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Impacto do Capital de Terceiros em um Projeto de Investimento: Análise do Fluxo de Caixa, Notas de estudo de Contabilidade

Neste documento, aprenda a identificar o impacto do capital de terceiros em um projeto de investimento, além de se aprofundar na montagem do fluxo de caixa livre do projeto e do investidor, considerando juros, amortização, depreciação e impostos. O documento também apresenta um caso prático para ilustrar as conceitos abordados.

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 19/03/2010

Maracana85
Maracana85 🇧🇷

4.2

(62)

132 documentos

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Baixe Impacto do Capital de Terceiros em um Projeto de Investimento: Análise do Fluxo de Caixa e outras Notas de estudo em PDF para Contabilidade, somente na Docsity! D Dtcom Educação e Comunicação Corporativa Canal Autodesenvolvimento Canal Gestão Pública Canal Gestão Corporativa Material para Impressão 2 Caso Concreto de Projeção de Fluxo de Caixa Carga horária: 1 h TV e 2 hs Web Palestrante: Marcos Heringer Mestre pelo Instituto Militar de Engenharia, Professor de Finanças da Fundação Getulio Vargas em cursos de Pós-graduação, Sócio-Diretor da MFinance Factoring Ltda. Conteudista: Fernando Luis Moreira Especialista em Gestão Empresarial pela FGV, graduado em Administração de Empresas pela UNOESC-SC. Atua no treinamento e desenvolvimento de equipes da área comercial na Spaipa – Indústria Brasileira de Bebidas. Canal: GC Apresentação Por meio deste estudo vamos identificar o impacto de capital de terceiros como financiador de parte deste projeto de Investimento. Além disso, vamos nos aprofundar na questão da montagem do fluxo de caixa livre do projeto e do investidor levando em conta aspectos como juros, amortização do capital de terceiros, depreciação e impostos. Objetivos do curso • Avaliar o impacto do ingresso de capital de terceiros como parte do montante investido; • Identificar novos parâmetros para a análise do projeto, como: Custos fixos, custos variáveis, depreciação, impostos, LAJIR, LAIR; • Construir o fluxo de caixa livre projetado para o projeto e para o investidor; • Utilizar da HP12C como ferramenta de apoio. Mapa do Curso I. INTRODUÇÃO ...............................................................................3 1. FLUXO DE CAIXA PROJETADO DO INVESTIMENTO.......................................... 5 1.1 INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ENCONTRADOS ................................................ 7 2. CAPITAL DE TERCEIROS COMO FONTE DE FINANCIAMENTO DO PROJETO ............. 9 2.1 INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ENCONTRADOS AGORA COM A PARTICIPAÇÃO DE UM CREDOR...............................................................................................11 2.2 CUSTO DO CAPITAL DE TERCEIROS...........................................................14 2.3 QUAL A MELHOR FORMA DE FINANCIAR UM PROJETO DE INVESTIMENTO? ..............16 3. NOVO PROJETO DE INVESTIMENTO PARA ANÁLISE ...................................... 17 4. DEPRECIAÇÃO................................................................................... 18 5 1. FLUXO DE CAIXA PROJETADO DO INVESTIMENTO DIÁLOGO Conforme nosso estudo anterior, observamos a seguinte situação real, sobre a qual, estamos desenvolvendo a análise de viabilidade econômico financeira de um projeto que envolve a compra de um determinado equipamento. Vamos relembrar o caso, pois partiremos deste projeto para analisarmos qual o impacto do capital de terceiros, ou seja, não será mais apenas o capital próprio que financiará o projeto, haverá a entrada de capital de terceiros no projeto. Vamos ao detalhamento do projeto descrito na teleaula, Observe: Uma empresa compra um equipamento no Valor R$ 500.000,00; além do aporte de capital para a aquisição do equipamento será necessário para infraestrutura e instalações R$ 60.000,00. O faturamento bruto projetado é R$ 50.000,00 mensais, porém teremos uma demanda de pagamentos mensais com custos e despesas de R$ 27.000,00 nos dois primeiros anos; após o segundo ano, ou ainda no 25º mês, teremos um acréscimo de custo devido à manutenção do equipamento totalizando as saídas mensais em R$ 35.000,00. A vida útil do projeto é estimada em 36 meses. Ao final do projeto, no 36º mês, o equipamento será vendido por R$ 200.000,00. Após esse levantamento das informações, o primeiro passo é ordenar e elaborar o fluxo de caixa livre do projeto no qual utilizaremos os resultados líquidos do projeto. Vamos lá? 6 Confira o fluxo de caixa projetado do investimento em R$: Meses 0 1 24 ... 25 35 ... 36 Investimentos Equipamento 500.000,00 Infraestrutura e instalação 60.000,00 Entradas de Caixa 50.000,00 50.000,00 50.000,00 50.000,00 250.000,00 Faturamento 50.000,00 50.000,00 50.000,00 50.000,00 50.000,00 Valor residual estimado 200.000,00 Saídas de Caixa 27.000,00 27.000,00 35.000,00 35.000,00 35.000,00 Custos, despesas e manutenção 27.000,00 27.000,00 35.000,00 35.000,00 35.000,00 Fluxo de caixa livre do projeto -560.000,00 23.000,00 23.000,00 15.000,00 15.000,00 215.000,00 Os valores líquidos desse fluxo de caixa podem ser representados por um diagrama de fluxo de caixa, para melhor visualização e posterior análise, acompanhe: Para efetuarmos a análise do projeto de maneira quantitativa, lembramos a necessidade de obtermos, junto ao investidor, a Taxa Mínima de Atratividade (TMA). Para o nosso caso definiu-se a TMA como 1,74% mensais, originado a partir de uma TMA anual de 23%. R$ 23.000,00 R$ 15.000,00 R$ 215.000,00 - R$ 560.000,00 Mês 0 1 2 ... 24 25 ... 35 36 7 1.1 INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ENCONTRADOS Vamos inserir o fluxo de caixa na calculadora HP12C, conforme: Dados Tecla/função Visor Comentários [f] CLEAR [FIN] 0,00 Limpar registros financeiros 560.000 [CHS] [g] [CFo] -560.000,00 Valor do Investimento inicial 23.000 [g] [CFj] 23.000,00 Fluxo de Caixa livre do Projeto no 1º mês 24 [g] [Nj] 24,00 Número de repetições do Fluxo de Caixa 15.000 [g] [CFj] 15.000,00 Fluxo de Caixa livre do Projeto no 25º mês 11 [g] [Nj] 11,00 Número de repetições do Fluxo de Caixa 215.000 [g] [CFj] 204.738,27 Fluxo de Caixa livre do Projeto no 36º mês 1,74 [i] 1,74 Taxa Mínima de Atratividade [f] [NPV] 102.137,36 Valor Presente Líquido [f] [IRR] 2,69 Taxa Interna de Retorno Assim, temos a seguinte interpretação dos parâmetros obtidos através dos cálculos com a HP12C: O Valor Presente Líquido é positivo em R$102.137,36, o que significa o seguinte: O projeto é viável, pois o VPL encontrado é maior que zero; Se o VPL fosse igual a zero, também indicaria que o projeto é viável, pois, ao contrário do que muitos podem interpretar, não significa resultado econômico igual a zero. Significa que o projeto além de pagar os valores investidos, resultou um lucro exatamente igual ao mínimo esperado, atingindo a TMA de 1,74% a.m ou ainda a TMA de 23% a.a; O VPL apurado significa que o projeto atingiu além do mínimo esperado (1,74% a.m.), um resultado superior de R$ 102.137,36. A Taxa Interna de Retorno do Projeto exemplo é de 2,69%, podemos interpretar este valor da seguinte forma: O projeto é viável, pois a TIR é maior do que a TMA (2,69%, claramente superior a 1,74%); O excedente da TIR em relação à TMA evidencia a viabilidade do projeto. É indicativo de riqueza que está sendo agregada; Se caso a TIR fosse igual a 1,74%%, também indicaria que o projeto é viável, pois o mínimo esperado também estaria sendo atingido; 10 Os recursos recebidos de terceiros, dentro de condições pré- estabelecidas como a taxa de juros e o número de prestações, apresentam a necessidade do pagamento das amortizações e dos juros tendo um impacto direto no fluxo de caixa livre do projeto. Logo, podemos acreditar não ser viável este projeto, pois a expectativa natural para quem recorre a este capital é da diminuição da nossa lucratividade em detrimento do pagamento das despesas financeiras. Afirmar a viabilidade ou não deste projeto exige levantar as informações quantitativas deste projeto novamente, levando em conta a presença de um credor. Assim teremos um novo fluxo de caixa do projeto, pois parte do investimento passa a ser financiado pelo credor, o qual receberá, através dos pagamentos dos juros e amortização, os recursos cedidos para o projeto. Utilizando o nosso projeto de investimento vamos, hipoteticamente, assumir que parte do investimento de R$ 560.000,00 será financiada pelo credor com um aporte de capital no valor de R$ 300.000,00 com juros de 15% ao ano e um prazo de 36 meses para pagamento. O Pagamento será feito através de prestações fixas mensais durante 36 meses, a 1ª prestação vencerá um mês após a captação dos recursos, ou seja, serão 36 pagamentos que irão do 1º ao 36º da vida útil do projeto. IN V E S T IM E N T O S Passivo Circulante Exigível a Longo Prazo Patrimônio Líquido Terceiros Próprio Curto Prazo Longo Prazo 11 2.1 INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ENCONTRADOS AGORA COM A PARTICIPAÇÃO DE UM CREDOR Para que a análise do impacto de capital de terceiros ocorra, vamos gerar o novo fluxo de caixa do projeto levando em conta os pagamentos feitos ao credor sob o ponto de vista do acionista ou ainda o recebedor do capital de terceiros para aplicação em seu projeto gerando a nova rentabilidade interna (TIR). Assim, o primeiro passo para a confecção do novo fluxo de caixa é determinar o valor da prestação mensal da dívida. Entretanto, a taxa de juros desta operação foi fornecida anualmente e para obtermos a equivalente mensal vamos utilizar a HP12C conforme a seguir: Dados Tecla/função Visor Comentários [f] CLEAR [FIN] 0,00 Limpar registros financeiros anteriores 100 [PV] 100,00 Utilizaremos o valor base 100 115 [CHS] [FV] - 115,00 Se os juros anuais são 15%, podemos dizer que 100 + 15% é o valor futuro em um ano. 12 [n] 12,00 Para a obtenção da taxa equivalente mensal do ano usaremos como o período 12 meses. [i] 1, 1715 Taxa equivalente mensal Compreendeu o processo? Portanto a taxa mensal equivalente encontrada é de 1, 1715% a.m. Continuando nossa operação, agora com a taxa equivalente mensal, vamos obter o valor da prestação. Vamos ao cálculo: Dados Tecla/função Visor Comentários [f] CLEAR [REG] 0,00 Limpar registros financeiros anteriores 300.000 [PV] 300.000,00 Valor do Investimento, como valor presente 36 [n] 36,00 Número de prestações 1, 1715 [i] 1, 1715 Taxa equivalente mensal. [PMT] - 10.261,73 Valor de desembolso mensal das prestações 12 IMPORTANTE Verifique se no rodapé da máquina não há o termo Begin, caso tenha indica uma série antecipada ou com entrada o que não trata de nosso caso. Para encontrar o valor correto deverá haver ausência deste termo no visor, para obter a ausência aperte a tecla [g] e [end]. Assim chegamos ao valor da amortização e juros do capital de terceiros durante os 36 meses, portanto teremos um pagamento mensal efetuado ao credor no valor de R$ 10.261,73. Ora, isso faz com que seu fluxo de caixa seja alterado em relação ao anterior. Perceba que o Projeto continuará gerando o mesmo faturamento, porém haverá o desembolso provocado pelo valor pago referente à utilização de capital de terceiros. Vamos novamente projetar o novo fluxo livre de caixa do projeto para o investidor, já que o projeto continua gerando o mesmo fluxo, porém para o investidor teremos outros valores devido ao pagamento do credor e assim identificaremos o impacto da participação do capital de terceiros. Fluxo de caixa projetado do investimento em R$: Meses 0 1 24 ... 25 35 ... 36 Investimentos 560.000,00 Equipamento 500.000,00 Infraestrutura e instalação 60.000,00 Fonte de Financiamentos Capital de Terceiros 300.000,00 Capital Próprio 260.000,00 Entradas de Caixa 50.000,00 50.000,00 50.000,00 50.000,00 50.000,00 Faturamento 50.000,00 50.000,00 50.000,00 50.000,00 50.000,00 Valor residual estimado 200.000,00 Saídas de Caixa (37.261,73) (37.261,73) (45.261,73) (45.261,73) (45.261,73) Custos, despesas e manutenção 27.000,00 27.000,00 35.000,00 35.000,00 35.000,00 Amortização do Financiamento e juros 10.261,73 10.261,73 10.261,73 10.261,73 10.261,73 15 Assim, o risco assumido pelos fornecedores do capital é, teoricamente, menor e isso deve corresponder a um retorno (custo para a empresa) menor. Esse custo deve levar em consideração a incidência do imposto de renda e contribuição social, pois os encargos do capital de terceiros são dedutíveis como despesa, para fins de tributação. Na prática, utilizando nosso projeto base, podemos dizer que o projeto é o mesmo, o investimento e retorno são iguais, indiferente da composição do capital próprio ou de terceiros, ou seja, sua rentabilidade como um todo não muda, permanece de 2,69% ao mês. Podemos ainda afirmar que, diferentemente do projeto, a rentabilidade do investidor dentro deste passa a ser maior justamente porque utiliza um capital com custo mais baixo. Isto se explica porque dentro do projeto o capital de terceiros, representado pelo valor de R$ 300.000,00, tem custo menor, pois são cobrados os Juros efetivos de 15% a.a. ou ainda a equivalência de 1, 1715% a.m. Veja que o projeto gera uma rentabilidade de 2,69% a.m. de todo o capital empregado seja próprio ou de terceiros, portanto superior ao custo do capital de terceiros, isto justifica o aumento da rentabilidade dos investidores utilizando deste capital. A rentabilidade agora revelada ao investidor de 4% a.m. nada mais é que a composição da rentabilidade original de todo o projeto representado pela TIR de 2,69 mais a “sobra” da rentabilidade gerada sobre o capital de terceiros. Além disso, se por um lado as dívidas provocam o comprometimento dos fluxos de caixa livres do projeto com juros e amortizações, por outro, trazem o benefício fiscal associado às despesas financeiras. Naturalmente as empresas com expectativas de prejuízo não pagam imposto de renda e, consequentemente, não usufruem desse benefício fiscal. Podemos concluir que quando houver ingresso de capitais de terceiros em um projeto cujo custo do capital for inferior à rentabilidade do projeto obteremos a alavancagem do capital de terceiros. Em uma estrutura de dados mais elaborada podemos ratificar essas informações. 16 2.3 QUAL A MELHOR FORMA DE FINANCIAR UM PROJETO DE INVESTIMENTO? Partindo do princípio que as melhores decisões de investimento e financiamento têm por base a criação e maximização de valores, estas decisões de investimento e financiamento estão sendo estudas separadamente, conforme o exemplo já analisado nesta teleaula, em que numa primeira análise há apenas capital próprio em seu financiamento e, posteriormente, ocorre à entrada de capital de terceiros como parte do financiamento do montante de investimento para que o projeto “comece a andar”. Geralmente os impactos dos financiamentos são mensurados sob a forma dos fluxos de caixa livres, enquanto as decisões de financiamento têm seus impactos na taxa mínima de atratividade, TMA. Existe uma grande segurança, em relação às decisões de investimentos, no entendimento de que uma boa escolha sobre onde alocar os recursos da empresa esteja relacionada a uma correta atitude de maximização de riqueza. Contudo, existem vários aspectos divergentes, sob o ponto de vista das decisões de financiamento. Não há tranquilidade na resposta sobre uma ou outra forma de financiar um projeto de investimento. Ao analisar o Demonstrativo de Resultado (DRE) de uma empresa, percebe-se que juros são reconhecidos e pagos em um primeiro momento, enquanto o lucro é residual, logo os sócios são remunerados apenas após os credores, isto em uma situação real de ética perfeita. 17 3. NOVO PROJETO DE INVESTIMENTO PARA ANÁLISE DIÁLOGO Para prosseguirmos nosso estudo, um novo projeto de investimento será elaborado, com uma estrutura de dados mais complexa e consequente abordagem mais realista dos dados apresentados. Preparado? Então, vamos ao novo Projeto de Investimento: Há um projeto de investimento comercial, com lançamento de um novo produto que apresenta a previsão de vendas anuais de 35.000 unidades ao preço médio de R$ 22,00 por unidade. Este volume de comercialização será constante durante toda a vida útil do projeto, estimado em 5 anos. Os custos fixos anuais de produção são R$ 220.000,00; os custos variáveis são de R$ 4,00 por unidade. Para a comercialização teremos despesas (comissões, distribuição) anuais de R$ 100.000,00, além disso, teremos uma taxa de impostos incidentes sobre as vendas de 10%. Sobre o resultado há o Imposto de renda com a alíquota de 30%. O Investimento total necessário é R$ 600.000,00. Os Ativos passíveis de depreciação representam 70% do Investimento total e são depreciados em 4 anos. O valor residual estimado é de R$ 120.000,00. Veja também que haverá a participação de credores no valor de R$ 200.000,00 com pagamentos em 5 anos, seguindo a distribuição a seguir: nos dois primeiros anos apenas serão pagos os juros; no 3º ano juros e a amortização de 50% do principal; 4º ano novamente somente os juros e no 5º ano os juros e o pagamento do restante do principal. A Taxa de juros anual acordada com o credor é 15 %. Para análise evoluiremos para a construção de um fluxo de caixa livre do projeto, mas também um fluxo de caixa do investidor. 20 5. IMPOSTOS A construção do fluxo de caixa também é influenciada pelos impostos e contribuições a que a empresa está sujeita. No projeto de investimento proposto há a taxa de 10% sobre o faturamento e 30% incidente no lucro como Imposto de Renda – IR. Ressaltamos a grande complexidade do sistema tributário brasileiro, recomenda-se o estudo minucioso, de acordo com o produto, porte da empresa, estado em que se esta investindo, lembrando que os impostos podem ser: municipais, estaduais e federais, além de incidir em diferentes bases, como receitas ou os lucros, bem como podem ser cumulativos ou não. Não faremos isso aqui da maneira mais detalhista, pois nosso foco é a construção do fluxo de caixa para averiguação de sua viabilidade. Em relação à análise das fontes de financiamento, o uso do capital de terceiros implica o pagamento de juros. Juros são despesas financeiras, dedutíveis do IR. Assim, uma parte dos juros pagos “volta” para o caixa da empresa sob a forma de IR economizado. Veja que o benefício fiscal é importante e dever ser considerado em qualquer análise de investimento. 21 6. FLUXOS DE CAIXA LIVRE DO PROJETO E DO INVESTIDOR O Processo de análise de projetos de investimento pode ser feito por duas metodologias distintas. A primeira o próprio fluxo de caixa do negócio e o segundo o fluxo de caixa do investidor. O cálculo e a análise dos valores gerados pelo projeto podem empregar qualquer uma das metodologias. Entretanto, a separação é necessária para a melhor decisão do projeto de investimento e a melhor decisão do financiamento do projeto. Geralmente, o fluxo de caixa livre é o mais recomendado. Pode-se analisar a operação sob o ponto de vista do negócio e do investidos no caso utilizado na teleaula, construindo e analisando o fluxo de caixa livre do projeto e fluxo de caixa livre do investidor. Os valores obtidos utilizando as duas metodologias devem convergir em direção a uma mesma decisão. Importante o entendimento dessas diferenças de fluxo de caixa que basicamente são a ótica dos investidores em determinado projeto e o impacto em relação aos credores. Tendo por base a obtenção da TIR do projeto em si e a TIR dos investidores levando em conta os credores do financiamento. 22 6.1 ESTRUTURA DO FLUXO DE CAIXA Para melhor entender, didaticamente, o projeto de investimento proposto, podemos utilizar a tabela a seguir a ser completada em nossa próxima aula. Confira o Fluxo de Caixa projetado: Anos 0 1 2 3 4 5 Investimentos Totais Fonte de Financiamentos Capital de Terceiros Capital Próprio Receitas Faturamento Valor Residual Estimado Deduções (-) Custos Fixos de Produção (-) Custos Variáveis (-) Despesas de Comercialização (-) Impostos (-) Depreciação Lajir – Lucro antes dos juros e IR (-) Juros e Amortizações Lair – Lucro antes do IR (-) IR Lucro Líquido Ajustes (+) Depreciação = Fluxo de Caixa Operacional (FCO) (+/-) Investimentos ou desinvestimentos em ativos (+/-) Investimentos ou desinvestimentos em capital de giro = Fluxo de Caixa Livre do Projeto (-) Juros (-) Amortização =Fluxo de Caixa Livre dos Investidores
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