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Tratamentos térmicos dos aços, Notas de estudo de Engenharia Mecânica

apostila Trat Térmico

Tipologia: Notas de estudo

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Baixe Tratamentos térmicos dos aços e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Mecânica, somente na Docsity! TRATAMENTOS TÉRMICOS DOS AÇOS. 1.Curvas de transformação contínua para os aços . as curvas ttt (tempo-temperatura-transformação) dos aços eram obtidas antigamente pelo método metalográfico. hoje em dia elas são construídas através de um dilatômetro, equipamento que fornece medidas sensíveis da dilatação ou contração dos corpos de prova durante o resfriamento e mudança de fase. 2. Interpretação da curva T.T.T. (esquemática) de um aço hipoeutetóide (0,008% < c < 0,77%) – esquemático (região de formação dos constituintes dos aços) Eixo x : tempo em escala logarítmica. Eixo y :esquerda (temperatura °c) e a direita (dureza hrc do constituinte obtido isotermicamente). Linhas a1 e a3 ---> temperaturas correspondentes, dos aços hipoeutetóides, no diagrama ferro carbono. Linha ms ou mi ---> temperatura de início de transformação da martensita. Linha m90 -----> corresponde a 90% de transformação da austenita em martensita. Linha mf----> temperatura de fim de transformação da austenita em martensita. quanto maior o teor de carbono e elementos de liga esta temperatura pode estar abaixo da temperatura ambiente, levando a formação indesejável da austenita retida. normalmente a linha mf não é indicada nas curvas t.t.t. 3. Fatores que deslocam a curva TTT. três são os fatores que influem na posição das linhas de transformação das curvas ttt. - composição química. - tamanho de grão austenítico. - homogeneidade da austenita. 3.1.Composição química. além do carbono, todos os elementos de liga adicionados aos aços, com exceção do cobalto, deslocam as linhas de início e fim de transformação para a direita. quando os aços são aquecidos acima do limite superior da zona crítica praticamente todos os elementos encontram-se dissolvidos na austenita. no resfriamento, ao passar pela zona crítica, alguns elementos tendem a ficar dissolvidos na ferrita e outros a formar carbonetos. as reações que ocorrem são complexas e tanto mais numerosas quanto maior o número de elementos de liga e seu teor (até um certo limite). o início e término dessas reações ocorrem após um determinado tempo, o qual é função dos elementos de liga presentes.isto explica o deslocamento das linhas de início e de fim de transformação da austenita que ocorrem para os aços, mais intensamente para alguns, facilitando a obtenção da estrutura martensítica. os elementos de liga deslocam também as linhas de início (mi ou ms) e fim de transformação (mf) da martensita, abaixando-as. alguns aços ligados, após cementação, têm a linha mf localizada abaixo da temperatura ambiente, apresentando então uma certa quantidade de austenita não transformada ("austenita retida" ou "austenita residual "). de todos os elementos, o carbono tem maior influência na temperatura ms. entre 0,3 e 0,4% c já existe uma pequena quantidade de austenita retida. a maioria dos aços contendo mais do que 0,5%c tem o mf abaixo da temperatura ambiente. 3.2.Tamanho de grão austenítico. 1 quanto maior o tamanho de grão austenítico tanto mais para a direita são deslocadas as linhas de início e fim de transformação. os produtos de transformação da austenita, ferrita e perlita, iniciam-se nos contornos de grão por nucleação e crescimento. um aço de granulação grosseira levará mais tempo para transformar-se do que um de granulação fina. existem vários métodos para a determinação do tamanho de grão como a classificação do tamanho de grão segundo a astm, de 1 a 8. na prática dos tratamentos térmicos recomenda-se o uso de uma granulação fina, isto é, tamanho de grão astm 5 a 8. grão grosseiro de 1 a3, desloca a curva, facilita a tempera, mas nesse caso isto é ruim pois fragiliza o material. temperaturas altas aumentam o tamanho do grão, tais como soldagem e fundição. Tamanho de grão austenítico. 3.3.Homogeneidade da austenita quanto mais homogênea a austenita tanto mais para a direita são deslocadas as linhas de início e fim de transformação. áreas ricas em carbono, impurezas não dissolvidas (inclusões) ou a presença de carbonetos residuais atuam como núcleos de formação da perlita, diminuindo a temperabilidade dos aços. facilita a tempera é necessário tempo e temperatura correta. 4. Tratamentos térmicos comuns dos aços: recozimento, normalização e têmpera. 4.1 - Recozimento. 4.1.1. Definição de recozimento. o recozimento consiste no aquecimento e manutenção à uma determinada temperatura, seguido de um resfriamento com velocidade adequada (normalmente no próprio forno), com o objetivo de amolecer os materiais metálicos.o recozimento altera as propriedades mecânicas e elétricas assim como a microestrutura. o recozimento é aplicado quando se deseja melhorar a condição de trabalhabilidade (usinagem, estampagem, etc) provocadas pela queda na dureza e resistência mecânica.é utilizado também para eliminar a estrutura bruta de fusão e eliminar gases. 4.1.3. Temperatura de recozimento. existem tabelas que indicam as temperaturas de recozimento. para os aços eutetóides (0,77%c) e hipoeutetóides (0,008%c a 0,77%c) as temperaturas são da ordem de 50°c acima da linha a3 e para os aços hipereutetóides (0,77%c a 2,11%c) é 50°c acima da linha a1 (nestes é realizado o recozimento subcrítico). uma representação esquemática do ciclo de tratamento para o recozimento, comparando-se com o de normalização, é mostrada na figura 5. 4.1.4.Aquecimento até a temperatura. devido ao aquecimento provocar dilatação e mudança de fase, ele deve ser homogêneo para evitar empenamentos e trincas. portanto,sempre que possível,ele deve ser aquecido junto com o forno. 2 obs: 1470o c = 800o c 770o f = 410o c e 70o c = 21o c 1 inch = 1 polegada = 1” = 25,4mm. tempo de resfriamento numa barra de diâmetro de 1”, em salmoura com agitação. tabela 1 - severidade de têmpera “h”. devido as diferentes velocidades de resfriamento nos diversos pontos de uma peça, pode ocorrer que num dado meio, a têmpera se dê apenas na superfície, deixando o aço com valor de dureza baixa no núcleo. em vista disso, para se escolher o meio ideal para têmpera, deve-se analisar com muito cuidado a temperabilidade do aço. 7 - Tratamentos isotérmicos dos aços. a tempera convencional (resfriamento, salmoura, água e óleo) gera tensões na peça devido a dois fatores: 1- superfície e centro contraem em tempos diferentes 2- superfície e centro transforma-se em tempos diferentes. 7.1. Martêmpera. a martêmpera é um processo utilizado para eliminar ou minimizar os riscos de trincas e empenamentos em peças que devem ser temperadas. resfriamento na têmpera convencional 7.1.1. Martêmpera convencional. consiste em resfriar o aço austenitizado em um banho de sal ou óleo a uma temperatura ligeiramente superior ou inferior a mi, e manter nessa temperatura num certo tempo para que haja uma uniformização da temperatura da peça (superfície e núcleo). a seguir resfriar a peça ao ar até a temperatura ambiente. após a martêmpera o aço deve ser revenido (figura 9). 7.1.2. Martêmpera modificada. a diferença é a temperatura do banho que é bem inferior a da martêmpera convencional, abaixo da linha ms. neste caso obtem-se maiores velocidades de resfriamento que no processo convencional, sendo indicado para aços de baixa temperabilidade. a martêmpera limita-se a espessuras de 5 a 8 mm para aços carbono, podendo se chegar a espessuras maiores para aços ligados. os aços mais indicados são : 4130-4140-4150-4340-8630-8640-8740-8745-4640-5140-6150 e os aços ligados após cementação 3312-4620-5120-8620-9310. Aço patenteado- aço refinado (em banho de chumbo), numa temperatura próxima ao cotovelo (500°c). obtem-se 10% perlita(30-40 hrc). 5 7.2. Austêmpera. consiste em austenitizar o aço a uma temperatura adequada e resfriar num banho mantido a uma temperatura de 250 a 400°c dependendo da composição do aço. manter a peça o tempo suficiente para que ocorra isotermicamente a transformação total da austenita em bainita. resfriar a peça até a temperatura ambiente em ar calmo (figura 10). 40-60hbc, ex. feixe de mola. a principal vantagem da austêmpera é a obtenção de elevada dureza com boa ductilidade e tenacidade. após a austêmpera o aço não precisa ser revenido. a principal limitação do processo se refere às dimensões das peças a serem tratadas. para aços carbono limita-se a peças com espessura inferior a 5mm. em aços de alto teor de elementos de liga a austêmpera pode ser impraticável em virtude da curva de transformação estar deslocada muito para à direita, o que exigiria um tempo muito longo. figura 9. martêmpera figura 10- tratamento isotérmico de austêmpera. 8. Têmpera superficial. consiste no endurecimento da superfície da peça (eixo, engrenagens etc.) e núcleo mole. -alta dureza superficial, resistência ao desgaste e resist. mec. -núcleo mole, alta temperatura. a têmpera superficial consiste no aquecimento superficial até uma certa profundidade, em temperaturas de austenitização superiores a da têmpera convencional. o tempo de aquecimento é muito pequeno (alguns segundos) e o resfriamento se dá normalmente em água, podendo em certos casos ser utilizado o óleo ou mesmo o ar. obtem-se na superfície alta resistência e dureza melhorando significativamente a fadiga e resistência ao desgaste. o núcleo "frio" mantém sua tenacidade geralmente alta. um exemplo típico é a têmpera superficial de engrenagens onde são obtidas as propriedades de resistência ao desgaste e à fadiga, na superfície, com um núcleo tenaz. a têmpera superficial pode ser realizada por dois processos: - têmpera por indução -têmpera por chama. aço beneficiado aço temperado e renevido em alta temperatura(500 a 700 graus) ex. aço 4340e 4140 8.1.Têmpera por indução. uma corrente elétrica alternada de alta freqüência circulando através de um condutor (bobina) gera ao seu redor um campo magnético. qualquer condutor elétrico (peça de aço, fofo, etc.) na presença deste campo magnético pode ser aquecido. uma barra de aço colocada no interior de uma bobina aquece devido a correntes superficiais induzidas (correntes de foucalt) e perdas por histerese (ferro ate 768 °c). a figura 11 mostra exemplos de aquecimento produzidos por vários tipos de bobinas. a figura 12 mostra formas de aquecimento. a profundidade de penetração da corrente é função principalmente da freqüência, além da potência empregada, espaçamento bobina - peça, tempo de aquecimento e da própria bobina (forma, nº de voltas). a corrente induzida numa peça é máxima na superfície e diminui rapidamente no seu interior. 6 8.2. Aquecimento por chama neste caso, o aquecimento resulta da queima, por meio de um maçarico,de uma mistura de oxigênio e gás combustível, usualmente acetileno, gás natural ou propano. o aquecimento por chama consiste em aquecer superficialmente uma peça ou parte dela, até a temperatura de têmpera. em seguida o resfriamento é feito com áqua, óleo ou mesmo ar, dependendo da temperabilidade do aço. desde sistemas manuais á automatizados. campo magnético e correntes induzidas produzidas por várias bobinas de indução. As razões da utilização da têmpera por chama são: - peças muito grandes onde o aquecimento num forno convencional e têmpera se tornam impraticáveis ou antieconômicas. - tratamento térmico em pequenas regiões ou quando o tratamento na peça toda é prejudicial à sua função. - maior precisão dimensional que num forno de tratamento convencional. - utilização de materiais mais baratos e obtenção de propriedades adequada em certos casos com processo mais barato. 9. Revenimento dos aços. 9.1.Definição. o tratamento térmico de revenimento é um processo de reaquecimento do aço temperado com o propósito de transformar a estrutura martensítica em estruturas mais estabilizadas e tenazes. um aço com estrutura martensítica, é muito frágil, além de estar sujeito ao aparecimento de trincas se deixado à temperatura ambiente nesta condição. o aquecimento do aço temperado em temperaturas inferiores a a1 (727°c) permitirá a ocorrência de difusão que produzirão uma estrutura mais estável e mais tenaz. aquecimento do aço temperado entre 150 e 650 graus. o aço temperado é muito frágil (tenecidade=0). o revenimento aumenta a tenacidade com diminuição da dureza (resit. mec.) 9.2.Transformações de fase durante o revenimento. costuma-se dividir as transformações que ocorrem durante o revenimento de um aço em três etapas: 1ª etapa - 25 a 200°c: ocorre a precipitação de um carboneto especial, denominado de carboneto epsolon (ε), partículas extremamente diminutas, com espessura inferior a 200 å. esses carbonetos reduzem o número de átomos de carbono na martensítica, tornando-se menos tetragonal e aproximando- se da estrutura cúbica que caracteriza o ferro .temos então uma estrutura de martensita de baixo teor de carbono e carbonetos finos, sendo essa estrutura denominada de martensita revenida. a dureza do aço temperado sendo de 65hrc (0,7%c) cai para 60hrc. 2ª etapa - 200 a 350°c : se houver austenita retida esta se transforma em bainita .nesta faixa ocorre a precipitação de cementita na forma de barras e a martensita perde sua tetragonalidade transformando-se em ferrita. a medida que as partículas de cementita crescem as de carboneto epsolon vão desaparecendo. 3ª etapa - 350 a 700°c :entre 300°c e 400°c inicia-se o coalescimento da cementita e esta se torna totalmente esferoidizada a 700°c. 9.3.Efeito do revenimento sobre as propriedades dos aços. uma gradual diminuição da dureza acompanha as modificações que sofre a microestrutura do aço temperado ao ser revenido a temperaturas crescentes. essa diminuição de dureza é acompanhada por um aumento de plasticidade e da tenacidade do aço (esta pode ser alterada com a temperatura devido ao fenômeno de fragilidade do revenimento). 7 11. Nitretação. 11.1.Introdução. nitretação é um tratamento de endurecimento superficial que consiste na introdução de nitrogênio atômico na superfície do aço.o tratamento é realizado em temperaturas compreendidas entre 500 e 570 °c, onde o nitrogênio atômico se difunde na fase ferrita. as principais propriedades dos aços nitretados são: - alta dureza superficial (86 a 70 hrc) e resistência ao desgaste. - alta resistência à fadiga. - alta estabilidade dimensional. - resistência à corrosão melhorada. a profundidade da camada nitretada depende do tempo e da temperatura de tratamento, da atividade do nitrogênio e da composição do aço. três são os métodos de nitretação: gasoso, líquido (banho de sal ) e pó. 11.2.1. Nitretação a gás . consiste na introdução de uma atmosfera rica em nitrogênio, a uma certa temperatura, geralmente amônia - nh4. neste processo a amônia decompõe-se parcialmente em nitrogênio e este combina-se com os elementos de liga do aço formando nitretos de elevada dureza. nh4 -------> n ( no aço) + h (nitreto) o nitrogênio atômico é absorvido pela superfície do aço. as superfícies das peças para nitretar devem estar completamente limpas. para isso as peças devem ser submetidas a limpeza tais como desengorduramento, decapagem,etc... neste processo a difusão do nitrogênio no aço é lenta. geralmente o tempo de permanência varia de 15 a 30 horas, respectivamente para camadas da ordem de 0.10 à 0.25mm de profundidade. 10 Trapo tarde esto Temper » To Ti . gem Termo scan ceara elenecolio ço re ne Tempo (ocqundos cecolalog é tl) ADE nf bras T2-T3je— — c Para Conteccionar uma lima , indique o material e a temperatura ce revenido após a tempera. 1020 150% 1040 300 1080x 00 8620 4340 s180 acureza do material depende do carbono e a lima é muito fina, temperatura baixa tensão interna e baixa tenacidade Matriz Martensita qo. ponto 0,8% carbono - 25 graus Matriz Martensita («0,8% €3 Carboneto E(Fe2,4€)- 25-200 graus E.Cementitaçe3c) Matriz (<0 8%C) Coglescimento Cementita Matriz (700 graus/0%€) Ferrta dt EE Um pino de 142" de dllametro foi comentado com camara total de 1.7mm. Opotencial de Carbono foi 1,0%. Trace o perfil de carbono ao logo do diametro. Aço 8820 18 og 08 07 08 os oa 03 o2 04 ec... 0 pizza 45 6 FESADA AZ 127 127mm
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