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Engenharia de Qualidade - Trabalho sobre CUSTOS DA QUALIDADE, Trabalhos de Engenharia Química

Engenharia de Qualidade - Trabalho sobre CUSTOS DA QUALIDADE

Tipologia: Trabalhos

Antes de 2010

Compartilhado em 26/08/2009

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Baixe Engenharia de Qualidade - Trabalho sobre CUSTOS DA QUALIDADE e outras Trabalhos em PDF para Engenharia Química, somente na Docsity! Índice 1 INTRODUÇÃO................................................................................................................. 1 2 CLASSIFICAÇAO DOS CUSTOS DA QUALIDADE.................................................. 3 3 ............................................................................................................................................. 3.1 CUSTOS DA PREVENÇÃO.............................................................................................. 3 3.2 CUSTOS DA AVALIAÇÃO................................................................................................ 4 3.3 CUSTOS DAS FALHAS INTERNAS................................................................................ 5 3.4 CUSTOS DAS FALHAS EXTERNAS............................................................................... 5 4 PLANEJAMENTO DE UM PROGRAMA DE CUSTO............................................... 6 4.1 Apresentação e suporte da administração........................................................................... 6 4.2 Plano de implementação..................................................................................................... 7 4.3 Revisão com as áreas envolvidas........................................................................................ 8 4.4 Implementação.................................................................................................................... 8 5 COLETA E TABULAÇÃO DOS DADOS...................................................................... 10 5.1 Fonte de dados..................................................................................................................... 10 5.2 Método de coleta de dados.................................................................................................. 11 5.3 Tabulação dos dados........................................................................................................... 11 6 ANÁLISE DAS TENDÊNCIAS E AÇÕES CORRETIVAS.......................................... 11 6.1 Apresentação dos dados...................................................................................................... 12 6.2 Escolha das bases comparativas.......................................................................................... 12 6.3 Análise dos custos............................................................................................................... 12 6.4 Custo total........................................................................................................................... 13 6.5 Relação entre custo total e as categorias de custos............................................................. 13 6.6 Ações corretivas.................................................................................................................. 15 7 CONCLUSÃO................................................................................................................... 16 8 BIBLIOGRAFIA............................................................................................................... 16 INTRODUÇÃO O custo da qualidade passou por um excelente desenvolvimento, desde as noções dadas por Randfor em 1922, que afirmou que a expressão significava unicamente custo da inspeção, ao conceito atual, que leva em conta todas as etapas do Controle Total da qualidade, como define Feigenbaum. Os primeiros estudos sobre esse assunto foram feitos pelo Comitê dos Custos da Qualidade da ASQC, que deu origem a publicação “Quality Costs – What & How” em 1971. Essa publicação, que ainda hoje é usada para a implementação dos Custos da Qualidade em uma empresa, atende as seguintes finalidades: É um manual que orienta as empresas que desejam iniciar e manter um programa sobre Custos da Qualidade; Custos da Qualidade Normalização e Controle de Qualidade 1 Fornece aos usuários uma base, que permite uma certa liberdade na elaboração de seus próprios programas, os quais, naturalmente, deverão ser adaptados às suas específicas exigências; Encoraja os usuários a ampliarem as informações e técnicas sobre Custos da Qualidade com a incorporação de novas idéias e experiências adquiridas na sua aplicação. O que é qualidade e custos da qualidade? Qualidade é a conformidade à especificação de comportamento, desde que esta especificação esteja de acordo com as necessidades. “Qualidade é a adequação ao uso”. A realização dos níveis de qualidade prefixados não ocorrem acidentalmente: tudo deve ser planejado, medido e garantido e, evidentemente, isso custa dinheiro, além de envolver muitas áreas funcionais, tais como, marketing, projetos, suprimentos, produção, assistência técnica, etc. O maior objetivo de um Sistema de Custos da Qualidade é garantir a fabricação de produtos que satisfaçam aos clientes a um mínimo custo, contribuindo assim para maximizar os lucros da empresa. O sistema de Custos da Qualidade é um sistema de controle de custos separado, orientado para o produto, que cruza as linhas da organização departamental, resumindo em um único relatório informações não disponíveis, ou que podem estar dispersas em outros documentos e sob unidades diferentes (horas, quantidades, etc.). As principais razões de se adotar os custos da qualidade são: • Assegurar que cada tipo de despesa seja mantido dentro de limites predeterminados ou aceitáveis; • Assegurar que o volume de trabalho seja condizente com os benefícios dele advindos; • Assegurar que a ênfase correta seja colocada em cada uma das categorias dos Custos da Qualidade, possibilitando a identificação de áreas que devem ser atacadas prioritariamente, visando minimizar os custos totais. Benefícios dos Custos da Qualidade: • Redução do custo de fabricação; • Melhoria da gestão administrativa; • Diminuição de refugos; • Melhoria no planejamento e na programação das atividades; • Melhoria na produtividade; • Aumento do lucro. Disso pode-se perceber que o custo da Qualidade está intimamente ligado ao controle da qualidade; o controle da qualidade vai gerar custo, e estes são pequenos comparados aos benefícios que a implantação do sistema de custos da Qualidade traz para a empresa. Custos da Qualidade Normalização e Controle de Qualidade 2 Figura 2: Variação dos custos em função do grau de conformidade com a qualidade. CUSTOS DAS FALHAS INTERNAS São todos os custos gerados por produtos, componentes e materiais, que não atendam as especificações da qualidade, antes da sua entrega ao cliente. A apuração dos custos é feita pelos seguintes elementos: • Scrap/Re-trabalhos – perdas devido a scrap ou re-trabalhos necessários para que o produto atenda as especificações da qualidade; • Análise de falhas – custos envolvidos na análise de materiais, componentes ou produtos não conformes, para determinação das causas; • Reinspeção/reteste – custos resultantes de re-inspeções em produtos que apresentaram falhas inicialmente; • Desclassificação de produtos – diferença entre o preço normal de venda e o preço obtido devido às não conformidades apresentadas (produtos de segunda linha). CUSTOS DAS FALHAS EXTERNAS São os custos de produtos que não atenderam as especificações da qualidade, depois de entregues ao cliente. São classificadas da seguinte forma: • Análise de reclamações de clientes; • Garantia – todas as despesas geradas pela substituição de componentes ou produtos defeituosos durante o período de garantia; • Penalidades – normalmente abatimentos concedidos pelo não atendimento de padrões de desempenho especificados nos contratos de fornecimento. Devido os investimentos nas classes de prevenção e avaliação, os custos decorrentes das falhas internas e externas diminuem, conforme pode ser observado na Figura 3 a seguir: Figura 3: Variação dos Custos da Qualidade Normalização e Controle de Qualidade 5 custos decorrentes de falhas internas e externas em função do grau de conformidade com a qualidade. O somatório dos custos fornece a curva a seguir que mostra um ponto ótimo, o qual deve ser procurado com o objetivo de dar a ênfase adequada à elaboração e implementação de sistemas da qualidade. Figura 4: Variação do custo total em função do grau de conformidade com a qualidade. PLANE JAMEN TO DE UM PROG RAMA DE CUSTO O planejamento de um programa de custo se divide em várias partes: 1) Apresentação e suporte da administração Para construir um sistema de custo eficiente, é necessário o apoio da direção da empresa, a fim de que o mesmo possa ser aceito por todos os níveis da organização. Portanto, é interessante: • Adequar-se a linguagem oficial da empresa, à qual os Custos da Qualidade vão se referir; • Dispor de um instrumento cujos detalhes possam ser de efetiva utilidade aos usuários; Custos da Qualidade Normalização e Controle de Qualidade 6 • Integrar as variações econômicas sobre o andamento gesticional no relatório às gerências superiores, permitindo uma verificação com relação à contabilidade do exercício. Como os Custos da Qualidade perfazem um índice razoável (7% do custo das vendas para a indústria mecânica comum), cada melhoramento significativo do custo pode levar a um substancial lucro líquido para a empresa. Isso é muito importante para que a direção geral perceba que este instrumento é uma das melhores ferramentas para o gerente moderno, e daí para oferecer seu apoio e suporte a implantação é um passo. 2) Plano de implementação A seguir alguns passos que são seguidos numa implementação de Custos da Qualidade. • Apresentar os conceitos do Sistema de Custos da Qualidade; • explicar os objetivos, categorias e elementos dos Custos da Qualidade; • mostrar resultados obtidos em outras empresas; • procurar obter o envolvimento de todos os órgãos da empresa; • Selecionar e definir os elementos dos Custos da Qualidade; • os elementos devem ser adequados a sua empresa e ao seu ramo de atividade; • trocar idéias com os outros setores envolvidos; • aceitar sugestões. • Estabelecer as fontes de dados; • adotar ao máximo possível os dados da contabilidade; • se estes dados não estiverem disponíveis, devem ser utilizados dados próprios. • Fazer impressos para coleta de dados; - elaborar esses impressos de modo que o seu preenchimento seja o mais simples possível, para facilitar também sua posterior tabulação; • Rever os impressos com os setores envolvidos; • Explicar aos interessados como preencher os impressos; • Obter dados por um período (1 mês por exemplo) e revisá-los com cada setor envolvido; • tirar as dúvidas que possam ter ressurgido; • certificar que os dados da contabilidade contenham todas as informações concordadas. • Definir medidas relativas dos Custos de Qualidade; Custos da Qualidade Normalização e Controle de Qualidade 7 Figura 6: Custos e benefícios em função do esforço empregado no Programa da Qualidade. COLETA E TABULAÇÃO DOS DADOS 1) Fonte de dados A grande maioria dos dados necessários para o cálculo dos Custos da Qualidade pode estar disponível na empresa, no setor de contabilidade ou nos demais setores; porém quase sempre não estão na forma adequada, por isso devem ser desenvolvidos alguns formulários para a coleta desses dados, tomando-se o cuidado de que sejam sempre compatíveis com o sistema contábil já existente e tanto quanto possível que sirvam a ambas as finalidades. O departamento de controle da qualidade deve definir os componentes desejados juntamente com departamento de contabilidade, e depois deixar para que os últimos os comuniquem adequadamente. Podem servir de fonte de dados: • Relatório de contas por departamento; • Relatório de despesas de fabricação; • Relatório de refugos; • Relatórios de recuperação e retalhos; • Controle de horas gastas nas atividades ligadas a qualidade; • Relatório de despesas com garantia. Estimativas só devem ser usadas como último recurso. Custos da Qualidade Normalização e Controle de Qualidade 10 2) Método de coleta de dados Na fase de preparação é preciso analisar e ordenar todos os documentos encontrados eliminado o desnecessário. As informações existentes devem ser colocados de acordo com a linguagem oficial. Existem vários métodos para a coleta desses dados. Todos, porém, implicam em trabalho, em imaginação e num bom conhecimento dos métodos já adotados pela empresa, principalmente o contábil. 3) Tabulação dos dados Os dados podem ser tabulados manualmente ou pelo computador, segundo um esquema pré-estabelecido. Após completada a coleta de informações de custo, estas devem ser colocadas em um relatório. Um exemplo dos mais simples é mostrado a seguir: Tabela 1: Exemplo de um relatório de custo da qualidade. RELATÓRIO DO CUSTO DA QUALIDADE Elemento de Custo Trimestre Total Ano % do Total 1º 2º 3° 4° Planejamento Qualidade 42 40 45 41 168 10 Treinamento 5 8 5 10 28 2 Programa de Motivação 3 4 1 3 11 1 Total Prevenção 50 52 51 54 207 13 Inspeção Recebimento 20 23 21 25 89 6 Controle Fabricação 40 42 40 45 167 10 Ensaio Final 80 71 84 75 310 20 Aferição MM 10 12 15 10 47 3 Total Avaliação 150 148 160 155 613 39 Retrabalho 35 18 20 25 98 6 Scrap 10 6 11 10 37 2 Outros 5 6 4 5 20 2 Total Falhas Internas 50 30 35 40 155 10 Garantia 120 110 140 160 530 33 Outros 30 20 15 20 85 5 Total Falhas Externas 150 130 155 180 615 38 Total Falhas 200 160 190 220 770 48 Total Custo Qualidade 400 360 401 429 1590 100 ANÁLISE DAS TENDÊNCIAS E AÇÕES CORRETIVAS Custos da Qualidade Normalização e Controle de Qualidade 11 1) Apresentação dos dados Para que os custos da Qualidade possam ser um bom instrumento, é necessária a apresentação de dados de forma clara e concisa (relatórios). Os relatórios são apresentados por um esquema pré-estabelecido, normalmente dividido por linha de produto, departamentos e área de produção. Além dos dispêndios monetários, apresenta a incidência percentual dos custos com relação às bases comparativas escolhidas (ex.: custo de fabricação, fatura, etc.). 2) Escolha das bases comparativas Faz-se necessária uma comparação com no mínimo três bases porque os Custos da Qualidade sozinhos não trazem uma informação significativa. Estas bases devem refletir o desempenho da empresa de diferentes pontos de vista, de modo a serem indicadores de alterações ocorridas no ramo de atividades. As bases escolhidas podem ser: • custo de mão-de-obra; • custo de fabricação; • faturamento líquido, volume de vendas, ou valor de produtos transferidos para estoque; • número de unidades produzidas. As bases comparativas escolhidas devem ser consistentes no decorrer do tempo. Ajustes devem ser feitos quando as mesmas são afetadas por alterações profundas. Por exemplo: • Custo de mão de obra é reduzido através de automação; • Custo da produção pode ser afetado por automação, redução no custo de materiais e melhoria de métodos e processos; • Volume de vendas pode ser afetado por efeitos econômicos, fator de lucro e sazonalidades. 3) Análise dos custos Consiste basicamente em: Custos da Qualidade Normalização e Controle de Qualidade 12 • A região de melhoria é caracterizada por custos de falhas acima de 70% e custos de prevenção abaixo de 10% do Custo total da Qualidade; • A zona de operação é caracterizada por custos de falhas e de prevenção em torno de 50 e 10% respectivamente; • A zona de perfeccionismo é caracterizada por custo de falhas menores que 40% e de avaliação acima de 50%. Esses valores podem variar muito de acordo com o tipo de indústria. Veja a seguir alguns Custos da Qualidade para alguns tipos de indústrias. Custos da Qualidade: Indústria Tipográfica PERDAS DEVIDO A FALHAS DE QUALIDADE Custo ($) Horas paradas da prensa 435.000 Correção dos tipos 320.000 Resíduos de encadernamento 73.000 Revisão da placa 40.500 Resíduos na confecção da capa 56.000 Rematura por reclamação do cliente 40.000 Total 964.500 Despesas de inspeção Conferência de prova 729.000 Outras verificações e inspeções 64.000 Total 793.000 Despesas de prevenção Planejamento da qualidade 12.000 Projetos de melhoria da qualidade 23.000 Total 35.000 Custo total da qualidade 1.792.500 Custo da qualidade: Indústria Química Categoria dos custos da qualidade Custo anual da qualidade ($) Retrabalho 48.808 Resíduos 9.678 Retestes 6.900 Processamento de formulários de rejeição 1.860 Reclamações dos clientes 320 Total 67566 6) Ações corretivas Custos da Qualidade Normalização e Controle de Qualidade 15 A eficácia das providências tomadas deve ser controlada periodicamente por relatórios de conclusões, que não devem se limitar a um simples confronto de dados, devem ser uma avaliação crítica das variações dos níveis de produção, dos custos dos materiais, da mão-de-obra e das despesas gerais. Para que as ações atinjam seus objetivos é importante: • Fazer com que todas as pessoas envolvidas estejam cientes do problema e das causas do mesmo; • Motivar as pessoas para resolução de problemas; • Planejar e executar averiguação lógica do problema com a colaboração dos outros órgãos envolvidos, até a obtenção de uma solução adequada; • Fazer acompanhamento da ação corretiva tomada. CONCLUSÃO O mundo busca hoje a produtividade e a qualidade como jamais o fez em todos os tempos. Nesta tarefa de ganhar desafios verifica-se que os desperdícios, os defeitos e a ineficiência não encontram mais espaço na vida moderna, ou seja, a Qualidade Total ou quase total é a chave para o sucesso de qualquer empreendimento. O custo da qualidade é o caminho que leva a grande melhoria da qualidade, pois utiliza uma linguagem adequada ao entendimento da alta administração, demonstra que a qualidade não gera custos adicionais, mas que através dela os custos podem ser reduzidos e os resultados melhorados continuamente. BIBLIOGRAFIA Custos da Qualidade Normalização e Controle de Qualidade 16 [1] ROBLES, A. Jr. Custos da qualidade: Uma estratégia para a competição global. São Paulo: Atlas, 1994. [2] INSTITUTO BRASILEIRO DE PETRÓLEO. Guias para a garantia da qualidade: Conceitos básicos. 3 ed. Rio de janeiro: Vitória, 1998. [3] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CONTROLE DA QUALIDADE. Preparação para os exames de certificação. São Bernardo do Campo: Associação Brasileira de controle da Qualidade. V-2. Cap. 9. [4] FEIGENBAUM, A. v. Total quality control. 3 ed. New York: McGram-Hill, 1986. [5] JURAN, J. M., GRYNA, F.M. Controle da qualidade handbook: conceitos, políticas e filosofia da qualidade. São Paulo: McGraw-Hill e Makron Books do Brasil, 1991. v.1. Custos da Qualidade Normalização e Controle de Qualidade 17
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