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Guias e Dicas
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Uso de Novas Tecnologias no Ensino da Matematica, Notas de aula de Matemática

Como os recursos tecnológicos podem ser usados no ensino da matematica

Tipologia: Notas de aula

2010

Compartilhado em 20/07/2010

darli-sousa-12
darli-sousa-12 🇧🇷

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Baixe Uso de Novas Tecnologias no Ensino da Matematica e outras Notas de aula em PDF para Matemática, somente na Docsity! INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA. CAMPUS EUNÁPOLIS. RECURSO E NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO DA MATEMÁTICA Eunápolis 2010 PAGE 28 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E PAGE 2 SUMÁRIO 1. Introdução ..................................................................................................... 4 2. Uso de novas tecnologias no ensino da matemática ..................................... 5 2.1 Formação de professores............................................................................. 5 3. Escolas Públicas – Problemáticas no uso de tecnologias.............................. 6 4. Aprender a ser usuário poderoso de uma nova tecnologia ............................ 11 5. Uma nova matemática: Calculadora e computadores.................................... 13 6. Videoconferência............................................................................................ 15 7. Comunicação, informação, conhecimento e sabedoria.................................. 16 8 Tecnologia........................................................................................................ 18 8.1 Tecnologias na Educação............................................................................. 20 8.2 Educações à distância- aprendizagem à distância e ensino à distância.... 21 8.3 Aprendizagens mediadas pela Tecnologia.................................................... 22 8.4 A justificação do ensino a Distancia............................................................. 23 9 A Internet e a Web, ou seus sucedâneos, certamente terão um papel fundamental nesse processo................................................................................................... 24 10 Softwares para o Ensino da Matemática........................................................ 11 Conclusão....................................................................................................... 27 25 12 Referências Bibliográficas.............................................................................. 28 1- INTRODUÇÃO Com a evolução da tecnologia novas possibilidades de ensino estão surgindo, em especial para o ensino da Matemática, onde uma grande variedade de programas computacionais está dando um significado especial na construção do conhecimento. A simples inserção de recursos tecnológicos não significa aprendizagem, é preciso qualidade na sua utilização e essa qualidade vai depender de como as propostas são interpretadas pelos professores. Por isso é importante que o professor aprenda a utilizar as ferramentas tecnológicas, pois se os mesmos não se sentirem preparados corre- se o risco da simples troca do lápis e papel pelo computador. Os objetivos desta linha de pesquisa são, basicamente, estudar a educação mediada pelas novas tecnologias: possibilidades no ensino da Matemática, novas práticas pedagógicas e ambientes de aprendizagem alternativos; o uso de novas tecnologias de informação: análise de softwares matemáticos enfatizando seu uso no ambiente escolar e sua influência no processo ensino-aprendizagem; o desenvolvimento de aplicações para o ensino básico e sua transposição didática; o desenvolvimento de material didático que venha ajudar na inclusão digital. 2 - USO DE NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO DA MATEMÁTICA 2.1 Formações de professores Muitas vezes observa-se no ambiente escolar certa expectativa por parte dos professores quanto à vontade de utilizar novos recursos da informática na educação. E essa expectativa às vezes se transforma em sentimento de insegurança ou de resistência em alterar a prática de ensino, pois o professor neste novo contexto é desafiado a rever e ampliar seus conhecimentos para enfrentar as novas situações. Os professores não têm experiência em atividades com o uso de tecnologias, assim, parece óbvio que a formação de professores é totalmente indispensável. No entanto, não basta aos futuros professores ter contato com a matemática, as teorias educacionais e com as perspectivas da didática. Um contato estabelecido ao nível puramente teórico, em termos de conhecimento declarativo, não garante uma efetiva aquisição do conhecimento profissional por parte dos futuros professores. O fato deste conhecimento ter um carácter pessoal, ligado à ação e à reflexão sobre a experiência implica que o seu desenvolvimento requer formas de trabalho que desenvolvam o raciocínio lógico e que sejam diversificados e tragam experiência aos formandos quanto a situações próximas das situações que ocorrem na prática. Os cursos de formação inicial de professores devem tratar prioritariamente a importância do desenvolvimento dos respectivos formandos de diversas competências no que se refere ao uso dos recursos tecnológicos no processo de ensino-aprendizagem. O licenciando em Matemática precisa receber formação que lhe possibilite assumir a prática docente como compromisso social, que seja um pesquisador de sua prática pedagógica e possa promover a integração entre tecnologia e educação. 3. Escolas públicas – Problemáticas no uso de tecnologia pesquisas, que "não precisamos de objetos na sala de aula, mas de objetivos na sala de aula, mas de situações em que a resolução de um problema implique a utilização dos princípios lógico-matemáticos a serem ensinados" (p. 179). Isto porque o material "apesar de ser formado por objetivos, pode ser considerado como um conjunto de objetos 'abstratos' porque esses objetos existem apenas na escola, para a finalidade de ensino, e não tem qualquer conexão com o mundo da criança" (p. 180). Ou seja, para estes pesquisadores, o concreto para a criança não significa necessariamente os materiais manipulativos, mas as situações que a criança tem que enfrentar socialmente. Com efeito, sabemos que existem diferentes propostas de trabalho que possuem materiais com características muito próprias, e que os utilizam também de forma distinta e em momentos diferentes no processo ensino- aprendizagem. Qual seria a razão para a existência desta diversidade? Na verdade, por trás de cada material, se esconde uma visão de educação, de matemática, do homem e de mundo; ou seja, existe subjacente ao material, uma proposta pedagógica que o justifica. O avanço das discussões sobre o papel e a natureza da educação e o desenvolvimento da psicologia, ocorrida no seio das transformações sociais e políticas contribuíram historicamente para as teorias pedagógicas que justificam o uso na sala de aula de materiais "concretos" ou jogos fossem, ao longo dos anos, sofrendo modificações e tomando feições diversas. Até o séc. XVI, por exemplo, acreditava-se que a capacidade de assimilação da criança era idêntica a do adulto, apenas menos desenvolvida. A criança era considerada um adulto em miniatura. Por esta razão, o ensino deveria acontecer de forma a corrigir as deficiências ou defeitos da criança. Isto era feito através da transmissão do conhecimento. A aprendizagem do aluno era considerada passiva, consistindo basicamente em memorização de regras, fórmulas, procedimentos ou verdades localmente organizadas. Para o professor desta escola - cujo papel era o de transmissor e expositor de um conteúdo pronto e acabado - o uso de materiais ou objetos era considerado pura perda de tempo, uma atividade que perturbava o silêncio ou a disciplina da classe. Os poucos que os aceitavam e utilizavam o faziam de maneira puramente demonstrativa, servindo apenas de auxiliar a exposição, a visualização e memorização do aluno. Exemplos disso são: o flanelógrafo, as réplicas grandes em madeira de figuras geométricas, desenhos ou cartazes fixados nas paredes... Em síntese, estas constituem as bases do chamado "Ensino Tradicionais" que existe até hoje em muitas de nossas escolas. Já no séc. XVII este tipo de ensino era questionado. Comenius (1592-1671) considerado o pai da Didática, dizia em sua obra "Didática Magna" (1657) que “... ao invés de livros mortos, por que não podemos abrir o livro vivo da natureza? Devemos apresentar à juventude as próprias coisas, ao invés das suas sombras" (Ponce, p.127). No séc. XVIII, Rousseau (1727 - 1778), ao considerar a Educação como um processo natural do desenvolvimento da criança, ao valorizar o jogo, o trabalho manual, a experiência direta das coisas, seria o precursor de uma nova concepção de escola. Uma escola que passa a valorizar os aspectos biológicos e psicológicos do aluno em desenvolvimento: o sentimento, o interesse, a espontaneidade, a criatividade e o processo de aprendizagem, às vezes priorizando estes aspectos em detrimento da aprendizagem dos conteúdos. Ë no bojo dessa nova concepção de educação e de homem que surgem, primeiramente, as propostas de Pestalozzi (1746 - 1827) e de seu seguidor Froebel (1782 - 1852). Estes foram os pioneiros na configuração da "escola ativa". Pestalozzi acreditava que uma educação seria verdadeiramente educativa se proviesse da atividade dos jovens. Fundou um internato onde o currículo adotado dava ênfase às atividades dos alunos como canto, desenho, modelagem, jogos, excursões ao ar livre, manipulação de objetos onde as descrições deveriam preceder as definições; o conceito nascendo da experiência direta e das operações sobre as coisas [4, pp. 17 - 18]. Posteriormente, Montessori (1870 - 1952) e Decroly (1871 - 1932), inspirados em Pestalozzi iriam desenvolver uma didática especial (ativa) para a matemática. Ao aluno deve ser dado o direito de aprender. Não um 'aprender' mecânico, repetitivo, de fazer sem saber o que faz e por que faz. Muito menos um 'aprender' que se esvazia em brincadeiras. Mas um aprender significativo do qual o aluno participe raciocinando, compreendendo, reelaborando o saber historicamente produzido e superando, assim, sua visão ingênua, fragmentada e parcial da realidade. O material ou o jogo pode ser fundamental para que isto ocorra. Neste sentido, o material mais adequado, nem sempre, será o visualmente mais bonito e nem o já construído. Muitas vezes, durante a construção de um material o aluno tem a oportunidade de aprender matemática de forma mais efetiva. Em outros momentos, o mais importante não será o material, mas sim, a discussão e resolução de uma situação problema ligada ao contexto do aluno, ou ainda, à discussão e utilização de um raciocínio mais abstrato. 4 - Aprender a ser usuário poderoso de uma tecnologia A preocupação atual pela inadequação dos métodos de ensino não nos deve fazer esquecer que nos “melhores tempos passados”, os estudantes teriam sido muito bons em computar números, não eram geralmente bons para matemática ainda na soma de frações, e deixemos de lado a álgebra. A maioria dos adultos reporta que não eram bons em matemática. De fato uma das razões para usar as calculadoras e os computadores seria mudar a prática educativa precisamente porque os estudantes não dominavam as velhas ferramentas como a álgebra. Mas o empoderamento requer controle. Se os estudantes não dominavam as velhas ferramentas, não há objetivo seguro em lhes dar ferramentas novas que também não dominem. Em relação à aplicabilidade das ferramentas tecnológicas, demanda atenção muito profunda das variáveis existentes não somente nos limites de tecnologia, como também da grade curricular e das demandas dos alunos e dos professores. Em alguns casos os estudantes sabem suficiente álgebra para resolver um problema, mas falham em usar esse conhecimento porque carecem da fluidez ou experiência para usá-lo de forma efetiva e segura para resolver problemas. e engenheiros muitas vezes não se apercebem das oportunidades oferecidas pelo progresso da matemática pura. Este perigoso desequilíbrio deve ser restaurado trazendo mais ciências para a educação dos matemáticos e expondo os futuros cientistas e engenheiros a matemática central. Isto requer novos currículos e um grande esforço dos matemáticos para trazer as técnicas e idéias matemáticas fundamentais (principalmente aquelas desenvolvidas nas últimas décadas) a uma audiência maior. Necessitamos para isso a criação de uma nova geração de matemáticos profissionais capazes de trafegar entre matemática pura e ciência aplicada. A fertilização cruzada de idéias é crucial para a saúde tanto das ciências quanto da matemática. Vejamos um problema que pode ser usado em todos os níveis de escolaridade. Mapear o trajeto da casa para a escola. Perguntas como: Qual a representação gráfica do trajeto? Quanto tempo para percorrê-lo? Qual a distância percorrida? Qual a velocidade do percurso? Como encontrar trajetos alternativos? Que critérios usar para decidir entre vários trajetos possíveis? Através de exemplos simples, podemos trabalhar espaço e tempo, medidas e operações aritméticas, com a ajuda de uma calculadora. Uma vez aceita a calculadora sem restrições, estaria desfeito o nó górdio da Educação Matemática. Isto porque a calculadora sintetiza, na matemática, as grandes transformações de nossa era e a entrada de uma nova tecnologia em todos os setores da sociedade. Basta lembrar que, com a adoção do sistema de numeração indo-arábico na Europa, no século XIII, abriu-se toda uma nova organização mercantil. E dificilmente Newton teria avançado tanto sem as novas possibilidades que a invenção dos decimais e dos logaritmos abriu para os cálculos. Alguns admitem o uso das calculadoras, porém vêm as restrições, todas baseadas em idéias falsas, verdadeiros mitos na Educação Matemática. A incorporação de toda a tecnologia disponível no mundo de hoje é essencial para tornar a Matemática uma ciência de hoje. Vejamos algumas sugestões que podem colaborar para que a matemática se torne uma disciplina apreciada e útil na escola: • Integrar a Matemática ao mundo moderno, discutindo e analisando os problemas maiores da humanidade; • Recuperar o lúdico na Matemática. Quantas vezes num dia utilizamos uma calculadora ou algum instrumento que se assemelha a uma calculadora? Como: telefone, controle remoto, painel de elevador, e tantos outros. 6 - Videoconferência Tem como objetivo reunir alunos com habilidades similares. O objetivo da aprendizagem colaborativa é construir conhecimento coletivo e usar este conhecimento emergente para solucionar um problema. (Norton & Wiburg, apud Pequeno et al, p. 205) No caso específico da Educação a Distância (EAD), a videoconferência tem emergido como uma ferramenta com grande potencial para a promoção de formas dinâmicas de aprendizagem, uma vez que permite que pessoas, separadas e/ou impossibilitadas pela distância, ritmo de trabalho ou outros obstáculos possam interagir e trabalhar em tempo real, compondo um grupo dinâmico. Além de apresentar muitas vantagens como acesso a conhecimento de especialistas, promoção de ambiente interativo de aprendizagem, ampliação de oportunidades educacionais, contato visual em tempo real, os benefícios desse meio de comunicação interativo para a educação se traduzem em maior motivação, promoção de maior contato interpessoal, estímulo a formas de aprendizagem colaborativa, proporcionando oportunidades para que os mais experientes auxiliem os que têm menos experiência numa dada área. A aprendizagem colaborativa é destacada por autores como Norton e Wiburg. Segundo eles. As comunidades de aprendizagem não se encerram somente entre as quatro paredes de uma sala de aula tradicional. Em comunidades de aprendizagem, os alunos aprendem a aprender e não há um elemento central considerado o guardião do saber. As diretrizes gerais para a formação de professores no Brasil expressas na LDBEN 9.394/96, dedicam um capítulo específico à formação dos professores. Destaca os fundamentos metodológicos da formação: Art. 61. A formação de profissionais da educação, de modo a atender aos objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e às características de cada fase do desenvolvimento do educando, terá como fundamentos: – a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em serviços; – aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições de ensino e outras atividades. 7 - COMUNICAÇÃO → INFORMAÇÃO → CONHECIMENTO ↔ SABEDORIA O conhecimento, supostamente é adquirido primeiramente através do processo de comunicação existente no meio localizado, gerando informações ao mesmo. Através destas informações, poderemos adquirir ou não o conhecimento esperado. Isto nos leva a discorrer um pouco sobre a sabedoria. A sabedoria é desenvolvida através da vivência, e não exclusivamente pela inteligência. Envolve saber dispor do conhecimento e da ação de modo a trazer o máximo beneficio para os indivíduos. Se o conhecimento muitas vezes nos leva a uma postura arrogante, a sabedoria só se atinge a partir da humildade, podendo ser entendida em função da ação associada e no contexto e no momento específico desta ação, não podendo ser expressa em termos de regras, isto é, não pode ser generalizada, nem transmitida diretamente, sendo inseparável da realização pessoal daquele que busca o saber. Já a tecnologia da informação se traduz nas ferramentas tecnológicas utilizadas em um determinado meio (sistema), representada a partir da existência dos softwares, vídeo e teleconferências, bem como o uso da internet, Walton (1994). Existem várias criticas em relação à utilização dos computadores na escola, principalmente nos níveis da pré-escola e ensino fundamental, segundo Seltzer (1994). Para o autor, as máquinas devem ser consideradas como mero instrumento para uma porção de atividades úteis, mas que estas últimas não englobam seu uso na educação de matérias que não sejam a computação propriamente dita, pelo menos até as últimas séries do segundo grau. O autor comenta que o ensino apresenta um cenário ruim causado não pelo fator tecnológico, mas sim pelo fato de existir um inter-relacionamento humano, onde, deveria ser dada maior importância à relação aluno-professor, ou seja, para que essa relação fosse sensivelmente mais humana. menor esforço. Nenhuma dessas tecnologias é altamente relevante para a educação. As tecnologias que amplificam os poderes sensoriais do homem, contudo, sem dúvida o são. O mesmo é verdade das tecnologias que estendem a sua capacidade de se comunicar com outras pessoas. Mas, acima de tudo, isto é verdade das tecnologias, disponíveis hoje, que aumentam os seus poderes intelectuais: sua capacidade de adquirir, organizar, armazenar, analisar, relacionar, integrar, aplicar e transmitir informação. As tecnologias que grandemente amplificam os poderes sensoriais do homem (como o telescópio, o microscópio, e todos os outros instrumentos que amplificam os órgãos dos sentidos humanos) são relativamente recentes e foram eles que, em grande medida, tornaram possível a ciência moderna, experimental. As tecnologias que estendem a capacidade de comunicação do homem, contudo, existem há muitos séculos. As mais importantes, antes do século dezenove, são a fala tipicamente humana (conceitual), a escrita alfabética, e a imprensa (especialmente o livro impresso). Os dois últimos séculos viram o aparecimento de várias novas tecnologias de comunicação: o correio moderno, o telégrafo, o telefone, a fotografia, o cinema, o rádio, a televisão, o vídeo e mais recentemente o GPS. As tecnologias que aumentam os poderes intelectuais do homem, e que estão centradas no computador digital, são mais recentes, tendo sido desenvolvidas em grande parte depois de 1940. O computador vem gradativamente absorvendo as tecnologias de comunicação, à medida que estas se digitalizam. 8.1- Tecnologias na Educação Várias expressões são normalmente empregadas para se referir ao uso da tecnologia, no sentido visto, na educação. A expressão mais neutra, “Tecnologia na Educação”, parece preferível, visto que nos permite fazer referência à categoria geral que inclui o uso de toda e qualquer forma de tecnologia relevante à educação (“hard” ou “soft”, incluindo a fala humana, a escrita, a imprensa, currículos e programas, giz e quadro-negro, e, mais recentemente, a fotografia, o cinema, o rádio, a televisão, o vídeo e, naturalmente, computadores e a Internet). Não há porque negar, entretanto, que, hoje em dia, quando a expressão “Tecnologia na Educação” é empregada, dificilmente se pensa em giz e quadro-negro ou mesmo de livros e revistas, muito menos em entidades abstratas como currículos e programas. Normalmente, quando se usa a expressão, a atenção se concentra no computador, que se tornou o ponto de convergência de todas as tecnologias mais recentes (e de algumas antigas). E especialmente depois do enorme sucesso comercial da Internet, computadores raramente são vistos como máquinas isoladas, sendo sempre imaginados em rede – a rede, na realidade, se tornando o computador. Faz sentido lembrar aos educadores o fato de que a fala humana, a escrita, e, conseqüentemente, aulas, livros e revistas, para não mencionar currículos e programas, são tecnologia, e que, portanto, educadores vêm usando tecnologia na educação há muito tempo. É apenas a sua familiaridade com essas tecnologias que as torna transparentes (i.e., invisíveis) a eles. “Tecnologia na Educação” é uma expressão preferível a “Tecnologia Educacional”, pois esta parece sugerir que há algo intrinsecamente educacional nas tecnologias envolvidas, o que não parece ser o caso. A expressão “Tecnologia na Educação” deixa aberta a possibilidade de que tecnologias que tenham sido inventadas para finalidades totalmente alheias à educação, como é o caso do computador, possam, eventualmente, ficar tão ligadas a ela que se torna difícil imaginar como a educação era possível sem elas. A fala humana (conceitual), a escrita, e, mais recentemente, o livro impresso, também foram inventados, provavelmente, com propósitos menos nobres do que a educação em vista. Hoje, porém, a educação é quase inconcebível sem essas tecnologias. Segundo tudo indica, em poucos anos o computador em rede estará, com toda certeza, na mesma categoria. 8.2 - Educações à Distância - Aprendizagem à Distância e Ensino à Distância. Destas três expressões, a terceira é provavelmente a menos usada. Entretanto, é a única que é tecnicamente correta. Educação e aprendizagem são processos que acontecem dentro do indivíduo – não há como a educação e a aprendizagem ocorrer remotamente ou a distância. Educação e aprendizagem ocorrem onde quer que esteja a pessoa – e esta é, num sentido básico e muito importante, o sujeito do processo de educação e aprendizagem, nunca o seu objeto. Assim, é difícil imaginar como Educação a Distância e Aprendizagem a Distância possam ser possíveis, a despeito da popularidade dessas expressões. É perfeitamente possível, contudo, ensinar remotamente ou à distância. Isto acontece o tempo todo. São Paulo ensinou, à distância, os fiéis cristãos que estavam em Roma, Corinto, etc. – usando cartas manuscritas. Autores, distantes no espaço e no tempo, ensinam seus leitores através de livros e artigos impressos. É possível ensinar remotamente ou à distância através de filmes de cinema, da televisão e do vídeo. E hoje podemos ensinar quase qualquer coisa, a qualquer pessoa, em qualquer lugar, através da Internet. Assim, a expressão “Ensino a Distância” será usada neste artigo sempre que houver necessidade de se referir ao ato de ensinar, realizado remotamente ou a distância. Que a educação e a aprendizagem possam acontecer em decorrência do ensino é inegável, mas, como já argumentado, isto não nos deve levar a concluir que a educação e a aprendizagem que ocorrem em decorrência do ensino remoto ou à distância também estejam ocorrendo remotamente ou à distância. 8.3 - Aprendizagens mediadas pela Tecnologia A despeito de sua popularidade, Ensino a Distância não é a melhor aplicação da tecnologia na educação hoje. Este lugar deve ser reservado ao que pode ser chamado de Aprendizagem Mediada pela Tecnologia. Como mencionado, não há dúvida de que a educação e a aprendizagem podem ocorrer em decorrência do ensino. Mas também não há dúvida de que a educação pode ocorrer através da auto-aprendizagem, através daquela modalidade de aprendizagem que não está associada a um processo de ensino, mas que ocorre através da interação do ser humano com a natureza, com outras pessoas, e com o mundo cultural. Uma grande proporção da aprendizagem humana acontece desta forma, e, segundo alguns pesquisadores, esse tipo de Se a escola puder se reinventar e tornar-se um ambiente de aprendizagem desse tipo, ela pode sobreviver. Mas a Internet, a Web, correio eletrônico, bate-papos, discussões baseadas em texto (grupos de discussão), videoconferências, etc., precisarão estar no centro dela e se tornar parte de sua rotina. O que aqui é dito da escola aplica-se a escolas de todos os níveis, inclusive às universidades. 10 – Softwares para o Ensino da Matemática Software é uma sequência de instruções a serem seguidas e/ou executadas, na manipulação, redirecionamento ou modificação de um dado/ informação ou acontecimento. Exemplos de Softwares, que podem ser usados pra uma melhor aprendizagem dos alunos: GeoGebra: Criado por Markus Hohenwarter, o Geogebra é um software gratuito de matemática dinâmica que reúne recursos de geometria, álgebra e cálculo. Por um lado, o Geogebra possui todas as ferramentas tradicionais de um software de geometria dinâmica: pontos, segmentos, retas e seções cônicas. Por outro lado, equações e coordenadas podem ser inseridas diretamente. Assim, o Geogebra tem a vantagem didática de apresentar, ao mesmo tempo, duas representações diferentes de um mesmo objeto que interagem entre si: sua representação geométrica e sua representação algébrica. Winplot: Foi desenvolvido pelo Professor Richard Parris, por volta de 1985. É de simples utilização, pois os menus, são bastante amigáveis, existe ajuda em todas partes do programa e aceita as funções matemáticas de modo natural. Maple: é um sistema de álgebra computacional comercial de uso genérico. É frequente nos sistemas de álgebra computacional. A Maplesoft comercializa o Maple em versão profissional e versão estudantil. A diferença de preços é substancial. Cabri: é uma poderosa ferramenta para o estudo de Geometria. Permite criar e explorar figuras geométricas de forma interativa através da construção de pontos, retas, triângulos, polígonos, círculos e outros objetos. Algumas de suas principais características são: • Além da construção de pontos, retas, triângulos, polígonos e círculos, possibilita também a construção de cônicas; • Utiliza coordenadas cartesianas e polares, para atividades em Geometria Analítica; • Permite a criação de macros para construções que se repetem com frequência; • Diferencia os objetos criados, através de atributos de cores e estilos de linha; • Permite explorar transformações de simetria, translação e rotação; • Ilustra as características dinâmicas das figuras por meio de animações Gcompris: Coletânea com mais de 80 atividades, onde o aluno pode aprender cores, quantidades, além de desenvolver diversas habilidades como: raciocínio lógico-matemático, percepção, análise e síntese visual, associação, cores e iniciação ao computador. Childsplay: Suíte educacional com atividades de tabuada, conhecendo os animais, língua inglesa, letramento, quebra-cabeça, jogo de memória entre outras. Kbruch: Atividades com operações de soma, subtração, multiplicação e divisão de frações, fatoração, comparação de valores e conversão. KmPlot: Pode ser usado para desenhar as funções cartesianas, paramétricas e as funções nas coordenadas polares. Kpercentage: Atividades de porcentagem Kig: É o famoso plano cartesiano muito utilizado em desenho geométrico. TuxMath: Jogo para treinamento de matemática. Conclusão A utilização de novos métodos no ensino da matemática tem se mostrado de grande valia, uma vez que o ensino tradicional não está surtindo um efeito muito positivo, e grande parte dos alunos não gostam de matemática ou tem medo achando que é muito difícil, muitas vezes se deparam com professores carrascos e insensíveis que querem apenas passar conteúdo não se preocupando com o aprendizado do aluno. Surge a necessidade de se reformular o método, adotar novas maneiras de se ensinar a matemática, para que a mesma se torne mais atrativa e de melhor compreensão, como por exemplo a inserção das novas tecnologias como o uso de calculadoras, computadores, softwares, videoconferências, enfim, tornando o processo de aprendizado mais dinâmico e interessante.
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