Baixe Analise e avaliação Impacto Ambiental e outras Notas de estudo em PDF para Economia, somente na Docsity! 21/10/2009 1 Análise e avaliação de impactos ambientais Gestão Ambiental ANDRÉ LUIZ FIQUENE DE BRITO, Dr. UFCG/UAEQ/CCT www.labger.pro.br andre@deq.ufcg.edu.br . Campina Grande -PB Universidade Federal de Campina Grande – UFCG Centro de Ciências e Tecnologia – CCT Unidade Acadêmica de Engenharia Química – UAEQ Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química - PPGEQ INTRODUÇÃO ¢ Análise : Exame de cada uma parte de um todo, tendo em vista conhecer sua natureza, suas proporções, suas funções, suas relações, etc.. ¢ Avaliar : Determinar a valia ou o valor, o preço, o merecimento, etc.; calcular, estimar; reconhecer a grandeza, a intensidade , a força de. Ou Procedimento de comparação de um resultado (baseado em critério(s)) com um padrão de referência. Ou ainda, Verificação formal e contínua dos resultados atingidos comparados com os padrões de desempenho estabelecidos 21/10/2009 2 INTRODUÇÃO Impacto ambiental :Modificação identificável e mensurável das condições ambientais de referência. O impacto ambiental pode ser caracterizado por um efeito (direto) ou soma de efeitos (direto e indiretos) com relação a um alvo específico. Exemplo : Ação : emissão de CO2 Alvo : nível das águas do mar Efeito : ampliação do “efeito estufa” (aumento da temperatura) e indiretamente o aumento do nível do mar Impacto : elevação de 0.1 m do nível do mar Finalmente, ¢ O impacto depende dos efeitos e da exposição ¢ A exposição deve ser apreciada em termos de nível e de duração INTRODUÇÃO ¢ A realização de um balanço de massa (inventário) resulta em uma lista objetiva de substâncias que entram e que saem do sistema de referência. Entretanto, ele quantifica o fluxo, mas não define os impactos reais sobre o meio ambiente e é pesado a manipular visto o grande número de parâmetros envolvidos. ¢ Para auxiliar a associação dos impactos ao fluxo de matéria recorre-se freqüentemente a análise de impactos (impact assessment, em inglês) que tem basicamente dois objetivos : Passar dos fatores de impacto aos impactos propriamente ditos ; Simplificar os resultados. 21/10/2009 5 PRINCÍPIOS GERAIS Mesmo sem consenso, algumas linhas gerais são preconizadas : ¢Classificação : determinar categorias para classificar os fatores de impacto ¢Caracterização : quantificar e agregar os fatores de impacto ¢Avaliação : definir como as categorias podem ser agregadas ou hierarquizadas. CLASSIFICAÇÃO DE FATORES DE IMPACTO Agrupamentos dos fatores de impacto em categorias, ou grandes focos de preocupação ambiental. A classificação pode ser abordada segundo dois enfoques : ¢ Em função dos meios receptores nos quais os poluentes são rejeitados. ¢ Em função dos problemas ambientais : neste caso cada fator de impacto vai ser analisado com relação às consequências que ele tem sobre o ambiente 21/10/2009 6 CARACTERIZAÇÃO Tem por objetivo quantificar os efeitos a fim de agregar, se possível, os fatores de impacto. A caracterização supõe a compreensão de dois tipos de relações : ¢ relação entre a emissão de um fator de impacto e a dose recebida pelo receptor sensível (emissão-dose) ¢ relação entre a dose recebida pelo receptor e o efeito que esta provoca sobre ele (dose-efeito). CARACTERIZAÇÃO A caracterização pode ser abordada segundo dois enfoques ¢ meios receptores ¢ problemas ambientais 21/10/2009 7 CARACTERIZAÇÃO – MEIOS RECEPTORES ¢ Volume crítico : a quantidade de água ou de ar que seria necessária para "diluir" e atingir o limite de concentração limite Volume crítico = Σ (rejeitado m i/Norma mi) ¢ Produção de resíduos sólidos : considera-se, p. ex., o volume de resíduos de Classe I, Classe II A ou II B, a necessidade de tratamentos específicos, etc.. ρ i i n i i FmVr ∑ = = 1 CARACTERIZAÇÃO - PROBLEMAS AMBIENTAIS 1. Esgotamento de matérias primas ¢ Consumo de matéria-prima M = Σmi ¢ Contribuição ao Esgotamento de recursos naturais E = Σ (Consumo/Reserva)i.mi /Σmi ¢ Não renovabilidade das matérias primas R = Σ(mi.(1-1/ti))/Σmi R = índice de não “renovabilidade” das matérias primas consumidas pelo sistema considerado (tabela 3) mi = massa por unidade funcional da matéria prima i, consumida pelo sistema considerado ti = tempo relativo de “renovabilidade” da matéria prima i Σm = consumo por unidade funcional das matérias primas 21/10/2009 10 CARACTERIZAÇÃO - PROBLEMAS AMBIENTAIS 3. Potencial de acidificação equivalente (PAE) : a unidade escolhida para a medida da contribuição de uma substância gasosa à acidificação é o PAE (potential acid equivalent) que é igual a massa molar da substância x/ número de moles de H+ liberáveis por mol de x. A tabela x apresenta alguns valores de PAE. Composto PAE NH4+ 18,0 NO2 46,0 SO2 32,0 HCl 36,5 PAE = POTENCIAL DE ACIDIFICAÇÃO EQUIVALENTE 21/10/2009 11 CARACTERIZAÇÃO - PROBLEMAS AMBIENTAIS 4. Potencial de redução da camada de ozônio: (PRCO ou ODP de Ozone Depletion Potential) – Medida em relação ao efeito de 1 kg de CFC-11 5. Etc.. Composto PRCO Substância PRCO CFC 11 1,00 Halon 2402 6,00 CFC 12 1,00 HCFC 22 0,06 CFC 113 0,80 HCFC 123 0,05 CFC 114 1,00 HCFC 124 0,05 CFC 115 0,60 HCFC 124b 0,10 Halon 1211 3,00 HCFC 142b 0,06 Halon 1301 10,00 CCl4 1,10 PRCO = POTENCIAL DE REDUÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO