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Indice de Eficiência Global, Notas de estudo de Engenharia de Produção

Indice de Eficiência Global

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 16/06/2010

fernanda-8
fernanda-8 🇧🇷

4.7

(28)

166 documentos

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Baixe Indice de Eficiência Global e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia de Produção, somente na Docsity! UTILIZAÇÃO DO INDICADOR DE EFICÁCIA GLOBAL DE EQUIPAMENTOS (OEE) NA GESTÃO DE MELHORIA CONTÍNUA DO SISTEMA DE MANUFATURA - UM ESTUDO DE CASO Ana Carolina Oliveira Santos (UNIFEI) ana_carolyna@yahoo.com.br Marcos José Santos (UNIFEI) magal.santos@yahoo.com.br Nos dias de hoje, com a economia globalizada e com a grande competitividade do mercado, as empresas de manufatura vem procurando se adequar cada vez mais às exigências dos clientes. Por esse motivo, a medição do sistema de manufatura vem see tornando cada vez mais essencial para a resolução de problemas e para a própria melhoria contínua desses sistemas de manufatura. Assim, sob este aspecto, faz-se necessário que as empresas brasileiras busquem melhorar continuamente a eficácia de seus equipamentos, identificando e eliminando as perdas e, conseqüentemente, reduzindo custos de fabricação. A eficácia global dos equipamentos é utilizada na metodologia TPM - Total Productive Maintenance, onde é proposto um indicador conhecido na literatura internacional como OEE - Overall Equipment Effetiveness. Este trabalho pretende discutir, através de um estudo de caso, como a eficácia global dos equipamentos pode auxiliar na melhoria contínua dos equipamentos e na eficiência de produção do sistema de manufatura. Palavras-chaves: TPM, OEE, Melhoria contínua               !"#$" %'&)(*&)+,.- /10.2*&4365879&4/1:.+58;.2*<>=?5.@A2*3B;.- C)D 5.,.5FE)5.G.+&4- (IHJ&?,.+/?<>=)5.KA:.+5MLN&OHJ5F&4E)2*EOHJ&)(IHJ/)G.- D - ;./);.& Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO…mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm…NwmyƒIt?ƒN…mMnJ…rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 2 1. Introdução Atualmente, com a economia globalizada e com a grande competitividade do mercado, as empresas de manufatura vêm procurando se adequar cada vez mais às exigências dos clientes. Produzir cada vez mais, com menos recursos e mais rapidamente, passaram a ser desafios comuns para aquelas indústrias que pretendem permanecer no mercado. Por esse motivo, a medição do sistema de manufatura vem se tornando cada vez mais essencial para a resolução de problemas e para a própria melhoria contínua desses sistemas de manufatura. O mercado brasileiro, de acordo com Chiaradia (2004), possui características econômicas relacionadas aos custos dos equipamentos de usinagem comparados aos custos de mão-de-obra diferente aos de outros países desenvolvidos, que são os maiores produtores de automóveis no mundo. Segundo Chiaradia (2004), no Brasil, os custos de depreciação horária dos equipamentos são em média maiores que os custos de mão-de-obra. No Japão, por exemplo, esta relação entre os custos de depreciação dos equipamentos e os custos de mão-de- obra se comporta de maneira contrária a do Brasil. Desse modo, o parque industrial brasileiro, com sua capacidade instalada próxima ou, algumas vezes, menor que a demanda, necessita de flexibilidade de recursos para maximizar sua utilização. Esta característica não ocorre em países desenvolvidos, onde a ociosidade dos equipamentos é alta por definição estratégia. Assim, sob este aspecto, faz-se necessário que as empresas brasileiras busquem melhorar continuamente a eficácia de seus equipamentos, identificando e eliminando as perdas e, conseqüentemente, reduzindo custos de fabricação. Este trabalho aborda o estudo da eficácia global de equipamentos, como forma de gestão e monitoramento da melhoria contínua dos mesmos em uma empresa do setor automobilístico do sul de Minas Gerais. A principal justificativa para o tema proposto está apoiada na dificuldade de analisar as condições reais de utilização dos recursos produtivos. Estas dificuldades tendem a impedir a adequada utilização dos recursos produtivos que tem caráter estratégico na busca de redução de custos e de investimentos em ativos imobilizados, bem como na melhoria e manutenção da produtividade econômica. A eficácia global dos equipamentos é utilizada na metodologia TPM – Total Productive Maintenance, onde é proposto um indicador conhecido na literatura internacional como OEE – Overall Equipment Effetiveness. O objetivo principal deste trabalho consiste em estudar e desenvolver o indicador de eficácia global dos equipamentos, definindo os índices que compõem seu cálculo. A eficácia deve ser avaliada considerando tanto as perdas existentes nos equipamentos, conforme a metodologia TPM, quanto às perdas por gestão (que se caracterizam por perdas não associadas diretamente ao equipamento, porém impedem que este permaneça em produção), qualidade e performace. Por fim, este trabalho pretende discutir, através de um estudo de caso, como a eficácia global dos equipamentos pode auxiliar na melhoria contínua dos equipamentos e na eficiência de produção do sistema de manufatura em questão. 2. Revisão bibliográfica 2.1 Indicadores de desempenho Johnson e Kaplan (1987) defendem a utilização de indicadores de desempenho de cunho não financeiro para avaliar o desempenho mensal da empresa. Argumentam que apenas P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO…mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm…NwmyƒIt?ƒN…mMnJ…rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 5 A figura 1 ilustra o indicador OEE, bem como seus índices e as perdas relacionadas a cada um. OEE Performace Qualidade Disponibilidade 6. Refugo 7. Retrabalho 4. Pequenas Paradas 5. Queda de Velocidade 2. Setup e regulagens 1. Quebra/Falha 3. Perdas/ Engenharia Perdas Figura 1- Elementos da eficácia global de uma máquina A figura 2 abaixo representa a sistemática de cálculo do indicador OEE. A Tempo disponível para produção Tempo real de produção OciosidadeFalhasB C D E F B/A x D/C x F/E Desempenho desejado com ciclo ideal Desempenho real Perda de velocidade Paradas pequenas Qtd produtos total Qtd produtos OK Sucata Retrabalho Tempo total disponível Não Planejado Índice de Disponibilidade Índice de Qualidade Índice de Desempenho OEE = Figura 2 - OEE : Sistemática de cálculo Segundo Chiaradia (2004), os índices do OEE podem ser calculados através das expressões abaixo: P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO…mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm…NwmyƒIt?ƒN…mMnJ…rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 6 Índice de disponibilidade: Este índice responde a seguinte questão: “A máquina está funcionando?”. Para isso, são consideradas as seguintes perdas: − perdas de gestão (aguardando programação, falta de operador, falta de ferramental, aguardando produto da operação anterior, etc.); − perdas por paradas não programadas (manutenção, setup, aguardando laudo, falta de energia elétrica, etc.). A equação (3) refere-se ao cálculo da disponibilidade: Tempo de Carga (TC) = Tempo teórico disponível – paradas programadas (horas) (1) Tempo real disponível (TRD) = Tempo de carga – paradas não programadas (horas) (2) 100(%) ×= TC TRD idadeDisponibil (3) Sendo consideradas que paradas programas: manutenção preventiva ou programada, almoço, treinamentos, reuniões, etc. Índice de Performace: O segundo índice responde a seguinte questão: “A máquina está rodando na velocidade máxima?”. Este índice pode ser obtido através da equação (4). 100 )()/(tan )(Pr (%) × × = hisponívelTemporealDhpçsdardTempoS pçsoduzidasPeças Performace (4) Para Nakajima (1989), a diferença entre a performace teórica e real deve-se às perdas relacionadas às pequenas paradas e à queda de performace da máquina (queda da velocidade para qual a máquina foi projetada). Índice de Qualidade: O terceiro índice que compõe o OEE responde a seguinte questão: “A máquina está produzindo com as especificações certas?”. Este índice pode ser obtido através da equação (5). oduzidasPeças strabalhadaPeçasfugadasPeçasoduzidasPeças Qualidade Pr ReRePr (%) −−= (5) Eficácia Global do Equipamento (OEE): O indicador OEE, como já foi citado anteriormente, é composto dos três índices anteriores. De acordo com The Productivity Development Team (1999), seu objetivo é analisar unicamente a eficácia dos equipamentos e não dos operadores. Sendo assim, ele é utilizado para verificar se a máquina continua trabalhando na velocidade e qualidade especificadas no seu projeto e também para apontar as perdas originadas do sistema produtivo como um todo. Este índice pode ser obtido através da equação (6). P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO…mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm…NwmyƒIt?ƒN…mMnJ…rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007 7 QualidadePerformaceidadeDisponibilOEE ××=(%) (6) Por esse motivo, a identificação das perdas é a atividade mais importante no processo de cálculo do OEE. A limitação da empresa em identificar suas perdas impede que se atue no restabelecimento das condições originais dos equipamentos, garantindo alcançar a eficácia global, conforme estabelecido quando o equipamento foi adquirido ou reformado. O estudo de caso a seguir trata-se da implementação do indicador OEE e da sua utilização como ferramenta para a melhoria contínua dos equipamentos. 3. Estudo de caso O estudo de caso foi realizado em uma empresa do setor automobilístico do sul do estado de Minas Gerais. O sistema de manufatura aqui estudado trata-se de uma linha de produção enxuta, com fluxo contínuo e com foco na eliminação de desperdícios. A principal justificativa para esse trabalho foi o aumento da demanda e a escassez de investimento. Diante desse cenário, optou-se por projetos de melhoria da eficiência do sistema de manufatura. Como o projeto de implementação da metodologia TPM já estava em andamento há mais de um ano, a medição da eficácia global dos equipamentos (OEE) passou a ser prioridade para a gestão e as primeiras medições foram obtidas nos equipamentos. A primeira etapa do processo de medição do OEE consistiu na modificação do sistema de coletagem dos dados. Isto porque houve a necessidade de alguns dados que até então não eram apontados pelos operadores: produção, refugo e retrabalho por máquina. Em seguida, teve-se uma padronização da codificação dos tipos de perdas para os diversos tipos de máquinas. Depois de coletados, os dados apontados pela produção são inseridos no banco de dados onde já estão cadastrados os tipos de produtos, perdas, máquinas e os tempos padrão de cada produto em cada máquina. O quadro 1 é o resultado da pesquisa realizada na empresa e apresenta como esse indicador pode auxiliar na melhoria contínua no sistema de manufatura. Técnica de coleta de dados Questão de pesquisa Análise documental Entrevista (supervisor de Produção) Comentários Como OEE auxiliou na melhoria contínua dos equipamentos? Gráfico de tendência do OEE; Pareto de ocupação do tempo; Pareto de freqüência das ocupações do tempo. O indicador foi essencial para quantificar as perdas dos equipamentos e, com isso, foi possível implementar projetos de melhorias. A equipe envolvida acredita que esse indicador retrata e comprova os vários tipos de dificuldades enfrentadas no dia-a-dia do chão de fábrica. Dificuldades? Comprometimento da equipe envolvida no projeto; Sistema de apontamento (coleta de dados). Atualização dos tempos padrão. Volume de dados coletados. As principais dificuldades enfrentadas observadas foram: apontamento correto dos dados e comprometimento das equipes envolvidas. Restrições da O elevado número de tipos de produtos requer um banco de dados para auxiliar
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