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Nbr 05410 Comentada, Notas de estudo de Cultura

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Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 26/08/2008

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Baixe Nbr 05410 Comentada e outras Notas de estudo em PDF para Cultura, somente na Docsity! © ABNT 2004 Instalações elétricas de baixa tensão Electrical installations of buildings Low voltage Palavra-chave: Instalação elétrica em edificação. Descriptor: Electrical installation of building. ICS 91.140.50 Número de referência ABNT NBR 5410:2004 209 páginas NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 5410 Segunda edição 30.09.2004 Válida a partir de 31.03.2005 C ABNT NBR 5410:2004 ii © ABNT 2004 Todos os direitos reservados © ABNT 2004 Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou utilizada em qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por escrito pela ABNT. Sede da ABNT Av. Treze de Maio, 13 28º andar 20003-900 Rio de Janeiro RJ Tel.: + 55 21 3974-2300 Fax: + 55 21 2220-1762 abnt@abnt.org.br www.abnt.org.br Impresso no Brasil ABNT NBR 5410:2004 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados v 6.5 Outros componentes....................................................................................................................154 6.5.1 Motores elétricos..........................................................................................................................154 6.5.2 Bateria de acumuladores .............................................................................................................156 6.5.3 Tomadas de corrente e extensões...............................................................................................156 6.5.4 Conjuntos de proteção, manobra e comando.............................................................................157 6.5.5 Equipamentos de utilização.........................................................................................................158 6.6 Serviços de segurança.................................................................................................................160 6.6.6 Fontes de segurança....................................................................................................................161 6.6.7 Circuitos de segurança................................................................................................................162 6.6.8 Equipamentos de utilização.........................................................................................................163 7 Verificação final............................................................................................................................163 7.1 Prescrições gerais........................................................................................................................163 7.2 Inspeção visual.............................................................................................................................163 7.3 Ensaios.........................................................................................................................................164 7.3.1 Prescrições gerais........................................................................................................................164 7.3.2 Continuidade dos condutores de proteção, incluindo as eqüipotencializações principal e suplementares..............................................................................................................................164 7.3.3 Resistência de isolamento da instalação....................................................................................165 7.3.4 Resistência de isolamento aplicável a SELV, PELV e separação elétrica .................................165 7.3.5 Verificação das condições de proteção por eqüipotencialização e seccionamento automático da alimentação..........................................................................................................165 7.3.6 Ensaio de tensão aplicada...........................................................................................................167 7.3.7 Ensaios de funcionamento ..........................................................................................................168 8 Manutenção ..................................................................................................................................168 8.1 Periodicidade................................................................................................................................168 8.2 Qualificação do pessoal...............................................................................................................168 8.3 Verificações de rotina Manutenção preventiva........................................................................168 8.3.1 Condutores...................................................................................................................................168 8.3.2 Quadros de distribuição e painéis...............................................................................................169 8.3.3 Equipamentos móveis..................................................................................................................169 8.3.4 Ensaios.........................................................................................................................................169 8.3.5 Ensaio geral..................................................................................................................................169 8.4 Manutenção corretiva...................................................................................................................169 9 Requisitos complementares para instalações ou locais específicos ........................................170 9.1 Locais contendo banheira ou chuveiro.......................................................................................170 9.1.1 Campo de aplicação.....................................................................................................................170 9.1.2 Determinação das características gerais ....................................................................................170 9.1.3 Proteção para garantir segurança...............................................................................................173 9.1.4 Seleção e instalação dos componentes......................................................................................173 9.2 Piscinas ........................................................................................................................................175 9.2.1 Campo de aplicação.....................................................................................................................175 9.2.2 Determinação das características gerais ....................................................................................175 9.2.3 Proteção para garantir segurança...............................................................................................176 9.2.4 Seleção e instalação dos componentes......................................................................................177 9.3 Compartimentos condutivos .......................................................................................................179 9.3.1 Campo de aplicação.....................................................................................................................179 9.3.2 Alimentação de ferramentas portáteis e de aparelhos de medição portáteis ...........................179 9.3.3 Alimentação de lâmpadas portáteis ............................................................................................180 9.3.4 Alimentação dos equipamentos fixos .........................................................................................180 9.3.5 SELV .............................................................................................................................................180 9.3.6 Separação elétrica individual.......................................................................................................180 9.4 Locais contendo aquecedores de sauna ....................................................................................180 9.4.1 Campo de aplicação.....................................................................................................................180 9.4.2 Classificação dos volumes ..........................................................................................................180 9.4.3 Proteção para garantir segurança...............................................................................................181 9.4.4 Seleção e instalação dos componentes......................................................................................181 9.5 Locais de habitação .....................................................................................................................182 9.5.1 Campo de aplicação.....................................................................................................................182 ABNT NBR 5410:2004 vi © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 9.5.2 Previsão de carga ........................................................................................................................ 182 9.5.3 Divisão da instalação................................................................................................................... 184 9.5.4 Proteção contra sobrecorrentes.................................................................................................. 184 Anexo A (normativo) Faixas de tensão .................................................................................................... 185 Anexo B (normativo) Meios de proteção básica (contra choques elétricos) .......................................... 186 B.1 Isolação (básica) das partes vivas .............................................................................................. 186 B.2 Uso de barreiras ou invólucros ................................................................................................... 186 Anexo C (normativo) Influências externas e proteção contra choques elétricos) ................................. 188 C.1 Influências externas determinantes ............................................................................................ 188 C.2 Situações 1, 2 e 3 ......................................................................................................................... 188 C.3 Tensão de contato limite.............................................................................................................. 189 Anexo D (informativo) Proteção de condutores em paralelo contra sobrecorrentes.............................. 190 D.1 Introdução .................................................................................................................................... 190 D.2 Proteção contra sobrecarga de condutores em paralelo........................................................... 190 D.3 Proteção contra curtos-circuitos de condutores em paralelo ................................................... 192 Anexo E (informativo) Categorias de suportabilidade a impulsos (categorias de sobretensões ou, ainda, níveis de proteção contra surtos) .................................................................................... 195 E.1 Introdução .................................................................................................................................... 195 E.2 As categorias ............................................................................................................................... 195 Anexo F (informativo) Seção do condutor neutro quando o conteúdo de terceira harmônica das correntes de fase for superior a 33% .......................................................................................... 196 F.1 Determinação da corrente de neutro........................................................................................... 196 F.2 Caso de condutores isolados ou cabos unipolares ................................................................... 197 F.3 Caso de cabos tetra e pentapolares............................................................................................ 197 Anexo G (informativo) Eqüipotencialização principal ............................................................................. 198 Anexo H (normativo) Verificação da atuação de dispositivos a corrente diferencial-residual (dispositivos DR).......................................................................................................................... 200 H.1.1 Método 1 (ver figura H.1).............................................................................................................. 200 H.1.2 Método 2 (ver figura H.2).............................................................................................................. 200 H.1.3 Método 3....................................................................................................................................... 201 Anexo J (normativo) Medição da resistência de aterramento.................................................................. 202 J.1.1 Método 1 (ver figura J.1) .............................................................................................................. 202 J.1.2 Método 2....................................................................................................................................... 203 Anexo K (normativo) Medição da impedância do percurso da corrente de falta ................................... 204 K.1 Método 1 Medição da impedância do percurso da corrente de falta por meio da queda de tensão (ver figura K.1)............................................................................................................. 204 K.2 Método 2 Medição da impedância do percurso da corrente de falta por meio de fonte separada (ver figura K.2).............................................................................................................. 205 Anexo L (normativo) Medição da resistência dos condutores de proteção ........................................... 207 Anexo M (normativo) Ensaio de tensão aplicada ..................................................................................... 209 ABNT NBR 5410:2004 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados vii Prefácio A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais Temporárias (ABNT/CEET), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). A ABNT NBR 5410 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03), pela Comissão de Estudo de Instalações Elétricas de Baixa Tensão (CE 03:064.01). O Projeto circulou em Consulta Pública conforme Edital nº 09, de 30.09.2003, com o número Projeto NBR 5410. A partir de 31 de março de 2005, esta Norma deverá cancelar e substituir a edição anterior (ABNT NBR 5410:1997), a qual foi tecnicamente revisada. Esta Norma contém os anexos A, B, C, H, J, K, L e M, de caráter normativo, e os anexos D, E, F e G, de caráter informativo. ABNT NBR 5410:2004 2 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados d) equipamentos para supressão de perturbações radioelétricas, na medida que não comprometam a segurança das instalações; e) instalações de iluminação pública; f) redes públicas de distribuição de energia elétrica; g) instalações de proteção contra quedas diretas de raios. No entanto, esta Norma considera as conseqüências dos fenômenos atmosféricos sobre as instalações (por exemplo, seleção dos dispositivos de proteção contra sobretensões); h) instalações em minas; i) instalações de cercas eletrificadas (ver IEC 60335-2-76). 1.4 Os componentes da instalação são considerados apenas no que concerne à sua seleção e condições de instalação. Isto é igualmente válido para conjuntos em conformidade com as normas a eles aplicáveis. 1.5 A aplicação desta Norma não dispensa o atendimento a outras normas complementares, aplicáveis a instalações e locais específicos. NOTA São exemplos de normas complementares a esta Norma as ABNT NBR 13534, ABNT NBR 13570 e ABNT NBR 5418. 1.6 A aplicação desta Norma não dispensa o respeito aos regulamentos de órgãos públicos aos quais a instalação deva satisfazer. 1.7 As instalações elétricas cobertas por esta Norma estão sujeitas também, naquilo que for pertinente, às normas para fornecimento de energia estabelecidas pelas autoridades reguladoras e pelas empresas distribuidoras de eletricidade. 2 Referências normativas As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento. ABNT NBR 5361:1998 Disjuntores de baixa tensão ABNT NBR 5413:1992 Iluminância de interiores Procedimento ABNT NBR 5418:1995 Instalações elétricas em atmosferas explosivas ABNT NBR 5419:2001 Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas ABNT NBR 5597:1995 Eletroduto rígido de aço-carbono e acessórios com revestimento protetor, com rosca ANSI/ASME B1.20.1 Especificação ABNT NBR 5598:1993 Eletroduto rígido de aço-carbono com revestimento protetor, com rosca ABNT NBR 6414 Especificação ABNT NBR 5624:1993 Eletroduto rígido de aço-carbono, com costura, com revestimento protetor e rosca ABNT NBR 8133 Especificação ABNT NBR 6147:2000 Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo Especificação C C ABNT NBR 5410:2004 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 3 ABNT NBR 6150:1980 Eletrodutos de PVC rígido Especificação ABNT NBR 6524:1998 Fios e cabos de cobre duro e meio duro com ou sem cobertura protetora para instalações aéreas Especificação ABNT NBR 6527:2000 Interruptores para instalação elétrica fixa doméstica e análoga Especificação ABNT NBR 6812:1995 Fios e cabos elétricos Queima vertical (fogueira) Método de ensaio ABNT NBR 7094:2003 Máquinas elétricas girantes Motores de indução Especificação ABNT NBR 7285:2001 Cabos de potência com isolação extrudada de polietileno termofixo (XLPE) para tensão de 0,6 kV/1 kV Sem cobertura Especificação ABNT NBR 7286:2001 Cabos de potência com isolação extrudada de borracha etileno-propileno (EPR) para tensões de 1 kV a 35 kV Requisitos de desempenho ABNT NBR 7287:1992 Cabos de potência com isolação sólida extrudada de polietileno reticulado (XLPE) para tensões de isolamento de 1 kV a 35 kV Especificação ABNT NBR 7288:1994 Cabos de potência com isolação sólida extrudada de cloreto de polivinila (PVC) ou polietileno (PE) para tensões de 1 kV a 6 kV Especificação ABNT NBR 8661:1997 Cabos de formato plano com isolação extrudada de cloreto de polivinila (PVC) para tensão até 750 V Especificação ABNT NBR 9313:1986 Conectores para cabos de potência isolados para tensões até 35 kV Condutores de cobre ou alumínio Especificação ABNT NBR 9326:1986 Conectores para cabos de potência Ensaios de ciclos térmicos e curto-circuito Método de ensaio ABNT NBR 9513:1986 Emendas para cabos de potência isolados para tensões até 750 V Especificação ABNT NBR 9518:1997 Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas Requisitos gerais ABNT NBR 11301:1990 Cálculo da capacidade de condução de corrente de cabos isolados em regime permanente (fator de carga 100%) Procedimento ABNT NBR 13248:2000 Cabos de potência e controle e condutores isolados sem cobertura, com isolação extrudada e com baixa emissão de fumaça para tensões até 1 kV Requisitos de desempenho ABNT NBR 13249:2000 Cabos e cordões flexíveis para tensões até 750 V Especificação ABNT NBR 13300:1995 Redes telefônicas internas em prédios Terminologia ABNT NBR 13534:1995 Instalações elétricas em estabelecimentos assistenciais de saúde Requisitos para segurança ABNT NBR 13570:1996 Instalações elétricas em locais de afluência de público Requisitos específicos ABNT NBR 14136:2002 Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo até 20 A/250 V em corrente alternada Padronização ABNT NBR 14306:1999 Proteção elétrica e compatibilidade eletromagnética em redes internas de telecomunicações em edificações Projeto ABNT NBR IEC 60050 (826):1997 Vocabulário eletrotécnico internacional Capítulo 826: Instalações elétricas em edificações ABNT NBR 5410:2004 4 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados ABNT NBR IEC 60269-1:2003 Dispositivos fusíveis de baixa tensão Parte 1: Requisitos gerais ABNT NBR IEC 60269-2:2003 Dispositivos fusíveis de baixa tensão Parte 2: Requisitos adicionais para dispositivos fusíveis para uso por pessoas autorizadas (dispositivos fusíveis principalmente para aplicação industrial) ABNT NBR IEC 60269-3:2003 Dispositivos fusíveis de baixa tensão Parte 3: Requisitos suplementares para dispositivos fusíveis para uso por pessoas não qualificadas (dispositivos fusíveis principalmente para aplicações domésticas e similares) ABNT NBR IEC 60439-1:2003 Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão Parte 1: Conjuntos com ensaio de tipo totalmente testados (TTA) e conjuntos com ensaio de tipo parcialmente testados (PTTA) ABNT NBR IEC 60439-3:2004 Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão Parte 3: Requisitos particulares para montagem de acessórios de baixa tensão destinados a instalação em locais acessíveis a pessoas não qualificadas durante sua utilização Quadros de distribuição ABNT NBR IEC 60947-2:1998 Dispositivos de manobra e comando de baixa tensão Parte 2: Disjuntores ABNT NBR NM 247-3:2002 Cabos isolados com policloreto de vinila (PVC) para tensões nominais até 450/750 V, inclusive Parte 3: Condutores isolados (sem cobertura) para instalações fixas (IEC 60227-3,MOD) ABNT NBR NM 60898:2004 Disjuntores para proteção de sobrecorrentes para instalações domésticas e similares (IEC 60898:1995, MOD) IEC 60038:2002 IEC standard voltages IEC 60079-0:2004 Electrical apparatus for explosive gas atmosphere Part 0: General requirements IEC 60079-14:2002 Electrical apparatus for explosive gas atmospheres Part 14: Electrical installations in hazardous areas (other than mines) IEC 60146-2:1999 Semiconductor converters Part 2: Self-commutated semiconductor converters including direct d.c. converters IEC 60255-22-1:1988 Electrical relays - Part 22: Electrical disturbance tests for measuring relays and protection equipment Part 1: 1 MHz burst disturbance tests IEC 60309-1:1999 Plugs, socket-outlets and couplers for industrial purposes Part 1: General requirements IEC 60335-2-76:2002 Household and similar electrical appliances Safety Part 2-76: Particular requirements for electric fence energizers IEC 60364-5-51:2001 Electrical installations of buildings Part 5-51: Selection and erection of electrical equipment Common rules IEC 60364-5-52:2001 Electrical installations of buildings Part 5-52: Selection and erection of electrical equipment Wiring systems IEC 60364-5-54:2002 Electrical installations of buildings Part 5-54: Selection and erection of electrical equipment Earthing arrangements, protective conductors and protective bonding conductors IEC 60439-2:2000 Low-voltage switchgear and controlgear assemblies Part 2: Particular requirements for busbar trunking systems (busways) IEC 60439-4:2004 Low-voltage switchgear and controlgear assemblies Part 4: Particular requirements for assemblies for construction sites (ACS) ABNT NBR 5410:2004 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 7 3 Definições Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições da ABNT NBR IEC 60050(826) e as seguintes: 3.1 Componentes da instalação 3.1.1 componente (de uma instalação elétrica): Termo empregado para designar itens da instalação que, dependendo do contexto, podem ser materiais, acessórios, dispositivos, instrumentos, equipamentos (de geração, conversão, transformação, transmissão, armazenamento, distribuição ou utilização de eletricidade), máquinas, conjuntos ou mesmo segmentos ou partes da instalação (por exemplo, linhas elétricas). 3.1.2 quadro de distribuição principal: Primeiro quadro de distribuição após a entrada da linha elétrica na edificação. Naturalmente, o termo se aplica a todo quadro de distribuição que seja o único de uma edificação. NOTA Ver definição de "ponto de entrada (numa edificação) (3.4.4). 3.2 Proteção contra choques elétricos 3.2.1 elemento condutivo ou parte condutiva: Elemento ou parte constituída de material condutor, pertencente ou não à instalação, mas que não é destinada normalmente a conduzir corrente elétrica. 3.2.2 proteção básica: Meio destinado a impedir contato com partes vivas perigosas em condições normais. 3.2.3 proteção supletiva: Meio destinado a suprir a proteção contra choques elétricos quando massas ou partes condutivas acessíveis tornam-se acidentalmente vivas. 3.2.4 proteção adicional: Meio destinado a garantir a proteção contra choques elétricos em situações de maior risco de perda ou anulação das medidas normalmente aplicáveis, de dificuldade no atendimento pleno das condições de segurança associadas a determinada medida de proteção e/ou, ainda, em situações ou locais em que os perigos do choque elétrico são particularmente graves. 3.2.5 dispositivo de proteção a corrente diferencial-residual (formas abreviadas: dispositivo a corrente diferencial-residual, dispositivo diferencial, dispositivo DR): Dispositivo de seccionamento mecânico ou associação de dispositivos destinada a provocar a abertura de contatos quando a corrente diferencial- residual atinge um valor dado em condições especificadas. NOTA O termo dispositivo não deve ser entendido como significando um produto particular, mas sim qualquer forma possível de se implementar a proteção diferencial-residual. São exemplos de tais formas: o interruptor, disjuntor ou tomada com proteção diferencial-residual incorporada, os blocos e módulos de proteção diferencial-residual acopláveis a disjuntores, os relés e transformadores de corrente que se podem associar a disjuntores, etc. 3.2.6 SELV (do inglês separated extra-low voltage ): Sistema de extrabaixa tensão que é eletricamente separado da terra, de outros sistemas e de tal modo que a ocorrência de uma única falta não resulta em risco de choque elétrico. 3.2.7 PELV (do inglês protected extra-low voltage ): Sistema de extrabaixa tensão que não é eletricamente separado da terra mas que preenche, de modo equivalente, todos os requisitos de um SELV. 3.3 Proteção contra choques elétricos e proteção contra sobretensões e perturbações eletromagnéticas 3.3.1 eqüipotencialização: Procedimento que consiste na interligação de elementos especificados, visando obter a eqüipotencialidade necessária para os fins desejados. Por extensão, a própria rede de elementos interligados resultante. ABNT NBR 5410:2004 8 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados NOTA A eqüipotencialização é um recurso usado na proteção contra choques elétricos e na proteção contra sobretensões e perturbações eletromagnéticas. Uma determinada eqüipotencialização pode ser satisfatória para a proteção contra choques elétricos, mas insuficiente sob o ponto de vista da proteção contra perturbações eletromagnéticas. 3.3.2 barramento de eqüipotencialização principal (BEP): Barramento destinado a servir de via de interligação de todos os elementos incluíveis na eqüipotencialização principal (ver 6.4.2.1). NOTA A designação barramento está associada ao papel de via de interligação e não a qualquer configuração particular do elemento. Portanto, em princípio o BEP pode ser uma barra, uma chapa, um cabo, etc. 3.3.3 barramento de eqüipotencialização suplementar ou barramento de eqüipotencialização local (BEL): Barramento destinado a servir de via de interligação de todos os elementos incluíveis numa eqüipotencialização suplementar ou eqüipotencialização local. 3.3.4 equipamento de tecnologia da informação (ETI): Equipamento concebido com o objetivo de: a) receber dados de uma fonte externa (por exemplo, via linha de entrada de dados ou via teclado); b) processar os dados recebidos (por exemplo, executando cálculos, transformando ou registrando os dados, arquivando-os, triando-os, memorizando-os, transferindo-os); e c) fornecer dados de saída (seja a outro equipamento, seja reproduzindo dados ou imagens). NOTA Esta definição abrange uma ampla gama de equipamentos, como, por exemplo: computadores; equipamentos transceptores, concentradores e conversores de dados; equipamentos de telecomunicação e de transmissão de dados; sistemas de alarme contra incêndio e intrusão; sistemas de controle e automação predial, etc. 3.4 Linhas elétricas 3.4.1 linha (elétrica) de sinal: Linha em que trafegam sinais eletrônicos, sejam eles de telecomunicações, de intercâmbio de dados, de controle, de automação, etc. 3.4.2 linha externa: Linha que entra ou sai de uma edificação, seja a linha de energia, de sinal, uma tubulação de água, de gás ou de qualquer outra utilidade. 3.4.3 ponto de entrega: Ponto de conexão do sistema elétrico da empresa distribuidora de eletricidade com a instalação elétrica da(s) unidade(s) consumidora(s) e que delimita as responsabilidades da distribuidora, definidas pela autoridade reguladora. 3.4.4 ponto de entrada (numa edificação): Ponto em que uma linha externa penetra na edificação. NOTAS 1 Em particular, no caso das linhas elétricas de energia, não se deve confundir ponto de entrada com ponto de entrega . A referência fundamental do ponto de entrada é a edificação, ou seja, o corpo principal ou cada um dos blocos de uma propriedade. No caso de edificações com pavimento em pilotis (geralmente o térreo) e nas quais a entrada da linha elétrica externa se dá no nível do pavimento em pilotis, o ponto de entrada pode ser considerado como o ponto em que a linha penetra no compartimento de acesso à edificação (hall de entrada). 2 Além da edificação em si, outra referência indissociável de ponto de entrada é o barramento de eqüipotencialização principal (BEP), localizado junto ou bem próximo do ponto de entrada (ver 6.4.2.1). 3.4.5 ponto de utilização: Ponto de uma linha elétrica destinado à conexão de equipamento de utilização. NOTAS 1 Um ponto de utilização pode ser classificado, entre outros critérios, de acordo com a tensão da linha elétrica, a natureza da carga prevista (ponto de luz, ponto para aquecedor, ponto para aparelho de ar-condicionado, etc.) e o tipo de conexão previsto (ponto de tomada, ponto de ligação direta). ABNT NBR 5410:2004 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 9 2 Uma linha elétrica pode ter um ou mais pontos de utilização. 3 Um mesmo ponto de utilização pode alimentar um ou mais equipamentos de utilização. 3.4.6 ponto de tomada: Ponto de utilização em que a conexão do equipamento ou equipamentos a serem alimentados é feita através de tomada de corrente. NOTAS 1 Um ponto de tomada pode conter uma ou mais tomadas de corrente. 2 Um ponto de tomada pode ser classificado, entre outros critérios, de acordo com a tensão do circuito que o alimenta, o número de tomadas de corrente nele previsto, o tipo de equipamento a ser alimentado (quando houver algum que tenha sido especialmente previsto para utilização do ponto) e a corrente nominal da ou das tomadas de corrente nele utilizadas. 3.5 Serviços de segurança 3.5.1 serviços de segurança: Serviços essenciais, numa edificação, para a segurança das pessoas; para evitar danos ao ambiente ou aos bens. NOTA São exemplos de serviços de segurança: a iluminação de segurança ( iluminação de emergência ), bombas de incêndio, elevadores para brigada de incêndio e bombeiros, sistemas de alarme, como os de incêndio, fumaça, CO e intrusão, sistemas de exaustão de fumaça, equipamentos médicos essenciais. 3.5.2 alimentação ou fonte normal: Alimentação ou fonte responsável pelo fornecimento regular de energia elétrica. NOTA Uma determinada alimentação pode ser a normal durante certo período de tempo e não ser em outro. Por exemplo, em uma instalação cujo consumo de energia elétrica é suprido pela rede de distribuição pública durante certos períodos do dia, mas por geração própria em outros, a fonte normal pode ser a rede pública ou a geração local, dependendo do período considerado. 3.5.3 alimentação ou fonte de reserva: Alimentação ou fonte que substitui ou complementa a fonte normal. 3.5.4 alimentação ou fonte de segurança: Alimentação ou fonte destinada a assegurar o fornecimento de energia elétrica a equipamentos essenciais para os serviços de segurança. NOTAS (comuns a 3.5.3 e 3.5.4) 1 O conceito de fonte de segurança está associado à função (serviços de segurança) desempenhada por equipamentos que a fonte alimenta, enquanto o conceito de fonte de reserva está associado ao fato de a fonte complementar a fonte normal ou suprir a sua falta. Como se trata de atributos distintos, que não são incompatíveis, uma fonte pode ser ao mesmo tempo de segurança e de reserva, desde que reúna os dois atributos. Mas uma fonte de reserva destinada a alimentar exclusivamente equipamentos outros que não os de serviços de segurança não pode ser qualificada como de segurança. ABNT NBR 5410:2004 12 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados os componentes da instalação suscetíveis de produzir temperaturas elevadas ou arcos elétricos fiquem dispostos ou abrigados de modo a eliminar o risco de ignição de materiais inflamáveis; e as partes externas de componentes sujeitas a atingir temperaturas capazes de lesionar pessoas fiquem dispostas ou abrigadas de modo a garantir que as pessoas não corram risco de contatos acidentais com essas partes. 4.1.14 Verificação da instalação As instalações elétricas devem ser inspecionadas e ensaiadas antes de sua entrada em funcionamento, bem como após cada reforma, com vista a assegurar que elas foram executadas de acordo com esta Norma. 4.1.15 Qualificação profissional O projeto, a execução, a verificação e a manutenção das instalações elétricas devem ser confiados somente a pessoas qualificadas a conceber e executar os trabalhos em conformidade com esta Norma. 4.2 Determinação das características gerais Na concepção de uma instalação elétrica devem ser determinadas as seguintes características: a) utilização prevista e demanda (ver 4.2.1); b) esquema de distribuição (ver 4.2.2); c) alimentações disponíveis (ver 4.2.3); d) necessidade de serviços de segurança e de fontes apropriadas (ver 4.2.4); e) exigências quanto à divisão da instalação (ver 4.2.5); f) influências externas às quais a instalação for submetida (ver 4.2.6); g) riscos de incompatibilidade e de interferências (ver 4.2.7); h) requisitos de manutenção (ver 4.2.8). 4.2.1 Utilização e demanda Potência de alimentação 4.2.1.1 Generalidades 4.2.1.1.1 A determinação da potência de alimentação é essencial para a concepção econômica e segura de uma instalação, dentro de limites adequados de elevação de temperatura e de queda de tensão. 4.2.1.1.2 Na determinação da potência de alimentação de uma instalação ou de parte de uma instalação devem ser computados os equipamentos de utilização a serem alimentados, com suas respectivas potências nominais e, em seguida, consideradas as possibilidades de não-simultaneidade de funcionamento destes equipamentos, bem como capacidade de reserva para futuras ampliações. 4.2.1.2 Previsão de carga A previsão de carga de uma instalação deve ser feita obedecendo-se às prescrições de 4.2.1.2.1 a 4.2.1.2.3. C ABNT NBR 5410:2004 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 13 4.2.1.2.1 Geral: a) a carga a considerar para um equipamento de utilização é a potência nominal por ele absorvida, dada pelo fabricante ou calculada a partir da tensão nominal, da corrente nominal e do fator de potência; b) nos casos em que for dada a potência nominal fornecida pelo equipamento (potência de saída), e não a absorvida, devem ser considerados o rendimento e o fator de potência. 4.2.1.2.2 Iluminação: a) as cargas de iluminação devem ser determinadas como resultado da aplicação da ABNT NBR 5413; b) para os aparelhos fixos de iluminação a descarga, a potência nominal a ser considerada deve incluir a potência das lâmpadas, as perdas e o fator de potência dos equipamentos auxiliares. NOTA Em 9.5.2.1 são fixados critérios mínimos para pontos de iluminação em locais de habitação. 4.2.1.2.3 Pontos de tomada: a) em locais de habitação, os pontos de tomada devem ser determinados e dimensionados de acordo com 9.5.2.2; b) em halls de serviço, salas de manutenção e salas de equipamentos, tais como casas de máquinas, salas de bombas, barriletes e locais análogos, deve ser previsto no mínimo um ponto de tomada de uso geral. Aos circuitos terminais respectivos deve ser atribuída uma potência de no mínimo 1000 VA; c) quando um ponto de tomada for previsto para uso específico, deve ser a ele atribuída uma potência igual à potência nominal do equipamento a ser alimentado ou à soma das potências nominais dos equipamentos a serem alimentados. Quando valores precisos não forem conhecidos, a potência atribuída ao ponto de tomada deve seguir um dos dois seguintes critérios: potência ou soma das potências dos equipamentos mais potentes que o ponto pode vir a alimentar, ou potência calculada com base na corrente de projeto e na tensão do circuito respectivo; d) os pontos de tomada de uso específico devem ser localizados no máximo a 1,5 m do ponto previsto para a localização do equipamento a ser alimentado; e) os pontos de tomada destinados a alimentar mais de um equipamento devem ser providos com a quantidade adequada de tomadas. 4.2.2 Esquema de distribuição O esquema de distribuição pode ser classificado de acordo com os seguintes critérios: a) esquema de condutores vivos; b) esquema de aterramento. 4.2.2.1 Esquema de condutores vivos São considerados os seguintes esquemas de condutores vivos: a) corrente alternada: monofásico a dois condutores; monofásico a três condutores; C C C C C ABNT NBR 5410:2004 14 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados bifásico a três condutores; trifásico a três condutores; trifásico a quatro condutores; b) corrente contínua: dois condutores; três condutores. 4.2.2.2 Esquema de aterramento Nesta Norma são considerados os esquemas de aterramento descritos em 4.2.2.2.1 a 4.2.2.3, cabendo as seguintes observações sobre as ilustrações e símbolos utilizados: a) as figuras 1 a 5, que ilustram os esquemas de aterramento, devem ser interpretadas de forma genérica. Elas utilizam como exemplo sistemas trifásicos. As massas indicadas não simbolizam um único, mas sim qualquer número de equipamentos elétricos. Além disso, as figuras não devem ser vistas com conotação espacial restrita. Deve-se notar, neste particular, que como uma mesma instalação pode eventualmente abranger mais de uma edificação, as massas devem necessariamente compartilhar o mesmo eletrodo de aterramento, se pertencentes a uma mesma edificação, mas podem, em princípio, estar ligadas a eletrodos de aterramento distintos, se situadas em diferentes edificações, com cada grupo de massas associado ao eletrodo de aterramento da edificação respectiva. Nas figuras são utilizados os seguintes símbolos: b) na classificação dos esquemas de aterramento é utilizada a seguinte simbologia: primeira letra Situação da alimentação em relação à terra: · T = um ponto diretamente aterrado; · I = isolação de todas as partes vivas em relação à terra ou aterramento de um ponto através de impedância; segunda letra Situação das massas da instalação elétrica em relação à terra: · T = massas diretamente aterradas, independentemente do aterramento eventual de um ponto da alimentação; · N = massas ligadas ao ponto da alimentação aterrado (em corrente alternada, o ponto aterrado é normalmente o ponto neutro); outras letras (eventuais) Disposição do condutor neutro e do condutor de proteção: · S = funções de neutro e de proteção asseguradas por condutores distintos; · C = funções de neutro e de proteção combinadas em um único condutor (condutor PEN). C ABNT NBR 5410:2004 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 17 1) O neutro pode ser ou não distribuído; A = sem aterramento da alimentação; B = alimentação aterrada através de impedância; B.1 = massas aterradas em eletrodos separados e independentes do eletrodo de aterramento da alimentação; B.2 = massas coletivamente aterradas em eletrodo independente do eletrodo de aterramento da alimentação; B.3 = massas coletivamente aterradas no mesmo eletrodo da alimentação. Figura 5 Esquema IT 4.2.3 Alimentações 4.2.3.1 Devem ser determinadas as seguintes características das fontes de suprimento de energia com as quais a instalação for provida: a) natureza da corrente e freqüência; b) valor da tensão nominal; c) valor da corrente de curto-circuito presumida no ponto de suprimento; d) possibilidade de atendimento dos requisitos da instalação, incluindo a demanda de potência. NOTA As faixas de tensão em corrente alternada ou contínua em que devem ser classificadas as instalações, conforme a tensão nominal, são dadas no anexo A. C ABNT NBR 5410:2004 18 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 4.2.3.2 As características relacionadas em 4.2.3.1 devem ser obtidas junto à empresa distribuidora de energia elétrica, no que se refere ao suprimento via rede pública de distribuição, e devem ser determinadas, quando se tratar de fonte própria. 4.2.4 Serviços de segurança Quando for imposta a necessidade de serviços de segurança, as fontes de alimentação para tais serviços devem possuir capacidade, confiabilidade e disponibilidade adequadas ao funcionamento especificado. Em 6.6 são apresentadas prescrições para a alimentação de serviços de segurança. NOTA Esta Norma não inclui, nesta edição, prescrições específicas para alimentações de reserva destinadas a outros serviços que não os de segurança. 4.2.5 Divisão da instalação 4.2.5.1 A instalação deve ser dividida em tantos circuitos quantos necessários, devendo cada circuito ser concebido de forma a poder ser seccionado sem risco de realimentação inadvertida através de outro circuito. 4.2.5.2 A divisão da instalação em circuitos deve ser de modo a atender, entre outras, às seguintes exigências: a) segurança por exemplo, evitando que a falha em um circuito prive de alimentação toda uma área; b) conservação de energia por exemplo, possibilitando que cargas de iluminação e/ou de climatização sejam acionadas na justa medida das necessidades; c) funcionais por exemplo, viabilizando a criação de diferentes ambientes, como os necessários em auditórios, salas de reuniões, espaços de demonstração, recintos de lazer, etc.; d) de produção por exemplo, minimizando as paralisações resultantes de uma ocorrência; e) de manutenção por exemplo, facilitando ou possibilitando ações de inspeção e de reparo. 4.2.5.3 Devem ser previstos circuitos distintos para partes da instalação que requeiram controle específico, de tal forma que estes circuitos não sejam afetados pelas falhas de outros (por exemplo, circuitos de supervisão predial). 4.2.5.4 Na divisão da instalação devem ser consideradas também as necessidades futuras. As ampliações previsíveis devem se refletir não só na potência de alimentação, como tratado em 4.2.1, mas também na taxa de ocupação dos condutos e dos quadros de distribuição. 4.2.5.5 Os circuitos terminais devem ser individualizados pela função dos equipamentos de utilização que alimentam. Em particular, devem ser previstos circuitos terminais distintos para pontos de iluminação e para pontos de tomada. NOTA Para locais de habitação, ver também 9.5.3. 4.2.5.6 As cargas devem ser distribuídas entre as fases, de modo a obter-se o maior equilíbrio possível. 4.2.5.7 Quando a instalação comportar mais de uma alimentação (rede pública, geração local, etc.), a distribuição associada especificamente a cada uma delas deve ser disposta separadamente e de forma claramente diferenciada das demais. Em particular, não se admite que componentes vinculados especificamente a uma determinada alimentação compartilhem, com elementos de outra alimentação, quadros de distribuição e linhas, incluindo as caixas dessas linhas, salvo as seguintes exceções: a) circuitos de sinalização e comando, no interior de quadros; b) conjuntos de manobra especialmente projetados para efetuar o intercâmbio das fontes de alimentação; C C C ABNT NBR 5410:2004 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 19 c) linhas abertas e nas quais os condutores de uma e de outra alimentação sejam adequadamente identificados. 4.2.6 Classificação das influências externas Esta subseção estabelece uma classificação e uma codificação das influências externas que devem ser consideradas na concepção e na execução das instalações elétricas. Cada condição de influência externa é designada por um código que compreende sempre um grupo de duas letras maiúsculas e um número, como descrito a seguir: a) a primeira letra indica a categoria geral da influência externa: A = meio ambiente; B = utilização; C = construção das edificações; b) a segunda letra (A, B, C, ...) indica a natureza da influência externa; c) o número (1, 2, 3, ...) indica a classe de cada influência externa. NOTAS 1 A codificação indicada nesta subseção não é destinada à marcação dos componentes. Essa questão (marcação dos componentes) é tratada nas normas dos próprios componentes e, de forma integrada, em normas mais gerais como, por exemplo, a que define e classifica os graus de proteção providos por invólucros (ver IEC 60529) ou a que define as classes de proteção contra choques elétricos (ver IEC 61140). 2 Como há uma tendência de se associar a idéia de influências externas predominantemente a fatores como temperatura ambiente, condições climáticas, presença de água e solicitações mecânicas, é importante destacar que a classificação aqui apresentada cobre uma gama muito mais extensa de variáveis de influência, todas tendo seu peso em aspectos como seleção dos componentes, adequação de medidas de proteção, etc. Por exemplo, a qualificação das pessoas (sua consciência e seu preparo para lidar com os riscos da eletricidade), situações que reforçam ou prejudicam a resistência elétrica do corpo humano (pele seca, pele molhada, imersão, etc.) e o nível de contato das pessoas com o potencial da terra são influências externas que podem decidir se uma medida de proteção contra choques é ou não aceitável em determinado local, dependendo de como essas condições de influências externas aí se apresentam. 4.2.6.1 Meio ambiente 4.2.6.1.1 Temperatura ambiente A temperatura ambiente (ver tabela 1) a considerar para um componente é a temperatura no local onde deve ser instalado, incluída a influência dos demais componentes instalados no local e em funcionamento, e excluída a contribuição térmica do próprio componente considerado. C ABNT NBR 5410:2004 22 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados Tabela 4 Presença de água Código Classificação Características Aplicações e exemplos AD1 Desprezível A probabilidade depresença de água é remota Locais em que as paredes geralmente não apresentam umidade, mas podem apresentá-la durante curtos períodos, e secam rapidamente com uma boa aeração AD2 Gotejamento Possibilidade de gotejamento de água na vertical Locais em que a umidade se condensa ocasionalmente, sob forma de gotas de água, ou em que há presença ocasional de vapor de água AD3 Precipitação Possibilidade de chuva caindo em ângulo máximo de 60o com a vertical Locais em que a água forma uma película contínua nas paredes e/ou pisos AD4 Aspersão Possibilidade de chuva dequalquer direção A aspersão corresponde ao efeito de uma chuva vinda de qualquer direção. São exemplos de componentes sujeitos a aspersão certas luminárias de uso externo e painéis elétricos de canteiros de obras ao tempo AD5 Jatos Possibilidade de jatos de água sob pressão, em qualquer direção Locais em que ocorrem lavagens com água sob pressão, como passeios públicos, áreas de lavagem de veículos, etc. AD6 Ondas Possibilidade de ondas deágua Locais situados à beira-mar, como praias, piers, ancoradouros, etc. AD7 Imersão Possibilidade de imersão em água, parcial ou total, de modo intermitente Locais sujeitos a inundação e/ou onde a água possa se elevar pelo menos a 15 cm acima do ponto mais alto do componente da instalação elétrica, estando sua parte mais baixa a no máximo 1 m abaixo da superfície da água AD8 Submersão Submersão total em água,de modo permanente Locais onde os componentes da instalação elétrica sejam totalmente submersos, sob uma pressão superior a 10 kPa (0,1 bar, ou 1 mca) 4.2.6.1.5 Presença de corpos sólidos Conforme tabela 5. Tabela 5 Presença de corpos sólidos Código Classificação Características Aplicações e exemplos AE1 Desprezível Ausência de poeira em quantidade apreciável e de corpos estranhos AE2 Pequenos objetos Presença de corpos sólidos cuja menor dimensão seja igual ou superior a 2,5 mm1) Ferramentas, material granulado, etc. ABNT NBR 5410:2004 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 23 Tabela 6 (conclusão) Código Classificação Características Aplicações e exemplos AE3 Objetos muito pequenos Presença de corpos sólidos cuja menor dimensão seja igual ou superior a 1 mm1) Fios metálicos, arames, etc. AE4 Poeira leve Presença de levedeposição de poeira Deposição de poeira maior que 10 mg/m2 e no máximo igual a 35 mg/m2 por dia AE5 Poeira moderada Presença de médiadeposição de poeira Deposição de poeira maior que 35 mg/m2 e no máximo igual a 350 mg/m2 por dia AE6 Poeira intensa Presença de elevadadeposição de poeira Deposição de poeira maior que 350 mg/m2 e no máximo igual a 1000 mg/m2 por dia NOTA Nas condições AE2 e AE3 pode existir poeira, desde que esta não tenha influência significativa sobre os componentes elétricos. 4.2.6.1.6 Presença de substâncias corrosivas ou poluentes Conforme tabela 6. Tabela 7 Presença de substâncias corrosivas ou poluentes Código Classificação Características Aplicações e exemplos AF1 Desprezível A quantidade ou natureza dos agentes corrosivos ou poluentes não é significativa AF2 Atmosférica Presença significativa de agentes corrosivos ou poluentes de origem atmosférica Instalações próximas da orla marítima ou de estabelecimentos industriais que produzam poluição atmosférica significativa, tais como indústrias químicas, fábricas de cimento, etc. Este tipo de poluição provém principalmente da emissão de poeiras abrasivas, isolantes ou condutivas AF3 Intermitente ouacidental Presença intermitente ou acidental de produtos químicos corrosivos ou poluentes de uso corrente Locais onde se manipulam produtos químicos em pequenas quantidades e onde o contato desses produtos com os componentes da instalação seja meramente acidental. Tais condições podem ocorrer em laboratórios de fábricas e outros, ou em locais onde se utilizam hidrocarbonetos (centrais de calefação, oficinas, etc.) AF4 Permanente Presença permanente de produtos químicos corrosivos ou poluentes em quantidades significativas Indústrias químicas, etc. ABNT NBR 5410:2004 24 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 4.2.6.1.7 Solicitações mecânicas Conforme tabela 7. Tabela 7 Solicitações mecânicas Códig o Classificação Características Aplicações e exemplos Impactos (AG) AG1 Fracos Impactos iguais ou inferiores a0,225 J Locais domésticos, escritórios (condições de uso doméstico e análogas) AG2 Médios Impactos iguais ou inferiores a 2 J Condições industriais normais AG3 Severos Impactos iguais ou inferiores a 20 J Condições industriais severas Vibrações (AH) AH1 Fracas Nenhuma vibração(ões) eventual(ais) sem influência significativa Condições domésticas e análogas, onde os efeitos das vibrações podem ser geralmente desprezados AH2 Médias Vibrações com freqüências compreendidas entre 10 Hz e 50 Hz e amplitude igual ou inferior a 0,15 mm Condições industriais normais AH3 Severas Vibrações com freqüências compreendidas entre 10 Hz e 150 Hz e amplitude igual ou inferior a 0,35 mm Condições industriais severas 4.2.6.1.8 Presença de flora e mofo Conforme tabela 8. Tabela 8 Presença de flora e mofo Código Classificação Características Aplicações e exemplos AK1 Desprezível Sem risco de danos devidos à flora ou ao mofo AK2 Prejudicial Risco de efeitosprejudiciais Os riscos dependem das condições locais e da natureza da flora. Pode-se dividi-los em riscos devidos ao desenvolvimento prejudicial da vegetação e riscos devidos à sua abundância 4.2.6.1.9 Presença de fauna Conforme tabela 9. ABNT NBR 5410:2004 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 27 Tabela 11 Fenômenos eletromagnéticos de alta freqüência conduzidos, induzidos ou radiados (contínuos ou transitórios) Código Classificação Características Aplicações eexemplos Referências Tensões ou correntes induzidas oscilantes (AM21) AM21 Semclassificação Principalmente perturbações de modo comum geradas por campos eletromagnéticos modulados em AM ou FM IEC 61000-4-6 Transitórios unidirecionais conduzidos, na faixa do nanossegundo (AM22) AM22-1 Desprezível Ambiente protegido Salas de computadores, salas de controle Nível 1 da IEC 61000-4-4:2004 AM22-2 Nível médio Ambiente protegido __ Nível 2 daIEC 61000-4-1:2004 AM22-3 Nível alto Chaveamento de pequenas cargas indutivas, ricochete de contatos de relés Faltas Rede de baixa tensão Nível 3 da IEC 61000-4-4:2004 AM22-4 Nível muito alto Subestações AT/BT Equipamentos de manobra a SF6 ou a vácuo Indústrias pesadas Quadros de distribuição principais ou intermediários Nível 4 da IEC 61000-4-4:2004 Transitórios unidirecionais conduzidos, na faixa do micro ao milissegundo (AM23) AM23-1 Nível controlado Circuitos ou instalações equipadas com dispositivos de proteção contra sobretensões, transformadores aterrados Situações controladas AM23-2 Nível médio Descarga atmosférica distante (mais de 1 km): forma de onda 10 ms/1 000 ms e impedância da fonte 20 W 300 W Transitórios de chaveamento (por exemplo, interrupção da corrente de falta por um fusível): forma de onda 0,1 ms/1 ms e impedância da fonte 50 W Descargas atmosféricas distantes de redes subterrâneas AM23-3 Nível alto Descarga atmosférica próxima (a menos de 1 km): forma de onda 1,2 ms/50 ms e impedância da fonte 1 W 10 W Descargas atmosféricas próximas de uma rede aérea ou da edificação 4.2.6.1.12, 5.4.2 e 6.3.5 ABNT NBR 5410:2004 28 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados Tabela 11 (conclusão) Código Classificação Características Aplicações eexemplos Referências Transitórios oscilantes conduzidos (AM24) AM24-1 Nível médio Fenômenos de chaveamento presentes normalmente em instalações de edificações Locais residenciais, comerciais e industriais IEC 61000-4-12 AM24-2 Nível alto Fenômenos associados achaveamentos/manobras Subestações AT/MT IEC 60255-22-1 Fenômenos radiados de alta freqüência (AM25) AM25-1 Níveldesprezível Estações de rádio e televisão a mais de 1 km Residências e locais comerciais Nível 1 da IEC 61000-4-2:2002 AM25-2 Nível médio Transceptores portáteis anão menos de 1 m Indústrias leves Nível 2 da IEC 61000-4-2:2002 AM25-3 Nível alto Transceptores de altapotência nas proximidades Indústrias pesadas e aplicações de alta confiabilidade Nível 3 da IEC 61000-4-2:2002 Tabela 12 Descargas eletrostáticas Código Classificação Características Aplicações eexemplos Referências AM31-1 Nível baixo Nível 1 daIEC 61000-4-2:2001 AM31-2 Nível médio Nível 2 daIEC 61000-4-2:2001 AM31-3 Nível alto Nível 3 daIEC 61000-4-2:2001 AM31-4 Nível muito alto Descargas geradas particularmente por pessoas caminhando sobre carpetes sintéticos Nível dependente do tipo de carpete e da umidade do ar De acordo com a confiabilidade requerida Nível 4 da IEC 61000-4-2:2001 Tabela 13 Radiações ionizantes Código Classificação Características Aplicações e exemplos AM41-1 Semclassificação Presença de radiações ionizantes perigosas 4.2.6.1.11 Radiação solar Conforme tabela 14. ABNT NBR 5410:2004 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 29 Tabela 14 Radiação solar Código Classificação Características Aplicações e exemplos AN1 Desprezível Intensidade £ 500 W/m² AN2 Média 500 < Intensidade £ 700 W/m² AN3 Alta 700 < Intensidade £ 1 120 W/m² 4.2.6.1.12 Descargas atmosféricas Conforme tabela 15. Tabela 15 Descargas atmosféricas Código Classificação Características Aplicações e exemplos AQ1 Desprezíveis £ 25 dias por ano AQ2 Indiretas > 25 dias por ano Riscos provenientes da rede de alimentação Instalações alimentadas por redes aéreas AQ3 Diretas Riscos provenientes da exposição dos componentes da instalação Partes da instalação situadas no exterior das edificações 4.2.6.1.13 Movimentação do ar Conforme tabela 16. Tabela 16 Movimentação do ar Código Classificação Características Aplicações e exemplos AR1 Desprezível Velocidade £ 1 m/s AR2 Média 1 m/s < velocidade £ 5 m/s AR3 Forte 5 m/s < velocidade £ 10 m/s 4.2.6.1.14 Vento Conforme tabela 17. Tabela 17 Vento Código Classificação Características Aplicações e exemplos AS1 Desprezível Velocidade £ 20 m/s AS2 Médio 20 m/s < velocidade £ 30 m/s AS3 Forte 30 m/s < velocidade £ 50 m/s ABNT NBR 5410:2004 32 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados Tabela 21 Condições de fuga das pessoas em emergências Código Classificação Características Aplicações e exemplos1) BD1 Normal Baixa densidade de ocupação Percurso de fuga breve Edificações residenciais com altura inferior a 50 m e edificações não- residenciais com baixa densidade de ocupação e altura inferior a 28 m BD2 Longa Baixa densidade de ocupação Percurso de fuga longo Edificações residenciais com altura superior a 50 m e edificações não- residenciais com baixa densidade de ocupação e altura superior a 28 m BD3 Tumultuada Alta densidade de ocupaçãoPercurso de fuga breve Locais de afluência de público (teatros, cinemas, lojas de departamentos, escolas, etc.); edificações não- residenciais com alta densidade de ocupação e altura inferior a 28 m BD4 Longa etumultuada Alta densidade de ocupação Percurso de fuga longo Locais de afluência de público de maior porte (shopping centers, grandes hotéis e hospitais, estabelecimento de ensino ocupando diversos pavimentos de uma edificação, etc.); edificações não- residenciais com alta densidade de ocupação e altura superior a 28 m NOTA As aplicações e exemplos destinam-se apenas a subsidiar a avaliação de situações reais, fornecendo elementos mais qualitativos do que quantitativos. Os códigos locais de segurança contra incêndio e pânico podem conter parâmetros mais estritos. Ver também ABNT NBR 13570. 4.2.6.2.5 Natureza dos materiais processados ou armazenados Conforme tabela 22. ABNT NBR 5410:2004 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 33 Tabela 22 Natureza dos materiais processados ou armazenados Código Classificação Características Aplicações e exemplos BE1 Riscos desprezíveis BE2 Riscos de incêndio Presença de substâncias combustíveis, como fibras e líquidos com alto ponto de fulgor Locais de processamento ou armazenagem de papel , feno, palha, aparas ou gravetos de madeira, fibras de algodão ou lã, hidrocarbonetos, plásticos granulados BE3 Riscos de explosão Presença de substâncias inflamáveis, como líquidos com baixo ponto de fulgor, gases e vapores, pós combustíveis sujeitos a explosão e substâncias explosivas Locais de processamento e armazenagem de pós combustíveis (amido de milho, açúcar, farinhas, resinas fenólicas, plásticos, enxofre, alumínio, magnésio, etc.); indústrias químicas e de petróleo; usinas e depósitos de gás; fábricas e depósitos de explosivos BE4 Riscos de contaminação Presença de alimentos, produtos farmacêuticos e análogos, sem proteção Indústrias alimentícias, grandes cozinhas. Certas precauções podem ser necessárias para evitar que os produtos em processamento sejam contaminados, por exemplo, por fragmentos de lâmpadas 4.2.6.3 Construção das edificações 4.2.6.3.1 Materiais de construção Conforme tabela 23. Tabela 23 Materiais de construção Código Classificação Características Aplicações e exemplos CA1 Não-combustíveis CA2 Combustíveis Edificações construídas predominantemente com materiais combustíveis Edificações de madeira e similares 4.2.6.3.2 Estrutura das edificações Conforme tabela 24. ABNT NBR 5410:2004 34 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados Tabela 24 Estrutura das edificações Código Classificação Características Aplicações e exemplos CB1 Riscosdesprezíveis CB2 Sujeitas a propagação de incêndio Edificações cuja forma e dimensões facilitem a propagação de incêndio (por exemplo, efeito chaminé) Edificações de grande altura ou edificações com sistemas de ventilação forçada CB3 Sujeitas amovimentação Riscos devidos, por exemplo, a deslocamentos entre partes distintas de uma edificação ou entre esta e o solo; acomodação do terreno ou das fundações Edificações de grande comprimento ou construídas sobre terrenos não estabilizados CB4 Flexíveis ouinstáveis Estruturas frágeis ou sujeitas a movimentos (por exemplo, oscilação) Tendas, estruturas infláveis, divisórias removíveis, forros falsos NOTA Para uma classificação mais específica do componente, que vá além daquelas indicadas nas tabelas 1 a 24, consultar as IEC 60721-3-3 e IEC 60721-3-4. 4.2.7 Compatibilidade 4.2.7.1 Devem ser tomadas medidas apropriadas quando quaisquer características dos componentes da instalação forem suscetíveis de produzir efeitos prejudiciais em outros componentes, em outros serviços ou ao bom funcionamento da fonte de alimentação. Essas características dizem respeito, por exemplo, a: sobretensões transitórias; variações rápidas de potência; correntes de partida; correntes harmônicas; componentes contínuas; oscilações de alta freqüência; correntes de fuga. 4.2.7.2 Todos os componentes da instalação elétrica devem atender às exigências de compatibilidade eletromagnética e ser conforme o que as normas aplicáveis prescrevem, neste particular. Isso não dispensa, porém, a observância de medidas destinadas a reduzir os efeitos das sobretensões induzidas e das perturbações eletromagnéticas em geral, como indicado em 5.4. 4.2.8 Manutenção Devem-se estimar a freqüência e a qualidade da manutenção com que a instalação pode contar, ao longo de sua vida útil. Esse dado deve ser levado em conta na aplicação das prescrições das seções 5, 6, 7 e 8, de forma que: as verificações periódicas, os ensaios, a manutenção e os reparos necessários possam ser realizados de forma fácil e segura; C C C C C C C ABNT NBR 5410:2004 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 37 NOTAS 1 Partes condutivas acessíveis de componentes que sejam objeto de outra medida de proteção contra choques elétricos (que não a proteção por eqüipotencialização e seccionamento automático) não devem ser ligadas a condutores de proteção, salvo se seu aterramento ou eqüipotencialização for previsto por razões funcionais e isso não comprometer a segurança proporcionada pela medida de proteção de que são objeto. São exemplos de partes condutivas acessíveis não-aterráveis, como regra geral: invólucros metálicos de componentes classe II (ver 5.1.2.3), massas de equipamentos objeto de separação elétrica individual (ver 5.1.2.4) e massas de equipamentos classe III (alimentados por fonte SELV, ver 5.1.2.5). Sobre classificação dos componentes da instalação quanto à proteção contra choques elétricos (classes I, II e III), ver IEC 61140. 2 Sobre condutores de proteção, ver 6.4.3. 5.1.2.2.3.2 Em cada edificação deve ser realizada uma eqüipotencialização principal, nas condições especificadas em 6.4.2.1, e tantas eqüipotencializações suplementares quantas forem necessárias. NOTA Sobre eqüipotencializações suplementares, ver 5.1.3.1. 5.1.2.2.3.3 Todas as massas da instalação situadas em uma mesma edificação devem estar vinculadas à eqüipotencialização principal da edificação e, dessa forma (ver 6.4.2.1), a um mesmo e único eletrodo de aterramento. Isso sem prejuízo de eqüipotencializações adicionais que se façam necessárias, para fins de proteção contra choques e/ou de compatibilidade eletromagnética. 5.1.2.2.3.4 Massas simultaneamente acessíveis devem estar vinculadas a um mesmo eletrodo de aterramento, sem prejuízo de eqüipotencializações adicionais que se façam necessárias, para fins de proteção contra choques e/ou de compatibilidade eletromagnética. 5.1.2.2.3.5 Massas protegidas contra choques elétricos por um mesmo dispositivo, dentro das regras da proteção por seccionamento automático da alimentação (5.1.2.2.4), devem estar vinculadas a um mesmo eletrodo de aterramento, sem prejuízo de eqüipotencializações adicionais que se façam necessárias, para fins de proteção contra choques e/ou de compatibilidade eletromagnética. NOTA (comum às prescrições de 5.1.2.2.3.3 a 5.1.2.2.3.5) A vinculação referida não deve ser interpretada com o sentido restrito de ligação direta ao eletrodo de aterramento. Na maioria dos casos práticos, aliás, essa ligação é indireta, via condutores de proteção: graças à estrutura ramificada constituída pelos condutores de proteção, cria-se uma interligação natural entre o eletrodo de aterramento e as massas, por mais distantes que se situem.] 5.1.2.2.3.6 Todo circuito deve dispor de condutor de proteção, em toda sua extensão. NOTA Um condutor de proteção pode ser comum a mais de um circuito, observado o disposto em 6.4.3.1.5. 5.1.2.2.3.7 Admite-se que os seguintes elementos sejam excluídos das eqüipotencializações: a) suportes metálicos de isoladores de linhas aéreas fixados à edificação que estiverem fora da zona de alcance normal; b) postes de concreto armado em que a armadura não é acessível; c) massas que, por suas reduzidas dimensões (até aproximadamente 50 mm x 50 mm) ou por sua disposição, não possam ser agarradas ou estabelecer contato significativo com parte do corpo humano, desde que a ligação a um condutor de proteção seja difícil ou pouco confiável. NOTA Isto se aplica, por exemplo, a parafusos, pinos, placas de identificação e grampos de fixação de condutores. C ABNT NBR 5410:2004 38 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 5.1.2.2.4 Seccionamento automático da alimentação 5.1.2.2.4.1 Generalidades O princípio do seccionamento automático da alimentação, sua relação com os diferentes esquemas de aterramento e aspectos gerais referentes à sua aplicação e as condições em que se torna necessária proteção adicional são descritos a seguir: a) princípio do seccionamento automático Um dispositivo de proteção deve seccionar automaticamente a alimentação do circuito ou equipamento por ele protegido sempre que uma falta (entre parte viva e massa ou entre parte viva e condutor de proteção) no circuito ou equipamento der origem a uma tensão de contato superior ao valor pertinente da tensão de contato limite UL; NOTAS 1 As tensões de contato limite para diferentes situações, em função das influências externas dominantes, são dadas no anexo C. 2 No caso particular dos esquemas IT, em geral não é desejável nem imperioso o seccionamento automático quando da ocorrência de uma primeira falta (ver alínea b) de 5.1.2.2.4.4). b) seccionamento automático e esquemas de aterramento As condições a serem observadas no seccionamento automático da alimentação, incluindo o tempo máximo admissível para atuação do dispositivo de proteção, são aquelas estabelecidas em 5.1.2.2.4.2, para o esquema de aterramento TN, em 5.1.2.2.4.3, para o esquema de aterramento TT, e em 5.1.2.2.4.4, para o esquema de aterramento IT; c) tempos de seccionamento maiores (I) Independentemente do esquema de aterramento, admite-se um tempo de seccionamento maior que os tratados na alínea b, mas não superior a 5 s, para circuitos de distribuição, bem como para circuitos terminais que alimentem unicamente equipamentos fixos, desde que uma falta no circuito de distribuição, circuito terminal ou equipamento fixo (para os quais esteja sendo considerado o tempo de seccionamento de até 5 s) não propague, para equipamentos portáteis ou equipamentos móveis deslocados manualmente em funcionamento, ligados a outros circuitos terminais da instalação, uma tensão de contato superior ao valor pertinente de UL; d) tempos de seccionamento maiores (II) Da mesma forma, como indicado em 5.1.4.4, admitem-se tempos de seccionamento maiores que os máximos impostos por uma determinada situação de influência externa, se forem adotadas providências compensatórias; e) proteção adicional Se, na aplicação do seccionamento automático da alimentação, não for possível atender, conforme o caso, aos tempos de seccionamento máximos de que tratam as alíneas b) , c) ou d), deve-se realizar uma eqüipotencialização suplementar conforme 5.1.3.1. 5.1.2.2.4.2 Esquema TN Devem ser obedecidas as prescrições descritas a seguir: a) a eqüipotencialização via condutores de proteção, conforme 5.1.2.2.3, deve ser única e geral, envolvendo todas as massas da instalação, e deve ser interligada com o ponto da alimentação aterrado, geralmente o ponto neutro; b) recomenda-se o aterramento dos condutores de proteção em tantos pontos quanto possível. Em construções de porte, tais como edifícios de grande altura, a realização de eqüipotencializações locais, entre condutores de proteção e elementos condutivos da edificação, cumpre o papel de aterramento múltiplo do condutor de proteção; c) o uso de um mesmo e único condutor para as funções de condutor de proteção e de condutor neutro (condutor PEN) está sujeito ao disposto em 5.4.3.6, às prescrições de 6.4.6.2 e, além disso, só é admitido em instalações fixas; C C C ABNT NBR 5410:2004 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 39 d) as características do dispositivo de proteção e a impedância do circuito devem ser tais que, ocorrendo em qualquer ponto uma falta de impedância desprezível entre um condutor de fase e o condutor de proteção ou uma massa, o seccionamento automático se efetue em um tempo no máximo igual ao especificado na tabela 25. Considera-se a prescrição atendida se a seguinte condição for satisfeita: Zs . Ia Uo onde: Zs é a impedância, em ohms, do percurso da corrente de falta, composto da fonte, do condutor vivo, até o ponto de ocorrência da falta, e do condutor de proteção, do ponto de ocorrência da falta até a fonte; Ia é a corrente, em ampères, que assegura a atuação do dispositivo de proteção num tempo no máximo igual ao especificado na tabela 25, ou a 5 s, nos casos previstos na alínea c) de 5.1.2.2.4.1; Uo é a tensão nominal, em volts, entre fase e neutro, valor eficaz em corrente alternada. e) no esquema TN, no seccionamento automático visando proteção contra choques elétricos, podem ser usados os seguintes dispositivos de proteção: dispositivos de proteção a sobrecorrente; dispositivos de proteção a corrente diferencial-residual (dispositivos DR), observado o que estabelece a alínea f); f) não se admite, na variante TN-C do esquema TN, que a função de seccionamento automático visando proteção contra choques elétricos seja atribuída aos dispositivos DR. NOTAS 1 Para tornar possível o uso do dispositivo DR, o esquema TN-C deve ser convertido, imediatamente a montante do ponto de instalação do dispositivo, em esquema TN-C-S. Isto é: o condutor PEN deve ser desmembrado em dois condutores distintos para as funções de neutro e de PE, sendo esta separação feita do lado fonte do dispositivo DR, passando então o condutor neutro internamente e o condutor PE externamente ao dispositivo. 2 Admite-se também que, na separação entre neutro e PE a que alude a nota 1, o condutor responsável pela função PE não seja ligado ao PEN, do lado fonte do dispositivo DR, mas a um eletrodo de aterramento qualquer cuja resistência seja compatível com a corrente de atuação do dispositivo. Neste caso, porém, o circuito assim protegido deve ser então considerado como conforme o esquema TT, aplicando-se as prescrições de 5.1.2.2.4.3. Tabela 25 Tempos de seccionamento máximos no esquema TN Uo V Tempo de seccionamento s Situação 1 Situação 2 115, 120, 127 0,8 0,35 220 0,4 0,20 254 0,4 0,20 277 0,4 0,20 400 0,2 0,05 NOTAS 1 Uo é a tensão nominal entre fase e neutro, valor eficaz em corrente alternada. 2 As situações 1 e 2 estão definidas no anexo C. ABNT NBR 5410:2004 42 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados Tabela 26 Tempos de seccionamento máximos no esquema IT (segunda falta) Tensão nominal do circuito Tempo de seccionamentos Neutro não distribuído Neutro distribuídoU V Uo V Situação 1 Situação 2 Situação 1 Situação 2 208, 220, 230 115, 120, 127 0,8 0,4 5 1 380, 400 220, 230 0,4 0,2 0,8 0,5 440, 480 254, 277 0,4 0,2 0,8 0,5 690 400 0,2 0,06 0,4 0,2 NOTAS 1 U é a tensão nominal entre fases, valor eficaz em corrente alternada. 2 Uo é a tensão nominal entre fase e neutro, valor eficaz em corrente alternada. 3 Para valores intermediários de tensão deve ser adotado o valor (da tabela) imediatamente superior. 5.1.2.3 Isolação dupla ou reforçada 5.1.2.3.1 Generalidades 5.1.2.3.1.1 A isolação dupla ou reforçada é uma medida em que: a) a proteção básica é provida por uma isolação básica e a proteção supletiva por uma isolação suplementar; ou b) as proteções básica e supletiva, simultaneamente, são providas por uma isolação reforçada entre partes vivas e partes acessíveis. 5.1.2.3.1.2 A aplicação desta medida como única medida de proteção (por exemplo, na forma de circuitos ou partes da instalação constituídas inteiramente de componentes com dupla isolação ou com isolação reforçada) só é admitida se forem tomadas todas as providências para garantir que eventuais alterações posteriores não venham a colocar em risco a efetividade da medida. Além disso, não se admite, em nenhuma circunstância, a aplicação da isolação dupla ou reforçada como única medida de proteção em linhas que incluam pontos de tomada. NOTA As providências mencionadas em 5.1.2.3.1.2 podem incluir o controle direto e permanente da parte assim constituída por pessoas qualificadas ou advertidas (BA5 ou BA4, ver tabela 18). 5.1.2.3.1.3 No uso da isolação dupla ou reforçada como medida de proteção, distinguem-se duas possibilidades: a) componentes já providos de origem com isolação dupla ou reforçada; b) componentes aos quais a isolação dupla ou reforçada é provida durante a execução da instalação. No caso da alínea a), as prescrições pertinentes são as de 5.1.2.3.2; no caso da alínea b), as de 5.1.2.3.3. No caso particular de linhas elétricas, devem ser observadas também as prescrições de 5.1.2.3.4. 5.1.2.3.2 Isolação dupla ou reforçada de origem 5.1.2.3.2.1 Os componentes devem ter sido submetidos aos ensaios de tipo, marcados conforme as normas aplicáveis e ser: a) componentes com isolação dupla ou reforçada (equipamentos classe II); ou C ABNT NBR 5410:2004 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 43 b) conjuntos com isolação total (ver ABNT NBR IEC 60439-1 partes 1 e 3 e IEC 60439 partes 2, 4 e 5). NOTAS 1 Esses produtos são identificados pelo símbolo . 2 Sobre classificação dos componentes da instalação quanto à proteção contra choques elétricos (classes I, II e III), ver IEC 61140. 5.1.2.3.2.2 A instalação dos componentes (fixação, ligação dos condutores, etc.) deve ser realizada de modo a não prejudicar a proteção de origem a eles provida, de acordo com as respectivas normas. 5.1.2.3.3 Isolação dupla ou reforçada provida na instalação 5.1.2.3.3.1 Uma isolação suplementar, no caso de componentes dotados de isolação básica, ou uma isolação dupla ou reforçada, no caso de componentes sem qualquer isolação, deve ser provida na forma de invólucros isolantes que satisfaçam os requisitos de 5.1.2.3.3.2 a 5.1.2.3.3.6. A isolação suplementar, dupla ou reforçada provida deve resultar numa segurança equivalente à dos componentes conforme 5.1.2.3.2.1. NOTAS 1 O símbolo deve ser fixado em posição visível no exterior e no interior do invólucro. 2 Só se admite o uso de isolação reforçada, no caso de componentes sem qualquer isolação, se as condições não permitirem o uso de isolação dupla. 5.1.2.3.3.2 O invólucro isolante destinado a prover isolação suplementar (caso de componentes dotados de isolação básica de origem ou de componentes aos quais foi provida, preliminarmente, isolação básica na fase de instalação) deve possuir grau de proteção no mínimo IPXXB ou IP2X. 5.1.2.3.3.3 O invólucro isolante não deve ser atravessado por partes ou elementos condutivos suscetíveis de propagar um potencial. O invólucro isolante não deve possuir parafusos de material isolante cuja substituição por parafusos metálicos possa comprometer o isolamento proporcionado pelo invólucro. NOTA Quando o invólucro isolante tiver que ser atravessado por partes de acoplamentos mecânicos (por exemplo, alavancas de comando de dispositivos ou equipamentos contidos no interior do invólucro), estas devem ser arranjadas de forma a não comprometer a proteção (supletiva) proporcionada pelo invólucro. 5.1.2.3.3.4 Quando o invólucro isolante comportar tampas ou portas que possam ser abertas sem o auxílio de ferramenta ou chave, deve haver uma barreira isolante que impeça o contato acidental das pessoas com partes condutivas que, de outra forma, sem a barreira, poderiam se tornar acessíveis com a abertura da tampa ou porta. Essa barreira deve garantir grau de proteção no mínimo IPXXB ou IP2X e só pode ser removida com o uso de ferramenta. 5.1.2.3.3.5 Partes condutivas situadas no interior do invólucro isolante não devem ser ligadas a condutor de proteção. Caso seja necessária a travessia do invólucro isolante por condutores de proteção integrantes de circuitos destinados a alimentar outros equipamentos, os condutores de proteção em questão e suas conexões devem ser isolados como se fossem partes vivas e, além disso, suas conexões devem ser adequadamente marcadas ou identificadas. Da mesma forma, partes condutivas acessíveis e partes condutivas intermediárias não devem ser ligadas a condutor de proteção, salvo se isso for solicitado e instruído nas especificações do equipamento em questão, particularmente por razões que não a proteção contra choques. 5.1.2.3.3.6 O invólucro não deve prejudicar o funcionamento do equipamento por ele protegido. ABNT NBR 5410:2004 44 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 5.1.2.3.4 Linhas elétricas 5.1.2.3.4.1 Admite-se que linhas elétricas que atendam às prescrições de 6.2 sejam realizadas segundo o conceito de isolação dupla ou reforçada, se elas forem: a) constituídas de cabos uni ou multipolares, dispostos ou não em condutos e, neste caso, independentemente do tipo de conduto; ou b) dispostas em condutos fechados não-metálicos, conforme IEC 61084-1, IEC 60614-1 ou IEC 61386-1, e sob a condição de que sejam utilizados no mínimo condutores isolados. Entretanto, tais linhas elétricas não devem ser identificadas pelo símbolo , nem pelo símbolo . 5.1.2.3.4.2 A previsão de que um circuito elétrico se destina a alimentar equipamento(s) classe II não dispensa a presença de condutor de proteção, inclusive nos casos em que a linha elétrica que contém o circuito for realizada conforme 5.1.2.3.4.1. 5.1.2.4 Uso de separação elétrica individual 5.1.2.4.1 A precondição de proteção básica, no circuito separado, deve ser assegurada por isolação das partes vivas e/ou por barreiras ou invólucros, conforme anexo B, não se excluindo também, com mais razão, a isolação dupla ou reforçada, conforme 5.1.2.3. 5.1.2.4.2 A proteção supletiva deve ser assegurada pelo preenchimento conjunto das três condições seguintes: a) separação entre o circuito objeto da medida (circuito separado) e qualquer outro circuito, incluindo o circuito primário que o alimenta, na forma de separação de proteção; b) isolação (básica) entre o circuito separado e a terra; c) limitação da carga alimentada (pelo circuito separado) a um único equipamento. Estas condições impõem, portanto, a existência de uma fonte de separação, que deve ser conforme os requisitos de 5.1.2.4.3, e a observância dos cuidados pertinentes na realização do circuito separado, conforme 5.1.2.4.4. NOTA Recomenda-se que o produto da tensão nominal do circuito separado, em volts, pelo comprimento da linha elétrica que o constitui, em metros, não seja superior a 100 000 e que o comprimento da linha elétrica não seja superior a 500 m. 5.1.2.4.3 Fonte de separação 5.1.2.4.3.1 A fonte do circuito separado, consoante o estabelecido em 5.1.2.4.2, deve apresentar separação de proteção. Isto significa que a fonte deve ser: a) um transformador de separação conforme IEC 61558-2-4 e/ou conforme outras normas específicas da série IEC 61558, como a IEC 61558-2-5; ou b) uma fonte que assegure um grau de segurança equivalente ao do transformador de separação especificado acima, por exemplo um conjunto motor-gerador adequado. 5.1.2.4.3.2 As fontes de separação móveis devem ser conforme 5.1.2.3. 5.1.2.4.3.3 As fontes de separação fixas devem ser: a) conforme 5.1.2.3; ou C C ABNT NBR 5410:2004 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 47 5.1.2.5.3.5 Certos dispositivos eletrônicos, conforme as normas aplicáveis, nos quais tenham sido tomadas providências para assegurar que, mesmo em caso de falta interna, a tensão nos terminais de saída não possa ser superior aos limites indicados em 5.1.2.5.1. Entretanto, valores mais elevados podem ser admitidos se for assegurado que, em caso de contato com uma parte viva ou de falta entre uma parte viva e massa, a tensão nos terminais de saída é imediatamente reduzida a um valor igual ou inferior a esses limites. NOTAS 1 Equipamentos para ensaios de isolamento e dispositivos supervisores de isolamento são exemplos de tais dispositivos. 2 Mesmo que a tensão detectada inicialmente nos terminais de saída seja mais elevada, a prescrição de 5.1.2.5.3.5 pode ser considerada atendida se, após medida com um voltímetro apresentando resistência interna mínima de 3 000 , a tensão nos terminais de saída se situar então dentro dos limites especificados em 5.1.2.5.1. 5.1.2.5.3.6 As versões móveis de fontes SELV ou PELV devem, adicionalmente, ser conforme 5.1.2.3. 5.1.2.5.4 Circuitos SELV e PELV 5.1.2.5.4.1 A separação de proteção a que se refere a prescrição de 5.1.2.5.2, entre as partes vivas dos circuitos SELV ou PELV e partes vivas de outros circuitos que não sejam SELV ou PELV, deve ser assegurada por: a) isolação dupla ou reforçada, dimensionada para a tensão mais elevada presente; ou b) isolação básica e blindagem de proteção, também dimensionada para a tensão mais elevada presente. NOTA Deve ser provida, entre as partes vivas de dispositivos como relés, contatores e chaves auxiliares e quaisquer partes de um circuito de tensão mais elevada, uma separação de proteção pelo menos equivalente àquela existente entre os enrolamentos primário e secundário de um transformador de separação de segurança. 5.1.2.5.4.2 Consoante 5.1.2.5.2, deve ser provida isolação básica: a) entre as partes vivas de um circuito SELV ou PELV e entre elas e as partes vivas de outros circuitos SELV ou PELV; b) entre as partes vivas de um circuito SELV e a terra. 5.1.2.5.4.3 As formas de separação de proteção relacionadas em 5.1.2.5.4.1 conduzem às seguintes possibilidades de realização das linhas elétricas SELV ou PELV, sendo admitida qualquer uma delas: a) condutores dos circuitos SELV e/ou PELV providos de cobertura não-metálica ou envolvidos por um invólucro isolante, adicionalmente à sua isolação básica; b) condutores dos circuitos SELV e/ou PELV providos de sua isolação básica, separados dos condutores dos circuitos em outras tensões por uma cobertura metálica aterrada ou uma blindagem metálica aterrada; c) compartilhamento pelo circuito SELV e/ou PELV e outros circuitos em outras tensões, de um mesmo cabo multipolar, desde que os condutores, em especial os dos circuitos SELV e/ou PELV, sejam isolados para a tensão mais elevada presente; d) condutores SELV e/ou PELV e condutores de outros circuitos em outras tensões, todos providos de sua isolação básica, formando um agrupamento, desde que os condutores, em especial os dos circuitos SELV e/ou PELV, sejam isolados para a tensão mais elevada presente; e) condutores de circuitos SELV e/ou PELV fisicamente separados dos condutores de qualquer outro circuito. ABNT NBR 5410:2004 48 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 5.1.2.5.4.4 Os plugues e as tomadas de corrente de circuitos SELV e PELV devem satisfazer as seguintes prescrições: a) não deve ser possível inserir o plugue SELV ou PELV em tomadas de outras tensões; b) a tomada SELV ou PELV deve impedir a introdução de plugues referentes a outras tensões; c) as tomadas do sistema SELV não devem possuir contato para condutor de proteção. 5.1.2.5.4.5 Partes vivas dos circuitos SELV não devem ser conectadas à terra ou a partes vivas ou condutores de proteção de outros circuitos. 5.1.2.5.4.6 As massas dos circuitos SELV não devem ser intencionalmente conectadas à terra, a condutores de proteção ou massas de outros circuitos e/ou a elementos condutivos, exceto, neste caso, se a conexão a elementos condutivos for uma necessidade inerente à utilização do equipamento alimentado em SELV e desde que se possa descartar o risco da propagação, para a massa SELV, de diferença de potencial superior à tensão de contato limite válida para a situação de influências externas pertinente (ver anexo c). NOTA Se as massas dos circuitos SELV forem suscetíveis de entrar em contato, fortuita ou deliberadamente, com massas de outros circuitos, a proteção contra choques não mais depende somente da proteção proporcionada pelo sistema SELV, mas também da medida de proteção aplicada a esses outros circuitos. 5.1.2.5.4.7 Os sistemas PELV e/ou suas massas podem ser aterrados. 5.1.3 Proteção adicional 5.1.3.1 Eqüipotencialização suplementar 5.1.3.1.1 A eqüipotencialização suplementar deve ser realizada sempre que as condições associadas à medida de proteção por eqüipotencialização e seccionamento automático da alimentação (ver 5.1.2.2) não puderem ser integralmente satisfeitas e em todos os casos da seção 9 em que for exigida. NOTAS 1 A eqüipotencialização suplementar não dispensa a necessidade de seccionamento da alimentação por outras razões por exemplo, proteção contra incêndio, sobreaquecimento do equipamento, etc. 2 A eqüipotencialização suplementar pode envolver toda a instalação, uma parte desta, um equipamento ou um local. 3 Requisitos adicionais podem ser necessários para locais específicos (ver seção 9) ou para outras finalidades. 5.1.3.1.2 A eqüipotencialização suplementar deve abranger todos os elementos condutivos simultaneamente acessíveis, sejam massas de equipamentos fixos, sejam elementos condutivos da edificação ou de suas utilidades, incluindo as armaduras do concreto armado. A essa eqüipotencialização devem ser conectados os condutores de proteção de todos os equipamentos, incluindo os condutores de proteção das tomadas de corrente. NOTA Nenhuma ligação visando eqüipotencialização ou aterramento, incluindo as conexões às armaduras do concreto, pode ser usada como alternativa aos condutores de proteção dos circuitos. Como especificado em 5.1.2.2.3.6, todo circuito deve dispor de condutor de proteção, em toda sua extensão (ver também 6.4.3.1.5). C ABNT NBR 5410:2004 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 49 5.1.3.1.3 Em caso de dúvida, a efetividade da eqüipotencialização suplementar deve ser verificada assegurando-se que a resistência R entre qualquer massa e qualquer elemento condutivo simultaneamente acessível (seja outra massa ou elemento condutivo não pertencente à instalação elétrica) atenda à seguinte condição: R £ UL / Ia onde: UL é a tensão de contato limite, em volts; Ia é a corrente de atuação do dispositivo de proteção, em ampères, correspondendo a: I n para dispositivos de proteção a corrente diferencial-residual; corrente de atuação em 5 s para dispositivos a sobrecorrente. NOTA As tensões de contato limite, para diferentes situações, estão indicadas no anexo C. 5.1.3.2 Uso de dispositivo diferencial-residual de alta sensibilidade 5.1.3.2.1 Generalidades 5.1.3.2.1.1 O uso de dispositivos de proteção a corrente diferencial-residual com corrente diferencial-residual nominal I n igual ou inferior a 30 mA é reconhecido como proteção adicional contra choques elétricos. NOTA A proteção adicional provida pelo uso de dispositivo diferencial-residual de alta sensibilidade visa casos como os de falha de outros meios de proteção e de descuido ou imprudência do usuário. 5.1.3.2.1.2 A utilização de tais dispositivos não é reconhecida como constituindo em si uma medida de proteção completa e não dispensa, em absoluto, o emprego de uma das medidas de proteção estabelecidas em 5.1.2.2 a 5.1.2.5. 5.1.3.2.2 Casos em que o uso de dispositivo diferencial-residual de alta sensibilidade como proteção adicional é obrigatório Além dos casos especificados na seção 9, e qualquer que seja o esquema de aterramento, devem ser objeto de proteção adicional por dispositivos a corrente diferencial-residual com corrente diferencial-residual nominal I n igual ou inferior a 30 mA: a) os circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em locais contendo banheira ou chuveiro (ver 9.1); b) os circuitos que alimentem tomadas de corrente situadas em áreas externas à edificação; c) os circuitos de tomadas de corrente situadas em áreas internas que possam vir a alimentar equipamentos no exterior; d) os circuitos que, em locais de habitação, sirvam a pontos de utilização situados em cozinhas, copas- cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e demais dependências internas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens; e) os circuitos que, em edificações não-residenciais, sirvam a pontos de tomada situados em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e, no geral, em áreas internas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens. C C C ABNT NBR 5410:2004 52 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados Tabela 27 Distâncias mínimas a serem obedecidas nas passagens destinadas à operação e/ou manutenção quando for assegurada proteção parcial por meio de obstáculos Situação Distância 1. Distância entre obstáculos, entre manípulos de dispositivos elétricos (punhos, volantes, alavancas etc.), entre obstáculos e parede ou entre manípulos e parede 700 mm 2. Altura da passagem sob tela ou painel 2 000 mm NOTA As distâncias indicadas são válidas considerando-se todas as partes dos painéis devidamente montadas e fechadas. Figura 6 Passagens com proteção parcial por meio de obstáculos 5.1.5.4 Colocação fora de alcance 5.1.5.4.1 Partes simultaneamente acessíveis que apresentem potenciais diferentes devem se situar fora da zona de alcance normal. NOTAS 1 Considera-se que duas partes são simultaneamente acessíveis quando o afastamento entre elas não ultrapassa 2,50 m. 2 Define-se como zona de alcance normal o volume indicado na figura 7. ABNT NBR 5410:2004 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 53 Onde : S = superfície sobre a qual se postam ou circulam pessoas. Figura 7 Zona de alcance normal 5.1.5.4.2 Se, em espaços nos quais for prevista normalmente a presença ou circulação de pessoas (qualificadas e/ou advertidas), houver obstáculo (por exemplo, corrimão ou tela) com grau de proteção inferior a IPXXB ou IP2X, limitando a mobilidade no plano horizontal, a demarcação da zona de alcance normal deve ser feita a partir deste obstáculo. No plano vertical, a delimitação da zona de alcance normal deve observar os 2,50 m da superfície S, tal como indicado na figura 7, independentemente da existência de qualquer obstáculo com grau de proteção inferior a IPXXB ou IP2X entre a superfície S e as partes vivas. NOTA Os afastamentos delimitadores da zona de alcance normal são válidos para a hipótese de risco de as partes vivas serem tocadas diretamente com as mãos, sem considerar elementos como ferramentas ou escadas. 5.1.5.4.3 Em locais onde objetos condutivos compridos ou volumosos forem manipulados habitualmente, os afastamentos exigidos em 5.1.5.4.1 e 5.1.5.4.2 devem ser aumentados levando-se em conta as dimensões de tais objetos. 5.1.6 Omissão da proteção contra choques elétricos 5.1.6.1 Admite-se omitir a proteção contra choques elétricos nos locais acessíveis somente a pessoas advertidas (BA4 - tabela 18) ou qualificadas (BA5 - tabela 18) e se as condições de 5.1.6.2 a 5.1.6.7 forem simultaneamente satisfeitas. 5.1.6.2 A pessoa BA4 ou BA5 (tabela 18) deve estar devidamente instruída com relação às condições do local e às tarefas a serem nele executadas. 5.1.6.3 Os locais devem ser sinalizados de forma clara e visível, por meio de indicações apropriadas. 5.1.6.4 Não deve ser possível ingressar nos locais sem o auxílio ou a liberação de algum dispositivo especial. ABNT NBR 5410:2004 54 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 5.1.6.5 As portas de acesso aos locais devem permitir a fácil saída das pessoas, abrindo no sentido da fuga (abrindo para fora). A abertura das portas, pelo lado interno dos locais, deve ser possível sem o uso de chaves, mesmo que as portas sejam fechadas a chave pelo lado de fora. 5.1.6.6 As distâncias mínimas a serem observadas nas passagens destinadas à operação e/ou manutenção são aquelas indicadas na tabela 28 e ilustradas nas figuras 8 e 9. NOTA Em circunstâncias particulares, pode ser desejável a adoção de valores maiores, visando a segurança. 5.1.6.7 As passagens cuja extensão for superior a 20 m devem ser acessíveis nas duas extremidades. Recomenda-se que passagens de serviço menores, mas com comprimento superior a 6 m, também sejam acessíveis nas duas extremidades. Tabela 28 Distâncias mínimas a serem obedecidas nas passagens destinadas à operação e/ou manutenção desprovidas de qualquer proteção contra contatos com partes vivas Situação Distância 1.Apenas um dos lados da passagem apresenta partes vivas não protegidas (ver figura 8) 1.1 Largura da passagem entre parede e partes vivas ..................................................... 1.2 Passagem livre defronte manípulos (punhos, volantes, alavancas, etc.) de dispositivos elétricos ............................................................................................................. 1 000 mm 700 mm 2.Os dois lados da passagem apresentam partes vivas (ver figura 9) 2.1 Largura da passagem entre partes e/ou condutores vivos de cada lado: a) passagem destinada exclusivamente à manutenção, prevendo-se que qualquer trabalho de manutenção seja precedido da colocação de barreiras protetoras............... b) passagem destinada exclusivamente à manutenção, não estando previsto que os trabalhos de manutenção sejam precedidos da colocação de barreiras protetoras ........ c) passagem destinada tanto à operação quanto à manutenção, prevendo-se que todo trabalho de manutenção seja precedido da colocação de barreiras protetoras ........................................................................................................................ d) passagem destinada tanto à operação quanto à manutenção, não estando previsto que os trabalhos de manutenção sejam precedidos da colocação de barreiras protetoras ......................................................................................................................... 2.2 Passagem livre defronte manípulos (punhos, volantes, alavancas, etc.) de dispositivos elétricos: a) passagem destinada à manutenção b) passagem destinada à operação 1 000 mm 1 500 mm 1 200 mm 1 500 mm 900 mm 1 100 mm 3.Altura das partes vivas acima do piso 2 300 mm ABNT NBR 5410:2004 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 57 5.2.2.1.5 Componentes da instalação que contenham líquidos inflamáveis em volume significativo devem ser objeto de precauções para evitar que, em caso de incêndio, o líquido inflamado, a fumaça e gases tóxicos se propaguem para outras partes da edificação. Tais precauções podem ser, por exemplo: a) construção de um fosso de drenagem, para coletar vazamentos do líquido e assegurar a extinção das chamas, em caso de incêndio; b) instalação dos componentes numa câmara resistente ao fogo, ventilada apenas por atmosfera externa, e previsão de soleiras, ou outros meios, para evitar que o líquido inflamado se propague para outras partes da edificação. NOTAS 1 Em geral, considera-se significativo um volume igual ou superior a 25 L. Para volumes inferiores a 25 L, é suficiente alguma providência que evite o vazamento do líquido. 2 É recomendável que a alimentação seja interrompida tão logo um incêndio se inicie. 5.2.2.1.6 Os materiais de invólucros aplicados a componentes da instalação durante a execução da obra devem suportar a maior temperatura que o componente possa vir a atingir. Só se admitem invólucros de material combustível se forem tomadas medidas preventivas contra o risco de ignição, tais como revestimento com material incombustível, ou de difícil combustão, e baixa condutividade térmica. 5.2.2.2 Proteção contra incêndio em locais BD2, BD3 e BD4 5.2.2.2.1 As prescrições de 5.2.2.2.2 a 5.2.2.2.5 são aplicáveis, adicionalmente àquelas de 5.2.2.1, às instalações elétricas de locais classificáveis como BD2, BD3 e BD4 (tabela 21). Quando não discriminado expressamente a qual ou quais desses locais a prescrição se refere, isso significa que ela é aplicável aos três. NOTAS 1 Conforme definido em 4.2.6.2.4 (tabela 21), a classificação BD de um local refere-se às condições que ele apresenta sob o ponto de vista da fuga das pessoas em situações de emergência. As condições BD2, BD3 e BD4 são assim descritas: BD2: baixa densidade de ocupação, percurso de fuga longo; BD3: alta densidade de ocupação, percurso de fuga breve; BD4: alta densidade de ocupação, percurso de fuga longo. 2 A legislação referente a edificações e à segurança contra incêndios pode conter disposições que detalhem e regulamentem as condições BD ou análogas. 5.2.2.2.2 As linhas elétricas não devem ser dispostas em rota de fuga (vias de escape), a menos que fique garantido, pelo tempo especificado nas normas aplicáveis a elementos construtivos de saídas de emergência, ou por 2 h na inexistência de tais normas, a) que a linha elétrica não venha a propagar nem contribuir para a propagação de um incêndio; e b) que a linha elétrica não venha a atingir temperatura alta o suficiente para inflamar materiais adjacentes. Se aparente, a linha deve ser posicionada fora da zona de alcance normal ou possuir proteção contra os danos mecânicos que possam ocorrer durante uma fuga. A linha deve ser tão curta quanto possível. NOTA Sobre zona de alcance normal, ver figura 7. C ABNT NBR 5410:2004 58 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 5.2.2.2.3 Em áreas comuns, em áreas de circulação e em áreas de concentração de público, em locais BD2, BD3 e BD4, as linhas elétricas embutidas devem ser totalmente imersas em material incombustível, enquanto as linhas aparentes e as linhas no interior de paredes ocas ou de outros espaços de construção devem atender a uma das seguintes condições: a) no caso de linhas constituídas por cabos fixados em paredes ou em tetos, os cabos devem ser não- propagantes de chama, livres de halogênio e com baixa emissão de fumaça e gases tóxicos; b) no caso de linhas constituídas por condutos abertos, os cabos devem ser não-propagantes de chama, livres de halogênio e com baixa emissão de fumaça e gases tóxicos. Já os condutos, caso não sejam metálicos ou de outro material incombustível, devem ser não-propagantes de chama, livres de halogênio e com baixa emissão de fumaça e gases tóxicos; c) no caso de linhas em condutos fechados, os condutos que não sejam metálicos ou de outro material incombustível devem ser não-propagantes de chama, livres de halogênios e com baixa emissão de fumaça e gases tóxicos. Na primeira hipótese (condutos metálicos ou de outro material incombustível), podem ser usados condutores e cabos apenas não-propagantes de chama; na segunda, devem ser usados cabos não-propagantes de chama, livres de halogênio e com baixa emissão de fumaça e gases tóxicos. NOTA Para efeito desta prescrição, um poço (espaço de construção vertical) pode ser considerado linha elétrica embutida quando possuir grau de proteção IP5X, no mínimo, for acessível somente através do uso de chave ou ferramenta e observar os requisitos de 6.2.9.6.8. 5.2.2.2.4 Nos locais BD3 e BD4, os dispositivos de manobra e de proteção, exceto certos dispositivos destinados a facilitar a fuga nas emergências, devem ser acessíveis apenas às pessoas autorizadas. Se situados em áreas de circulação, os dispositivos devem ser alojados em gabinetes ou caixas de material incombustível ou de difícil combustão. 5.2.2.2.5 Não se admite, nas instalações elétricas de locais BD3 ou BD4 e em saídas de emergência, o uso de componentes contendo líquidos inflamáveis. NOTA Os capacitores auxiliares individuais incorporados aos equipamentos (por exemplo, capacitores de lâmpadas de descarga e capacitores de partida de motores) não estão sujeitos a esta prescrição. 5.2.2.3 Proteção contra incêndio em locais BE2 5.2.2.3.1 As prescrições de 5.2.2.3.2 a 5.2.2.3.13 são aplicáveis, adicionalmente àquelas de 5.2.2.1, às instalações elétricas de locais classificáveis como BE2. NOTAS 1 Conforme definido em 4.2.6.2.5 (tabela 22), a classificação BE de um local baseia-se na natureza dos materiais que são nele processados ou armazenados. Em particular, locais BE2 são aqueles que apresentam maior risco de incêndio devido à presença de substâncias combustíveis em quantidade apreciável. 2 A legislação de segurança contra incêndios, de segurança do trabalho, etc. pode conter disposições que detalhem e regulamentem a quantidade de material combustível, a área ou o volume de locais BE2 e outros aspectos. 3 Para locais com riscos de explosão, ver ABNT NBR 9518 e IEC 60079-14. 5.2.2.3.2 Os equipamentos elétricos devem ser limitados aos que o local exige, para as atividades aí desenvolvidas. Admite-se, porém, que o local seja percorrido ou atravessado por outras linhas elétricas, além daquelas destinadas a atender pontos situados no local, desde que atendidas as condições descritas em 5.2.2.3.7. ABNT NBR 5410:2004 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 59 5.2.2.3.3 Quando for previsto um acúmulo de poeira combustível, sobre os invólucros dos componentes elétricos, capaz de suscitar risco de incêndio, devem ser tomadas precauções para impedir que esses invólucros atinjam as temperaturas de ignição da poeira. 5.2.2.3.4 Os componentes da instalação devem ser selecionados e instalados de modo tal que seu aquecimento normal, bem como o sobreaquecimento previsível em caso de falta ou de operação em sobrecarga, não possam provocar um incêndio. As providências pertinentes podem basear-se nas características construtivas originais do componente ou em cuidados na sua instalação. Quando a temperatura das superfícies dos componentes não for suscetível de provocar a combustão de materiais situados nas proximidades, não é necessária nenhuma medida. 5.2.2.3.5 Os dispositivos de proteção, comando e seccionamento devem ser dispostos fora dos locais BE2, a menos que eles sejam alojados em invólucros com grau de proteção adequado a tais locais, no mínimo IP4X. 5.2.2.3.6 Quando as linhas elétricas não forem totalmente embutidas (imersas) em material incombustível, devem ser tomadas precauções para garantir que elas não venham a propagar chama. Em particular, os condutores e cabos devem ser não-propagantes de chama. 5.2.2.3.7 As linhas elétricas que atravessem um local BE2, mas que não se destinem a atender pontos aí situados, devem satisfazer as seguintes condições: a) devem ser conforme 5.2.2.3.6; b) não devem conter nenhuma conexão no trecho interno ao local, a menos que essas conexões sejam contidas em invólucros resistentes ao fogo; c) devem ser protegidas contra sobrecorrentes conforme 5.2.2.3.11. 5.2.2.3.8 Motores comandados automaticamente ou à distância, ou que não sejam continuamente supervisionados, devem ser protegidos contra sobreaquecimento por sensores térmicos. 5.2.2.3.9 As luminárias devem ser adequadas aos locais e providas de invólucros que apresentem grau de proteção no mínimo IP4X. Se o local oferecer risco de danos mecânicos às luminárias, elas devem ter suas lâmpadas e outros componentes protegidos por coberturas plásticas, grelhas ou coberturas de vidro resistentes a impactos, com exceção dos porta-lâmpadas (a menos que comportem tais acessórios). 5.2.2.3.10 Quando for necessário limitar os riscos de incêndio suscitados pela circulação de correntes de falta, o circuito correspondente deve ser: a) protegido por dispositivo a corrente diferencial-residual (dispositivo DR) com corrente diferencial-residual nominal de atuação de no máximo 500 mA; ou b) supervisionado por um DSI (dispositivo supervisor de isolamento) ou por um dispositivo supervisor a corrente diferencial-residual, ajustados para sinalizar a ocorrência de falta em bases no máximo equivalentes àquelas da alínea a). Pode-se incorporar à linha do circuito em questão um condutor nu de supervisão. Essa função pode ser realizada pelo condutor de proteção, se atendida a característica especificada. 5.2.2.3.11 Os circuitos que alimentem ou atravessem locais BE2 devem ser protegidos contra sobrecargas e contra curtos-circuitos por dispositivos de proteção situados a montante desses locais. 5.2.2.3.12 Não se admite, no caso de circuitos SELV e PELV, a possibilidade de que trata 5.1.2.5.1. Qualquer que seja a tensão nominal do circuito SELV ou PELV, as partes vivas devem ser: a) contidas em invólucros com grau de proteção IP2X ou IPXXB; ou b) providas de isolação capaz de suportar uma tensão de ensaio de 500 V durante 1 min. ABNT NBR 5410:2004 62 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 5.3.2.2.1.2 Quando a seção do condutor neutro for inferior à dos condutores de fase, é necessário prever detecção de sobrecorrente no condutor neutro, adequada à seção desse condutor. Essa detecção deve provocar o seccionamento dos condutores de fase, mas não necessariamente do condutor neutro. No entanto, admite-se omitir a detecção de sobrecorrente no condutor neutro, se as duas condições seguintes forem simultaneamente atendidas: a) o condutor neutro estiver protegido contra curtos-circuitos pelo dispositivo de proteção dos condutores de fase do circuito; b) a corrente máxima suscetível de percorrer o condutor neutro em serviço normal for claramente inferior ao valor da capacidade de condução de corrente desse condutor. NOTA Considera-se a condição da alínea b) satisfeita se a potência transportada pelo circuito for distribuída tão uniformemente quanto possível entre as diferentes fases (por exemplo, se a soma das potências absorvidas pelos equipamentos de utilização alimentados entre cada fase e o neutro for muito inferior à potência total transportada pelo circuito em questão). A seção do condutor neutro deve ser no mínimo igual aos valores especificados em 6.2.6.2. 5.3.2.2.2 Esquema IT Nos esquemas IT, recomenda-se não distribuir o condutor neutro. No entanto, se ele for distribuído, é necessário prever, em todos os circuitos, detecção de sobrecorrente no condutor neutro, que deve seccionar todos os condutores vivos do circuito correspondente, incluindo o próprio condutor neutro. Essa medida não é necessária, desde que: a) o condutor neutro considerado seja efetivamente protegido contra curtos-circuitos por um dispostivo de proteção instalado a montante, atendidas as prescrições de 5.3.5.5; ou b) o circuito considerado seja protegido por um dispositivo de proteção a corrente diferencial-residual com uma corrente diferencial-residual nominal menor ou igual a 0,15 vez a capacidade de condução de corrente do condutor neutro correspondente. Esse dispositivo deve seccionar todos os condutores vivos do circuito correspondente, incluindo o condutor neutro. 5.3.2.3 Seccionamento e fechamento do condutor neutro Quando exigido o seccionamento do condutor neutro, as operações de abertura e fechamento dos circuitos correspondentes devem ser de modo a garantir que o condutor neutro não seja seccionado antes nem restabelecido após os condutores de fase. 5.3.3 Natureza dos dispositivos de proteção Os dispositivos de proteção devem ser escolhidos entre os indicados em 5.3.3.1 a 5.3.3.3. 5.3.3.1 Dispositivos capazes de prover simultaneamente proteção contra correntes de sobrecarga e contra correntes de curto-circuito Esses dispositivos de proteção devem poder interromper qualquer sobrecorrente inferior ou igual à corrente de curto-circuito presumida no ponto em que o dispositivo for instalado. Eles devem satisfazer as prescrições de 5.3.4 e de 5.3.5.5.1. Tais dispositivos podem ser: a) disjuntores conforme ABNT NBR 5361, ABNT NBR IEC 60947-2, ABNT NBR NM 60898 ou IEC 61009-2.1; b) dispositivos fusíveis tipo gG, conforme ABNT NBR IEC 60269-1 e ABNT NBR IEC 60269-2 ou ABNT NBR IEC 60269-3; c) disjuntores associados a dispositivos fusíveis, conforme ABNT NBR IEC 60947-2 ou ABNT NBR NM 60898. ABNT NBR 5410:2004 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 63 NOTAS 1 O termo dispositivo fusível compreende todas as partes constituintes do dispositivo de proteção. 2 O uso de dispositivo com capacidade de interrupção inferior à corrente de curto-circuito presumida no ponto de instalação está sujeito às prescrições de 5.3.5.5.1. 3 Tendo em vista que um dos parâmetros para o equacionamento da proteção contra curtos-circuitos conforme 5.3.5.5 é a integral de joule (energia) que o dispositivo de proteção deixa passar, deve-se atentar para o fato de que a ABNT NBR 5361 não prevê o fornecimento desta característica, devendo a mesma ser fornecida pelo fabricante do dispositivo. 5.3.3.2 Dispositivos capazes de prover apenas proteção contra correntes de sobrecarga Tais dispositivos geralmente possuem característica de atuação a tempo inverso e podem apresentar uma capacidade de interrupção inferior à corrente de curto-circuito presumida no ponto de instalação. Devem satisfazer às prescrições de 5.3.4. 5.3.3.3 Dispositivos capazes de prover apenas proteção contra correntes de curto-circuito Tais dispositivos podem ser utilizados quando a proteção contra sobrecargas for provida por outros meios ou nos casos em que se admite omitir a proteção contra sobrecargas (ver 5.3.4). Esses dispositivos devem poder interromper qualquer corrente de curto-circuito inferior ou igual à corrente de curto-circuito presumida e devem satisfazer as prescrições de 5.3.5. Podem ser utilizados: a) disjuntores conforme ABNT NBR 5361, ABNT NBR IEC 60947-2, ABNT NBR NM 60898 ou IEC 61009-2.1; b) dispositivos fusíveis com fusíveis tipo gG, gM ou aM, conforme ABNT NBR IEC 60269-1 e ABNT NBR IEC 60269-2 ou ABNT NBR IEC 60269-3. NOTA Tendo em vista que um dos parâmetros para o equacionamento da proteção contra curtos-circuitos conforme 5.3.5.5 é a integral de joule (energia) que o dispositivo de proteção deixa passar, deve-se atentar para o fato de que a ABNT NBR 5361 não prevê o fornecimento desta característica, devendo esta ser fornecida pelo fabricante do dispositivo. 5.3.4 Proteção contra correntes de sobrecarga NOTA Os condutores vivos protegidos contra sobrecargas conforme as prescrições desta seção são considerados igualmente protegidos contra qualquer falta capaz de produzir sobrecorrentes na faixa das correntes de sobrecarga. 5.3.4.1 Coordenação entre condutores e dispositivos de proteção Para que a proteção dos condutores contra sobrecargas fique assegurada, as características de atuação do dispositivo destinado a provê-la devem ser tais que: a) IB £ In £ Iz; e b) I2 £ 1,45 Iz Onde: IB é a corrente de projeto do circuito; Iz é a capacidade de condução de corrente dos condutores, nas condições previstas para sua instalação (ver 6.2.5); In é a corrente nominal do dispositivo de proteção (ou corrente de ajuste, para dispositivos ajustáveis), nas condições previstas para sua instalação; C ABNT NBR 5410:2004 64 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados I2 é a corrente convencional de atuação, para disjuntores, ou corrente convencional de fusão, para fusíveis. NOTA A condição da alínea b) é aplicável quando for possível assumir que a temperatura limite de sobrecarga dos condutores (ver tabela 35) não venha a ser mantida por um tempo superior a 100 h durante 12 meses consecutivos, ou por 500 h ao longo da vida útil do condutor. Quando isso não ocorrer, a condição da alínea b) deve ser substituída por: I2 £ Iz . 5.3.4.2 Localização dos dispositivos que asseguram proteção contra sobrecargas 5.3.4.2.1 Devem ser providos dispositivos que assegurem proteção contra sobrecargas em todos os pontos onde uma mudança (por exemplo, de seção, de natureza, de maneira de instalar ou de constituição) resulte em redução do valor da capacidade de condução de corrente dos condutores. As exceções a essa regra são indicadas em 5.3.4.2.2 e 5.3.4.3. 5.3.4.2.2 O dispositivo destinado a proteger uma linha elétrica contra sobrecargas pode não ser posicionado exatamente no ponto especificado em 5.3.4.2.1, mas deslocado ao longo do percurso da linha, se a parte da linha compreendida entre, de um lado, a mudança de seção, de natureza, de maneira de instalar ou de constituição e, do outro lado, o dispositivo de proteção, não possuir nenhuma derivação, nenhuma tomada de corrente e atender a uma das duas condições seguintes: a) estar protegida contra curtos-circuitos de acordo com as prescrições de 5.3.5; b) seu comprimento não exceder 3 m, ser instalada de modo a reduzir ao mínimo o risco de curto-circuito e não estar situada nas proximidades de materiais combustíveis (ver 5.3.5.5.1). Além disso, essa possibilidade de deslocamento não é admitida em esquemas IT. 5.3.4.3 Omissão da proteção contra sobrecargas 5.3.4.3.1 As possibilidades de omissão da proteção contra sobrecargas enunciadas em 5.3.4.3.2 não são válidas para instalações em locais que apresentem riscos de incêndio ou de explosão (condições BE2 e BE3, tabela 22), instalações sujeitas a prescrições específicas que derroguem ou não reconheçam essas possibilidades, e instalações conforme o esquema IT. As possibilidades de omissão válidas para esquemas IT são dadas em 5.3.4.3.3. 5.3.4.3.2 Admite-se omitir a proteção contra sobrecargas: a) em linha que, situada a jusante de uma mudança de seção, de natureza, de maneira de instalar ou de constituição, seja efetivamente protegida contra sobrecargas por um dispositivo de proteção localizado a montante; b) em linha não sujeita à circulação de correntes de sobrecarga, protegida contra curtos-circuitos de acordo com as prescrições de 5.3.5 e que não possua derivação ou tomada de corrente; c) nas linhas de sinal, incluindo circuitos de comando. 5.3.4.3.3 Em esquemas IT, admite-se omitir a proteção contra sobrecargas se o circuito em questão for protegido por dispositivo a corrente diferencial-residual que seguramente atue na ocorrência de uma segunda falta. Admite-se ainda, no caso particular de esquema IT sem distribuição do condutor neutro, que o dispositivo de proteção contra sobrecargas seja omitido em uma das fases, se o circuito contar com dispositivo de proteção a corrente diferencial-residual. ABNT NBR 5410:2004 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 67 5.3.5.5.1 A capacidade de interrupção do dispositivo deve ser no mínimo igual à corrente de curto-circuito presumida no ponto onde for instalado. Só se admite um dispositivo com capacidade de interrupção inferior se houver, a montante, um outro dispositivo com a capacidade de interrupção necessária; neste caso, as características dos dois dispositivos devem ser coordenadas de tal forma que a energia que eles deixam passar não seja superior à que podem suportar, sem danos, o dispositivo situado a jusante e as linhas por eles protegidas. NOTA Em certos casos pode ser necessário conferir as características do dispositivo de jusante quanto a esforços dinâmicos e energia de arco. Detalhes das características que necessitam coordenação devem ser obtidos com os fabricantes dos dispositivos. 5.3.5.5.2 A integral de Joule que o dispositivo deixa passar deve ser inferior ou igual à integral de Joule necessária para aquecer o condutor desde a temperatura máxima para serviço contínuo até a temperatura limite de curto-circuito, o que pode ser indicado pela seguinte expressão: i2 0 t ò dt £ k2 S2 onde: i2 0 t ò dt é a integral de Joule (energia) que o dispositivo de proteção deixa passar, em ampères quadrados segundo; k2S2 é a integral de Joule (energia) capaz de elevar a temperatura do condutor desde a temperatura máxima para serviço contínuo até a temperatura de curto-circuito, supondo-se aquecimento adiabático. O valor de k é indicado na tabela 30 e S é a seção do condutor, em milímetros quadrados. NOTA Para curtos-circuitos de qualquer duração em que a assimetria da corrente não seja significativa, e para curtos-circuitos assimétricos de duração 0,1 s £ t £ 5 s, pode-se escrever: I2 . t £ k2 S2 onde: I é a corrente de curto-circuito presumida simétrica, em ampères, valor eficaz; t é a duração do curto-circuito, em segundos. C C ABNT NBR 5410:2004 68 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados Tabela 30 Valores de k para condutores com isolação de PVC, EPR ou XLPE Isolação do condutor PVC £ 300 mm2 > 300 mm2 EPR/XLPE Temperatura Inicial Final Inicial Final Inicial Final Material do condutor 70°C 160°C 70°C 140°C 90°C 250°C Cobre 115 103 143 Alumínio 76 68 94 Emendas soldadas em condutores de cobre 115 NOTAS 1 Outros valores de k, para os casos mencionados abaixo, ainda não estão normalizados: condutores de pequena seção (principalmente para seções inferiores a 10 mm2); curtos-circuitos de duração superior a 5 s; outros tipos de emendas nos condutores; condutores nus. 2 Os valores de k indicados na tabela são baseados na IEC 60724. 5.3.5.5.3 A corrente nominal do dispositivo destinado a prover proteção contra curtos-circuitos pode ser superior à capacidade de condução de corrente dos condutores do circuito. 5.3.6 Coordenação entre a proteção contra sobrecargas e a proteção contra curtos-circuitos 5.3.6.1 Proteções providas pelo mesmo dispositivo O dispositivo destinado a prover proteção contra sobrecargas, selecionado de acordo com 5.3.4, pode prover também a proteção contra curtos-circuitos da linha situada a jusante do ponto em que for instalado se o dispositivo possuir uma capacidade de interrupção pelo menos igual à corrente de curto-circuito presumida nesse ponto e atender ao disposto em 5.3.5.5.2. 5.3.6.2 Proteções providas por dispositivos distintos No caso de a proteção contra sobrecargas ser provida por um dispositivo e a proteção contra curtos-circuitos por outro dispositivo, distinto, aplicam-se ao primeiro as disposições de 5.3.4 e, ao segundo, as disposições de 5.3.5. Mas as características dos dois dispositivos devem ser coordenadas de tal maneira que a energia que o dispositivo de proteção contra curtos-circuitos deixa passar, durante um curto-circuito, não seja superior à que pode suportar, sem danos, o dispositivo de proteção contra sobrecargas. 5.3.7 Limitação das sobrecorrentes através das características da alimentação São considerados naturalmente protegidos contra sobrecorrentes os condutores alimentados por uma fonte com impedância, tal que a corrente máxima por ela fornecida não seja superior à capacidade de condução de corrente dos condutores. É o caso, por exemplo, de certos transformadores para campainha, certos transformadores de solda e certos geradores movidos por motor térmico. ABNT NBR 5410:2004 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 69 5.4 Proteção contra sobretensões e perturbações eletromagnéticas 5.4.1 Proteção contra sobretensões temporárias 5.4.1.1 Determinadas ocorrências podem fazer com que os circuitos fase neutro sejam submetidos a sobretensões que podem atingir o valor da tensão entre fases. Essas ocorrências são: a) perda do condutor neutro em esquemas TN e TT, em sistemas trifásicos com neutro, bifásicos com neutro e monofásicos a três condutores; b) falta à terra envolvendo qualquer dos condutores de fase em um esquema IT. No caso b), os componentes da instalação elétrica devem ser selecionados de forma a que sua tensão nominal de isolamento seja pelo menos igual ao valor da tensão nominal entre fases da instalação (ver 6.1.3.1.1). No caso a), deve-se adotar idêntica providência quando tais sobretensões, associadas à probabilidade de ocorrência, constituírem um risco inaceitável. 5.4.1.2 Em instalações segundo o esquema TT, deve-se verificar se as sobretensões temporárias provocadas pela ocorrência de falta à terra na média tensão são compatíveis com a tensão suportável à freqüência industrial dos componentes da instalação BT. Esta condição é considerada atendida se: a) R ´ Im 250 V, quando a falta à terra for eliminada pela proteção primária da subestação de transformação MT/BT em um tempo superior a 5 s; ou b) R ´ Im 1 200 V, quando a falta à terra for eliminada pela proteção primária da subestação de transformação MT/BT em tempo inferior ou igual a 5 s, onde R é a resistência de aterramento das massas da subestação de transformação MT/BT; e Im é a parte da corrente de falta à terra na média tensão que circula pelo eletrodo de aterramento das massas da subestação de transformação MT/BT. NOTA (comum a 5.4.1.1 e 5.4.1.2) Na seleção dos dispositivos de proteção contra surtos (DPS), o exame da máxima tensão de operação contínua a que eles estarão sujeitos, no ponto previsto para sua instalação, deve levar em conta a probabilidade de sobretensões temporárias no ponto em questão e sua magnitude. Ver 6.3.5.2.4-b. 5.4.1.3 A verificação prescrita em 5.4.1.2 pode se limitar aos equipamentos BT da subestação de transformação MT/BT se o eletrodo de aterramento do condutor neutro for eletricamente distinto do eletrodo de aterramento das massas da subestação de transformação. 5.4.2 Proteção contra sobretensões transitórias 5.4.2.1 Proteção contra sobretensões transitórias em linhas de energia 5.4.2.1.1 Deve ser provida proteção contra sobretensões transitórias, com o uso dos meios indicados em 5.4.2.1.2, nos seguintes casos: a) quando a instalação for alimentada por linha total ou parcialmente aérea, ou incluir ela própria linha aérea, e se situar em região sob condições de influências externas AQ2 (mais de 25 dias de trovoadas por ano); b) quando a instalação se situar em região sob condições de influências externas AQ3 (ver tabela 15). NOTA Admite-se que a proteção contra sobretensões exigida em 5.4.2.1.1 possa não ser provida se as conseqüências dessa omissão, do ponto de vista estritamente material, constituírem um risco calculado e assumido. Em nenhuma hipótese a proteção pode ser dispensada se essas conseqüências puderem resultar em risco direto ou indireto à segurança e à saúde das pessoas. C C C C C ABNT NBR 5410:2004 72 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 5.4.3.4 Toda linha metálica de sinal que interligue edificações deve dispor de condutor de eqüipotencialização paralelo, acompanhando todo seu trajeto, sendo esse condutor conectado às eqüipotencializações, de uma e de outra edificação, às quais a linha de sinal se acha vinculada. 5.4.3.5 Além da observância de 6.1.7.1 e 6.1.7.2 e das prescrições pertinentes de 6.4, devem ser adotadas as medidas necessárias para reduzir os efeitos das sobretensões induzidas e das interferências eletromagnéticas em níveis aceitáveis. NOTA São exemplos de medidas que contribuem para a redução dos efeitos das sobretensões induzidas e das interferências eletromagnéticas: a) disposição adequada das fontes potenciais de perturbações em relação aos equipamentos sensíveis; b) disposição adequada dos equipamentos sensíveis em relação a circuitos e equipamentos com altas correntes como, por exemplo, barramentos de distribuição e elevadores; c) uso de filtros e/ou dispositivos de proteção contra surtos (DPSs) em circuitos que alimentam equipamentos sensíveis; d) seleção de dispositivos de proteção com temporização adequada, para evitar desligamentos indesejáveis devidos a transitórios; e) eqüipotencialização de invólucros metálicos e blindagens; f) separação adequada, por distanciamento ou blindagem, entre as linhas de energia e as linhas de sinal, bem como seu cruzamento em ângulo reto; g) separação adequada, por distanciamento ou blindagem, das linhas de energia e de sinal em relação aos condutores de descida do sistema de proteção contra descargas atmosféricas; h) redução dos laços de indução pela adoção de um trajeto comum para as linhas dos diversos sistemas; i) utilização de cabos blindados para o tráfego de sinais; j) as mais curtas conexões de eqüipotencialização possíveis; k) linhas com condutores separados (por exemplo, condutores isolados ou cabos unipolares) contidas em condutos metálicos aterrados ou equivalentes; l) evitar o esquema TN-C, conforme disposto em 5.4.3.6; m) concentrar as entradas e/ou saídas das linhas externas em um mesmo ponto da edificação (ver nota de 6.4.2.1.2.); n) utilizar enlaces de fibra óptica sem revestimento metálico ou enlaces de comunicação sem fio na interligação de redes de sinal dispostas em áreas com eqüipotencializações separadas, sem interligação. 5.4.3.6 Em toda edificação alimentada por linha elétrica em esquema TN-C, o condutor PEN deve ser separado, a partir do ponto de entrada da linha na edificação, ou a partir do quadro de distribuição principal, em condutores distintos para as funções de neutro e de condutor de proteção. A alimentação elétrica, até aí TN-C, passa então a um esquema TN-S (globalmente, o esquema é TN-C-S). NOTAS 1 Excetuam-se dessa regra as edificações cuja destinação permita seguramente descartar o uso, imediato ou futuro, de equipamentos eletrônicos interligados por ou compartilhando linhas de sinal (em particular, linhas de sinal baseadas em cabos metálicos). 2 O condutor PEN da linha de energia que chega a uma edificação deve ser incluído na eqüipotencialização principal, conforme exigido em 6.4.2.1.1, e, portanto, conectado ao BEP, direta ou indiretamente (ver 6.4.2.1 e anexo G). C ABNT NBR 5410:2004 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 73 5.5 Proteção contra quedas e faltas de tensão 5.5.1 Devem ser tomadas precauções para evitar que uma queda de tensão ou uma falta total de tensão, associada ou não ao posterior restabelecimento desta tensão, venha a causar perigo para as pessoas ou danos a uma parte da instalação, a equipamentos de utilização ou aos bens em geral. O uso de dispositivos de proteção contra quedas e faltas de tensão pode não ser necessário se os danos a que a instalação e os equipamentos estão sujeitos, nesse particular, representarem um risco aceitável e desde que não haja perigo para as pessoas. 5.5.2 Para proteção contra quedas e faltas de tensão podem ser usados, por exemplo: a) relés ou disparadores de subtensão atuando sobre contatores ou disjuntores; b) contatores providos de contato auxiliar de auto-alimentação. 5.5.3 A atuação dos dispositivos de proteção contra quedas e faltas de tensão pode ser temporizada, se o equipamento protegido puder admitir, sem inconvenientes, uma falta ou queda de tensão de curta duração. 5.5.4 Se forem utilizados contatores, a temporização na abertura ou no fechamento não deve, em nenhuma circunstância, impedir o seccionamento instantâneo imposto pela atuação de outros dispositivos de comando e proteção. 5.5.5 Quando o religamento de um dispositivo de proteção for suscetível de causar uma situação de perigo, esse religamento não deve ser automático. 5.6 Seccionamento e comando 5.6.1 Introdução Esta subseção trata das medidas de seccionamento e comando não-automático, local ou à distância, destinadas a evitar ou eliminar perigos com as instalações elétricas ou com equipamentos e máquinas por elas alimentados. 5.6.2 Generalidades NOTA Sobre seleção e instalação dos dispositivos de seccionamento e de comando, ver 6.3.7. 5.6.2.1 As medidas descritas nesta subseção não são alternativas às medidas de proteção descritas em 5.1 a 5.5, inclusive. 5.6.2.2 Qualquer que seja o esquema de aterramento, o condutor de proteção não deve ser seccionado, incluindo o condutor PEN dos esquemas TN-C. No esquema TN-S, não é necessário seccionar o condutor neutro. 5.6.3 Seccionamento 5.6.3.1 Todos os condutores vivos, em todos os circuitos, devem poder ser seccionados, com exceção daqueles especificados em 5.6.2.2. Um conjunto de circuitos pode compartilhar um dispositivo de seccionamento comum, que pode ser ou não adicional aos meios de seccionamento de que cada circuito for individualmente provido, desde que as condições de serviço permitam o seccionamento comum. C C C ABNT NBR 5410:2004 74 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 5.6.3.2 Devem ser previstas medidas adequadas para impedir a energização inadvertida de qualquer equipamento. NOTAS 1 Essas precauções podem incluir uma ou mais das seguintes medidas: travamento do dispositivo de seccionamento com cadeado; afixação de placas de advertência; instalação em local ou invólucro fechado a chave. 2 Como medida suplementar, as partes vivas podem ser curto-circuitadas e aterradas. 5.6.3.3 Quando um equipamento ou invólucro contiver partes vivas associadas a mais de uma alimentação, deve ser afixado um aviso que alerte, em caso de acesso às partes vivas, sobre a necessidade de seccionar as diferentes alimentações, a menos que exista um intertravamento que assegure o seccionamento simultâneo de todas elas. 5.6.3.4 Devem ser previstos meios apropriados para assegurar a descarga de energia elétrica armazenada, quando for o caso. 5.6.4 Seccionamento para manutenção mecânica 5.6.4.1 Devem ser previstos meios de seccionamento quando a manutenção mecânica envolver risco de acidentes pessoais. NOTAS 1 A manutenção mecânica aqui referida é aquela realizada em equipamentos mecânicos acionados por energia elétrica, incluindo máquinas rotativas, sistemas de aquecimento e equipamentos eletromagnéticos. As prescrições não se aplicam, portanto, a sistemas ou máquinas cuja força motriz seja outra que não a eletricidade (por exemplo, energia pneumática, hidráulica ou vapor). Nesses casos, o seccionamento da alimentação das partes dependentes de eletricidade pode não ser precaução suficiente. 2 São exemplos de instalações que requerem seccionamento para manutenção mecânica: guindastes; elevadores; escadas rolantes; correias transportadoras; máquinas-ferramentas; bombas. 5.6.4.2 Devem ser previstas medidas apropriadas para impedir qualquer religamento inadvertido do equipamento durante sua manutenção mecânica, a menos que o dispositivo de seccionamento esteja permanentemente sob controle do pessoal encarregado dessa manutenção. NOTA Essas precauções podem incluir uma ou mais das seguintes medidas: travamento do dispositivo de seccionamento com cadeado; afixação de placas de advertência; instalação em local ou invólucro fechado a chave. C ABNT NBR 5410:2004 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 77 6.1.3 Condições de serviço e influências externas 6.1.3.1 Condições de serviço 6.1.3.1.1 Tensão Os componentes devem ser adequados à tensão nominal (valor eficaz em corrente alternada) da instalação. Se, no esquema IT, o condutor neutro for distribuído, os componentes ligados entre uma fase e o neutro devem ser isolados para a tensão entre fases. NOTA Para certos componentes pode ser necessário considerar a tensão mais alta ou a mais baixa que possa ocorrer em regime normal. 6.1.3.1.2 Corrente Os componentes devem ser selecionados considerando-se a corrente de projeto (valor eficaz em corrente alternada) que deve percorrê-los em serviço normal. Deve-se igualmente considerar a corrente suscetível de percorrê-los em condições anormais, levando-se em conta a duração da passagem dessa corrente, em função das características de atuação dos dispositivos de proteção. 6.1.3.1.3 Freqüência Se a freqüência tiver influência sobre as características dos componentes, a freqüência nominal do componente deve corresponder à freqüência da corrente no circuito pertinente. 6.1.3.1.4 Potência Os componentes selecionados segundo suas características de potência devem ser adequados às condições normais de serviço, levando-se em conta o regime de funcionamento a que eles devem ser submetidos. 6.1.3.1.5 Compatibilidade A menos que a instalação dos componentes seja acompanhada de medidas compensatórias adequadas, sua seleção deve ser tal que eles não causem, em serviço normal, incluindo manobras, efeitos prejudiciais aos demais componentes nem comprometam o bom desempenho da alimentação. 6.1.3.2 Influências externas 6.1.3.2.1 Os componentes da instalação devem ser selecionados e instalados de acordo com as prescrições da tabela 32. Esta tabela indica as características dos componentes em função das influências externas a que estão sujeitos (ver 4.2.6). As características dos componentes são determinadas por um grau de proteção ou por conformidade com ensaios. 6.1.3.2.2 Quando um componente não possuir características construtivas compatíveis com as influências externas presentes no local, ele pode ser utilizado sob a condição de que lhe seja provida, na execução da instalação, uma proteção complementar apropriada. Esta proteção não deve afetar as condições de funcionamento do componente. 6.1.3.2.3 Quando diferentes influências externas ocorrerem simultaneamente, seus efeitos podem ser independentes ou mútuos e os graus de proteção devem ser escolhidos de acordo. 6.1.3.2.4 A escolha das características dos componentes em função das influências externas é necessária não somente para seu funcionamento correto, mas também para garantir a confiabilidade das medidas de proteção especificadas nesta Norma. As medidas de proteção associadas à construção do componente são válidas para dadas condições de influências externas apenas se os ensaios respectivos previstos nas normas do componente forem realizados sob tais condições. ABNT NBR 5410:2004 78 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados NOTAS 1 Para efeito desta Norma, são consideradas normais as seguintes classes de influências externas: AA (temperatura ambiente): AA4; AB (umidade atmosférica): AB4; outras condições ambientais (AC a AS): XX1 de cada parâmetro; condições de utilização e de construção das edificações (B e C): XX1 de cada parâmetro, exceto no caso do parâmetro BC, que é BC2. 2 A palavra normal que aparece na terceira coluna da tabela 32 significa que um componente que atenda aos requisitos das normas técnicas aplicáveis, dentro das condições de funcionamento por elas definidas como normais, reúne as características necessárias para operar satisfatoriamente sob as influências externas descritas. Tabela 32 Características dos componentes da instalação em função das influências externas Código Influências externas Características exigidas para seleção einstalação dos componentes Referências A Condições ambientais (4.2.6.1) AA Temperatura ambiente (4.2.6.1.1) Faixas de temperatura Limite inferior °C Limite superior oC AA1 60 + 5 AA2 40 + 5 AA3 25 + 5 Componentes projetados especialmente para a aplicação ou medidas adequadas1) AA4 5 + 40 Normal (em certos casos podem sernecessárias precauções especiais) AA5 + 5 + 40 Normal AA6 + 5 + 60 Componentes projetados especialmente para a aplicação ou medidas adequadas1) AA7 25 + 55 AA8 50 + 40 Componentes projetados especialmente para a aplicação ou medidas adequadas1) AB Condições climáticas do ambiente (4.2.6.1.2) Temperatura do ar °C Umidade relativa % Umidade absoluta g/m³ Li m ite in fe rio r Li m ite su pe rio r Li m ite in fe rio r Li m ite su pe rio r Li m ite in fe rio r Li m ite su pe rio r AB1 60 + 5 3 100 0,003 7 Requer medidas adequadas ²) AB2 40 + 5 10 100 0,1 7 Requer medidas adequadas ²) AB3 25 + 5 10 100 0,5 7 Requer medidas adequadas ²) ABNT NBR 5410:2004 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 79 Tabela 32 (continuação) Código Influências externas Características exigidas para seleção einstalação dos componentes Referências AB Condições climáticas do ambiente (4.2.6.1.2) AB4 5 +40 5 95 1 29 Normal AB5 + 5 +40 5 85 1 25 Normal AB6 + 5 +60 10 100 1 35 Requer medidas adequadas²) AB7 25 +55 10 100 0,5 29 Requer medidas adequadas²) AB8 50 +40 15 100 0,04 36 Requer medidas adequadas²) AC Altitude (4.2.6.1.3) AC1 £ 2 000 m Normal AC2 > 2 000 m Podem ser necessárias precauções especiais, como a aplicação de fatores de correção NOTA Para certos componentes podem ser necessárias medidas especiais a partir de 1 000 m) AD Presença de água (4.2.6.1.4) AD1 Desprezível IPX0 AD2 Gotejamento IPX1 ou IPX2 AD3 Precipitação IPX3 AD4 Aspersão IPX4 AD5 Jatos IPX5 AD6 Ondas IPX6 AD7 Imersão IPX7 AD8 Submersão IPX8 AE Presença de corpos sólidos (4.2.6.1.5) AE1 Desprezível IP0X AE2 Pequenos objetos (2,5 mm) IP3X AE3 Objetos muito pequenos (1 mm) IP4X AE4 Poeira leve AE5 Poeira moderada IP5X caso a penetração de poeira não prejudique o funcionamento do componente IP6X caso a poeira não deva penetrar no componente AE6 Poeira intensa IP6X ABNT NBR 5410:2004 82 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados Tabela 32 (continuação) Código Influências externas Características exigidas para seleção e instalação dos componentes Referências AM6 Tensões induzidas de baixa freqüência (4.2.6.1.10) AM6 Sem classificação Ver 5.4.3 Alta suportabilidade dos sistemas de sinalização e comando de dispositivos de manobra ITU-T AM7 Componentes contínuas em redes c.a. (4.2.6.1.10) AM7 Sem classificação Medidas para limitar seu nível e duração nos equipamentos de utilização ou em suas proximidades AM8 Campos magnéticos radiados (4.2.6.1.10) AM8-1 Nível médio Normal Nível 2 daIEC 61000-4-8:2001 AM8-2 Nível alto Proteção por medidas adequadas, tais como blindagem e/ou separação Nível 4 da IEC 61000-4-8:2001 AM9 Campos elétricos (4.2.6.1.10) AM9-1 Nível desprezível Normal AM9-2 Nível médio Ver IEC 61000-2-5 AM9-3 Nível alto Ver IEC 61000-2-5 AM9-4 Nível muito alto Ver IEC 61000-2-5 IEC 61000-2-5 AM21 Tensões ou correntes induzidas oscilantes (4.2.6.1.10) AM21 Sem classificação Normal IEC 61000-4-6 AM22 Transitórios unidirecionais conduzidos, na faixa do nanossegundo (4.2.6.1.10) AM22-1 Nível desprezível Requer medidas de proteção(ver 4.2.6.1.10) Nível 1 da IEC 61000-4-4:2004 AM22-2 Nível médio Requer medidas de proteção(ver 4.2.6.1.10) Nível 2 da IEC 61000-4-4:2004 AM22-3 Nível alto Equipamento normal Nível 3 daIEC 61000-4-4:2004 AM22-4 Nível muito alto Equipamento de alta imunidade Nível 4 daIEC 61000-4-4:2004 AM23 Transitórios unidirecionais conduzidos, na faixa do micro ao milissegundo (4.2.6.1.10) AM23-1 Nível controlado AM23-2 Nível médio AM23-3 Nível alto Suportabilidade a impulsos dos componentes e proteção contra sobretensões, levando-se em conta a tensão nominal da instalação e a categoria de suportabilidade, de acordo com 5.4.2 4.2.6.1.12, 5,4.2 e 6.3.5 ABNT NBR 5410:2004 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 83 Tabela 32 (continuação) Código Influências externas Características exigidas para seleção e instalação dos componentes Referências AM24 Transitórios oscilantes conduzidos (4.2.6.1.10) AM24-1 Nível médio Ver IEC 61000-4-12 IEC 61000-4-12 AM24-2 Nível alto Ver IEC 60255-22-1 IEC 60255-22-1 AM25 Fenômenos radiados de alta freqüência (4.2.6.1.10) AM25-1 Nível desprezível Nível 1 daIEC 61000-4-3:2002 AM25-2 Nível médio Normal Nível 2 daIEC 61000-4-3:2002 AM25-3 Nível alto Nível reforçado Nível 3 daIEC 61000-4-3:2002 AM31 Descargas eletrostáticas (4.2.6.1.10) AM31-1 Nível baixo Normal Nível 1 daIEC 61000-4-2:2001 AM31-2 Nível médio Normal Nível 2 daIEC 61000-4-2:2001 AM31-3 Nível alto Normal Nível 3 daIEC 61000-4-2:2001 AM31-4 Nível muito alto Reforçada Nível 4 daIEC 61000-4-2:2001 AM41 Radiações ionizantes (4.2.6.1.10) AM41-1 Sem classificação Proteções especiais, tais como distanciamento da fonte, interposição de blindagens, invólucro de materiais especiais AN Radiação solar (4.2.6.1.11) AN1 Desprezível Normal IEC 60721-3-3 AN2 Média IEC 60721-3-3 AN3 Alta Requer medidas adequadas ²) Requer medidas adequadas ²), tais como: componentes resistentes à radiação ultravioleta revestimento de cores especiais interposição de anteparos IEC 60721-3-4 AQ Descargas atmosféricas (4.2.6.1.12) AQ1 Desprezíveis Normal AQ2 Indiretas Ver 5.4.2 e 6.3.5 AQ3 Diretas Ver 5.4.2 e 6.3.5 Quando aplicável, a proteção contra descargas atmosféricas deve ser conforme ABNT NBR 5419 ABNT NBR 5410:2004 84 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados Tabela 32 (continuação) Código Influências externas Características exigidas para seleção e instalação dos componentes Referências AR Movimentação do ar (4.2.6.1.13) AR1 Desprezível Normal AR2 Média Requer medidas adequadas ²) AR3 Forte Requer medidas adequadas ²) AS Vento (4.2.6.1.14) AS1 Desprezível Normal AS2 Médio Requer medidas adequadas ²) AS3 Forte Requer medidas adequadas ²) B Utilização (4.2.6.2) BA Competência de pessoas (4.2.6.2.1) BA1 Comuns Normal BA2 Crianças Componente com grau de proteção superior a IP2X Componentes com temperaturas de superfície externa superiores a 80oC (60oC para creches e locais análogos) devem ser inacessíveis BA3 Incapacitadas Conforme a natureza dadeficiência BA4 Advertidas BA5 Qualificadas Componentes não protegidos contra contatos diretos admitidos apenas em locais de acesso restrito a pessoas devidamente autorizadas BB Resistência elétrica do corpo humano (4.2.6.2.2) BB1 Alta Normal BB2 Normal Normal BB3 Baixa Medidas de proteção adequadas(ver 5.1 e seção 9 e anexo C) BB4 Muito baixa Medidas de proteção adequadas(ver 5.1 e seção 9 e anexo C) BC Contatos das pessoas com o potencial da terra (4.2.6.2.3) BC1 Nulo Condição excepcional, não considerada, na prática, para seleção dos componentes. IEC 61140:2001 BC2 Raros Componentes classes I, II e III BC3 Freqüente Componentes classes I, II e III BC4 Contínuo Medidas especiais ABNT NBR 5410:2004 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 87 6.1.5.3.4 Qualquer condutor isolado, cabo unipolar ou veia de cabo multipolar utilizado como condutor de fase deve ser identificado de acordo com essa função. Em caso de identificação por cor, poder ser usada qualquer cor, observadas as restrições estabelecidas em 6.1.5.3.1, 6.1.5.3.2 e 6.1.5.3.3. NOTA Por razões de segurança, não deve ser usada a cor de isolação exclusivamente amarela onde existir o risco de confusão com a dupla coloração verde-amarela, cores exclusivas do condutor de proteção. 6.1.5.4 Dispositivos de proteção Os dispositivos de proteção devem ser dispostos e identificados de forma que seja fácil reconhecer os respectivos circuitos protegidos. 6.1.6 Independência dos componentes 6.1.6.1 Os componentes devem ser escolhidos e dispostos de modo a impedir qualquer influência prejudicial entre as instalações elétricas e as instalações não-elétricas, bem como entre as instalações elétricas de energia e de sinal da edificação. 6.1.6.2 Quando os componentes a serem agrupados, num quadro de distribuição, painel, mesa de comando ou conjunto similar, compuserem partes sob diferentes tensões ou percorridas por correntes de natureza distinta, deve ser observada, entre os componentes desses diferentes subsistemas, uma separação capaz de evitar qualquer influência mútua prejudicial.. 6.1.7 Compatibilidade eletromagnética 6.1.7.1 Os níveis de imunidade dos componentes da instalação devem ser especificados levando-se em conta as influências eletromagnéticas (ver 4.2.6.1.10) que podem ocorrer quando em funcionamento normal. Deve-se considerar também o nível de continuidade de serviço previsto ou desejado, tendo em vista o uso da instalação. 6.1.7.2 Devem ser selecionados componentes com níveis de emissão suficientemente baixos, de modo que eles não venham a gerar interferências eletromagnéticas, por condução ou por propagação no ar, com outros componentes situados interna ou externamente à edificação. Se necessário, devem ser providos meios de atenuação, a fim de reduzir a emissão. NOTA As IEC/CISPR 11, IEC/CISPR 12, IEC/CISPR 13, IEC/CISPR 14, IEC/CISPR 15, IEC/CISPR 22 e a série IEC 61000 trazem prescrições relativas à compatibilidade eletromagnética que são, muitas delas, aplicáveis a componentes de instalações elétricas. 6.1.8 Documentação da instalação 6.1.8.1 A instalação deve ser executada a partir de projeto específico, que deve conter, no mínimo: a) plantas; b) esquemas unifilares e outros, quando aplicáveis; c) detalhes de montagem, quando necessários; d) memorial descritivo da instalação; e) especificação dos componentes (descrição, características nominais e normas que devem atender); f) parâmetros de projeto (correntes de curto-circuito, queda de tensão, fatores de demanda considerados, temperatura ambiente etc.). 6.1.8.2 Após concluída a instalação, a documentação indicada em 6.1.8.1 deve ser revisada e atualizada de forma a corresponder fielmente ao que foi executado (documentação "como construído", ou as built ). ABNT NBR 5410:2004 88 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados NOTA Esta atualização pode ser realizada pelo projetista, pelo executor ou por outro profissional, conforme acordado previamente entre as partes. 6.1.8.3 As instalações para as quais não se prevê equipe permanente de operação, supervisão e/ou manutenção, composta por pessoal advertido ou qualificado (BA4 ou BA5, tabela 18), devem ser entregues acompanhadas de um manual do usuário, redigido em linguagem acessível a leigos, que contenha, no mínimo, os seguintes elementos: a) esquema(s) do(s) quadro(s) de distribuição com indicação dos circuitos e respectivas finalidades, incluindo relação dos pontos alimentados, no caso de circuitos terminais; b) potências máximas que podem ser ligadas em cada circuito terminal efetivamente disponível; c) potências máximas previstas nos circuitos terminais deixados como reserva, quando for o caso; d) recomendação explícita para que não sejam trocados, por tipos com características diferentes, os dispositivos de proteção existentes no(s) quadro(s). NOTA São exemplos de tais instalações as de unidades residenciais, de pequenos estabelecimentos comerciais, etc. 6.2 Seleção e instalação das linhas elétricas 6.2.1 Generalidades 6.2.1.1 A seleção e a instalação de linhas elétricas devem levar em conta os princípios fundamentais, enunciados em 4.1, que sejam aplicáveis aos condutores, suas terminações e emendas, aos suportes e suspensões a eles associados e aos seus invólucros ou métodos de proteção contra influências externas. 6.2.1.2 As prescrições apresentadas a seguir são aplicáveis, em particular, aos condutores vivos (fases e neutro, no caso de circuitos em corrente alternada). Sobre condutores de proteção, ver 6.4.3. 6.2.2 Tipos de linhas elétricas 6.2.2.1 Os tipos de linhas elétricas estão indicados na tabela 33. 6.2.2.2 Outros tipos de linhas elétricas, além dos constantes na tabela 33, podem ser utilizados, desde que atendam às prescrições gerais desta seção. 6.2.2.3 As linhas pré-fabricadas (barramentos blindados) devem atender à IEC 60439-2, ser instaladas de acordo com as instruções do fabricante e atender às prescrições de 6.2.4, 6.2.7, 6.2.8 e 6.2.9. 6.2.3 Condutores NOTA Como as prescrições desta Norma relativas à seleção e instalação das linhas elétricas estão voltadas especialmente para as linhas de energia, os condutores envolvidos são, portanto, condutores ou cabos de potência. Assim, para uma orientação específica sobre cabos de controle, de instrumentação ou para outras linhas elétricas de sinal, recomenda-se a consulta às normas aplicáveis a esses produtos e aos seus fabricantes. A mesma observação é válida para os cabos de potência de uso específico, como os de ligação de equipamentos, incluindo os de alta temperatura. 6.2.3.1 Todos os condutores devem ser providos, no mínimo, de isolação, a não ser quando o uso de condutores nus ou providos apenas de cobertura for expressamente permitido. 6.2.3.2 Os cabos uni e multipolares devem atender às seguintes normas: a) os cabos com isolação de EPR, à ABNT NBR 7286; b) os cabos com isolação de XLPE, à ABNT NBR 7287; C C ABNT NBR 5410:2004 © ABNT 2004 Todos os direitos reservados 89 c) os cabos com isolação de PVC, à ABNT NBR 7288 ou à ABNT NBR 8661. NOTA Os cabos em conformidade com a ABNT NBR 13249 não são admitidos nas maneiras de instalar previstas na tabela 33, tendo em vista que tais cabos destinam-se tão somente à ligação de equipamentos. 6.2.3.3 Para os efeitos desta Norma, os condutores com isolação de XLPE que atendam à ABNT NBR 7285, compreendendo condutores isolados e cabos multiplexados, são considerados cabos unipolares e cabos multipolares, respectivamente. NOTA Embora desprovidos de cobertura, tais condutores apresentam uma isolação espessa o suficiente para garantir resultado equivalente ao de uma dupla camada, isolação mais cobertura. 6.2.3.4 Os condutores isolados com isolação de PVC de acordo com a ABNT NBR NM 247-3 devem ser não-propagantes de chama. 6.2.3.5 Os cabos não-propagantes de chama, livres de halogênio e com baixa emissão de fumaça e gases tóxicos devem atender à ABNT NBR 13248. NOTA Os cabos não-propagantes de chama, livres de halogênio e com baixa emissão de fumaça e gases tóxicos podem ser condutores isolados, cabos unipolares e cabos multipolares. 6.2.3.6 Os condutores de cobre sem isolação (fios e cabos nus ou com cobertura protetora) devem atender à ABNT NBR 6524. 6.2.3.7 Os condutores utilizados nas linhas elétricas devem ser de cobre ou alumínio, sendo que, no caso do emprego de condutores de alumínio, devem ser atendidas as prescrições de 6.2.3.8. 6.2.3.8 O uso de condutores de alumínio só é admitido nas condições estabelecidas em 6.2.3.8.1 e 6.2.3.8.2. NOTA As restrições impostas ao uso de condutores de alumínio refletem o estado atual da técnica de conexões no Brasil. Soluções técnicas de conexões que atendam às ABNT NBR 9313, ABNT NBR 9326 e ABNT NBR 9513, e que alterem aquelas restrições, devem ser consideradas em norma complementar e futuramente incorporadas a esta Norma. 6.2.3.8.1 Em instalações de estabelecimentos industriais podem ser utilizados condutores de alumínio, desde que, simultaneamente: a) a seção nominal dos condutores seja igual ou superior a 16 mm 2 , b) a instalação seja alimentada diretamente por subestação de transformação ou transformador, a partir de uma rede de alta tensão, ou possua fonte própria, e c) a instalação e a manutenção sejam realizadas por pessoas qualificadas (BA5, tabela 18). 6.2.3.8.2 Em instalações de estabelecimentos comerciais podem ser utilizados condutores de alumínio, desde que, simultaneamente: a) a seção nominal dos condutores seja igual ou superior a 50 mm 2 , b) os locais sejam exclusivamente BD1 (ver tabela 21) e c) a instalação e a manutenção sejam realizadas por pessoas qualificadas (BA5, tabela 18). 6.2.3.8.3 Em locais BD4 (ver tabela 21) não é permitido, em nenhuma circunstância, o emprego de condutores de alumínio. C C
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