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Guias e Dicas
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Manual de Arorização Urbana, Manuais, Projetos, Pesquisas de Ciências Biologicas

Principais regras para se fazer Arborização Urbana e técnicas de poda.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

Antes de 2010

Compartilhado em 23/01/2008

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joyce-de-araujo-costa-6 🇧🇷

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Baixe Manual de Arorização Urbana e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Ciências Biologicas, somente na Docsity! ESTÃO e e Sumário Apresentação | 5 Introdução | 7 A Transformação do Ambiente Natural em Urbano |g Os Benefícios da Arborização | 10 Redução da Temperatura |10 Redução da Poluição Urbana | 10 Redução dos Ruídos | 10 O Quanto Vale uma Árvore | 11 Quais Espécies Utilizar | 12 Espécies a Utilizar para Redução da Poluição | 12 Espécies a Utilizar em Estacionamentos | 14 Canteiros Centrais [15 Corredores de Fauna | 16 Espécies Nativas do Rio Grande do Sula Utilizar em Arborização Urbana | 17 Espécies Nativas de Pequeno Porte |18 Espécies Nativas de Médio Porte | 20 Espécies Nativas de Grande Porte | 22 Palmeiras Nativas do Rio Grande do Sul para Uso em Arborização | 25 Espécies que não Devem ser Utilizadas | 26 Plantio | 27 Parâmetros para Implantação de Arborização em Calçadas | 28 Como Realizar a Poda 30 Poda de Formação | 31 Poda de Manutenção | 31 Poda de Segurança | 32 Dendrocirurgia | 35 Destino dos Resíduos da Poda | 35 AVisão e os Benefícios do Manejo Integrado | 37 Legislação | 38 Referências Bibliográficas | 39 Ficha Técnica l so A Transformação do Ambiente Natural em Urbano | Antes da existência dos centros urbanos, onde hoje eles se erguem, o ambiente era composto por florestas, campos e cursos d'água. Em conjunto e convivendo harmoniosamente com a vegetação, a água e outros elementos naturais, existiam inúmeros animais silvestres. Atualmente, a maioria da população mora em cidades, obedecendo a um movimento de concentração que somente tende a crescer. Isto acarretou algumas modificações ao sistema natural, como a impermeabilização do solo por pavimentação e construções, a utilização maciça de materiais como concreto, vidro, ferro, asfalto e cerâmica, a redução drástica da cobertura vegetal e o aumento da poluição atmosférica, hídrica, visuale sonora. Como consegiiência, o padrão do ambiente urbano tornou-se muito inferior àquele necessário para dar condições de vida humana mais adequadas. Entretanto, se o processo de urbanização é irreversível, o que se deve buscar é tornar este ambiente urbano o mais próximo possível do ambiente natural, compatibilizando o desenvolvimento com a preservação ambiental e proporcionando uma melhor qualidade de vida à população do município. Os Benefícios da Arborização o Arborizar uma cidade não significa apenas plantar árvores em ruas, jardins e praças, criar áreas verdes de recreação pública e proteger áreas verdes particulares. Além disso, a arborização deve atingir objetivos de ornamentação, melhoria microclimática e diminuição da poluição, entre outros, como se pode verificar a seguir. Redução da Temperatura As árvores e outros vegetais interceptam, refletem, absorvem e transmitem radiação solar, melhorando a temperatura do ar no ambiente urbano. No entanto, a eficiência do processo depende das caracteristicas da espécie utilizada, tais como a forma da folha, a densidade foliar e o tipo de ramificação. O vento também afeta o conforto humano e seu efeito pode ser positivo ou negativo, dependendo grandemente da presença de vegetação urbana. No verão, a ação do vento, retirando as moléculas de água transpiradas por homens e árvores, aumenta a evaporação. No inverno, significa um aumento do resfriamento do ar. Redução da Poluição Urbana As árvores no ambiente urbano têm considerável potencial de remoção de partículas e gases poluentes da atmosfera. No entanto, a capacidade de retenção ou tolerância a poluentes varia entre espécies e mesmo entre indivíduos da mesma espécie. Algumas árvores têm a capacidade de filtrar compostos químicos poluentes, como o dióxido de enxofre (SO ), o ozônio (O ) eo flúor. Mesmo considerando-se que as árvores podem agir com eficiência para minimizar os efeitos da poluição, isso só será possivel por meio da utilização de espécies tolerantes ou resistentes. Os danos provocados pela poluição atmosférica podem ser muito significativos, dependendo principalmente das espécies utilizadas e dos indices de poluição. Redução dos Ruídos O nível de ruído excessivo nas cidades, provocado pelo tráfego de veículos e por diversas outras fontes, afeta psicológica e fisicamente as pessoas. A presença das árvores reduz os níveis da poluição sonora ao impedir que os ruídos e barulhos fiquem refletindo continuamente nas paredes das casas e edifícios, causando uma sensação de um som permanente, similar ao que sentimos ao falar numa sala vazia, sem móveis. Isto é, as árvores e suas folhas contribuem para absorver a energia sonora fazendo com que os sons emitidos desapareçam rapidamente. O Quanto Vale uma Árvore Pode-se atribuir às árvores um valor sentimental, cultural ou histórico. Alguns deles são valores subjetivos, difíceis, portanto, de quantificar. A maioria das pessoas considera o fator estético como o principal valor da arborização urbana, em virtude da aparência das árvores ser direta e imediatamente perceptível, ao contrário dos demais benefícios. As alterações que as árvores sofrem em função das estações do ano fazem com que estas se apresentem ora com flores, ora com folhas ou sem folhas. Estas modificações são importantes pela renovação da paisagem urbana. Elementos como textura, estrutura, forma e cor, inerentes às árvores, alteram o aspecto da cidade, quebrando a monotonia e a frieza típica das construções. Outras qualidades que podem ser atribuídas às árvores urbanas são seu poder de interferir em microclimas e de reduzir a poluição, os ruídos e a temperatura. A estes atributos, associam-se as contribuições sociais, que podem ser definidas como a saúde física e mental do homem, as opções de recreação propiciadas pela arborização e o aumento do valor das propriedades em função da existência de árvores ou áreas verdes. Por este conjunto de razões, é difícil estimar quanto vale uma árvore, mas a Associação Americana dos Engenheiros Florestais realizou um estudo comparativo que chegou a um valor estimado de US$ 273/árvore/ano. Considerando-se um tempo de vida de so anos e umataxa de juros de 5% ao ano, o valor de uma árvore urbana chega à incrível marca de US$ 57.151. Embora possam ser discutiveis estes valores, os custos de produção e manutenção de uma árvore somados aos seus custos ambientais poderão servir de bases para aplicação de multas pelas prefeituras. A seguir, apresenta-se tabelas com a denominação de espécies indicadas para a redução da poluição: Pequeno Porte com Folhagem Permanente [Ceia rio Nome científico EE uefa ETo Quaresmeira Tibouchina granulosa Pivotante Quaresmeira —Tibouchinasellowiana Pivotante Chalchal Allophylus edulis | Pivotante “Araçã CO Psidium cattleyanum CC Pivotante Chuva-de-ouro o Cassia multijuga — Pivotante Médio Porte com Folhagem Semi-caduca Nome comum Nome científico Sistema radicular Guabiroba-de-folha-miúda Campomanesig rhombea Fasciculado cocão Enythroxylum argentinum Fasciculado Manaça-da-serra Tibouchina mutabilis Pivotante Vitex montevidensis Pivotante Tarumã-preta . “Feijoa sellowiana o Pivotante “Goiabeira-da-serra Médio Porte com Folhagem Permanente Nome comum [Pu teR a es efi tao) Sistema radicular Goiabeir. Psidium guayava Pivotante Sibipirun Coesalpinia peitophoroides o Pivotante Grande Porte com Folhagem Semi-caduca Nome comum Nome científico Sistema radicular Guabiroba Campomanesia xanthocarpa Fasciculado Cam boatá-vermelho o Cupania vernalis o = Pivotante Maria-preta Diospyrus inconstans Fasciculado “Camboatá-branco Matayba elacagnoides o Fasciculado Grande Porte com Folhagem Permanente [a Cet ut Nome científico Sistema radicular — Suajuvira Patagonula americana Pivotante Aguai Pouteria gardneriana | Pivotante Aguai-folha-de-salso Pouteria salicifolia Pivotante — Catiguá Trichiliaclauseni Pivotante Açoita-cavalo — Luehea divaricata | Fasciculado o o Louro-preto Chordia ecalyculata Pivotante louro Chordiatrichotoma Pivotante “Caroba o Jacarandamicrantha Fasciculado | o Espécies a Utilizar em Estacionamentos Se q objetivo é arborizar locais de estacionamento de veículos, deve-se utilizar espécies que proporcionem sombra, mas que não tenham frutos grandes, que possam causar danos aos veículos, folhas caducas de grande tamanho e outras características que dificultem o trânsito dos veículos. Para estacionamentos, são indicadas as espécies abaixo: Nome comum Nome científico Persistência foliar Açoita-cavalo Luehea divaricata Co Caducifólia Melua Senna multijuga Caducifólia - Angelim-bravo * Lonchocarpus campestris Caducifólia Angico-vermelho Porapiptadenia rigida Semi- caducifólia “Aroeira-pririquita Schinusmolle Perenifólia Bartimão “Cassia leptophylla Perenifólia Camboatá- vermelho Cupania vemalis “ Perenifólia o Canafístula Peltophorum dubium | Perenifólia Canela-amarela o — Nectranda rigida o Es aê fólia Canela-do-brejo Machaerium stipitatum. Perenifólia “ Canela-ferrugem Nectrandarigida Caducifólia Capororoca Rapanea umbellata o Perenifólia *Came-de-vaca Styraxleprosus Perenifólia “Carvalho-brasileiro o “Roupala brasiliensis Caducifólia mM Catiguá — Trichilioclausenil Perenifólia Cedro Cedrella fissis Cad ucifólia “Corticeira-da- serra. — Erythrinafalcota Caducifólia o Grápia Apuleialeiocapa — — Caducifólia — Guaj uvira * Patagonula americana Caducifólia Ingá- -fe ijão O Inga marginata Perenifólia Ingá- macaco | o Inga sessilis CC Perenifólia o o Ingazeiro o * Lonchocarpus sericeus Perenifólia Marmeleiro- do» mato Ruprechtia laxiflora o “Caducifólia — Paubrasil — Coesalpiniaechinata — perenifólia — Pauferro Caesalpinia ferrea Caducifólia Quaresmeira Tibouchina granulosa * Perenifólia — Rabo- de-bugia “Lonchocarpus muehibergiana Perenifólia — Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides Perenitólia Timbó. Ateleia glazioviana o Perenifólia Canteiros Centrais Na arborização de canteiros centrais pode-se utilizar espécies de grande porte, se o canteiro tiver grandes. dimensões (mais de q metros de largura), ou então espécies colunares, como as palmeiras. Estas últimas se apresentam de forma adequada para este fim, além de servirem como referência aos condutores de automóveis. Sempre que possível, deve-se utilizar espécies nativas, mas se estas não estiverem disponíveis, pode-se utilizar espécies exóticas adaptadas. Parâmetros para Implantação de Arborização em Canteiros Centrais * Quando se tratar de palmeiras Largura E — 2metros ER — 2metros — som 2 a 3 metros o — sem 2a ametros | com Aramevo em “3a 4 metros com 4 metros | sem me com. Palmeiras para Uso em Arborização Euro Nome científico Local de plantio Calçadas e/ou Canteiros Centrais Palmeira-real- da- Austrália B utiazeiro Tamareira Robeline “Palmeira imperial * Gerivá “Palmeira cabeluda Buriti. palito * Tamareira-das-canárias Espécie Porte (P,M,G) Sistema Radicular no PO Pivotante PMMG Pivotante IR o o Pivotante E Pivotante/ |Fasciculado* P Pivotante PM “Pivotante/Fasciculado P,M,G Pivotante/ Fasciculado Archanophoenix cunninghamiana Butia capiata Phoenix canariensis Phoenix dactylifera — * Phoenix roebelinii Roystonea oleracea Sabal | plametto Trithrinax brasiliensis * Washingtonia robusta Goiabeira Psidium guayava MYRTACEAE setembro novembro Semidecidua Aroeira-periquita Sehinus molle ANACARDIACEAE setembro /novembro Perene Aroeira-vermelha Sechinus molle ANACARDIACEAE agosto /novembro Perene Camboim Myrciaria tenella MYRTACEAE novembro /dezembro Semidecídua Espécies Nativas de Pequeno Porte Angiquinho Calliandra selloi MIMOSACEAE todo o ano Perene Ipê-amarelo Tabebuia chrysotrica BIGNONIACEAE agosto setembro Decídua Corticeira-do-banhado Erythrina cristagalli PAPILHONOIDEAE setembro /dezembro Decídua Pitangueira Eugenia uniflora MYRTACEAE agosto /novembro Semidecidua Caúna Hex brevicuspis AQUIFOLIACEAE setembro janeiro Perene Araçá Psidium cattleyanum MYRTACEAE junho /dezembro Semidecídua Cancorosa Prunus sellowii CELESTRACEAE setembro/janeiro Perene Chal-chal Allophylus edulis SAPINDACEAE novembro / dezembro Semidecidua Espécies Nativas de Médio Porte Açoita-cavalo Luehea divaricata TILIACEAE novembro /dezembro Semidecidua Timbaúva Enterolobium contortisiliguum MIMOSOIDEAE setembro/novembro Decídua Guajuvira Patagonula americana BORAGINACEAE setembro /novembro Decidua Canela-amarela Nectandra lanceolata LAURACEAE setembro/ dezembro Semidecidua Canela-do-brejo Nectandra leucothyrsus LAURACEAE janeiro /abril Perene Guapuruvu Schizolobium parahyba CAESALPINOIDEAE agosto /novembro Decídua Pinheiro Araucaria angustifolia ARAUCARIACEAE setembro /outubro Perene Jaboticabeira Myrciaria trunciflora MYRTACEA janeiro /fevereiro Perene Podocarpus Podocarpus lombertii PODOCARPACEAE setembro /outubro Perene Paineira Chorisia speciosa BOMBACACEAE dezembro abril Decidua Palmeiras Nativas do Rio Grande do Sul para Uso em Arborização Butiazeiro Butia eriospatha PALMAE outubro /janeiro Perene Gerivá Palmito Syagrus romanzoffianum Euterpe edulis PALMAE PALMAE setembro/março setembro/outubro Perene Perene Ruas e passeios estreitos: *Não se deve arborizar. “Se houver afastamento entre a construção e o passeio, plantar dentro do lote, com autorização do proprietário. “Escolher sempre as espécies de pequeno porte. Ruas estreitas com passeios médios: “Plantar apenas do lado onde não houver fios. “Plantar espécies de porte médio. Ruas largas e passeios estreitos: “Plantar apenas do lado onde não houver fios, a 50 cm fora do passeio. “Plantar espécies de pequeno porte. Ruas estreitas e passeios largos: “No lado com fios plantar espécies de pequeno porte. “No lado sem fios plantar espécies de porte médio ou grande. Ruas largas e passeios largos com recuo nos dois lados e fiação elétrica: * No lado com fios plantar espécies de pequeno porte. * No lado sem fios plantar espécies de grande porte. Ruas largas, passeios médios: “No lado sem fios, plantar espécies de médio ou grande porte. “No lado com fios, plantar espécies de pequeno porte. 8.00 2 3.00 7 - Ruas largas e passeios largos * No lado com fios plantar espécies de pequeno porte. * No lado sem fios plantar espécies de médio ou grande porte. 8 - Ruas largas e passeios largos: “No lado sem fios, plantar espécies de médio ou grande porte. “No lado com fios, plantar espécies de pequeno porte. 9 - Ruas largas e passeios largos sem fiação elétrica: * Plantar espécies de grande porte nos dois lados. (Jo 400 Largura (m) Menor ou igual Recuo de Jardim Rede Aérea sem com is com sem com com sem com Espécie (porte) não arborizar pequeno pequeno pequeno pequeno e médio pequeno médio e grande — — pequeno. peq., médio e grande pequeno Como Realizar a Poda A poda das árvores urbanas é uma prática constante, seja para proporcionar mais vitalidade às árvores, seja por questões de segurança ou mesmo simplesmente por estética. Esta prática consiste na retirada de ramos, galhos ou mesmo de parte das raízes. O período para a realização da poda no Rio Grande do Sul é o inverno, no período de latência da vegetação, a menos que a espécie a ser podada seja caducifólia, a qual deverá ser podada na primavera, pois neste período já recobrou as folhas, o que torna possível a identificação dos ramos secos, doentes ou danificados. A prática da poda inicia-se ainda no viveiro, com o objetivo de direcionar o desenvolvimento da copa contra a tendência natural do modelo arquitetônico da espécie. Isto é feito para compatibilizar a árvore com os espaços urbanos ou para promover sua conformação estética. Este tipo de poda é chamado de poda de formação. Após alcançado o objetivo da configuração arquitetônica da MM “48 copa, as árvores necessitam de cuidados, como a retirada É Í de galhos secos e a eliminação de focos de fungos da % a) ou plantas parasitas. Então, é realizada a poda a de manutenção. Mesmo após estes procedimentos podem ocorrer alterações do ambiente urbano que demandem a realização de outra modalidade, a poda de segurança, com o objetivo de prevenir acidentes. Para entender melhor o processo é preciso imaginar a estrutura de uma árvore, suas características, como forma da copa, galhos, folhas e outros. O conhecimento prévio da arquitetura das espécies que se pretende utilizar em arborização é fundamental para DRA j : o seu planejamento, reduzindo os custos E 2 É de manutenção e melhorando a vitalidade das árvores. Espécies Nativas de Médio Porte Nome comum Nome científico tuas — Chatchal Allophylusedulis Baixa Pata-de-vaca Bauhinia candicans Alta " Gojabeira-da-serra — Feijoa sellowiana l Alta * Guabiroba-folha-miúda | Campomanesia rhonbea Baixa — Gussatunga Coscaoponifoo Média Maria preta Diatenopteryx sorbifia Baixa Corticeira-do-banhado Erythrina cristagolli Alta Cocão Erythroxyllum argentinum Média o o — Uvaia Eugenia puriformis Média Camboim-de-folha-larga Myrcia multiflora Média Bacopari o Rheedia gardneriana o Média Araticum Rollinia silvatica o — Média Aleluia Senna multijuga alta Manduirana Senna macrantera Alta Ipê-rosa Tabebuiaroseo-alba Média Baixa Manutenção = raramente requer podas de condução Média Manutenção = requer podas de condução com média frequência Alta Manutenção = requer podas de condução com muito fregiiência Espécies Nativas de Grande Porte Nome comum Nome científico Manutenção Albizia Albizia lebeck Grápia Apuleia leiocarpa Pinheiro Araucaria angustifolia Ba Guatambu Aspidosperma parvifolium o — Timbó o * Ateleia glazioviana “Canjerana Cabraleia canjerana no Sibi piruna Coesalpinea peltophoroides —Guabiroba a * Campomanesia xanthocarpa — “ Baxa — Embaúba Cercopia catarinensis o E Cedo * Cedrela fissilis | TT louro Chordiatichotoma Média Camboatá vermelho o Cupania vernalis Baixa Canela do brejo Dalbergia variabilis Média — Maria preta Diospyros inconstans Baixa “Corticeira da serra Erythrina falcata Média Cerejeira Eugeniainvolucrata Baixa Batinga o “Eugenia rostrifolia CC Ba É Maria mole Guapira opositae O Média Erva-mate Hex paraguariensis Média Es Ingá feij ijão Inga marginata Alta Jacarandá, o — Jecaranda mimosifolia Alta — Açoita-ci cavalo Luehea divaricata Média “ Camboatá-branco o “Motayba elaegnoides Média — Guabiju CC Myrciantes pungens Baixa — Jaboticabeira Co Myrciaria trunciflora Baixa o Cabruva “Myrocarpus frondosus Média “Canelas Ocotea spp. e Nectranda spp. Média — Angico- vermelho * Parapiptadenia rigida Baixa — Guajuvira o o “Patagonula americana o Alta “Canafístula Peltophorum dubium Média o l “Capororoca o Rapanea umbeilata pu Baixa Es “Carvalho- brasileiro Roupala brasiliensis Média “Aroeiraperiquita Schinusmolle Alta Grandiwa — Tremamicranto ata Baixa Manutenção = raramente requer podas de condução Média Manutenção = requer podas de condução com média frequência Alta Manutenção = requer podas de condução com muito frequência Dendrocirurgia Como todo ser vivo, a árvore tem mecanismos de defesa para reduzir os riscos de morte total após uma lesão. Mas, diferentemente dos organismos animais, as árvores não cicatrizam com a substituição das células afetadas. No tecido vegetal, são processadas alterações químicas e formadas novas células para recompor a estrutura afetada. Este processo é denominado de compartimentalização. A compartimentalização é fundamental para a poda, pois evita a degradação da madeira após o corte. É importante observar que quanto mais ativo for o metabolismo, mais rapidamente se processará a compartimentalização. A dendrocirurgia é uma técnica que objetiva a recuperação de árvores por meio da eliminação de tecidos necrosados, especialmente na região do tronco, realizando a desinfeção através de fungicidas à base de cobre. Depois disso, a região é coberta com material de alvenaria, geralmente cimento. Esta prática é muito contestada e deve, nos próximos anos, ser adotada ou totalmente abolida, pois os fungicidas geralmente são ineficientes ou causam danos ao processo natural de compartimentalização. Segundo a ISA (International Society of Arboriculture), a prática da dendrocirurgia deve ser abandonada. Cabe aos responsáveis técnicos pela arborização do município optarem, ou não, pela utilização desta técnica. Destino dos Resíduos da Poda A poda na arborização urbana é uma prática fundamental e vital para a implantação e manutenção das espécies arbóreas, mas os resíduos da poda nos centros urbanos podem se tornar um problema, a menos que a administração municipal disponha de um projeto para a destinação destes resíduos. A maioria dos municípios destina estes resíduos para os depósitos de lixo. O mais recomendável, porém, é a sua remoção para um aterro sanitário onde exista um local apropriado para sua disposição final. Em um ambiente natural, os resíduos gerados pela queda espontânea dos galhos e folhas são incorporados ao solo e retornam às próprias árvores sob forma de nutrientes. Sendo assim, o ideal dentro de um programa ecologicamente integrado é que estes resíduos sejam transformados e incorporados na arborização urbana. A forma para que isto ocorra é a formação de um sistema de compostagem que utilize estes resíduos na formação de adubo orgânico, o qual poderá ser utilizado no viveiro municipal ou na adubação da própria arborização, retornando assim à sua origem. Podemos dividir os resíduos gerados pela poda em função do seu tamanho. Isto é fundamental para definir a destinação mais adequada para este material. O material de maior diâmetro, ou seja, de diâmetro igual ou superior a 8cm, deve ser destinado para uso como combustível. Neste caso, podem ser utilizados em olarias, programas assistenciais, caldeiras para creches, hospitais, padarias de escolas técnicas, entre outros. O gas sea = De acordo com a Constituição Federal, toda cidade com mais de 20 mil habitantes deve, obrigatoriamente, contar com plano diretor aprovado pela Câmara Municipal. Daí a existência de zoneamentos urbanos identificando setores com vocações, destinações e regras de ocupação específicas. Os zoneamentos determinam as regras de ocupação específicas que, por sua vez, geram facilidades e/ou dificuldades para a existência da arborização urbana. Somam-se a estes instrumentos legais básicos as leis normativas complementares como os Códigos de Obras ou Posturas Municipais e os Códigos de Loteamentos ou parcelamento do solo urbano. A junção destas determinações legais básicas define as possibilidades de efetivação da arborização urbana em seus diferentes aspectos. A criação de praças e parques públicos requer para sua efetivação, além de embasamento legal e recursos econômicos, a disponibilidade de espaços físicos. As leis de zoneamento urbano e de loteamentos ao definirem regras e condições de parcelamento, destinação e ocupação do solo urbano podem garantir esses espaços, constituindo instrumentos de grande eficácia para a efetivação de um adequado sistema de arborização. As Leis que atribuem às prefeituras a responsabilidade sobre a realização da poda são o Art. 65 do Código Civil e o Art. 151 do Código das Águas. As leis que determinam e regulamentam as áreas de preservação permanente e as espécies arbóreas nativas imunes ao corte são a Lei Federal Nº 4.771 de 15 de setembro de 1965 - Código Florestal e a Lei Federal Nº 8.518 de 21 de janeiro de 1922 - Código Florestal Estadual. Em áreas urbanas, os cortes e as podas são licenciados pelos municípios, normalmente pelas Secretarias de Agricultura e de meio Ambiente. Nas áreas rurais, ou em casos de empreendimentos especificos, o licenciamento do corte e/ou poda, deverá ser encaminhado à Secretaria Estadual do Meio Ambiente, mais especificamente, ao Departamento de Recursos Naturais Renováveis. Em caso de dúvidas, deve-se entrar em contato com a própria Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Além desse conjunto de leis, o município deve possuir uma legislação específica, Com o intuito de auxiliar os municípios, a RGE efetuou uma coletânea de Leis e Projetos ambientais que podem orientar na definição das melhores diretrizes legais para implantação de uma política de gestão ambiental. Todos esses documentos podem ser facilmente encontrados na nossa página da Internet (www.rge-rs.com.br). Referências Bibliográficas BALENSIEFER, Maurício. Arborização Urbana Legislação. Instituto de Terras, Cartografia e Florestas. Curitiba, 26p. DETZEL, Valmir Augusto. Avaliação Monetária de Árvores Urbanas. In: ENCONTRO BRASILEIRO DE AR BORIZAÇÃO URBANA, 3,1990, Curitiba. 1990, p.140-150. FIRKOWSKI, Carlos. Poluição Atmosférica e a Arborização Urbana. In: ENCONTRO BRASILEIRO DE ARBORIZAÇÃO URBANA, 3, 1990, Curitiba. 1990, p.15-25. LOMBARDO, Magda Adelaide. Vegetação e Clima. In: ENCONTRO BRASILEIRO DE ARBORIZAÇÃO URBANA, 3, 1990, Curitiba. 1990, p.1-13. LORENZI, Harri. Árvores Brasileiras; Manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. vola. Nova Odessa, Plantarum 1992. 2v. MILANO, Miguel 5.. Avaliação Quali-Quantitativa e Manejo da Arborização Urbana; Exemplo de Maringá -PR. Curitiba: UFP, 1988.272 p.il. Tese apresentada ao curso de Pos-Graduação em Engenharia Florestal do setor de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná, como requisito parcial para obtenção do Título de “Doutor em Ciências Florestais”. PORTO ALEGRE. Plano Diretor de Arborização de Vias Públicas, 21 de setembro, Vol-ll, Porto Alegre-RS. 416p. PORTO ALEGRE: Atlas Ambiental de Porto Alegre. Porto Alegre Ed. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1998.228 p.il. SANCHOTENE: Maria do Carmo: Frutiferas Nativas Úteis à Fauna na Arborização Urbana. 2a ed, Porto Alegre, SAGRA, 1989.306 p.il. UNIVERSIDADE LIVRE DO MEIO AMBIENTE. Curso Sobre Arborização Urbana, 27 de setembro a 01 de outubro de 1993, Curitiba, PR. 144p. Este manual foi desenvolvido entre outubro de 1999 e março de 2009, na gestão de Wilson P. Ferreira |r. Direitos reservados. DIRETORIA EXECUTIVA Diretor Presidente SIDNEY SIMONAGGIO Diretor Comercial EDUARDO GUS CAMARGO Diretor de Operações JOÃO ALFREDO SPADA Departamento de Engenharia PAULO RICARDO BOMBASSARO Divisão de Normas, Padrões e Qualidade do Fornecimento LUCAS THADEU ORIHUELA DA LUZ Elaboração: Geolinks Geólogos Associados Ltda, Equipe Técnica Participaram das diversas etapas de elaboração do trabalho os seguintes técnicos: ALEXANDRE STEGMAYER MONCHISKI Engenheiro Florestal Especialista pela UFRGS, CREA R$ 87.646-D JÚLIO MORETTI GROSS Geólogo M.5c. em Engenharia pela UFRGS, CREA RS 57.661-D EVANDRO GOTTARDO Geólogo M.Sc. e Doutoranda em Engenharia pela UFRGS, CREA R5 83.699-D ANDRÉ BERNARDI BICCA DE BARCELLOS Geólogo M.Sc. em Engenharia pela UFRGS, CREA R5 63.760-D GABRIEL SIMON, Físico M.Sc. é Doutorando pela LIFRGS Ilustrações RODRIGO PELLHCCHOLI (Peli) Projeto Gráfico GAD'DESIGN Levantamento Fotográfico ALEXANDRE STEGMAYER MONCHISKI GEOLINKS GEÓLOGOS ASSOCIADOS LTDA. Textos ALEXANDRE STEGMAYTER MONCHISKI] Fotolito GRÁFICA E EDITORA PALLOTTI Impressão GRÁFICA E EDITORA PALLOTTI
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