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Enfermagem em doenças transmissíveis, Notas de estudo de Enfermagem

DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DST), antigamente chamadas de doenças venéreas, são aquelas que você adquire ao ter contato sexual (vaginal, oral ou anal) com alguém que já tenha DST.

Tipologia: Notas de estudo

2010
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Compartilhado em 17/04/2010

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Baixe Enfermagem em doenças transmissíveis e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity! ENFERMAGEM EM DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS http://materialenfermagem .blogspot.com 1. Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids.............. 02 2. Doenças Preveniveis por vacina .. ........................................ 12 3. Doenças Veiculadas pela Água e por Alimentos ................... 25 4. Doenças Transmitidas por Vetores ....................................... 31 DOENÇAS TRANSMISSIVEIS * PERÍODO DE INCUBAÇÃO : - De 10 à 30 dias em média . * SINAIS E SINTOMAS : ● NA MULHER: Disúria, ardência na micção, corrimento (abundante, fétido, de cor amarelada esverdeada), prurido, vaginite e pontos de hemorrágicos na mucosa vaginal interna e cérvix . ● NO HOMEM: Geralmente é assintomática, mas pode ocorrer quadro agudo de infecção genital (uretrites). * DIAGNÓSTICO: O diagnóstico é feito pela observação do parasita ao microscópio óptico em amostras do liquido de corrimento. Os tricomonas têm movimentos "aos tropeções" caracteristicos. * TRATAMENTO: O tratamento é com Metronidazol. Ambos os parceiros devem tomar o fármaco simultaneamente, de outro modo a infecção recorrerá já que não há imunidade. * AGENTE ETIOLÓGICO: Haemophylus ducreyi. * TRANSMISSÃO : - RELAÇÃO SEXUAL (contato com órgãos sexuais ou a secreção vaginal ou sêmen na relação vaginal, oral ou anal); * PERÍODO DE INCUBAÇÃO: - Entre um dia e duas semanas em média . * SINAIS E SINTOMAS: ULCERAÇÃO (FERIDA) DOLOROSA, com a base mole, hiperemiada (avermelhada), com fundo purulento e de forma irregular que compromete principalmente a genitália externa mas pode comprometer também o ânus e mais raramente os lábios, a boca , língua e garganta. Estas feridas são muito contagiosas, auto-inoculáveis e portanto, freqüentemente múltiplas. Em alguns pacientes, geralmente do sexo masculino, pode ocorrer infartamento ganglionar na região inguino-crural (inchação na virilha). Não é rara a associação do cancro mole e o cancro duro (sífilis primária). IV – CANCRO MOLE * DIAGNÓSTICO: - Exame direto bacteriológico, cultura. * TRATAMENTO: Uso de antibióticos, o mais utilizado é Eritromicina, Ciprofloxacino, Sulfametoxazol. Conhecido como : Jacaré, jacaré de crista, crista de galo, verruga genital. * AGENTE ETIOLÓGICO : A infecção é causada por um grupo de vírus (HPV - Human Papilloma Viruses). * TRANSMISSÃO : Contacto sexual íntimo (vaginal, anal e oral). Mesmo que não ocorra penetração o vírus pode ser transmitido. Eventualmente uma criança pode ser infectada pela mãe doente, durante o parto. * PERÍODO DE INCUBAÇÃO : - Semanas a anos. * SINAIS E SINTOMAS : Ocorrem lesões papilares as quais, ao se fundirem, formam massas com o aspecto de couve-flor. Os locais mais comuns do aparecimento destas lesões são a glande, o prepúcio e o meato uretral no homem e a vulva, o períneo, a vagina e o colo do útero na mulher. Em ambos os sexos podem ocorrer no ânus e reto, não necessariamente relacionado com o coito anal. * DIAGNÓSTICO : - Penoscopia. * TRATAMENTO: Local (cáusticos, quimioterápicos, cauterização). As recidivas (retorno da doença) são freqüentes, mesmo com o tratamento adequado. Eventualmente, as lesões desaparecem espontaneamente. A infecção do vírus HIV no hospedeiro humano. HIV ( VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA) * TIPOS: - HIV-1 (mais virulento , mundo inteiro) - HIV-2 ( Endêmico na África Ocidental, Índia e Portugal) V – CONDILOMA / HPV VI – AIDS * CARACTERIZAÇÃO DA DOENÇA Uma suscetibilidade à infecção por patógenos oportunistas ou pela ocorrência de uma forma agressiva de sarcoma de Kaposi , acompanhada da diminuição acentuada do número de linfático TCD4. * MEIOS DE INFECÇÃO - Transferência de fluidos orgânicos feitos por meio de contato sexual, sanguineo, receptores de sangue ou hemoderivados não testados , usuários de drogas injetáveis , parto ,leite materno. FORMAS CLÍNICAS DA INFECÇÃO PELO HIV:  INFECÇÃO AGUDA: Gripe, altos títulos de vírus no sangue periférico, queda nos altos níveis de células, CD4, sono conversão ( produção de anticorpos)  FASE ASSINTOMÁTICA: Resposta Imune adaptativa controla a doença , restaura níveis de células TCD4; não erradica o vírus.  FASE SINTOMÁTICA: Queda progressiva do número de células TCD4 (500 células/ml) , o portador apresenta sinais e sintomas inespecíficos e de menor gravidade.  AIDS: Queda crítica do s níveis de células TCD4(200 células/ml), , instalação de infecções oportunistas e cânceres de maior gravidade ( ex.: Cândida , Mycobacterium tuberculosis, sarcoma de Kaposi, herpes) * MANIFESTAÇÕES: De 2 a 4 semanas *SINTOMAS: Febre , mal-estar , linfadenopatia, eritemas, perda de peso, diarréia, sudorese noturno. * DIAGNÓSTICO:Teste de Elisa, westwrn blot, Pcr. * TRATAMENTO: AZT , nervirapina, dilavirdina , nelfinavir. * PREVENÇÃO : Preservativo. * PERÍODO DE INCUBAÇÃO: Este período pode oscilar entre 6 meses a dois anos ( entretanto a literatura registra de até 10 anos). * PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: Ocorre desde a infecção até óbito. O agente causador dessa DST é a Chlamydia trachomatis, e seu período de incubação pode ser de 7 a 30dias. VII – LINFOGRANULOMA VENÉREO ■ HEPATITE B CRÔNICA Quando a reação inflamatória do fígado nos casos agudos sintomáticos ou assintomáticos persiste por mais de seis meses, considera-se que a infecção está evoluindo para a forma crônica. Os sintomas, quando presentes, são inespecíficos, predominando fadiga, mal-estar geral e sintomas digestivos. Somente 20 a 40% dos casos têm história prévia de hepatite aguda sintomática. Em uma parcela dos CASOS CRÔNICOS, após anos de evolução, pode aparecer cirrose, com surgimento de icterícia, edema, ascite, varizes de esôfago e alterações hematológicas. A Hepatite B crônica pode também evoluir para hepatocarcinoma sem passar pelo estágio de cirrose. * TRANSMISSÃO • Relações sexuais desprotegidas, pois o vírus encontra-se no sêmen e secreções vaginais. • Realização dos seguintes procedimentos sem esterilização adequada ou utilização de material descartável: intervenções odontológicas e cirúrgicas, hemodiálise, tatuagens, perfurações de orelha, colocação de piercings; • Uso de drogas com compartilhamento de seringas, agulhas ou outros equipamentos; • Transfusão de sangue e derivados contaminados; • Transmissão vertical (mãe/filho); • Aleitamento materno; • Acidentes perfurocortantes. * OBS: Apesar do vírus da hepatite B poder ser encontrado no leite materno, o alei- tamento em crianças de mães portadoras do vírus B, está indicado logo após a aplicação da primeira dose do esquema vacinal e da imunoglobulina humana hiperimune contra a hepatite B. * PREVENÇÃO: ♦ Controle efetivo de bancos de sangue por meio da triagem sorológica; ♦ Vacinação contra hepatite B, disponível no SUS. ♦ Uso de imunoglobulina humana anti-vírus da hepatite B nas seguintes situações: 1. Recém-nascidos de mães portadoras do HBsAg; 2. Contatos sexuais com portadores ou com infecção aguda (o mais cedo possível e até 14 dias após a relação sexual); 3. Vítimas de violência sexual (o mais cedo possível e até 14 dias após o estupro); 4. Acidentes ocupacionais segundo Manual de Exposição Ocupacional – Recomendações para atendimento e acompanhamento de exposição ocupacional a material biológico: HIV e hepatites B e C; ♦ Uso de equipamentos de proteção individual pelos profissionais da área da Saúde; ♦ Não compartilhamento de alicates de unha, lâminas de barbear, escovas de dente, equipamentos para uso de drogas. * DIAGNOSTICO A confirmação diagnóstica é laboratorial e realiza-se por meio dos marcadores sorológicos do HBV. * TRATAMENTO • HEPATITE AGUDA: Acompanhamento ambulatorial, com tratamento sintomático, repouso relativo, dieta conforme a aceitação, normalmente de fácil digestão, pois freqüentemente os pacientes estão com um pouco de anorexia e intolerância alimentar; abstinência de consumo alcoólico por pelo menos seis meses; e uso de medicações para vômitos e febre, se necessário. • HEPATITE CRÔNICA: A persistência do HBsAg no sangue por mais de seis meses, caracteriza a infecção crônica pelo vírus da hepatite B. O tratamento medicamentoso está indicado para algumas formas da doença crônica e, devido à sua complexidade, deverá ser realizado em ambulatório especializado. Doença infecciosa viral, contagiosa, causada pelo vírus da hepatite C (HCV), conhecido anteriormente por “hepatite Não A Não B”, quando era responsável por 90% dos casos de hepatite transmitida por transfusão de sangue sem agente etiológico reconhecido. O agente etiológico é um vírus RNA, da família Flaviviridae podendo apresenta-se como uma infecção assintomática ou sintomática. Em média, 80% das pessoas que se infectam não conseguem eliminar o vírus, evoluindo para formas crônicas. Os restantes 20% conseguem eliminá-lo dentro de um período de seis meses do início da infecção. * PERÍODO DE INCUBAÇÃO - Varia de 15 a 150 dias. * FORMAS DE HEPATITE C: • HEPATITE C AGUDA: A manifestação de sintomas da hepatite C em sua fase aguda é extremamente rara. Entretanto, quando presente, ela segue um quadro semelhante ao das outras hepatites. • HEPATITE C CRÔNICA: Quando a reação inflamatória nos casos agudos persiste sem melhoras por mais de seis meses, considera-se que a infecção está evoluindo para a forma crônica. Os sintomas, quando presentes, são inespecíficos, predominando fadiga, mal-estar geral e sintomas digestivos. X – HEPATITE C Uma parcela das FORMAS CRÔNICAS pode evoluir para cirrose, com aparecimento de icterícia, edema, ascite, varizes de esôfago e alterações hematológicas. O hepatocarcinoma também faz parte de uma porcentagem do quadro crônico de evolução desfavorável. * TRANSMISSÃO ♦ Uso de drogas com compartilhamento de seringas, agulhas ou outros equipamentos; ♦ Transfusão de sangue e derivados contaminados; ♦ Realização dos seguintes procedimentos sem esterilização adequada ou utilização de material descartável: intervenções odontológicas e cirúrgicas, hemodiálise, tatuagens, perfurações de orelha, colocação de piercings; ♦ Acidentes perfurocortantes. * OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: 1. RELACIONAMENTO SEXUAL: esse NÃO é um mecanismo freqüente de transmissão, a não ser em condições especiais. O risco de transmissão sexual do HCV é menor que 3% em casais monogâmicos, sem fatores de risco para DST. 2. TRANSMISSÃO VERTICAL: a transmissão do vírus da hepatite C durante a gestação ocorre em menos de 5% dos recém-nascidos de gestantes infectadas por esse vírus. O risco de transmissão aumenta quando a mãe é também infectada pelo HIV (vírus da imunodeficiência humana). 3. ALEITAMENTO MATERNO: A transmissão do HCV pelo aleitamento materno não está comprovada. Dessa forma, a amamentação não está contra-indicada quando a mãe é infectada pelo vírus da hepatite C, desde que não existam fissuras no seio que propiciem a passagem de sangue. * PREVENÇÃO Não existe vacina para a prevenção da hepatite C, mas existem outras formas de prevenção primárias e secundárias. ■ Controle efetivo de bancos de sangue por meio da triagem sorológica; ■ Uso de equipamentos de proteção individual pelos profissionais da área da Saúde; ■ Não compartilhamento de alicates de unha, lâminas de barbear, escovas de dente, equipamentos para uso de drogas. ■ Abstinência ou diminuição do uso de álcool, não exposição a outras substâncias hepatotóxicas. ■ Controle do peso, do colesterol e da glicemia são medidas que visam a reduzir a probabilidade de progressão da doença, já que estes fatores, quando presentes, podem ajudar a acelerar o desenvolvimento de formas graves de doença hepática. Quando o fígado é infectado por um vírus, ele fica inflamado e sensível e pode também ficar inchado (hepatomegalia). As partes afetadas do tecido podem ser destruídas pela inflamação. A hepatite B é um tipo de hepatite séria e às vezes muito forte e fatal. O vírus que causa a hepatite B (VHB) é um vírus DNA ● QUADRO CLINICO: Os sintomas da hepatite B podem aparecer no período de 4 semanas a 6 meses depois da pessoa ter sido infectada pelo vírus. Muitas pessoas que desenvolvem o tipo crônico da doença têm somente sintomas leves ainda que o vírus possa estar danificando o fígado. OS PRIMEIROS SINTOMAS PODEM SER: - Perda de apetite; - Febre; - Mal-estar geral; - Fadiga. - Urticária; - Dor em determinadas juntas; - No caso dos fumantes, perda do gosto pelo cigarro. SINTOMAS QUE PODEM APARECER ALGUNS DIAS DEPOIS: ♦ Náusea e vômito; ♦ Falta de ar e gosto amargo na boca; ♦ Urina de cor marrom escuro; ♦ Pele e olhos amarelados (ICTERICIA); ♦ Dor logo abaixo das costelas do lado direito, principalmente quando pressionadas ♦ Fezes de cor pálida e intestino mais solto do que o normal. ● TRANSMISSÃO Via parenteral, vertical (gestação-mãe/filho) e relação sexual. ● DIAGNOSTICO A confirmação diagnóstica é laboratorial e realiza-se por meio dos marcadores sorológicos do HBV. ● TRATAMENTO Não há tratamento eficaz para a hepatite B. ● PREVENÇÃO A única medida é a PREVENÇÃO PELA VACINA, que é eficaz. A VACINA de Hepatite B, é aplicada em 3 (três) doses, é administrada por via intra muscular (i.m), sendo a primeira ao nascer, a segunda no 1º mês e a terceira os 6 meses. Pessoas não-vacinadas expostas podem se beneficiar da vacinação. A POLIOMIELITE OU PARALISIA INFANTIL, como é mais conhecida, é uma doença infecto-contagiosa viral aguda que se manifesta de diversas formas. O quadro clássico é caracterizado por paralisia flácida de início súbito e acomete geralmente os membros inferiores. Em algumas pessoas a doença pode levar a paralisia dos músculos respiratórios e da deglutição: situação que deixa a vida do paciente ameaçada. ● CAUSA : Poliovírus. ● EPIDEMIOLOGIA:  É mais comum em crianças ("paralisia infantil"), mas também ocorre em adultos, como a transmissão do poliovírus "selvagem" pode se dar de pessoa a pessoa através de contato fecal - oral, o que é crítico em situações onde as condições sanitárias e de higiene são inadequadas. Crianças de baixa idade, ainda sem hábitos de higiene desenvolvidos, estão particularmente sob risco. O poliovírus também pode ser disseminado por contaminação fecal de água e alimentos. ● QUADRO CLÍNICO: O período entre a infecção com o poliovírus e o início dos sintomas (incubação) varia de 3 a 35 dias. A descrição seguinte refere-se à poliomielite maior, paralítica, mas esta corresponde a uma minoria dos casos. Na maioria o sistema imunitário destroi o virus em alguma fase antes da paralisia. A INFECÇÃO é oral e há invasão e multiplicação do tecido linfático da faringe (tonsilas ou amígdalas). Ele é daí ingerido e sobrevive ao suco gástrico, invadindo os enterócitos do intestino a partir do lúmen e aí multiplicando-se.As manifestações iniciais são parecidas com as de outras doenças virais. Podem ser semelhantes às infecções respiratórias (febre e dor de garganta, gripe) ou gastrointestinais (náuseas, vômitos, dor abdominal). Em seguida dissemina-se pela corrente sangüínea e vai infectar por essa via os orgãos. Os mais atingidos são o sistema nervoso incluindo cérebro, e o coração e o fígado. A multiplicação nas células do sistema nervoso (encefalite) pode ocasionar a destruição de neurônios motores, o que resulta em paralisia flácida dos músculos por eles inervados. AS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA INFECÇÃO SÃO VARIADAS E PODEM SER DESCRITAS EM QUATRO GRUPOS: ● DOENÇA ASSIMPTOMÁTICA: mais de 90% dos casos são assimptomáticos, com limitação efectiva pelo sistema imunitário da infecção à faringe e intestino. Não há sintomas e a resolução é rapida sem quaisquer complicações. ● POLIOMIELITE ABORTIVA OU DOENÇA MENOR: ocorre em 5% dos casos, com febre, dores de cabeça, dores de garganta, mal estar e vómitos, mas sem complicações sérias. III - POLIOMELITE ● POLIOMIELITE NÃO-PARALÍTICA COM MENINGITE ASSÉPTICA: ocorre em 1 ou 2% dos casos. além dos sintomas iniciais da doença menor, ocorre inflamação das meninges do cérebro com dores de cabeça fortes e espasmos musculares mas sem danos significativos neuronais. ● POLIOMIELITE PARALÍTICA OU DOENÇA MAIOR: de 0,1 a 2% dos casos. Após os três ou quatro dias depois dos sintomas iniciais da doença menor desaparecerem (ou cerca de 10 dias depois de se iniciarem), surge a paralisia devido a danos nos neurônios da medula espinhal e córtex motor do cérebro. A paralisia flácida (porque os membros afectados são maléaveis ao contrário da rigidez que ocorre noutras doenças) afeta um ou mais membros, e músculos faciais. O número de músculos afectados varia de doente para doente e tanto pode afectar apenas um grupo discreto como produzir paralisia de todos os músculos do corpo. Se afectar os músculos associados ao sistema respiratório ou o centro neuronal medular que controla a respiração subconsciente directamente, a morte é provável por asfixia. A paralisia respiratória é devida à poliomielite bulbar, que afecta esses nervos: ataxa de mortalidade da variedade bulbar é 75%. As regiões corporais paralisadas conservam a sensibilidade. Se o doente sobreviver alguns poderão recuperar alguma mobilidade nos músculos afectados, mas frequentemente a paralisia é irreversivel. A mortalidade total de vítimas da poliomielite paralítica é de 15 a 30% para os adultos e 2 a 5% para crianças. O SÍNDROME PÓS-POLIOMIELITE atinge cerca de metade das vítimas de poliomielite muitos anos depois da recuperação (por vezes mais de 40 anos depois). Caracteriza-se pela atrofia de músculos, presumivelmente pela destruição no tempo da doença de muitos neurónios que os inervavam. Com a perda de actividade muscular da velhice a atrofia normal para a idade processa-se a taxas muito mais aceleradas devido a esse facto. ● DIAGNOSTICO: O diagnóstico é por detecção do seu DNA com PCR ou isolamento e observação com microscópio electrônico do virus de fluídos corporais. ● TRATAMENTO: A POLIOMIELITE não tem tratamento específico. ● PREVENÇÃO : A ÚNICA MEDIDA EFICAZ É A VACINAÇÃO. A VACINA da Poliomelite é a SABIN, é aplicada em 3 (tres) doses mais 1 (um) reforço, é administrada por via oral, sendo a primeira aos 2 meses, a segunda aos 4 meses, a terceira aos 6 meses e o reforço aos 15 meses. ● EPIDEMIOLOGIA : O Bacilo de Clostridium tetani podem ser encontrados no solo (especialmente aquele utilizado para agricultura), nos intestinos e fezes de cavalos, carneiros, gado, ratos, cachorros, gatos, porquinhos da Índia e galinhas. Os esporos são encontrados também em solos tratados com adubo animal, na superfície da pele e em heroína contaminada. Hoje em dia, com os programas de vacinação universais, o tétano é raro nos países desenvolvidos. Há, contudo, 300 mil casos mundiais por ano, com mortalidade de 50%. ● QUADRO CLÍNICO: A contaminação de feridas com esporos leva ao desenvolvimento e multiplicação local de bacilos. Eles não são invasivos e não invadem outros órgãos, permanecendo junto à ferida. Aí formam as suas toxinas, que são responsáveis pela doença e por todos os sintomas. O TÉTANO caracteriza-se pelos espasmos musculares e suas complicações. Eles são provocados pelos mais pequenos impulsos, como barulhos e luzes, e continuam durante períodos prolongados. O primeiro sinal de tétano é o TRISMUS, ou seja contração dos músculos mandibulares, não permitindo a abertura da boca. Isto é seguido pela rigidez do pescoço, costas, risus sardonicus (riso causado pelo espasmo dos músculos em volta da boca), dificuldade de deglutição, rigidez muscular do abdômen. O paciente permanece lúcido e sem febre. ● DIAGNÓSTICO: Recolhimento de amostras de líquido da ferida rico em toxina e inoculação em animal de laboratório (rato). Observação de sinais de tétano no animal. ● TRATAMENTO: A ferida deve ser limpa. É administrado antídoto, um anticorpo que se liga à toxina e inibe a sua função. São também administrados fármacos relaxantes musculares, como curare. A PENICILINA E O METRONIDAZOL eliminam as bactérias mas não têm efeito no agente tóxico que elas produzem. Os depressores do sistema nervoso central DIAZEPAM E DTP também são dados, reduzindo a ansiedade e resposta espásmica aos estímulos. ● PREVENÇÃO: A melhor prevenção é o uso precoce da vacina. A VACINA do Tétano é a TETRA VALENTE (Tríplice viral + Hib) e a TRIPLICE BACTERIANA (DTP), é aplicada em 3 (tres) doses (tetravalente) MAIS 2 (dois) de reforço (tríplice bacteriana). É administrado por via subcutânea, sendo a primeira aos 2 meses, a segunda aos 4 meses, a terceira aos 6 meses e o REFORÇO aos 15 meses e depois aos 4 a 6 anos. Pessoas não-vacinadas expostas podem se beneficiar da vacinação. Doença infecciosa, altamente contagiosa, faz parte do grupo das doenças que se manifestam por alterações marcantes da pele, exantema eritematoso (pele avermelhada, com placas tendendo a se unirem) e com comprometimento de vários órgãos. O sarampo é causado por um vírus chamado morbili vírus.  TRANSMISSÃO: Gotículas da respiração e mesmo o ar com o vírus ainda vivo são responsáveis pela disseminação da doença. O período de contaminação se inicia 3 a 4 dias antes e vai até 4 a 5 dias após o surgimento das lesões da pele (rash cutâneo). O tempo que leva entre a contaminação e o aparecimento dos sintomas (período de incubação) é em média 2 semanas.  SINAIS E SINTOMAS  Febre muito alta;  Tosse intensa;  Coriza;  Conjuntivite e  Exantema máculo-papular (pele com placas ásperas avermelhadas). O exame interno da bochecha permite identificar pequenos pontos branco- amarelados (exantema de Koplick) que confirma o diagnóstico.  DIAGNÓSTICO A história do paciente e o exame clínico permitem o diagnóstico na quase totalidade dos casos. Em situações mais difíceis, a presença de anticorpos (reação do organismo para se defender desse vírus) no sangue é confirmatória da moléstia.  TRATAMENTO Na imensa maioria das vezes o tratamento é voltado para diminuir os sintomas como febre e tosse, ou para combater alguma complicação quando antibióticos são usados. Casos muito especiais podem necessitar medicação do tipo gama globulina anti- sarampo, visando o próprio vírus ou o reforço da capacidade de defesa geral.  PREVENÇÃO A melhor prevenção é o uso precoce da vacina. VII - SARAMPO A VACINA ANTI-SARAMPO (MMR), altamente eficaz, é aplicada em 1 (uma) dose MAIS 1 (um) reforço, administrada por via intramuscular, sendo a primeira aos 12 meses e o reforço aos 4 a 6 anos. Pessoas não-vacinadas expostas podem se beneficiar da vacinação. É uma doença infecciosa sistêmica, causada por um vírus da família Paramyxoviridae do gênero Rubulavirus que se caracteriza pela infecção de uma ou mais glândula salivares mais comumente a parótida.  TRANSMISSÃO É doença altamente contagiante, de transmissão preferentemente respiratória. Os vírus se propagam por contato direto, gotículas aéreas (espirro ou tosse), objetos contaminados por saliva e provavelmente urina. O homem é o único hospedeiro natural. O vírus atravessa a placenta, não há relatos de malformação pelo vírus, mas é causa de abortamento espontâneo no primeiro trimestre da gravidez. O período de incubação (do contato até os primeiros sintomas) varia de 2 a 3 semanas.  SINAIS E SINTOMAS O QUADRO CLÍNICO MAIS CARACTERÍSTICO É :  O aumento não supurativo de uma ou ambas as glândulas parótidas, Mas outras glândulas salivares e outros órgãos também podem ser acometidos. O vírus entra pela boca e alcança a parótida onde inicia sua multiplicação, invade a circulação sanguínea (viremia) tendo, então, a possibilidade de atingir outros órgãos como classicamente descritos:  Testículos (orqui-epididimite),  Ovários (ooforite),  Pâncreas (pancreatite),  Cérebro (encefalite).  DIAGNÓSTICO O diagnóstico depende do quadro clínico e da complementação laboratorial dirigida à comprovação etiológica ou às eventuais complicações. O diagnóstico microbiológico se faz por sorologia e cultura viral,. A cultura do vírus da caxumba pode ser feito. O teste cutâneo não é confiável nem para diagnóstico nem para determinar suscetibilidade. VIII - PAROTIDITE INFECCIOSA - CAXUMBA  TRANSMISSÃO Existem, entre nós, dois tipos diferentes de transmissão da febre amarela: a urbana e a silvestre A principal diferença é que nas cidades, o transmissor da doença é o mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue. Nas matas, a febre amarela ocorre em macacos e os principais transmissores são os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que picam preferencialmente esses primatas.  SINAIS E SINTOMAS  Febre,  Dor de cabeça,  Calafrios,  Náuseas,  Vômito,  Dores no corpo,  Icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos) e  Hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, intestino e urina). Após a picada do mosquito transmissor a doença começa a se manifestar dentro de 3 a 6 dias (chamado período de incubação).  TRATAMENTO Não existe tratamento curativo, ele é baseado em evitar complicações e dar suporte efetivo caso as funções vitais estejam comprometidas. ► DIAGNÓSTICO O diagnóstico é essencialmente clínico, os exames complementares informam sobre as complicações e comprometimento das funções vitais. Os exames virológicos são decisivos na confirmação dos primeiros casos.  PREVENÇÃO As únicas formas de evitar a Febre Amarela Silvestre é VACINAÇÃO contra a doença. A VACINA da Febre Amarela, é aplicada em 1 (uma) dose MAIS reforço, administrada por via intramuscular, sendo a primeira aos nove meses e o reforço aos 10 anos, depois a cada 10 anos. MALÁRIA OU PALUDISMO é uma doença infecciosa aguda ou crônica causada por protozoários parasitas do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada do mosquito Anopheles.  TRANSMISSÃO A malária é transmitida pela picada das fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles. A transmissão geralmente ocorre em regiões rurais e semi-rurais, mas pode ocorrer em áreas urbanas, principalmente em periferias. Os mosquitos têm maior atividade durante o período da noite, do crepúsculo ao amanhecer. Contaminam-se ao picar os portadores da doença, tornando-se o principal vetor de transmissão desta para outras pessoas. O risco maior de aquisição de malária é no interior das habitações, embora a transmissão também possa ocorrer ao ar livre.  QUADRO CLÍNICO A malária causada pelo protozoário P.falciparum caracteriza-se inicialmente por sintomas inespecíficos, como dores de cabeça, fadiga, febre e náuseas. Estes sintomas podem durar vários dias (seis para P.falciparum, várias semanas para as outras espécies). Mais tarde, caracterizam-se por acessos periódicos de calafrios e febre intensos São seguidas de palidez da pele e tremores violentos durante cerca de 15 minutos a uma hora. Depois cessam os tremores e seguem-se duas a seis horas de febre a 41°C, terminando em vermelhidão da pele e suores abundantes. O doente sente-se perfeitamente bem depois e até à crise seguinte, dois a três dias depois , pode haver sintomas adicionais mais graves como: choque circulatório, síncopes (desmaios), convulsões, delírios e crises vaso- oclusivas. A morte pode ocorrer a cada crise de malária maligna. Pode também ocorrer a chamada MALÁRIA CEREBRAL: a oclusão de vasos sanguíneos no cérebro pelos eritrócitos infectados causa déficit mentais e coma seguidos de morte (ou déficit mental irreversível). Danos renais e hepáticos graves ocorrem pelas mesmas razões.  TRATAMENTO O tratamento farmacológico da malária baseia-se na susceptibilidade do parasita aos radicais livres e substâncias oxidantes, morrendo em concentrações destes agentes inferiores às mortais para as células humanas. Os fármacos usados aumentam essas concentrações. III - DOENÇAS TRANSMITIDAS POR VETORES I - MALÁRIA  PREVENÇÃO A melhor medida, até o momento, é a erradicação do mosquito Anopheles. Ultimamente, o uso de inseticidas potentes mas tóxicos, proibidos no ocidente, tem aumentado porque os riscos da malária são muito superiores aos do inseticida. O uso de redes contra mosquitos é eficaz na proteção durante o sono, quando ocorre a grande maioria das infecções. Os cremes repelentes de insetos também são eficazes, mas mais caros que as redes. A leishmaniose ou leishmaníase ou calazar ou úlcera de Bauru é a doença provocada pelos parasitas unicelulares do gênero Leishmania. Há três tipos de leishmaníase: visceral, que ataca os órgãos internos, cutânea, que ataca a pele, e mucocutânea, que ataca as mucosas e a pele.  QUADRO CLÍNICO 1 - LEISHMANIOSE CUTÂNEA Após a picada do inseto os parasitas se multiplicam localmente dando origem a uma mancha avermelhada ou a um nódulo (endurecimento local) formando uma ferida de bordos elevados. As lesões são tipicamente localizadas em áreas expostas (face e extremidades) as lesões podem se acompanhar de lesões satélites ou de ínguas gânglios aumentados. As lesões podem permanecer por anos ou semanas geralmente deixam uma cicatriz permanente. 2 - LEISHMANIOSE MUCOCUTÂNEA A partir de uma lesão cutânea inicial os parasitas podem se disseminar pela mucosa da boca ou do nariz. Em alguns pacientes há uma formação de úlceras que leva à desfiguração facial, infecção secundária e perfuração da mucosa após muito tempo da cura da lesão cutânea. 3 - LEISHMANIOSE VISCERAL (VISCERAL) Após a inoculação do protozoário os parasitas se disseminam das células de defesa do organismo e concentram-se no baço, fígado e medula óssea. Outras manifestações de comprometimento de todo o organismo se apresentam: febre,perda de peso e do apetite,crescimento do baço, fígado e gânglios linfáticos, anemia, modificação dos glóbulos brancos, plaquetas, hemorragias e infecções bacterianas são comuns. II - LEISHMANIOSE ► FEBRE DA DENGUE. A febre da dengue é uma enfermidade viral aguda que pode ser diferenciada por: 1. Febre, de início súbito; 2. Dor atrás do olho (retro-ocular) e forte dor de cabeça (cefaléia) às vezes muito intensa. 3. Dores nos músculos (mialgias) e nas juntas (artralgias) que podem ser relatadas como muito intensas. 4. Vômitos de difícil controle e/ou náuseas ; 5. Erupção cutânea (exantema) que pode surgir em diferentes momentos da doença, tem aspecto variável, desde predominância de petéquias (pontos de sangue) até somente eritematosa (avermelhada). Em pessoas de pele mais clara se notam mais as petéquias e o eritema, nas de pele mais escura chama atenção o aspecto maculopapular (manchas com alguma elevação) . ► HEMORRÁGIAS DA DENGUE  Hemorragias cutâneas: petéquia,púrpura,equimose,  Gengivorragia,(sangramento gengival).  Sangramento nasal (epistaxe)  Sangramento gastrointestinal: hematêmeses (vômito com sangue; melena (evacuação de sangue digerido, fezes pretas) e hematoquezia ( sangue misturado com fezes)  Hematúria (sangue na urina)  Aumento do fluxo menstrual. ► CHOQUE DA DENGUE ♦ Pulso fraco (amplitude diminuída) ♦ Aumento da freqüência cardíaca ♦ Diminuição da pressão do sangue em relação à idade referida, redução das diferenças da tensão entre pressão Máxima e Mínima igual ou menor a 20 mm Hg. ♦ Modificação do estado mental, pele úmida e fria ♦ O choque franco evidencia por si a insuficiência circulatória.  DIAGNÓSTICO ADEMAIS DO EXAME CLÍNICO COMPLETO NECESSITA ATENÇÃO ESPECIAL: ● Prova de torniquete; ● Determinação de Pressão arterial ● Procura por sangramentos ● Hemograma com contagem de plaquetas ● Dosagem de Albumina e Proteínas séricas ● Provas de função hepática e coagulação ● Urina procurando hematuria microscópica ● Isolamento do vírus (amostra de entre 5º-7º dias) ● Sorologia IgG e IgM anticorpos antidengue(12º dias)  TRATAMENTO ■ Não existe tratamento curativo . É PRECISO APENAS ASSEGURAR A: ■ Hidratação; ■ Aliviar, dor, febre e vômitos; ■ Tranqüilizar o paciente; ■ Vigiar e prevenir as eventuais complicações e tratá-las precocemente; ■ Repouso, alimentação.  PREVENÇÃO Não existe vacina ou medicamento que proteja individualmente contra a dengue. A prevenção é não permitir a reprodução do Aedes (que em grego significa “indesejado”), não permitido o nascimento de novos mosquitos. Não deixe a água, mesmo limpa, ficar parada em qualquer tipo de recipiente como: ♦ Garrafas; ♦ Pneus; ♦ Pratos de vasos de plantas e xaxim; ♦ Bacias; ♦ Copinhos descartáveis; * TAMPAR: ♦ Caixas d'água; ♦ Poços e cisternas; A FEBRE AMARELA é uma doença infecciosa aguda, causada pelo vírus da febre amarela (vírus amarílico), conhecido cientificamente como Arbovírus, do gênero Flavivirus, família Flaviviridae, doença de curta duração (máximo 10 dias), com gravidade extremamente variável, abrangendo desde casos assintomáticos até casos fatais, que ocorre de forma endêmica na América do Sul e na África.  TRANSMINSSÃO Existem, entre nós, dois tipos diferentes de transmissão da febre amarela: a urbana e a silvestre A principal diferença é que nas cidades, o transmissor da doença é o mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue. Nas matas, a febre amarela ocorre em macacos e os V - FEBRE AMARELA principais transmissores são os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que picam preferencialmente esses primatas.  SINAIS E SINTOMAS  Febre,  Dor de cabeça,  Calafrios,  Náuseas,  Vômito,  Dores no corpo,  Icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos) e  Hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, intestino e urina). Após a picada do mosquito transmissor a doença começa a se manifestar dentro de 3 a 6 dias (chamado período de incubação).  TRATAMENTO Não existe tratamento curativo, ele é baseado em evitar complicações e dar suporte efetivo caso as funções vitais estejam comprometidas. ► DIAGNÓSTICO O diagnóstico é essencialmente clínico, os exames complementares informam sobre as complicações e comprometimento das funções vitais. Os exames virológicos são decisivos na confirmação dos primeiros casos.  PREVENÇÃO As únicas formas de evitar a Febre Amarela Silvestre são a VACINAÇÃO CONTRA A DOENÇA, a educação da população e a conscientização sobre sua responsabilidade na prevenção FEBRE AMARELA - DENGUE. A vacina é gratuita e está disponível nos postos de saúde em qualquer época do ano e nos postos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) presentes em todos os portos e aeroportos do País. É uma diarréia aguda causada por uma bactéria denominada vibrião colérico (Vibrio cholerae), que se multiplica rapidamente na luz intestinal. Embora esta bactéria não seja invasiva tem a propriedade de produzir uma toxina que atua sobre o intestino provocando IV - DOENÇAS VEICULADAS PELA ÁGUA E ALIMENTOS I - CÓLERA importante portanto, o uso de água tratada ou fervida para fins alimentares, além de seguir recomendações quanto a proibição de banhos em locais com água contaminada e o uso de desinfetantes em piscinas. Indivíduos expostos ao vírus da Hepatite, há menos de 15 dias e ainda sem sintomas, podem ser tratados com injeção de anticorpos (imunoglobulina), tentando prevenir ou amenizar a doença. É uma doença infecciosa causada por um protozoário ou parasita. O agente causador é a Entamoeba hystolitica.  QUADROCLÍNICO O início dos sintomas pode ser de duas a quatro semanas, podendo variar de dias, meses ou anos. A diarréia é o mais característico dos sintomas, que pode ser de forma branda com dores abdominais leves até formas mais violentas, com sangue ou muco nas fezes e sintomas como febre e calafrios. Nas formas graves os cistos do parasita se disseminam pela corrente sanguínea, podendo contaminar o fígado, pulmões ou cérebro,onde se formam abscessos ou granulosas podendo levar o paciente a óbito se não diagnosticados e tratados a tempo.  TRATAMENTO: O tratamento se faz com antimicrobianos específicos, a maioria por via oral. No tratamento dos abscessos pode ser necessária a drenagem, por aspiração ou cirurgia.  PREVENÇÃO: A prevenção se faz principalmente por medidas de saneamento básico, que impedem a contaminação da água e alimentos e o tratamento de todas as pessoas contaminadas. Cuidados mais específicos incluem: lavagem das mãos após uso do sanitário, lavagem de frutas e verduras com água corrente e depois deixá-los mergulhados em vinagre ou solução de água sanitária para eliminar os cistos. A fiscalização dos prestadores de serviços na área de alimentos pela vigilância sanitária é de suma importância. Os pacientes internados devem ser separados dos demais para não haver contaminação pelas fezes. É uma infecção intestinal causada por um protozoário chamado Giardia lamblia que ataca principalmente a porção superior do intestino. É contraída por contaminação direta pela ingestão de cistos existentes em dejetos de pessoa infectada ou por ingestão de água III - AMEBÍASE IV - GIARDÍASE ou alimento contaminado. O reservatório é o homem e alguns animais domésticos como gato e cachorro.  QUADRO CLINICO O período de incubação é de 1 a 4 semanas; a apresentação clínica principal é de diarréia e dor abdominal, podendo o quadro cronificar-se, acompanhado de fadiga, anemia, perda de peso, distensão abdominal. Não há invasão intestinal.  TRATAMENTO Existem medicações específicas, via oral. Se houver internação hospitalar, devem ser adotadas medidas de precaução entérica e controle de cura, com realização de exames de controle após término do tratamento.  PREVENÇÃO: É uma doença de distribuição universal. As epidemias podem ocorrer em locais fechados, sendo que educação em saúde e cuidados sanitários individuais e coletivos são as medidas de controle mais eficientes. Doença infecciosa com envolvimento de vários órgãos do corpo, causada por uma bactéria chamada leptospira. Os roedores são os principais reservatórios da doença. Atuam como portadores os bovinos, ovinos e caprinos. A transmissão se dá pelo contato da água ou solo contaminado pela urina desses animais. É muito rara a contaminação entre as pessoas doentes.  QUADROCLINICO Pode parecer apenas um simples estado gripal, com febre, dor no corpo, tosse, dor de cabeça ou podem se desencadear quadros de infecção muito grave, que podem levar ao óbito se não diagnosticados e tratados a tempo. A apresentação da doença grave pode ter inchaço de fígado e baço, sangramento pelo nariz e boca, dores musculares fortes, principalmente nas panturrilhas, manchas pelo corpo e até sinais de meningite.  TRATAMENTO: É importante dizer que o tratamento só tem validade se iniciado até o quinto dia do início da doença, senão, não haverá modificação na sua evolução. O antibiótico indicado para o tratamento é a penicilina em altas doses ou outro antibiótico se houver probabilidade de alergias. Os pacientes graves têm indicação de hospitalização devido às altas taxas de mortalidade da doença.  PREVENÇÃO: É um problema de saúde pública. Enchentes e chuvas fortes contribuem, nos países V - LEPTOSPIROSE tropicais e subtropicais, para o contato do homem com as águas contaminadas com a urina de roedores, favorecendo os surtos da doença. No Brasil, a maior parte dos casos está ligada às condições de vida da população. Alguns profissionais têm maior facilidade de contato com as bactérias, tais como veterinários, pescadores, caçadores, agricultores, bombeiros. A TENÍASE é uma doença causada pela forma adulta das tênias (Taenia solium e Taenia saginata, principalmente), com sintomatologia mais simples. Muitas vezes, o paciente nem sabe que convive com o parasita em seu intestino delgado. São duas fases distintas de um mesmo verme, causando, portanto, duas parasitoses no homem, o que não significa que uma mesma pessoa tenha que ter as duas formas ao mesmo tempo. As tênias também são chamadas de "solitárias", porque, na maioria dos caso, o portador traz apenas um verme adulto.  CICLO EVOLUTIVO : A pessoa parasitada (hospedeiro definitivo ) elimina fezes com proglotes grávidas , que se rompem no meio e liberam ovos . Os hospedeiros intermediários de Taenia saginata são os bovinos , os de Taenia solium são os suínos. Ingeridos pelo hospedeiro intermediário , os ovos rompem-se no interior do intestino , liberam um embrião , que atravessa a mucosa do intestino delgado e cai na corrente circulatória , podendo alcançar músculos , coração , cérebro e outros órgão . Neles , o embrião transforma-se em uma larva cística – o cisticerco- , que contamina o escólex do futuro parasita . Quando uma pessoa ingere carne crua ou malpassada , o cisticerco se abre no intetino delgado e libera o escólex , que se fixa na mucosa intestinal e se desnvolve na forma de parasita adulto.  QUADRO CLÍNICO Muitas vezes a teníase é assintomática. Porém, podem surgir transtornos dispépticos, tais como: alterações do apetite (fome intensa ou perda do apetite), enjôos, diarréias freqüentes, perturbações nervosas, irritação, fadiga e insônia.  TRATAMENTO Em relação ao tratamento, este consiste na aplicação de dose única (2g) de niclosamida. Podem ser usadas outras drogas alternativas, como diclorofeno, mebendazol, etc. VI - TENÍASE transforma em outra larva, o esporocísto . Nele transforma-se as cercárias , larvas infedtantes que escapam do caramujo e passam para a água. As cercárias penetram ativamente através da pele e das mucosa humanas , em seguida atingem vasos do fígado , onde se alimentam de sangue e completam seu desenvolvimento . Qando atigem a maturidade sexual . machos e fêmeas acasalam e migram para os vasos do intestino grosso , em cujo interior eliminam os ovos.  QUADRO CLINICO Pode ocorrer reação de sensibilidade com urticária (dermatite cercariana) e prurido ou pápulas na pele no local penetrado, que duram alguns dias, como afirma o ditado popular ‘Nadou e coçou , é porque pegou ”. Na fase aguda , iniciam-se as manifestações gerais surgindo febre, mal estar, cefaléias (dores de cabeça), astenia (fraqueza), dor abdominal, diarreia sanguinolenta, dispnéia (falta de ar), hemoptise (tosse com sangue), artralgias, linfonodomegalia e esplenomegalia, um conjunto de sintomas conhecido por síndrome de Katayama.  PROFILAXIA: As medidas de prevenção incluem : educação sanitária ; saneamento básico (destino das fezes ) combate aos caramujos (empregos de predadores parasitas, competidores ou drogas moluscocidas) evitar contato com água contaminada; tratamento das pessoas parasitadas. A Ancilostomíase , também denominada de amarelão , é causada por vermes das espécies Ancylostoma duodenale e Necator americanus . Esses vermes apresentam dimorfirmos sexual , prendendo-se à mucosa do intestino delgado da pessoa parasitada, de onde retiram sangue.  CICLO EVOLUTIVO Os ancilostomídeos são monoxênicos : o ser humano é seu único hospedeiro . Os ovos dos ancilostomíneos são eliminados com as fezes, caindo em local úmido e quente, os ovos embrionam, liberando larvas rabditóide, que se transformam em larvas filarióides infectantes, penetrando ativamente através da pele, geralmente pelos pés, as larvas filarióides alcançam as veias, chegam ao coração e passam para os pulmões. X - ANCILOSTOMÍASE Rompendo-se os capilares, caem no interior dos alvéolos pulmonares , nos quais sofrem muda. Sobem pelas vias aéreas , alcançam a faringe e são deglutidas , indo fixar-se no intestino delgado , onde se convertem em adultos.  QUADRO CLINICO Na passagem dos parasitas pelos pulmões podem ocorrer tosse , dispnéia e febre. Outras manifestações são : dor abdominal , diarréia , náuseas e vômitos. A anemia , porém , é o maior sinal dessa parasitose.  PROFILAXIA As medidas de prevenção envolvem: educação sanitária, saneamento básica (com ênfase no destino adequado das fezes humanas ); uso de calçados, tratamento das pessoas parasitadas. É infecção por oxiúros (Enterobius vermicularis), que são vermes nematôdeos que parasitam o intestino dos mamíferos, principalmente primatas, incluindo o homem. É a única parasitose que ainda é hoje comum nos países desenvolvidos, atingindo particularmente as crianças.  CICLO EVOLUTIVO Os vermes adultos vivem no intestino grosso e, após a cópula, o macho é eliminado. As fêmeas fecundadas não fazem oviposição no intestino e têm seu útero abarrotado com aproximadamente 11.000 ovos. Em um determinado momento o parasita se desprende do ceco e é arrastado para a região anal e perianal, onde se fixa e libera grande quantidade de ovos. E vermicularis é o parasita de maior poder de infecção, pois seus ovos necessitam de apenas seis horas para se tornar infectantes. Ao serem ingeridos, os ovos sofrem a ação do suco gástrico e duodenal, libertando as larvas que se dirigem ao ceco, onde se fixam e evoluem até o estágio adulto. A duração do ciclo é em média de 30 a 50 dias. XI - OXIURÍASE  MANIFESTAÇÃO O sintoma característico da enterobíase é o PRURIDO ANAL, que se exacerba no período noturno devido à movimentação do parasita pelo calor do leito, produzindo um quadro de irritabilidade e insônia. Em relação às manifestações digestivas, a maioria dos pacientes apresenta náuseas, vômitos, dores abdominais em cólica, tenesmo e, mais raramente, evacuações sanguinolentas. Nas mulheres, o verme pode migrar da região anal para a genital, ocasionando prurido vulvar, corrimento vaginal, eventualmente infecção do trato urinário, e até excitação sexual  PROFILAXIA A higiene permite reduzir a probabilidade de contaminação. As roupas das crianças devem ser trocadas frequentemente, e as suas unhas cortadas de modo a não reter ovos se se coçarem. Outro grande cuidado deve ser o banho diário e o lavar as mãos antes de qualquer refeição para evitar a reinfeção.
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