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A Ciência Antiga e Medieval, Notas de estudo de Química

Um breve histórico sobre o desenvolvimento da Ciência, a partir da contribuição de cientistas, filósofos, estudiosos e povos que, de alguma forma, participaram da construção da Ciência tal como a temos hoje.

Tipologia: Notas de estudo

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Baixe A Ciência Antiga e Medieval e outras Notas de estudo em PDF para Química, somente na Docsity! A Ciência Antiga e Medieval • A Filosofia surgiu na Grécia, por volta dos séculos VII e VI a.C., nas colônias da Jônia e da Magna Grécia, conhecida como pré-socrática. Esta Filosofia representava o esforço pela racionalização e o desvinculamento pelo pensamento mítico, e é caracterizada por especular o princípio de todas as coisas. Assim, nasce o pensamento científico. Matemática e Medicina • Antes do surgimento desta filosofia, alguns povos já conheciam as aplicações práticas de alguns conceitos matemáticos, como a geometria, mas são os gregos pré-socráticos que se dedicam à racionalização e transformação do conhecimento empírico em ciência, por meio de demonstrações. Estas reflexões têm início com Tales de Mileto, matemático e astrônomo, considerado o mais antigo filósofo. Na mesma época, no século VI a.C., Pitágoras de Samos, que afirmava que os números eram o princípio da harmonia da natureza, elabora o teorema que leva seu nome, generalizando a relação para os triângulos retângulos; • No século V a.C., a medicina, com a atuação de Hipócrates de Cós, conhecido como o pai da medicina, desvincula-se da magia e das superstições. Juntamente com seus discípulos, elabora o Corpus Hipocraticum, onde constavam registros detalhados de identificação e tratamento de várias doenças; Platão • Em sua teoria das idéias, estabelece a hierarquia entra a razão e os sentidos: “a razão tem dificuldade em atingir os verdadeiros sentidos por causa da deformação que os sentidos inevitavelmente provocam. Por isso, cabe à razão depurar esses enganos, para que o espírito possa atingir a verdadeira contemplação das idéias”; se o indivíduo permanece dominado pelos sentidos, fica restrito a um conhecimento imperfeito do mundo dos fenômenos. • O mundo sensível só existe enquanto participa do mundo das idéias, do qual é apenas uma sombra ou cópia. • Cabe ao filósofo elevar o conhecimento de simples opinião, o senso comum, o “vir-a-ser” (doxa), até a ciência, o ser verdadeiro (episteme). • Platão considera o conhecimento matemático um saber essencial para que o processo do conhecimento, da ciência, seja possível, porque a matemática descreve realidades não-sensíveis e é capaz de se dissociar dos sentidos e da prática. • Ele atribui a um Demiurgo, que quer dizer “artesão”, o princípio divino que organiza a matéria preexistente, que contempla os modelos do Mundo das Idéias e cria a Alma do Mundo. Ou seja, para Platão, o mundo sensível é uma cópia do mundo inteligível. • Descreve o universo como um ser vivo, esférico, uno e indivisível. Tem uma idéia geocêntrica do Universo, e afirma que depois de ele ter sido organizado, surgem os dias e as noites, e as quatro espécies de seres: os deuses, os seres alados, os seres aquáticos e os seres terrestres, que são constituídos respectivamente pelos quatro elementos: fogo, ar, água e terra. • Descreve uma relação estreita entre a natureza humana e a natureza universal, o “pequeno mundo” e o Todo. Aristóteles • Discípulo de Platão, foi suficientemente crítico para ir além do mestre. centro de estudos formado por diferentes escolas de diversas ciências, um museu e a famosa bibloteca. • De início, se destaca a contribuição de Euclides, que funda e dirige a escola de matemática do museu de Alexandria, e desenvolve os conceitos de geometria – ponto, reta, e plano – e os postulados. • Além da matemática, outra ciência que se desenvolve neste centro cultural é a mecânica, cujas bases são dadas por Arquimedes, que estabelece os princípios de empuxo, de estática, lei de alavancas e estudos sobre o centro de gravidade dos corpos. • Cláudio Ptolomeu também deu sua contribuição para o desenvolvimento da Astronomia. Desenvolveu o mais importante estudo para a concepção geocêntrica do Universo, que serviu de referência para toda a crença na forma do universo da Idade Média, até ser contestada por Copérnico e Galilei. • No campo das ciências naturais, destacou-se o trabalho de Plínio, o Velho, publicando História Natural. • No campo da medicina, destaca-se o trabalho de Galeno. Seus tratados médicos contêm informações sobre anatomia, decorrentes da experiência adquirida no tempo em que foi médico de gladiadores e soldados. O Período Medieval • Com a queda do Império Romano, no séc. V, a religião cristão se impõe unindo os reinos bárbaros, e, aos poucos, os chefes destes reinos vão se convertendo ao cristianismo. A Igreja toma soberania absoluta da vida espiritual ocidental. • A cultura Greco-Romana quase desaparece durante a implantação do modelo feudal de produção, mas permanece guardada nos mosteiros pelos monges, que são quase somente os únicos letrados da época. • O período medieval se estendeu por mil anos, porém nem todo este período foi de obscuridade intelectual total. Em vários momentos houve manifestações culturais importantes e produção cultural. A Ciência Árabe • Na antiguidade, o último grande centro de estudos foi a Alexandria, que sofreu inevitável estagnação após os sucessivos saques à biblioteca e ao museu, e também aos incêndios que levaram à sua destruição total no século V. • Posteriormente, no século VII, na Arábia o movimento religioso islâmico, iniciado por Maomé, e que se expande por várias regiões de povos árabes e por todo o norte da África, alcançando Portugal e Espanha. Houve uma ocupação por parte deste movimento por cerca de oito séculos, e por cinco séculos os reis cristãos pressionaram até conseguir expulsá-los. A longa influência árabe no continente europeu explica a fecunda herança cultural deixada na região. • O primeiro renascimento cultural promovido pelos árabes se deu em Bagdá, no século VIII. No século seguinte, foi criada a “Casa da Sabedoria”, um centro de estudos que agregou sábios e tradutores das obras científicas vindas da China, Alexandria, e da produção grega clássica. Ainda foram criados observatórios astronômicos e desenvolvidos estudos de óptica, geografia, geologia e meteorologia. Também foram retomados os pensamentos filosóficos de Platão, Aristóteles e Plotino. • Na astronomia, os árabes aperfeiçoaram os métodos trigonométricos para o cálculo das órbitas dos planetas, e desenvolveram o conceito de seno. Introduziram no Ocidente os números arábicos e a álgebra. • Na medicina, transmitem obras de Hipócrates e Galeno. • Na alquimia, pela sistematização de fatos observados durante experimentos, passam a observar os fenômenos com mais racionalidade e menos ocultismo, estudando com mais cuidado os metais e minerais. • O principal representante desses sábios foi Alkindi, no século IX. Nos séculos seguintes, destacam-se Alfarabi e o médico Avicena no século XI, conhecido como “Galeno islâmico”. Já na península hispânica, é notável a atuação de Averróis, médico, filósofo, destaca-se também como astrônomo, alem de ser um respeitado comentarista de Aristóteles, influenciando na retomada do pensamento aristotélico no ocidente. • A importância da cultura árabe foi indiscutível para o desenvolvimento da ciência, inclusive do ocidente, durante os séculos VIII e XII. Depois disso, a tensão que sempre existiu entre a razão e a fé religiosa acaba pendendo para o lado religioso, o que prejudica muito o pensamento científico, provocando a retração da valiosa contribuição árabe.
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