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Guias e Dicas
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dimensão histórica da química, Notas de estudo de Química

panorama histórico da ciência química PCN

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 12/08/2009

leandro-rocha-14
leandro-rocha-14 🇧🇷

4.8

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Baixe dimensão histórica da química e outras Notas de estudo em PDF para Química, somente na Docsity! Dimensão histórica da ciência Química Para iniciar as discussões sobre a importância do ensino de Química, a princípio considera-se essencial resgatar fatos importantes sobre a história do conhecimento químico. Já no período Paleolítico o homem exibe uma habilidade surpreendente ao dominar o fogo para contribuir no melhoramento das suas atividades rotineiras, tais como no cozimento de alimentos, na proteção contra o inverno rigoroso da época, enfim, todos os benefícios que o calor e o controle do fogo podem conferir. Inicialmente o homem conheceu a extração, a produção e o tratamento de metais como cobre, bronze1, ferro e o ouro. Na cultura ocidental, os gregos da Era Clássica foram os primeiros a propor teorias de natureza meramente especulativa (filosófica) sobre a composição da matéria. A revolução científica que ocorreu no ocidente, em particular na Europa, se deu em função do intenso desenvolvimento do modo de produção capitalista, os interesses econômicos da classe dominante, a lógica de relações de produção e as relações de poder que marcaram esse sistema produtivo. Do século III da era cristã até o final da Idade Média, a Alquimia, um misto de magia, ciência e religião, desenvolveu-se simultaneamente entre os árabes, egípcios, gregos e chineses. Os alquimistas buscavam o elixir da longa vida (vida eterna) e a pedra filosofal, que tinha a incrível capacidade de transformar qualquer metal em ouro. Clandestinamente os textos alquímicos se difundiram por toda a Europa. No final do século XIV e início do XV, a decadência do Feudalismo que ocorreu em conseqüência das rápidas aglomerações urbanas, resultou em desequilíbrios na demografia (população), além de problemas relacionados ao trabalho. A burguesia, como classe social emergente, começou a interferir no processo produtivo e a comandar a reestruturação do espaço e do processo de produção. Como conseqüência desse conturbado momento histórico, houve a preocupação com a relação da mão-de-obra produtiva e os estudos sobre substâncias minerais para a cura de doenças. Na transição dos séculos XV-XVI, estudos desenvolvidos pelo suíço Paracelso, conduziram ao surgimento da Iatroquímica2. Seu emprego era meramente terapêutico, com um detalhe: Paracelso fazia uma espécie de mistura entre ciência3 e religião. O século XVII foi marcado por inúmeras transformações. Em especial, a criação de grandes universidades em cidades como Paris, Londres, Berlim, etc. Robert Boyle, um dos integrantes da Royal Society4, divulgou seus trabalhos recebendo fortes críticas dos adeptos da chamada Filosofia Natural, uma vez que eles consideraram sua pesquisa meramente especulativa e intuitiva. Neste mesmo século ocorreu a tão esperada Revolução Química: é a ascensão da Química ao fórum das Ciências. O século XVIII, marcado pelo incessante desenvolvimento da experimentação conduziu a descoberta e isolamento de muitos elementos químicos. A Revolução Industrial expandiu o modo de produção capitalista; uma das conseqüências dessa expansão foi o desenvolvimento da indústria química. O químico do século é o francês Lavoisier5. Com a publicação do seu Tratado Elementar da Química todo o conhecimento químico acumulado até então, de uma forma desorganizada, adquire uma linguagem universal e sistemática, onde qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo pode aprender Química. É a partir daí que a Química torna-se popular no ranking das Ciências. O século XIX foi o período no qual a Ciência Moderna se consolidou e passou a deixar marcas na caminhada da humanidade. John Dalton propôs a primeira Teoria Atômica, onde ele afirmou que átomo é o menor constituinte da matéria. Ainda no início do século, o químico alemão F. Wöhler sintetizou a uréia, a partir do simples aquecimento do cianato de amônio, derrubando a Teoria do Vitalismo6, teoria vigente até então, provando que é possível sim produzir compostos orgânicos em laboratório. É a partir deste fato que mais áreas vão surgindo na Ciência, em particular na Química. Os interesses da indústria da segunda metade do século XIX impulsionaram pesquisas e descobertas sobre o desenvolvimento químico; entre eles, a criação do primeiro plástico artificial, chamado de celulóide, bem como o rayon, a primeira fibra artificial patenteada por Louise Marie Chardonett, introduzindo a Química Sintética. Estas descobertas originaram-se somente nas indústrias e não nas instituições de pesquisa e ensino, como poderíamos supor. Isso porque os setores de produção industrial e cientifica não apresentavam interesses em comum com o Estado. No século XX, com o esclarecimento da estrutura atômica, foi possível entender melhor a constituição e a formação das moléculas, em particular a do DNA6. Além dos benefícios, o desenvolvimento da ciência também traz prejuízos. Estes somados as intervenções do Estado e interesses econômicos conduziram a eclosão das duas Grandes Guerras Mundiais do mesmo século. Daí surge o paradoxo da Revolução Científica, que ao mesmo tempo contribui com os avanços da humanidade e com a sua eventual destruição. Na segunda metade do século, as pesquisas sobre o átomo foram ainda mais intensificadas em busca de desvendar suas características. O bombardeio de núcleos com partículas aceleradas conduziu à produção de novos elementos químicos. Desde o final do século, passamos a conviver com a crescente miniaturização dos sistemas de computação, com o aumento de sua eficiência e ampliação no seu uso, o que constitui uma era de transformação na ciência, que vem modificando algumas maneiras de viver. Seminário apresentado à disciplina de Instrumentação Para o Ensino de Química I (disciplina que faz parte da grade do segundo ano de graduação em Química com habilitação em Licenciatura), abordando a dimensão histórica da ciência Química, ministrada pela Prof.ª Dra. Maria Aparecida Rodrigues, na Universidade Estadual de Maringá. Junho/2009. Acadêmicos: Leandro Rocha, André Cazetta, Brenno Ralf, Eliza Rotta. 1Bronze é o nome com o qual se denomina toda uma série de ligas metálicas que tem como base o cobre e o estanho e proporções variáveis de outros elementos como zinco, alumínio, antimônio, níquel, fósforo, chumbo entre outros com o objetivo de se obter características superiores a do cobre.
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