano ambiental: Locais sujeitos a acidentes com dano ambiental baixo. O enquadramento em cada caso previsto nos Tabelas 1 e 2 deverá ser justificado pelo projetista, sempre de comum acordo com o proprietário da área afetada e atendendo às exigências dos órgãos públicos competentes. O fator de segurança mínimo a ser adotado no projeto, levando-se em conta os graus de segurança preconizados nos Tabelas 1 e 2, deverá ser obtido de acordo com o Tabela 3. Os fatores de segurança indicados no Tabela 3 referem-se às análises de estabilidade interna e externa do solo, sendo independentes de outros fatores de segurança recomendados por normas de dimensionamento dos elementos estruturais de obras de contenção, como do concreto armado, de tirantes injetados no terreno e de outros. Entende-se por estabilidade interna aquela que envolve superfícies potenciais de escorregamento locais, a serem estabilizadas pela estrutura de contenção, como no caso de uma cunha de empuxo ativo. Por outro lado, a estabilidade externa é aquela que envolve superfícies de escorregamento globais. No caso de estruturas de arrimo suportadas por tirantes, tiras, grampos ou geossintéticos, por exemplo, as superfícies locais interceptam os elementos de reforço (estabilidade interna), enquanto que as superfícies globais não interceptam esses elementos, por serem a eles externas (estabilidade externa). Tabela 3 – Fatores de segurança Grau de segurança Perdas de vidas Grau de segurança Perdas materiais e ambientais Alto Média Baixo Alto 1,5 1,4 1,3 Médio 1,4 1,3 1,2(*) Baixo 1,4 1,3 1,10(*) (*) A adoção de fatores de segurança iguais ou inferiores a 1,2 só será permitida quando os parâmetros de resistência do solo puderem ser confirmados por retroanálise, para as condições mais desfavoráveis de poro-pressões. No caso de estabilidade de blocos rochosos os fatores de segurança podem ser parciais, incidindo sobre γ, φ , C’ , em função da incerteza sobre estes parâmetros, devendo ser justificado pelo projetista. Deve-se também adotar um fator de segurança mínimo sobre o método de cálculo empregado, igual a 1,1 No caso de estabilidade de muros de gravidade e de muros de flexão, deverão ser atendidos os seguintes fatores de segurança: Tabela 2 – Requisitos para estabilidade de muros de arrimo Grau de segurança Fator de segurança Tombamento 2,0 Deslizamento 1,5 Capacidade de carga da fundação 3,0 Nos casos de colúvios permanentemente saturados, o fator de segurança mínimo a ser atingido após as obras de estabilização deverá ser FS=1,15, nas situações em que as poro-pressões e os parâmetros de resistência do solo possam ser estabelecidos com boa confiabilidade, a partir de retroanálises, ensaios de campo, de laboratório e instrumentação. 7. APRESENTAÇÃO DE PROJETO Os projetos devem ser apresentados em relatório consolidado contendo memória de cálculo com indicação dos itens abaixo, mas não necessariamente se limitando a estes: a) Introdução – contendo descrição do local, histórico e condições gerais; b) Obtenção de Dados - contendo a caracterização e forma de obtenção de todos os dados utilizados nos cálculo, incluindo dados geométricos, sobrecargas, níveis de água, parâmetros do terreno e fatores de segurança, todos com a devida interpretação e justificativa dos valores adotados; c) Cálculo de estabilidade – contendo a descrição do método de estabilidade aplicado e a justificativa dos respectivos fatores de segurança; d) Instrumentação geotécnica, conforme descrição apresentada no item 10; e) Especificações – contendo as características dos materiais e procedimentos a serem adotados na execução, incluindo seqüência executiva e cuidados especiais com escavações e sobrecargas; f) Desenhos – contendo a planta geral a obra, seções que representem todas as partes do projeto e detalhes necessários ao perfeito entendimento, execução e fiscalização das obras; g) Quantidades – contendo a planilha de quantidades dos materiais e serviços; h) Plano de manutenção – conforme especificado no item 10. 8 Execução 3.26. Introdução Antes do início da construção de obras de estabilização de taludes em encostas devem estar concluídos: - o projeto executivo, conforme item 7 desta Norma; - os processos de obtenção das respectivas licenças e autorizações. Em casos de perigo iminente de escorregamento ou evolução deste fenômeno, com risco de danos materiais ou de vidas, as obras podem ser iniciadas sem os quesitos acima, entretanto obrigatoriamente acompanhadas por geotécnico e precedida de relatório com indicação da concepção de estabilização, metodologia executiva, plano de ataque e cuidados especiais, elaborado por engenheiro geotécnico. 3.27. Mobilização Corresponde a fase inicial onde são posicionadas as instalações provisórias da obra e disponibilizados os equipamentos necessários no local dos serviços. Esta atividade não deve interferir com terceiros (ruas, estradas, caminhos, linhas de abastecimento e outras), nem com a com a própria obra ou critérios de projeto, como posicionamento de sobrecargas e proteção de locais de risco, sem as respectivas autorizações e sinalizações adequadas. 3.28. Desenvolvimento da obra A execução deve seguir as fases executivas, dimensões, materiais e ensaios indicados no projeto. Especial atenção deverá ser dada nas fases de escavação, posicionamento de sobrecargas (pilhas de estoque e tráfego de equipamentos), condução de águas e outros aspectos de obra, de forma a não alterar as considerações de projeto durante as fases intermediárias da obras. Antes de cada atividade deverão ser feitas as locações necessárias tanto no local específico dos serviços como em locais de segurança, mais afastados, de forma a não perder a referência uma vez iniciados os serviços. Esta situação é típica de marcação de limites de corte e outras atividades de terraplanagem. Deverão ser observados os aspectos abaixo listados: a) Condições de campo em desacordo com as indicadas no projeto, em particular na fase de locação, seja por evolução de erosões, imprecisão de topografia ou outra qualquer, deverão ser comunicadas ao projetista e a obra só iniciada após os devidos ajustes; b) Atividade com interferências ou envolvendo remoção de vegetação de porte deverá ter planejamento adequado e executado após a respectiva licença, se necessário; c) Deverão ser devidamente avaliados os impactos dos serviços relativos à empréstimos, disposição de bota-fora e entulho, bem como tráfego de equipamentos; d) A disposição de material resultante de escavação e entulhos, bem como o caminhamento de águas de drenagem ou de retorno de perfuração, não poderão causar instabilização; e) Para escavações a céu aberto deverá ser seguida a norma NBR-9061/85; f) No caso de uso autorizado de escavação com explosivos deverá ser seguida a NBR-9653; g) Na execução de cortinas atirantadas pelo método descendente, a escavação abaixo de qualquer nível de tirantes somente poderá ser iniciada após a aplicação da carga especificada no projeto, de todos os níveis superiores na mesma vertical; h) Na compactação de aterro junto à estruturas de contenção (cortina, muro, gabião, etc.) deverá ser respeitada uma distância mínima do paramento interno da estrutura de no mínimo 2m, onde não poderá ser utilizado equipamento mecânico de compactação, para evitar danos na estrutura. Nesta faixa, o aterro deverá ser compactado com sistema manual ou semimecanizado (tipo sapo ou mesa vibratória), ou alternativamente com água, no caso de utilização de material granular; i) O terreno de assentamento de estruturas de contenção deverá ser verificado por engenheiro geotécnico, de forma a comprovar a capacidade de carga da fundação no nível de tensões previsto; j) Antes de qualquer procedimento de perfuração deverá ser verificada a possibilidade da existência de interferências enterradas (dutos, cabos, fundações, galerias e outras) e executando seu devido mapeamento, se for o caso, de forma a evitar danos. k) Sempre deverão ser atendidas as recomendaçoes executivas das normas disponíveis na ABNT relacioinadas com os serviços realizados, a saber: NBR-6118 – Projeto e construção de obras de concreto armado; NBR-6122 – Projeto e execução de fundações; NBR-9286 – Terra Armada; NBR-9285 – Microancoragem; NBR-9061 – Segurança de escavaçõpes a céu aberto; NBR-5629 – Execução de tirantes ancorados no trerreno. 9 Acompanhamento de obras Em obras geotécnicas de estabilização de encosta, eventuais ajustes e adaptações ao projeto originalmente desenvolvidos são inevitáveis devido às alterações na topografia do terreno que ocorrem com o tempo, complexidade da geologia local e outros condicionantes relacionadas com a interação solo- estrutura. O acompanhamento técnico durante a fase de execução é obrigatório e deve ser realizado pelo projetista da obra. A periodicidade das visitas de acompanhamento, pelo projetista, deverá ser estabelecida em função do porte da obra, tendo como objetivo a verificação dos critérios de projeto e modelos de cálculo, permitindo eventual ajuste às condições de campo. Dentre os principais aspectos relacionados ao acompanhamento técnico, destacam-se: locação, cotas de assentamento, condições de fundação, fases de execução, perfurações, adequação da drenagem, testes e ensaios de acordo com as normas. Os registros das visitas deverão ser feitos em diário de obra ou documento semelhante a ser encaminhado ao proprietário ou executor, onde serão registradas as recomendações pertinentes, sobre a situação da obra, as questões técnicas de maior relevância, as alterações de projeto, etc. Para ilustração do relatório poderão ser previstas fotos. O relatório técnico de acompanhamento, de caráter mais geral, além das informações transmitidas diretamente à obra, deverá ser informado ao cliente. Ao término da obra, deverá ser providenciado pelo executor o projeto como construído (“as built”), ou seja, todas as modificações no projeto realizadas pelo construtor, devendo ser consolidadas em documento final a ser encaminhado ao proprietário. 10 Manutenção Ao término da obra, o executor deverá elaborar o “Manual do Usuário” a ser encaminhado ao proprietário. Neste manual, deverão constar todas as providências em termos de manutenção da obra a serem seguidas pelo proprietário. Tanto o tipo de serviço a ser realizado quanto à sua periodicidade deverão ser definidos no manual. As recomendações constantes do manual devem ter por objetivo manter as características de sua concepção e utilização. Deverão ser seguidas as seguintes recomendações: a) Proceder a vistorias periódicas à obra (no mínimo semestrais) para verificação de situações anômalas a saber: trincas, deslocamentos, obstruções na drenagem, erosões e outros fatos julgados de relevância; b) Realizar limpeza periódica no sistema de drenagem; c) Realizar com a periodicidade recomendada pelo executor, medição de vazão dos drenos profundos suborizontais; d) No caso de obras com empregos de tirantes, proceder testes periódicos de acordo com a NBR 5629; e) No caso de obras com monitoramento previsto, realizar e analisar as leituras de acompanhamento conforme recomendado; f) Outras recomendações pertinentes. No caso de obras com tirantes, as cargas de 5% do total de tirantes devem ser revistas a cada 5 anos com macaco hidráilico aferido, assim como o estado as cabeças metálicas inspecionadas no mesmo período. Os resultados devem ser apresentados ao proprietário da obra com as recomendações cabíveis. 11 Monitoramento Caso haja indicação de projeto ou necessidade definida durante ou após as obras de estabilização da encostas de acompanhamento do seu comportamente com instrumentação, todo serviço deverá ser executado de acordo com planejamenteo específico, constando no mínimo de: )a definição dos instrumento e tipos de medidas a serem obtidas; b) ordem de grandesa das medidas esperadas e aferições necessárias; c) locação e profundidade (se for o caso) de todos os instrumentos; d) períodos ou frequência de medidas; e) tipo de interpretação; Anexo B (normativo) Laudo de vistoria B1. Modelo de planilha
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