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Revestimentos de Argamassas - Boas Práticas em Projeto, Execução e Avaliação - Recomendações Técnicas HABITARE Vol. 1, Manuais, Projetos, Pesquisas de Urbanismo

Revestimentos de Argamassas - Boas Práticas em Projeto, Execução e Avaliação - Recomendações Técnicas HABITARE Vol. 1

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

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Baixe Revestimentos de Argamassas - Boas Práticas em Projeto, Execução e Avaliação - Recomendações Técnicas HABITARE Vol. 1 e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Urbanismo, somente na Docsity! Recomendações Técnicas HABITARE Volume 1 Revestimentos de Argamassas Boas Práticas em Projeto, Execução e Avaliação Luiz Henrique Ceotto Ragueb C. Banduk Elza Hissae Nakakura Porto Alegre 2005 primeiras.pmd 10/5/2005, 16:211 © 2005, Recomendações Técnicas HABITARE Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído - ANTAC Av. Osvaldo Aranha, 99 - 3° andar - Centro 90035-190 - Porto Alegre - RS Telefone (51) 3316-4084 Fax (51) 3316-4054 http://www.antac.org.br/ Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP Presidente: Sergio Machado Rezende Diretores: Eliane de Britto Bahruth Michel Chebel Labaki Júnior Odilon Antonio Marcuzzo do Canto Área de Tecnologias para o Desenvolvimento Social ATDS/FINEP Superintendente: Marco Augusto Salles Teles Grupo Coordenador Programa HABITARE Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP Caixa Econômica Federal - CAIXA Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq Ministério da Ciência e Tecnologia - MCT Ministério das Cidades Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído - ANTAC Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE Comitê Brasileiro da Construção Civil da Associação Brasileira de Normas Técnicas - COBRACON/ABNT Câmara Brasileira da Indústria da Construção - CBIC Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional - ANPUR Apoio Financeiro Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP Caixa Econômica Federal - CEF Apoio Institucional Consórcio Setorial para Inovação em Tecnologia de Revestimentos de Argamassa (Consitra) Associação Brasileira da Argamassa Industrializada (ABAI) Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Construção Civil (Abratec) Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - Poli-USP Universidade Federal de Goiás - UFG Editores da Série Recomendações Técnicas HABITARE Roberto Lamberts - UFSC Carlos Sartor - FINEP Equipe Programa HABITARE Ana Maria de Souza Angela Mazzini Silva Texto da capa Arley Reis Revisão Giovanni Secco Projeto gráfico Regina Álvares Editoração eletrônica Amanda Vivan Imagens da capa e sumários Lisa Kyle Young, Jgough, Christine Gonsalves, Marcos Serafim, Regina Álvares Fotolitos, impressão e distribuição Prolivros Ltda. www.prolivros.com.br Catalogação na Publicação (CIP). Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído (ANTAC). R453 Revestimentos de Argamassas: boas práticas em projeto, execução e avaliação / Editores Luiz Henrique Ceotto, Ragueb C. Banduk [e] Elza Hissae Nakakura. — Porto Alegre : ANTAC, 2005. — (Recomendações Técnicas Habitare, v. 1) 96p. 1. Revestimentos. 2. Argamassa. 3. Construção civil. I. Ceotto, Luiz Henrique. II. Banduk, Ragueb C. III.Nakakura, Elza Hissae. IV. Série. CDU - 691.53 primeiras_ficha.pmd 11/5/2005, 15:542 1. introdução 2. projeto 3. planejamento 4. produção 5. conservação 6 Recomendações Técnicas Habitare - Volume 1 | Revestimentos de Argamassas: Boas Práticas em Projeto, Execução e Avaliação 1.1 - Histórico 1.2 - Os desacertos da cadeia 1.3 - Primeiros passos 1.4 - Os caminhos da solução cap1.pmd 10/5/2005, 16:226 7 Introduçãoxecução e Avaliação Introdução A s alvenarias e os revestimentos argamassados são tecnologias construtivas que, na sua essência, remontam seu uso desde a Idade Média. Inicialmente, as alvenarias eram utilizadas simultaneamente como vedações e como estrutura, e eram constituídas, na sua grande maioria, por tijolos de origem cerâmica assentados e revestidos com argamassa prove- niente da mistura de cal e areia. Com a invenção do cimento Portland as arga- massas sofreram uma evolução. Com a adição desse produto, conseguiram ter sua resistência aumentada e a aderência às bases onde eram aplicadas muito melhorada, já nas primeiras idades. Com a invenção do concreto armado, o sistema de construção mudou profundamente e as alvenarias deixaram de exercer sua função estrutural, sendo utilizadas somente como elementos de vedação. Os problemas de fissuração e destacamento das argamassas tiveram início nessa mesma época, embora não tenham sido percebidos na ocasião. Quando as alvenarias eram estruturais, as tensões eram uniformemente distribuídas em todo o conjunto alvenaria/revestimento, preponderantemente na direção vertical da edificação, provocadas pelo peso próprio do edifício e suas cargas de utilização. Os pisos de madeira e/ou aço de cada pavimento distribuíam com certa uniformidade as cargas nas paredes, as quais distribuíam, 1.1 Histórico cap1.pmd 10/5/2005, 16:227 10 Recomendações Técnicas Habitare - Volume 1 | Revestimentos de Argamassas: Boas Práticas em Projeto, Execução e Avaliação Planejamento e controle da qualidade incompatível com a complexidade do problema. Pouca preocupação com a capacitação das equipes de obra no assunto de revestimentos. Quando feitas na própria obra, as argamassas são preparadas com muito poucos critérios técnicos, muitas vezes definidos pelo próprio operário. São as empresas que pagam a conta dos prejuízos. 1.2.2 Fabricantes de argamassas Deficiência muito grande no conhecimento sobre o comportamento dos revestimentos e sobre as necessidades de mercado. Deficiência de pesquisa e desenvolvimento. O foco da pesquisa é voltado somente para algumas poucas propriedades, por meio de formulações de suas próprias argamassas. Pouco preocupados com a inexistência de normalização de desempenho de produto e de métodos de ensaio. Pouco preocupados com a capacitação e certificação de aplicadores. Não produzem sistemas de revestimento. Visão do produto estanque, da “commodity”. Produção de argamassas de baixo desempenho, de propriedades confli- tantes e ineficazes. 1.2.3 Fabricantes de componentes e resinas Deficiência enorme no conhecimento sobre o comportamento dos revestimentos. Inexistência de pesquisa de desempenho de seus produtos. Pouco pre- ocupados com a inexistência de normalização e de métodos de ensaio para seus produtos. cap1.pmd 10/5/2005, 16:2210 11 Introduçãoxecução e Avaliação Não conhecem as necessidades de produtos e de desempenho requeridas pelo mercado. Não sabem como deve ser a aplicação de seus produtos. Produção de componentes de qualidade duvidosa e desperdício de boas oportunidades de negócio. 1.2.4 Fornecedores de serviço de aplicação Deficiência muito grande no conhecimento sobre o comportamento dos revestimentos. Práticas atrasadas e muitas vezes erradas que comprometem o desem- penho do revestimento. Pouco preocupados com a capacitação da mão-de-obra. Pouco preocupados com a necessidade do uso de equipamentos corretos de mistura, transporte e aplicação. Pouco preocupados com a segurança e higiene do trabalho. 1.2.5 Projetistas, consultores e pesquisadores Deficiência no conhecimento sobre o funcionamento e comportamento dos revestimentos. Deficiência de pesquisa. Poucas verbas para financiamento sobre esse tema, o qual é considerado pelas agências financiadoras como “pouco moderno”. Pesquisa fica concentrada no comportamento das argamassas, e não no do revestimento. Laboratórios pouco equipados. Pouco consenso do que deve ser um “projeto de revestimento”. Inexistência de consenso nas soluções básicas e nos detalhes mais ele- mentares. cap1.pmd 10/5/2005, 16:2211 12 Recomendações Técnicas Habitare - Volume 1 | Revestimentos de Argamassas: Boas Práticas em Projeto, Execução e Avaliação 1.3 Primeiros passos Uma iniciativa inovadora na aprendizagem e execução dos revestimen- tos de argamassa de fachada reuniu os principais projetistas de revestimento de fachada, fabricantes de argamassa industrializada e representantes da ABCP, tornando possível uma discussão. As principais metas desse grupo de discussão foram melhorar o desem- penho dos revestimentos de argamassa, estabelecer parâmetros que norteiam a elaboração de projetos e aplicar os princípios da Tecnologia Construtiva Racionalizada aos revestimentos de argamassa. Para o desenvolvimento do estudo, a construtora InPar disponibilizou três obras. Em cada obra foi constituído um grupo de trabalho formado por um projetista contratado pela construtora, um fornecedor de argamassa in- dustrializada e um consultor, indicado pelo fornecedor de argamassa, além da própria equipe de obra da construtora. Aplicaram-se as seguintes etapas: a) entrega do projeto; b) realização de testes em painéis, com duas argamassas; c) controle da argamassa na própria obra; d) controle tecnológico em laboratórios especializados; e) mapeamento da fachada; f) reprojeto; g) entrega do projeto para produção; e h) execução. Os diversos problemas levantados no presente trabalho, sejam eles relaci- onados a cada segmento da cadeia, sejam relacionados ao projeto, produto, serviço ou controle tecnológico, foram identificados pela construtora InPar, junto ao grupo de discussão, nas três obras que disponibilizou para este estudo. cap1.pmd 10/5/2005, 16:2212 15 Introduçãoxecução e Avaliação Jonas Silvestre Medeiros – Inovatec4 René Vogelaar – Votomassa5 Adilson Schiavoni Júnior – Votomassa Ana Cristina Paes – Votomassa Valéria Geraldo de Almeida – Votomassa Ana Paula Ferreira Vasco – Holcim6 Lauro Gontijo Couto – UFV7 Ércio Thomaz – IPT8 Rubiane Paz do Nascimento Antunes – Lafarge9 Carlos Eduardo X. Regattieri – ABCP10 Erica Mota – ABCP Valter Frigieri – ABCP Mércia Maria Bottura de Barros – Poli-USP11 Elza Hissae Nakakura – LOG Gestão de Obras Edmundo Ervolino Júnior – InPar Eduardo Frare – InPar Marcelo Coutinho Silva – Votomassa Camila Arévalo – InPar 4 Inovatec Consultores Associados, em São Paulo - SP. 5 Votomassa é a marca comercial de argamassas da Votorantim Cimentos, do Grupo Votorantim. 6 Holcim Foundation for Sustainable Construction, com sede em Zurique na Suíça. 7 UFV – Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa - MG. 8 IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas, em São Paulo - SP. 9 Lafarge do Brasil, do Grupo Lafarge da França. 10 ABCP - Associação Brasileira de Cimento Portland. 11 Poli-USP - Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. cap1.pmd 10/5/2005, 16:2215 16 Recomendações Técnicas Habitare - Volume 1 | Revestimentos de Argamassas: Boas Práticas em Projeto, Execução e Avaliação 2.1 - Condicionantes para o projeto 2.2 - Detalhamento construtivo 2.3 - Especificação dos materiais e equipamentos 2.4 - Diretrizes para seleção das argamassas 2.5 - Diretrizes para execução 2.6 - Diretrizes para controle e inspeção 2.7 - Diretrizes para inspeção periódica e manutenção 2.8 - Conteúdo do projeto de revestimento 2.9 - Principais atribuições de responsabilidade na fase de projeto cap2.pmd 10/5/2005, 16:2316 17 Projeto de revestimento externo de fachada executado em argamassaxecução e Avaliação Projeto de revestimento externo de fachada executado em argamassa O projeto de revestimento externo ou de fachada tem a finalidade de determinar materiais, geometria, juntas, reforços, pré-molda- dos, acabamentos, procedimento de execução e controle, bem como diretrizes para manutenção, específicos para uma determinada obra, de forma a se obter um desempenho satisfatório do revestimento ao longo do tempo. Para que este objetivo seja atingido, é necessário contemplar: a) condicionantes para o projeto; b) especificação dos materiais; c) diretrizes de seleção do sistema; d) diretrizes para controle de produção; e e) diretrizes de inspeção e manutenção. O projeto de revestimento diferencia-se dos demais projetos da obra por apresentar uma característica evolutiva em que alguns parâmetros usa- dos no projeto têm que ser aferidos num determinado instante da obra, como: desaprumo da estrutura; propriedades reais dos componentes da vedação; propriedades reais das argamassas de mercado ou dos traços das argamassas produzidas em obra; experiência das empresas aplicadoras do revestimento e outros. Só após esses parâmetros serem aferidos é que o projeto será concluído. cap2.pmd 10/5/2005, 16:2317 20 Recomendações Técnicas Habitare - Volume 1 | Revestimentos de Argamassas: Boas Práticas em Projeto, Execução e Avaliação Quando o projeto é iniciado com a obra já em andamento, a interação do projetista de revestimento com os demais é praticamente nula. Todas as decisões tomadas nos projetos anteriores terão que ser aceitas como condicionantes, o que aumenta muito o risco de desempenho insatisfatório. O projeto de revestimento externo em argamassa tem como referências os projetos de estrutura, arquitetura, instalações e vedação, as normas técnicas brasileiras (ABNT), as recomendações dos fabricantes de argamassas e dos outros componentes da fachada, e, por fim, os processos de execução e os controles adotados pela construtora. 2.2 Detalhamento construtivo Os desenhos dos detalhamentos construtivos têm como função transmitir e auxiliar a compreensão das soluções propostas pelo projetista. Os principais são: a) projeção das fachadas (arquitetura) sobre a estrutura de concreto; b) elevação das fachadas, posicionando os frisos, “bunhas” e/ou as jun- tas de movimentação; c) dimensões dos frisos, bunhas e seus respectivos moldes para executá-los; d) posicionamento e identificação das molduras e outros elementos decorativos, definidos no projeto arquitetônico; e) fixação dos elementos decorativos (pré-moldados), que deverá ser compatibilizada e aprovada pelo projetista, fazendo parte do projeto; f) indicação das regiões que deverão ser reforçadas com telas ou outro material (planta e elevação); e g) posicionamento dos “balancins fachadeiros” e dos demais equipa- mentos de transporte e mistura. cap2.pmd 10/5/2005, 16:2320 21 Projeto de revestimento externo de fachada executado em argamassaxecução e Avaliação 2.3 Especificação dos materiais e equipamentos Na fase final do projeto, os materiais e equipamentos envolvidos no processo devem ser indicados de forma exata para não ocorrerem improvisos ou substituições com materiais que não apresentem características ou desem- penhos esperados. Devem ser especificados ainda: a) os equipamentos para o preparo e limpeza das bases que proporcio- nem ao chapisco/argamassa microancoragem e macroancoragem; b) os chapiscos industrializados: desempenhos mínimos de aplicação mecânicos e físicos esperados; c) os chapiscos produzidos em obra: os materiais constituintes, a composi- ção das misturas e os desempenhos de aplicação mecânicos e físicos esperados; d) as argamassas produzidas na obra: os materiais constituintes, compo- sição das misturas e os desempenhos mínimos de aplicação mecânicos e físicos esperados; e) as argamassas de emboço industrializadas: desempenhos mínimos de aplicação mecânicos e físicos esperados; f) as argamassas utilizadas no emboço e no acabamento final; g) as telas de reforço: telas plásticas, telas metálicas galvanizadas (eletrossoldadas, viveiros e pinteiros) e telas de fibra de vidro (álcalis resisten- te) devem ser dimensionadas e posicionadas em projeto; e h) os acabamentos: podem ser em forma de pintura, argamassas cimentícias ou poliméricas (textura) e revestimento cerâmico. Devem ser abor- dados em projeto considerando o dimensionamento de elementos como jun- tas e frisos. cap2.pmd 10/5/2005, 16:2321 22 Recomendações Técnicas Habitare - Volume 1 | Revestimentos de Argamassas: Boas Práticas em Projeto, Execução e Avaliação 2.4 Diretrizes para seleção das argamassas A escolha das argamassas a serem utilizadas na obra deve ser balizada: a) pelas diretrizes propostas pelo projetista e explicitadas no projeto de revestimento; b) no caso de argamassas industrializadas, pelos dados de desempenho fornecidos pelos fabricantes; e c) por testes realizados nas condições reais da obra (painéis protótipos). Qualquer que seja a alternativa de produção das argamassas escolhida, seja industrializada ou preparada em obra, deve-se efetuar estudo detalhado de todos os fatores que intervirão na qualidade e produtividade dos serviços: CONVENCIONAL Aplicado com colher de pedreiro. DESEMPENADO Aplicado com desempenadeira denteada. Usualmente aplicado sobre a estrutura de concreto. ROLADO Aplicado com rolo de espuma. Pode ser aplicado tanto na estrutura como na alvenaria. CUIDADO! A superfície resultante deve ser rugosa e porosa, proporcionando aderência da argamassa de revestimento ao substrato. cap2.pmd 10/5/2005, 16:2322 25 Projeto de revestimento externo de fachada executado em argamassaxecução e Avaliação mestres, encarregados) e a equipe de produção da contratada (encarregados, pe- dreiros, tarefeiros) deverão ter pleno conhecimento deste procedimento de execu- ção, de forma a garantir o bom andamento do processo construtivo. 2.6 Diretrizes para controle e inspeção O procedimento de controle deve conter período, inspeção, amostragem, procedimento de ensaio e eventuais disposições. 2.7 Diretrizes para inspeção periódica e manutenção O principal objetivo das recomendações técnicas de manutenção é trans- mitir aos usuários do empreendimento a correta utilização e manutenção do revestimento de fachada, de acordo com os sistemas construtivos e materiais empregados, alcançando, assim, a vida útil do revestimento prevista pela cons- trutora. Esta deverá fornecer aos seus clientes um manual contendo tais ori- entações, em que é importante a abordagem dos seguintes tópicos: a) inspeção rotineira das fachadas; b) conservação e limpeza; c) restaurações das condições originais; e d) validades e garantias. 2.8 Conteúdo do projeto de revestimento A seguir será descrito o conteúdo básico de um projeto de revestimento. 2.8.1 Relação dos projetos consultados e analisados Deverão ser informados os documentos (desenhos, especificação téc- nica, memorial descritivo, especificação dos materiais) dos projetos envolvi- dos na execução da obra, especificamente os que interferem no revestimento externo (projeto estrutural, arquitetônico, instalações, caixilhos, alvenaria/ vedação, cobertura e outros). cap2.pmd 10/5/2005, 16:2325 26 Recomendações Técnicas Habitare - Volume 1 | Revestimentos de Argamassas: Boas Práticas em Projeto, Execução e Avaliação 2.8.2 Detalhamento construtivo O projeto deve conter todas as definições geométricas e posicionamento dos seguintes detalhes construtivos: a) frisos e juntas; b) elementos decorativos; c) pingadeiras; d) soleiras; e) guarda-corpos; e f) peitoris. 2.8.3 Memorial de especificação dos materiais Deverão ser definidas pelo projetista: a) as propriedades das argamassas de chapisco, emboço e de acabamento; b) as especificações dos materiais das juntas de movimentação; e c) as especificações das telas, ou de outro material, indicando as dimen- sões dos reforços. 2.8.4 Memorial executivo Tem como objetivo padronizar os trabalhos nas diversas etapas, desde a escolha dos fornecedores de argamassas até o recebimento final do revesti- mento aplicado. Faz parte desta etapa o que se segue: a) instruções e dimensões mínimas para execução dos painéis protóti- pos, das amostras para seleção das argamassas; b) descrição das inspeções e dos ensaios laboratoriais a serem executa- dos nas argamassas aplicadas nos painéis protótipos e descrição de controle durante a execução do revestimento; c) instruções para a rastreabilidade dos lotes de aplicação das argamas- sas nas fachadas; d) controle no recebimento dos materiais; cap2.pmd 10/5/2005, 16:2326 27 Projeto de revestimento externo de fachada executado em argamassaxecução e Avaliação e) critérios para a definição de lotes de materiais recebidos e aplicados; f) preparo e aplicação das argamassas; g) definição de rotinas de inspeções dos lotes das fachadas; h) definição de um controle de qualidade para o recebimento dos serviços; i) posicionamento e dimensionamento dos balancins e andaimes fachadeiros; j) definição das etapas de execução e seus intervalos; k) critérios de mapeamento e taliscamento; e l) procedimento de execução, aplicação, controle e aceitação: I. limpeza e preparo da base; II. chapisco; III. colocação de reforços; IV. argamassa de emboço; V. frisos, juntas, calafetação e fixação de elementos pré-moldados; e VI. revestimento final (camada decorativa, revestimento cerâmico, etc.). 2.8.5 Definição de controle O procedimento de controle deve conter período, inspeção, amostragem, procedimento de ensaio e eventuais disposições, além dos itens abaixo: a) recebimento dos materiais; b) aceitação da base; c) preparo e aplicação das argamassas – chapisco; d) aceitação do chapisco; e) preparo e aceitação das argamassas – emboço; f) colocação das telas; g) aceitação do emboço e de detalhes construtivos; cap2.pmd 10/5/2005, 16:2327 30 Recomendações Técnicas Habitare - Volume 1 | Revestimentos de Argamassas: Boas Práticas em Projeto, Execução e Avaliação 3.1 - Apresentação e capacitação da equipe 3.2 - Processo de escolha e contratação de recursos 3.3 - Procedimentos de execução 3.4 - Cronograma 3.5 - Principais atribuições de responsabilidade na fase do planejamento cap3.pmd 10/5/2005, 16:2530 31 Planejamento da produçãoxecução e Avaliação Planejamento da produção O planejamento da produção do revestimento em argamassa deve estar vinculado ao cronograma e ao planejamento geral da obra, considerando a estrutura, alvenarias, instalações já executados ou em fase de execução e também elementos, como dry-wall, texturas e pinturas, cuja execução sucederá o revestimento. Nesse planejamento deverão ser consideradas as características físicas e operacionais do canteiro instalado: layout, espaços disponíveis, fluxos de materi- ais/trabalhadores, acesso de caminhões, área de depósitos cobertos, possibilida- de de aproveitamento de equipamentos e utilidades existentes, elevador de obras, gruas, carrinhos porta-paletes, redes e pontos de hidráulica e energia elétrica, e disponibilidade de equipes tanto para produção como para controle. Consideradas essas premissas e concluído o projeto de revestimento, constando-se todas as especificações e detalhes construtivos necessários, o planejamento da produção do revestimento em argamassa deve contemplar os seguintes passos: a) apresentação e capacitação da equipe; b) processo de escolha e contratação de recursos; c) treinamento das equipes de fiscalização da obra; d) cronograma; e e) atribuições de responsabilidades. cap3.pmd 10/5/2005, 16:2531 32 Recomendações Técnicas Habitare - Volume 1 | Revestimentos de Argamassas: Boas Práticas em Projeto, Execução e Avaliação 3.1 Apresentação e capacitação da equipe A equipe de obra, constituída pelo engenheiro residente, mestre, estagiá- rios, almoxarife e outros que venham a ser designados pelo engenheiro, deverá inteirar-se por completo do conteúdo do projeto e das especificações técnicas. O projetista deverá explicar as premissas que nortearam as principais definições do projeto, englobando: a) características necessárias dos chapiscos e argamassas de emboço; b) disposição e acabamento de juntas; c) introdução de reforços; d) fixação de pré-moldados; e) introdução de peitoris; f) características do revestimento final; e g) outros detalhes previstos no projeto de arquitetura. Conhecendo os porquês das definições de projeto, a equipe da obra estará mais capacitada a discutir os detalhes e especificações, ficando também mais motivada a cumprir as medidas acordadas. Analisados os aspectos formais do projeto, o projetista deve, ainda, expor as técnicas construtivas previstas para limpeza de base, aplicação de chapisco e argamassa, execução de engrossamentos, construção de bunhas ou frisos, fixação de reforços, aplicação de pré-moldados, constituição de pingadeiras, entre outros. Cada fase do processo deverá ser realizada em consenso, agregando toda a experiência acumulada da equipe de obra e o seu próprio conhecimento da cultura da empresa. Nesta fase, também deverão ser analisadas interferências físicas e temporais com outros serviços que serão desenvolvidos simultaneamente, tais como impermeabilizações, instalações, caixilharia, guarda- corpos de varandas e outros. cap3.pmd 10/5/2005, 16:2532 35 Planejamento da produçãoxecução e Avaliação Tal ficha técnica deverá ainda especificar: a) tempo e forma de mistura: manual ou mecânica, argamassadeira de eixo contínuo ou de pás; b) relação entre água e materiais secos a ser observada na preparação da argamassa para aplicação; c) forma de aplicação; d) espessura máxima das camadas; e) espessura máxima sem reforço; f) número máximo de camadas sem reforço; g) remistura; h) adição de outras substâncias; e i) reaproveitamento e descarte da argamassa. Se argamassa preparada em obra, o projetista deverá participar da esco- lha dos fornecedores de insumos (areia, cimento, cal, etc.), bem como forne- cer a composição do chapisco e argamassa que atendam aos parâmetros por ele especificados. O grande problema da variabilidade do desempenho das argamassas pro- duzidas em obra é a variabilidade do seu único insumo não industrializado, a areia. Na areia, o ideal é a determinação da curva granulométrica e do teor de impurezas, entretanto esse material apresenta grande variabilidade durante as estações do ano. Mesmo fazendo esse controle, pode não ser possível a corre- ção da granulometria da areia em determinada época do ano, por total falta de material de compensação. Dessa maneira, tem que se avaliar a possibilidade real de correção da granulometria ou a execução de um novo estudo de dosagem. No presente trabalho não consideramos o uso de outros componentes não industrializados, tais como saibro, filitos, arenosos, utilizados com fre- qüência em regiões remotas do Brasil. Tais materiais não apresentam poder cap3.pmd 10/5/2005, 16:2535 36 Recomendações Técnicas Habitare - Volume 1 | Revestimentos de Argamassas: Boas Práticas em Projeto, Execução e Avaliação aglomerante, tão-somente uma adesividade na fase de aplicação (argamassa fresca), podendo, no entanto, aumentar muito o risco de ocorrência de retrações elevadas e conseqüentes fissurações e/ou destacamentos. Quase sempre são materiais muito finos, o que exige maior quantidade de água de amassamento. Neste caso, o projetista deverá tomar cuidados específicos para garantir o mínimo desempenho e homogeneidade na argamassa. No caso específico da areia, indicamos o procedimento que se segue. A construtora deve selecionar o porto de areia que irá fornecer esse insumo para a obra e, para tanto, deverá coletar amostras representativas dos referidos portos e submetê-las a ensaios previstos nas normas brasileiras, em especial: a) análise granulométrica; b) substâncias nocivas (impurezas); c) massa específica; d) massa unitária; e e) curva de inchamento. Os portos que atenderem às exigências da norma e às especificações do projetista serão considerados aprovados para utilização nos painéis protóti- pos. A areia utilizada na produção das argamassas no painel protótipo deverá ser amostrada para futuras avaliações de recebimento por comparação. Avaliação das argamassas Para a pré-avaliação das argamassas no estado fresco e endurecido serão executados painéis no próprio canteiro, etapa de fundamental importância, pois é neste momento que o aplicador e a equipe técnica da obra terão o primeiro contato direto com o produto. A execução dos painéis se prestará a análises iniciais, como trabalhabilidade e tempo de “puxamento”, e os ensaios contem- plados na especificação do projetista. Recomenda-se para cada tipo de base (alvenaria e estrutura) um painel com área em torno de 2 m2, aplicando-se o sistema (chapisco/argamassa) com espessura total padronizada de 3 cm. cap3.pmd 10/5/2005, 16:2536 37 Planejamento da produçãoxecução e Avaliação O local de aplicação deverá ser determinado pela equipe técnica da obra e projetista, recomendando-se a escolha do mais desfavorável possível em termos de ventilação e insolação. Na execução dos painéis de teste, deve- se simular todas as condições previstas para a execução do revestimento em escala real: tipo de base (alvenaria e estrutura), processo de limpeza e prepara- ção da base, tipo de argamassadeira e tempo de mistura. A aplicação deverá ser feita sempre com acompanhamento do mestre e do engenheiro residente da construtora, por funcionários da empreiteira responsável pelo serviço ou pedreiro da construtora. O assistente técnico de produto de cada fabricante acompanhará todo o processo, de forma a monitorar e dar suporte quanto aos procedimentos mais indicados para a aplicação do produto. Durante a aplicação experimental deverão ser avaliados qualitativamen- te pelo aplicador os aspectos abaixo. O engenheiro deve também avaliar quanto ao rendimento, como se segue. Dada a subjetividade dos critérios acima, deve ser estabelecido um peso para esta avaliação, de modo a ser mais uma ferramenta de escolha da argamassa. cap3.pmd 10/5/2005, 16:2537 40 Recomendações Técnicas Habitare - Volume 1 | Revestimentos de Argamassas: Boas Práticas em Projeto, Execução e Avaliação Aplicação dos produtos Para a aplicação do chapisco/argamassa os seguintes itens deverão ser informados: a) tempo de cura do chapisco; b) tempo-limite de uso da argamassa após a mistura; c) condições de remistura; d) espessura mínima e máxima por camada; e) número de camadas; f) processo de sarrafeamento e acabamento; e g) no caso de aplicação por projeção, deverá ainda ser especificado o tipo e modelo de equipamento, capacidade, condições de operação e limpeza, e outros. Aplicação da argamassa no painel cap3.pmd 10/5/2005, 16:2540 41 Planejamento da produçãoxecução e Avaliação Avaliação da argamassa no estado fresco Durante a aplicação dos painéis deverão ser verificados os seguintes itens: a) condições climáticas: esta informação é importante para servir de parâmetro para comparação do tempo de puxamento e de desempeno. Arga- massas que apresentarem tempo de puxamento menores em condições climá- ticas úmidas, por exemplo, poderão apresentar problemas de puxamento muito rápido durante a execução em dias quentes e secos; b) condições da base (umidade): se a argamassa for muito sensível às condições de umidade da base e este fato afetar substancialmente sua propri- edade de aderência, isto pode se tornar crítico se se executar o revestimento em estação de chuva; c) condições do preparo da base: as condições de limpeza são impor- tantíssimas para um bom desempenho do revestimento, principalmente na interface estrutura/revestimento, onde a presença de desmoldante e/ou a baixa porosidade em concreto de mais alta resistência poderão comprometer as condições de aderência; d) condições do chapisco: excesso de pulverulência ou baixa aderência (verificar com uma espátula o desplacamento), impermeabilidade, textura ou espessura inadequada, podem comprometer a aderência do revestimento; e) tempo de puxamento/sarrafeamento e tempo de desempeno: fatores de produtividade, principalmente em épocas frias; f) trabalhabilidade da argamassa, opinião do aplicador: é importante para a produtividade do serviço; e g) adesão inicial/desplacamentos ou deslizamentos durante a aplicação: fundamental para se avaliarem a produtividade e as perdas de materiais. As argamassas no estado fresco deverão ser amostradas para serem ca- racterizadas nos seguintes requisitos: cap3.pmd 10/5/2005, 16:2541 42 Recomendações Técnicas Habitare - Volume 1 | Revestimentos de Argamassas: Boas Práticas em Projeto, Execução e Avaliação a) densidade de massa no estado fresco: ensaio de fácil execução em obra, sem necessidade de aparatos específicos, sendo um importante indica- dor de homogeneidade de fornecimento e preparo das argamassas durante a execução. A partir deste dado é estimado o consumo de cada argamassa por uma unidade de área e espessura; b) retenção de água: requisito para cada condição de base e clima. Quanto maior a absorção da base ou clima quente e seco, mais necessária uma arga- massa com maior retenção de água; e c) moldagem dos corpos-de-prova para ensaio em laboratório (resistên- cia à tração na flexão e à compressão e módulo). Estes resultados dos ensaios serão confrontados com as características previamente informadas pelo fabricante, prestando-se ainda para o posterior acompanhamento da homogeneidade dos lotes de produto entregues. Avaliação da argamassa no estado endurecido Com as argamassas endurecidas (mínimo de 28 dias), deverão ser pro- cedidas as seguintes avaliações: a) acabamento: avaliação da textura e homogeneidade dos revestimentos; Ensaio de retenção de água cap3.pmd 10/5/2005, 16:2542 45 Planejamento da produçãoxecução e Avaliação deverá ser definido o esquema de operação e/ou o número necessário de equipamentos, englobando: a) depósitos cobertos: capacidade de estocagem, distância da portaria e do equipamento de transporte vertical, altura máxima das pilhas, ordem de abastecimento e retirada de sacos de aglomerantes ou argamassa industrializada; b) locais de produção: áreas de estoque insumos/argamassa, layout, número e capacidade dos equipamentos de mistura, recipientes para dosagem dos materi- ais, abastecimento de água e energia elétrica, depósito de argamassa intermediária; c) silos: quantidade e capacidade volumétrica, localização, fundações especiais, velocidade de mistura e capacidade de bombeamento, velocidade de reabastecimento, equipe de manutenção; d) gruas e caçambas: raio de alcance, capacidade, acesso aos pavimen- tos, períodos de disponibilidade; e) guinchos: capacidade, localização, interferência da fixação nos servi- ços de fachadas; f) elevadores suspensos: tipo e modelo, capacidade de carga e tamanho da plataforma, interferências entre balancins vizinhos, plataformas especiais para quinas e reentrâncias nas fachadas; g) elevador de obras: capacidade, períodos em que serão abastecidos os andares, forma de transporte entre o depósito, ou central de produção, até o elevador; h) palletes/bags: dimensionamento das quantidades, quantidade e dispo- sição dos carrinhos paleteiros em função dos locais e das quantidades de material a serem transportadas; i) argamassadeiras: tipo e modelo, capacidade de produção, número e disposição nos andares, pontos de água e energia, masseiras intermediárias; cap3.pmd 10/5/2005, 16:2545 46 Recomendações Técnicas Habitare - Volume 1 | Revestimentos de Argamassas: Boas Práticas em Projeto, Execução e Avaliação j) equipamentos de limpeza das alvenarias e concretos: bomba de hidrojateamento, escovas de cabo longo com cerdas de aço, escovas de piaçava, lixadeiras mecânicas, serras manuais para corte de pontas de ferro, lixas d’água, espátulas, marteletes, etc.; k) equipamentos e ferramentas para execução dos revestimentos: carri- nhos de mão, caixas de massa, apoios para caixas de massa, andaimes ou banquetas para serviços acima de 1,50 m de altura a partir do piso, arames de fachada e contrapesos, ganchos para fixação de guias ou réguas em requadramentos, régua de alumínio, esquadro, fio de prumo, linha, trena, co- lher de pedreiro, broxa, desempenadeiras de aço, madeira ou feltro, desempenadeiras para quinas ou cantos reentrantes, rolos para aplicação de chapisco, etc.; l) equipamentos e ferramentas especiais: projetor de argamassa/mangotes e bocais, gabaritos pré-fabricados para requadramento de vãos, formas para peitoris e pingadeiras, frisadores, finca-pinos, tesoura para corte de telas, serras ou escovas (massa raspada), aplicador de selante (juntas, arremates), etc.; e m) equipamentos de proteção coletiva e individual: rampas, túneis, te- las, luvas, botas, cintos de segurança, etc. 3.2.4 Componentes especiais Deverão ser especificados e quantificados previamente todos os com- ponentes especiais do revestimento da fachada (quadros e peitoris pré-molda- dos, cornijas, faixas, telas de reforço, etc.), bem como todos os insumos necessários para sua aplicação (finca-pinos, tesouras de corte, grampos, arga- massas colantes ou adesivos especiais, insertos metálicos, etc.). Com base nas particularidades do sistema e processo de aplicação, deverão ser planejadas as atividades dentro do cronograma geral de execução do revestimento, procu- rando-se otimizar a seqüência dos serviços e a utilização de andaimes suspensos; cap3.pmd 10/5/2005, 16:2546 47 Planejamento da produçãoxecução e Avaliação por exemplo, fixação de pré-moldados concomitantemente com a subida do balancim em que é realizada a aplicação do chapisco. Em função da especificidade desses serviços e dos materiais a serem utilizados, atenção especial deverá ser dedicada à estocagem, manuseio e apli- cação, recomendando-se treinamentos específicos da mão-de-obra e acompa- nhamento mais intenso dos serviços, principalmente nas fases iniciais. Com base no tipo de serviço e fase em que se encontra a obra, todas as ferramentas necessárias deverão estar disponíveis nos andaimes suspensos, evitando qual- quer tipo de improvisação. Relativamente à seleção e ao controle de recebimento de componentes pré-moldados de concreto, chama-se especial atenção para os pontos: inadequação de pingadeiras inseridas em peitoris; insuficiência de cobrimento de armaduras; e presença de fissuras no concreto ou argamassa, que poderão redundar em sensíveis prejuízos à durabilidade dos pré-moldados e das facha- das. Outro ponto importante de verificação, antes da aplicação, é se houve remoção do desmoldante utilizado na fabricação. No tocante à eficiência das ligações entre pré-moldados arquitetônicos e fachadas, particularmente no caso da utilização de adesivos ou argamassas colantes, sempre que necessário deverão ser previamente realizados ensaios e provas de carga. 3.2.5 Laboratório de controle Os ensaios de caracterização para seleção das argamassas de revesti- mento e eventualmente de outros materiais, bem como os ensaios de controle ao longo da execução do revestimento, deverão ser executados por pessoal especializado, com a utilização de equipamentos apropriados e em estrita obediência aos métodos de ensaio ABNT/Inmetro ou, na sua inexistência, nos métodos de ensaio prescritos pelo projetista. cap3.pmd 10/5/2005, 16:2547 50 Recomendações Técnicas Habitare - Volume 1 | Revestimentos de Argamassas: Boas Práticas em Projeto, Execução e Avaliação 3.4 Cronograma O planejamento do cronograma de execução do revestimento externo de um empreendimento é de grande importância no contexto geral da obra, principalmente próximo do seu final. É nessa fase que deverão ser recupera- dos eventuais atrasos, não havendo muitas possibilidades de “replanejar” caso se queira efetivamente cumprir o prazo de entrega da obra. Para a elaboração do cronograma de execução do revestimento externo devem-se considerar os itens a seguir. 3.4.1 Providências preliminares Antes da elaboração do cronograma propriamente dito, com a determi- nação do prazo de início e término, e das frentes de trabalho, deverão ser analisadas as seguintes etapas que antecedem a execução do revestimento: a) contratação e elaboração do projeto de revestimento externo; b) contratação e treinamento da mão-de-obra para execução dos serviços; c) escolha do sistema de revestimento a ser utilizado; e d) outras definições relativas a pré-moldados, telas, frisadores, etc. A experiência revela que o período necessário para as providências aci- ma pode ser estimado entre 90 e 120 dias antes do início dos serviços propri- amente ditos. 3.4.2 Determinação da data de início e de término dos trabalhos Para a definição do período de execução dos serviços deve-se analisar: a) área a ser executada: levantamento da área total de revestimento externo; b) produtividade da mão-de-obra: m2/dia/homem; c) dimensionamento da mão-de-obra: equipes; d) disposição de balancins, quantidade e dimensões máximas possíveis; cap3.pmd 10/5/2005, 16:2550 51 Planejamento da produçãoxecução e Avaliação e) número de funcionários por balancim; f) situação da estrutura e vedações externas (prumo, planicidade) para previsão da espessura média do revestimento; g) análise do processo de abastecimento de material no local da aplica- ção (disponibilidade de equipamentos para transporte vertical e horizontal); h) dificuldade de execução de reforços e juntas; i) dificuldade de execução dos detalhes arquitetônicos (peitoris, frisos); j) determinação do ciclo dos balancins: a média estimada é de uma “ba- lançada” por dia, considerando faixas de revestimento com 1,80 m de altura e balancim de tamanho médio – plataforma com 4 m a 5 m de comprimento; k) necessidade de proteção das fachadas com telas: de acordo com a proximidade de vizinhos e sempre respeitando as legislações vigentes; e l) período do ano em que os serviços de revestimentos externos serão executados. Caso a execução coincida com período de grande intensidade de chuvas, deverá ser considerada dilatação no ciclo das “balançadas”, prevendo- se ainda dias com balancins parados e serviços literalmente interrompidos. Feitas estas análises e estabelecido o cronograma de execução do reves- timento externo, com datas estipuladas para início e término, todas as provi- dências administrativas e operacionais que antecedem o início dos trabalhos devem ser tomadas: a) verificação de todas as condições de início dos serviços; b) providências quanto à programação de entrega dos insumos. Neste aspecto, deve-se lembrar que a entrega de materiais nas regiões centrais de algumas cidades só pode ser realizada no período noturno; c) preparação dos locais onde será executada a produção da argamassa, dos depósitos de aglomerantes ou de argamassa industrializada; cap3.pmd 10/5/2005, 16:2551 52 Recomendações Técnicas Habitare - Volume 1 | Revestimentos de Argamassas: Boas Práticas em Projeto, Execução e Avaliação d) provisão dos equipamentos e ferramentas necessários à execução dos serviços; e e) contratação e treinamento da mão-de-obra. Com o cronograma estabelecido e acordado entre contratante e contra- tada, deve ser planejado pela contratante (construtora) um sistema de registro para controlar e monitorar o andamento dos serviços, possibilitando a tomada ágil de providências corretivas em caso de necessidade, como ações visando à recuperação de atraso no cronograma e outras. É válido enfatizar que, na elaboração do cronograma, parte-se do princípio de que o prazo de execução será fielmente cumprido, a fim de se evitarem prejuízos para o empreendi- mento em questão e para a própria imagem da construtora. 3.5 Principais atribuições de responsabilidade na fase de planejamento Compete ao projetista: a) discutir com a equipe técnica da obra todas as soluções e informa- ções adotadas no projeto; b) incorporar no projeto todas as modificações e detalhes acordados com a equipe de obra; c) definir, em consenso com a equipe técnica da obra, o plano de con- trole de materiais e serviços; d) discutir e colaborar com a equipe de obra no planejamento geral da produção; e) fornecer à obra os parâmetros técnicos necessários para a seleção e orçamento das empresas fornecedoras de mão-de-obra e de insumos necessá- rios para execução das fachadas; f) dar as diretrizes técnicas para execução dos painéis protótipos (locais, procedimentos, preparo da base, etc.); cap3.pmd 10/5/2005, 16:2552 55 Planejamento da produçãoxecução e Avaliação Compete à mão-de-obra: a) analisar e criticar o projeto quanto à sua construtibilidade; b) analisar o canteiro de obras e o planejamento, de maneira a verificar as questões de estocagem, transporte e produção, além das interfaces e inter- ferências com os outros serviços da obra; c) fornecer mão-de-obra adequada para a execução dos serviços previs- tos nos painéis protótipos; d) inspecionar a obra e observar detalhadamente suas características geométricas (prumo, esquadro, etc.) bem como as características das bases sobre as quais serão aplicados os revestimentos; e) elaborar seu planejamento de maneira a atender rigorosamente os prazos da obra; e f) elaborar orçamento obedecendo às diretrizes da construtora e levan- do em conta os detalhes de execução constantes no projeto. cap3.pmd 10/5/2005, 16:2555 56 Recomendações Técnicas Habitare - Volume 1 | Revestimentos de Argamassas: Boas Práticas em Projeto, Execução e Avaliação 4.1 - Treinamento 4.2 - Recebimento dos materiais 4.3 - Armazenamento dos materiais 4.4 - Rastreabilidade 4.5 - Preparo das argamassas 4.6 - Aplicação das argamassas e demais insumos 4.7 - Fixação de pré-moldados 4.8 - Controle e inspeção das etapas 4.9 - Principais atribuições de responsabilidade na fase de execução cap4.pmd 10/5/2005, 16:2656 57 Produçãoxecução e Avaliação Produção E sta é etapa final de todo o processo, ou seja, tudo o que se pensou anteriormente é para que esta etapa tenha sucesso. O sucesso desta etapa está diretamente ligado à qualidade das etapas anteriores. Qual- quer ação eventualmente introduzida nesta fase que não tenha sido planejada nas fases anteriores pode constituir-se numa falha com possíveis patologias. Ajustes no projeto e planejamento provavelmente serão necessários, mas deverão ser feitos dentro dos princípios adotados nas fases anteriores. Os itens a serem aprofundados nesta fase estão listados abaixo: a) treinamento; b) recebimento; c) armazenagem; d) rastreabilidade; e) preparo das argamassas; f) execução dos serviços; g) controle e inspeção; e h) atribuição de responsabilidade. Entre eles o mais importante é sem dúvida o treinamento. Uma equipe corretamente treinada e capacitada poderá controlar adversidades na fase de construção, mantendo os princípios da tecnologia utilizada e planejamento, cap4.pmd 10/5/2005, 16:2657 60 Recomendações Técnicas Habitare - Volume 1 | Revestimentos de Argamassas: Boas Práticas em Projeto, Execução e Avaliação 4.1.2 Treinamento da equipe de mão-de-obra O responsável pelo treinamento da equipe de mão-de-obra deve abor- dar os tópicos a seguir. 4.2 Recebimento dos materiais 4.2.1 Argamassas Em função do tipo de produção da argamassa (industrializada ou pro- duzida em obra), o recebimento de materiais terá características distintas. 4.2.1.1 Argamassas industrializadas (chapisco, emboço e de acabamento) Fornecimento à obra · Cada viagem de argamassa industrializada entregue à obra, em sacos ou a granel, receberá o nome da partida ou fornecimento, que deverá ser cap4.pmd 10/5/2005, 16:2660 61 Produçãoxecução e Avaliação identificada e numerada. Compete ao fabricante identificar o número do for- necimento na nota fiscal de transporte do produto. · Cada fornecimento é composto de sacos, com a mesma massa líquida, ou de um silo para o caso do fornecimento a granel, transportados e entregues à obra de uma só vez. · Cada fornecimento deve ser constituído por materiais produzidos na mesma ocasião, sob as mesmas condições e com os mesmos insumos. · É de competência do fabricante fornecer a argamassa em concordân- cia com os parágrafos anteriores e identificar o número do fornecimento na nota fiscal de remessa à obra e nos laudos laboratoriais. · O(s) fornecedor(es) da(s) argamassa(s) deve(m) informar as condi- ções básicas para receber os seus produtos. · Todos os fornecimentos de argamassas deverão ser registrados em tabelas, desenvolvidas pela equipe técnica, que deverão conter no mínimo as seguintes informações: a) empresa fornecedora da argamassa; b) tipo de argamassa; c) número do fornecimento e da nota fiscal; d) quantidade recebida; e e) datas da fabricação e entrega. Conferência da documentação · No recebimento das argamassas na obra deve-se conferir a nota fiscal, sempre antes da descarga, observando no mínimo os seguintes itens: a) identificação e quantidade do material; b) dados da obra; c) número do fornecimento à obra; e d) data da emissão da nota fiscal. cap4.pmd 10/5/2005, 16:2661 62 Recomendações Técnicas Habitare - Volume 1 | Revestimentos de Argamassas: Boas Práticas em Projeto, Execução e Avaliação · O laudo laboratorial parcial com os resultados dos ensaios realizados na argamassa fresca pode ser entregue junto com a nota fiscal ou ser encaminhado para a obra no prazo acordado previamente entre as partes, obra e fornecedor16 . 4.2.1.2 Argamassas produzidas em obra A produção da argamassa em obra deve ser considerada como uma operação com todo controle tecnológico e de rastreabilidade requerido no processo industrial, caso contrário a variabilidade das propriedades do produ- to poderá ser inaceitável. Materiais ensacados (aglomerantes – cimento e cal) · Cada viagem do material entregue à obra deverá ser identificado e numerado. · Todos os fornecimentos dos materiais deverão ser registrados em ta- belas, desenvolvidas pela equipe técnica, que deverão conter no mínimo as seguintes informações: a) empresa fornecedora; b) tipo do material; c) número do fornecimento e da nota fiscal; d) quantidade recebida; e e) datas da fabricação e entrega. Conferência da documentação · No recebimento dos materiais na obra deve-se conferir a nota fiscal, sempre antes da descarga, observando no mínimo os seguintes itens: 16 O laudo laboratorial do fornecimento deverá ser complementado com os resultados dos ensaios na argamassa endu- recida realizados aos 28 dias, pelo fabricante. cap4.pmd 10/5/2005, 16:2662 65 Produçãoxecução e Avaliação 4.2.3 Equipamentos destinados à produção e aplicação das argamassas · Os equipamentos destinados à produção e aplicação das argamassas, tais como argamassadeiras, silos, bombas destinadas ao transporte das arga- massas, deverão ser aqueles especificados pelo fabricante ou projetista. · Cabe à obra conferir as características técnicas dos equipamentos especificadas pelo fabricante. · Os equipamentos devem ser testados e aprovados antes da sua utiliza- ção. Tal teste deve ser acompanhado por representante do fabricante do equi- pamento, o qual será aprovado pela obra e pelo projetista. · Esse teste deve ser repetido toda a vez que o equipamento for substi- tuído ou necessitar de manutenção. 4.3 Armazenamento dos materiais · Armazenamento dos materiais ensacados: após a identificação do fornecimento, o material deve ser armazenado convenientemente, de modo a se permitir a separação física e visual entre os lotes de fornecimento dentro do almoxarifado. Os procedimentos para o armazenamento devem ser os indicados pelo fabricante. · Armazenamento das argamassas fornecidas em silos: a) as argamassas deverão ser armazenadas em silos metálicos her- meticamente fechados; b) a base do concreto armado deverá ser especificada pelo fabri- cante e adaptada às condições dos canteiros; c) as instalações elétricas e hidráulicas devem ser adequadas aos equipamentos fornecidos pelo fabricante das argamassas. · Armazenamento da areia: as areias devem ser armazenadas em baias, de forma a evitar qualquer contaminação. cap4.pmd 10/5/2005, 16:2665 66 Recomendações Técnicas Habitare - Volume 1 | Revestimentos de Argamassas: Boas Práticas em Projeto, Execução e Avaliação 4.4 Rastreabilidade É importante ressaltar que é prática comum das construtoras mapear o concreto aplicado nas estruturas. No entanto, o mesmo procedimento não é utilizado na execução dos revestimentos nas fachadas, em última instância, o cartão de visita da construtora, além de ser um dos principais subsistemas da obra, o seu próprio envelope. A rastreabilidade é fundamental para identificar o fator gerador de uma eventual patologia futura. Lotes de revestimentos aplicados devem retratar rigorosamente todos os fatores intervenientes de sua execução, tais como condições ambientais, aplicador, identificação dos lotes de fornecimento dos materiais, balançada, local geométrico, etc. 4.4.1 Divisão das fachadas em lotes · As fachadas devem ser divididas em panos de até 100 m², onde a altura máxima deverá ser a altura da balançada (máximo de 2 m) e a largura corres- pondente ao número inteiro de balancim, de maneira que um balancim per- tença somente a um lote. · Para permitir o rastreamento da argamassa aplicada, os lotes devem ser identificados, com números, letras ou cores, em desenhos esquemáticos (planta e elevação), e nesses devem ser registradas as seguintes informações: a) nome da obra; b) número do pavimento e/ou da balançada; c) identificação dos lotes e das fachadas; d) identificação dos balancins e dos respectivos funcionários que os utilizam (aplicadores); e) data de aplicação (início e término); cap4.pmd 10/5/2005, 16:2666 67 Produçãoxecução e Avaliação f) limites físicos do lote (croquis); e g) identificação dos fornecimentos (argamassa industrializada ou dos insumos) aplicados nos lotes das fachadas17 . 4.5 Preparo das argamassas Quando utilizada argamassa industrializada, os fabricantes devem ins- truir a equipe técnica da obra e a mão-de-obra para que sejam atendidas as recomendações de preparo, aplicação e rendimento de produto, garantindo, assim, o desempenho esperado. Quando argamassa preparada em obra, estas instruções ficam a cargo do projetista. Nesta fase a maioria das definições técnicas já foi informada no projeto e no treinamento, restando somente dois itens a serem definidos, pois depen- dem de fatores climáticos de difícil previsão durante as fases de projeto e planejamento18: a) acerto de dosagem dos materiais; e b) tempo de mistura, descanso e tempo-limite de uso. 4.6 Aplicação das argamassas e demais insumos A aplicação das argamassas e demais insumos está diretamente ligada à seqüência do movimento do balancim ou à seqüência e trajetória dos serviços no andaime fachadeiro. Sua seqüência será dividida em subidas e descidas dos serviços. 17 Um lote poderá receber argamassas de diferentes fornecimentos. 18 A equipe técnica da obra deve fazer inspeções diárias, ao acaso, para o acompanhamento e controle desta etapa de serviço e anotar as ocorrências em tabelas e planilhas apropriadas. cap4.pmd 10/5/2005, 16:2667 70 Recomendações Técnicas Habitare - Volume 1 | Revestimentos de Argamassas: Boas Práticas em Projeto, Execução e Avaliação Os reparos dos buracos devem ser feitos utilizando-se a mesma arga- massa do revestimento. As rebarbas devem ser removidas com uma colher de pedreiro ou talhadeira e marreta leve. Caso ocorra o aparecimento de fissuras nos blocos ou na argamassa de assentamento, a causa geradora deve ser identificada e eliminada. As fissuras deverão ser tratadas ou reforçadas com telas especificadas no projeto. 4.6.1.3 Mapeamento O objetivo do mapeamento é obter as distâncias entre os arames e a fachada em pontos localizados nas vigas, alvenarias e pilares, para a definição das espessuras dos revestimentos. O posicionamento dos arames deve seguir a seguinte seqüência: a) deve-se identificar os eixos da estrutura na platibanda; b) o afastamento inicial dos arames em relação às platibandas deverá ter sido previamente definido; c) recomenda-se locar dois arames em cada lado das quinas distanciadas de 10 cm a 15 cm, bem como dois arames nas laterais das janelas; d) o afastamento máximo entre os arames deve ser menor que o com- primento das réguas a serem utilizadas no sarrafeamento; e e) o registro das espessuras entre o arame e as bases deverá ser forneci- do ao projetista, que estabelecerá as espessuras dos revestimentos, os ajustes e os locais que devem ser reforçados. 4.6.2 Primeira descida Na primeira descida são feitos os serviços de lavagem e inspeção das bases (alvenaria e estrutura) e aplicação do chapisco. cap4.pmd 10/5/2005, 16:2670 71 Produçãoxecução e Avaliação 4.6.2.1 Lavagem da base Deverá ser efetuada a limpeza das bases (estrutura e alvenaria) com a utilização de escova de nylon/piaçava e lavagem por hidrojateamento. A lavagem deve ser feita na descida do balancim, de modo a não conta- minar superfícies já limpas. 4.6.2.2 Aplicação do chapisco A especificação da aplicação já deve ter sido feita na fase de projeto e planejamento. Naquela fase, a forma de aplicação, espessura e as ferramentas já foram definidas e explicadas nos treinamentos. Nesta fase é necessário que a equipe técnica da obra e a da mão-de-obra verifiquem se está sendo possível praticar as especificações estabelecidas na fase de execução dos painéis protótipos, especialmente porque a fase de exe- cução deste serviço pode ocorrer em época distinta daquela em que foram executados os painéis protótipos. Se houver dificuldades na execução desse serviço, é função do projetis- ta e do fabricante do chapisco promover as correções necessárias. Normalmente são utilizados chapiscos diferentes em bases diferentes (estrutura e alvenaria). Atenção especial deve ser dada ao nível de umidade presente nas bases para a aplicação de cada tipo de chapisco, e isso deve ser definido pelo projetista/fabricante do chapisco. cap4.pmd 10/5/2005, 16:2671 72 Recomendações Técnicas Habitare - Volume 1 | Revestimentos de Argamassas: Boas Práticas em Projeto, Execução e Avaliação Recomenda-se a cura úmida do chapisco mediante a utilização de uma névoa de água, durante o maior período possível. Isso pode ser executado com equipamento de aspersão de água no balancim antes da etapa do dia seguinte e/ou através das janelas. Aplicação do chapisco 4.6.3 Segunda subida Na segunda subida são feitos os serviços de inspeção dos chapiscos, taliscamento e primeira cheia. 4.6.3.1 Taliscamento Deve-se executar taliscas com material cerâmico em pedaços de 5 cm x 5 cm, fixadas com a mesma argamassa que será utilizada no emboço, em toda a extensão da fachada, no alinhamento dos arames. O espaçamento das taliscas deverá ser, no máximo, o comprimento da régua de sarrafeamento. A espessu- ra de cada talisca é aquela definida pelo projetista após o mapeamento. Taliscas executadas cap4.pmd 10/5/2005, 16:2672 Regularização/limpeza grossa da alvenaria e da estrutura (retirada de pontas de ferro e seu reparo, tratamento das “bicheiras” e armaduras expostas), complemento da fixação das vedações externas. L a a -. a o COLOCAÇÃO DOS ARAMES | < Posicionamento dos arames - guia, limpeza do s substrato (estrutura e vedações), mapeamento & da fachada e, concomitantemente ao a mapeamento, aplicação do chapisco na = alvenaria e na estrutura. ANÁLISE DO MAPEAMENTO PARA DEFINIÇÃO DO TALISCAMENTO « Execução do taliscamento, aplicação da 1º cheia Q | emtrechos com espessura superior àquela & determinada pelo fornecedor de argamassa, 2 eventual fixação de elementos pré-moldados N (faixas, cornijas, etc.). Fixação de telas de reforço, constituição É de mestras verticais entre taliscas contíguas, 2 aplicação da argamassa, sarrafeamento, E! desempenamento, esquadrejamento dos a vãos de janela, execução de frisos ou juntas, assentamento ou moldagem in loco de peitoris. 75 Produção O 76 Recomendações Técnicas Habitare - Volume 1 | Revestimentos de Argamassas: Boas Práticas em Projeto, Execução e Avaliação 4.7 Fixação de pré-moldados Os procedimentos de fixação dos pré-moldados nas fachadas devem atender aos projetos desenvolvidos pelo projetista e às empresas fornecedoras destes produtos. De forma geral, os pré-moldados com massa elevada devem estar fixados às bases com auxílio de dispositivos mecânicos (parafusos, grapas, etc.) e/ou químicos (argamassas colantes, adesivos orgânicos, etc.). Nos casos de fixação de pré-moldados pesados sobre alvenaria, seja bloco de concreto ou cerâmico, nos pontos para fixação mecânica, os blocos já devem ter sido grauteados durante a elevação da alvenaria. Os parafusos e grapas metálicos deverão ser galvanizados ou em aço inox. O dimensionamento dessa fixação deverá ser elaborado pela empresa fornecedora dos pré-molda- dos, que, de preferência, deve ser contratada também para a fixação deles. Dessa forma, responsabilizam-se tecnicamente por esse serviço. A fixação dos pré-moldados leves deverá seguir as indicações do fabricante e, geralmente, neste trabalho são utilizadas argamassas colantes ou adesivos orgânicos. Num caso ou noutro, o projetista deve tomar os devidos cuidados espe- cificando o tratamento ideal para as interfaces pré-moldado/argamassa e a vedação nos pontos de fixação mecânica, para que não haja infiltração de água na edificação ou deterioração dos mesmos. Para atingir este objetivo deverá também ser previsto o sistema de emenda entre os pré-moldados. 4.8 Controle e inspeção das etapas 4.8.1 Controle de recebimento de insumos 4.8.1.1 Inspeção expedita Argamassas fornecidas em sacos: antes da descarga verificar por amostragem, mediante inspeção visual, a existência de furos, rasgos, manchas de umidade, e conferir os dados das embalagens, tais como: cap4.pmd 10/5/2005, 16:2676 77 Produçãoxecução e Avaliação a) nome do fabricante e marca do produto; b) denominação normalizada do produto; c) massa líquida de produto contido na embalagem (kg); d) campo de aplicação do produto; e) composição qualitativa; f) data de fabricação e validade do produto; g) quantidade recomendada de água a ser incorporada ao produto, ex- pressa em quilogramas (kg) ou litros (l), no caso de argamassa industrializada; e h) processo e tempo ideal da mistura (idem). Fornecidas em silos: argamassas industrializadas entregues a granel para abastecimento dos silos deverão apresentar de forma visível as seguintes informações: a) nome do fabricante; b) marca do produto; c) composição qualitativa; d) denominação normalizada do produto; e) campo de aplicação do produto; f) prazo de validade; e g) data de fabricação. Fornecidas a granel: areia e argamassa intermediária. Entende-se como argamassa intermediária a mistura curada de areia e cal, que deverá apresentar de forma visível as seguintes informações: a) marca do produto; b) composição qualitativa; e c) composição quantitativa. cap4.pmd 10/5/2005, 16:2677 80 Recomendações Técnicas Habitare - Volume 1 | Revestimentos de Argamassas: Boas Práticas em Projeto, Execução e Avaliação Independentemente do determinado no parágrafo anterior, é impor- tante que o projetista do revestimento estabeleça um plano da execução des- ses ensaios. 4.8.3 Seqüência dos controles, inspeções, ensaios e liberação das etapas de execução dos revestimentos das fachadas 4.8.3.1 Bases As superfícies das bases de concreto e alvenaria devem ser inspecionadas visualmente e devem ter os seguintes aspectos: a) ásperas (macroancoragem); b) porosidade aberta (microancoragem); c) sem deposição de impurezas (pó, óleo, gordura, tinta, fungos, salinidade); cap4.pmd 10/5/2005, 16:2680 81 Produçãoxecução e Avaliação d) sem rebarbas; e) sem segregação; e f) sem armaduras expostas (oxidadas ou não). Esta inspeção é de suma importância e deve ser registrada nos controles de execução das fachadas. As não-conformidades deverão ser corrigidas antes da liberação desta etapa. 4.8.3.2 Chapisco Aspectos visuais Deve-se inspecionar diariamente durante a sua execução, verificando a espessura, rugosidade e homogeneidade da aplicação. No caso de chapisco aplicado com desempenadeira denteada, deve-se verificar a formação dos cordões. É muito importante a inspeção diária desta etapa, pois, além de a execução ser rápida, a condenação de grandes áreas executadas é de difícil correção. Dureza da superfície e aderência Para cada lote da fachada definido no item 4.8.2, deve-se definir uma área mínima de 1,00 m² (o ideal é estender esta inspeção para vários outros pontos do lote), devendo-se executar as avaliações a seguir. · Dureza da superfície: devem ser executados riscos cruzados com a ponta de uma espátula na superfície do chapisco, observando-se o grau de dificuldade de se fazerem estes riscos. Quanto mais difícil for fazer estes ris- cos, maior a dureza e resistência do chapisco. Se, por outro lado, o chapisco se fragmentar ou esfarelar (abrindo sul- cos maiores), é sinal de que sua dureza e resistência superficial é inadequada. Quando isso ocorrer, deve-se ter uma disposição específica para essa correção (cura, remoção). cap4.pmd 10/5/2005, 16:2681 82 Recomendações Técnicas Habitare - Volume 1 | Revestimentos de Argamassas: Boas Práticas em Projeto, Execução e Avaliação Pode-se também complementar essa avaliação friccionando os dedos da mão sobre a superfície do chapisco e observar a quantidade de material que se desprende. · Aderência: deve-se forçar o desplacamento do chapisco com a raspa- gem da espátula na interface da base com o chapisco. Se o chapisco se soltar com facilidade, a aderência com a base está comprometida. Caso isso ocorra, deve-se ter uma disposição específica para a correção do problema. Esta inspeção é de suma importância e deve ser registrada nos controles de execução das fachadas. As não-conformidades deverão ser corrigidas antes da liberação desta etapa. Os procedimentos de correção devem levar em conta as causas gerado- ras da não-conformidade, como: a) bases lisas ou engorduradas; b) bases mal preparadas; c) chapiscos fracos; e d) chapiscos com deficiência de aplicação. Teste de aderência com a espátula cap4.pmd 10/5/2005, 16:2682 85 Produçãoxecução e Avaliação · Por risco: na superfície do revestimento devem ser executados riscos cruzados com um prego de aço e observar a profundidade do sulco produzido. Quanto mais profundo for o sulco, menor é a dureza e resistência da superfície. Pode-se concluir também que, quanto mais difícil de se executar o risco, maior a dureza e resistência da superfície do revestimento. · Por lixamento: esta avaliação deve ser executada sobre os riscos da avaliação anterior e tem o objetivo de confirmar, ou não, os resultados obtidos por risco. Sobre a superfície já riscada, aplica-se um lixamento (lixa nº 120), com movimentos de vai-e-vem (por 10 vezes), provocando, assim, um desgaste cap4.pmd 10/5/2005, 16:2685 86 Recomendações Técnicas Habitare - Volume 1 | Revestimentos de Argamassas: Boas Práticas em Projeto, Execução e Avaliação na superfície. Quando a superfície apresenta baixa resistência à abrasão, os riscos são “apagados” (desgaste maior). Encontrando essa condição, a avalia- ção deve ter continuidade, repetindo os riscos e o lixamento em camada mais profunda. Aderência: por meio de percussão realizada por impactos leves, não contundentes, de martelo com cabeça de plástico, verificamos se ocorrem sons cavos. Quando isto ocorre, indica que houve desplacamento do revesti- mento e, desta forma, todo o lote deve ser percutido e as áreas devem ser delimitadas e removidas. Essa remoção deve ser cuidadosa para poder se veri- ficar em qual interface ocorreu o desplacamento, se entre o emboço e o chapisco, ou se entre o chapisco e a base, ou se entre o reboco e o emboço. Esta verificação indicará qual a causa provável do desplacamento, o que faci- lita a definição da recomposição mais adequada. 21 Procedimento para Controle da Aplicação de Argamassas de Revestimentos em Fachadas - Azevedo e Noronha Engenheiros Associados. 21 cap4.pmd 10/5/2005, 16:2686 87 Produçãoxecução e Avaliação · Determinação da resistência de aderência à tração A NBR 13528 determina que, a critério da fiscalização da obra, devem ser realizados, por laboratório especializado, no mínimo, seis ensaios de resistência de aderência à tração em cada 100 m2 por tipo de substrato, em pontos escolhi- dos aleatoriamente dentro do lote, de preferência em área considerada suspeita. O revestimento externo ensaiado deve ser aceito se, de cada seis ensaios realizados (com idade igual ou superior a 28 dias), pelo menos quatro valores forem iguais ou superiores a 0,30 MPa. O grupo que elaborou o presente trabalho recomenda uma alteração destes parâmetros para níveis de amostragem maior, a saber: aumentar de seis para dez ensaios de resistência de aderência à tração, com pelo menos sete valores iguais ou superiores a 0,30 MPa. Esta proposta deve-se à grande ten- dência de risco de se rejeitarem revestimentos satisfatórios devido a falhas de execução de ensaios, verificados nos inúmeros ensaios realizados. 4.9 Atribuição de responsabilidades na fase de execução Compete ao projetista: a) proceder aos treinamentos da equipe técnica da obra e da mão-de- obra para esclarecer todos os detalhes constantes no projeto; b) acompanhar o início de todas as etapas de serviço, desde o preparo das bases até a aplicação do acabamento final; c) se necessário, fazer correções e/ou adaptações ao projeto original; d) analisar os resultados dos ensaios tecnológicos e das inspeções realiza- das e elaborar relatório com os comentários sobre o desempenho observado; e) participar, se necessário, de reuniões técnicas com os fornecedores de insumos, equipe técnica da obra e responsáveis pela mão-de-obra; cap4.pmd 10/5/2005, 16:2687 90 Recomendações Técnicas Habitare - Volume 1 | Revestimentos de Argamassas: Boas Práticas em Projeto, Execução e Avaliação 5.1 - Inspeção das fachadas, conservação e limpeza 5.2 - Anomalias cap5.pmd 10/5/2005, 16:2790 91 Conservação e manutenção de revestimentos externosecução e Avaliação Conservação e manutenção de revestimentos externos A edificação é planejada, projetada e construída para atender à ne- cessidade de seus usuários por muitos anos. Para que isso ocorra, deve-se levar em conta a manutenção/conservação dela. A manu- tenção, no entanto, não deve ser realizada de modo improvisado e casual, e sim como um serviço técnico, executado por empresas especializadas e por profissionais treinados e capacitados. O principal objetivo deste capítulo é comunicar aos usuários do edifício os procedimentos de inspeção, conservação e manutenção do revestimento de fachada. Projetos e execução adequados necessitam ser complementados com manutenções preventivas, de maneira a fazer com que o revestimento externo possa alcançar sua vida útil prevista ou até estendê-la. Para tanto, a construtora deverá fornecer aos usuários um manual con- tendo as orientações necessárias, que aborde os seguintes tópicos, entre ou- tros: inspeção das fachadas, conservação e limpeza. 5.1 Inspeção das fachadas, conservação e limpeza Consiste em avaliar e monitorar, ao longo do tempo, o desempenho dos revestimentos, considerando sua exposição às intempéries, às possíveis deformações estruturais e às movimentações térmicas e higroscópicas. cap5.pmd 10/5/2005, 16:2791 92 Recomendações Técnicas Habitare - Volume 1 | Revestimentos de Argamassas: Boas Práticas em Projeto, Execução e Avaliação As inspeções devem ser periódicas e programadas, e deverão ser feitas por profissionais habilitados, especializados em manutenção de fachadas, den- tro do possível, acompanhados pelos profissionais responsáveis pelo projeto e pela execução do revestimento. Essas inspeções, normalmente, são do tipo vi- sual e/ou por percussão, utilizando balancim leve ou “cadeirinha”, que tenham todos os parâmetros exigidos de segurança. Os pontos de fixação desses equi- pamentos devem ser previstos no projeto estrutural e/ou no de revestimento. As inspeções preventivas devem ser programadas pelo projetista da fa- chada. A título de orientação básica recomenda-se a inspeção ao primeiro, ao terceiro e ao quinto ano após a entrega. O objetivo da primeira inspeção, um ano após a ocupação, é observar se as qualidades propostas inicialmente estão sendo atendidas, gerando, com isso, um relatório. Este relatório também deve conter informações que orientem a próxima inspeção. Eventualmente, deficiências localizadas deverão sofrer manutenção pre- ventiva adequada. Para a execução da segunda inspeção, três anos após a ocupação, é neces- sário ser executada a lavagem da fachada. A lavagem da fachada deverá ser feita com jato d’água pressurizado, do tipo leque, moderado, no sentido de cima para baixo, sem a utilização de qualquer detergente ou produto químico. O objetivo dessa lavagem é facilitar a observação visual, bem como eliminar impregnações de fuligem ácida ou fungos, que aceleram a deterioração do revestimento. Para a execução da terceira inspeção, cinco anos após a ocupação, também é necessária a lavagem da fachada da mesma forma que na segunda inspeção. Nesta inspeção será necessária a realização de alguma manutenção pre- cap5.pmd 10/5/2005, 16:2792 95 Conservação e manutenção de revestimentos externosecução e Avaliação Nestes casos, a intervenção deverá ser promovida o mais rápido possí- vel, eliminando-se riscos com a segurança dos moradores e do condomínio. 5.2.3 Alteração no aspecto original do revestimento (coloração, resistência superficial) Para a identificação destas patologias, deve-se efetuar uma inspeção vi- sual em toda a fachada, observando-se alterações como descoloração e perda do brilho, manchas, descascamentos, esfarelamentos, eflorescências, gretamentos, entre outros. Da mesma forma que nas anomalias anteriores, estas deverão ser cuida- dosamente mapeadas e registradas, e deverão ser analisadas à luz das informa- ções obtidas durante o processo de execução do revestimento. Por fim, cabe lembrar que o não-cumprimento das recomendações de manutenção contidas no manual entregue pela construtora, ou até das reco- mendações dos fabricantes, denota mau uso por parte do condomínio e pode- rá implicar a perda das garantias estipuladas. Bibliografia ABNT. Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Procedimento. NBR 7200. Rio de Janeiro, 1997. ABNT. Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Preparo da mistura e determinação do índice de consistência-padrão. NBR 13276. Rio de Janeiro, 2002. cap5.pmd 10/5/2005, 16:2795 96 Recomendações Técnicas Habitare - Volume 1 | Revestimentos de Argamassas: Boas Práticas em Projeto, Execução e Avaliação ABNT. Argamassa para assentamento de paredes e revestimento de paredes e tetos – Determinação da retenção de água. NBR 13277. Rio de Janeiro, 1995. ABNT. Argamassa para assentamento de paredes e revestimento de paredes e tetos – Determinação da densidade de massa e do teor de ar incorporado.NBR 13278. Rio de Janeiro, 1995. ABNT. Argamassa para assentamento de paredes e revestimento de paredes e tetos – Determinação da resistência à compressão. NBR 13279. Rio de Janeiro, 1995. ABNT. Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Determinação da resistência à tração na flexão e à compressão. Projeto NBR 13279. Rio de Janeiro, 2004. ABNT. Argamassa para assentamento de paredes e revestimento de paredes e tetos – Determinação da densidade de massa no estado endurecido. NBR 13280. Rio de Janeiro, 1995. ABNT. Argamassa para assentamento de paredes e revestimento de paredes e tetos – Especificação. NBR 13281. Rio de Janeiro, 1995. ABNT. Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Determinação da resistência de aderência à tração – Método de ensaio. NBR 13528. Rio de Janeiro, 1995. ABNT. Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Especificação. NBR 13749. Rio de Janeiro, 1996. Anais do I SBTA/1995, II SBTA/1997, III SBTA/1999, IV SBTA/ 2001, V SBTA/ 2003 – Disponíveis no site: http://www.infohab.org.br/ cap5.pmd 10/5/2005, 16:2796
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