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Estudo bacteriológico de répteis em cativeiro com pneumonia e/ou estomatite, Notas de estudo de Ciências Biologicas

Serpentes - Serpentes

Tipologia: Notas de estudo

2010
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Compartilhado em 23/03/2010

priscila-brustin-3
priscila-brustin-3 🇧🇷

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Baixe Estudo bacteriológico de répteis em cativeiro com pneumonia e/ou estomatite e outras Notas de estudo em PDF para Ciências Biologicas, somente na Docsity! UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO QUALITTAS INSTITUTO DE PÓS GRADUAÇÃO CLÍNICA MÉDICA E CIRÚRGICA DE ANIMAIS SELVAGENS E EXÓTICOS THIAGO RODRIGO SALVADOR ESTUDO BACTERIOLÓGICO DE RÉPTEIS EM CATIVEIRO COM PNEUMONIA E/OU ESTOMATITE E SUAS CORRELAÇÕES MICROBIOLÓGICAS São Paulo 2008 THIAGO RODRIGO SALVADOR ESTUDO BACTERIOLÓGICO DE RÉPTEIS EM CATIVEIRO COM PNEUMONIA E/OU ESTOMATITE E SUAS CORRELAÇÕES MICROBIOLÓGICAS Orientadora: Profa. Ms Andrea Cecília Mercaldi Favero São Paulo 2008 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para a obtenção de título de Pós Graduado da Universidade Castelo Branco - Qualittas Instituto de Pós Graduação – Clínica Médica e Cirúrgica de Animais Selvagens e Exóticos. AGRADECIMENTOS Aos meus pais, por mais uma vez, tornarem possível mais um sonho meu, sem eles não seria nada na vida... Obrigado de coração... Amo muito vocês... A minha noiva e grande amor de toda a minha vida Minha Deh, por estar sempre ao meu lado, por agüentar todas as minhas noites cansadas, reclamações, mas sempre estar sorrindo ao meu lado e com os braços abertos me esperando... Obrigada minha linda! Amo-te mais que tudo... A minha querida orientadora Andrea, pela atenção e disposição e por mais uma vez me orientar em um TCC, sempre me ajudando e me dando forças para poder realizar meus sonhos não só como profissional, mas também como amiga... A todos do Laboratório BADGLIAN, especialmente meu amigo Glynton por aceitar me ajudar no trabalho e a minha amiga Mayra por realizar todos os exames e agüentar meus telefonemas pedindo explicações... Sem vocês esse trabalho não poderia ser realizado... Aos meus grandes amigos Cris e Trash por agüentar minhas visitas na hora do almoço nos fins de semana que estive em Campinas. Muito obrigado pela hospitalidade... Enfim a todos que de alguma forma colaboraram para que eu realizasse essa grande conquista. Muito obrigado! RESUMO A criação de répteis como hobby é uma prática relativamente recente, mas vem crescendo de maneira vertiginosa, já sendo considerado o terceiro segmento da indústria PET, nos EUA e na Europa. No Brasil, o mercado Herpe vem seguindo esta tendência mundial e está crescendo muito rapidamente. Os répteis, porém, exigem cuidados bastantes distintos daqueles destinados aos demais animais domésticos, e por isso, é fundamental buscarmos conhecimento adequados (LOVE, 2005). A natureza das condições em que os répteis são mantidos em cativeiro é essencial para se manter um animal saudável. A simples descrição de alguns desastres pequenos ou grandes que acontecem em répteis em cativeiro (e o porquê preveni- las) se mostra óbvio que muitas, se não todos, esses acidentes são resultados de habitat artificial inapropriado (FRYE, 2007). Severas gastroenterites, processos bacterianos pneumônicos e mesmo septicêmicos constituem as principais emergências infecciosas bacterianas encontradas na rotina clínica de répteis, especialmente quando as condições de cativeiro não são adequadas (GOULART, 2007). Sendo assim o objetivo desse trabalho foi verificar os tipos de bactérias existentes em pneumonias e estomatites em répteis criados em cativeiros. Palavra – chave: Répteis, pneumonia, estomatite, bactérias. ABSTRACT The breeding of reptiles is a relatively recent practice, but it’s growing in a dizzy way, been considered as the third segment of the pet industry in US and Europe. In Brazil the Herpe markt is following this world-wide tendency and is growing very quickly. The reptiles, however, demand different cares from those destined to domestic animal, and therefore, it’s fundamental searching for proper knowledge (LOVE, 2005). The nature of the conditions in which the reptiles are maintained in captivity is essential in order to keep a healthy animal. The simple description of some small or big disasters that happen in reptiles in captivity (and the importance to prevent them) shows obviously that many, if not all, off this accidents are results of inappropriate artificial habitat (FRYE, 2007). Severes gastroenteritis, pneumonic bacterial process and even skeptical constitute the principal emergency bacteria’s infection founded in the routine of reptile clinic, especially when the conditions of the captivity are not adequate (GOULART, 2007). Being so the objective of this work was check the types of existent bacteria in pneumonias and stomatitis in reptiles created in captivities Keywords: Reptile, pneumonia, stomatitis, bacteria SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVAS......................................................... 11 1.1 RÉPTEIS ............................................................................................... 11 1.2 RÉPTIL COMO HOBBY ........................................................................ 14 1.2.1 Condições Patológicas Relacionadas ao Ambiente de Cativeiro ....... 15 2 PNEUMONIA E ESTOMATITE EM RÉPTEIS .......................................... 17 2.1 PNEUMONIA.......................................................................................... 18 2.2 ESTOMATITE ........................................................................................ 20 3 OBJETIVO ................................................................................................ 22 4 MATERIAL & METODOS ......................................................................... 23 4.1 ANIMAIS................................................................................................. 23 4.2 COLETA DE MATERIAL ...................................................................... 25 4.3 EPM MILI CITRATO – SISTEMA PARA TRIAGEM BIOQUIMICA DE ENTEROBACTÉRIAS ...................................................................................26 4.4 STAPHY TEST....................................................................................... 28 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................ 30 6 CONCLUSÃO ........................................................................................... 35 7 ANEXO ...................................................................................................... 37 REFERÊNCIAS............................................................................................ 49 1 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVAS 1.1 RÉPTEIS A visão mais simples que se tem dos répteis é que eles constituem o passo evolutivo seguinte dos anfíbios e que a partir deles teriam se originado as aves. Na verdade, os répteis seriam o ponto culminante da linhagem evolutiva dos vertebrados, e as aves e mamíferos seriam especializações. Embora essa afirmação possa parecer uma heresia filogenética, tem sua razão de ser; isso porque, se analisarmos os dados paleontólogos que temos à disposição, veremos que as grandes conquistas evolutivas que definem as aves e mamíferos como tais foram “inventadas” por grupos de répteis já extintos (OLIVEIRA, 2003). Atualmente sabe-se que a origem dos répteis esta datada em registros fósseis muito antigos entre os períodos Carbonífero e Permiano da era Paleozóica, por volta de 310 a 250 de anos atrás. Estes répteis pioneiros ainda se assemelhavam muito aos anfíbios daquele período seus predecessores. Porém, tais animais foram adquirindo características evolucionárias distintas que lhes permitiram grandes vantagens sobre seus competidores e permitiram a este grande grupo de animais dominar a Terra na era Mesozóica,a chamada Era dos Répteis (GOULART, 2004). Do ponto de vista filogenético, a classe Reptilia não é uma linhagem evolucionaria isolada, nem tampouco descendentes dos gigantes dinossauros. As diferenças filogenéticas podem ser tão marcantes dentro dessa classe que, de fato, os crocodilianos podem ser considerados mais aparentados das aves que dos lagartos. Estas divergências filogenéticas, morfológicas, paleontológicas, e por conseqüência, taxionômicas, rendem grandes debates e discussões entre os especialistas (GOULART, 2004). Os lagartos ou sáurios constituem uma vasta sub-ordem de répteis escamados. Diferenciam-se das serpentes (suas parentes próximas) devido à presença de quatro patas, pálpebras nos olhos, e ouvidos externos. Apesar disso algumas espécies de lagartos, perderam suas patas durante a evolução, se tornando externamente semelhantes às serpentes. Semelhantemente também existem lagartos sem pálpebras ou sem ouvidos. Com mais de 5000 espécies conhecidas atualmente, os lagartos ocorrem em todos os continentes, exceto na Antártida e existem em diversos tamanhos, desde alguns centímetros, como alguns geckos, até 3 metros, como o dragão-de-komodo (Varanus komodoensis). São geralmente carnívoros, alimentando- se de insetos ou pequenos mamíferos, mas também há lagartos onívoros ou herbívoros, como as iguanas (Iguana iguana). O monstro-de-gila (Heloderma spp.), nativo do sul dos EUA, é a única espécie que é venenosa. Alguns tipos de lagarto são capazes de regenerar partes do seu corpo, mais usualmente a cauda, mas em alguns casos mesmo patas perdidas. Enquanto a maioria das espécies põe ovos, outras são vivíparas ou ovovivíparas (VITT, 1997). As serpentes estão incluídas na ordem Squamata e compõem a subordem Ophidia, atualmente com cerca de 2900 espécies no mundo. No Brasil, existem representantes de nove famílias, 75 gêneros e 321 espécies. As serpentes são encontradas em quase todas as partes do mundo, mas habitam principalmente as regiões temperadas e tropicais devido a sua dependência do calor externo, pois como todos os répteis são animais ectotérmicos. A ectotermia é uma das características mais importante dos répteis, e afeta quase todos os ambientes disponíveis, desde os terrestres, subterrâneos e arbóreos, até as águas continentais e oceânicas. As famílias de maior interesse em cativeiro no Brasil são a família Boidae que dentro delas a como exemplo a jibóia (Boa costrictor) e Sucuri (Eunectes spp.) entre outros, Viperidae como a cascavel (Crotalus spp.) e jararacas (Bothrops spp.) entre outras, Colubridaes falsas corais e Elapidae corais verdadeiras (Micrurus spp.) (KOLESNIKOVAS; GREGO; ALBUQUERQUE, 2007). Os quelônios, que surgiram há cerca de 200 milhões de anos, compreendem os jabutis que são animais terrestres, de corpo compacto, membros locomotores cilíndricos e robustos, próprios para suportar o pesado casco e caminhar em ambientes rústicos. As três espécies de ocorrência natural no Brasil são do gênero Geochelone. Há os cágados e tartarugas de água doce que tem hábitos semi- aquáticos. Possuem patas com membranas interdigitais que favorecem o nado. E por fim há as tartarugas marinhas que vêm a terra apenas para fazer oviposição. Seus membros locomotores evoluíram para nadadeiras com pequenas garras. As tartarugas marinhas existem a cerca de 150 milhões de anos. Sua origem é confinamento cria variados graus de estresse, que frequentemente leva a alterações comportamentais com sérias conseqüências (FRYE, 2007). O sucesso da manutenção de répteis em cativeiro depende da formação correta do habitat necessário para cada espécie. Quando erros de manejo causam doenças ou injúria, os indivíduos afetados devem ser tratados efetivamente e a causa de base do problema que induziu a injuria ou doença deve ser remediada (FRYE, 2007). Condições no recinto podem afetar marcadamente os habitantes. Por exemplo, doenças virais, bacterianas, fúngicas ou por protozoários e metazoários de origem na sujeira estão diretamente associadas com a indiferença à higiene. Uma variedade de desordens epidérmicas, respiratórias e gastroentéricas se desenvolvem em animais que normalmente residem em habitat árido se eles forem mantidos em meio úmido. Similarmente, raspas de madeiras ou materiais para enriquecimento do terrário podem ser tóxicos localmente ou sistemicamente quando em contato (FRYE, 2007). Falta de atenção à temperatura dos répteis e ás necessidades de fotoperiodicidade irão causar como resultado final inapetência, falha na reprodução e, eventualmente, morte. As necessidades dietéticas de muitas espécies de répteis são altamente especializadas e, se não forem atingidas acuradamente, irão predispor o animal a uma grande variedade de doenças metabólicas e degenerativas (BENNETT; THAKOODYAL, 2003). A natureza das condições em que os répteis são mantidos em cativeiro é essencial para se manter um animal saudável. A simples descrição de alguns desastres pequenos (como autotomia ou pequenas descalcificações) ou grandes (como descalcificações que levam a fraturas patológicas e deformidades irreversíveis, até pneumonias e hipovitaminoses que podem levar o réptil a óbito) que acontecem em répteis em cativeiro (e o porque preveni-las) se mostra óbvio que muitas, se não todos, esses acidentes são resultados de habitat artificial inapropriado (FRYE, 2007). Por isso quando se pensa em manter um réptil em cativeiro para exposição ou hobby vê se necessidade de manter umidade, temperatura e fomites (substratos, matérias de limpeza, potes de água, até terrários) apropriados para cada espécie (COBORN, 1994). 2 PNEUMONIA E ESTOMATITE EM RÉPTEIS Severas gastroenterites, processos bacterianos pneumônicos e mesmo septicêmicos constituem as principais emergências infecciosas bacterianas encontradas na rotina clínica de répteis, especialmente quando as condições de cativeiro não são adequadas (GOULART, 2007). Como em qualquer outro animal, as bactérias podem causar doenças por basicamente dois mecanismos: - Invasão de tecidos; - Produção de toxina. Varias bactérias patógenas tem sido encontradas nos répteis. A maior parte desses patógenos são bactérias gram – negativas e como exemplo podemos citar Salmonella sp., Pseudomonas sp., Klebsiella sp., Aeromnas sp., Protteu sp., Escherichia coli, dentre outras e grande parte dessas desenvolve ambos os mecanismos de doença citados acima (CUBAS & BAPTISTOTTE, 2007) Os répteis não demonstram sintomas com facilidades e por motivos óbvios pois se demonstrarem isso na natureza serão predados mais facilmente e em geral essas bactérias são pouco patognomônicas nas fases mais iniciais da enfermidade, o que acaba por dificultar o diagnóstico precoce na maior parte das vezes e por esse motivos há uma grande necessidade de se estudar cada vez mais patologias respiratórias e gastrointestinais em répteis (MESSONNIER, 1997). 2.1 PNEUMONIA Pneumonia é uma afecção freqüente em répteis de cativeiro, há uma gama enorme de agentes que causam essa patologia nos espécimes mantidos em cativeiro e da maior parte dos casos de pneumonia o principal fator relacionado é a afecção são problemas de manejo, higiene e nutrição (MADER, 1996). A anatomia e fisiologia do trato respiratório em répteis são radicalmente diferentes da anatomia e fisiologia que os mamíferos possuem. A diferenças são também bastante significativas em diferentes classes de répteis (MADDER, 1996). Podemos citar algumas diferenças marcantes para cada ordem de répteis, como por exemplo em crocodilianos o sistema respiratório é bastante semelhante aos dos mamíferos porem permite uma armazenagem de ar bastante grande chegando a uma reserva de até 45 minutos de oxigênio, nos quelônios os sistema respiratório apresenta algumas dificuldades funcionais, decorrentes da ausência de diafragma e da monotonia da constituição corporal. Em situações de baixa ventilação, os quelônios expõem e retraem a cabeça, o pescoço e os membros, isto para estimular movimentos respiratórios. Alguns quelônios aquáticos, inclusive, preenchem ou esvaziam o urodeu com água, com este servindo como órgão respiratório acessório. bastante alongados, possuem pares de glândulas salivares labiais superiores e inferiores, além da glândula sublingual, comum a todos os répteis. É o par superior de glândulas salivares que podem se transformar em glândulas de venenos em algumas espécies. Algumas espécies de colubrídeos possuem glândulas de veneno posteriores (glândulas de Duvernoy). A língua é muito fina, ágil e bifurcada e tem função sensorial, pois esta ligada ao olfato e a ao órgão de jacobsen (e constantemente exposta para “cheirar” o ambiente) (OLIVEIRA, 2003). Em répteis a estomatite se origina secundariamente a más condições de criação, traumatismo de corrente em recintos ou stress os sinais orais incluem uma podridão oral que começa com formações de petéquias, ptialismo e anorexia. À medida que a infecção progride, podem ficar presentes exsudato caseoso, perda dentária e osteomielite. Infecções orais constituem frequentemente o foco de infecções oculares e pneumonia intercorrentes. O diagnóstico é feito através de um exame oral completo e coletado amostras para exame citológico, é importante obter amostras para uma cultura bacteriana e antibiograma, especialmente em casos que se há resíduos caseosos. As amostras de cultura mais precisas devem ser obtidas fazendo-se uma fenda pequena na gengiva e perfurando tecidos subjacentes (BIRCHARD & SHERDING, 2003). Os agentes bacterianos mais comum são Aeromonas e Pseudomonas outros não muito comuns são as Klebsiella sp. (MADER, 1996), Staphylococcus sp., Corynebacterium sp.. Fungos, neoplasias e fraturas mandibulares também podem causar estomatites (COOPER & SAINSBURY, 1997). 3 OBJETIVO O objetivo desse trabalho foi verificar os tipos de bactérias existentes em pneumonias e estomatites em répteis criados em cativeiros. 4 MATERIAL & METODOS 4.1 ANIMAIS Para a realização deste trabalho foi utilizado 12 répteis sendo que desse total são 3 jibóias - Boa constrictor constrictor (todas os exemplares são jovens com idade aproximadamente de 2 anos), 5 jabuti-piranga - Geochelone carbonária (4 exemplares adultos com idade aproximadamente de 20 a 30 anos e 1 exemplar jovem com aproximadamente 5 meses) e 4 teiús - Tupinambis merianae (todos exemplares são jovens com idade aproximadamente de 2 a 3 anos). Todos os exemplares eram mantidos em cativeiro doméstico (“pet”). Os exemplares de jibóia (Boa constrictor) 2 são mantidos em terrários de vidro com placa térmica para aquecimento e 1 exemplar em caixa plástica sem aquecimento, destes o exemplar que era mantido em caixa plástica sem aquecimento teve sintomas de pneumonia e o outros 2 sintomas de estomatite. Dos exemplares de jabuti-piranga (Geochelone carbonária), todos os 5, são mantidos em ambientes externos (quintal e varanda) sem qualquer tipo de aquecimento, sendo que o exemplar jovem, veio há óbito durante o trabalho (não foi realizado necropsia pois a proprietária não aceitou), destes 3 exemplares adultos tiveram sintomas de estomatite e 1 adulto e o exemplar jovem teve sintoma de pneumonia. Dos 4 exemplares de teiú (Tupinambins merianae) os 2 eram mantidos em terrários de vidro, com pedra térmica, lâmpada de UVA e UVB, os outro 2 eram mantidos em terrários de madeira e apenas 1 deles possui aquecimento com placa térmica e lâmpada de UVA e UVB o outro não possui nenhum tipo de aquecimento, aonde os 2 que são mantidos em terrários de vidro 1 teve sintomas de estomatite e outro sintoma de pneumonia, e dos que são mantidos em terrários de vidro o que possuía aquecimento teve sintoma de estomatite e o outro sintoma de pneumonia. Todos os exemplares citados nesse trabalho foram atendidos na Clínica Veterinária Estação Zoo, localizada na Rua Loefgreen, 1484 - Vila Clementino, São Paulo – SP - CEP 04040-002 – Telefone 508468912 – www.estacaozoo.com.br. O teste é realizado da seguinte forma, com uma agulha de repique, tocar uma porção da colônia de bactéria isolada e inocular o tubo de EPM com uma picada central até o fundo e depois estriar a parte inclinada do mesmo (antes da inoculação, deve observar a capacidade da bactéria fermentar a lactose no Agar MacConkey e realizar prova da oxidase), com o mesmo inoculo estriar a porção inclinada do tubo de CITRATO, tocar novamente a mesma colônia selecionada e realizar uma picada central no tubo de MILI, sem encostar no fundo do tubo mas chegando bem próximo deste. Após esse procedimento os tubos devem ser incubados a 35 + ou – 2ºC, por 18 a 24 horas. O tubo de EPM e o tubo de CITRATO devem ser encubados coma tampa frouxa para permitir a entrada de oxigênio e o tubo MILI coma tampa apertada, para favorecer a atmosfera anaeróbica, facilitando a ativação da enzima descarboxiliase (MURRAY, 1999; PILONETTO, 1998). A leitura das provas é feita da seguinte forma: EMP: Glicose: para microorganismo pertencer ao grupo de enterobacterias à base do tubo deve tornar-se amarela (fermentação da glicose). Se após 24 horas de incubação a base do tubo permanecer verde a bactéria é não fermentadora da glicose e não poderá ser identificada por este sistema. H2S: se a bactéria em questão produzir a enzima dessulfidrase haverá um enegrecimento da base do tubo. Gás: as bactérias que têm a capacidade de fermentar glicose com produção de gás promovem o aparecimento de bolhas que arrebentam o meio EPM ou um pequeno deslocamento no meio. LTD: deve ser lido no ápice do tubo. As bactérias produtoras de l-triptofano desaminase promovem o escurecimento do meio. A cor produzida é o verde musgo escuro, a cor verde clara ou azul indica prova negativa. Uréia: as bactérias que produzem enzima uréase desdobram a uréia, alcalinizando a base do tubo e provocando a viragem para azul. MILI: Motilidade: microrganismos móveis crescerão em toda direções a partir da picada central, enquanto bactérias imóveis só apresentarão indício de crescimento no local da picada. Indol: após decorridas 24 horas de incubação, acrescentar 3 a 5 gotas do reativo Kovacs ou Ehrlich à suprefície do meio MILI. O aparecimento de uma coloração vermelho rósea indica que a bactéria produz triptofanase (indol positivo). Se o reativo permanecer amarelo a prova é negativa. CITRATO: As bactérias capazes de utilizar citrato como fonte única de carbono conseguem crescer neste meio. Meio de cor original verde, tornando-se azul em caso de prova positiva e permanecendo verde para provas negativas. (MURRAY, 1999; PILONETTO, 1998). 4.4 STAPHY TEST O teste se baseia na capacidade do Staphyloccocus aureus aglutinar hemácias de carneiro previamente sensibilizadas com hemolisina e fibrinogênio. As reações da hemolisina e do fibrinogênio, respectivamente, com a proteína A e o “clumping factor” do Staphylococcus aureus, determinam aglutinação imediata das hemácias sensibilizadas. Este teste compreende dois reativos: Staphy – test R e Staphy – test C. O primeiro é o reativo propriamente dito, que contém hemácias sensibilizadas com hemolisina e fibrinogênio. O segundo é o reativo controle e contém hemácias idênticas ás do primeiro reativo, porém não sensibilizadas coma hemolisina e o fibrinogênio e destina-se à exclusão de aglutinações inespecíficas que são bastante raras, mas que podem ocorrer (CARRET, 1981; MURRAY, 2003; ESSERS, 1980). A técnica é realizada da seguinte forma: Material: lâmina de microcospia ou placa de aglutinação rigorosamente limpas e desengorduradas com álcool. Alça de platina, palito ou bastão de vidro. Placas incubadas por 18 a 24 horas contendo colônias isoladas suspeitas de Staphylococcus aureus, estas placas devem preferencialmente ser d emeios não seletivos. Execução do teste: Agitar os frascos de Staphy – Test R e C de maneira a homogeneizar as hemácias depositadas. Depositar sobre a lâmina ou placa uma gota de cada um dos reativos. Suspender de maneira uniforme 2 ou 3 colônias suspeitas na gota do Staphy – Test C, com auxilio da alça de platina, palito ou bastão de vidro, proceder da mesma maneira usando o Staphy – Test R. Imprimir movimentos de rotação à lâmina ou placa, observando a suspensão contra fundo escuro, com uma boa fonte luminosa. Interpretação: quando a reação de aglutinação é fortemente positiva dentro de 5 segundos no Staphy – Test R e negativa no Staphy – Test C conclui – se que a colônia é de Staphylococcus aureus (CARRET, 1981; MURRAY, 2003; ESSERS, 1980). Tupinambis merianae secreção nasal. Provável início de pneumonia. Nasal aeruginosa Teiú Tupinambis merianae Animal anoréxico, apático, com placas orais e ulcerações, desidratado, olhos fundos, provável estomatite Oral Pseudomonas aeruginosa Teiú Tupinambis merianae Animal anoréxico, apático, com placas orais, desidratado, provável estomatite Oral Pseudomonas aeruginosa Tabela 1: Exemplares usados sendo correlacionados os sintomas e secreção mandada a analise com respectivos resultados. Os resultados demonstram, que independente da espécie, as bactérias predominantes de origem oral são Pseudomonas aeruginosa e de origem nasal não há nenhuma bactéria predominante em questão, havendo isolamento de Proteus vulgaris, Staphylococcus aureus, Klebsiella sp e Pseudomonas aeruginosa. Os gráficos abaixo mostram em porcentagem a correlação entre tipos de bactérias, bactérias e espécies correlacionadas e secreção e bactérias relacionadas. Tipos de Bactérias 8% 8% 8% 51% 8% 17% Escherichia coli Klebsiella sp Proteus vulgaris Pseudomonas aeruginosa Staphylococcus aureus Citrobacter sp Gráfico 1: Tipos de bactérias Tipos de Secreções e Bactérias Correlacionadas 8% 8% 8% 43% 8% 17% 8% Escherichia coli - SECREÇÃO ORAL Klebsiella sp - SECREÇÃO NASAL Proteus vulgaris - SECREÇÃO NASAL Pseudomonas aeruginosa - SECREÇÃO ORAL Staphylococcus aureus _ SECREÇÃO NASAL Citrobacter sp - SECREÇÃO ORAL Pseudomonas aeruginosa - SECREÇÃO NASAL Gráfico 2: Tipos de secreções e bactérias correlacionadas Correlação entre Espécie, Bactéria e Secreção 8% 8% 17% 8% 8%17% 8% 26% Boa constrictor - Escherichia coli - SECREÇÃO ORAL Boa constrictor - Proteus vulgaris - SECREÇÃO NASAL Boa constrictor - Pseudomonas aeruginosa - SECREÇÃO ORAL Geochelone carbonaria - Pseudomonas aeruginosa - SECREÇÃO ORAL Geochelone carbonaria - Staphylococcus aureus _ SECREÇÃO NASAL Geochelone carbonaria -Citrobacter sp - SECREÇÃO ORAL Tupinambis merianae - Klebsiella sp - SECREÇÃO NASAL Tupinambis merianae - Pseudomonas aeruginosa - SECREÇÃO NASAL Gráfico 3: Correlação entre espécie, bactéria e secreção Analisando a tabela e os gráficos, fica claro observar que os animais mais acometidos são os jabuti – piranga (Geochelone carbonária) e a bactéria que tem uma predominância maior é a Pseudômonas aeruginosa. 7 ANEXO MEDICINA VETERINÁRIA DIAGNÓSTICA E ESPECIALIDADES Boa constrictor sexo: = RE 7785 IDADE: DATA: 218/08 Thiago Salvador Clínica: Projeto CULTURA E ANTIBIOGRAMA MATERIAL: secreção oral MÉTODO: Foram utilizados sistemas de isolamento e identificação. ISOLADOS: - Pseudomonas aeruginosa (crescimento moderado) pode ge nao. me ” nos A : Ny (RAS Patrícia Braconaro é Mayra Pereira CRMV-SP: 23.099 CRMV-SP: 20. Rua Minerva, 64 - Perdizes = São Paulo - SP - CEP 05007-030. - Fone: 11-3675-5755- 3575-1346 ) - MEDICINA VETERINÁRIA DIAGNÓSTICA E ESPECIALIDADES. —— “NOME; ECO ESPÉCIE: Boa constritor SEXO: Macho Ri ao RAÇA: IDADE: anos DATA: oTnams Proprietário Sra): - Veterinário Dr(a): — Thiago Salvador Clínica: - CULTURA E ANTIBIOGRAMA MATERIAL: Oral MÉTODO: Foram utilizados sistemas c isolamento Enio ISOLADOS: — Escherichia cofi (Crescimento abundante) Pseudomonas aeruginosa (Crescimento moderado) isa E * EA ) Patrícia Braconaro / a Perei CRMV-SP: 23,099 CRMV-SP: 20.495 RuaMinenia, 64 - Perdizes - São Paulo - SP - CEP 05007-030 - Fone: 11-9675-6756 - 3675-1346, q MEDICINA VETERINÁRIA DIAGNÓSTICA E ESPECIALIDADES — “NOME: GEOCELONE CARBONARIA 3 ESPÉCIE: — Geochelone carbonária SEXO: “Macho Ri 7254 RAÇA: - IDADE: 35anos DATA: 07/0808 Proprietário Sr.(a); Veterinário Dra): — Thiago Salvador Clínica: CULTURA E ANTIBIOGRAMA MATERIAL: Nasal MÉTODO: Foram utilizados sistemas de isolamento e identificação. É ISOLADOS: — Staphylococcus aureus (Crescimento escasso) — Patrícia Braconaro ra, CRMV-SE: 20.495 CRMV-SP: 23.099 Rua Minerva, 64 - Perdizes - SãoPaulo - SP - CEP 05007-030 - Fone: 11-3675-6756- 3675-1346 ú MEDICINA VETERINÁRIA DIAGINÓSTICA E ESPECIALIDADES NOME: GEOCELONE CARBONARIA 3 ESPÉCIE: Goocholone carbonária SEX Macho Ri 7264 RAÇA: - IDADI 35anoS DATA: O7nams Proprietário Sra): - Veterinário Dr(a): — Thiago Salvador Clínica: CULTURA E ANTIBIOGRAMA “MATERIAL: Oral MÉTODO: Foram utilizados sistemas de isolamento e identificação ISOLADOS: - Citrobacter sp (Crescimento abundante) Patrícia Braconaro CRMV-SP: 23.099 = CRMV-SP: 20/495 Rua Minerva; 64 - Perdizes - São Paulo - SP - CEP 05007-030 - Fone: 11-3575-6755 - 3675-1346 E MEDICINA VETERINÁRIA DIAGNÓSTICA E ESPECIALIDADES NOME: GEOCELONE CARBONARIA 7 E ESPÉCIE: — Gancheline carbonária SEXO: | Fêmea Ri 7256 RAÇA: - IDADE: ttanos DATA: 07088 Proprietário Sr.(a): - Veterinário Drs): — Thiago Selvador Clínica: CULTURA E ANTIBIOGRAMA MATERIAL: Oral MÉTODO: Foram utilizados sistemas de Isolamento e identificação. ISOLADOS: - Citrobacter sp (Crescimento escasso) Patricia Bracónaro CRMV-SP; 23.099 CRMV-SP: 20.495 Rua Minerva, 64 .- Perdizes - São Paulo - SP - CEP 05007-080 - Fone: 11,3675-6756- 3875-1346 à MEDICINA VETERINÁRIA DIAGNÓSTICA E ESPECIALIDADES NOME: TEIU 2) E ESPÉCIE: — Tupinambis merianas. SEXO: Fêmea Ri 7480 RAÇA: IDADE: G2anos DATA: - Orios08 Proprietário Sra): Veterinário Dr(a): Thiago Salvador Clínica: - Ps CULTURA E ANTIBIOGRAMA MATERIAL: Oral e MÉTODO: Foram utilizados sistemas de isolamento e identificação. ISOLADOS: | Pseudomonas aeruginosa (Crescimento abundante) % Patrícia Braconaro CRMV-SP: 23.099 Rua Minerva; 64 - Perdizes - São Paulo - SP--- CEP 05007-030 :-. Fone: 11-3675:6756 - 3675-1346 e MEDICINA VETERINÁRIA DIAGNÓSTICA E ESPECIALIDADES. NOME: TEIU 2 R ESPÉCIE: — Tupinambis morianas SEXO: Fómea RAÇA: IDADE: 02anos Propriatário Sr Veterinário Dr. CULTURA E ANTIBIOGRAM Thiago Salvador Clínica: - MATERIAL: Nasal MÉTODO: Foram utilizados sistemas de isolamento e identificação. ISOLADOS: — Klebsiella sp (Crescimento abundante) Patrícia Braconaro CRMV-SP: 23.098 CRMV-SP: 20 ira 495 Ri: DATA: 7480 Oriosina Rua Minerva, 64 - Perdizes - São Paulo - SP - GEP 05007-030 - Fone: 11-3675-6756 - 3675-1346 MEDICINA VETERINÁRIA DIAGNÓSTICA E ESPECIALIDADES MONET ESPÉCIE: — Tupinambis merianae SEXO: Ri 7478 RAÇA: IDADE: * DATA: 07/0808 Proprietário Sr.(a); - Veterinário Dr(a): — Thiago Salvador Clinica: - Ê CULTURA E ANTIBIOGRAMA MATERIAL: Nasal ” MÉTODO: Foram utilizados sistemas de isolamento e identificação. ISOLADOS: Pseudomonas aeruginosa (Crescimento abundante) Patrícia Braconaro / ayra Peteira CRMV-SP: 23.099 CRMV-SP: 20.495 Rua Minerva, 64. -' Perdizes - São Paulo - SP - CEP05007-030 - Fone: 11-36756756- 3675-1346 a 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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